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Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro
(cores )
CURSO DE MARIOLOGIA
Centro Missionário Redentorista
Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR
Salvador – Bahia- Brasil
www.mariologiapopular.blogspot.com
E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com
O nosso ícone deve ser explicado no
seu contexto original, ligado com a
iconografia e mariologia oriental, ligado
a Creta e mais ainda aos Balcãs. No
Oriente este tipo de ícone é chamado
Nossa Senhora da Paixão, e expressa
a dimensão pascal.
O ícone de ser “lido” assim como foi
escrito, quer dizer “de fora para
dentro”.
A perspectiva é uma ilusão de fundo, a terceira
dimensão. Na perspectiva invertida,
no nosso ícone o ponto de encontro passa do
fundo do ícone para a frente e vai até o lugar de
quem olha. O ícone não tem o fundo, ou o fundo
começa antes do ícone, do lado de fora. Isso se
consegue através das pessoas que vão
diminuindo na direção de quem olha e que se
destaca do fundo dourado. O maior desenho é
de Maria. Os anjos são pintados como se
saíssem do céu.
O artista, iconógrafo A obra, ícone
Maria apresentada frontalmente
O espectador
Preparação, meditação Conhecimento do cânon Atitude de fé, predisposição
Têmpera é o nome dado a um
dos modos como os artistas bizantinos
preparavam a tinta usada em seus
ícones. Consiste em misturar os
pigmentos a uma goma orgânica - em
geral gema de ovo - para facilitar a
fixação das cores à superfície do
objeto pintado.
Têmpera
O resultado é uma superfície
brilhante e luminosa. Mais tarde,
com o desenvolvimento da pintura
a óleo, essa técnica foi
abandonada. Alguns pintores,
porém, continuaram a utilizá-la,
como é o caso do brasileiro Alfredo
Volpi (1896-1988).
Têmpera
Foi o Sínodo de Nicéa, 787, codificou o cânon e
a teologia do ícone. A encarnação, Jo 1,14 e o
Verbo se fez homem. O ícone deve ter a
inscrição, o nome (epigrafé). O ícone de ter o
“verbo, palavra”, o nome ou título. A identificação
da pessoa de Jesus IC XC, Mc 1,1 “O início do
Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. A
identificação de Maria – Mãe de Deus. Lendo os
nomes do ícone podemos atualizar a presença
das pessoas, que estão presentes aqui e agora
pela janela do ícone,
O título do ícone contém as letras que são a
abreviatura dos nomes gregos: a Theotokos, Mãe de
Deus (МР ΘΥ - Mητηρ θεού, Meter Theou), Jesus
Cristo (IC XC - Iησού Χριστόζ, Iesous Christos), como
também o Arcanjo Miguel (OAM - ρχάγγελοςὉ Ἀ
Μιχαήλ) – do lado esquerdo quem olha) e Arcanjo
Gabriel (OAΓ - ρχάγγελος ΓαβριήλὉ Ἀ ).
É bom notar que o título, o nome do ícone é
indispensável para a meditação, porque o nome invoca
o Protótipo. O ícone não representa o mundo material,
mas a realidade transformada pela Ressurreição.
A cor nos ícones tem sentido
maior do que a ornamentação. As 07 cores do
arco-íris permitem aos nossos olhões discernir
mais de 700 tonalidades. A simbólica das cores.
A escola venezo-cretina une as tendências das
tradições orientais e ocidentais.
«As cores são usadas pelo artista [iconógrafo]
com o objetivo de separar o Céu de nossa
existência terrena. Aí está a chave que permite
compreender a beleza inefável da simbologia do
ícone».
Os iconógrafos, escritores e não «pintores»
dos ícones, posto que estes são escritos e
não «pintados», não podem usar livremente
as cores nem lhes dar tonalidades diversas,
tão pouco podem obscurece-los com
sombras, pois devem aplicar a cor que está
previamente determinada. O II Concílio de
Nicéia estabeleceu que...«Somente o
aspecto técnico da obra depende do pintor
[escritor].
Todo o seu plano, sua disposição
depende dos santos Padres. »Foram
estabelecidos manuais para a
elaboração dos mesmos. Em primeiro
lugar, ao falar sobre as cores dos
ícones, é necessário fazê-lo sobre a
sua luz, pois neles a luz não provêm de
um lugar específico como acontece na
pintura ocidental, senão que, neles as
figuras estão imersas na luz.
Na iconografia, as cores têm um papel
fundamental. Sua função não é apenas
estética, mas de levar um simbolismo
atrelado à imagem que se está
representando. Assim sendo, o
iconógrafo tem uma liberdade muito
limitada para escolher as cores,
devendo sempre ser fiel aos cânones
estabelecidos e à Tradição.
Por exemplo, a Theotokos deve estar
vestida com as cores azul e púrpura e
o Cristo, antes da crucificação,
também, apenas invertendo a posição:
A túnica interna (chiton) do Cristo é
púrpura, assim como o manto externo
(maphorion) da Virgem, enquanto que
o manto externo (himation) do Cristo e
a túnica interna da Virgem serão da
mesma cor, azul.
Isso porque a púrpura era o símbolo da
realeza, a cor utilizada pelos imperadores
bizantinos e o azul, a cor do céu, é a cor de
tudo que vem do mundo espiritual. Como o
Cristo se fez homem, sua vestimenta
interna será púrpura, mas revestida do
divino, que é o azul, por fora. E quanto à
Virgem, ela era humana e abrigou dentro
de si o divino, gerando-o em seu ventre.
Então, o azul está no interior e a púrpura
por fora.
Quando vemos as Madonas todas de
azul, aos nossos olhos ocidentais tão
belos, famosas desde a Renascença,
devemos entender que houve nesse
caso uma perda do simbolismo. Na
verdade, o azul passou a ser cada vez
mais usado para demonstrar poder,
pois era pintado com o pigmento mais
caro da época – o lápis azul – e aquele
que o usava mostrava assim seu poder
econômico.
Vale a pena ressaltar também
que, infelizmente, muitos
restauradores alteraram as
cores originais de alguns ícones
antigos, e por isso encontramos
algumas Virgens antigas de
azul.
1 Halo: Em contraste ao halo do
Cristo, não contem a cruz.
2 Maphorion: A veste externa das
mulheres casadas, em forma de véu.
O maphorion da Mãe de Deus foi
trazido da Palestina em 473, para a
igreja da Panaghia de Blachernae em
Constantinopla, atual Istambul na
Turquia.
3. Túnica: Parte interna das vestes
de Nossa senhora. Na cabeça, a
parte interna abaixo do maphorion
chama-se cúfia. Geralmente é da
mesma cor que a túnica interna,
sendo azul ou verde.
4 Estrelas: No maphorion as estrelas
têm dois significados. Primeiro, é
símbolo da castidade de Maria, pois
ela é a sempre Virgem – antes,
durante e depois do nascimento de
Jesus. Em segundo lugar, é símbolo
da Santíssima Trindade. Em muitos
ícones a figura do menino Jesus
cobre uma das estrelas, simbolizando
a segunda pessoa da Trindade, o
Filho de Deus.
5. Inscrição ΜΡ ΘΥ: É a abreviação
das palavras Mãe de Deus, assim
como IC XC é o nome
A extensão dourada.
A importância da luz na iconografia. O dourado é “não-
cor”, e expressa “o não–lugar”, e “o não- tempo”. O
fundo dourado é o sinônimo da benção, do paraíso, da
ressurreição.
Na iconografia o ouro tem a importância muito grande;
está ligado a luz. O autor não quer apresentar a
dimensão tridimensional, mas bidimensional. O uso da
perspectiva invertida, que é frequentemente usada nos
ícones, é uma chave para ler não somente a mensagem
do próprio ícone, mas da situação existencial de quem a
comtempla.
Ouro
A perspectiva invertida significa aumentar o
primeiro plano em comparação do segundo
plano, assim, temos o efeito psicológico, que
atrai a atenção para as pessoas. O ouro diminui
a espaço e a relação ao tempo e ao espaço;
assim existe a atualidade. O ícone apresenta o
“agora, hoje”, que é Jesus Cristo (Hbr 13,8). A
luz do ouro nos diz que a eternidade “entra” na
humanidade. Ouro–luz é o símbolo das
realidades eternas.
Ouro
O homem, desde as suas origens, contempla
com admiração a dourada luz do sol, presumindo
que tivesse sua origem na divindade, pois na
natureza não é possível encontrar esta cor. Nos
ícones, todos os fundos estão cobertos desta
cor, o que é possível conseguir aplicando folhas
de ouro que são polidas até conseguir seu brilho
máximo.
Na iconografia bizantina representa-se a luz de
Deus, daí porque, qualquer figura representada
neles está plena da luz divina.
O manto e a túnica do Pantokrátor, da Teothokos, ou
Mãe de Deus, alguns arcanjos e santos, são decoradas
com elaborados desenhos feitos com esta cor, pois a
proximidade com Deus assim o requer.
O amarelo, o ouro e o sol simbolizam a união da alma a
Deus, a luz revelada aos profanos, sendo o amarelo, o
ouro e o sol os três graus dessa revelação.
O ouro, sendo um metal, uma substância que não faz
parte da pintura, é difícil de harmonizar com o sistema
de cores do ícone. Não obstante, está firmemente
estabelecido na prática iconográfica. Se as cores
expressam-se como a luz refletida, o ouro é própria luz,
pura e genuína.
O branco não é propriamente uma cor, mas a
soma de todos elas. É a luz mesma. É a cor da
«Nova Vida». No ícone da Ressurreição, a túnica
de Cristo é desta cor. Os primeiros cristãos, ao
serem batizados, vestiam-se de com vestes
brancas, como símbolo do seu novo nascimento
para a nova vida transcendente.
No mundo pagão, o branco já era visto como
uma cor consagrada ao divino. Pitágoras
ordenava aos discípulos que se vestissem de
branco para cantar os hinos sagrados.
O branco
Mesmo para nós, o branco, por seu efeito óptico, sua
ausência de coloração, nos parece próximo da própria
luz. Sua irradiação transmite pureza e calma.
É a cor do reino dos céus, da luz divina de Deus, da
santidade e da simplicidade. As pessoas justas –
aquelas que eram boas, honestas e viveram pela
Verdade - são representadas nos ícones com vestes
brancas. Mas o branco também é a cor dos lençóis da
morte, do Cristo na deposição na tumba e de Lázaro.
Segundo Dionísio Aeropagita, o branco é cor da glória e
da potência do divino, mas também da destruição do
mundo terrestre. Após a ressurreição, o Cristo é sempre
representado de branco.
O branco
Como o branco é a unidade de todas
as cores, consequentemente, torna-se,
simbolicamente, o emblema da
Divindade, da Onipotência de Deus,
que encerra em si mesma todas as
virtudes. O branco, atribuído a Deus
Pai, é o símbolo da Verdade absoluta
de Deus, unidade de tudo que
procede, verdade por essência,
verdade imutável.
O preto representa o vazio, o caos, a
morte, pois sem luz a vida cessa... Nos
ícones, é mostrado na gruta da Natividade,
o menino se encontra fora dela, pois antes
da sua vinda só existia a morte. Desta cor
são os condenados e os demônios no ícone
do «Juizo Final», significando que para eles
a vida eterna se extinguiu.
O preto
Tradicionalmente, o preto se opõe ao branco,
assim como as trevas se opõem à luz, o mal ao
bem e a noite se opõe ao dia. Mas o preto
também é o símbolo da luta contra o mal. Em
muitas pinturas da Idade Média Jesus é
representado de preto quando luta contra o
demônio, nas tentações do deserto. O preto
também é usado nas vestes dos monges como
símbolo da mais alta ascese, de sua morte para
este mundo material.
O preto
O inferno no ícone da ressurreição é preto, assim
como a tumba de onde Lázaro é ressuscitado e a
gruta embaixo da cruz de Cristo, com a caveira,
símbolo da entrada da morte pelo pecado, da
qual Cristo nos livra.
Também a gruta da natividade de Cristo é preta,
para recordar que o Cristo aparece “para iluminar
com cores aqueles que estão nas trevas e na
sombra da morte, e dirigir nossos passos pelo
caminho da paz.” (Lucas, 1, 79)
Mas o preto também significa que o
menino, como todos os homens,
passará pela morte para nos doar a
vida eterna.
O preto nunca é usado puro em
iconografia, mas sempre misturado
com algum outro pigmento.
O vermelho indica o Espírito Santo intenso como
Amor, como Fogo que purifica. Ele se manifesta
como sob a forma de uma chama na testa dos
apóstolos: “Apareceram-lhes, então, línguas
como de fogo, que se repartiam e que pousaram
sobre cada um deles. E todos ficaram repletos
do Espírito Santo e começaram a falar em outras
línguas, conforme o Espírito lhes concedia se
exprimissem.” (Atos, 2, 2-4).
O vermelho
O vermelho é uma das cores mais usadas nos
ícones. É a cor do calor, paixão, amor, e da
energia doadora de vida, e por isso tornou-se o
símbolo da ressurreição – da vitória sobre a
morte. Mas ao mesmo tempo é a cor da
tormenta, do sangue, do martírio, do sacrifício de
Cristo. Os mártires costumam ser representados
com vestes vermelhas.
Alguns ícones, sobretudo nos russos entre os
séculos 14 e 16, tem o fundo vermelho, como
símbolo da celebração eterna da vida.
O vermelho
Essa cor tem sido amplamente utilizada pelos
iconógrafos nos mantos e túnicas de Cristo e dos
mártires. Simboliza o sangue do sacrifício, bem
como o amor, porque o amor é a causa principal
do sacrifício. Ao contrário do branco. Que
simboliza o intangível, o vermelho é uma cor
distintamente humana, representando, portanto, a
plenitude da vida terrena. No ícone do Pretório,
Jesus veste uma túnica vermelha que indica que
ele é o «"Filho do Homem» e que está preparado
para o sacrifício.
O Aeropagita caracteriza a cor
vermelha com as palavras
“incandescência” e “atividade”. De
todas as cores, o vermelho é a mais
ativa: ela avança na direção do
espectador, se impõe, tem
movimento.
O vermelho e o branco, cores que
traduzem o Amor e a Sabedoria de
Deus, são aquelas que encontramos no
Cristo após a ressurreição. O vermelho
simboliza também a realidade celeste, a
Ressurreição e a segunda vinda de
Cristo. Os serafins, que ficam ao lado
do trono de Deus, também são
representados em vermelho.
Esta cor, que é extraída de um
crustáceo do Mar Vermelho, era
utilizada para tingir as mais finas
sedas. A partir do «Código Justiniano»
a sua utilização ficou reservada
exclusivamente para o imperador, seus
parentes mais próximos, os
«augustos» e para alguns outros reis.
A Púrpura. (roxo)
Portanto, esta cor nos ícones é
representante do poder imperial. É usado
apenas nos mantos e túnicas do
Pantokrátor e da Virgem Mãe de Deus, a
Theotokos, indicando que Cristo, e por
extensão, a sua mãe, detêm o poder o
poder divino. E, como Cristo é também o
Sumo Sacerdote da Igreja, simboliza assim
o sacerdócio.
A Púrpura. (roxo)
A cor púrpura exprime, sobretudo, a
idéia da riqueza, pois era um produto
de alto custo. Mas essa idéia de
riqueza se mistura com elementos de
magia e religiosos: é essencialmente
potência e, como tal, instrumento e
testemunha de consagração. Os
sacerdotes e reis vestiam vestes de cor
púrpura sendo, portanto, a cor das
mais altas dignidades.
Em Bizâncio, a cor era de uso
exclusivo dos imperadores.
É a cor do manto da Theotokos.
Entretanto, na iconografia, raramente
se usa a tonalidade púrpura pura, mas
uma cor que se aproxima mais do
vermelho, ficando mais luminosa.
Todas as culturas antigas associavam o
azul à divindade. Os egípcios o associaram
à «verdade» e, portanto, com seus deuses.
Nos muros de suas tumbas e templos pode
se observar pinturas de sacerdotes, cujas
vestimentas são dessa cor. A máscara
funerária de Tutankhamon está decorada
com franjas de lápis azul, de modo que na
outra vida fosse identificado como um deus.
O azul
É natural que em bizâncio fosse
estabelecida como a cor própria de Deus e
das pessoas para as quais lhes transmite a
sua santidade.
Michel Quenot, em seu precioso livro «O
Ícone», afirma: “O azul oferece uma
transparência que se verifica no vazio da
água, do ar ou do cristal. O olhar penetra aí
e vai até o infinito, e chega a Deus».
O azul
Na cosmogonia, o Deus Criador é
cor azul. O Cristo durante os três
anos de seu ministério da verdade
e da sabedoria, também é
representado com o manto externo
(himation) azul. De azul ele inicia os
homens nas verdades da vida
eterna.
Com sua profundidade infinita, o
azul é símbolo do caminho na fé.
O azul é o infinito do céu e o
símbolo de outro mundo eterno.
O azul escuro é a cor da túnica
de Nossa Senhora. Muitos
afrescos dedicados à Theotokos
têm o fundo pintado de azul.
É a cor resultante da combinação do azul e do
amarelo. Verde é a cor da natureza, a cor da
vida sobre a Terra, do renascimento para a
chegada da primavera. A iconografia lhe dá um
significado de renovação espiritual.
Nos ícones, vemos muitos exemplos onde o
verde é usado: nas túnicas e nos mantos dos
profetas, na túnica de São João Batista, o
Precursor etc., pois foram os que anunciaram a
vinda de Cristo.
O verde
No Cristianismo o verde é o símbolo da regeneração da
consciência. Assim o azul da Virgem e do Cristo muitas
vezes é substituído pelo verde. São João Batista, o
Precursor, é quase sempre representado de verde,
simbolizando sua qualidade de apóstolo da caridade e
realização espiritual, e da nova vida que anuncia
através do batismo. É a cor dos profetas. Na Bíblia se
diz que de Deus emanaram três esferas concêntricas
(Ezequiel, 1,26; Êxodo, 24, 9-10): uma vermelha (do
amor), uma azul (da sabedoria) e outra verde (da
criação).
O verde
O verde também é símbolo da juventude. Na
infância, Jesus é representado muitas vezes de
verde, como símbolo da esperança de
regeneração da humanidade, de uma nova vida.
E a Mãe de Deus, nas cenas da anunciação e do
nascimento de Cristo às vezes também usa o
verde ao invés do azul, como símbolo da nova
vida que se inicia.
Nas escrituras o verde serve como atributo da
natureza, exprimindo a vida dada vegetação,
simbolizando também o crescimento e a
fertilidade.
Daí ser também o símbolo da
esperança. Para o Aeropagita, o verde
é a “a juventude e a vitalidade”.
A irradiação do verde é calma e neutra,
pois fica entre o movimento profundo
do azul e o movimento de avanço do
vermelho. Em composições com outras
cores, o verde as harmoniza. Perto do
vermelho gera um efeito
complementar.
Esta cor também é um resultado da mistura de
várias outras, tais como o vermelho, o azul, o
branco e o preto. É a cor da terra e, por isso, a
iconografia aplica esta cor no rosto das
imagens que aparecem nos ícones, para
recordar que o homem «é pó e ao pó retornará».
Significa também a «humildade», pois esta
palavra vem do vocábulo latino «humus», que
significa «terra». [...]
O marrom
Ouro, branco, preto, vermelho, roxo,
azul, verde e marrom são as únicas
cores que podem ser utilizadas na
pintura de ícones. Os usos de outras
combinações de cores são alheios a
toda e qualquer regra iconográfica já
que não são portadoras de nenhuma
simbologia.
O marrom
Essa cor é uma composição de
vermelho, azul, verde e contém preto.
Quando comparado com o preto,
parece uma cor viva, mas com as
outras cores, mostra-se uma cor morta.
É o reflexo da densidade da matéria:
falta o dinamismo e irradiação de
outras cores. Assim encontramos o
marrom em tudo que é terreno.
Também é a cor símbolo da
humildade. Nos monges e ascetas,
é símbolo da renúncia às alegrias
da vida terrena e da pobreza.
O marrom também é usado em
combinação com o tom púrpura nas
vestes da Theotokos, para lembrar
de sua natureza humana, mortal.
É a mistura de azul e vermelho, é desde
tempos muito antigos o símbolo do luto. Se
pensarmos que o vermelho é o símbolo do
fogo espiritual, do amor divino, e o azul é a
verdade terna, o violeta será o símbolo da
ressurreição eterna. Durante a semana
santa, a cor da igreja é ao violeta, para
simbolizar não apenas o luto pela morte do
Cristo, mas também a preparação para a
sua ressurreição.
O violeta
Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro
(cores )
CURSO DE MARIOLOGIA
Centro Missionário Redentorista
Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR
Salvador – Bahia- Brasil
www.mariologiapopular.blogspot.com
E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com

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A explicação dos detalhes do ícone do Perpétuo Socorro. ANO JUBILAR Mãe do Perpétuo Socorro, ícone do Amor 1866 – 2016 Organização: Pe. Jozef Grzywacz, CSsR Mais informações sobre mariologia em www.mariologiapopular.blogspot.comNsps 7 cores

  • 1. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (cores ) CURSO DE MARIOLOGIA Centro Missionário Redentorista Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR Salvador – Bahia- Brasil www.mariologiapopular.blogspot.com E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com
  • 2.
  • 3. O nosso ícone deve ser explicado no seu contexto original, ligado com a iconografia e mariologia oriental, ligado a Creta e mais ainda aos Balcãs. No Oriente este tipo de ícone é chamado Nossa Senhora da Paixão, e expressa a dimensão pascal. O ícone de ser “lido” assim como foi escrito, quer dizer “de fora para dentro”.
  • 4. A perspectiva é uma ilusão de fundo, a terceira dimensão. Na perspectiva invertida, no nosso ícone o ponto de encontro passa do fundo do ícone para a frente e vai até o lugar de quem olha. O ícone não tem o fundo, ou o fundo começa antes do ícone, do lado de fora. Isso se consegue através das pessoas que vão diminuindo na direção de quem olha e que se destaca do fundo dourado. O maior desenho é de Maria. Os anjos são pintados como se saíssem do céu.
  • 5. O artista, iconógrafo A obra, ícone Maria apresentada frontalmente O espectador Preparação, meditação Conhecimento do cânon Atitude de fé, predisposição
  • 6. Têmpera é o nome dado a um dos modos como os artistas bizantinos preparavam a tinta usada em seus ícones. Consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica - em geral gema de ovo - para facilitar a fixação das cores à superfície do objeto pintado. Têmpera
  • 7. O resultado é uma superfície brilhante e luminosa. Mais tarde, com o desenvolvimento da pintura a óleo, essa técnica foi abandonada. Alguns pintores, porém, continuaram a utilizá-la, como é o caso do brasileiro Alfredo Volpi (1896-1988). Têmpera
  • 8. Foi o Sínodo de Nicéa, 787, codificou o cânon e a teologia do ícone. A encarnação, Jo 1,14 e o Verbo se fez homem. O ícone deve ter a inscrição, o nome (epigrafé). O ícone de ter o “verbo, palavra”, o nome ou título. A identificação da pessoa de Jesus IC XC, Mc 1,1 “O início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. A identificação de Maria – Mãe de Deus. Lendo os nomes do ícone podemos atualizar a presença das pessoas, que estão presentes aqui e agora pela janela do ícone,
  • 9. O título do ícone contém as letras que são a abreviatura dos nomes gregos: a Theotokos, Mãe de Deus (МР ΘΥ - Mητηρ θεού, Meter Theou), Jesus Cristo (IC XC - Iησού Χριστόζ, Iesous Christos), como também o Arcanjo Miguel (OAM - ρχάγγελοςὉ Ἀ Μιχαήλ) – do lado esquerdo quem olha) e Arcanjo Gabriel (OAΓ - ρχάγγελος ΓαβριήλὉ Ἀ ). É bom notar que o título, o nome do ícone é indispensável para a meditação, porque o nome invoca o Protótipo. O ícone não representa o mundo material, mas a realidade transformada pela Ressurreição.
  • 10. A cor nos ícones tem sentido maior do que a ornamentação. As 07 cores do arco-íris permitem aos nossos olhões discernir mais de 700 tonalidades. A simbólica das cores. A escola venezo-cretina une as tendências das tradições orientais e ocidentais. «As cores são usadas pelo artista [iconógrafo] com o objetivo de separar o Céu de nossa existência terrena. Aí está a chave que permite compreender a beleza inefável da simbologia do ícone».
  • 11. Os iconógrafos, escritores e não «pintores» dos ícones, posto que estes são escritos e não «pintados», não podem usar livremente as cores nem lhes dar tonalidades diversas, tão pouco podem obscurece-los com sombras, pois devem aplicar a cor que está previamente determinada. O II Concílio de Nicéia estabeleceu que...«Somente o aspecto técnico da obra depende do pintor [escritor].
  • 12. Todo o seu plano, sua disposição depende dos santos Padres. »Foram estabelecidos manuais para a elaboração dos mesmos. Em primeiro lugar, ao falar sobre as cores dos ícones, é necessário fazê-lo sobre a sua luz, pois neles a luz não provêm de um lugar específico como acontece na pintura ocidental, senão que, neles as figuras estão imersas na luz.
  • 13. Na iconografia, as cores têm um papel fundamental. Sua função não é apenas estética, mas de levar um simbolismo atrelado à imagem que se está representando. Assim sendo, o iconógrafo tem uma liberdade muito limitada para escolher as cores, devendo sempre ser fiel aos cânones estabelecidos e à Tradição.
  • 14. Por exemplo, a Theotokos deve estar vestida com as cores azul e púrpura e o Cristo, antes da crucificação, também, apenas invertendo a posição: A túnica interna (chiton) do Cristo é púrpura, assim como o manto externo (maphorion) da Virgem, enquanto que o manto externo (himation) do Cristo e a túnica interna da Virgem serão da mesma cor, azul.
  • 15. Isso porque a púrpura era o símbolo da realeza, a cor utilizada pelos imperadores bizantinos e o azul, a cor do céu, é a cor de tudo que vem do mundo espiritual. Como o Cristo se fez homem, sua vestimenta interna será púrpura, mas revestida do divino, que é o azul, por fora. E quanto à Virgem, ela era humana e abrigou dentro de si o divino, gerando-o em seu ventre. Então, o azul está no interior e a púrpura por fora.
  • 16. Quando vemos as Madonas todas de azul, aos nossos olhos ocidentais tão belos, famosas desde a Renascença, devemos entender que houve nesse caso uma perda do simbolismo. Na verdade, o azul passou a ser cada vez mais usado para demonstrar poder, pois era pintado com o pigmento mais caro da época – o lápis azul – e aquele que o usava mostrava assim seu poder econômico.
  • 17. Vale a pena ressaltar também que, infelizmente, muitos restauradores alteraram as cores originais de alguns ícones antigos, e por isso encontramos algumas Virgens antigas de azul.
  • 18. 1 Halo: Em contraste ao halo do Cristo, não contem a cruz. 2 Maphorion: A veste externa das mulheres casadas, em forma de véu. O maphorion da Mãe de Deus foi trazido da Palestina em 473, para a igreja da Panaghia de Blachernae em Constantinopla, atual Istambul na Turquia. 3. Túnica: Parte interna das vestes de Nossa senhora. Na cabeça, a parte interna abaixo do maphorion chama-se cúfia. Geralmente é da mesma cor que a túnica interna, sendo azul ou verde.
  • 19. 4 Estrelas: No maphorion as estrelas têm dois significados. Primeiro, é símbolo da castidade de Maria, pois ela é a sempre Virgem – antes, durante e depois do nascimento de Jesus. Em segundo lugar, é símbolo da Santíssima Trindade. Em muitos ícones a figura do menino Jesus cobre uma das estrelas, simbolizando a segunda pessoa da Trindade, o Filho de Deus. 5. Inscrição ΜΡ ΘΥ: É a abreviação das palavras Mãe de Deus, assim como IC XC é o nome
  • 20. A extensão dourada. A importância da luz na iconografia. O dourado é “não- cor”, e expressa “o não–lugar”, e “o não- tempo”. O fundo dourado é o sinônimo da benção, do paraíso, da ressurreição. Na iconografia o ouro tem a importância muito grande; está ligado a luz. O autor não quer apresentar a dimensão tridimensional, mas bidimensional. O uso da perspectiva invertida, que é frequentemente usada nos ícones, é uma chave para ler não somente a mensagem do próprio ícone, mas da situação existencial de quem a comtempla. Ouro
  • 21. A perspectiva invertida significa aumentar o primeiro plano em comparação do segundo plano, assim, temos o efeito psicológico, que atrai a atenção para as pessoas. O ouro diminui a espaço e a relação ao tempo e ao espaço; assim existe a atualidade. O ícone apresenta o “agora, hoje”, que é Jesus Cristo (Hbr 13,8). A luz do ouro nos diz que a eternidade “entra” na humanidade. Ouro–luz é o símbolo das realidades eternas. Ouro
  • 22. O homem, desde as suas origens, contempla com admiração a dourada luz do sol, presumindo que tivesse sua origem na divindade, pois na natureza não é possível encontrar esta cor. Nos ícones, todos os fundos estão cobertos desta cor, o que é possível conseguir aplicando folhas de ouro que são polidas até conseguir seu brilho máximo. Na iconografia bizantina representa-se a luz de Deus, daí porque, qualquer figura representada neles está plena da luz divina.
  • 23. O manto e a túnica do Pantokrátor, da Teothokos, ou Mãe de Deus, alguns arcanjos e santos, são decoradas com elaborados desenhos feitos com esta cor, pois a proximidade com Deus assim o requer. O amarelo, o ouro e o sol simbolizam a união da alma a Deus, a luz revelada aos profanos, sendo o amarelo, o ouro e o sol os três graus dessa revelação. O ouro, sendo um metal, uma substância que não faz parte da pintura, é difícil de harmonizar com o sistema de cores do ícone. Não obstante, está firmemente estabelecido na prática iconográfica. Se as cores expressam-se como a luz refletida, o ouro é própria luz, pura e genuína.
  • 24. O branco não é propriamente uma cor, mas a soma de todos elas. É a luz mesma. É a cor da «Nova Vida». No ícone da Ressurreição, a túnica de Cristo é desta cor. Os primeiros cristãos, ao serem batizados, vestiam-se de com vestes brancas, como símbolo do seu novo nascimento para a nova vida transcendente. No mundo pagão, o branco já era visto como uma cor consagrada ao divino. Pitágoras ordenava aos discípulos que se vestissem de branco para cantar os hinos sagrados. O branco
  • 25. Mesmo para nós, o branco, por seu efeito óptico, sua ausência de coloração, nos parece próximo da própria luz. Sua irradiação transmite pureza e calma. É a cor do reino dos céus, da luz divina de Deus, da santidade e da simplicidade. As pessoas justas – aquelas que eram boas, honestas e viveram pela Verdade - são representadas nos ícones com vestes brancas. Mas o branco também é a cor dos lençóis da morte, do Cristo na deposição na tumba e de Lázaro. Segundo Dionísio Aeropagita, o branco é cor da glória e da potência do divino, mas também da destruição do mundo terrestre. Após a ressurreição, o Cristo é sempre representado de branco. O branco
  • 26. Como o branco é a unidade de todas as cores, consequentemente, torna-se, simbolicamente, o emblema da Divindade, da Onipotência de Deus, que encerra em si mesma todas as virtudes. O branco, atribuído a Deus Pai, é o símbolo da Verdade absoluta de Deus, unidade de tudo que procede, verdade por essência, verdade imutável.
  • 27. O preto representa o vazio, o caos, a morte, pois sem luz a vida cessa... Nos ícones, é mostrado na gruta da Natividade, o menino se encontra fora dela, pois antes da sua vinda só existia a morte. Desta cor são os condenados e os demônios no ícone do «Juizo Final», significando que para eles a vida eterna se extinguiu. O preto
  • 28. Tradicionalmente, o preto se opõe ao branco, assim como as trevas se opõem à luz, o mal ao bem e a noite se opõe ao dia. Mas o preto também é o símbolo da luta contra o mal. Em muitas pinturas da Idade Média Jesus é representado de preto quando luta contra o demônio, nas tentações do deserto. O preto também é usado nas vestes dos monges como símbolo da mais alta ascese, de sua morte para este mundo material. O preto
  • 29. O inferno no ícone da ressurreição é preto, assim como a tumba de onde Lázaro é ressuscitado e a gruta embaixo da cruz de Cristo, com a caveira, símbolo da entrada da morte pelo pecado, da qual Cristo nos livra. Também a gruta da natividade de Cristo é preta, para recordar que o Cristo aparece “para iluminar com cores aqueles que estão nas trevas e na sombra da morte, e dirigir nossos passos pelo caminho da paz.” (Lucas, 1, 79)
  • 30. Mas o preto também significa que o menino, como todos os homens, passará pela morte para nos doar a vida eterna. O preto nunca é usado puro em iconografia, mas sempre misturado com algum outro pigmento.
  • 31. O vermelho indica o Espírito Santo intenso como Amor, como Fogo que purifica. Ele se manifesta como sob a forma de uma chama na testa dos apóstolos: “Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimissem.” (Atos, 2, 2-4). O vermelho
  • 32. O vermelho é uma das cores mais usadas nos ícones. É a cor do calor, paixão, amor, e da energia doadora de vida, e por isso tornou-se o símbolo da ressurreição – da vitória sobre a morte. Mas ao mesmo tempo é a cor da tormenta, do sangue, do martírio, do sacrifício de Cristo. Os mártires costumam ser representados com vestes vermelhas. Alguns ícones, sobretudo nos russos entre os séculos 14 e 16, tem o fundo vermelho, como símbolo da celebração eterna da vida. O vermelho
  • 33. Essa cor tem sido amplamente utilizada pelos iconógrafos nos mantos e túnicas de Cristo e dos mártires. Simboliza o sangue do sacrifício, bem como o amor, porque o amor é a causa principal do sacrifício. Ao contrário do branco. Que simboliza o intangível, o vermelho é uma cor distintamente humana, representando, portanto, a plenitude da vida terrena. No ícone do Pretório, Jesus veste uma túnica vermelha que indica que ele é o «"Filho do Homem» e que está preparado para o sacrifício.
  • 34. O Aeropagita caracteriza a cor vermelha com as palavras “incandescência” e “atividade”. De todas as cores, o vermelho é a mais ativa: ela avança na direção do espectador, se impõe, tem movimento.
  • 35. O vermelho e o branco, cores que traduzem o Amor e a Sabedoria de Deus, são aquelas que encontramos no Cristo após a ressurreição. O vermelho simboliza também a realidade celeste, a Ressurreição e a segunda vinda de Cristo. Os serafins, que ficam ao lado do trono de Deus, também são representados em vermelho.
  • 36. Esta cor, que é extraída de um crustáceo do Mar Vermelho, era utilizada para tingir as mais finas sedas. A partir do «Código Justiniano» a sua utilização ficou reservada exclusivamente para o imperador, seus parentes mais próximos, os «augustos» e para alguns outros reis. A Púrpura. (roxo)
  • 37. Portanto, esta cor nos ícones é representante do poder imperial. É usado apenas nos mantos e túnicas do Pantokrátor e da Virgem Mãe de Deus, a Theotokos, indicando que Cristo, e por extensão, a sua mãe, detêm o poder o poder divino. E, como Cristo é também o Sumo Sacerdote da Igreja, simboliza assim o sacerdócio. A Púrpura. (roxo)
  • 38. A cor púrpura exprime, sobretudo, a idéia da riqueza, pois era um produto de alto custo. Mas essa idéia de riqueza se mistura com elementos de magia e religiosos: é essencialmente potência e, como tal, instrumento e testemunha de consagração. Os sacerdotes e reis vestiam vestes de cor púrpura sendo, portanto, a cor das mais altas dignidades.
  • 39. Em Bizâncio, a cor era de uso exclusivo dos imperadores. É a cor do manto da Theotokos. Entretanto, na iconografia, raramente se usa a tonalidade púrpura pura, mas uma cor que se aproxima mais do vermelho, ficando mais luminosa.
  • 40. Todas as culturas antigas associavam o azul à divindade. Os egípcios o associaram à «verdade» e, portanto, com seus deuses. Nos muros de suas tumbas e templos pode se observar pinturas de sacerdotes, cujas vestimentas são dessa cor. A máscara funerária de Tutankhamon está decorada com franjas de lápis azul, de modo que na outra vida fosse identificado como um deus. O azul
  • 41. É natural que em bizâncio fosse estabelecida como a cor própria de Deus e das pessoas para as quais lhes transmite a sua santidade. Michel Quenot, em seu precioso livro «O Ícone», afirma: “O azul oferece uma transparência que se verifica no vazio da água, do ar ou do cristal. O olhar penetra aí e vai até o infinito, e chega a Deus». O azul
  • 42. Na cosmogonia, o Deus Criador é cor azul. O Cristo durante os três anos de seu ministério da verdade e da sabedoria, também é representado com o manto externo (himation) azul. De azul ele inicia os homens nas verdades da vida eterna.
  • 43. Com sua profundidade infinita, o azul é símbolo do caminho na fé. O azul é o infinito do céu e o símbolo de outro mundo eterno. O azul escuro é a cor da túnica de Nossa Senhora. Muitos afrescos dedicados à Theotokos têm o fundo pintado de azul.
  • 44. É a cor resultante da combinação do azul e do amarelo. Verde é a cor da natureza, a cor da vida sobre a Terra, do renascimento para a chegada da primavera. A iconografia lhe dá um significado de renovação espiritual. Nos ícones, vemos muitos exemplos onde o verde é usado: nas túnicas e nos mantos dos profetas, na túnica de São João Batista, o Precursor etc., pois foram os que anunciaram a vinda de Cristo. O verde
  • 45. No Cristianismo o verde é o símbolo da regeneração da consciência. Assim o azul da Virgem e do Cristo muitas vezes é substituído pelo verde. São João Batista, o Precursor, é quase sempre representado de verde, simbolizando sua qualidade de apóstolo da caridade e realização espiritual, e da nova vida que anuncia através do batismo. É a cor dos profetas. Na Bíblia se diz que de Deus emanaram três esferas concêntricas (Ezequiel, 1,26; Êxodo, 24, 9-10): uma vermelha (do amor), uma azul (da sabedoria) e outra verde (da criação). O verde
  • 46. O verde também é símbolo da juventude. Na infância, Jesus é representado muitas vezes de verde, como símbolo da esperança de regeneração da humanidade, de uma nova vida. E a Mãe de Deus, nas cenas da anunciação e do nascimento de Cristo às vezes também usa o verde ao invés do azul, como símbolo da nova vida que se inicia. Nas escrituras o verde serve como atributo da natureza, exprimindo a vida dada vegetação, simbolizando também o crescimento e a fertilidade.
  • 47. Daí ser também o símbolo da esperança. Para o Aeropagita, o verde é a “a juventude e a vitalidade”. A irradiação do verde é calma e neutra, pois fica entre o movimento profundo do azul e o movimento de avanço do vermelho. Em composições com outras cores, o verde as harmoniza. Perto do vermelho gera um efeito complementar.
  • 48. Esta cor também é um resultado da mistura de várias outras, tais como o vermelho, o azul, o branco e o preto. É a cor da terra e, por isso, a iconografia aplica esta cor no rosto das imagens que aparecem nos ícones, para recordar que o homem «é pó e ao pó retornará». Significa também a «humildade», pois esta palavra vem do vocábulo latino «humus», que significa «terra». [...] O marrom
  • 49. Ouro, branco, preto, vermelho, roxo, azul, verde e marrom são as únicas cores que podem ser utilizadas na pintura de ícones. Os usos de outras combinações de cores são alheios a toda e qualquer regra iconográfica já que não são portadoras de nenhuma simbologia. O marrom
  • 50. Essa cor é uma composição de vermelho, azul, verde e contém preto. Quando comparado com o preto, parece uma cor viva, mas com as outras cores, mostra-se uma cor morta. É o reflexo da densidade da matéria: falta o dinamismo e irradiação de outras cores. Assim encontramos o marrom em tudo que é terreno.
  • 51. Também é a cor símbolo da humildade. Nos monges e ascetas, é símbolo da renúncia às alegrias da vida terrena e da pobreza. O marrom também é usado em combinação com o tom púrpura nas vestes da Theotokos, para lembrar de sua natureza humana, mortal.
  • 52. É a mistura de azul e vermelho, é desde tempos muito antigos o símbolo do luto. Se pensarmos que o vermelho é o símbolo do fogo espiritual, do amor divino, e o azul é a verdade terna, o violeta será o símbolo da ressurreição eterna. Durante a semana santa, a cor da igreja é ao violeta, para simbolizar não apenas o luto pela morte do Cristo, mas também a preparação para a sua ressurreição. O violeta
  • 53. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (cores ) CURSO DE MARIOLOGIA Centro Missionário Redentorista Organização – Pe. José Grzywacz, CSsR Salvador – Bahia- Brasil www.mariologiapopular.blogspot.com E-mail: jozefgrzywacz@hotmail.com