O documento propõe um Plano Estratégico para o município de Cascais com seis medidas prioritárias: 1) um novo modelo de ordenamento do território centrado no turismo e proteção do património; 2) mudar a forma de governar com mais transparência e participação pública; 3) melhorar espaços públicos, segurança e mobilidade; 4) defender o ambiente e eficiência energética; 5) melhorar a economia promovendo formação e novos empregos; 6) melhorar a sociedade fomentando autonomia familiar e voluntari
Plano Estratégico para Cascais - por Isabel Magalhães
1. Por um Plano Estratégico para Cascais
por Isabel Magalhães
Vivemos uma época em que o descrédito das instituições partidárias, as enormes
dificuldades económicas, a ausência de valores e referências e a consequente
desagregação social impõem reformas a todos os níveis.
Temos de começar pelo que nos está próximo: pela nossa atitude, pela nossa família,
pelos nossos vizinhos, pela nossa Terra.
Temos de reencontrar a nossa identidade pessoal e colectiva!
Nesse sentido o SerCascais – Movimento Independente propõe para Cascais um
Plano Estratégico que tenha em consideração a sua coesão económica, social e
cultural, assente nas seguintes medidas prioritárias:
1. Criar um novo modelo de Ordenamento do Território, tendo por base a
centenária vocação do Concelho – Turismo - que contenha a expansão urbana,
apresente propostas de requalificação do interior do Concelho e de
salvaguarda e recuperação do património cultural, natural e ambiental e
estabelecer novos instrumentos (normas, competências, etc.) de gestão urbana
que permitam a rectificação e humanização do actual desenho urbano e integre
um Plano de Salvaguarda e desenvolvimento das áreas passíveis de
integração em estrutura ecológica, interesse arqueológico, histórico ou cultural.
2. Mudar a Forma de Governar, definindo claramente os objectivos,
implementando estruturas e recorrendo a mecanismos (mais delegação de
poderes nas Freguesias, referendos e efectiva participação pública) de
aproximação dos eleitores aos eleitos e de transparência, fazendo uma gestão
“doméstica” e honesta que permita uma contenção das despesas supérfluas e
duplicadas, fazendo da Autarquia, não um entrave ao investimento mas a
impulsionadora do investimento, protectora dos mais desfavorecidos e
fomentadora da criação de empregos no Concelho.
2. 3. Melhorar os Espaços Públicos a Segurança e a Mobilidade, dotando o
Concelho de parques públicos que permitam locais de lazer e encontros inter-
geracionais, humanizar o espaço, melhorando o seu aspecto, limpeza,
acessibilidade e atractibilidade, intervindo a nível da segurança dos bairros,
criando uma nova cultura de mobilidade, alargando a rede pedonal ciclável e a
intermodalidade, dotando o Concelho d transportes públicos que sirvam as
efectivas necessidades e aproximem o litoral do interior.
4. Defender o Ambiente e a Eficiência Energética, criando mecanismos de
prevenção na produção de resíduos e diminuição da pegada hídrica,
monitorizar a qualidade do ar e das águas, impedir construções clandestinas,
depósitos de lixo e entulho, apostar nas energias renováveis e na poupança
energética, criação de um Plano Municipal Integrado para a festão da água.
5. Melhorar a Economia, promovendo acções de formação na área das Pescas,
Comércio, Agricultura e pequena indústria, incrementando as actividades
económicas ligadas à reparação de activos de toda a natureza (domésticos,
comunitários, de transportes, etc.), incentivar o aproveitamento dos termos
para a agricultura, promover e apoiar o empreendedorismo e a criação de
emprego, incentivar a implementação, no interior do Concelho, de Projectos
Âncora (por ex: cidade do cinema, parques temáticos, etc.), atrair empresas
ligadas às novas tecnologias e e incentivar a criação de empregos on-line,
impulsionar o Turismo de excelência, nas áreas do lazer, negócios, saúde e
natureza.
6. Melhor Sociedade, fomentando em cada bairro a autonomia do quotidiano de
cada família, promover as relações inter-geracionais, promover o voluntariado
e a responsabilidade social, incentivar a cooperação entre todas as instituições
(sociais, desportivas e culturais), criando uma rede que potencie a utilização
dos recursos já existentes, a elevação do nível técnico, a eficiência Social e a
diversificação das actividades, criar um Plano de Emergência para resolução
dos problemas sociais na área da habitação e da fome.
Porque só assim vale a pena SerCascais!
Isabel Magalhães