Três Papais Noéis de Ribeirão Preto contam histórias emocionantes de como realizam os sonhos de crianças durante o Natal. Um deles surpreende uma criança levando o presente que ela pediu até em sua casa. Outro se emociona com pedidos de saúde e um menino que agora quer um peixinho depois de receber um cachorro no ano passado.
1. 8 A CIDADE DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
Especial NATAL
PAPAI NOEL
EMOÇÃO
ALEGRIA
SOLIDARIEDADE
MISSÃO
Especial
Histórias
de
Papai
Noel
Acaba o Natal. O Papai
Noel parte com suas re-
nas para o Polo Norte – ou
algum bairro de Ribeirão
Preto –, guarda a roupa ver-
melha no armário e espera
o próximo dezembro.
Nos 11 meses até lá, vai
relembrando as histórias
que escreveu.
Guarda uma a uma.
Na sacola vermelha que
as crianças pensam levar
presentes, os Papais Noéis
de Ribeirão guardam um
tantão de lembranças que
pequenos e grandinhos fa-
zem o coração gravar.
Para ser Papai Noel é pre-
cisomaisquebarbabrancae
cara de bom velhinho.
É a vez do menino! Abra-
ça o Noel, enche a mãozi-
nha do que couber em bala
e faz o pedido: um emprego
para o pai.
Enquanto usa a roupa
vermelha, o velhinho que
realiza sonhos mantem-se
firme na função. A resposta
ao que vem é sempre sorri-
so e a promessa:
- Vamos tentar!
Nos bastidores, esses
Noéis perdem o sono pelo
desejo que pode não se re-
alizar. Se desdobram para,
de alguma forma, levar algo
de bom a quem acredita e,
quando a emoção é maior
do que o trenó pode carre-
gar, eles choram.
Choram por aquela e a
outra criança que pediu o
simples, que compartilhou
o presente, que deu senti-
do ao Natal.
Como é que Papai No-
el não se esquece de nin-
guém? Eles, que dão vida
à imaginação das crianças
e dos mais velhos também,
se angustiam porque sa-
bem que o velhinho se es-
quece, sim, de muita gente.
Mas também se encan-
tam com tanto carinho que
recebem e não cabe em to-
da Polo Norte. Se alegram
quando a mãe pisca o olho
e sinaliza que a boneca
tão querida vem. Se orgu-
lham de ser parte da vida
da criançada.
Por tudo isso, podem até
aposentar os trabalhos de ja-
neiro a novembro, mas não
abrem mão da barba, dos
óculos, da roupa vermelha,
da poltrona onde os pedidos
mais especiais são feitos, da
doçura que é regra.
“Não é profissão, não é
bico de final de ano. É uma
alegria, sabe? Tem coisas
que eu não consigo nem
explicar”, é a fala de um No-
el. Um entre os sete que
A Cidade ouviu para con-
tar as histórias que emo-
cionam de Ribeirão ao Po-
lo Norte.
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descer por essa chaminé?
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2. 9A CIDADEDOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
Vicente tira e põe a rou-
pa de Papai Noel até seis
vezes em uma só manhã.
Começa a maratona no dia
1º de dezembro e só termi-
na quando o novo ano es-
tá a chegar. É assim há mais
de uma década. E não deve
deixar de ser.
“Ver o rostinho delas é
gratificante. Por isso vale a
pena. Por isso, a gente nun-
ca mais parou.”
“A gente” é a equipe de
cirurgia pediátrica do Hos-
pital das Clínicas de Ribei-
rão Preto. Vicente avisa que
ele é “só” o Papai Noel. En-
trega os presentes que toda
a equipe começa a arreca-
dar em outubro.
Para a criançada é bem
mais que “só”.
O barulho do sininho
ecoa pelos corredores e
elas estão atentas.
- Que barulho é esse?
É o Noel quem conta.
E é ele quem chega com o
presente que, mesmo sem
cartinha, é quase sempre o
que os pequenos querem
ganhar. “A gente procura
entregar bons presentes.
Eles abrem e já falam: ‘Foi
isso mesmo que eu pedi’”.
O momento da entrega
não é acaso. O Papai Noel
surge pelo corredor quan-
do a criança está prestes a
passar pela cirurgia. “Elas
estão com medo, em um
ambiente estranho, sem
comer desde o dia anterior,
chorosas. Quando o Papai
Noel chega, abrem um sor-
riso”, é o Vicente Noel quem
diz.
Quando dezembro che-
ga, ele leva a roupa verme-
lha para o centro cirúrgico
e troca de papel entre uma
cirurgia e outra. O branco
de enfermeiro vira o ver-
melho de Noel e é preciso
ser rápido. “Tem cirurgias
que não são agendadas,
outras que ocorrem em ho-
rários diferentes”, não há
preguiça.
A ideia surgiu ao aca-
so. Começaram arrecadan-
do os brinquedos, mas não
tinha Noel para a entrega.
Vicente já tinha a roupa,
que usava no Natal dos fi-
lhos. Decidiu tentar e a ale-
gria foi tanta que não teve
como parar. Se tem cirur-
gia, tem Noel. “Nós entre-
gamos para todas as crian-
ças que passam pelo centro
cirúrgico”
E são muitas. Por ali
passam pequenos de to-
do tipo, com os problemas
mais singulares. Alguns fi-
cam anos em atendimen-
to e viram parte do dia a
dia. Outros chegam e lo-
go vão embora – para a ale-
gria geral.
Vai ver, por isso, Vicente
não consegue eleger a his-
tória mais marcante, o pe-
dido que mais emocionou.
Dezembro todo é de emo-
ção, que ele leva na saco-
la até o próximo Natal. Ca-
da criança traz uma alegria
única, ele diz. E não é difícil
de acreditar.
Brincadeira
vira missão
na cirurgia
do HC
“A carinhas delas não tem preço.
É maravilhoso! E, se Deus quiser,
nunca vou parar!”
Vicente
enfermeiro
LEIA MAIS NAS PÁGINAS 10 A 13
FOTOS WEBER SIAN / A CIDADE
RECOMPENSA
Todo nês de
dezembro é
assim, Vicente
se divide entre
as funões de
enfermeiro e
Papai Noel para
oos pacientes
da cirurgia
pediátrica do HC
3. 10 A CIDADE DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
Especial PRESENTE
DINOSSAURO
MENINO
PEDIDO
CARTA
ENDEREÇO
O menino, 7 anos, pediu
um dinossauro e o Noel per-
cebeu que o pacote não iria
chegar. Vai ver a distância
entre o Polo Norte e Ribeirão
estava longe demais naquele
ano.Vaiveramãe,moradora
de uma favela da cidade, não
pudesse comprar.
O pedido tocou fundo o
coração do bom velhinho,
que passa as tardes de de-
zembro no Novo Shopping
de Ribeirão. Chamou a mãe
de lado, pediu o endereço e
no dia 24 de dezembro apa-
receu por lá, de roupa ver-
melha e pacote na mão.
“Ele ficou apavorado
quando me viu. Não acre-
ditava que eu estava lá com
o presente que ele pediu.”
Entre todas as histórias
que esse Papai Noel guar-
dou no saco de presentes
em nove anos de trabalho,
essa é uma das que mais
marcou. Divide o topo com
as crianças que trocam o
convencional pedido de
brinquedo por saúde, ar-
rancando lágrimas do ve-
lhinho que deve estar sem-
pre sorrindo.
“Criança pedindo saú-
de? Eu fico emocionado. Se
ela está pedindo saúde é
porque precisa mesmo!”
Para ele, que tem 69
anos, ser Noel é “a coisa
mais linda do mundo”. Ale-
gria que nunca quer deixar
de ter – e dar. “Lidar com
criança é muito gratifican-
te! É especial!”
Ele faz
sonho
virar
realidade
MILENA AUREA / A CIDADE
NOVO SHOPPING
Comovido, Papai Noel
surpreende criança
ao chegar na casa dela
com seu pedido de
Natal: um dinossauro
Já nas
principais
bancas
livrarias!e
“Leitura obrigatória
e conteúdo aprofundado
que realmente faz
a diferença na rotina.”
Laércio Cosentino • CEO da TOTVS
4. 11A CIDADEDOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
O menino – aprenden-
do a falar – pediu um ca-
chorro ao Papai Noel. Nes-
te ano, já tagarela, levou o
bichinho para conhecer o
bom velhinho e fez o no-
vo pedido. Quer agora um
peixinho e, como o pelu-
do veio, este Natal não vai
falhar.
O Noel se emociona ao
contar. É a história que ocu-
pa metade do coração, por-
que faz Noel se sentir parte
da vida do menino. E parte
dos sonhos de um tantão de
crianças que sequer conhe-
ce. “A criança é uma vida. É
aquele ser que você vê cres-
cer. O Papai Noel faz parte
da vida dela, daquela famí-
lia, mesmo que diretamen-
te não faça.”
A Clarinha ocupa a ou-
tra metade. Noel conta que
a pequena visita sua pol-
trona, no Shopping Igua-
temi, desde bebê. Se sen-
te em casa. Senta ao lado
do velhinho e bate altos
papos. Acompanha a con-
versa das outras crianças,
abraça, dá beijo.
“Eu não consigo tirar
o encanto que a criança
tem. Eu deixo a criança
mais encantada”, Noel diz
e logo mostra que bons ve-
lhinhos não mentem.
Distribui carinho em
altas doses às crianças e
adultos que passam por
ali. Mesmo a mais tímida
sai soltando o riso.
A menina ainda está
longe e o Noel já começa
a balançar o sininho. “Fi-
ca olhando! Ela já vem pa-
ra cá!”, acerta na mosca. A
pequena se joga no abraço
do barbudo.
Barba real, é bom frisar.
Que ele cuida com condi-
cionador e reparador de
pontas o ano todo. Quem
disse que Papai Noel não é
vaidoso?
Ele é Noel o
ano inteiro
Alegria por
compartilhar
sonhos infantis
Noel é Noel há tan-
to tempo que o nome de
registro perdeu lugar. No
bairro, em casa, nas comu-
nidades, na poltrona onde
recebe a criançada é Noel o
ano todo.
Andava de bicicleta pe-
lo bairro onde mora, com
a barba farta, dando vez à
brincadeira. “Ó o Noel!” As-
sim, quando começou de
fato a realizar sonhos de
Natal, já tinha o apelido.
Além de distribuir beijos
e balas para a criançada que
passa pelo Ribeirão Shop-
ping nesse dezembro, Noel
passa pelos bairros da peri-
feria e comunidades de Ri-
beirão Preto recolhendo as
cartinhas e os pedidos e fa-
brica os presentes com doa-
ções e correria aqui e ali pa-
ra conseguir a peça que falta.
Ainda encontra tempo pa-
ra dar uma passadinha nas
instituições filantrópicas, ti-
rando sorriso até de quem
pensava não ter mais moti-
vos para esticar os lábios. “Pa-
ra o paciente de um hospital,
Papai Noel não é bola, bone-
ca, presente. É carinho, abra-
ço, beijo. Parte meu coração.
Nãotempreço”.
A história que é com-
bustível para a fábrica de
sonhos continuar funcio-
nando há mais de 10 anos
veio de uma pequena, em
uma das passagens do No-
el por um bairro. A menina
queria tirar foto com o ve-
lhinho barbudo e a mãe re-
primiu:
- A mamãe não tem di-
nheiro para tirar foto!
Noel explicou que pa-
ra ganhar beijo, bala e fazer
selfie não precisava de di-
nheiro e abraçou a menina.
“E seu presente de Natal?”,
perguntou, sem esperar a
resposta que viria.
- Eu queria ganhar mui-
ta comida e uma cesta de
doces.
Naquele ano não faltou
ceia para a menina e seus
muitos irmãos. E a peque-
na deu sentido ao trabalho
– tão especial – que o Noel
faz. “Com a roupa verme-
lha, eu choro por dentro.
Em casa, eu choro de ver-
dade. Quero levar um pou-
co de alegria para as crian-
ças que precisam.”
LEIA MAIS NAS PÁGINAS 12 E A13
MATHEUS URENHA / A CIDADE
SHOPPING IGUATEMI
Papai Noel se emociona
e tem prazer em
compartilhar do
sonho dos pequenos
que frequentam o
centro de compras
MATHEUS URENHA / A CIDADE
RIBEIRÃO SHOPPING
Bom velhinho é conhecido
como Noel por todos os
lugares que passa e nem
precisa ser dezembro para
charmar a atenção das
crianças
5. 12 A CIDADE DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
Mesmo de bermuda, ca-
miseta e sandália fazendo
compras no supermercado
Noel é Noel. “A barba, o ca-
belo branco, o óculos e a
barriga de 130 quilos con-
tinuam. As pessoas me pa-
ram e pedem fotos” conta,
todo orgulhoso. “Ser Papai
Noel é viver o Papai Noel no
dia-a-dia. E é muito bom!”
É quando veste a rou-
pa vermelha, porém, que se
sente, de fato, um morador
do Polo Norte que fabrica
sonhos. “Para o Papai Noel
não tem choro ou mau hu-
mor. Todo mundo é igual.”
Faz três anos que trans-
formou a brincadeira dos
amigos em realidade. De-
pois da aposentadoria co-
mo vigilante, deu vida ao
Noel da criançada que pas-
sa pelo Shopping Santa Úr-
sula. Tempo suficiente para
colecionar histórias e rosti-
nhos que – garante – nunca
vai esquecer.
“Tem crianças de oito
anos que parecem ter 15 de
tão espertas!”, conta seu en-
cantamento, que também
foi surpresa quando o me-
nino pediu o brinquedo e
depois enfatizou:
- Mas o senhor também
leva um sapato para a mi-
nha mãe?
“Choca. Se ele pediu o
sapato é porque percebeu
que a mãe estava precisan-
do”, o Noel diz.
Conta a história da meni-
na que pediu um Notebook
e a mãe foi logo dizendo que
não havia chances. “Eu sen-
ti aquela criança muito sozi-
nha, desamparada. Eu que-
ria encontrar um notebook
para ela, mas como? Ela não
tinha internet em casa. Não
teria como usar...”
E fala da moça que sen-
tou na poltrona e desabafou
sobre a volta para a casa dos
pais depois de 10 anos fora.
E dos homens que nunca
haviam tirado uma foto com
o velhinho de barba branca.
“São coisas que ficam den-
tro da gente...”
O Noel aprendeu, com
todas essas histórias, a am-
pliar o arsenal de perguntas.
Vai sempre além do “Vo-
cê foi bonzinho?” e “O que
quer ganhar?”. Aconselha,
chama os pais para parti-
cipar, não tem pressa. “As
emoções nos fortalecem.”
E, por tudo isso, não pre-
tende aposentar a barba, o
cabelo, os óculos, a barriga,
a doçura e a roupa vermelha
de todo dezembro.
Papai Noel para
gente de todos
os tamanhos
Especial
Negociação faz parte da função
PapaiNoeltemumpou-
co de pedagogo. Os que es-
tão há bastante tempo nas
poltronas já aprenderam
as técnicas para trocar o
presente que poderia não
vir por aquele que virá. Se
comunicam com os pais
por olhares, piscadinhas,
sorrisos e já sabem quan-
do o tênis que ascende a
luz é viável para o bolso
da fábrica. Quando não é,
contam a história do led
que está em falta, do tênis
que sem piscar é mais le-
gal, da crise que também
afetou o bolso do Noel.
“Eu prometo o presen-
te que o pai pode dar”, diz
um Noel. A boneca que pa-
rece de verdade é uma das
pedidas desse Natal. Po-
de custar mais até R$ 3
mil. “Eu chamo os pais e,
se percebo que não é viá-
vel, conto para a criança
que a pele da boneca é co-
mo de gente e está muito
difícil de encontrar. Sugi-
ro outro presente e vamos
buscando a solução”, o No-
el explica.
MILENA AUREA / A CIDADE
SANTA ÚRSULA
Noel coleciona histórias de gente
pequena e gente grande
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6. 13A CIDADE
O Noel da Casinha da
Praça XV tem oito anos de
carreira no “oh, oh, oh”, mas
sente como se fosse ontem
o dezembro em que come-
çou.
Ainda se emociona
quando fala dos pedidos
que surgiram e que ele nun-
ca soube se foram realiza-
dos. Ali, no primeiro Natal
como Papai Noel do Calça-
dão de Ribeirão Preto, ele
encontrou a única forma de
tentar realizar sonhos que
não se encontra em loja.
“Eu peço ao Papai do
Céu. Coloco as crianças nas
minhas orações”, diz, já se-
gurando o choro.
Colocou nas orações
o pedido da menina que
queria o pai de volta em ca-
sa, sem entender o divórcio
recente. Também esteve lá
a criança que pediu para o
pai deixar a prisão e a ou-
tra que queria o mesmo pa-
ra a mãe.
O adolescente que já ti-
nha seus 17, 18 anos e caiu
no choro pedindo que seu
desejo fosse realizado es-
teve nas orações por dias
a fio. Depois de brigas com
o pai, ele queria voltar pa-
ra casa. “Isso tudo choca a
gente”, o Noel diz.
E conta o que mais an-
gustia. “Como é que eu vou
pedir para uma criança
obedecer ao pai e à mãe se
esses pais podem ser pio-
res que a criança? Não dá!”,
já sem conseguir segurar o
choro. “Pensei até em pa-
rar, por essas coisas”, Noel
também é desabafo.
Volta a sorrir, porém,
quando relembra a mulher
que entrou na casinha, se
ajoelhou e agradeceu pe-
la casa própria conquista-
da. Ninguém tirava da ca-
beça dela que o sonho de
uma vida toda foi presente
de Papai Noel. “Não espe-
rava aquilo. Foi uma emo-
ção muito grande!”
E, então, conclui porque
nunca parou – e não pre-
tende parar. “É a esponta-
neidade, a alegria, a entre-
ga das crianças e dos adul-
tos. É o que faz continuar.”
Emoção no
pedido para
que o pai
saia da prisão
A CIDADOMINGO E SEGUNDA-FEIRA,18 E 19 DE DEZEMBRO DE 2016
MATHEUSURENHA/ACIDADE
CENTRO
Papai Noel se
emciona com
pedidos singelos e
de corações puros
/ACidadeON
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sonhos de Natal também em
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