SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
O INEFÁVEL SENTIDO DA VIDA  Do Livro: Cartografias Conceituais Autor: Cláudio F. Costa
Contra a filosofia têm sido invectivado que ela É UMA CIÊNCIA COM A QUAL E SEM A QUAL O MUNDO PERMANECE TAL E QUAL. ou que É UM MÉTODO PARA MULTIPLICAR PROBLEMAS A PARTIR DE SUAS SOLUÇÕES OU SEJA QUE ELA É INÚTIL
CONTRA ESSE MODO DE PENSAR O FILÓSOFO KARL POPPER RESPONDEU QUE A MELHOR DEFESA DA FILOSOFIA RESULTA DO FATO DE QUE NINGUÉM PODE DEIXAR DE TER ALGU- MA FILOSOFIA, OU SEJA, UMA CONCEPÇÃO DE COMO AS COISAS SÃO, DEVEM OU DEVERIAM SER
Em outras palavras: TODOS NÓS TEMOS UMA FILOSOFIA, QUE GERALMENTE  HERDAMOS DE NOSSA EDUCAÇÃO, DE NOSSA FAMÍLIA, DO MEIO EM QUE NASCEMOS, DA CULTURA À QUAL PERTENCEMOS... E SENDO ASSIM A CHANCE DE RECAIRMOS EM  PRÉ-CONCEITOS , EM AVALIAÇÕES DISTORCIDAS e TENDENCIOSAS... que acabamos por aplicar em julgamentos e ações, É MUITO MAIOR. Por isso, pensa Popper, é importante apelarmos à filosofia acadêmica...
É importante ver o que os muitos filósofos pensaram no curso de séculos e séculos de discussão. Isso nos liberta, ao menos, de conclusões precipitadas, pré-conceituosas, por vezes quase obviamente falsas, que aceitamos de forma não-crítica só porque elas são mantidas pelo particular meio socio-cultural em que vivemos.
Assim também é com o problema do sentido da vida. Quando nos perguntamos sobre o assunto, as mais disparatadas respostas surgem em nossas mentes. Eis um apanhado de opiniões leigas sobre o assunto que encontrei na internet:
1) O sentido da vida é uma prancha de surf. 2) O sentido da vida é estar junto a Maria. 3) O sentido da vida é a reprodução da espécie. 4) O sentido da vida é o poder. 5) O sentido da vida é a paz interior. 6) O sentido da vida é o amor 7) O sentido da vida é a satisfação dos desejos  (Nero). As primeiras duas confundem o sentido da vida com alguma coisa casual que só vale para a pessoa que a defende, o sentido do seu  viver  atual. A terceiro parece valer mais para touros e cavalos de raça. As outras duas enfatizam valores que podem dar algum sentido à vida, mas que não são tudo. A última precisaria ser melhor qualificada.
Enfocando agora as respostas filosóficas, quero começar com uma resposta tradicional, radicada na busca judaico- cristã de um  sentido cósmico  para a vida: 1) O sentido da vida está para além dela mesma; ele está na preparação para a vida após a vida; para a vida do além-mundo, a vida eterna. A crítica que tem sido feita a essa visão é que ela pressupõe a dogmática religiosa, e que não deixa muito espaço para as escolhas individuais no curso da existência... Como reação a essa opinião tradicional, filósofos existencialistas franceses, principalmente ateus como Sartre e Camus, concluíram que 2) a vida não tem sentido.
Quero expor resumidamente o raciocínio de Camus em seu livro “O Homem Revoltado”: Para Camus a vida é destituída de sentido. Logo, ela é absurda. Seu argumento: Quando tomamos consciência de sua absurdidade, devemos reagir através da revolta. Ao nos revoltarmos, vivendo a vida integralmente, nós devolvemos à vida o seu valor e majestade...
Acho o raciocínio acima bastante falho... Se descobrimos a vida absurda, por que razão devemos nos revoltar? Talvez fosse igualmente racional cairmos  no estupor e não fazermos coisa alguma! Ou então continuarmos nossos afazeres cotidianos e esquecermos da questão... E por que, se a vida é absurda, a revolta deve devolver a vida alguma coisa, por exemplo,  valor e majestade?  Se do nada nada resulta, se é absurda, nada do que façamos fará com que deixe de sê-lo. O que não parece fazer muito sentido aqui é o próprio raciocínio de Camus.
Uma outra maneira de entender o raciocínio de Camus é interpretá-lo como mera imagem poética, expressão do sentimento de revolta de quem perdeu ilusões quanto a um sentido cósmico da vida... Mas nesse caso prefiro as palavras de um poeta como Shakespeare, que enfatiza mais corajosamente o estado de espírito em questão. Quando o seu personagem Macbeth se vê prestes a ser morto pelos seus inimigos, ele reflete sobre a fragilidade e irrelevância da vida humana, definindo-a assim:
Amanhã, depois de amanhã, depois de amanhã...  Rasteja em seu vacilante passo, dia a após dia, no tolo caminho para o pó da morte. Apaga, apaga, vela breve. A vida é uma sombra ondulante. Um pobre ator, que grita e se agita em seu momento sobre o palco, e então não mais é ouvido. É uma mentira, cheia de som e fúria, significando nada. (Shakespeare)
Essa demonstração da consciência de que a vida humana é trágica, posto que vamos morrer, não constitui, porém, uma resposta para a questão do sentido da vida, mas uma reflexão sobre a condição humana.
Quero passar agora a minha própria proposta. Não pretendo buscar um sentido cósmico para a vida, como se fez em certas tradições religiosas. Nem quero, na dúvida quanto a esse sentido, concluir, como Camus, que a vida é absurda e que leva à revolta. Parece-me mais viável uma abordagem neutra, que possa conduzir a resultados mais seguros que os até agora apresentados.
Quero abordar a questão seguindo um método desenvolvido por um filósofo chamado Wittgenstein (1889-1951), que pode ser chamado de filosofia da linguagem ordinária.
Ele achava que os núcleos de significação das palavras se encontram em seus usos ordinários, enraizados na práxis da vida humana em  sociedade, e que uma expressão não tem sentido se não for efetivamente usada por nós. Por isso ele achava que é pela observação dos modos como usamos as palavras que deveríamos começar. Através disso podemos trazer as palavras de suas férias metafísicas outra vez para o seu labor cotidiano.
Em sua opinião filósofos muito facilmente esquecem disso e constroem castelos de cartas com as palavras. Um exemplo disso poderia ser o próprio Camus de “O homem revoltado”. Ele troca os pés pelas mãos confundindo os usos das palavras na construção de um disparatado argumento metafísico... Por não prestar suficiente atenção aos “gramática conceitual” dessas palavras.
Seguindo o método de Wittgenstein, Começamos por observar que as pessoas realmente  falam  de um sentido da vida. Considere essas frases usuais: “ A vida dele foi um desperdício de energias do qual nada resultou – algo sem sentido” “ A sua vida era muito vazia, e só passou a fazer sentido depois que ela foi cuidar dos índios nas fronteiras do amazonas. “ Com a perda de todos os que faziam parte do seu mundo, a sua vida também perdeu qualquer sentido.”
Estou usando o método de Wittgenstein: ver como as pessoas usam a palavra. E o que vemos é o seguinte: Sempre que dizemos que a vida de alguém foi plena de sentido, de valor, de propósito, estamos dizendo que a sua vida trouxe felicidade ou bem para o mundo, ou seja, não só para ela mesma, mas também para as outras pessoas.
Considere alguns exemplos: Ghandi teve uma vida altamente significativa Martin Luther-King também. A vida de Mozart foi plena de significado. Madre Tereza teve uma vida plena de sentido ou valor. A imperatriz Sissi foi um modelo de pessoa superficial e egoísta. Não pode ter tido uma vida muito significativa. Tom Castro teve uma vida indigna.
OBJEÇÃO: Uma objeção poderia ser a de que felicidade  e  significação  de uma vida não coincidem sempre, não podendo ser identificadas: podemos encontrar casos de (i) vidas felizes, mas sem significado, e de (ii) vidas infelizes, mas plenas de significado. Ex. (i): Porfírio Rubirosa Exs. (ii): Van Gogh Beethoven Charles Sanders Peirce
A resposta está na própria definição: Se tivéssemos definido o sentido de uma vida pela quantidade de bem que ela trás para  si mesma , a objeção seria correta.  Mas como a definimos pela quantidade de bem que a pessoa trás  para todos , as objeções falham. Pois Rubirosa trouxe felicidade para si mesmo, mas deve ter trazido pouca felicidade para os outros – donde a sua vida não é um exemplo de valor, significado, propósito. Mas Van Gogh, apesar de ter sido pessoalmente infeliz, trouxe um enorme bem para os apreciadores de sua arte até os dias de hoje. (Algo semelhante podemos dizer de Beethoven e de Peirce.)
Quero passar agora a uma análise da noção de  felicidade , que pode ser caracterizada em termos de satisfação duradoura de nossas necessidades físicas, emocionais e intelectuais, não acompanhada de insatisfações. Essa análise é importante por sua relação com a significação da vida. É importante notar, como veremos, que a satisfação de nossas necessidades pode se dar  em níveis de compartilhamento interpessoal cada vez maiores...
O primeiro nível é o Do prazer totalmente Autocentrado, que não precisa vir aliado à produção de Prazer ou bem em outras pessoas: Nível I: Quando uma pessoa satisfaz necessidades puramente pessoais, Ex: o apostador de corridas de cavalo, o colecionador de selos. O prazer daí decorrente é pessoal, mas limitado. Não pode ser identificado com o bem
Mas não vivemos só para nos  beneficiarmos a nós mesmos, e um prazer meramente auto-centrado não chega a ser suficiente para a felicidade. Como escreveu John Donne: “ Nenhum homem é uma ilha, inteiramente em si mesmo. Todo homem é parte de um continente... A morte de qualquer homem me diminui porque estou envolvido pela espécie humana. E por isso nunca perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti!” Com isso passamos ao...
Nível II: O prazer que conduz à felicidade através do prazer ou bem de pessoas mais próximas. Exemplos: - O casal de pessoas que se ajudam um ao outro, - Uma mãe que soube educar os seus filhos...  Esses prazeres não são mais auto-centrados, eles são resultados de uma cooperação recíproca que contém elementos altruístas e o que daí resulta também pode ser chamado (por envolver prazer para outras pessoas) de BEM
Chamo a felicidade (prazer) que envolve outras pessoas além do agente, de FELICIDADE BENEFICIAL Contudo, nossa classificação Dos níveis de abrangência do prazer resultante de ações não para por aqui.  Ele pode envolver não só o agente e pessoas próximas, mas o agente e pessoas mais e mais distantes de si! Chegamos pois ao Nível III:  o prazer que conduz à felicidade (bem) que inclui pessoas mais distantes.
Exemplos: a atividade de Ghandi para a libertação da índia, o esforço de Martin Luther-King, para a igualdade dos negros nos EUA. Exemplos ainda são as obras de artistas como Van Gogh e Beethoven, que beneficiaram e ainda beneficiam a humanidade. Como escreveu o próprio Beethoven: “ Quem compreender a minha música estará livre das correntes nas quais os outros se arrastam.”  Quem viu o filme “Operação Valquíria” poderá dizer: eles perderam suas vidas mas deram a elas um valor, um sentido (a um preço pessoal mais alto do que gostariam de ter pago...).
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Também foi notado que há uma  disposição natural  do ser humano na direção de uma ampliação no escopo de seus interesses, de maneira transcenderem o nível puramente pessoal  Talvez algo pretensiosamente, o poeta Rilke fez dessa disposição uma finalidade pessoal. Como ele escreve no “Livro das Horas”: “ Quero viver minha vida em anéis crescentes,/ que deslizam por sobre as coisas,/ o último talvez jamais venha a alcançar,/ mas alcançá-lo haverei de tentar.”
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Esse discurso de Aristóteles pode até nos parecer ingênuo. Mas é que nos esquecemos ele está falando do momento mais saudável de uma sociedade muito diferente da nossa. O homem grego se identificava com a polis, o estado, em uma interdependência que era essencial à sobrevivência de todos. Daí porque a felicidade poderia em alguns casos ser muito mais beneficial. (Creio que temos dificuldade em ver isso porque desde o Brasil colônia estamos acostumados a ver o governo como um poder estranho, mais interessado em pilhar os seus cidadãos do que em cumprir com as suas obrigações, tendendo a ver idéias como a de apoio altruísta às instituições como ridículas.)
Voltando ao nosso assunto, vimos que o sentido da vida está na felicidade, no bem, que trazemos às outras pessoas e a nós mesmos. Como a forma mais própria de felicidade é a beneficial, e a felicidade beneficial se identifica com o bem, concluímos que o sentido da vida humana também está no bem que ela no somatório do bem que ela  traz, não só a si mesma quanto à sociedade. Temos agora ainda uma última objeção: o que dizer das vidas daquelas pessoas que trouxeram mais mal do que bem ao mundo? O que dizer da vida de pessoas como Hitler, Stalin e Ivan o Terrível?
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
B) Outra resposta seria a de que devemos desconsiderar o mal que as pessoas fizeram em suas vidas e contar apenas o bem que elas fizeram para si mesmas e para os outros. Nesse caso, a vida de Ivan o Terrível não foi destituída de sentido, afinal ele manteve a Rússia unida e impediu a anarquia, que era o que o povo mais temia. Stalin modernizou a Rússia. Quanto a Hitler, alemães saudosistas ainda dizem que o homem não era tão mal assim, afinal na época todos tinham emprego”. Nessa interpretação a vida sempre tem algum sentido, por mais perversa que seja.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
2) Outro problema é que o sentido de uma vida parece depender do sucesso e não só do que intencionamos e tentamos fazer. Imagine que após a morte de Van Gogh, seu irmão Theo tivesse resolvido destruir os quadros. Afinal, nenhum deles tinha sido vendido e não valia a pena guardá-los... Se isso tivesse acontecido Van Gogh não teria trazido o bem ao mundo que trouxe. Como ele também não conseguiu trazer bem para si mesmo, a vida de Van Gogh teria sido sem sentido. Mas é paradoxal que a vida de Van Gogh só tenha tido sentido pelo fato  contingente  de seu irmão ter decidido guardar os seus quadros... Deixo esse problema aqui em aberto para vocês pensarem se é necessária uma melhor resposta...
3)  Uma terceira consideração é que quando falo de sentido da vida não tenho um sentido definido em mente, um sentido qualitativo .  Não há nenhuma ação pré-estabelecida que dá um sentido específico à vida. Nesse sentido creio que a vida não tenha mesmo sentido, e que o reconhecimento disso preserva a liberdade de escolha. O conceito de sentido da vida que analisei e que de fato encontramos na linguagem ordinária não é qualitativo,mas meramente quantitativo. Trata-se da  significatividade (meaningfulness ) da vida, da  medida quantitativa do seu valor, do seu propósito.  (a questão tradicional fica assim levemente alterada)
RESUMINDO: COMECEI ME COLOCANDO A QUESTÃO DO SENTIDO DA VIDA. NA FALTA DO ENCONTRO DE UM SENTIDO QUALITATIVO  OU  TRANSCENDENTE  DA VIDA, FILÓSOFOS COMO CAMUS CONCLUIRAM QUE A VIDA NÃO TEM SENTIDO, QUE É  ABSURDA . POR OPOSIÇÃO, SUGERI QUE A VIDA TEM PELO MENOS UM SENTIDO  QUANTITATIVO , QUE ESTÁ  NA FELICIDADE OU BEM QUE A PESSOA TRAZ PARA SI E PARA OS OUTROS. ESSA A RAZÃO PELA QUAL DIZEMOS QUE  A VIDA DE BEETHOVEM FOI PLENA DE SIGNIFICAÇÃO E QUE A DE HITLER NÃO TEVE SENTIDO.
SUGERI QUE A FELICIDADE DEPENDE MUITO DE AÇÕES BENEFICIAIS, E QUE A FELICIDADE BENEFICIAL PARECE IDENTIFICAR-SE COM O BEM . VIMOS TAMBÉM QUE A FORMA MAIS COMPLETA DE FELICIDADE É A BENEFICIAL PELAS PRÓPRIAS CONTINGÊNCIAS DA  NATUREZA HUMANA , QUE É INTRINSECAMENTE SOCIAL.
Belas apresentações (slides) em PowerPoint, mensagens motivadoras, lindas imagens e textos para criar um ambiente de alegria e bem-estar. Receba duas mensagens semanais, uma na segunda-feira e outra na sexta. Basta enviar um e-mail para:  [email_address]   não precisa escrever nada no e-mail, nem no campo assunto é só enviar o e-mail e daí a pouco você recebe uma mensagem de confirmação, a qual deve novamente somente clicar em responder sem escrever nada no e-mail, clique em Enviar e já estará inscrito(a) para receber as mensagens.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Comte Aponville A feliciade desesperadamente
Comte Aponville A feliciade desesperadamenteComte Aponville A feliciade desesperadamente
Comte Aponville A feliciade desesperadamenteMarta Caregnato
 
Resenha critica do fedro (caio grimberg)
Resenha critica do fedro (caio grimberg)Resenha critica do fedro (caio grimberg)
Resenha critica do fedro (caio grimberg)Caio Grimberg
 
Ensino de literatura
Ensino de literaturaEnsino de literatura
Ensino de literaturaElis Silva
 
Lima lições sobre sartre
Lima lições sobre sartreLima lições sobre sartre
Lima lições sobre sartreMyllena Azevedo
 
Claude levi strauss - mito e significado
Claude levi strauss - mito e significadoClaude levi strauss - mito e significado
Claude levi strauss - mito e significadoHeliana Fornitani
 
Tengu geijutsu ron _O ZEN na arte de conduzir a espada
Tengu geijutsu ron _O  ZEN na arte de conduzir a espadaTengu geijutsu ron _O  ZEN na arte de conduzir a espada
Tengu geijutsu ron _O ZEN na arte de conduzir a espadaFelipe Albuquerque
 
Caminhosdaredencao
CaminhosdaredencaoCaminhosdaredencao
CaminhosdaredencaoJNR
 
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...Ellen Oliveira
 
Jean-Paul Sartre e o Existencialismo
Jean-Paul Sartre e o ExistencialismoJean-Paul Sartre e o Existencialismo
Jean-Paul Sartre e o Existencialismoex-isto
 

Mais procurados (18)

Corpo e totalitarismo 18 (1)
Corpo e totalitarismo 18 (1)Corpo e totalitarismo 18 (1)
Corpo e totalitarismo 18 (1)
 
Comte Aponville A feliciade desesperadamente
Comte Aponville A feliciade desesperadamenteComte Aponville A feliciade desesperadamente
Comte Aponville A feliciade desesperadamente
 
Resenha critica do fedro (caio grimberg)
Resenha critica do fedro (caio grimberg)Resenha critica do fedro (caio grimberg)
Resenha critica do fedro (caio grimberg)
 
Pos modernidade
Pos modernidadePos modernidade
Pos modernidade
 
Ensino de literatura
Ensino de literaturaEnsino de literatura
Ensino de literatura
 
267
267267
267
 
Lima lições sobre sartre
Lima lições sobre sartreLima lições sobre sartre
Lima lições sobre sartre
 
Alquimia em thomas mann
Alquimia em thomas mannAlquimia em thomas mann
Alquimia em thomas mann
 
Claude levi strauss - mito e significado
Claude levi strauss - mito e significadoClaude levi strauss - mito e significado
Claude levi strauss - mito e significado
 
Tengu geijutsu ron _O ZEN na arte de conduzir a espada
Tengu geijutsu ron _O  ZEN na arte de conduzir a espadaTengu geijutsu ron _O  ZEN na arte de conduzir a espada
Tengu geijutsu ron _O ZEN na arte de conduzir a espada
 
Rhe
RheRhe
Rhe
 
Caminhosdaredencao
CaminhosdaredencaoCaminhosdaredencao
Caminhosdaredencao
 
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
 
Nietzsche e o_tragico_texto_de_apoio
Nietzsche e o_tragico_texto_de_apoioNietzsche e o_tragico_texto_de_apoio
Nietzsche e o_tragico_texto_de_apoio
 
Jean paul sartre
Jean paul sartreJean paul sartre
Jean paul sartre
 
Ensaio
EnsaioEnsaio
Ensaio
 
Jean-Paul Sartre e o Existencialismo
Jean-Paul Sartre e o ExistencialismoJean-Paul Sartre e o Existencialismo
Jean-Paul Sartre e o Existencialismo
 
A influência de schopenhauercn 03 01
A influência de schopenhauercn 03 01A influência de schopenhauercn 03 01
A influência de schopenhauercn 03 01
 

Destaque (20)

3 sesion
3 sesion3 sesion
3 sesion
 
Previdência estadual: o Fundoprev como solução? - Thiago Andreis
Previdência estadual: o Fundoprev como solução? - Thiago AndreisPrevidência estadual: o Fundoprev como solução? - Thiago Andreis
Previdência estadual: o Fundoprev como solução? - Thiago Andreis
 
Luminancias
LuminanciasLuminancias
Luminancias
 
Hq 2
Hq  2Hq  2
Hq 2
 
Carne de vitela
Carne de vitela   Carne de vitela
Carne de vitela
 
Diagnósticos e Projetos de Desenvolvimento
Diagnósticos e Projetos de DesenvolvimentoDiagnósticos e Projetos de Desenvolvimento
Diagnósticos e Projetos de Desenvolvimento
 
Superacion personal
Superacion personalSuperacion personal
Superacion personal
 
Conflito no Cérebro
Conflito no CérebroConflito no Cérebro
Conflito no Cérebro
 
Promo1
Promo1Promo1
Promo1
 
Agua y-cerveza-diapositivas
Agua y-cerveza-diapositivasAgua y-cerveza-diapositivas
Agua y-cerveza-diapositivas
 
Cartilha erecs parte 02
Cartilha erecs parte 02Cartilha erecs parte 02
Cartilha erecs parte 02
 
EDUCACION Y SOCIEDAD DE CONOCIMIENTO
EDUCACION Y SOCIEDAD DE CONOCIMIENTOEDUCACION Y SOCIEDAD DE CONOCIMIENTO
EDUCACION Y SOCIEDAD DE CONOCIMIENTO
 
Clipping 03102011
Clipping 03102011Clipping 03102011
Clipping 03102011
 
Cuchillería i cook
Cuchillería i cookCuchillería i cook
Cuchillería i cook
 
Clipping do Varejo 19092011
Clipping do Varejo 19092011Clipping do Varejo 19092011
Clipping do Varejo 19092011
 
11 03 galatas. fe en cristo
11 03 galatas. fe en cristo11 03 galatas. fe en cristo
11 03 galatas. fe en cristo
 
Carlos cazares vargas. mejoras a la capacitación del inee.
Carlos cazares vargas. mejoras a la capacitación del inee.Carlos cazares vargas. mejoras a la capacitación del inee.
Carlos cazares vargas. mejoras a la capacitación del inee.
 
Seminario Analítica Web (Twitter) 21/09/11
Seminario Analítica Web (Twitter) 21/09/11Seminario Analítica Web (Twitter) 21/09/11
Seminario Analítica Web (Twitter) 21/09/11
 
Atividades planejadas pelos professores
Atividades planejadas pelos professoresAtividades planejadas pelos professores
Atividades planejadas pelos professores
 
Programa de Gobierno
Programa de GobiernoPrograma de Gobierno
Programa de Gobierno
 

Semelhante a O InefáVel Sentido Da Vida

david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdf
david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdfdavid-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdf
david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdfRobertaPaixo4
 
Apresentação abatalha
Apresentação abatalhaApresentação abatalha
Apresentação abatalhagregorioborges
 
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfa ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfRaissaSilva113769
 
O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault
 O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault
O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucaultAndréia Brito de Souza
 
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdf
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdfJiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdf
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdfHubertoRohden2
 
Osho - Vá Com Calma.pdf
Osho - Vá Com Calma.pdfOsho - Vá Com Calma.pdf
Osho - Vá Com Calma.pdfHubertoRohden2
 
Filosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifFilosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifJean Bartoli
 
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher AurettaPoderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher AurettaJoaquim Melro
 
Ensaio sobre a filosofia de tchilar
Ensaio sobre a filosofia de tchilarEnsaio sobre a filosofia de tchilar
Ensaio sobre a filosofia de tchilarFiloTchila
 

Semelhante a O InefáVel Sentido Da Vida (20)

david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdf
david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdfdavid-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdf
david-lapoujade-as-existc3aancias-minimas.pdf
 
Apostila 1 filosofia cpia
Apostila 1 filosofia   cpiaApostila 1 filosofia   cpia
Apostila 1 filosofia cpia
 
Apresentação abatalha
Apresentação abatalhaApresentação abatalha
Apresentação abatalha
 
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdfa ressonacia etica da negação em sartre.pdf
a ressonacia etica da negação em sartre.pdf
 
O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault
 O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault
O HOMEM ESTÁ MORTO? - ENTREVISTA COM Michael foucault
 
Filosofias helenisticas
Filosofias helenisticasFilosofias helenisticas
Filosofias helenisticas
 
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdf
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdfJiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdf
Jiddu Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade.pdf
 
Filosofia e realidade2.pptx
Filosofia e realidade2.pptxFilosofia e realidade2.pptx
Filosofia e realidade2.pptx
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
Osho - Vá Com Calma.pdf
Osho - Vá Com Calma.pdfOsho - Vá Com Calma.pdf
Osho - Vá Com Calma.pdf
 
Ensaio Paula
Ensaio PaulaEnsaio Paula
Ensaio Paula
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
Escola renascer
Escola  renascerEscola  renascer
Escola renascer
 
Filosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modifFilosofia trabalhoformkt2007modif
Filosofia trabalhoformkt2007modif
 
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher AurettaPoderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
Poderes e limites da ciência - Ciclo de conferências Christopher Auretta
 
Imagina8
Imagina8Imagina8
Imagina8
 
Ensaio sobre a filosofia de tchilar
Ensaio sobre a filosofia de tchilarEnsaio sobre a filosofia de tchilar
Ensaio sobre a filosofia de tchilar
 

Mais de JNR

Ainda tomaremos um cafe juntos
Ainda tomaremos um cafe juntosAinda tomaremos um cafe juntos
Ainda tomaremos um cafe juntosJNR
 
O voo
O vooO voo
O vooJNR
 
Compromisso
CompromissoCompromisso
CompromissoJNR
 
7 encontro propaganda, promoção e rp
7 encontro propaganda, promoção e rp7 encontro propaganda, promoção e rp
7 encontro propaganda, promoção e rpJNR
 
O voo
O vooO voo
O vooJNR
 
Tormentas
TormentasTormentas
TormentasJNR
 
Sapatos sujos
Sapatos sujosSapatos sujos
Sapatos sujosJNR
 
O misterio das coisas
O misterio das coisasO misterio das coisas
O misterio das coisasJNR
 
é Loucura
é Loucuraé Loucura
é LoucuraJNR
 
Amizade jb
Amizade jbAmizade jb
Amizade jbJNR
 
Caminhos e escolhas
Caminhos e escolhasCaminhos e escolhas
Caminhos e escolhasJNR
 
Ciclos em nossas vidas
Ciclos em nossas vidasCiclos em nossas vidas
Ciclos em nossas vidasJNR
 
A felicidade e uma viagem e nao um destino
A felicidade e uma viagem e nao um destinoA felicidade e uma viagem e nao um destino
A felicidade e uma viagem e nao um destinoJNR
 
O amor e o tempo
O amor e o tempoO amor e o tempo
O amor e o tempoJNR
 
Avos
AvosAvos
AvosJNR
 
Relacionamentos
RelacionamentosRelacionamentos
RelacionamentosJNR
 
A coragem e a vontade
A coragem e a vontadeA coragem e a vontade
A coragem e a vontadeJNR
 
O amor e o tempo
O amor e o tempoO amor e o tempo
O amor e o tempoJNR
 
Caminhos e escolhas
Caminhos e escolhasCaminhos e escolhas
Caminhos e escolhasJNR
 
Muitas vidas muitos mestres
Muitas vidas muitos mestresMuitas vidas muitos mestres
Muitas vidas muitos mestresJNR
 

Mais de JNR (20)

Ainda tomaremos um cafe juntos
Ainda tomaremos um cafe juntosAinda tomaremos um cafe juntos
Ainda tomaremos um cafe juntos
 
O voo
O vooO voo
O voo
 
Compromisso
CompromissoCompromisso
Compromisso
 
7 encontro propaganda, promoção e rp
7 encontro propaganda, promoção e rp7 encontro propaganda, promoção e rp
7 encontro propaganda, promoção e rp
 
O voo
O vooO voo
O voo
 
Tormentas
TormentasTormentas
Tormentas
 
Sapatos sujos
Sapatos sujosSapatos sujos
Sapatos sujos
 
O misterio das coisas
O misterio das coisasO misterio das coisas
O misterio das coisas
 
é Loucura
é Loucuraé Loucura
é Loucura
 
Amizade jb
Amizade jbAmizade jb
Amizade jb
 
Caminhos e escolhas
Caminhos e escolhasCaminhos e escolhas
Caminhos e escolhas
 
Ciclos em nossas vidas
Ciclos em nossas vidasCiclos em nossas vidas
Ciclos em nossas vidas
 
A felicidade e uma viagem e nao um destino
A felicidade e uma viagem e nao um destinoA felicidade e uma viagem e nao um destino
A felicidade e uma viagem e nao um destino
 
O amor e o tempo
O amor e o tempoO amor e o tempo
O amor e o tempo
 
Avos
AvosAvos
Avos
 
Relacionamentos
RelacionamentosRelacionamentos
Relacionamentos
 
A coragem e a vontade
A coragem e a vontadeA coragem e a vontade
A coragem e a vontade
 
O amor e o tempo
O amor e o tempoO amor e o tempo
O amor e o tempo
 
Caminhos e escolhas
Caminhos e escolhasCaminhos e escolhas
Caminhos e escolhas
 
Muitas vidas muitos mestres
Muitas vidas muitos mestresMuitas vidas muitos mestres
Muitas vidas muitos mestres
 

Último

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 

Último (20)

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 

O InefáVel Sentido Da Vida

  • 1. O INEFÁVEL SENTIDO DA VIDA Do Livro: Cartografias Conceituais Autor: Cláudio F. Costa
  • 2. Contra a filosofia têm sido invectivado que ela É UMA CIÊNCIA COM A QUAL E SEM A QUAL O MUNDO PERMANECE TAL E QUAL. ou que É UM MÉTODO PARA MULTIPLICAR PROBLEMAS A PARTIR DE SUAS SOLUÇÕES OU SEJA QUE ELA É INÚTIL
  • 3. CONTRA ESSE MODO DE PENSAR O FILÓSOFO KARL POPPER RESPONDEU QUE A MELHOR DEFESA DA FILOSOFIA RESULTA DO FATO DE QUE NINGUÉM PODE DEIXAR DE TER ALGU- MA FILOSOFIA, OU SEJA, UMA CONCEPÇÃO DE COMO AS COISAS SÃO, DEVEM OU DEVERIAM SER
  • 4. Em outras palavras: TODOS NÓS TEMOS UMA FILOSOFIA, QUE GERALMENTE HERDAMOS DE NOSSA EDUCAÇÃO, DE NOSSA FAMÍLIA, DO MEIO EM QUE NASCEMOS, DA CULTURA À QUAL PERTENCEMOS... E SENDO ASSIM A CHANCE DE RECAIRMOS EM PRÉ-CONCEITOS , EM AVALIAÇÕES DISTORCIDAS e TENDENCIOSAS... que acabamos por aplicar em julgamentos e ações, É MUITO MAIOR. Por isso, pensa Popper, é importante apelarmos à filosofia acadêmica...
  • 5. É importante ver o que os muitos filósofos pensaram no curso de séculos e séculos de discussão. Isso nos liberta, ao menos, de conclusões precipitadas, pré-conceituosas, por vezes quase obviamente falsas, que aceitamos de forma não-crítica só porque elas são mantidas pelo particular meio socio-cultural em que vivemos.
  • 6. Assim também é com o problema do sentido da vida. Quando nos perguntamos sobre o assunto, as mais disparatadas respostas surgem em nossas mentes. Eis um apanhado de opiniões leigas sobre o assunto que encontrei na internet:
  • 7. 1) O sentido da vida é uma prancha de surf. 2) O sentido da vida é estar junto a Maria. 3) O sentido da vida é a reprodução da espécie. 4) O sentido da vida é o poder. 5) O sentido da vida é a paz interior. 6) O sentido da vida é o amor 7) O sentido da vida é a satisfação dos desejos (Nero). As primeiras duas confundem o sentido da vida com alguma coisa casual que só vale para a pessoa que a defende, o sentido do seu viver atual. A terceiro parece valer mais para touros e cavalos de raça. As outras duas enfatizam valores que podem dar algum sentido à vida, mas que não são tudo. A última precisaria ser melhor qualificada.
  • 8. Enfocando agora as respostas filosóficas, quero começar com uma resposta tradicional, radicada na busca judaico- cristã de um sentido cósmico para a vida: 1) O sentido da vida está para além dela mesma; ele está na preparação para a vida após a vida; para a vida do além-mundo, a vida eterna. A crítica que tem sido feita a essa visão é que ela pressupõe a dogmática religiosa, e que não deixa muito espaço para as escolhas individuais no curso da existência... Como reação a essa opinião tradicional, filósofos existencialistas franceses, principalmente ateus como Sartre e Camus, concluíram que 2) a vida não tem sentido.
  • 9. Quero expor resumidamente o raciocínio de Camus em seu livro “O Homem Revoltado”: Para Camus a vida é destituída de sentido. Logo, ela é absurda. Seu argumento: Quando tomamos consciência de sua absurdidade, devemos reagir através da revolta. Ao nos revoltarmos, vivendo a vida integralmente, nós devolvemos à vida o seu valor e majestade...
  • 10. Acho o raciocínio acima bastante falho... Se descobrimos a vida absurda, por que razão devemos nos revoltar? Talvez fosse igualmente racional cairmos no estupor e não fazermos coisa alguma! Ou então continuarmos nossos afazeres cotidianos e esquecermos da questão... E por que, se a vida é absurda, a revolta deve devolver a vida alguma coisa, por exemplo, valor e majestade? Se do nada nada resulta, se é absurda, nada do que façamos fará com que deixe de sê-lo. O que não parece fazer muito sentido aqui é o próprio raciocínio de Camus.
  • 11. Uma outra maneira de entender o raciocínio de Camus é interpretá-lo como mera imagem poética, expressão do sentimento de revolta de quem perdeu ilusões quanto a um sentido cósmico da vida... Mas nesse caso prefiro as palavras de um poeta como Shakespeare, que enfatiza mais corajosamente o estado de espírito em questão. Quando o seu personagem Macbeth se vê prestes a ser morto pelos seus inimigos, ele reflete sobre a fragilidade e irrelevância da vida humana, definindo-a assim:
  • 12. Amanhã, depois de amanhã, depois de amanhã... Rasteja em seu vacilante passo, dia a após dia, no tolo caminho para o pó da morte. Apaga, apaga, vela breve. A vida é uma sombra ondulante. Um pobre ator, que grita e se agita em seu momento sobre o palco, e então não mais é ouvido. É uma mentira, cheia de som e fúria, significando nada. (Shakespeare)
  • 13. Essa demonstração da consciência de que a vida humana é trágica, posto que vamos morrer, não constitui, porém, uma resposta para a questão do sentido da vida, mas uma reflexão sobre a condição humana.
  • 14. Quero passar agora a minha própria proposta. Não pretendo buscar um sentido cósmico para a vida, como se fez em certas tradições religiosas. Nem quero, na dúvida quanto a esse sentido, concluir, como Camus, que a vida é absurda e que leva à revolta. Parece-me mais viável uma abordagem neutra, que possa conduzir a resultados mais seguros que os até agora apresentados.
  • 15. Quero abordar a questão seguindo um método desenvolvido por um filósofo chamado Wittgenstein (1889-1951), que pode ser chamado de filosofia da linguagem ordinária.
  • 16. Ele achava que os núcleos de significação das palavras se encontram em seus usos ordinários, enraizados na práxis da vida humana em sociedade, e que uma expressão não tem sentido se não for efetivamente usada por nós. Por isso ele achava que é pela observação dos modos como usamos as palavras que deveríamos começar. Através disso podemos trazer as palavras de suas férias metafísicas outra vez para o seu labor cotidiano.
  • 17. Em sua opinião filósofos muito facilmente esquecem disso e constroem castelos de cartas com as palavras. Um exemplo disso poderia ser o próprio Camus de “O homem revoltado”. Ele troca os pés pelas mãos confundindo os usos das palavras na construção de um disparatado argumento metafísico... Por não prestar suficiente atenção aos “gramática conceitual” dessas palavras.
  • 18. Seguindo o método de Wittgenstein, Começamos por observar que as pessoas realmente falam de um sentido da vida. Considere essas frases usuais: “ A vida dele foi um desperdício de energias do qual nada resultou – algo sem sentido” “ A sua vida era muito vazia, e só passou a fazer sentido depois que ela foi cuidar dos índios nas fronteiras do amazonas. “ Com a perda de todos os que faziam parte do seu mundo, a sua vida também perdeu qualquer sentido.”
  • 19. Estou usando o método de Wittgenstein: ver como as pessoas usam a palavra. E o que vemos é o seguinte: Sempre que dizemos que a vida de alguém foi plena de sentido, de valor, de propósito, estamos dizendo que a sua vida trouxe felicidade ou bem para o mundo, ou seja, não só para ela mesma, mas também para as outras pessoas.
  • 20. Considere alguns exemplos: Ghandi teve uma vida altamente significativa Martin Luther-King também. A vida de Mozart foi plena de significado. Madre Tereza teve uma vida plena de sentido ou valor. A imperatriz Sissi foi um modelo de pessoa superficial e egoísta. Não pode ter tido uma vida muito significativa. Tom Castro teve uma vida indigna.
  • 21. OBJEÇÃO: Uma objeção poderia ser a de que felicidade e significação de uma vida não coincidem sempre, não podendo ser identificadas: podemos encontrar casos de (i) vidas felizes, mas sem significado, e de (ii) vidas infelizes, mas plenas de significado. Ex. (i): Porfírio Rubirosa Exs. (ii): Van Gogh Beethoven Charles Sanders Peirce
  • 22. A resposta está na própria definição: Se tivéssemos definido o sentido de uma vida pela quantidade de bem que ela trás para si mesma , a objeção seria correta. Mas como a definimos pela quantidade de bem que a pessoa trás para todos , as objeções falham. Pois Rubirosa trouxe felicidade para si mesmo, mas deve ter trazido pouca felicidade para os outros – donde a sua vida não é um exemplo de valor, significado, propósito. Mas Van Gogh, apesar de ter sido pessoalmente infeliz, trouxe um enorme bem para os apreciadores de sua arte até os dias de hoje. (Algo semelhante podemos dizer de Beethoven e de Peirce.)
  • 23. Quero passar agora a uma análise da noção de felicidade , que pode ser caracterizada em termos de satisfação duradoura de nossas necessidades físicas, emocionais e intelectuais, não acompanhada de insatisfações. Essa análise é importante por sua relação com a significação da vida. É importante notar, como veremos, que a satisfação de nossas necessidades pode se dar em níveis de compartilhamento interpessoal cada vez maiores...
  • 24. O primeiro nível é o Do prazer totalmente Autocentrado, que não precisa vir aliado à produção de Prazer ou bem em outras pessoas: Nível I: Quando uma pessoa satisfaz necessidades puramente pessoais, Ex: o apostador de corridas de cavalo, o colecionador de selos. O prazer daí decorrente é pessoal, mas limitado. Não pode ser identificado com o bem
  • 25. Mas não vivemos só para nos beneficiarmos a nós mesmos, e um prazer meramente auto-centrado não chega a ser suficiente para a felicidade. Como escreveu John Donne: “ Nenhum homem é uma ilha, inteiramente em si mesmo. Todo homem é parte de um continente... A morte de qualquer homem me diminui porque estou envolvido pela espécie humana. E por isso nunca perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti!” Com isso passamos ao...
  • 26. Nível II: O prazer que conduz à felicidade através do prazer ou bem de pessoas mais próximas. Exemplos: - O casal de pessoas que se ajudam um ao outro, - Uma mãe que soube educar os seus filhos... Esses prazeres não são mais auto-centrados, eles são resultados de uma cooperação recíproca que contém elementos altruístas e o que daí resulta também pode ser chamado (por envolver prazer para outras pessoas) de BEM
  • 27. Chamo a felicidade (prazer) que envolve outras pessoas além do agente, de FELICIDADE BENEFICIAL Contudo, nossa classificação Dos níveis de abrangência do prazer resultante de ações não para por aqui. Ele pode envolver não só o agente e pessoas próximas, mas o agente e pessoas mais e mais distantes de si! Chegamos pois ao Nível III: o prazer que conduz à felicidade (bem) que inclui pessoas mais distantes.
  • 28. Exemplos: a atividade de Ghandi para a libertação da índia, o esforço de Martin Luther-King, para a igualdade dos negros nos EUA. Exemplos ainda são as obras de artistas como Van Gogh e Beethoven, que beneficiaram e ainda beneficiam a humanidade. Como escreveu o próprio Beethoven: “ Quem compreender a minha música estará livre das correntes nas quais os outros se arrastam.” Quem viu o filme “Operação Valquíria” poderá dizer: eles perderam suas vidas mas deram a elas um valor, um sentido (a um preço pessoal mais alto do que gostariam de ter pago...).
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32. Também foi notado que há uma disposição natural do ser humano na direção de uma ampliação no escopo de seus interesses, de maneira transcenderem o nível puramente pessoal Talvez algo pretensiosamente, o poeta Rilke fez dessa disposição uma finalidade pessoal. Como ele escreve no “Livro das Horas”: “ Quero viver minha vida em anéis crescentes,/ que deslizam por sobre as coisas,/ o último talvez jamais venha a alcançar,/ mas alcançá-lo haverei de tentar.”
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. Esse discurso de Aristóteles pode até nos parecer ingênuo. Mas é que nos esquecemos ele está falando do momento mais saudável de uma sociedade muito diferente da nossa. O homem grego se identificava com a polis, o estado, em uma interdependência que era essencial à sobrevivência de todos. Daí porque a felicidade poderia em alguns casos ser muito mais beneficial. (Creio que temos dificuldade em ver isso porque desde o Brasil colônia estamos acostumados a ver o governo como um poder estranho, mais interessado em pilhar os seus cidadãos do que em cumprir com as suas obrigações, tendendo a ver idéias como a de apoio altruísta às instituições como ridículas.)
  • 38. Voltando ao nosso assunto, vimos que o sentido da vida está na felicidade, no bem, que trazemos às outras pessoas e a nós mesmos. Como a forma mais própria de felicidade é a beneficial, e a felicidade beneficial se identifica com o bem, concluímos que o sentido da vida humana também está no bem que ela no somatório do bem que ela traz, não só a si mesma quanto à sociedade. Temos agora ainda uma última objeção: o que dizer das vidas daquelas pessoas que trouxeram mais mal do que bem ao mundo? O que dizer da vida de pessoas como Hitler, Stalin e Ivan o Terrível?
  • 39.
  • 40. B) Outra resposta seria a de que devemos desconsiderar o mal que as pessoas fizeram em suas vidas e contar apenas o bem que elas fizeram para si mesmas e para os outros. Nesse caso, a vida de Ivan o Terrível não foi destituída de sentido, afinal ele manteve a Rússia unida e impediu a anarquia, que era o que o povo mais temia. Stalin modernizou a Rússia. Quanto a Hitler, alemães saudosistas ainda dizem que o homem não era tão mal assim, afinal na época todos tinham emprego”. Nessa interpretação a vida sempre tem algum sentido, por mais perversa que seja.
  • 41.
  • 42. 2) Outro problema é que o sentido de uma vida parece depender do sucesso e não só do que intencionamos e tentamos fazer. Imagine que após a morte de Van Gogh, seu irmão Theo tivesse resolvido destruir os quadros. Afinal, nenhum deles tinha sido vendido e não valia a pena guardá-los... Se isso tivesse acontecido Van Gogh não teria trazido o bem ao mundo que trouxe. Como ele também não conseguiu trazer bem para si mesmo, a vida de Van Gogh teria sido sem sentido. Mas é paradoxal que a vida de Van Gogh só tenha tido sentido pelo fato contingente de seu irmão ter decidido guardar os seus quadros... Deixo esse problema aqui em aberto para vocês pensarem se é necessária uma melhor resposta...
  • 43. 3) Uma terceira consideração é que quando falo de sentido da vida não tenho um sentido definido em mente, um sentido qualitativo . Não há nenhuma ação pré-estabelecida que dá um sentido específico à vida. Nesse sentido creio que a vida não tenha mesmo sentido, e que o reconhecimento disso preserva a liberdade de escolha. O conceito de sentido da vida que analisei e que de fato encontramos na linguagem ordinária não é qualitativo,mas meramente quantitativo. Trata-se da significatividade (meaningfulness ) da vida, da medida quantitativa do seu valor, do seu propósito. (a questão tradicional fica assim levemente alterada)
  • 44. RESUMINDO: COMECEI ME COLOCANDO A QUESTÃO DO SENTIDO DA VIDA. NA FALTA DO ENCONTRO DE UM SENTIDO QUALITATIVO OU TRANSCENDENTE DA VIDA, FILÓSOFOS COMO CAMUS CONCLUIRAM QUE A VIDA NÃO TEM SENTIDO, QUE É ABSURDA . POR OPOSIÇÃO, SUGERI QUE A VIDA TEM PELO MENOS UM SENTIDO QUANTITATIVO , QUE ESTÁ NA FELICIDADE OU BEM QUE A PESSOA TRAZ PARA SI E PARA OS OUTROS. ESSA A RAZÃO PELA QUAL DIZEMOS QUE A VIDA DE BEETHOVEM FOI PLENA DE SIGNIFICAÇÃO E QUE A DE HITLER NÃO TEVE SENTIDO.
  • 45. SUGERI QUE A FELICIDADE DEPENDE MUITO DE AÇÕES BENEFICIAIS, E QUE A FELICIDADE BENEFICIAL PARECE IDENTIFICAR-SE COM O BEM . VIMOS TAMBÉM QUE A FORMA MAIS COMPLETA DE FELICIDADE É A BENEFICIAL PELAS PRÓPRIAS CONTINGÊNCIAS DA NATUREZA HUMANA , QUE É INTRINSECAMENTE SOCIAL.
  • 46. Belas apresentações (slides) em PowerPoint, mensagens motivadoras, lindas imagens e textos para criar um ambiente de alegria e bem-estar. Receba duas mensagens semanais, uma na segunda-feira e outra na sexta. Basta enviar um e-mail para: [email_address] não precisa escrever nada no e-mail, nem no campo assunto é só enviar o e-mail e daí a pouco você recebe uma mensagem de confirmação, a qual deve novamente somente clicar em responder sem escrever nada no e-mail, clique em Enviar e já estará inscrito(a) para receber as mensagens.