Os elementos da espiritualidade redentorista mariana - Santo Afonso de Ligório.
ANO JUBILAR
Mãe do Perpétuo Socorro, ícone do Amor
1866 – 2016
Organização: Pe. Jozef Grzywacz, CSsR
Mais informações sobre mariologia em www.mariologiapopular.blogspot.com
4. “Pois Deus amou de tal forma o mundo,
que entregou o seu Filho único, para que
todo o que nele acredita não morra, mas
tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
5. De onde vem esta certeza que
Deus é amor?
• ENCARNAÇÃO
• CRUZ E RESSURREIÇÃO
• EUCARISTIA
• MARIA
7. Afonso de Ligório tem Maria no nome, na
vida e nas obras. Assim, uma das marcas
da nossa espiritualidade é o amor e a
devoção a Nossa Senhora. O quadro de
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um
dos ícones bizantinos mais conhecidos e
venerados no mundo graças aos
redentoristas. Além disso, inúmeros
santuários marianos em todo o mundo
foram confiados aos redentoristas.
Dimensão mariana da espiritualidade redentorista
8. O amor e a devoção a Nossa Senhora
vão além de um aspecto simplesmente
devocional. Nossa espiritualidade
mariana decorre da participação de
Maria no mistério da Redenção, centro
da nossa espiritualidade. Por desígnios
insondáveis de Deus, Maria de Nazaré
foi a escolhida por Deus para ter uma
participação única no mistério da
Redenção.
9. Simbolicamente, isso está expresso no escudo da
C.Ss.R.: de um lado temos a monograma de Cristo e
de outro a monograma de Maria.
O mistério da redenção não se reduz à cruz, mas se
realiza em toda a vida de Jesus, desde a
encarnação, ao assumir a natureza humana,
passando ao longo de toda a sua vida, até sua
paixão, morte e ressurreição, culminando com o
envio do Espírito Santo, em Pentecostes. A
presença e participação de Maria em tudo isso foi
única e original.
10.
11. “Tomem a bem-aventurada Virgem como modelo e
ajuda. Ela que, caminhando na fé e abraçando de todo
o coração a vontade salvífica de Deus, como serva do
Senhor, dedicou-se totalmente à pessoa e à obra de
seu Filho, serviu e continua a servir ao mistério da
redenção, socorrendo perpetuamente o povo de Deus
em Cristo. Honrem-na, pois, como mãe, com piedade e
amor filial. Promovam com generosidade o culto,
principalmente o litúrgico, à Bem-aventurada Virgem
Maria e celebrem com especial fervor suas festas. De
acordo com a tradição alfonsiana, todos os confrades
diariamente honrarão a Bem-aventurada Virgem. A
todos recomenda-se a recitação do santo rosário, para
que com gratidão recordem e imitem os mistérios de
Cristo, dos quais Maria participou” (Const. 32).
12. Na perspectiva de Santo Afonso, Maria é a co-
redentora. Redimida por Jesus, ela colabora na
obra da Redenção. Como Maria, o redentorista
deve ser também um co-redentor com o
Redentor. Também ele redimido, o redentorista é
impelido a anunciar, com alegria e gratidão, a
graça da redenção que o Senhor realizou em sua
pessoa e em sua vida. Por isso, ele se entrega à
obra da redenção.
Encarnação: Lc, 26-38//Paixão e Cruz: Jo 12,
20-25// Eucaristia: Lc, 24, 13-35//Nossa Senhora:
Jo 19, 25-27
13. Maria na memória de Santo Afonso
Os nomes que santo Afonso, o fundador dos
redentoristas, atribuía a Maria:
1. - Nossa Senhora do Bom Conselho - estava na mesa no seu quarto de
trabalho,
2- Nossa Senhora da Redenção dos Cativos - aos pés dela, em 1723, coloca a
sua espada,
3- Mãe de Misericórdia - em “Glórias de Maria”,
4- Mãe da Esperança,
5- Mãe da Oração,
6- Mãe, nossa Defensora e Medianeira de todas as Graças,
7- Corredentora,
8- Sócia da Redenção,
9- Mãe do Belo Amor,
10- Mãe da Perseverança.
Pinturas: La Divina Pastora e La Madonna de Spirito e músicas; O bella mia
speranca e Sei pura sei pia.
14. Santo Afonso foi batizado dois dias depois de nascer, no dia 29
de setembro de 1696, na festa de São Miguel, na Igreja de Santa
Maria das Virgens. Recebeu no batismo os seguintes (9) nomes:
Afonso Maria António João Francisco Cosme Damião
Miguelangelo Gaspar.
Eis aqui algumas práticas devotas de Santo Afonso em louvor a
Nossa Senhora:
1). Colocou a espada no altar da Virgem das Mercês dos Cativos,
2). Fez um voto de pregar aos sábados, sobre a devoção a Maria,
3). Fez um voto de defender a Imaculada Conceição, quando
ainda não era proposto como dogma,
4). Obrigou-se, com um voto, recitar diariamente, o Rosário,
5). Para santificar o sábado, dia consagrado a Maria, Afonso fez
voto de abster-se de comer frutas,
6). Confessava-se sempre aos sábados.
15. Segundo Santo Afonso Maria, a Imaculada
Conceição, é a nossa garantia de tudo aquilo
que a Copiosa Redenção consegue realizar
numa criatura humana que se deixa amar por
Deus, como Ele nos quer amar. Ela é, ao mesmo
tempo, nossa Medianeira, isto é, aquela que nos
ajuda a dar uma resposta de amor ao amor
infinito que Deus tem por nós. Maria é a nossa
maior e melhor resposta de amor a seu Filho. Eis
um aspecto importante da Mariologia alfonsiana,
que é essencialmente cristocêntrica. Não é uma
devoção à parte, mas integra-se totalmente no
mistério da Copiosa Redenção
16. A mediação de Maria é invocada para que
nos faça participar da Copiosa Redenção
de seu Filho e, principalmente, para que
nos ajude a dar uma resposta de amor: "Ó
Maria, minha Esperança, se eu amo pouco
o teu Jesus, não te aborreças; ama-o tu por
mim, se eu não o sei amar.” (Tu scendi) ...
"Ei! não te esqueças de mim, pecador; faz
que meu coração ame quem sempre me
amou.” (Evviva Maria: Sulla morte de
Maria).
17. As Glórias de Maria de Santo Afonso
No campo da mariologia, Afonso escreveu "As Glórias de Maria",
"Devoção Mariana", "Orações à Mãe Divina", "Canções
Espirituais", "A Verdadeira Esposa de Cristo", "As Visitas ao
Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria" e muitas outras. Sua
doutrina, de natureza majoritariamente pastoral, redescobriu,
integrou e defendeu a mariologia de Santo Agostinho e Santo
Ambrósio (ambos doutores da Igreja como Afonso) e de
outros Padres da Igreja; ela representava uma defesa intelectual
da mariologia no século XVIII, a época do iluminismo, contra o frio
racionalismo que combatia o entusiasmo mariano de maneira
inflamada.
18. As Glórias de Maria de Santo Afonso
Afonso levou quase 15 anos para escrever
este livro de orações. É um livro de
piedade, baseado numa sólida teologia.
Nele encontram-se um comentário sobre a
Salve Rainha e também reflexões sobre as
principais festas de Maria, suas dores, suas
virtudes e também sobre as principais
práticas de devoções para com ela.
19. O exemplo e modelo desta devoção mariana
deixou-nos o próprio Santo Afonso. O livro
Glórias de Maria é uma obra escrita por Santo
Afonso no ano de 1750, é o maior monumento
dele construído em honra da Mãe do
Redentor. Este livro foi traduzido para mais de
70 línguas, e assim se organizou:
I parte: A explicação da Salve, Rainha - sobre as
abundantes e numerosas graças dispensadas
pela Mãe de Deus, em 10 capítulos.
20. II parte: Os Tratados e reflexões sobre as festas e dores
de Maria Santíssima:
Tratado I – As festas de Nossa Senhora:
1. Da Imaculada Conceição,
2. Da Natividade, 3. Da Apresentação de Maria,
4. Da Anunciação de Maria,
5. Da Visitação de Maria,
6. Da Purificação de Maria,
7. Da Assunção de Maria,
Tratado II. – As dores de Maria - reflexões sobre cada
uma das sete dores de Maria
Tratado III – As virtudes de Maria
Tratado IV – Práticas de devoção em honra de Maria Santíssima