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7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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São Paulo,
4a
 edição
2014
4
ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INICIAIS
HISTÓRIA • 4O
 ANO
História
Manualdo
Professor
São Paulo,
4a
 edição
2014
Organizadora Edições SM
Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM.
Raquel dos Santos Funari
Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Belo Horizonte. Mestra e doutora em História pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Pesquisadora-colaboradora do departamento de História do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Professora
de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e Médio.
Mônica Lungov
Bacharela e licenciada em História pela Universidade de
São Paulo (USP). Consultora pedagógica e professora
de História no Ensino Fundamental e Médio.
Editora responsável
Valéria Vaz
Mestra em Artes Visuais e Especialização em Linguagens Visuais
pela Faculdade Santa Marcelina (FASM).
Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (Unesp).
Professora do Ensino Fundamental. Editora de livros didáticos.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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Edições SM Ltda.
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55
Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
edicoessm@grupo-sm.com
www.edicoessm.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Aprender juntos : história, 4o
 ano : ensino
  fundamental : anos iniciais / organizadora
  Edições SM ; editora responsável Valéria Vaz ;
  obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida
  por Edições SM. — 4. ed. — São Paulo :
  Edições SM, 2014. — (Aprender juntos)
  Bibliografia.
ISBN 978-85-418-0452-3 (aluno)
ISBN 978-85-418-0453-0 (professor)
  1. História (Ensino fundamental) I.Vaz, Valéria. II. Série.
14-05307 CDD-372.89
Índices para catálogo sistemático:
1. História : Ensino fundamental 372.89
  4ª edição, 2014
  Aprender Juntos História 4
  © Edições SM Ltda.
Todos os direitos reservados
  Direção editorial Juliane Matsubara Barroso
  Gerência editorial José Luiz Carvalho da Cruz
  Gerência de processos editoriais Rosimeire Tada da Cunha
  Coordenação de área  Valéria Vaz
  Edição  Carlos Eduardo de Almeida Ogawa, Maria Izabel Simões Gonçalves, Nanci Ricci
  Apoio editorial  Jaqueline Martinho dos Santos
  Assistência de produção editorial  Alzira Aparecida Bertholim Meana, Flávia R. R. Chaluppe, Silvana Siqueira
  Preparação e revisão  Cláudia Rodrigues do Espírito Santo (Coord.), Ana Catarina Nogueira,
Ana Paula Ribeiro Migiyama, Angélica Lau P
. Soares, Eliana Vila Nova,
Eliane Santoro, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Fernanda Oliveira Souza,
Izilda de Oliveira Pereira, Maíra de Freitas Cammarano, Renata Tavares,
Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Valéria Cristina Borsanelli,
Marco Aurélio Feltran (apoio de equipe)
  Coordenação de design 
  Erika Tiemi Yamauchi Asato
  Coordenação de arte  Ulisses Pires
  Edição de arte  Luis F
. Lida Kinoshita
  Projeto gráfico  Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti
  Capa  Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti sobre paper 
 toy de Carlo Giovani
  Iconografia  Priscila Ferraz, Odete Pereira, Bianca Fanelli, Josiane Laurentino
  Tratamento de imagem  Marcelo Casaro, Robson Mereu
  Editoração eletrônica  Equipe SM
  Fabricação  Alexander Maeda
  Impressão
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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3
 Apresentação
Caro aluno,
Este livro foi cuidadosamente pensado para ajudá-lo a construir uma
aprendizagem sólida e cheia de significados que lhe sejam úteis não so-
mente hoje, mas também no futuro. Nele, você vai encontrar estímulos
para criar, expressar ideias e pensamentos, refletir sobre o que aprende,
trocar experiências e conhecimentos.
Os temas, as atividades, as imagens e os textos propostos neste livro
oferecem oportunidades para que você se desenvolva como estudante e
como cidadão, cultivando valores universais como responsabilidade, res-
peito, solidariedade, liberdade e justiça.
Acreditamos que é por meio de atitudes positivas e construtivas que
se conquistam autonomia e capacidade para tomar decisões acertadas,
resolver problemas e superar conflitos.
Esperamos que este material didático contribua para o seu desenvolvi-
mento e para a sua formação.
Bons estudos!
Equipe editorial 
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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Sumário
6
2
unidade
1
unidade
3
2
2
3
capítulo capítulo
capítulo capítulo
 A chegada a um novo mundo
  A chegada à América 󰀱󰀸   Escravidão na Colônia 󰀵󰀰
  Resistindo à escravidão  󰀶󰀲
  O que aprendi? 󰀳󰀸   O que aprendi?  󰀷󰀲
A travessia do Atlântico, 19
O encontro entre portugueses e indígenas, 20
Os indígenas, segundo os portugueses, 21
Os portugueses, segundo os indígenas, 22
Registros: Mapas, 23
Pau-brasil: a primeira riqueza, 24
Escambo, 25
Agora já sei, 26
A escravidão nos engenhos, 51
O dia a dia, 52
Vivendo na senzala, 53
A escravidão nas minas, 54
O tráfico para as minas, 55
O trabalho nas minas, 56
Condições de vida dos africanos
escravizados na mineração, 57
Nas cidades, 58
Escravos de ganho, 59
Agora já sei, 60
  O início da colonização 󰀲󰀸
O trabalho escravo na Colônia
Formas de resistência, 63
A Revolta dos Malês, 64
Quilombo de Palmares, 65
A vida em Palmares, 66
A destruição de Palmares, 67
Agora já sei, 68
1
capítulo
  A escravidão 󰀴󰀲
Quem eram as pessoas escravizadas?, 43
O tráfico negreiro, 44
Registros: Navio negreiro, 44
A travessia do Atlântico, 45
Mercado de escravizados, 46
Numa terra estranha, 47
Agora já sei, 48
1
capítulo
As grandes viagens marítimas, 11
A arte da navegação, 12
Vivendo em alto-mar, 13
A tripulação dos navios, 14
O cotidiano a bordo, 14
As mulheres nas
Grandes Navegações, 15
Agora já sei, 16
  Buscando novos caminhos 10
  Vamos fazer!  󰀷󰀰
Jogo de tabuleiro
Bússola
  Vamos fazer!  󰀳󰀶
O cultivo da cana e
a produção do açúcar, 29
O trabalho no cultivo, 30
O trabalho na produção do açúcar, 31
O engenho, 32
Conhecendo melhor um engenho, 33
Agora já sei, 34
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unidade
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capítulo
capítulo capítulo
capítulo capítulo
  Um novo cultivo: o café 󰀱󰀱󰀰
  Outros trabalhadores
livres no campo 󰀸󰀶   Da escravidão ao
trabalho assalariado 󰀱󰀲󰀰
  Trabalhador livre urbano 󰀹󰀶   Vida urbana e indústria 󰀱󰀳󰀰
  Vamos fazer!  󰀱󰀳󰀸
  O que aprendi?  󰀱󰀰󰀶
  O que aprendi?  󰀱󰀴󰀰
A cafeicultura, 111
A expansão das lavouras de café, 112
O trabalho nas fazendas de café, 114
A economia cafeeira, 115
Mudanças no cenário, 116
As estradas de ferro, 117
Agora já sei, 118
O trabalho nas fazendas de gado, 87
Os caminhos do gado na Colônia, 88
Os missionários e os bandeirantes, 89
Os jesuítas e as missões, 90
Os bandeirantes, 92
Registros: Casas, 92
Agora já sei, 94
Crescimento da população urbana, 97
Ofícios urbanos, 98
Problemas nas cidades mineradoras, 99
A fome, 99
O controle do governo português, 100
Conflitos, 101
Agora já sei, 102
Industrialização e urbanização, 131
As primeiras indústrias, 132
O crescimento das cidades, 133
Operários: o trabalho nas fábricas, 134
Uma vida nada fácil, 135
Movimentos operários: lutando por direitos, 135
Agora já sei, 136
  Vamos fazer!  󰀱󰀰󰀴
Quadro sinóptico – Revoltas coloniais
Painéis para exposição
O trabalho livre na Colônia O fim da escravidão
O processo da abolição da escravidão, 121
Leis, 122
Registros: Documentos oficiais, 123
Chegam os imigrantes, 124
O trabalho dos imigrantes, 125
Registros: Acervo de museu, 126
Os imigrantes nas cidades, 127
Os imigrantes no Sul do Brasil, 127
Agora já sei, 128
1
capítulo
  Homens e mulheres livres
nos engenhos 󰀷󰀶
Trabalhadores livres nos engenhos, 77
O que faziam, 78
Mascates, 79
Família patriarcal, 80
A esposa e os filhos, 80
A vida doméstica, 81
Registros: Desenhos,
gravuras e pinturas, 83
Agora já sei, 84
  Sugestões de leitura 󰀱󰀴󰀲
Bibliografia 󰀱󰀴󰀴
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unidade
1
 A chegada a um
novo mundo
Até o século XV, os europeus não
conheciam todos os continentes e
oceanos. Investindo em viagens
marítimas, eles chegaram a uma
terra que não conheciam e que
foi chamada de América ou Novo
Mundo. Os europeus decidiram
ocupar essa terra, onde já havia
milhões de habitantes.
Observe a imagem.
 
 Quais desses continentes eram co-
nhecidos até o século XV?
 Aonde os europeus chegaram no sé-
culo XV?
 Você conhece a rota marítima repre-
sentada na imagem?
 
 Os portugueses deci-
diram ocupar as terras
onde já viviam milhões
de pessoas. Como será
que os portugueses viam os habi-
tantes do Novo Mundo? Como será
que os habitantes do Novo Mun-
do viam os europeus? Converse
com os colegas e com o professor
e depois anote suas conclusões.
Europa, Ásia e África.
Chegaram à América.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
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Imagem de satélite representando
parte da superfície terrestre.
Composição ilustrativa que não
obedece às convenções cartográficas.
AMÉRICA
OCEANO
ATLÂNTICO
Atividade oral. Sugestão no Manual do Professor.
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9
ANTÁRTIDA
OCEANIA
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EUROPA
ÁSIA
OCEANO
ÍNDICO
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1
capítulo
10
Buscando novos caminhos
Nos séculos XV e XVI, os europeus fizeram diversas viagens marítimas,
chegando a lugares que antes desconheciam. Por isso, esse período é conhe-
cido como o das Grandes Navegações.
Os portugueses foram pioneiros nas viagens pelo oceano Atlântico. Nave-
gando por águas desconhecidas, eles corriam muitos riscos.
Muito tempo depois, o poeta Fernando Pessoa (1888-1935) escreveu um
poema sobre essas viagens. Leia alguns versos.
1 Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
a) Por que mães, filhos e noivas ficavam tristes e preocupados?
b) Naquela época, quais eram os motivos das “lágrimas de Portugal”?
c) Na sua opinião, por que os marinheiros enfrentavam o mar desconhecido?
d) Pense na chegada dos portugueses ao Novo Mundo. Que resposta você
acha que dariam à pergunta “Valeu a pena?”?
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Mar português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
 Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
[...]
Fernando Pessoa. Obra poética. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981. p. 16.
Porque as viagens eram longas e arriscadas.
 As perdas que as arriscadas viagens ocasionavam.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Informações adicionais no Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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11
As grandes viagens marítimas Sugestão no Manual do Professor.
Na época das Grandes Navegações, os oceanos eram pouco conhecidos
e várias lendas assustavam os marinheiros. Uma delas dizia que as águas do
oceano eram povoadas por monstros, como grandes serpentes marinhas.
Outra, que esse oceano terminava em um abismo.
Se tinham tantos temores, por que os europeus se aventuraram em águas
desconhecidas? O que buscavam?
Alguns produtos eram raros e caros na Europa, como
especiarias, porcelanas e tecidos de seda. Esses produ-
tos eram encontrados na Índia e levados por comerciantes
árabes até Constantinopla. Lá, eles eram comprados por
comerciantes europeus e distribuídos por toda a Europa.
Vendidos e revendidos, esses artigos alcançavam preços
muito altos.
Interessados em participar desse lucrativo comércio, os
portugueses começaram a buscar um novo caminho para a
Índia, onde poderiam comprar especiarias dos próprios in-
dianos, evitando os inúmeros revendedores.
Além do interesse co-
mercial, os marinheiros
portugueses eram motiva-
dos a viajar por outros fa-
tores, como a paixão pelo
mar e a vontade de conhe-
cer outros lugares.
Especiaria: erva
ou parte de planta,
como canela, cravo,
pimenta, gengibre e
noz-moscada, que era
usada no preparo e
na conservação dos
alimentos e também
como medicamentos.
A noz-moscada, por
exemplo, era usada
contra dores no
estômago e cólicas.
  1 Observe a rota indicada no mapa acima. Ela começava em Portugal, pas-
sava pelo cabo da Boa Esperança e chegava à Índia. Agora responda:
a) Por quais oceanos essa rota passava?
b) Quais eram o continente e a cidade de origem dessa rota? E de destino?
OCEANO 
ÍNDICO 
OCEANO 
ATLÂNTICO 
30°S 
30°N 
0° 
0° 60°L
Equador 
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Mar
Mediterrâneo 
EUROPA
ÁFRICA
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Cabo da Boa
Esperança
Lisboa Constantinopla
PORTUGAL
ÍNDIA
Península
Arábica
Calicute
0 1170 2 340 km
1 cm – 1 170 km
Rota portuguesa das especiarias (séculos XV e XVI)
Fonte de pesquisa: Atlas histórico
escolar 
. Rio de Janeiro: MEC, 1991.
p. 112-113.
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Passava pelos oceanos Atlântico e Índico.
Origem: Lisboa, na Europa; destino: Calicute, na Ásia.
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12
 A arte da navegação
Nesse período, as rotas de navegação eram feitas pelo mar Mediterrâneo,
no litoral da Europa, da África e da Ásia, mas não pelo oceano, que estava mais
distante da costa. Os marinheiros orientavam-se pelas estrelas. As navegações
oceânicas, em alto-mar, exigiam embarcações diferentes e instrumentos de
navegação complexos.
Na época das Grandes Navegações, os portugueses eram os que mais ti-
nham conhecimentos náuticos. E, para as grandes viagens, eles aperfeiçoaram
alguns instrumentos e inventaram outros.
  2 O que diferenciava a navegação pelo Mediterrâneo da oceânica?
3 Quando não existiam os instrumentos de orientação, como os
navegantes faziam? Converse com os colegas e respondam.
Caravela. Embarcação com casco estreito e fundo
e velas triangulares. Resistente e ligeira, a caravela
foi ideal para a navegação oceânica naquele
momento. Pintura de Rafael Monleon (1843-1900)
retratando caravelas do século XVI.
Quadrante. Também era um
instrumento de orientação em alto-mar.
Fotografia de quadrante do século XVI.
Bússola. Importante
instrumento de
orientação; tem uma
agulha magnética
que aponta sempre
para o norte. De
origem chinesa,
foi aperfeiçoada
durante as Grandes
Navegações.
Fotografia de bússola
do século XV.
Astrolábio.
Instrumento que
permitia calcular
a localização dos
barcos em alto-
-mar. Fotografia
de astrolábio do
século XIV.
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Sugestão no Manual do Professor.
 A navegação pelo Mediterrâneo era mais fácil porque era costeira, passando pela Europa, África
e Ásia. A navegação oceânica, pelo Atlântico e pelo Índico, era mais difícil porque a frota passava
muito tempo em mar aberto, tornando a orientação mais complicada.
Orientavam-se pelas estrelas. Reúna os alunos em grupos para que discutam a questão. Cada grupo deverá
dar a resposta com base em seus conhecimentos sobre orientação, integrando-os com Geografia.
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13
  1 Você já fez alguma viagem que durou muitos dias? Se fez, anote
no caderno as informações a seguir. Depois, conte para a classe:
a) qual era o meio de transporte;
b) quantos dias durou;
c) para onde foi;
d) como foi a viagem (onde comia, tomava banho, etc.).
2 Se não fez nenhuma viagem longa, use sua imaginação e crie
uma. Identifique o lugar para onde foi, o percurso, o meio de
transporte. Conte, por exemplo, onde dormia, como fazia para
comer e tomar banho.
Vivendo em alto-mar Sugestão no Manual do Professor.
Na época das Grandes Navegações, não se sabia ao certo quanto tempo
levaria para chegar à terra firme. Muitas vezes, os tripulantes passavam longos
períodos em alto-mar. Como era essa viagem?
Leia o texto.
O objetivo é levar o aluno a
organizar informações de um
relato para compartilhar sua vivência com os colegas, assim como desenvolver a expressão oral.
Resposta pessoal. Professor, lembre os alunos de integrar o relato com Geografia.
Na redação, peça para eles descreverem ou imaginarem o local para onde viajaram, se
fica ao norte, sul, leste ou oeste de onde o aluno mora, como era a paisagem, etc.
Depois que a caravela deixava o porto, a única paisagem que se podia avistar eram mar
e céu. Mas eram poucos os que estavam preparados para essas longas viagens. A maioria
não sabia nem mesmo nadar. Às vezes, o navio afundava a uma pequena distância da costa
e muitos morriam afogados. No mar, todos tinham de enfrentar os mesmos riscos.
Alfredo Boulos Júnior. A viagem de Cabral 
. São Paulo: FTD, 1999. p. 13.
Gravura anônima
do século XVI
representando
uma nau
portuguesa.
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14
 A tripulação dos navios
Cada navio tinha seu capitão
ou comandante, mas era o piloto
que conduzia a embarcação. Os
timoneiros trabalhavam no leme,
sob as ordens do piloto.
O mestre comandava os ou-
tros membros da tripulação, dis-
tribuindo tarefas e verificando
seu cumprimento. Os marinhei-
ros faziam a maior parte do traba-
lho na embarcação. Carpinteiros
e ferreiros faziam reparos no na-
vio. O despenseiro cuidava dos
alimentos e distribuía a cota diá-
ria a cada um. O médico-barbei-
ro tratava dos doentes, fazia a
barba e cortava o cabelo de to-
dos. Os grumetes eram garotos
aprendizes de marinheiro que
realizavam tarefas pesadas e
perigosas e estavam sujeitos a
castigos físicos. Havia ainda os
cozinheiros.
Sempre estavam a bordo:
um padre; um escrivão, que re-
gistrava os acontecimentos im-
portantes da viagem; bombardei-
ros, que eram encarregados dos
canhões; e soldados.
 O cotidiano a bordo
O espaço no barco era muito pequeno, sendo difícil até se deslocar a bor-
do. Ratos e pulgas eram comuns. Não havia banheiros e a maior parte do navio
era reservada a cargas. Grumetes e marinheiros não tinham cabine e dormiam
em qualquer lugar.
O dia a dia era cansativo e quase não havia momentos de folga.
O alimento básico era um biscoito salgado, duro e seco. Também havia car-
ne de porco salgada e bacalhau. No mar era possível pescar e então comer peixe
fresco. Frutas e legumes eram muito raros, pois estragavam com facilidade.
Cada tripulante recebia uma cota diária de água, comida e vinho.
Escrivão.
Marinheiro.
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Soldado.
Leme: peça que controla a
direção de uma embarcação.
Sugestão e informações
adicionais no Manual
do Professor.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 15/192
15
 As mulheres nas Grandes Navegações
Pouco se fala da participação das mulheres nas Grandes Navegações. Afi-
nal, eram os homens que partiam nas caravelas para atravessar o oceano. E as
mulheres, o que faziam?
Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos,
tratavam dos animais, cuidavam das crianças e dos idosos. A vida continuava
normalmente em Portugal durante o tempo em que os homens navegavam.
As mulheres também participaram ativamente das Grandes Navegações.
Eram elas que fabricavam as velas dos navios e outros equipamentos náuti-
cos. Também preparavam muitos dos alimentos para as viagens, como mar-
melada, biscoitos e carne salgada.
Houve ainda mulheres que viajaram junto com os homens. Algumas acom-
panhavam o marido ou o pai, outras trabalhavam nos barcos, como padeiras e
enfermeiras, por exemplo.
E foram muitas as que saíram de Portugal para viver nas terras que os por-
tugueses ocuparam. Um exemplo é dona Brites de Albuquerque, que em 1534
chegou a Pernambuco com o marido, Duarte Coelho. Ele voltou a Portugal, mas
dona Brites ficou, tornando-se a maior autoridade de Pernambuco.
  3 Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres mantinham a vida
cotidiana em Portugal. O que elas faziam? Responda no caderno.
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Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos,
tratavam dos animais e cuidavam das crianças e dos idosos. Sugestão no Manual do Professor.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 16/192
 Agora já sei
16
a) O texto se refere a qual expedição?
b) Cabral era o capitão-mor da expedição, mas precisava de outras pessoas
para realizar a viagem. Você se lembra das pessoas que faziam parte da
tripulação? Quais eram?
c) Quais eram os principais instrumentos de navegação que a tripulação dos
navios de Cabral usava? Bússola, astrolábio e quadrante.
d) Se você fosse dar outro título ao texto, qual seria?
e) Imagine que você é um grumete da expedição de Cabral. Conte
aos colegas como foi a viagem.
1 No texto a seguir, a autora imagina Pedro Álvares Cabral quando criança.
Leia-o e responda no caderno às questões abaixo.
Expedição feita em 1500 que resultou na chegada
dos portugueses a terras que hoje fazem parte do
território brasileiro.
Piloto, timoneiro, mestre, padre, carpinteiro, ferreiro, despensei-
ro, médico-barbeiro, cozinheiro, marinheiro, grumete, escrivão,
soldados e bombardeiros.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
De olhos bem abertos, ele sonhava com
o dia em que seria navegador nos sete mares.
Nas noites em que o sono demorava a chegar,
as ondas que iam e vinham em seu pensamento
o levavam para além-mar.
Lá onde o mar termina.
Lá onde ele queria chegar!
E os olhos do menino
fechavam-se sobre esse sonho,
encontrando finalmente o sono
perdido na noite fria e longa.
Um dia, um convite.
Convite feito pelo Rei.
O sonho tinha virado realidade.
Pedro não era mais um menino.
Era, agora, Pedro Álvares Cabral,
o homem que seria Capitão-Mor
de uma importante expedição
que ia cruzar o Atlântico.
Lúcia Fidalgo. Pedro, menino
navegador 
. Rio de Janeiro:
Manati, 2000. p. 5-6.
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  2 No texto da página ao lado, as ondas levavam o menino Pedro para “onde
o mar termina”. Essa imagem se refere a quê?
3 Observe a gravura a seguir e responda às questões no caderno.
a) O que essa imagem representa? Descreva-a.
b) De acordo com o que você estudou, essa gravura está relacionada a que
acontecimentos e a qual época?
c) Agora, escreva uma legenda para a gravura usando as informações dos
itens anteriores e relacionando-a ao poema da página 16.
4 Os grumetes eram aprendizes de marinheiro.
a) Quais eram as tarefas destinadas a eles? A que estavam sujei-
tos?
b) E hoje, existem crianças e jovens na condição de aprendizes? Como são
tratados?
 Converse com os colegas e com o professor sobre essas ques-
tões. Depois, registre no caderno as conclusões a que chegaram.
Gravura de Theodore de Bry, século XVI.
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Está relacionada à ideia que se tinha
do mundo na época, ou seja, mundo plano e o oceano Atlântico terminando em um abismo.
Naviospróximoaolitoral,cercadosporpeixescomasas.
 Às Grandes Navegações, no século XV ou XVI, pois
nessa época havia lendas sobre monstros que habitavam os mares desconhecidos.
Resposta pessoal.
Estimule os alunos a formular hipóteses acerca do imaginário europeu
na idealização de seres fantásticos que habitavam os oceanos.
Os grumetes realizavam tarefas pesadas e perigosas e esta-
 vam sujeitos a castigos físicos.
Resposta pessoal. O objetivo é verificar as relações e condições de trabalho em épocas diferentes e
destacar o respeito aos direitos do trabalhador. Sugestão no Manual do Professor.
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2
capítulo
18
A chegada à América
Os versos a seguir são de uma canção antiga. Eles foram adaptados de
uma cantiga de marujada.
A marujada ou chegança de marujos é um conjunto de danças e músicas
que contam as aventuras dos portugueses nas Grandes Navegações. Elas fa-
zem parte de uma festa popular comemorada em alguns estados do Brasil,
como Bahia, Minas Gerais e Goiás.
Leia os versos.
Peixinhos do mar
Quem me ensinou a nadar, quem me ensinou a nadar
Foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar
Foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar
Ê nós que viemos
de outras terras, de outro mar
Ê nós que viemos
de outras terras, de outro mar
[...]
Adaptação: Tavinho Moura.
Peixinhos do mar.
Intérprete: Milton Nascimento.
Em: Sentinela 
. Ariola, 1980.
1 CD. Faixa 2.
  1 Você conhece a canção? Se conhecer, reúna-se com os colegas que a
conhecem e cante-a para a classe. Assim, quem não a conhece poderá
aprender e cantar junto.
2 Nos versos “Ê nós que viemos/ de outras terras, de outro mar”:
a) Quem veio de outras terras?
b) De que terra vieram?
3 Sobre a expressão “outro mar”
, observe novamente a imagem das pági-
nas 8 e 9.
a) Para chegar à terra que hoje faz parte do Brasil, os portugueses tiveram de
passar por “outro mar”?
b) Na rota traçada nessa imagem, que “outro mar” os portugueses atra-
vessaram?
Atividade oral. Verifique os conhecimentos prévios dos alunos. Se possível,
toque a canção. Sugestão e informações adicionais no Manual do Professor.
Resposta pessoal.
Os portugueses.
Portugal.
Não, porque Portugal e Brasil são banhados pelo
mesmo oceano, o Atlântico.
O oceano Índico.
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Equador 
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Lisboa
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Porto Seguro
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PORTUGAL
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Cristóvão Colombo
Vasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
Rotas de viagem
0 2125 4250 km
1 cm – 2125 km
Viagens marítimas (século XV)
Em vez de contornar a costa
africana, Cristóvão Colombo,
navegador a serviço dos reis
da Espanha, seguiu para oeste.
Acreditando na esfericidade da
Terra, ele dizia que chegaria à
Índia navegando em linha reta.
Fonte de pesquisa: Atlas histórico escolar 
. Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 112.
A travessia do Atlântico Sugestão no Manual do Professor.
Ao longo dos séculos XV e XVI, portugueses e espanhóis fizeram viagens
bem-sucedidas pelo oceano Atlântico. Em 1492, os espanhóis chegaram a
um continente que não conheciam e que seria chamado de América. Os por-
tugueses, por sua vez, encontraram o caminho marítimo para a Índia em 1498.
Dois anos depois, chegaram às terras que mais tarde chamariam de Brasil.
A expedição que partiu de Lisboa com destino à Índia, em 1500, foi coman-
dada por Pedro Álvares Cabral. A missão dele era retornar a Portugal com os
navios cheios de especiarias, sedas e outros artigos de luxo. Era uma grande
expedição: 13 embar-
cações, com um total
de 1500 tripulantes.
  1 Observe o mapa e responda. Qual é a cor que representa a rota de via-
gem de:
a) Cristóvão Colombo?
b) Vasco da Gama?
c) Pedro Álvares Cabral?
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Saiba mais
Alguns estudiosos afirmavam que, para Cabral chegar à América, os na-
vios teriam se afastado da costa africana, devido às más condições do tem-
po. Contudo, pesquisas indicam que chegar à América já estava nos planos
dos portugueses, porque eles já sabiam da existência dessas terras por meio
de viagens secretas de exploração realizadas antes de 1500.
 Vermelha.
 Verde.
Lilás.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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20
Descobrimento
do Brasil 
, pintura
de Oscar Pereira
da Silva, 1922.
 O encontro entre portugueses e indígenas
Depois de 44 dias navegando pelo oceano Atlântico, a expedição de Cabral
avistou terra. Foi no dia 22 de abril de 1500, na região onde hoje se encontra a
cidade de Porto Seguro, no sul do estado da Bahia.
Os portugueses encontraram nesse local uma paisagem exuberante, com
muita vegetação e abundância de água para beber. Encontraram também pes-
soas muito diferentes deles – os povos indígenas.
Como deviam retornar à Europa com mercadorias lucrativas, os portugue-
ses quiseram saber o que poderia ser explorado. Fizeram então o primeiro
contato com os indígenas.
2 Observe a pintura, prestando atenção em seus detalhes. Depois, faça o
que se pede no caderno.
a) Escreva o título da pintura, o nome do autor e o ano em que foi feita.
b) Que acontecimento é representado na pintura? Quando isso ocorreu?
c) A pintura foi feita quanto tempo depois desse acontecimento?
d) Observe a vestimenta dos portugueses e a condição do convés do navio,
considerando os 44 dias de viagem em alto-mar. Qual é a sua impressão?
3 Escreva uma nova legenda para a pintura, utilizando as informações da
questão anterior.
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Informações complementares no Manual do Professor.
Descobrimento do Brasil, de Oscar Pereira da Silva, feita em 1922.
O momento do encontro entre a tripulação de Cabral e os indígenas, em 1500.
422 anos depois.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Os alunos devem perceber que roupas e convés aparecem bem-cuidados
e limpos, mesmo após um longo período em alto-mar.
Comente com os alunos que, apesar de a pintura datar de 1922, ela retrata um
acontecimento que se deu em 1500. Vale lembrar que reconstituições históricas
são feitas com base em registros de pessoas envolvidas no episódio.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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21
  4 Procure no dicionário o significado das palavras que você não conhece e,
depois, releia o texto.
5 Compare as informações do relato de Caminha com a pintura da página
ao lado.
a) Quais são as semelhanças e as diferenças entre os elementos apresenta-
dos na carta e na pintura?
b) Podemos dizer que Oscar Pereira da Silva se baseou nos registros de Cami-
nha para fazer a pintura? Explique.
6 Com base na pintura e na carta, como você imagina que foi esse primeiro
encontro entre indígenas e portugueses?
 A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes,
bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa[r]
de encobrir suas vergonhas [...]. Acerca disso são de grande inocência.[...]
Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia
alta [...], de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. [...]
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira
[...] e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. [...] um deles fitou o
colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o
colar, como se quisesse dizer-
-nos que havia ouro na terra.
E também olhou para um cas-
tiçal de prata e assim mesmo
acenava para a terra e nova-
mente para o castiçal, como se
lá também houvesse prata!
Pero Vaz de Caminha. Carta a El-Rei
D. Manuel. Disponível em: <http:// 
www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bv000292.pdf>.
Acesso em: 21 jan. 2014.
 Os indígenas, segundo os portugueses
Pero Vaz de Caminha era o escrivão da esquadra de Cabral. Ele escreveu
uma carta informando ao rei português a chegada à nova terra.
Leia o trecho da carta em que Caminha descreve os indígenas.
  Resposta pessoal.
5a 
 Semelhanças: a descrição física dos indígenas, a posição do capitão em uma cadeira e o
castiçal. A diferença é que, no quadro, os indígenas não estão nus como no relato da carta.
Sim, pois o pintor não estava presente ao evento e exis-
tem itens descritos na carta que estão representados na
 pintura. Embora inspirada na carta de Caminha, a pintura não é um retrato fiel da realidade; reflete as ideias do autor.
Resposta pessoal.
Sugestão no Manual do Professor.
O aluno deve perceber que o encontro foi pacífico e que havia o interesse português em descrever
o indígena e saber da existência de metais preciosos. Sugestão no Manual do Professor.
Tosquiado: com
o cabelo cortado.
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 Os portugueses, segundo os indígenas Sugestão no Manual do Professor.
Como os indígenas encararam a chegada dos portugueses às suas terras?
Como a cultura dos indígenas daquela época era oral, nós temos poucos regis-
tros de suas opiniões sobre os portugueses.
Um desses registros é o discurso do pajé M’Boré Guaçu, do povoTupinam-
bá, que viveu no Maranhão no século XVII. O texto dá uma ideia de como os
indígenas viram os acontecimentos.
 Vi a chegada dos  peró [portugueses]. [...] disseram que devíamos colaborar com
eles, construindo fortalezas e erguendo cidades para que todos pudessem morar juntos.
E assim parecia que queriam fazer uma só nação.
[...] mandaram vir paí  [padres], que ergueram cruzes e
começaram a instruir os nossos e a batizá-los. Depois
falaram que os paí  precisavam de escravos para os
servir e trabalhar nas suas lavouras. E demos-lhes
pessoas para serem escravos.
Depois, não satisfeitos com estes escravos
que tomávamos nas guerras, exigiram também
os nossos filhos e no fim acabaram escravizando
toda a nação. Com tal tirania e crueldade
trataram os pobres coitados, que os que ainda
estavam livres, como nós, tivemos que deixar
a região.
Egon Heck e Benedito Prezia. Povos indígenas 
: terra é
vida. São Paulo: Atual, 2009. p. 25.
7 Pesquise no dicionário o significado das palavras que você não conhece.
Depois, releia o texto.
8 Responda às perguntas a seguir no caderno para relembrar algumas ca-
racterísticas da vida dos indígenas antes da chegada dos portugueses.
a) As fortalezas e as cidades dos portugueses eram semelhantes às moradias
dos indígenas?
b) Nas crenças indígenas, havia o símbolo da cruz? E batismo?
c) Os indígenas eram livres? Em que situação eram escravizados?
9 Agora, compare suas respostas com as informações do texto. Depois,
faça uma lista das mudanças que aconteceram na vida dos povos indíge-
nas com a chegada dos peró 
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Sugestão no Manual do Professor.
Resposta pessoal.
Não.
Não. Oriente os alunos para perceberem que cada religião possui rituais e símbolos próprios.
Os indígenas eram livres, mas, depois da chegada dos europeus, os prisioneiros de guerra começa-
ram a ser escravizados para trabalhar nas lavouras.
Grande parte dos indígenas perdeu a autonomia e a liber-
dade, ficando sujeita aos portugueses. E, nessa condição,
muitos deles foram convertidos ao catolicismo e batizados,
além de serem escravizados.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 23/192
23
Registros
Mapas
Quando começaram a viajar pelo Atlântico, os eu-
ropeus logo perceberam que necessitariam de cartas
náuticas mais precisas.
As que existiam até então já tinham a rosa dos ven-
tos com traçados de direção. Tinham também alguns
desenhos que forneciam informações sobre o local representado. Mas era
necessário aperfeiçoá-las.
Os cartógrafos se baseavam nas informações dos viajantes para elaborar
os mapas, que eram peças únicas, feitas manualmente.
Na época das Grandes Navegações, devido à disputa entre as nações
para descobrir terras e riquezas, os mapas eram considerados “segredo de
Estado”.
O primeiro mapa que mostra as conquistas marítimas dos portugueses
é o planisfério de Cantino, feito em 1502.
 Observe o mapa e responda às questões no caderno.
a) Quais as diferenças entre o planisfério de Cantino e a imagem de abertura
da unidade em relação aos continentes?
b) Por que os mapas eram considerados “segredo de Estado”?
c) Os mapas podem ser considerados documentos históricos? Por quê?
Carta náutica: mapa
usado para navegação;
por isso, era elaborado
dando destaque aos
mares e oceanos.
Planisfério de Cantino, de 1502.
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Sugestão no Manual do Professor.
O contorno de alguns continentes é diferente.
Sim, pois eles contêm informações referentes a uma determinada época.
b Embora os mapas não fossem muito precisos, eles podiam
ser usados para orientação em viagens marítimas, possibi-
litando chegar a novas
terras e nelas encontrar riquezas.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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24
Pau-brasil: a primeira riqueza
Quando chegaram, os portugueses não encontraram metais preciosos,
uma das principais riquezas que buscavam na época. Mas encontraram pau-
-brasil, uma árvore que havia em grande quantidade no litoral, entre os atuais
estados do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro.
Para os índios Tupi, o pau-brasil era ibirapitanga, que quer dizer “árvore ver-
melha”
. Da madeira, eles extraíam um corante vermelho para tingir as penas
dos ornamentos. Faziam também arcos e flechas.
Os portugueses sabiam que poderiam ter lucros com a exploração do pau-
-brasil. Na Europa, o corante serviria para tingir tecidos, e a madeira, para a fa-
bricação de móveis e embarcações. Passaram então a extrair o pau-brasil.
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Mata Atlântica
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0 675 1350 km
1 cm – 675 km
Mata Atlântica
Divisão atual dos estados
Limite atual do
território brasileiro
Mata Atlântica no início do século XVI Mata Atlântica atualmente
Fonte de pesquisa: Conselho Nacional Reserva da
Biosfera da Mata Atlântica. Disponível em: <http://www.
rbma.org.br/rbma/images/mata_remanescente.gif>.
Acesso em: 11 dez. 2013.
Fonte de pesquisa: Meu 1o 
 atlas 
. Rio de Janeiro:
IBGE, 2006. p. 120.
  1 Compare os mapas e responda no caderno.
a) O que aconteceu com a Mata Atlântica ao longo do tempo?
b) Quanto tempo levou para essa mudança acontecer?
c) Por que isso deve ter ocorrido com a Mata Atlântica? Converse com
os colegas e com o professor e anote suas conclusões no caderno.
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Sugestão no Manual do Professor.
Saiba mais
 A Mata Atlântica diminuiu bastante.
Cerca de 500 anos.
Resposta
 pessoal.
Calcula-se que, durante cerca de trezentos anos, foram derrubadas 70 mi-
lhões de árvores de pau-brasil da Mata Atlântica. Hoje elas praticamente só
existem em reservas florestais e sua extração é proibida por lei.
Estimule os alunos a formular hipóteses. Provavelmente, eles perceberão que o corte indiscriminado do pau-brasil foi
uma das causas da diminuição da Mata Atlântica. Mencione também outras atividades, como a extração de diferentes
madeiras, o desmatamento para povoamento e para a agricultura. Veja mais informações no Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 25/192
25
No mapa Terra
Brasilis 
, de
1519, Lopo
Homem e
Pedro Rangel
representaram a
extração do
pau-brasil.
 Escambo
Para extrair o pau-brasil, os portugueses utilizaram o trabalho dos indíge-
nas. Eram os indígenas que derrubavam as árvores, cortavam os troncos em
toras, levavam a madeira até a praia e carregavam os navios.
Em troca do trabalho, os portugueses entregavam aos indígenas macha-
dos, foices, tecidos, espelhos, pás, facas e outros objetos que eles considera-
vam importantes. Esse tipo de troca recebe o nome de escambo.
Para armazenar as to-
rasdemadeiraqueseriam
levadas para a Europa, os
portugueses construíram
feitorias ao longo do lito-
ral, que eram galpões de
madeira protegidos por
paliçadas. Durante o ano,
apenas três ou quatro ho-
mens permaneciam nas
feitorias.
  2 Veja o mapa, leia a legenda e responda no caderno.
a) De quando é o mapa?
b) Qual é o nome desse mapa?
c) O que os desenhos do mapa representam? Descreva os detalhes.
d) Qual é o nome da mata onde crescia o pau-brasil?
Paliçada: cerca feita de
troncos pontiagudos.
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Mata Atlântica. Sugestão no Manual do Professor.
Sugestão no Manual do Professor.
É de 1519.
Terra Brasilis.
2c Representam a extração de pau-
-brasil das matas do Brasil. São
indígenas que fazem o trabalho.
Nas matas há pássaros e
macacos; no oceano há caravelas.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 26/192
 Agora já sei
26
  1 Observe novamente a pintura de Oscar Pereira da Silva na pá-
gina 20. O título da pintura é Descobrimento do Brasil 
. Como os
portugueses não conheciam essas terras, para eles esse título é
apropriado. Mas qual seria o ponto de vista dos indígenas? Eles dariam
outro título para a pintura? Se sim, qual seria? Converse com os colegas
e com o professor sobre essas questões.
  2 Relacione a situação atual dos povos indígenas, que você estudou no
volume anterior, com o processo iniciado em 1500, a chegada dos portu-
gueses, a exploração e a colonização do território.
  3 O mapa abaixo foi feito no século XVI. Observe-o responda no caderno.
Brasil 
, mapa de
Giacomo Gastaldi e
de Giovanni Battista
Ramusio, 1556.
a) Segundo a imagem, qual era a principal riqueza do Brasil nesse período?
b) Na imagem, os índígenas foram representados usando machados, ferra-
mentas que não pertenciam à cultura deles. Como eles conseguiram essas
ferramentas?
  4 Compare o mapa da atividade anterior com o mapa do Brasil da página
25, de Lopo Homem e Pedro Rangel, e responda no caderno.
a) Qual dos mapas possui uma rosa dos ventos?
b) Os dois mapas têm a mesma orientação?
c) Qual dos dois mapas poderia servir como carta náutica? Justifique.
Desde 1500 as terras dos po-
 vos indígenas foram invadidas pelos portugueses e europeus, que procuravam explorá-las e colonizá-las. Os
indígenas perderam
a maior parte de
suas terras. Muitos
povos que existiam
na época em que os
portugueses chega-
ram foram desapare-
cendo. Ainda hoje, os
indígenas lutam para
que seus direitos se-
 jam respeitados.
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O mapa da página 25.
Não, o mapa de Homem e Rangel
O mapa de Lopo Homem e Pedro Rangel, porque possui rosa dos ventos e orien-
tação norte, convenções cartográficas que ajudam o navegador a se localizar.
está orientado para o norte. O mapa de Gastaldi e Ramusio está orientado para o oeste.
O mapa mostra indígenas extraindo pau-brasil.
Eles trocaram pau-brasil por ferramentas com os portugueses.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 27/192
27
a) Como o autor descreve a terra do Brasil?
b) Qual é o significado da frase “permanece sempre a verdura nela inverno e
verão”?
  6 Sobre o escambo, relação de troca entre portugueses e indígenas, res-
ponda no caderno.
a) Por que os portugueses estavam interessados no pau-brasil encontrado na
América?
b) E por que os indígenas aceitavam trabalhar em troca dos produtos que os
portugueses traziam?
  7 Você sabia que a Mata Atlântica possui uma grande variedade de plantas
e animais? Bromélia, suçuarana, imbaúba, bugio, jaguatirica, jacarandá...
a) Procure no dicionário os nomes acima que você não conhece. Copie o quadro
abaixo no caderno, colocando cada variedade citada em seu respectivo lugar.
Plantas  
Animais  
b) Em sua opinião, o que pode ser feito para preservar a Mata Atlân-
tica e garantir a existência dessas plantas e desses animais?
http://www.videonasaldeias.org.br/2009/
No site 
 do projeto Vídeo nas aldeias, é possível assistir a produções
audiovisuais de cineastas indígenas e uma série de vídeos educativos
intitulada: Índios no Brasil – uma outra história. Acesso em: 14 abr. 2014.
Como uma terra fértil, coberta de
arvoredos e espécies vegetais.
 Os portugueses desejavam vender o pau-brasil na Europa,
onde a madeira era usada para fazer móveis e tinturas.
Os indígenas se interessaram pelas mercadorias portuguesas porque
elas eram novidades e porque eles achavam as ferramentas úteis.
Esta terra he mui fertil e viçosa, toda coberta de altissimos e frondosos arvoredos,
permanece sempre a verdura nella inverno e verão; isto causa chover-lhe muitas vezes
e não haver frio que offenda ao que produz a terra.
Pero de Magalhães Gândavo. Tratado da terra do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 46.
5 O historiador português Pero de Magalhães Gândavo foi um dos primei-
ros a registrar por escrito a história do Brasil no século XVI. Leia um tre-
cho do livro Tratado da terra do Brasil 
, em que o autor descreve algumas
características naturais observadas por ele.
Na frase, Gândavo afirma que a cor da vegetação no Brasil permanece verde o ano todo,
ao contrário da Europa, onde, a partir do outono, as folhas amarelam e caem, voltando a
crescer na primavera. Retome o ciclo de vida das plantas, integrando com Ciências.
Bromélia, imbaúba e jacarandá.
Suçuarana, bugio e jaguatirica.
Resposta pessoal.
Sugestão no Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 28/192
3
capítulo
28
O início da colonização
Quindim de liquidificador
INGREDIENTES:
• 20 colheres de sopa de açúcar • 1 pacote de 100 g de coco ralado
• 6 ovos inteiros • 1 colher de sopa de margarina
• 1 pacote de 100 g de queijo ralado
MODO DE PREPARAR:
1. Bata todos os ingredientes no liquidificador por cinco minutos. Unte forminhas pequenas com
margarina e açúcar. Coloque a massa nas forminhas.
2. Asse em banho-maria até que fique dourado por cima.
3. Desenforme e sirva gelado.
Quem não gosta de doce? Uns mais, outros menos, mas, em geral, tanto
crianças quanto adultos se deliciam com eles. Brigadeiro, pé de moleque, bei-
jinho, cocada e muitos outros.
Leia esta receita. Sugestão no Manual do Professor.
1 Qual é o ingrediente que existe em quase todas as receitas de doces?
  2 Você sabe como se produz esse ingrediente? Se sabe, conte
aos colegas.
3 Esse produto já foi um artigo de luxo, que custava muito caro,
e faz parte da história do Brasil. Foi a partir dele que os portu-
gueses iniciaram a colonização. O que você sabe dessa histó-
ria? Converse com o professor e com os colegas.
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 Açúcar.
Resposta pessoal.
  Resposta pessoal.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 29/192
29
O cultivo da cana e a produção do açúcar
Logo após chegarem, os portugueses tomaram posse das terras e o Brasil
passou a ser colônia de Portugal.
Os portugueses começaram a extrair pau-brasil e construíram feitorias no
litoral. Foi assim por cerca de trinta anos.
No entanto, eles perceberam que, para impedir invasões estrangeiras e ga-
rantir a posse da colônia, somente as feitorias não bastavam. Assim, passaram
a ocupá-la e a fazer com que produzisse riqueza para Portugal. Para isso, culti-
varam cana-de-açúcar, pois, na Europa, o açúcar era um produto caro e poderia
garantir bons lucros aos portugueses.
Em 1532, Martim Afonso de Sousa, por ordem do rei de Portugal, veio para
o Brasil trazendo mudas de cana-de-açúcar, além de pessoas para viver aqui.
Os portugueses passaram a cultivar a cana e a produzir açúcar.
Os portugueses já plantavam cana-de-açúcar nas ilhas Madeira, Açores e
Cabo Verde, na África. Essa experiência foi um dos fatores que contribuíram
para o sucesso dessa lavoura no Brasil. Além disso, o solo, o clima quente e,
sobretudo, o trabalho de africanos escravizados foram fundamentais.
  1 Observe a imagem, leia a legenda e responda no caderno.
Eram os africanos escravizados que faziam quase todo o trabalho de cultivo da cana
e fabricação do açúcar. Gravura de Jean-Baptiste Debret, de 1834, representando
uma pequena moenda.
 
 Quem são as pessoas que aparecem na imagem, trabalhando na fabrica-
ção do açúcar?
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São escravizados. (A legenda confirma esse dado.)
Sugestão no Manual
do Professor.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 30/192
30
Trabalhadores escravizados no canavial. O homem
a cavalo é o feitor, encarregado de vigiá-los.
Gravura de 1881.
Trabalhador rural durante a colheita de cana na
cidade de Salinas, Minas Gerais, em foto de 2013.
 O trabalho no cultivo
O cultivo da cana começava com a limpeza do terreno. Os trabalhadores
escravizados derrubavam parte da mata, e depois, com enxadas ou arados (pu-
xados por bois), preparavam a terra e plantavam as mudas.
A cana era colhida cerca de um ano depois do plantio. Nesse período, os es-
cravizados retiravam o mato da plantação e faziam outros trabalhos no engenho.
Na época da colheita, ateava-se fogo ao canavial para facilitar a circulação
por ele. Era a queimada. Com facões e foices, os escravizados cortavam a
cana e carregavam os feixes até os carros de boi.
Em seguida, ela era levada para a casa da moenda, onde se iniciava a pro-
dução do açúcar.
  2 Observe as imagens e compare os trabalhadores. Há diferenças entre
eles? Quais? E o que permaneceu?
3 Ainda se fazem queimadas no Brasil. Algumas são feitas em
áreas já desmatadas, para facilitar a atividade agrícola; outras,
para fazer desmatamento. Muitas são ilegais. O Instituto Nacio-
nal de Pesquisas Espaciais (Inpe) realiza o monitoramento (ob-
servação) das queimadas por meio de imagens produzidas por satélite.
 
 Converse com os colegas e responda: Qual é a importância do
monitoramento das queimadas?
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O trabalho de colheita manual com a utilização de
facão e foice permanece, mas hoje, por lei, os trabalha-
dores são livres e devem usar luvas, botas e chapéu.
O monitoramento é importante para que as autoridades possam controlar os riscos
ambientais das queimadas, como o desmatamento e a poluição, bem como para punir
os crimes contra o meio ambiente. Sugestão no Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 31/192
31
 O trabalho na produção do açúcar
Na casa da moenda, a cana era espremida, extraindo-se o caldo.
O caldo era transportado em recipientes de madeira para a casa das
fornalhas, onde era cozido até se transformar em melaço.
O melaço seguia então para a casa de purgar, onde era coado e colocado
em formas de barro. E ali, durante cerca de dois meses, o melaço ficava se-
cando até endurecer. No final desse período, retiravam-se das formas os cha-
mados pães de açúcar.
Esses pães de açúcar
eram quebrados em torrões
e selecionados: os pedaços
mais claros eram embarca-
dos para a Europa; e os mais
escuros, consumidos no pró-
prio engenho.
O açúcar a ser exportado
era colocado em caixas de
madeira forradas com folhas
secas de bananeira e fecha-
das com barro.
  4 Escreva no caderno a qual etapa da produção de açúcar corresponde
cada fragmento da gravura.
Gravura do holandês Pieter van der Aa, de cerca de 1730,
mostrando um engenho no nordeste brasileiro.
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3 4
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(1) colheita;
(2) moagem da
cana para ex-
trair o caldo; (3) 
cozimento do
caldo para obter
melaço; (4) sepa-
ração do pão de
açúcar. Sugestão no
Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 32/192
32
O engenho
Originalmente, a palavra engenho referia-se aos equipamentos usados na
moagem do açúcar. Com o tempo, passou a designar a propriedade onde se
cultivava a cana e se produzia o açúcar.
A vida no engenho girava em
torno de seu proprietário, o senhor
de engenho. Ele era a autoridade
máxima e controlava toda a vida no
engenho, devido, principalmente,
aos bens que possuía: a fazenda, os
animais, os escravos.
O primeiro engenho foi instala-
do na vila de SãoVicente, localizada
no litoral do atual estado de São
Paulo. Mas foram os engenhos do
nordeste da colônia, onde hoje se
situam os estados de Pernambuco
e Bahia, os que mais prosperaram.
  1 Com relação à produção açucareira, responda no caderno.
a) Onde se cultivava a cana e se produzia o açúcar?
b) Quem era o proprietário?
c) Por quem era formada a maioria dos trabalhadores do engenho?
Usina localizada em Castro, no Paraná, onde são
produzidos açúcar e etanol. Foto de 2012.
40 ° O 
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0 
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Equador 
  50°O 
Conceição
Olinda
S. Jorge dos Ilhéus
N. S. da Vitória
S. Sebastião do
Rio de Janeiro
São Paulo
Santos
SãoVicente
Espírito Santo
Santa Cruz
Porto Seguro
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OCEANO 
ATLÂNTICO 
Filipeia de N. S. das Neves
Igarassu
Salvador
São Cristóvão
Cultivo de
cana-de-açúcar
Terras pertencentes
a Portugal
Terras pertencentes
à Espanha
0 425 850 km
1 cm – 425 km
Brasil colonial: cultivo de cana-de-açúcar (século XVI)
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Fonte de pesquisa: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 20.
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O senhor de engenho.
No engenho.
Por africanos escravizados.
Sugestão no Manual do Professor.
Se considerar oportuno, integre com conhecimentos de Ciências e
solicite que os alunos pesquisem sobre a produção atual de biocom-
bustível nas usinas de etanol.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 33/192
33
 Conhecendo melhor um engenho
A maior parte das terras do engenho era reservada ao canavial. Uma parte
das matas era mantida para fornecer lenha às fornalhas. Além do canavial e das
matas, outras construções faziam parte do engenho.
Na pintura a seguir, o pintor holandês Frans Post representa algumas des-
sas construções. Observe-a e conheça melhor um engenho.
1. Casa-grande: construção ampla, com vários cômodos, onde o senhor de
engenho vivia com sua família.
2. Capela: uma pequena igreja onde eram celebradas missas e cerimônias
de batismo ou de casamento.
3. Senzala: construção rústica, em condições precárias, sem mobília, que
era a moradia dos escravizados.
4. Local destinado à produção do açúcar: que contava com a casa da
moenda, a fornalha e a casa de purgar.
  2 Uma grande propriedade rural, hoje, não poderia ter qual dessas partes que
compunham um engenho? Por quê? Responda no caderno.
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O engenho 
, pintura de Frans Post, datada de 1668.
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  A senzala, pois a
escravidão foi oficialmente abolida no Brasil.
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 Agora já sei
34
a) Quem são as pessoas que aparecem na imagem?
b) O que essas pessoas estão fazendo?
c) Como é movida a moenda da gravura?
  1 Leia as frases sobre o início do processo de colonização do Brasil. Escre-
va-as no caderno, ordenando-as de acordo com os acontecimentos.
 A propriedade onde se cultivava cana e produzia açúcar chamava-se
engenho.
 Havia ameaça de invasão estrangeira.
 Em 1500, os portugueses chegaram às terras dos indígenas e logo toma-
ram posse delas.
 Para o trabalho no cultivo da cana e na produção do açúcar, os donos de
engenho usaram mão de obra escrava, principalmente de africanos.
 O primeiro produto que os portugueses exploraram foi o pau-brasil, e o tra-
balho era feito pelos indígenas.
 Com receio de perder a posse da colônia, os portugueses decidiram ocupar
as terras, trazendo pessoas para morar e iniciando o cultivo de cana-de-
-açúcar.
2 Faça no caderno um quadro seguindo o
modelo ao lado e classifique as ativida-
des a seguir: derrubar parte da mata; ex-
trair o caldo da cana; fazer a queimada;
arar a terra; produzir o melaço; purgar;
retirar das formas os pães de açúcar; retirar o mato da lavoura.
3 Observe a imagem e responda às questões no caderno.
Gravura representando
engenho de cana,
publicada na obra
Historia Naturalis
Brasiliae 
, de Willem
Piso e George Marcgraf,
1648.
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2 Cultivo de cana-de-açúcar: derrubar parte da mata, fazer a queimada, arar a
terra e retirar o mato da lavoura. Produção do açúcar: extrair o caldo da cana,
 produzir o melaço, purgar e retirar das formas os pães de açúcar.
Cultivo de
cana-de-açúcar
Produção do
açúcar
Se possível, faça uma linha do tempo com os alunos, usando os acontecimentos mencionados.
  5o
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São feitores e africanos escravizados.
Os africanos escravizados conduzem os bois, car-
regam e colocam os feixes de cana na moenda.
Os feitores vigiam os escravizados.
Por tração animal, bois.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 35/192
35
Fonte de pesquisa: Pero de Magalhães Gândavo.
Tratado da terra do Brasil, de c. 1570.
Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 25-40.
  4 Veja na tabela abaixo o número de engenhos que havia no Brasil por volta
de 1560.
 Converse com os colegas e
com o professor e responda.
a) Onde não há engenhos? E onde
há o menor número de enge-
nhos?
b) Onde havia mais engenhos?
c) Quais os locais mais ricos da co-
lônia? Por quê?
5 O engenho era uma grande propriedade rural. Na casa-grande
viviam o proprietário e sua família. Na senzala, os escravizados.
a) Onde viviam mais pessoas? Na casa-grande ou na senzala?
b) Onde as condições de moradia eram melhores, na senzala ou na casa-
-grande?
c) Além das diferentes condições de moradia, qual era a principal diferença
entre os moradores da casa-grande e os da senzala?
6 Como era a casa-grande? E a senzala? Com base no que você
estudou, desenhe cada uma delas em uma folha avulsa. Depois,
pendure seus trabalhos no varal ou no mural da sala. Veja o tra-
balho de seus colegas e compare com o seu. Resposta pessoal.
a) O que há de semelhante?
b) E de diferente?
Chame a atenção dos alunos para a data da tabela, mencionada no co-
mandodaatividade.Itamaracáfazpartedoatualestadode Pernambuco.
Ilhéus situa-se na Bahia. Explore conhecimentos de Matemática para a
leitura da tabela, relacionando diferenças de quantidade: mais, menos,
maior ou menor. Oriente os alunos na leitura e análise da tabela.
Pernambuco e Bahia, pois a produção
de açúcar nos engenhos era a ativi-
dade que proporcionava mais ganhos
aos colonos e ao governo de Portugal.
Local
Número de
engenhos
Itamaracá 1
Pernambuco 23
Bahia 18
Ilhéus 8
Porto Seguro 5
Espírito Santo 1
Rio de Janeiro 0
São Vicente 4
Na senzala.
Na casa-grande; na senzala as condições eram muito precárias.
Os que viviam na
casa-grande eram livres, e os que viviam na senzala, não. Sugestão no Manual do Professor.
Vale ressaltar que, por não trabalhar capitanias hereditárias, não
utilizaremos essa denominação.
4a  Não havia engenhos no Rio de Janeiro; Espírito
Santo e Itamaracá têm o menor número deles.
Em Pernambuco, seguido da Bahia.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 36/192
36
Bússola
Na época das Grandes Navegações, os portugueses contaram com
alguns instrumentos náuticos que tornaram possível viajar por oceanos
desconhecidos. Um desses instrumentos era a bússola, uma invenção dos
chineses.
Que tal se reunir com os colegas para fazer uma bússola e ver
como ela funciona?
Do que vocês vão precisar
 
• agulha
 
• rolha de cortiça
 
• prato fundo com água
 
• ímã
 
• etiqueta ou pequenos pedaços de papel e fita adesiva
 
• tesoura sem ponta
Como fazer
1. Recortem quatro pedaços pequenos
da etiqueta e anotem: norte, sul, leste
e oeste. Deixem separado por enquanto.
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Vamos fazer!
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2. Com a ajuda do professor, magnetizem
a agulha, esfregando uma de suas
extremidades no ímã (sempre na
mesma direção). Passem umas vinte
vezes.
3. A agulha deve ser fixada horizontalmente
no meio da rolha de cortiça. Coloquem-na
na superfície da água do prato, de modo
que ela flutue.
4. Observem que a extremidade da agulha
que foi magnetizada aponta sempre na
mesma direção: norte. Mesmo que vocês a
movimentem, ela retorna para essa direção.
Agora, usem a bússola para identificar de que lado da
sala o Sol aparece pela manhã. Vocês podem verificar em
que sentido estão localizados, por exemplo, o pátio, a can-
tina, a biblioteca, a quadra, os banheiros, o bebedouro, en-
fim, o que escolherem.
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5. Para terminar, é só colar as etiquetas
na borda do prato, de acordo com
a direção norte-sul.
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O que aprendi?
38
  1 Leia o texto e responda às questões no caderno.
a) Qual é o nome do país representado pelo símbolo ?
b) Substitua o símbolo e escreva a que o texto se refere.
c) Quais eram as “imagens fantásticas sobre o desconhecido”?
d) O termo “descoberta” do Brasil refere-se a quê? Ele é apropriado?
e) Você sabe o que é cartografia? Pesquise em um dicionário ou na internet e
escreva o significado da palavra no caderno.
2 Você já ouviu falar no certificado chamado FSC? Esse certificado
vem na forma de selo e acompanha móveis ou outros objetos de
madeira. Ele indica que a madeira não é de espécies de árvore
ameaçadas de extinção nem de áreas de desmatamento.
a) De onde vem a madeira certificada com FSC?
b) De que modo as pessoas podem contribuir para evitar a extinção
de espécies de árvores?
c) E para evitar o aumento de áreas desmatadas?
d) Na sua opinião, qual é a importância desse certificado?
 
 Faça uma pesquisa sobre o assunto e depois converse com os
colegas e com o professor.
Ele contribui para a pre-
1d Refere-se à chegada dos portugueses às terras que hoje fazem parte do Brasil. Não é apropriado,
 pois as terras já estavam povoadas. Em vez de descoberta, pode-se falar em conquista ou ocupação.
 Até o século XV, o mundo conhecido pelos europeus se
limitava à Europa, à Ásia e ao norte da África. O saber cien-
tífico era escasso e os instrumentos, imprecisos. [...]
Hoje, basta olhar um mapa-múndi para conhecer os
contornos dos seis continentes – Europa, Ásia, África,
 América, Oceania e Antártida – que compõem o nosso
planeta. Foram necessários séculos para colocar todos os
pedaços de terra e de água no desenho do globo e desfazer
as imagens fantásticas sobre o desconhecido. As condições
favoráveis para o conhecimento da Terra surgiram com a
navegação em e na Espanha. Foi a partir dos séculos XV
e XVI, época das e da descoberta do Brasil, que a car-
tografia começou a se desenvolver como ciência cada vez
mais próxima da realidade.
O Estado de S. Paulo 
, 2000. Suplemento semanal
Lição de Casa 2000, p. 16.
Observe que o texto trata do conteúdo que os alunos acabaram de estudar. Assim, os
conhecimentos adquiridos devem dar condições para que respondam às questões.
Eram monstros fantásticos dos mares desconhecidos, que faziam parte das lendas dos navegantes.
Grandes Navegações.
Portugal.
Resposta pessoal.
Retome com os alunos os conteúdos de Geografia.
 A madeira vem de floresta onde há
Comprando móveis e outros objetos que tenham esse selo.
Comprando móveis de madeira certificada e mantendo-se informadas sobre espécies ameaçadas.
Informações complementares no Manual do Professor.
controle do corte de árvores para evitar que se elimine a mata original.
servação de espécies ameaçadas de extinção, a conservação de florestas e a conscientização
das pessoas acerca da necessidade de cuidados com o meio ambiente.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 39/192
39
Desenho a lápis de Candido Portinari, feito em
1938, que mostra o trabalho de extração de
pau-brasil.
Pintura de Candido Portinari, feita em 1938, que
mostra o trabalho de colheita de cana-de-açúcar.
  3 Observe as imagens, leia as legendas e responda no caderno.
a) Quem é o autor das imagens? Quando foram feitas?
b) A imagem 1 representa o quê? E a imagem 2?
c) Quem são as pessoas representadas em cada uma?
d) Qual das atividades representadas foi realizada primeiro durante a colonização?
e) Qual delas ainda é praticada e que tipo de mão de obra ela emprega?
4 Imagine que você vai falar dessas obras de arte a um amigo. Para isso,
escreva um pequeno texto utilizando as informações da questão anterior.
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http://www.mas.ufba.br/#/acervo
No site 
 do Museu de Arte Sacra da Bahia, é possível ver como artistas e
artesãos que nasceram no Brasil e outros que vieram de Portugal recriaram a
tradição católica na América. Acesso em: 3 fev. 2014.
Candido Portinari. 1938.
(1) extração de pau-brasil; (2) colheita de cana.
(1) indígenas; (2) africanos escravizados.
Extração de pau-brasil.
 A colheita de cana-de-açúcar, que é feita por trabalhadores livres temporários.
Resposta pessoal.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 40/192
unidade
2
Por mais de trezentos anos, as
pessoas escravizadas realizaram
quase todo o trabalho no Brasil.
Privadas de liberdade, estavam
sujeitas a castigos físicos e proibidas
de manifestar seus costumes e suas
crenças. Resistiram e lutaram muito,
até conquistarem a liberdade.
Observe a imagem.
 
 Quem são as pessoas que apare-
cem na cena?
 

No Brasil colonial, quem eram os es-
cravizados? Quais trabalhos faziam?
 Havia trabalhadores livres na Co-
lônia? O que faziam?
 Por que será que os portugueses
optaram pela mão de obra escra-
va em vez de trabalhadores livres?
 Na época colonial, havia
pessoas livres e escravi-
zadas. Converse com os
colegas. Na sua opinião:
a) por que a escravidão era permitida?
b) o que dava direito a uns de priva-
rem outros da liberdade?
O trabalho escravo
na Colônia
Atividade oral. Sugestão no Manual do Professor.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
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Ilustração representando as ruas de
uma cidade brasileira no século XIX.
Pessoas escravizadas e pessoas
livres (padre e outros homens e mulheres).
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 41/192
41
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
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1
capítulo
42
A escravidão
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Lápide grega de mármore do
século IV a.C. representando
uma senhora e seus escravos.
  1 Observe a foto e responda no caderno.
a) O que está representado na lápide?
b) De quando é a lápide?
c) Como as pessoas se tornavam escravas na Grécia dessa época?
  2 Procure no dicionário o significado da palavra escravo e anote no caderno.
  3 Converse com os colegas e com o professor sobre a questão
a seguir.
 Na sua opinião, a situação do escravo na Grécia Antiga era a mesma
que a do escravizado no Brasil colonial? Por quê?
De cerca de 2 400 anos atrás.
Uma senhora de escravos e seus cativos.
Os escravos gregos eram pessoas que não conseguiam pagar suas dívidas ou prisioneiros de guerra.
Pessoa privada de sua liberdade e submetida à vontade absoluta de outra pessoa.
Resposta pessoal.
Será que a escravidão sempre exis-
tiu? A escravidão era praticada por diver-
sos povos de épocas bem antigas. Os
primeiros registros dessa prática têm
milhares de anos.
Na Grécia Antiga, por exemplo, há
cerca de 2 500 anos, eram escravizados
os prisioneiros de guerra e as pessoas
que não conseguiam pagar suas dívidas.
Eles faziam parte de um grupo social que
não tinha alguns direitos básicos, como a
liberdade.
A escravidão grega e de outros po-
vos da Antiguidade era diferente da pra-
ticada pelos europeus nas colônias ame-
ricanas. Nessas regiões, prevaleceu o
comércio de escravizados. Milhões de
africanos foram trazidos para a América
entre os séculos XVI e XIX.
Sugestão no Manual do Professor.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 43/192
43
Gravura de Debret de cerca de 1834, mostrando
a captura de índios. A escravização de indígenas
foi proibida em 1755, mas continuou a ser
praticada ilegalmente.
Gravura de autoria desconhecida, do século XIX,
representando a captura de escravizados na África.
Quem eram as pessoas escravizadas?
Desde o início da colonização, praticamente todo o trabalho no Brasil era
realizado por indígenas e africanos escravizados.
O sistema de escambo entre portugueses e indígenas não durou muito
tempo. Os portugueses passaram a escravizar os nativos, pois queriam que
eles trabalhassem mais e mais.
Por volta de 1568, comerciantes portugueses ini-
ciaram o tráfico negreiro para o Brasil. Para eles, era
um comércio altamente lucrativo. Homens, mulheres
e crianças eram aprisionados na África e vendidos no
Brasil, principalmente aos senhores de engenho.
Mesmo com o tráfico de africanos,
a escravidão indígena continuou. Esse
foi um dos fatores que levaram à redu-
ção das populações indígenas.
Tráfico negreiro: comércio e
transporte forçado de africanos
para a América, que se iniciou na
época da colonização, no século
XVI, e perdurou até o século XIX.
  1 Escreva duas perguntas para cada gravura, explorando as ima-
gens. Depois, troque seu caderno com o de um colega. Responda
às perguntas dele e vice-versa.
2 Agora, compare as duas imagens. Elas têm semelhanças? Quais?
  3 Converse com os colegas e com o professor sobre estas questões. De-
pois, anote no caderno suas conclusões.
a) A escravidão africana substituiu a escravidão indígena? Por quê?
b) Na sua opinião, por que os portugueses usaram escravizados africanos se
já tinham escravizados indígenas?
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Resposta pessoal. Observe as duas imagens com os alunos, chamando a atenção deles para detalhes, para ele-
2 O modo como indígenas e africanos eram aprisionados e conduzidos para serem escravizados.
Não, pois a escravidão indígena continuou a ser praticada.
Resposta pessoal.
Os alunos devem perceber que o tráfico negreiro era um rico comércio,
com larga margem de lucro para os mercadores portugueses.
mentos que ajudam a descrever a cena, a extrair o
tema, etc. Sugestão no Manual do Professor.
Oriente os alunos para que tenham em mente as perguntas elaboradas e as respostas dadas.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 44/192
44
Registros
O tráfico negreiro Sugestão no Manual do Professor.
Eram principalmente os mercadores portugueses que faziam o tráfico de
homens e mulheres escravizados da África para o Brasil. Esse comércio era
bastante lucrativo.
Muitas vezes, os africanos trazidos ao Brasil eram aprisionados durante as
guerras entre reinos inimigos na própria África. Eles eram mantidos em feitorias
nos portos do litoral até serem embarcados nos navios negreiros, como eram
conhecidas as embarcações usadas para transportar africanos escravizados.
Navio negreiro
O interior de alguns navios negreiros foi representado em esquemas.
São registros que mostram as condições em que os africanos escravizados
eram transportados.
 
 Observe na imagem o número de africanos, quantos viajavam sentados e
quantos viajavam deitados e responda no caderno.
a) Eles podiam se locomover dentro do navio?
b) Todos podiam deitar e dormir ao mesmo tempo?
 Com base no esquema e em suas respostas ao item anterior,
como você descreveria as condições de viagem dos africanos no
navio negreiro?
Esquema de 1823 representando o interior de um navio negreiro.
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Sugestão no Manual do Professor.
Resposta pessoal.
Não.
Não.
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45
 A travessia do Atlântico
Partindo da África, o navio levava de três a seis semanas para chegar ao
Brasil. Muitos africanos morriam na viagem, devido às condições a que eram
submetidos.
Porões escuros e mal-ventilados, pou-
ca comida e de má qualidade, espaço muito
pequeno para tanta gente. Nessas condi-
ções era comum os africanos terem desidratação e escorbuto.
No Brasil, os africanos eram desembarcados nos portos de Recife, Rio de
Janeiro e Salvador.
1 Observe a imagem e responda no caderno.
a) Quem são as pessoas e o lugar representados na imagem?
b) O espaço do lugar é suficiente para todos? Há janelas?
c) Por que uma das pessoas está segurando um lampião?
d) Há duas pessoas carregando uma outra. Por quê?
e) Uma pessoa está recebendo água. O que isso evitava?
2 Agora escreva no caderno outra legenda para a gravura de Rugendas,
usando as respostas da questão anterior.
Gravura representando o porão de um navio negreiro, de Rugendas, feita em cerca de 1835.
Escorbuto: doença causada pela falta de
vitamina C, que pode provocar sangramentos.
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Sugestão no Manual do Professor.
Aproveite a oportunidade para comentar sobre as doenças mencionadas, integrando conhecimentos de Ciências.
Muitos africanos escravizados e alguns tripulantes no porão de um navio negreiro.
Não, pois há muitas pessoas. Não há janelas, apenas uma abertura.
Porque os porões dos navios negreiros eram escuros.
São tripulantes carregando um homem desfalecido, talvez morto, para fora do porão.
Evitava a desidratação.
Resposta pessoal.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 46/192
46
 Mercado de escravizados
No Brasil, os africanos eram expostos e colocados à venda nos mercados
de escravos. Após a chegada, os comerciantes portugueses passavam óleo de
palmeira no corpo das pessoas escravizadas, para deixar a pele brilhante, com
aspecto saudável, melhorando sua aparência.
O preço de venda variava de acordo com o sexo, a idade, as condições físi-
cas e a origem. Os compradores preferiam homens jovens e saudáveis.
Para dificultar a resistência à escravidão, os compradores evitavam adquirir
muitos homens e mulheres de uma mesma aldeia. Eles tinham receio de que
organizassem revoltas e fugas.
  3 Observe a foto, leia a legenda e responda às questões.
a) Por que não há janelas no prédio?
b) Podemos obter informações históricas dessa construção? De que época?
4 Em sua opinião, por que os compradores preferiam africanos do sexo
masculino, jovens e saudáveis?
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O atual Museu do Negro, em São Luís,
no Maranhão, era, no século XVIII,
um mercado de escravos. O prédio
não tem janelas, apenas aberturas
estreitas para circulação do ar (veja o
detalhe). Foto de 2012.
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Para que as pessoas escravizadas não fugissem.
Sim, sobre o comércio de escravos no século XVIII.
Resposta pessoal.
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http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 47/192
47
 Numa terra estranha
Os homens e as mulheres que foram trazidos à força da África pertenciam
a muitos povos, com diversos modos de viver e trabalhar.
Muitos africanos eram ferreiros habilidosos. Eles faziam com grande cuida-
do ferramentas, utensílios domésticos, enfeites, armas e outros objetos.
Antes de serem capturados na África, muitos também eram comerciantes
ou artesãos, fabricando tecidos e objetos de cerâmica.
  5 Leia o texto e responda às questões no caderno.
E a cada etapa da travessia [...] da África para o Brasil, era mais provável a pessoa
se ver sozinha diante do desconhecido, tendo de aprender quase tudo de novo.
No entanto, nada disso era capaz de apagar o que ela havia sido até então.
Mesmo se capturada quando criança, ela traria dentro de si todo o conhecimento
e a sensibilidade que sua família e vizinhos haviam até então lhe transmitido pela
educação e pelo exemplo da vida cotidiana.
Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano 
. São Paulo: Ática, 2006. p. 85.
a) Por que, segundo o texto, os africanos tinham de aprender quase tudo de
novo?
b) Imagine um africano que em sua terra era ferreiro ou fazia tecidos ou
objetos de cerâmica. No Brasil, ele vai trabalhar como escravo em
um engenho. Em dupla com um colega, escreva uma história sobre
essa pessoa.
Rei africano fabricando armas
e ferramentas de ferro diante
de sua corte. Pintura do
italiano Antonio Cavazzi, que
visitou a África no século XVII.
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Pode ser interessante retomar
com os alunos o conteúdo estudado no terceiro ano (Unidade 3, capítulo 3, Brasil africano 
).
Porque vinham para uma terra diferente da sua, onde as pessoas falavam outras línguas e tinham
outros costumes. Além disso, eram obrigados a fazer trabalhos diferentes dos que haviam aprendido na África.
Resposta pessoal.
Essa atividade procura trabalhar a criatividade da criança e desenvolver a competência escritora.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 48/192
 Agora já sei
48
a) Os pescadores formularam a hipótese de que o achado se tratava
de um navio negreiro, pois encontraram uma ossada humana pre-
sa a correntes. Você concorda com a opinião deles? Converse com
os colegas e com o professor e, depois, anote suas conclusões no caderno.
b) De acordo com o que você estudou e se as pesquisas históricas confirma-
rem que se trata de um navio negreiro, além das praias do Ceará, quais
eram outros locais no litoral brasileiro onde esse tipo de embarcação pode-
ria ser visto com frequência?
  2 Os escravizados traziam para o Brasil muitos conhecimentos e habilidades
desenvolvidos pelos povos africanos. Qual era a principal técnica de fabri-
cação de objetos dominada pelos africanos?
3 Leia o texto e converse com os colegas sobre as questões
propostas.
1 Em dezembro de 2013, pescadores do litoral cearense encontraram res-
tos de uma embarcação, que revela informações importantes sobre o
passado da região. Leia o texto e a seguir faça o que se pede.
Resposta pessoal.
Era a metalurgia.
Sugestão no Manual do Professor.
Resposta pessoal. Deixe os alunos se expressarem livremente; é possível que haja opiniões opostas. O importante é que percebam que os pescado-
Resposta pessoal.
[...] Enquanto mirava para localizar peixes, Pedro José e outros dois pescadores
encontraram pedaços da história do Ceará, a partir de restos de uma antiga embarcação
e, possivelmente, de ossada humana presa a correntes. A Capitania dos Portos do Ceará
tomou conhecimento do material e levará uma equipe de mergulhadores ao local. Pelo
que avistaram no mergulho, os pescadores acreditam ter encontrado restos de uma em-
barcação que levava escravos. Os famosos navios negreiros.
Pescadores acham restos de possível navio negreiro. Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.
br/cadernos/regional/pescadores-acham-restos-de-possivel-navio-negreiro-1.137356>. Acesso em: 29 abr. 2014.
Nos últimos tempos [2003], uma praga atingiu as fazendas de cacau onde
Uexlei Pereira trabalhava [...]. Aliciado por um “gato”, saiu de sua cidade, Ibirapitanga,
com a oferta de um bom salário, alimentação e condições dignas de alojamento. No sul
do Pará, Uexlei percebeu que havia sido enganado. Quando foi resgatado, recebia havia
dois meses só a comida [...]. A sua história não é diferente da dos demais trabalhadores
que fogem do desemprego para cair na rede da escravidão.
Como uma pessoa livre se torna escrava. Disponível em: <http://www.reporterbrasil.org.br/
conteudo.php?id=5>. Acesso em: 2 maio 2014.
a) O que aconteceu com Uexlei? Isso é permitido por lei?
b) Por que ainda hoje se tem notícia de trabalho escravo no Brasil?
c) Por que os direitos de muitas pessoas não são respeitados?
Foi enganado e submetido a trabalho análogo à escravidão. Não, é proibido.
Portos de Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
res fizeram a
dedução com base
no conhecimento
de que muitos
escravizados eram
transportados
acorrentados.
7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano
http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 49/192
49
Mercado de escravizados de Recife no desenho de Augustus Earle, por volta de 1820.
  4 Observe a imagem, leia a legenda e responda às questões no caderno.
a) O que a imagem representa?
b) Em que lugar estão as pessoas?
c) Descreva o que as pessoas escravizadas estão fazendo.
d) O que os homens brancos estão fazendo?
e) Como os homens e as mulheres escravizados parecem sentir-se?
5 Converse com os colegas e com o professor e, depois, anote
suas conclusões.
a) Como deviam se sentir as pessoas quando eram capturadas e
embarcadas nos navios negreiros?
b) O que você pensa sobre a dominação de um povo sobre outro?
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Um mercado de escravos em Recife.
Numa rua, ao ar livre.
 Algumas estão em pé, outras sentadas; algumas conversam.
Há soldados, que parecem vigiar os africanos.
Resposta pessoal.
Sugestão no Manual do Professor.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Há um homem a cavalo e outro em pé, talvez para comprar ou vender as pessoas escravizadas.
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  • 1. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 1/192 São Paulo, 4a  edição 2014 4 ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INICIAIS HISTÓRIA • 4O  ANO História Manualdo Professor São Paulo, 4a  edição 2014 Organizadora Edições SM Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. Raquel dos Santos Funari Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte. Mestra e doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisadora-colaboradora do departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e Médio. Mônica Lungov Bacharela e licenciada em História pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental e Médio. Editora responsável Valéria Vaz Mestra em Artes Visuais e Especialização em Linguagens Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (FASM). Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Professora do Ensino Fundamental. Editora de livros didáticos.
  • 2. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 2/192 Edições SM Ltda. Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 edicoessm@grupo-sm.com www.edicoessm.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Aprender juntos : história, 4o  ano : ensino   fundamental : anos iniciais / organizadora   Edições SM ; editora responsável Valéria Vaz ;   obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida   por Edições SM. — 4. ed. — São Paulo :   Edições SM, 2014. — (Aprender juntos)   Bibliografia. ISBN 978-85-418-0452-3 (aluno) ISBN 978-85-418-0453-0 (professor)   1. História (Ensino fundamental) I.Vaz, Valéria. II. Série. 14-05307 CDD-372.89 Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino fundamental 372.89   4ª edição, 2014   Aprender Juntos História 4   © Edições SM Ltda. Todos os direitos reservados   Direção editorial Juliane Matsubara Barroso   Gerência editorial José Luiz Carvalho da Cruz   Gerência de processos editoriais Rosimeire Tada da Cunha   Coordenação de área  Valéria Vaz   Edição  Carlos Eduardo de Almeida Ogawa, Maria Izabel Simões Gonçalves, Nanci Ricci   Apoio editorial  Jaqueline Martinho dos Santos   Assistência de produção editorial  Alzira Aparecida Bertholim Meana, Flávia R. R. Chaluppe, Silvana Siqueira   Preparação e revisão  Cláudia Rodrigues do Espírito Santo (Coord.), Ana Catarina Nogueira, Ana Paula Ribeiro Migiyama, Angélica Lau P . Soares, Eliana Vila Nova, Eliane Santoro, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Fernanda Oliveira Souza, Izilda de Oliveira Pereira, Maíra de Freitas Cammarano, Renata Tavares, Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Valéria Cristina Borsanelli, Marco Aurélio Feltran (apoio de equipe)   Coordenação de design    Erika Tiemi Yamauchi Asato   Coordenação de arte  Ulisses Pires   Edição de arte  Luis F . Lida Kinoshita   Projeto gráfico  Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti   Capa  Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti sobre paper   toy de Carlo Giovani   Iconografia  Priscila Ferraz, Odete Pereira, Bianca Fanelli, Josiane Laurentino   Tratamento de imagem  Marcelo Casaro, Robson Mereu   Editoração eletrônica  Equipe SM   Fabricação  Alexander Maeda   Impressão
  • 3. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 3/192 3  Apresentação Caro aluno, Este livro foi cuidadosamente pensado para ajudá-lo a construir uma aprendizagem sólida e cheia de significados que lhe sejam úteis não so- mente hoje, mas também no futuro. Nele, você vai encontrar estímulos para criar, expressar ideias e pensamentos, refletir sobre o que aprende, trocar experiências e conhecimentos. Os temas, as atividades, as imagens e os textos propostos neste livro oferecem oportunidades para que você se desenvolva como estudante e como cidadão, cultivando valores universais como responsabilidade, res- peito, solidariedade, liberdade e justiça. Acreditamos que é por meio de atitudes positivas e construtivas que se conquistam autonomia e capacidade para tomar decisões acertadas, resolver problemas e superar conflitos. Esperamos que este material didático contribua para o seu desenvolvi- mento e para a sua formação. Bons estudos! Equipe editorial 
  • 4. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 4/192
  • 5. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 5/192
  • 6. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 6/192 Sumário 6 2 unidade 1 unidade 3 2 2 3 capítulo capítulo capítulo capítulo  A chegada a um novo mundo   A chegada à América 󰀱󰀸   Escravidão na Colônia 󰀵󰀰   Resistindo à escravidão  󰀶󰀲   O que aprendi? 󰀳󰀸   O que aprendi?  󰀷󰀲 A travessia do Atlântico, 19 O encontro entre portugueses e indígenas, 20 Os indígenas, segundo os portugueses, 21 Os portugueses, segundo os indígenas, 22 Registros: Mapas, 23 Pau-brasil: a primeira riqueza, 24 Escambo, 25 Agora já sei, 26 A escravidão nos engenhos, 51 O dia a dia, 52 Vivendo na senzala, 53 A escravidão nas minas, 54 O tráfico para as minas, 55 O trabalho nas minas, 56 Condições de vida dos africanos escravizados na mineração, 57 Nas cidades, 58 Escravos de ganho, 59 Agora já sei, 60   O início da colonização 󰀲󰀸 O trabalho escravo na Colônia Formas de resistência, 63 A Revolta dos Malês, 64 Quilombo de Palmares, 65 A vida em Palmares, 66 A destruição de Palmares, 67 Agora já sei, 68 1 capítulo   A escravidão 󰀴󰀲 Quem eram as pessoas escravizadas?, 43 O tráfico negreiro, 44 Registros: Navio negreiro, 44 A travessia do Atlântico, 45 Mercado de escravizados, 46 Numa terra estranha, 47 Agora já sei, 48 1 capítulo As grandes viagens marítimas, 11 A arte da navegação, 12 Vivendo em alto-mar, 13 A tripulação dos navios, 14 O cotidiano a bordo, 14 As mulheres nas Grandes Navegações, 15 Agora já sei, 16   Buscando novos caminhos 10   Vamos fazer!  󰀷󰀰 Jogo de tabuleiro Bússola   Vamos fazer!  󰀳󰀶 O cultivo da cana e a produção do açúcar, 29 O trabalho no cultivo, 30 O trabalho na produção do açúcar, 31 O engenho, 32 Conhecendo melhor um engenho, 33 Agora já sei, 34    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R
  • 7. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 7/192 7 4 unidade 3 unidade 3 2 1 2 3 capítulo capítulo capítulo capítulo capítulo   Um novo cultivo: o café 󰀱󰀱󰀰   Outros trabalhadores livres no campo 󰀸󰀶   Da escravidão ao trabalho assalariado 󰀱󰀲󰀰   Trabalhador livre urbano 󰀹󰀶   Vida urbana e indústria 󰀱󰀳󰀰   Vamos fazer!  󰀱󰀳󰀸   O que aprendi?  󰀱󰀰󰀶   O que aprendi?  󰀱󰀴󰀰 A cafeicultura, 111 A expansão das lavouras de café, 112 O trabalho nas fazendas de café, 114 A economia cafeeira, 115 Mudanças no cenário, 116 As estradas de ferro, 117 Agora já sei, 118 O trabalho nas fazendas de gado, 87 Os caminhos do gado na Colônia, 88 Os missionários e os bandeirantes, 89 Os jesuítas e as missões, 90 Os bandeirantes, 92 Registros: Casas, 92 Agora já sei, 94 Crescimento da população urbana, 97 Ofícios urbanos, 98 Problemas nas cidades mineradoras, 99 A fome, 99 O controle do governo português, 100 Conflitos, 101 Agora já sei, 102 Industrialização e urbanização, 131 As primeiras indústrias, 132 O crescimento das cidades, 133 Operários: o trabalho nas fábricas, 134 Uma vida nada fácil, 135 Movimentos operários: lutando por direitos, 135 Agora já sei, 136   Vamos fazer!  󰀱󰀰󰀴 Quadro sinóptico – Revoltas coloniais Painéis para exposição O trabalho livre na Colônia O fim da escravidão O processo da abolição da escravidão, 121 Leis, 122 Registros: Documentos oficiais, 123 Chegam os imigrantes, 124 O trabalho dos imigrantes, 125 Registros: Acervo de museu, 126 Os imigrantes nas cidades, 127 Os imigrantes no Sul do Brasil, 127 Agora já sei, 128 1 capítulo   Homens e mulheres livres nos engenhos 󰀷󰀶 Trabalhadores livres nos engenhos, 77 O que faziam, 78 Mascates, 79 Família patriarcal, 80 A esposa e os filhos, 80 A vida doméstica, 81 Registros: Desenhos, gravuras e pinturas, 83 Agora já sei, 84   Sugestões de leitura 󰀱󰀴󰀲 Bibliografia 󰀱󰀴󰀴    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R
  • 8. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 8/192 unidade 1  A chegada a um novo mundo Até o século XV, os europeus não conheciam todos os continentes e oceanos. Investindo em viagens marítimas, eles chegaram a uma terra que não conheciam e que foi chamada de América ou Novo Mundo. Os europeus decidiram ocupar essa terra, onde já havia milhões de habitantes. Observe a imagem.    Quais desses continentes eram co- nhecidos até o século XV?  Aonde os europeus chegaram no sé- culo XV?  Você conhece a rota marítima repre- sentada na imagem?    Os portugueses deci- diram ocupar as terras onde já viviam milhões de pessoas. Como será que os portugueses viam os habi- tantes do Novo Mundo? Como será que os habitantes do Novo Mun- do viam os europeus? Converse com os colegas e com o professor e depois anote suas conclusões. Europa, Ásia e África. Chegaram à América. Resposta pessoal. Resposta pessoal.    N   a   s   a    /    I    D    /    B    R Imagem de satélite representando parte da superfície terrestre. Composição ilustrativa que não obedece às convenções cartográficas. AMÉRICA OCEANO ATLÂNTICO Atividade oral. Sugestão no Manual do Professor.
  • 9. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 9/192 9 ANTÁRTIDA OCEANIA ÁFRICA EUROPA ÁSIA OCEANO ÍNDICO
  • 10. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 10/192 1 capítulo 10 Buscando novos caminhos Nos séculos XV e XVI, os europeus fizeram diversas viagens marítimas, chegando a lugares que antes desconheciam. Por isso, esse período é conhe- cido como o das Grandes Navegações. Os portugueses foram pioneiros nas viagens pelo oceano Atlântico. Nave- gando por águas desconhecidas, eles corriam muitos riscos. Muito tempo depois, o poeta Fernando Pessoa (1888-1935) escreveu um poema sobre essas viagens. Leia alguns versos. 1 Converse com os colegas sobre as questões a seguir. a) Por que mães, filhos e noivas ficavam tristes e preocupados? b) Naquela época, quais eram os motivos das “lágrimas de Portugal”? c) Na sua opinião, por que os marinheiros enfrentavam o mar desconhecido? d) Pense na chegada dos portugueses ao Novo Mundo. Que resposta você acha que dariam à pergunta “Valeu a pena?”?    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R Mar português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!  Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. [...] Fernando Pessoa. Obra poética.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981. p. 16. Porque as viagens eram longas e arriscadas.  As perdas que as arriscadas viagens ocasionavam. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Informações adicionais no Manual do Professor.
  • 11. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 11/192 11 As grandes viagens marítimas Sugestão no Manual do Professor. Na época das Grandes Navegações, os oceanos eram pouco conhecidos e várias lendas assustavam os marinheiros. Uma delas dizia que as águas do oceano eram povoadas por monstros, como grandes serpentes marinhas. Outra, que esse oceano terminava em um abismo. Se tinham tantos temores, por que os europeus se aventuraram em águas desconhecidas? O que buscavam? Alguns produtos eram raros e caros na Europa, como especiarias, porcelanas e tecidos de seda. Esses produ- tos eram encontrados na Índia e levados por comerciantes árabes até Constantinopla. Lá, eles eram comprados por comerciantes europeus e distribuídos por toda a Europa. Vendidos e revendidos, esses artigos alcançavam preços muito altos. Interessados em participar desse lucrativo comércio, os portugueses começaram a buscar um novo caminho para a Índia, onde poderiam comprar especiarias dos próprios in- dianos, evitando os inúmeros revendedores. Além do interesse co- mercial, os marinheiros portugueses eram motiva- dos a viajar por outros fa- tores, como a paixão pelo mar e a vontade de conhe- cer outros lugares. Especiaria: erva ou parte de planta, como canela, cravo, pimenta, gengibre e noz-moscada, que era usada no preparo e na conservação dos alimentos e também como medicamentos. A noz-moscada, por exemplo, era usada contra dores no estômago e cólicas.   1 Observe a rota indicada no mapa acima. Ela começava em Portugal, pas- sava pelo cabo da Boa Esperança e chegava à Índia. Agora responda: a) Por quais oceanos essa rota passava? b) Quais eram o continente e a cidade de origem dessa rota? E de destino? OCEANO  ÍNDICO  OCEANO  ATLÂNTICO  30°S  30°N  0°  0° 60°L Equador     M   e   r    i    d    i   a   n   o    d   e    G   r   e   e   n   w    i   c    h Mar Mediterrâneo  EUROPA ÁFRICA Á S I A Cabo da Boa Esperança Lisboa Constantinopla PORTUGAL ÍNDIA Península Arábica Calicute 0 1170 2 340 km 1 cm – 1 170 km Rota portuguesa das especiarias (séculos XV e XVI) Fonte de pesquisa: Atlas histórico escolar  . Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 112-113.    I    D    /    B    R Passava pelos oceanos Atlântico e Índico. Origem: Lisboa, na Europa; destino: Calicute, na Ásia.
  • 12. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 12/192 12  A arte da navegação Nesse período, as rotas de navegação eram feitas pelo mar Mediterrâneo, no litoral da Europa, da África e da Ásia, mas não pelo oceano, que estava mais distante da costa. Os marinheiros orientavam-se pelas estrelas. As navegações oceânicas, em alto-mar, exigiam embarcações diferentes e instrumentos de navegação complexos. Na época das Grandes Navegações, os portugueses eram os que mais ti- nham conhecimentos náuticos. E, para as grandes viagens, eles aperfeiçoaram alguns instrumentos e inventaram outros.   2 O que diferenciava a navegação pelo Mediterrâneo da oceânica? 3 Quando não existiam os instrumentos de orientação, como os navegantes faziam? Converse com os colegas e respondam. Caravela. Embarcação com casco estreito e fundo e velas triangulares. Resistente e ligeira, a caravela foi ideal para a navegação oceânica naquele momento. Pintura de Rafael Monleon (1843-1900) retratando caravelas do século XVI. Quadrante. Também era um instrumento de orientação em alto-mar. Fotografia de quadrante do século XVI. Bússola. Importante instrumento de orientação; tem uma agulha magnética que aponta sempre para o norte. De origem chinesa, foi aperfeiçoada durante as Grandes Navegações. Fotografia de bússola do século XV. Astrolábio. Instrumento que permitia calcular a localização dos barcos em alto- -mar. Fotografia de astrolábio do século XIV.    M   u   s   e   u    N   a   v   a    l  ,    M   a    d   r    i  ,    E   s   p   a   n    h   a  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    M   u   s   e   u    N   a   v   a    l  ,    M   a    d   r    i  ,    E   s   p   a   n    h   a  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    A    l    b   u   m    /    O   r   o   n   o   z    /    L   a    t    i   n   s    t   o   c    k    E   r    i   c    h    L   e   s   s    i   n   g    /    A    l    b   u   m    /    L   a    t    i   n   s    t   o   c    k    M   u   s   e   u   m     o    f     t    h   e     H    i   s    t   o   r    y    o    f     S   c    i   e   n   c   e   s,     F    l   o   r   e   n   ç    a,     I    t   á    l    i   a .     F   o    t   o   g    r   a    f    i   a   :      T   o   m   s    i   c    h    /    P    h   o    t   o     R   e   s   e   a   r   c    h   e   r   s    /    L   a    t    i   n   s    t   o   c    k Sugestão no Manual do Professor.  A navegação pelo Mediterrâneo era mais fácil porque era costeira, passando pela Europa, África e Ásia. A navegação oceânica, pelo Atlântico e pelo Índico, era mais difícil porque a frota passava muito tempo em mar aberto, tornando a orientação mais complicada. Orientavam-se pelas estrelas. Reúna os alunos em grupos para que discutam a questão. Cada grupo deverá dar a resposta com base em seus conhecimentos sobre orientação, integrando-os com Geografia.
  • 13. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 13/192 13   1 Você já fez alguma viagem que durou muitos dias? Se fez, anote no caderno as informações a seguir. Depois, conte para a classe: a) qual era o meio de transporte; b) quantos dias durou; c) para onde foi; d) como foi a viagem (onde comia, tomava banho, etc.). 2 Se não fez nenhuma viagem longa, use sua imaginação e crie uma. Identifique o lugar para onde foi, o percurso, o meio de transporte. Conte, por exemplo, onde dormia, como fazia para comer e tomar banho. Vivendo em alto-mar Sugestão no Manual do Professor. Na época das Grandes Navegações, não se sabia ao certo quanto tempo levaria para chegar à terra firme. Muitas vezes, os tripulantes passavam longos períodos em alto-mar. Como era essa viagem? Leia o texto. O objetivo é levar o aluno a organizar informações de um relato para compartilhar sua vivência com os colegas, assim como desenvolver a expressão oral. Resposta pessoal. Professor, lembre os alunos de integrar o relato com Geografia. Na redação, peça para eles descreverem ou imaginarem o local para onde viajaram, se fica ao norte, sul, leste ou oeste de onde o aluno mora, como era a paisagem, etc. Depois que a caravela deixava o porto, a única paisagem que se podia avistar eram mar e céu. Mas eram poucos os que estavam preparados para essas longas viagens. A maioria não sabia nem mesmo nadar. Às vezes, o navio afundava a uma pequena distância da costa e muitos morriam afogados. No mar, todos tinham de enfrentar os mesmos riscos. Alfredo Boulos Júnior. A viagem de Cabral  . São Paulo: FTD, 1999. p. 13. Gravura anônima do século XVI representando uma nau portuguesa.    A   c   a    d   e   m    i   a    d   e    C    i    ê   n   c    i   a   s  ,    L    i   s    b   o   a  ,    P   o   r    t   u   g   a    l  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R
  • 14. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 14/192 14  A tripulação dos navios Cada navio tinha seu capitão ou comandante, mas era o piloto que conduzia a embarcação. Os timoneiros trabalhavam no leme, sob as ordens do piloto. O mestre comandava os ou- tros membros da tripulação, dis- tribuindo tarefas e verificando seu cumprimento. Os marinhei- ros faziam a maior parte do traba- lho na embarcação. Carpinteiros e ferreiros faziam reparos no na- vio. O despenseiro cuidava dos alimentos e distribuía a cota diá- ria a cada um. O médico-barbei- ro tratava dos doentes, fazia a barba e cortava o cabelo de to- dos. Os grumetes eram garotos aprendizes de marinheiro que realizavam tarefas pesadas e perigosas e estavam sujeitos a castigos físicos. Havia ainda os cozinheiros. Sempre estavam a bordo: um padre; um escrivão, que re- gistrava os acontecimentos im- portantes da viagem; bombardei- ros, que eram encarregados dos canhões; e soldados.  O cotidiano a bordo O espaço no barco era muito pequeno, sendo difícil até se deslocar a bor- do. Ratos e pulgas eram comuns. Não havia banheiros e a maior parte do navio era reservada a cargas. Grumetes e marinheiros não tinham cabine e dormiam em qualquer lugar. O dia a dia era cansativo e quase não havia momentos de folga. O alimento básico era um biscoito salgado, duro e seco. Também havia car- ne de porco salgada e bacalhau. No mar era possível pescar e então comer peixe fresco. Frutas e legumes eram muito raros, pois estragavam com facilidade. Cada tripulante recebia uma cota diária de água, comida e vinho. Escrivão. Marinheiro.    I    l   u   s    t   r   a   ç    õ   e   s   :    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R Soldado. Leme: peça que controla a direção de uma embarcação. Sugestão e informações adicionais no Manual do Professor.
  • 15. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 15/192 15  As mulheres nas Grandes Navegações Pouco se fala da participação das mulheres nas Grandes Navegações. Afi- nal, eram os homens que partiam nas caravelas para atravessar o oceano. E as mulheres, o que faziam? Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos, tratavam dos animais, cuidavam das crianças e dos idosos. A vida continuava normalmente em Portugal durante o tempo em que os homens navegavam. As mulheres também participaram ativamente das Grandes Navegações. Eram elas que fabricavam as velas dos navios e outros equipamentos náuti- cos. Também preparavam muitos dos alimentos para as viagens, como mar- melada, biscoitos e carne salgada. Houve ainda mulheres que viajaram junto com os homens. Algumas acom- panhavam o marido ou o pai, outras trabalhavam nos barcos, como padeiras e enfermeiras, por exemplo. E foram muitas as que saíram de Portugal para viver nas terras que os por- tugueses ocuparam. Um exemplo é dona Brites de Albuquerque, que em 1534 chegou a Pernambuco com o marido, Duarte Coelho. Ele voltou a Portugal, mas dona Brites ficou, tornando-se a maior autoridade de Pernambuco.   3 Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres mantinham a vida cotidiana em Portugal. O que elas faziam? Responda no caderno.       P       i     n     g     a       d     o       /       I       D       /       B       R Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos, tratavam dos animais e cuidavam das crianças e dos idosos. Sugestão no Manual do Professor.
  • 16. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 16/192  Agora já sei 16 a) O texto se refere a qual expedição? b) Cabral era o capitão-mor da expedição, mas precisava de outras pessoas para realizar a viagem. Você se lembra das pessoas que faziam parte da tripulação? Quais eram? c) Quais eram os principais instrumentos de navegação que a tripulação dos navios de Cabral usava? Bússola, astrolábio e quadrante. d) Se você fosse dar outro título ao texto, qual seria? e) Imagine que você é um grumete da expedição de Cabral. Conte aos colegas como foi a viagem. 1 No texto a seguir, a autora imagina Pedro Álvares Cabral quando criança. Leia-o e responda no caderno às questões abaixo. Expedição feita em 1500 que resultou na chegada dos portugueses a terras que hoje fazem parte do território brasileiro. Piloto, timoneiro, mestre, padre, carpinteiro, ferreiro, despensei- ro, médico-barbeiro, cozinheiro, marinheiro, grumete, escrivão, soldados e bombardeiros. Resposta pessoal. Resposta pessoal. De olhos bem abertos, ele sonhava com o dia em que seria navegador nos sete mares. Nas noites em que o sono demorava a chegar, as ondas que iam e vinham em seu pensamento o levavam para além-mar. Lá onde o mar termina. Lá onde ele queria chegar! E os olhos do menino fechavam-se sobre esse sonho, encontrando finalmente o sono perdido na noite fria e longa. Um dia, um convite. Convite feito pelo Rei. O sonho tinha virado realidade. Pedro não era mais um menino. Era, agora, Pedro Álvares Cabral, o homem que seria Capitão-Mor de uma importante expedição que ia cruzar o Atlântico. Lúcia Fidalgo. Pedro, menino navegador  . Rio de Janeiro: Manati, 2000. p. 5-6.    I    l   u   s    t   r   a    C   a   r    t   o   o   n    /    I    D    /    B    R
  • 17. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 17/192 17   2 No texto da página ao lado, as ondas levavam o menino Pedro para “onde o mar termina”. Essa imagem se refere a quê? 3 Observe a gravura a seguir e responda às questões no caderno. a) O que essa imagem representa? Descreva-a. b) De acordo com o que você estudou, essa gravura está relacionada a que acontecimentos e a qual época? c) Agora, escreva uma legenda para a gravura usando as informações dos itens anteriores e relacionando-a ao poema da página 16. 4 Os grumetes eram aprendizes de marinheiro. a) Quais eram as tarefas destinadas a eles? A que estavam sujei- tos? b) E hoje, existem crianças e jovens na condição de aprendizes? Como são tratados?  Converse com os colegas e com o professor sobre essas ques- tões. Depois, registre no caderno as conclusões a que chegaram. Gravura de Theodore de Bry, século XVI.    S   e   r   v    i   c   e    H    i   s    t   o   r    i   q   u   e    d   e    l   a    M   a   r    i   n   e  ,    V    i   n   c   e   n   n   e   s  ,    F   r   a   n   ç   a  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    T    h   e   o    d   o   r   e    d   e    B   r   y    /    T    h   e    B   r    i    d   g   e   m   a   n    A   r    t    L    i    b   r   a   r   y    /    G   e    t    t   y    I   m   a   g   e   s Está relacionada à ideia que se tinha do mundo na época, ou seja, mundo plano e o oceano Atlântico terminando em um abismo. Naviospróximoaolitoral,cercadosporpeixescomasas.  Às Grandes Navegações, no século XV ou XVI, pois nessa época havia lendas sobre monstros que habitavam os mares desconhecidos. Resposta pessoal. Estimule os alunos a formular hipóteses acerca do imaginário europeu na idealização de seres fantásticos que habitavam os oceanos. Os grumetes realizavam tarefas pesadas e perigosas e esta-  vam sujeitos a castigos físicos. Resposta pessoal. O objetivo é verificar as relações e condições de trabalho em épocas diferentes e destacar o respeito aos direitos do trabalhador. Sugestão no Manual do Professor.
  • 18. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 18/192 2 capítulo 18 A chegada à América Os versos a seguir são de uma canção antiga. Eles foram adaptados de uma cantiga de marujada. A marujada ou chegança de marujos é um conjunto de danças e músicas que contam as aventuras dos portugueses nas Grandes Navegações. Elas fa- zem parte de uma festa popular comemorada em alguns estados do Brasil, como Bahia, Minas Gerais e Goiás. Leia os versos. Peixinhos do mar Quem me ensinou a nadar, quem me ensinou a nadar Foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar Foi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar Ê nós que viemos de outras terras, de outro mar Ê nós que viemos de outras terras, de outro mar [...] Adaptação: Tavinho Moura. Peixinhos do mar. Intérprete: Milton Nascimento. Em: Sentinela  . Ariola, 1980. 1 CD. Faixa 2.   1 Você conhece a canção? Se conhecer, reúna-se com os colegas que a conhecem e cante-a para a classe. Assim, quem não a conhece poderá aprender e cantar junto. 2 Nos versos “Ê nós que viemos/ de outras terras, de outro mar”: a) Quem veio de outras terras? b) De que terra vieram? 3 Sobre a expressão “outro mar” , observe novamente a imagem das pági- nas 8 e 9. a) Para chegar à terra que hoje faz parte do Brasil, os portugueses tiveram de passar por “outro mar”? b) Na rota traçada nessa imagem, que “outro mar” os portugueses atra- vessaram? Atividade oral. Verifique os conhecimentos prévios dos alunos. Se possível, toque a canção. Sugestão e informações adicionais no Manual do Professor. Resposta pessoal. Os portugueses. Portugal. Não, porque Portugal e Brasil são banhados pelo mesmo oceano, o Atlântico. O oceano Índico.    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R
  • 19. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 19/192 19 Equador     M   e   r    i    d    i   a   n   o    d   e    G   r   e   e   n   w    i   c    h 30°N  60°O 0°   30°S  0°  60°L Lisboa Palos ÁFRICA Melinde Porto Seguro Á S I A Calicute EUROPA PORTUGAL ESPANHA Sofala OCEANO  PACÍFICO  OCEANO  ÍNDICO  OCEANO   ATLÂNTICO  M    a    r     M  e  d   i   t   e  r   r   â n  e  o    A      M    É      R    I      C    A   Cristóvão Colombo Vasco da Gama Pedro Álvares Cabral Rotas de viagem 0 2125 4250 km 1 cm – 2125 km Viagens marítimas (século XV) Em vez de contornar a costa africana, Cristóvão Colombo, navegador a serviço dos reis da Espanha, seguiu para oeste. Acreditando na esfericidade da Terra, ele dizia que chegaria à Índia navegando em linha reta. Fonte de pesquisa: Atlas histórico escolar  . Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 112. A travessia do Atlântico Sugestão no Manual do Professor. Ao longo dos séculos XV e XVI, portugueses e espanhóis fizeram viagens bem-sucedidas pelo oceano Atlântico. Em 1492, os espanhóis chegaram a um continente que não conheciam e que seria chamado de América. Os por- tugueses, por sua vez, encontraram o caminho marítimo para a Índia em 1498. Dois anos depois, chegaram às terras que mais tarde chamariam de Brasil. A expedição que partiu de Lisboa com destino à Índia, em 1500, foi coman- dada por Pedro Álvares Cabral. A missão dele era retornar a Portugal com os navios cheios de especiarias, sedas e outros artigos de luxo. Era uma grande expedição: 13 embar- cações, com um total de 1500 tripulantes.   1 Observe o mapa e responda. Qual é a cor que representa a rota de via- gem de: a) Cristóvão Colombo? b) Vasco da Gama? c) Pedro Álvares Cabral?    I    D    /    B    R Saiba mais Alguns estudiosos afirmavam que, para Cabral chegar à América, os na- vios teriam se afastado da costa africana, devido às más condições do tem- po. Contudo, pesquisas indicam que chegar à América já estava nos planos dos portugueses, porque eles já sabiam da existência dessas terras por meio de viagens secretas de exploração realizadas antes de 1500.  Vermelha.  Verde. Lilás.
  • 20. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 20/192 20 Descobrimento do Brasil  , pintura de Oscar Pereira da Silva, 1922.  O encontro entre portugueses e indígenas Depois de 44 dias navegando pelo oceano Atlântico, a expedição de Cabral avistou terra. Foi no dia 22 de abril de 1500, na região onde hoje se encontra a cidade de Porto Seguro, no sul do estado da Bahia. Os portugueses encontraram nesse local uma paisagem exuberante, com muita vegetação e abundância de água para beber. Encontraram também pes- soas muito diferentes deles – os povos indígenas. Como deviam retornar à Europa com mercadorias lucrativas, os portugue- ses quiseram saber o que poderia ser explorado. Fizeram então o primeiro contato com os indígenas. 2 Observe a pintura, prestando atenção em seus detalhes. Depois, faça o que se pede no caderno. a) Escreva o título da pintura, o nome do autor e o ano em que foi feita. b) Que acontecimento é representado na pintura? Quando isso ocorreu? c) A pintura foi feita quanto tempo depois desse acontecimento? d) Observe a vestimenta dos portugueses e a condição do convés do navio, considerando os 44 dias de viagem em alto-mar. Qual é a sua impressão? 3 Escreva uma nova legenda para a pintura, utilizando as informações da questão anterior.    M   u   s   e   u    P   a   u    l    i   s    t   a    d   a    U   n    i   v   e   r   s    i    d   a    d   e    d   e    S    ã   o    P   a   u    l   o  ,    S    ã   o    P   a   u    l   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R Informações complementares no Manual do Professor. Descobrimento do Brasil, de Oscar Pereira da Silva, feita em 1922. O momento do encontro entre a tripulação de Cabral e os indígenas, em 1500. 422 anos depois. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber que roupas e convés aparecem bem-cuidados e limpos, mesmo após um longo período em alto-mar. Comente com os alunos que, apesar de a pintura datar de 1922, ela retrata um acontecimento que se deu em 1500. Vale lembrar que reconstituições históricas são feitas com base em registros de pessoas envolvidas no episódio.
  • 21. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 21/192 21   4 Procure no dicionário o significado das palavras que você não conhece e, depois, releia o texto. 5 Compare as informações do relato de Caminha com a pintura da página ao lado. a) Quais são as semelhanças e as diferenças entre os elementos apresenta- dos na carta e na pintura? b) Podemos dizer que Oscar Pereira da Silva se baseou nos registros de Cami- nha para fazer a pintura? Explique. 6 Com base na pintura e na carta, como você imagina que foi esse primeiro encontro entre indígenas e portugueses?  A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa[r] de encobrir suas vergonhas [...]. Acerca disso são de grande inocência.[...] Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta [...], de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. [...] O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira [...] e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. [...] um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer- -nos que havia ouro na terra. E também olhou para um cas- tiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e nova- mente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! Pero Vaz de Caminha. Carta a El-Rei D. Manuel. Disponível em: <http://  www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000292.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2014.  Os indígenas, segundo os portugueses Pero Vaz de Caminha era o escrivão da esquadra de Cabral. Ele escreveu uma carta informando ao rei português a chegada à nova terra. Leia o trecho da carta em que Caminha descreve os indígenas.   Resposta pessoal. 5a   Semelhanças: a descrição física dos indígenas, a posição do capitão em uma cadeira e o castiçal. A diferença é que, no quadro, os indígenas não estão nus como no relato da carta. Sim, pois o pintor não estava presente ao evento e exis- tem itens descritos na carta que estão representados na  pintura. Embora inspirada na carta de Caminha, a pintura não é um retrato fiel da realidade; reflete as ideias do autor. Resposta pessoal. Sugestão no Manual do Professor. O aluno deve perceber que o encontro foi pacífico e que havia o interesse português em descrever o indígena e saber da existência de metais preciosos. Sugestão no Manual do Professor. Tosquiado: com o cabelo cortado.    P    i   n   g   a    d   o    /    I    D    /    B    R
  • 22. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 22/192 22  Os portugueses, segundo os indígenas Sugestão no Manual do Professor. Como os indígenas encararam a chegada dos portugueses às suas terras? Como a cultura dos indígenas daquela época era oral, nós temos poucos regis- tros de suas opiniões sobre os portugueses. Um desses registros é o discurso do pajé M’Boré Guaçu, do povoTupinam- bá, que viveu no Maranhão no século XVII. O texto dá uma ideia de como os indígenas viram os acontecimentos.  Vi a chegada dos  peró [portugueses]. [...] disseram que devíamos colaborar com eles, construindo fortalezas e erguendo cidades para que todos pudessem morar juntos. E assim parecia que queriam fazer uma só nação. [...] mandaram vir paí  [padres], que ergueram cruzes e começaram a instruir os nossos e a batizá-los. Depois falaram que os paí  precisavam de escravos para os servir e trabalhar nas suas lavouras. E demos-lhes pessoas para serem escravos. Depois, não satisfeitos com estes escravos que tomávamos nas guerras, exigiram também os nossos filhos e no fim acabaram escravizando toda a nação. Com tal tirania e crueldade trataram os pobres coitados, que os que ainda estavam livres, como nós, tivemos que deixar a região. Egon Heck e Benedito Prezia. Povos indígenas  : terra é vida. São Paulo: Atual, 2009. p. 25. 7 Pesquise no dicionário o significado das palavras que você não conhece. Depois, releia o texto. 8 Responda às perguntas a seguir no caderno para relembrar algumas ca- racterísticas da vida dos indígenas antes da chegada dos portugueses. a) As fortalezas e as cidades dos portugueses eram semelhantes às moradias dos indígenas? b) Nas crenças indígenas, havia o símbolo da cruz? E batismo? c) Os indígenas eram livres? Em que situação eram escravizados? 9 Agora, compare suas respostas com as informações do texto. Depois, faça uma lista das mudanças que aconteceram na vida dos povos indíge- nas com a chegada dos peró  .    P    i   n   g   a    d   o    /    I    D    /    B    R Sugestão no Manual do Professor. Resposta pessoal. Não. Não. Oriente os alunos para perceberem que cada religião possui rituais e símbolos próprios. Os indígenas eram livres, mas, depois da chegada dos europeus, os prisioneiros de guerra começa- ram a ser escravizados para trabalhar nas lavouras. Grande parte dos indígenas perdeu a autonomia e a liber- dade, ficando sujeita aos portugueses. E, nessa condição, muitos deles foram convertidos ao catolicismo e batizados, além de serem escravizados.
  • 23. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 23/192 23 Registros Mapas Quando começaram a viajar pelo Atlântico, os eu- ropeus logo perceberam que necessitariam de cartas náuticas mais precisas. As que existiam até então já tinham a rosa dos ven- tos com traçados de direção. Tinham também alguns desenhos que forneciam informações sobre o local representado. Mas era necessário aperfeiçoá-las. Os cartógrafos se baseavam nas informações dos viajantes para elaborar os mapas, que eram peças únicas, feitas manualmente. Na época das Grandes Navegações, devido à disputa entre as nações para descobrir terras e riquezas, os mapas eram considerados “segredo de Estado”. O primeiro mapa que mostra as conquistas marítimas dos portugueses é o planisfério de Cantino, feito em 1502.  Observe o mapa e responda às questões no caderno. a) Quais as diferenças entre o planisfério de Cantino e a imagem de abertura da unidade em relação aos continentes? b) Por que os mapas eram considerados “segredo de Estado”? c) Os mapas podem ser considerados documentos históricos? Por quê? Carta náutica: mapa usado para navegação; por isso, era elaborado dando destaque aos mares e oceanos. Planisfério de Cantino, de 1502.    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    d   e    E   s    t   e   n   s   e  ,    M   o    d   e   n   a  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R Sugestão no Manual do Professor. O contorno de alguns continentes é diferente. Sim, pois eles contêm informações referentes a uma determinada época. b Embora os mapas não fossem muito precisos, eles podiam ser usados para orientação em viagens marítimas, possibi- litando chegar a novas terras e nelas encontrar riquezas.
  • 24. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 24/192 24 Pau-brasil: a primeira riqueza Quando chegaram, os portugueses não encontraram metais preciosos, uma das principais riquezas que buscavam na época. Mas encontraram pau- -brasil, uma árvore que havia em grande quantidade no litoral, entre os atuais estados do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. Para os índios Tupi, o pau-brasil era ibirapitanga, que quer dizer “árvore ver- melha” . Da madeira, eles extraíam um corante vermelho para tingir as penas dos ornamentos. Faziam também arcos e flechas. Os portugueses sabiam que poderiam ter lucros com a exploração do pau- -brasil. Na Europa, o corante serviria para tingir tecidos, e a madeira, para a fa- bricação de móveis e embarcações. Passaram então a extrair o pau-brasil. 2   0   °   S    Trópico de Capr  icór nio OCEANO  ATLÂNTICO  OCEANO  PACÍFICO  Equador  RR AM RO AC PA AP PI CE MA TO GO BA MG ES RJ RN P B PE SE AL SP PR SC RS MS MT DF 60°O 40°O   0° 0 675 1350 km 1 cm – 675 km Mata Atlântica Divisão atual dos estados Limite atual do território brasileiro 60°O 40°O   2   0   °   S  OCEANO  ATLÂNTICO  OCEANO  PACÍFICO  Equador 0°     T  r  ópic o d  e C  ap r i  c ór  ni o  RR AM RO AC PA AP PI CE MA TO GO BA MG ES RJ RN PB PE SE AL SP PR SC RS MS MT DF 0 675 1350 km 1 cm – 675 km Mata Atlântica Divisão atual dos estados Limite atual do território brasileiro Mata Atlântica no início do século XVI Mata Atlântica atualmente Fonte de pesquisa: Conselho Nacional Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Disponível em: <http://www. rbma.org.br/rbma/images/mata_remanescente.gif>. Acesso em: 11 dez. 2013. Fonte de pesquisa: Meu 1o   atlas  . Rio de Janeiro: IBGE, 2006. p. 120.   1 Compare os mapas e responda no caderno. a) O que aconteceu com a Mata Atlântica ao longo do tempo? b) Quanto tempo levou para essa mudança acontecer? c) Por que isso deve ter ocorrido com a Mata Atlântica? Converse com os colegas e com o professor e anote suas conclusões no caderno.    I    D    /    B    R    I    D    /    B    R Sugestão no Manual do Professor. Saiba mais  A Mata Atlântica diminuiu bastante. Cerca de 500 anos. Resposta  pessoal. Calcula-se que, durante cerca de trezentos anos, foram derrubadas 70 mi- lhões de árvores de pau-brasil da Mata Atlântica. Hoje elas praticamente só existem em reservas florestais e sua extração é proibida por lei. Estimule os alunos a formular hipóteses. Provavelmente, eles perceberão que o corte indiscriminado do pau-brasil foi uma das causas da diminuição da Mata Atlântica. Mencione também outras atividades, como a extração de diferentes madeiras, o desmatamento para povoamento e para a agricultura. Veja mais informações no Manual do Professor.
  • 25. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 25/192 25 No mapa Terra Brasilis  , de 1519, Lopo Homem e Pedro Rangel representaram a extração do pau-brasil.  Escambo Para extrair o pau-brasil, os portugueses utilizaram o trabalho dos indíge- nas. Eram os indígenas que derrubavam as árvores, cortavam os troncos em toras, levavam a madeira até a praia e carregavam os navios. Em troca do trabalho, os portugueses entregavam aos indígenas macha- dos, foices, tecidos, espelhos, pás, facas e outros objetos que eles considera- vam importantes. Esse tipo de troca recebe o nome de escambo. Para armazenar as to- rasdemadeiraqueseriam levadas para a Europa, os portugueses construíram feitorias ao longo do lito- ral, que eram galpões de madeira protegidos por paliçadas. Durante o ano, apenas três ou quatro ho- mens permaneciam nas feitorias.   2 Veja o mapa, leia a legenda e responda no caderno. a) De quando é o mapa? b) Qual é o nome desse mapa? c) O que os desenhos do mapa representam? Descreva os detalhes. d) Qual é o nome da mata onde crescia o pau-brasil? Paliçada: cerca feita de troncos pontiagudos.    D   e   p   a   r    t   a   m   e   n    t   o    d   e    M   a   p   a   s   e    P    l   a   n    t   a   s    d   a    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    P   a   r    i   s  ,    F   r   a   n   ç   a  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R Mata Atlântica. Sugestão no Manual do Professor. Sugestão no Manual do Professor. É de 1519. Terra Brasilis. 2c Representam a extração de pau- -brasil das matas do Brasil. São indígenas que fazem o trabalho. Nas matas há pássaros e macacos; no oceano há caravelas.
  • 26. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 26/192  Agora já sei 26   1 Observe novamente a pintura de Oscar Pereira da Silva na pá- gina 20. O título da pintura é Descobrimento do Brasil  . Como os portugueses não conheciam essas terras, para eles esse título é apropriado. Mas qual seria o ponto de vista dos indígenas? Eles dariam outro título para a pintura? Se sim, qual seria? Converse com os colegas e com o professor sobre essas questões.   2 Relacione a situação atual dos povos indígenas, que você estudou no volume anterior, com o processo iniciado em 1500, a chegada dos portu- gueses, a exploração e a colonização do território.   3 O mapa abaixo foi feito no século XVI. Observe-o responda no caderno. Brasil  , mapa de Giacomo Gastaldi e de Giovanni Battista Ramusio, 1556. a) Segundo a imagem, qual era a principal riqueza do Brasil nesse período? b) Na imagem, os índígenas foram representados usando machados, ferra- mentas que não pertenciam à cultura deles. Como eles conseguiram essas ferramentas?   4 Compare o mapa da atividade anterior com o mapa do Brasil da página 25, de Lopo Homem e Pedro Rangel, e responda no caderno. a) Qual dos mapas possui uma rosa dos ventos? b) Os dois mapas têm a mesma orientação? c) Qual dos dois mapas poderia servir como carta náutica? Justifique. Desde 1500 as terras dos po-  vos indígenas foram invadidas pelos portugueses e europeus, que procuravam explorá-las e colonizá-las. Os indígenas perderam a maior parte de suas terras. Muitos povos que existiam na época em que os portugueses chega- ram foram desapare- cendo. Ainda hoje, os indígenas lutam para que seus direitos se-  jam respeitados.    M   u   s   e   u    P   a   u    l    i   s    t   a    d   a    U   n    i   v   e   r   s    i    d   a    d   e    d   e    S    ã   o    P   a   u    l   o  ,    S    ã   o    P   a   u    l   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R O mapa da página 25. Não, o mapa de Homem e Rangel O mapa de Lopo Homem e Pedro Rangel, porque possui rosa dos ventos e orien- tação norte, convenções cartográficas que ajudam o navegador a se localizar. está orientado para o norte. O mapa de Gastaldi e Ramusio está orientado para o oeste. O mapa mostra indígenas extraindo pau-brasil. Eles trocaram pau-brasil por ferramentas com os portugueses.
  • 27. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 27/192 27 a) Como o autor descreve a terra do Brasil? b) Qual é o significado da frase “permanece sempre a verdura nela inverno e verão”?   6 Sobre o escambo, relação de troca entre portugueses e indígenas, res- ponda no caderno. a) Por que os portugueses estavam interessados no pau-brasil encontrado na América? b) E por que os indígenas aceitavam trabalhar em troca dos produtos que os portugueses traziam?   7 Você sabia que a Mata Atlântica possui uma grande variedade de plantas e animais? Bromélia, suçuarana, imbaúba, bugio, jaguatirica, jacarandá... a) Procure no dicionário os nomes acima que você não conhece. Copie o quadro abaixo no caderno, colocando cada variedade citada em seu respectivo lugar. Plantas   Animais   b) Em sua opinião, o que pode ser feito para preservar a Mata Atlân- tica e garantir a existência dessas plantas e desses animais? http://www.videonasaldeias.org.br/2009/ No site   do projeto Vídeo nas aldeias, é possível assistir a produções audiovisuais de cineastas indígenas e uma série de vídeos educativos intitulada: Índios no Brasil – uma outra história. Acesso em: 14 abr. 2014. Como uma terra fértil, coberta de arvoredos e espécies vegetais.  Os portugueses desejavam vender o pau-brasil na Europa, onde a madeira era usada para fazer móveis e tinturas. Os indígenas se interessaram pelas mercadorias portuguesas porque elas eram novidades e porque eles achavam as ferramentas úteis. Esta terra he mui fertil e viçosa, toda coberta de altissimos e frondosos arvoredos, permanece sempre a verdura nella inverno e verão; isto causa chover-lhe muitas vezes e não haver frio que offenda ao que produz a terra. Pero de Magalhães Gândavo. Tratado da terra do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 46. 5 O historiador português Pero de Magalhães Gândavo foi um dos primei- ros a registrar por escrito a história do Brasil no século XVI. Leia um tre- cho do livro Tratado da terra do Brasil  , em que o autor descreve algumas características naturais observadas por ele. Na frase, Gândavo afirma que a cor da vegetação no Brasil permanece verde o ano todo, ao contrário da Europa, onde, a partir do outono, as folhas amarelam e caem, voltando a crescer na primavera. Retome o ciclo de vida das plantas, integrando com Ciências. Bromélia, imbaúba e jacarandá. Suçuarana, bugio e jaguatirica. Resposta pessoal. Sugestão no Manual do Professor.
  • 28. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 28/192 3 capítulo 28 O início da colonização Quindim de liquidificador INGREDIENTES: • 20 colheres de sopa de açúcar • 1 pacote de 100 g de coco ralado • 6 ovos inteiros • 1 colher de sopa de margarina • 1 pacote de 100 g de queijo ralado MODO DE PREPARAR: 1. Bata todos os ingredientes no liquidificador por cinco minutos. Unte forminhas pequenas com margarina e açúcar. Coloque a massa nas forminhas. 2. Asse em banho-maria até que fique dourado por cima. 3. Desenforme e sirva gelado. Quem não gosta de doce? Uns mais, outros menos, mas, em geral, tanto crianças quanto adultos se deliciam com eles. Brigadeiro, pé de moleque, bei- jinho, cocada e muitos outros. Leia esta receita. Sugestão no Manual do Professor. 1 Qual é o ingrediente que existe em quase todas as receitas de doces?   2 Você sabe como se produz esse ingrediente? Se sabe, conte aos colegas. 3 Esse produto já foi um artigo de luxo, que custava muito caro, e faz parte da história do Brasil. Foi a partir dele que os portu- gueses iniciaram a colonização. O que você sabe dessa histó- ria? Converse com o professor e com os colegas.    S   u   z   a   n   n   e    M   u    l    l    i   g   a   n    /    i    S    t   o   c    k   p    h   o    t   o    /    I    D    /    B    R N  ã  o   p  r  e  p  ar  e   a r  e  c  e  i  t  a se  m o    ac  o  mp  an  h  ame  n  t  o   d  e   u  m ad  u  l  t  o  .  Açúcar. Resposta pessoal.   Resposta pessoal.
  • 29. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 29/192 29 O cultivo da cana e a produção do açúcar Logo após chegarem, os portugueses tomaram posse das terras e o Brasil passou a ser colônia de Portugal. Os portugueses começaram a extrair pau-brasil e construíram feitorias no litoral. Foi assim por cerca de trinta anos. No entanto, eles perceberam que, para impedir invasões estrangeiras e ga- rantir a posse da colônia, somente as feitorias não bastavam. Assim, passaram a ocupá-la e a fazer com que produzisse riqueza para Portugal. Para isso, culti- varam cana-de-açúcar, pois, na Europa, o açúcar era um produto caro e poderia garantir bons lucros aos portugueses. Em 1532, Martim Afonso de Sousa, por ordem do rei de Portugal, veio para o Brasil trazendo mudas de cana-de-açúcar, além de pessoas para viver aqui. Os portugueses passaram a cultivar a cana e a produzir açúcar. Os portugueses já plantavam cana-de-açúcar nas ilhas Madeira, Açores e Cabo Verde, na África. Essa experiência foi um dos fatores que contribuíram para o sucesso dessa lavoura no Brasil. Além disso, o solo, o clima quente e, sobretudo, o trabalho de africanos escravizados foram fundamentais.   1 Observe a imagem, leia a legenda e responda no caderno. Eram os africanos escravizados que faziam quase todo o trabalho de cultivo da cana e fabricação do açúcar. Gravura de Jean-Baptiste Debret, de 1834, representando uma pequena moenda.    Quem são as pessoas que aparecem na imagem, trabalhando na fabrica- ção do açúcar?    M   u   s   e   u   s    C   a   s    t   r   o    M   a    i   a  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R São escravizados. (A legenda confirma esse dado.) Sugestão no Manual do Professor.
  • 30. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 30/192 30 Trabalhadores escravizados no canavial. O homem a cavalo é o feitor, encarregado de vigiá-los. Gravura de 1881. Trabalhador rural durante a colheita de cana na cidade de Salinas, Minas Gerais, em foto de 2013.  O trabalho no cultivo O cultivo da cana começava com a limpeza do terreno. Os trabalhadores escravizados derrubavam parte da mata, e depois, com enxadas ou arados (pu- xados por bois), preparavam a terra e plantavam as mudas. A cana era colhida cerca de um ano depois do plantio. Nesse período, os es- cravizados retiravam o mato da plantação e faziam outros trabalhos no engenho. Na época da colheita, ateava-se fogo ao canavial para facilitar a circulação por ele. Era a queimada. Com facões e foices, os escravizados cortavam a cana e carregavam os feixes até os carros de boi. Em seguida, ela era levada para a casa da moenda, onde se iniciava a pro- dução do açúcar.   2 Observe as imagens e compare os trabalhadores. Há diferenças entre eles? Quais? E o que permaneceu? 3 Ainda se fazem queimadas no Brasil. Algumas são feitas em áreas já desmatadas, para facilitar a atividade agrícola; outras, para fazer desmatamento. Muitas são ilegais. O Instituto Nacio- nal de Pesquisas Espaciais (Inpe) realiza o monitoramento (ob- servação) das queimadas por meio de imagens produzidas por satélite.    Converse com os colegas e responda: Qual é a importância do monitoramento das queimadas?    C   o    l   e   ç    ã   o   p   a   r    t    i   c   u    l   a   r  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    R   o    d   r    i   g   o    L    i   m   a    /    N    i    t   r   o O trabalho de colheita manual com a utilização de facão e foice permanece, mas hoje, por lei, os trabalha- dores são livres e devem usar luvas, botas e chapéu. O monitoramento é importante para que as autoridades possam controlar os riscos ambientais das queimadas, como o desmatamento e a poluição, bem como para punir os crimes contra o meio ambiente. Sugestão no Manual do Professor.
  • 31. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 31/192 31  O trabalho na produção do açúcar Na casa da moenda, a cana era espremida, extraindo-se o caldo. O caldo era transportado em recipientes de madeira para a casa das fornalhas, onde era cozido até se transformar em melaço. O melaço seguia então para a casa de purgar, onde era coado e colocado em formas de barro. E ali, durante cerca de dois meses, o melaço ficava se- cando até endurecer. No final desse período, retiravam-se das formas os cha- mados pães de açúcar. Esses pães de açúcar eram quebrados em torrões e selecionados: os pedaços mais claros eram embarca- dos para a Europa; e os mais escuros, consumidos no pró- prio engenho. O açúcar a ser exportado era colocado em caixas de madeira forradas com folhas secas de bananeira e fecha- das com barro.   4 Escreva no caderno a qual etapa da produção de açúcar corresponde cada fragmento da gravura. Gravura do holandês Pieter van der Aa, de cerca de 1730, mostrando um engenho no nordeste brasileiro. 1 2 3 4    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    B    i    b    l    i   o    t   e   c   a    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R (1) colheita; (2) moagem da cana para ex- trair o caldo; (3)  cozimento do caldo para obter melaço; (4) sepa- ração do pão de açúcar. Sugestão no Manual do Professor.
  • 32. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 32/192 32 O engenho Originalmente, a palavra engenho referia-se aos equipamentos usados na moagem do açúcar. Com o tempo, passou a designar a propriedade onde se cultivava a cana e se produzia o açúcar. A vida no engenho girava em torno de seu proprietário, o senhor de engenho. Ele era a autoridade máxima e controlava toda a vida no engenho, devido, principalmente, aos bens que possuía: a fazenda, os animais, os escravos. O primeiro engenho foi instala- do na vila de SãoVicente, localizada no litoral do atual estado de São Paulo. Mas foram os engenhos do nordeste da colônia, onde hoje se situam os estados de Pernambuco e Bahia, os que mais prosperaram.   1 Com relação à produção açucareira, responda no caderno. a) Onde se cultivava a cana e se produzia o açúcar? b) Quem era o proprietário? c) Por quem era formada a maioria dos trabalhadores do engenho? Usina localizada em Castro, no Paraná, onde são produzidos açúcar e etanol. Foto de 2012. 40 ° O  0  °  2  0  °  S  T  r  ó  p  i  c  o   d  e   C  a  p  r  i  c  ó  r  n  i  o  Equador    50°O  Conceição Olinda S. Jorge dos Ilhéus N. S. da Vitória S. Sebastião do Rio de Janeiro São Paulo Santos SãoVicente Espírito Santo Santa Cruz Porto Seguro    L    i   n    h   a    d   e    T   o   r    d   e   s    i    l    h   a   s OCEANO  ATLÂNTICO  Filipeia de N. S. das Neves Igarassu Salvador São Cristóvão Cultivo de cana-de-açúcar Terras pertencentes a Portugal Terras pertencentes à Espanha 0 425 850 km 1 cm – 425 km Brasil colonial: cultivo de cana-de-açúcar (século XVI)    I    D    /    B    R Fonte de pesquisa: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 20.    J   o    ã   o    P   r   u    d   e   n    t   e    /    P   u    l   s   a   r    I   m   a   g   e   n   s O senhor de engenho. No engenho. Por africanos escravizados. Sugestão no Manual do Professor. Se considerar oportuno, integre com conhecimentos de Ciências e solicite que os alunos pesquisem sobre a produção atual de biocom- bustível nas usinas de etanol.
  • 33. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 33/192 33  Conhecendo melhor um engenho A maior parte das terras do engenho era reservada ao canavial. Uma parte das matas era mantida para fornecer lenha às fornalhas. Além do canavial e das matas, outras construções faziam parte do engenho. Na pintura a seguir, o pintor holandês Frans Post representa algumas des- sas construções. Observe-a e conheça melhor um engenho. 1. Casa-grande: construção ampla, com vários cômodos, onde o senhor de engenho vivia com sua família. 2. Capela: uma pequena igreja onde eram celebradas missas e cerimônias de batismo ou de casamento. 3. Senzala: construção rústica, em condições precárias, sem mobília, que era a moradia dos escravizados. 4. Local destinado à produção do açúcar: que contava com a casa da moenda, a fornalha e a casa de purgar.   2 Uma grande propriedade rural, hoje, não poderia ter qual dessas partes que compunham um engenho? Por quê? Responda no caderno.    M   u   s   e   u    B   o    i    j   m   a   n   s    V   a   n    B   e   u   n    i   n   g   e   n  ,    R   o    t   e   r    d    ã  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R O engenho  , pintura de Frans Post, datada de 1668. 4 3 1 2   A senzala, pois a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil.
  • 34. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 34/192  Agora já sei 34 a) Quem são as pessoas que aparecem na imagem? b) O que essas pessoas estão fazendo? c) Como é movida a moenda da gravura?   1 Leia as frases sobre o início do processo de colonização do Brasil. Escre- va-as no caderno, ordenando-as de acordo com os acontecimentos.  A propriedade onde se cultivava cana e produzia açúcar chamava-se engenho.  Havia ameaça de invasão estrangeira.  Em 1500, os portugueses chegaram às terras dos indígenas e logo toma- ram posse delas.  Para o trabalho no cultivo da cana e na produção do açúcar, os donos de engenho usaram mão de obra escrava, principalmente de africanos.  O primeiro produto que os portugueses exploraram foi o pau-brasil, e o tra- balho era feito pelos indígenas.  Com receio de perder a posse da colônia, os portugueses decidiram ocupar as terras, trazendo pessoas para morar e iniciando o cultivo de cana-de- -açúcar. 2 Faça no caderno um quadro seguindo o modelo ao lado e classifique as ativida- des a seguir: derrubar parte da mata; ex- trair o caldo da cana; fazer a queimada; arar a terra; produzir o melaço; purgar; retirar das formas os pães de açúcar; retirar o mato da lavoura. 3 Observe a imagem e responda às questões no caderno. Gravura representando engenho de cana, publicada na obra Historia Naturalis Brasiliae  , de Willem Piso e George Marcgraf, 1648.    E   m   :    W  .    P    i   s   o   ;    G  .    M   a   r   c   g   r   a    f   ;    I  .    d   e    L   a   e    t  .    H    i   s    t   o   r    i   a    N   a    t   u   r   a    l    i   s    B   r   a   s    i    l    i   a   e  .    A   m   s    t   e   r    d    ã   :    L   e    i    d   e   n  ,    F   r   a   n   c    i   s   c   u   s    H   a   c    k  ,    1    6    4    8  .    F   a   c   -   s    í   m    i    l   e   :    I    D    /    B    R 2 Cultivo de cana-de-açúcar: derrubar parte da mata, fazer a queimada, arar a terra e retirar o mato da lavoura. Produção do açúcar: extrair o caldo da cana,  produzir o melaço, purgar e retirar das formas os pães de açúcar. Cultivo de cana-de-açúcar Produção do açúcar Se possível, faça uma linha do tempo com os alunos, usando os acontecimentos mencionados.   5o - 3o - 1o - 6o - 2o - 4o - São feitores e africanos escravizados. Os africanos escravizados conduzem os bois, car- regam e colocam os feixes de cana na moenda. Os feitores vigiam os escravizados. Por tração animal, bois.
  • 35. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 35/192 35 Fonte de pesquisa: Pero de Magalhães Gândavo. Tratado da terra do Brasil, de c. 1570. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 25-40.   4 Veja na tabela abaixo o número de engenhos que havia no Brasil por volta de 1560.  Converse com os colegas e com o professor e responda. a) Onde não há engenhos? E onde há o menor número de enge- nhos? b) Onde havia mais engenhos? c) Quais os locais mais ricos da co- lônia? Por quê? 5 O engenho era uma grande propriedade rural. Na casa-grande viviam o proprietário e sua família. Na senzala, os escravizados. a) Onde viviam mais pessoas? Na casa-grande ou na senzala? b) Onde as condições de moradia eram melhores, na senzala ou na casa- -grande? c) Além das diferentes condições de moradia, qual era a principal diferença entre os moradores da casa-grande e os da senzala? 6 Como era a casa-grande? E a senzala? Com base no que você estudou, desenhe cada uma delas em uma folha avulsa. Depois, pendure seus trabalhos no varal ou no mural da sala. Veja o tra- balho de seus colegas e compare com o seu. Resposta pessoal. a) O que há de semelhante? b) E de diferente? Chame a atenção dos alunos para a data da tabela, mencionada no co- mandodaatividade.Itamaracáfazpartedoatualestadode Pernambuco. Ilhéus situa-se na Bahia. Explore conhecimentos de Matemática para a leitura da tabela, relacionando diferenças de quantidade: mais, menos, maior ou menor. Oriente os alunos na leitura e análise da tabela. Pernambuco e Bahia, pois a produção de açúcar nos engenhos era a ativi- dade que proporcionava mais ganhos aos colonos e ao governo de Portugal. Local Número de engenhos Itamaracá 1 Pernambuco 23 Bahia 18 Ilhéus 8 Porto Seguro 5 Espírito Santo 1 Rio de Janeiro 0 São Vicente 4 Na senzala. Na casa-grande; na senzala as condições eram muito precárias. Os que viviam na casa-grande eram livres, e os que viviam na senzala, não. Sugestão no Manual do Professor. Vale ressaltar que, por não trabalhar capitanias hereditárias, não utilizaremos essa denominação. 4a  Não havia engenhos no Rio de Janeiro; Espírito Santo e Itamaracá têm o menor número deles. Em Pernambuco, seguido da Bahia.
  • 36. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 36/192 36 Bússola Na época das Grandes Navegações, os portugueses contaram com alguns instrumentos náuticos que tornaram possível viajar por oceanos desconhecidos. Um desses instrumentos era a bússola, uma invenção dos chineses. Que tal se reunir com os colegas para fazer uma bússola e ver como ela funciona? Do que vocês vão precisar   • agulha   • rolha de cortiça   • prato fundo com água   • ímã   • etiqueta ou pequenos pedaços de papel e fita adesiva   • tesoura sem ponta Como fazer 1. Recortem quatro pedaços pequenos da etiqueta e anotem: norte, sul, leste e oeste. Deixem separado por enquanto.    I    l   u   s    t   r   a   ç    õ   e   s   :    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R Vamos fazer!
  • 37. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 37/192 37 2. Com a ajuda do professor, magnetizem a agulha, esfregando uma de suas extremidades no ímã (sempre na mesma direção). Passem umas vinte vezes. 3. A agulha deve ser fixada horizontalmente no meio da rolha de cortiça. Coloquem-na na superfície da água do prato, de modo que ela flutue. 4. Observem que a extremidade da agulha que foi magnetizada aponta sempre na mesma direção: norte. Mesmo que vocês a movimentem, ela retorna para essa direção. Agora, usem a bússola para identificar de que lado da sala o Sol aparece pela manhã. Vocês podem verificar em que sentido estão localizados, por exemplo, o pátio, a can- tina, a biblioteca, a quadra, os banheiros, o bebedouro, en- fim, o que escolherem.    I    l   u   s    t   r   a   ç    õ   e   s   :    R   o    b   s   o   n    A   r   a    ú    j   o    /    I    D    /    B    R N L O S 5. Para terminar, é só colar as etiquetas na borda do prato, de acordo com a direção norte-sul.
  • 38. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 38/192 O que aprendi? 38   1 Leia o texto e responda às questões no caderno. a) Qual é o nome do país representado pelo símbolo ? b) Substitua o símbolo e escreva a que o texto se refere. c) Quais eram as “imagens fantásticas sobre o desconhecido”? d) O termo “descoberta” do Brasil refere-se a quê? Ele é apropriado? e) Você sabe o que é cartografia? Pesquise em um dicionário ou na internet e escreva o significado da palavra no caderno. 2 Você já ouviu falar no certificado chamado FSC? Esse certificado vem na forma de selo e acompanha móveis ou outros objetos de madeira. Ele indica que a madeira não é de espécies de árvore ameaçadas de extinção nem de áreas de desmatamento. a) De onde vem a madeira certificada com FSC? b) De que modo as pessoas podem contribuir para evitar a extinção de espécies de árvores? c) E para evitar o aumento de áreas desmatadas? d) Na sua opinião, qual é a importância desse certificado?    Faça uma pesquisa sobre o assunto e depois converse com os colegas e com o professor. Ele contribui para a pre- 1d Refere-se à chegada dos portugueses às terras que hoje fazem parte do Brasil. Não é apropriado,  pois as terras já estavam povoadas. Em vez de descoberta, pode-se falar em conquista ou ocupação.  Até o século XV, o mundo conhecido pelos europeus se limitava à Europa, à Ásia e ao norte da África. O saber cien- tífico era escasso e os instrumentos, imprecisos. [...] Hoje, basta olhar um mapa-múndi para conhecer os contornos dos seis continentes – Europa, Ásia, África,  América, Oceania e Antártida – que compõem o nosso planeta. Foram necessários séculos para colocar todos os pedaços de terra e de água no desenho do globo e desfazer as imagens fantásticas sobre o desconhecido. As condições favoráveis para o conhecimento da Terra surgiram com a navegação em e na Espanha. Foi a partir dos séculos XV e XVI, época das e da descoberta do Brasil, que a car- tografia começou a se desenvolver como ciência cada vez mais próxima da realidade. O Estado de S. Paulo  , 2000. Suplemento semanal Lição de Casa 2000, p. 16. Observe que o texto trata do conteúdo que os alunos acabaram de estudar. Assim, os conhecimentos adquiridos devem dar condições para que respondam às questões. Eram monstros fantásticos dos mares desconhecidos, que faziam parte das lendas dos navegantes. Grandes Navegações. Portugal. Resposta pessoal. Retome com os alunos os conteúdos de Geografia.  A madeira vem de floresta onde há Comprando móveis e outros objetos que tenham esse selo. Comprando móveis de madeira certificada e mantendo-se informadas sobre espécies ameaçadas. Informações complementares no Manual do Professor. controle do corte de árvores para evitar que se elimine a mata original. servação de espécies ameaçadas de extinção, a conservação de florestas e a conscientização das pessoas acerca da necessidade de cuidados com o meio ambiente.
  • 39. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 39/192 39 Desenho a lápis de Candido Portinari, feito em 1938, que mostra o trabalho de extração de pau-brasil. Pintura de Candido Portinari, feita em 1938, que mostra o trabalho de colheita de cana-de-açúcar.   3 Observe as imagens, leia as legendas e responda no caderno. a) Quem é o autor das imagens? Quando foram feitas? b) A imagem 1 representa o quê? E a imagem 2? c) Quem são as pessoas representadas em cada uma? d) Qual das atividades representadas foi realizada primeiro durante a colonização? e) Qual delas ainda é praticada e que tipo de mão de obra ela emprega? 4 Imagine que você vai falar dessas obras de arte a um amigo. Para isso, escreva um pequeno texto utilizando as informações da questão anterior. 1 2    A   c   e   r   v   o    P   r   o    j   e    t   o    P   o   r    t    i   n   a   r    i  .    R   e   p   r   o    d   u   ç    ã   o   a   u    t   o   r    i   z   a    d   a   p   o   r    J   o    ã   o    C    â   n    d    i    d   o    P   o   r    t    i   n   a   r    i    /    P   r   o    j   e    t   o    P   o   r    t    i   n   a   r    i    P   a    l    á   c    i   o    G   u   s    t   a   v   o    C   a   p   a   n   e   m   a  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    R   e   p   r   o    d   u   ç    ã   o   a   u    t   o   r    i   z   a    d   a   p   o   r    J   o    ã   o    C    â   n    d    i    d   o    P   o   r    t    i   n   a   r    i    /    P   r   o    j   e    t   o    P   o   r    t    i   n   a   r    i http://www.mas.ufba.br/#/acervo No site   do Museu de Arte Sacra da Bahia, é possível ver como artistas e artesãos que nasceram no Brasil e outros que vieram de Portugal recriaram a tradição católica na América. Acesso em: 3 fev. 2014. Candido Portinari. 1938. (1) extração de pau-brasil; (2) colheita de cana. (1) indígenas; (2) africanos escravizados. Extração de pau-brasil.  A colheita de cana-de-açúcar, que é feita por trabalhadores livres temporários. Resposta pessoal.
  • 40. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 40/192 unidade 2 Por mais de trezentos anos, as pessoas escravizadas realizaram quase todo o trabalho no Brasil. Privadas de liberdade, estavam sujeitas a castigos físicos e proibidas de manifestar seus costumes e suas crenças. Resistiram e lutaram muito, até conquistarem a liberdade. Observe a imagem.    Quem são as pessoas que apare- cem na cena?    No Brasil colonial, quem eram os es- cravizados? Quais trabalhos faziam?  Havia trabalhadores livres na Co- lônia? O que faziam?  Por que será que os portugueses optaram pela mão de obra escra- va em vez de trabalhadores livres?  Na época colonial, havia pessoas livres e escravi- zadas. Converse com os colegas. Na sua opinião: a) por que a escravidão era permitida? b) o que dava direito a uns de priva- rem outros da liberdade? O trabalho escravo na Colônia Atividade oral. Sugestão no Manual do Professor. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.    D   u   o    D    i   n    â   m    i   c   o    /    I    D    /    B    R Ilustração representando as ruas de uma cidade brasileira no século XIX. Pessoas escravizadas e pessoas livres (padre e outros homens e mulheres).
  • 41. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 41/192 41
  • 42. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 42/192 1 capítulo 42 A escravidão    M   u   s   e   u    A   r   q   u   e   o    l    ó   g    i   c   o    N   a   c    i   o   n   a    l  ,    A    t   e   n   a   s  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    L   e   e   m   a   g   e    /    D    i   o   m   e    d    i   a Lápide grega de mármore do século IV a.C. representando uma senhora e seus escravos.   1 Observe a foto e responda no caderno. a) O que está representado na lápide? b) De quando é a lápide? c) Como as pessoas se tornavam escravas na Grécia dessa época?   2 Procure no dicionário o significado da palavra escravo e anote no caderno.   3 Converse com os colegas e com o professor sobre a questão a seguir.  Na sua opinião, a situação do escravo na Grécia Antiga era a mesma que a do escravizado no Brasil colonial? Por quê? De cerca de 2 400 anos atrás. Uma senhora de escravos e seus cativos. Os escravos gregos eram pessoas que não conseguiam pagar suas dívidas ou prisioneiros de guerra. Pessoa privada de sua liberdade e submetida à vontade absoluta de outra pessoa. Resposta pessoal. Será que a escravidão sempre exis- tiu? A escravidão era praticada por diver- sos povos de épocas bem antigas. Os primeiros registros dessa prática têm milhares de anos. Na Grécia Antiga, por exemplo, há cerca de 2 500 anos, eram escravizados os prisioneiros de guerra e as pessoas que não conseguiam pagar suas dívidas. Eles faziam parte de um grupo social que não tinha alguns direitos básicos, como a liberdade. A escravidão grega e de outros po- vos da Antiguidade era diferente da pra- ticada pelos europeus nas colônias ame- ricanas. Nessas regiões, prevaleceu o comércio de escravizados. Milhões de africanos foram trazidos para a América entre os séculos XVI e XIX. Sugestão no Manual do Professor.
  • 43. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 43/192 43 Gravura de Debret de cerca de 1834, mostrando a captura de índios. A escravização de indígenas foi proibida em 1755, mas continuou a ser praticada ilegalmente. Gravura de autoria desconhecida, do século XIX, representando a captura de escravizados na África. Quem eram as pessoas escravizadas? Desde o início da colonização, praticamente todo o trabalho no Brasil era realizado por indígenas e africanos escravizados. O sistema de escambo entre portugueses e indígenas não durou muito tempo. Os portugueses passaram a escravizar os nativos, pois queriam que eles trabalhassem mais e mais. Por volta de 1568, comerciantes portugueses ini- ciaram o tráfico negreiro para o Brasil. Para eles, era um comércio altamente lucrativo. Homens, mulheres e crianças eram aprisionados na África e vendidos no Brasil, principalmente aos senhores de engenho. Mesmo com o tráfico de africanos, a escravidão indígena continuou. Esse foi um dos fatores que levaram à redu- ção das populações indígenas. Tráfico negreiro: comércio e transporte forçado de africanos para a América, que se iniciou na época da colonização, no século XVI, e perdurou até o século XIX.   1 Escreva duas perguntas para cada gravura, explorando as ima- gens. Depois, troque seu caderno com o de um colega. Responda às perguntas dele e vice-versa. 2 Agora, compare as duas imagens. Elas têm semelhanças? Quais?   3 Converse com os colegas e com o professor sobre estas questões. De- pois, anote no caderno suas conclusões. a) A escravidão africana substituiu a escravidão indígena? Por quê? b) Na sua opinião, por que os portugueses usaram escravizados africanos se já tinham escravizados indígenas? 2 1    M   u   s   e   u   s    C   a   s    t   r   o    M   a    i   a    /    D    i   v  .    I   c   o   n   o   g   r   a    f    i   a  ,    R    i   o    d   e    J   a   n   e    i   r   o  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R    B   e    t    t   m   a   n   n    /    C   o   r    b    i   s    /    L   a    t    i   n   s    t   o   c    k Resposta pessoal. Observe as duas imagens com os alunos, chamando a atenção deles para detalhes, para ele- 2 O modo como indígenas e africanos eram aprisionados e conduzidos para serem escravizados. Não, pois a escravidão indígena continuou a ser praticada. Resposta pessoal. Os alunos devem perceber que o tráfico negreiro era um rico comércio, com larga margem de lucro para os mercadores portugueses. mentos que ajudam a descrever a cena, a extrair o tema, etc. Sugestão no Manual do Professor. Oriente os alunos para que tenham em mente as perguntas elaboradas e as respostas dadas.
  • 44. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 44/192 44 Registros O tráfico negreiro Sugestão no Manual do Professor. Eram principalmente os mercadores portugueses que faziam o tráfico de homens e mulheres escravizados da África para o Brasil. Esse comércio era bastante lucrativo. Muitas vezes, os africanos trazidos ao Brasil eram aprisionados durante as guerras entre reinos inimigos na própria África. Eles eram mantidos em feitorias nos portos do litoral até serem embarcados nos navios negreiros, como eram conhecidas as embarcações usadas para transportar africanos escravizados. Navio negreiro O interior de alguns navios negreiros foi representado em esquemas. São registros que mostram as condições em que os africanos escravizados eram transportados.    Observe na imagem o número de africanos, quantos viajavam sentados e quantos viajavam deitados e responda no caderno. a) Eles podiam se locomover dentro do navio? b) Todos podiam deitar e dormir ao mesmo tempo?  Com base no esquema e em suas respostas ao item anterior, como você descreveria as condições de viagem dos africanos no navio negreiro? Esquema de 1823 representando o interior de um navio negreiro.    E   m   :    C   a   r    l   o   s    E   u   g    ê   n    i   o    M   a   r   c   o   n    d   e   s    d   e    M   o   u   r   a  .    A    t   r   a   v   e   s   s    i   a    d   a    C   a    l   u   n   g   a    G   r   a   n    d   e  .    S    ã   o    P   a   u    l   o   :    E    d  .    d   a    U   n    i   v   e   r   s    i    d   a    d   e    d   e    S    ã   o    P   a   u    l   o  ,    2    0    0    0  .    F   a   c   -   s    í   m    i    l   e   :    I    D    /    B    R Sugestão no Manual do Professor. Resposta pessoal. Não. Não.
  • 45. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 45/192 45  A travessia do Atlântico Partindo da África, o navio levava de três a seis semanas para chegar ao Brasil. Muitos africanos morriam na viagem, devido às condições a que eram submetidos. Porões escuros e mal-ventilados, pou- ca comida e de má qualidade, espaço muito pequeno para tanta gente. Nessas condi- ções era comum os africanos terem desidratação e escorbuto. No Brasil, os africanos eram desembarcados nos portos de Recife, Rio de Janeiro e Salvador. 1 Observe a imagem e responda no caderno. a) Quem são as pessoas e o lugar representados na imagem? b) O espaço do lugar é suficiente para todos? Há janelas? c) Por que uma das pessoas está segurando um lampião? d) Há duas pessoas carregando uma outra. Por quê? e) Uma pessoa está recebendo água. O que isso evitava? 2 Agora escreva no caderno outra legenda para a gravura de Rugendas, usando as respostas da questão anterior. Gravura representando o porão de um navio negreiro, de Rugendas, feita em cerca de 1835. Escorbuto: doença causada pela falta de vitamina C, que pode provocar sangramentos.    C   o    l   e   ç    ã   o   p   a   r    t    i   c   u    l   a   r  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R Sugestão no Manual do Professor. Aproveite a oportunidade para comentar sobre as doenças mencionadas, integrando conhecimentos de Ciências. Muitos africanos escravizados e alguns tripulantes no porão de um navio negreiro. Não, pois há muitas pessoas. Não há janelas, apenas uma abertura. Porque os porões dos navios negreiros eram escuros. São tripulantes carregando um homem desfalecido, talvez morto, para fora do porão. Evitava a desidratação. Resposta pessoal.
  • 46. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 46/192 46  Mercado de escravizados No Brasil, os africanos eram expostos e colocados à venda nos mercados de escravos. Após a chegada, os comerciantes portugueses passavam óleo de palmeira no corpo das pessoas escravizadas, para deixar a pele brilhante, com aspecto saudável, melhorando sua aparência. O preço de venda variava de acordo com o sexo, a idade, as condições físi- cas e a origem. Os compradores preferiam homens jovens e saudáveis. Para dificultar a resistência à escravidão, os compradores evitavam adquirir muitos homens e mulheres de uma mesma aldeia. Eles tinham receio de que organizassem revoltas e fugas.   3 Observe a foto, leia a legenda e responda às questões. a) Por que não há janelas no prédio? b) Podemos obter informações históricas dessa construção? De que época? 4 Em sua opinião, por que os compradores preferiam africanos do sexo masculino, jovens e saudáveis?    C   a   r   o    l    i   n   a    F   a   r    i   a   s    /    F   o    l    h   a   p   r   e   s   s O atual Museu do Negro, em São Luís, no Maranhão, era, no século XVIII, um mercado de escravos. O prédio não tem janelas, apenas aberturas estreitas para circulação do ar (veja o detalhe). Foto de 2012.    Z    é    L   u    i   z    C   a   v   a    l   c   a   n    t    i    /    A   c   e   r   v   o    d   o    f   o    t    ó   g   r   a    f   o Para que as pessoas escravizadas não fugissem. Sim, sobre o comércio de escravos no século XVIII. Resposta pessoal.
  • 47. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 47/192 47  Numa terra estranha Os homens e as mulheres que foram trazidos à força da África pertenciam a muitos povos, com diversos modos de viver e trabalhar. Muitos africanos eram ferreiros habilidosos. Eles faziam com grande cuida- do ferramentas, utensílios domésticos, enfeites, armas e outros objetos. Antes de serem capturados na África, muitos também eram comerciantes ou artesãos, fabricando tecidos e objetos de cerâmica.   5 Leia o texto e responda às questões no caderno. E a cada etapa da travessia [...] da África para o Brasil, era mais provável a pessoa se ver sozinha diante do desconhecido, tendo de aprender quase tudo de novo. No entanto, nada disso era capaz de apagar o que ela havia sido até então. Mesmo se capturada quando criança, ela traria dentro de si todo o conhecimento e a sensibilidade que sua família e vizinhos haviam até então lhe transmitido pela educação e pelo exemplo da vida cotidiana. Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano  . São Paulo: Ática, 2006. p. 85. a) Por que, segundo o texto, os africanos tinham de aprender quase tudo de novo? b) Imagine um africano que em sua terra era ferreiro ou fazia tecidos ou objetos de cerâmica. No Brasil, ele vai trabalhar como escravo em um engenho. Em dupla com um colega, escreva uma história sobre essa pessoa. Rei africano fabricando armas e ferramentas de ferro diante de sua corte. Pintura do italiano Antonio Cavazzi, que visitou a África no século XVII.    U   n    i   v   e   r   s    i    d   a    d   e    d   e    V    i   r   g    i   n    i   a  ,    E    U    A  .    F   o    t   o   g   r   a    f    i   a   :    I    D    /    B    R Pode ser interessante retomar com os alunos o conteúdo estudado no terceiro ano (Unidade 3, capítulo 3, Brasil africano  ). Porque vinham para uma terra diferente da sua, onde as pessoas falavam outras línguas e tinham outros costumes. Além disso, eram obrigados a fazer trabalhos diferentes dos que haviam aprendido na África. Resposta pessoal. Essa atividade procura trabalhar a criatividade da criança e desenvolver a competência escritora.
  • 48. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 48/192  Agora já sei 48 a) Os pescadores formularam a hipótese de que o achado se tratava de um navio negreiro, pois encontraram uma ossada humana pre- sa a correntes. Você concorda com a opinião deles? Converse com os colegas e com o professor e, depois, anote suas conclusões no caderno. b) De acordo com o que você estudou e se as pesquisas históricas confirma- rem que se trata de um navio negreiro, além das praias do Ceará, quais eram outros locais no litoral brasileiro onde esse tipo de embarcação pode- ria ser visto com frequência?   2 Os escravizados traziam para o Brasil muitos conhecimentos e habilidades desenvolvidos pelos povos africanos. Qual era a principal técnica de fabri- cação de objetos dominada pelos africanos? 3 Leia o texto e converse com os colegas sobre as questões propostas. 1 Em dezembro de 2013, pescadores do litoral cearense encontraram res- tos de uma embarcação, que revela informações importantes sobre o passado da região. Leia o texto e a seguir faça o que se pede. Resposta pessoal. Era a metalurgia. Sugestão no Manual do Professor. Resposta pessoal. Deixe os alunos se expressarem livremente; é possível que haja opiniões opostas. O importante é que percebam que os pescado- Resposta pessoal. [...] Enquanto mirava para localizar peixes, Pedro José e outros dois pescadores encontraram pedaços da história do Ceará, a partir de restos de uma antiga embarcação e, possivelmente, de ossada humana presa a correntes. A Capitania dos Portos do Ceará tomou conhecimento do material e levará uma equipe de mergulhadores ao local. Pelo que avistaram no mergulho, os pescadores acreditam ter encontrado restos de uma em- barcação que levava escravos. Os famosos navios negreiros. Pescadores acham restos de possível navio negreiro. Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com. br/cadernos/regional/pescadores-acham-restos-de-possivel-navio-negreiro-1.137356>. Acesso em: 29 abr. 2014. Nos últimos tempos [2003], uma praga atingiu as fazendas de cacau onde Uexlei Pereira trabalhava [...]. Aliciado por um “gato”, saiu de sua cidade, Ibirapitanga, com a oferta de um bom salário, alimentação e condições dignas de alojamento. No sul do Pará, Uexlei percebeu que havia sido enganado. Quando foi resgatado, recebia havia dois meses só a comida [...]. A sua história não é diferente da dos demais trabalhadores que fogem do desemprego para cair na rede da escravidão. Como uma pessoa livre se torna escrava. Disponível em: <http://www.reporterbrasil.org.br/ conteudo.php?id=5>. Acesso em: 2 maio 2014. a) O que aconteceu com Uexlei? Isso é permitido por lei? b) Por que ainda hoje se tem notícia de trabalho escravo no Brasil? c) Por que os direitos de muitas pessoas não são respeitados? Foi enganado e submetido a trabalho análogo à escravidão. Não, é proibido. Portos de Recife, Rio de Janeiro e Salvador. res fizeram a dedução com base no conhecimento de que muitos escravizados eram transportados acorrentados.
  • 49. 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 49/192 49 Mercado de escravizados de Recife no desenho de Augustus Earle, por volta de 1820.   4 Observe a imagem, leia a legenda e responda às questões no caderno. a) O que a imagem representa? b) Em que lugar estão as pessoas? c) Descreva o que as pessoas escravizadas estão fazendo. d) O que os homens brancos estão fazendo? e) Como os homens e as mulheres escravizados parecem sentir-se? 5 Converse com os colegas e com o professor e, depois, anote suas conclusões. a) Como deviam se sentir as pessoas quando eram capturadas e embarcadas nos navios negreiros? b) O que você pensa sobre a dominação de um povo sobre outro?    E   m   :    C   a   r    l   o   s    E   u   g    ê   n    i   o    M   a   r   c   o   n    d   e   s    d   e    M   o   u   r   a  .    A    t   r   a   v   e   s   s    i   a    d   a    C   a    l   u   n   g   a    G   r   a   n    d   e  .    S    ã   o    P   a   u    l   o   :    E    d  .    d   a    U   n    i   v   e   r   s    i    d   a    d   e    d   e    S    ã   o    P   a   u    l   o  ,    2    0    0    0  .   p  .    4    2    5  .    F   a   c   -   s    í   m    i    l   e   :    I    D    /    B    R Um mercado de escravos em Recife. Numa rua, ao ar livre.  Algumas estão em pé, outras sentadas; algumas conversam. Há soldados, que parecem vigiar os africanos. Resposta pessoal. Sugestão no Manual do Professor. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Há um homem a cavalo e outro em pé, talvez para comprar ou vender as pessoas escravizadas.