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A IGREJA QUE ALVOROÇA O MUNDO
“... Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também
aqui.”
Atos 17:6b
Edson de Almeida F. Oliveira.
Rua Francisco Barreto 50 - Bangu
Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 34652008/ (21) 81440378
e-mail: edsoniq@uol.com.br
Registrado do Escritório de Direitos Autorais sob o Nº 290.730 Livro 526 Folha 390
ÍNDICE
Introdução..........................................................................................4
1. A obediência..................................................................................8
2. O Espírito Santo..........................................................................23
3. Exemplos a serem seguidos.......................................................37
4. Aprendendo com Lúcifer...........................................................43
5. O rio da humilhação...................................................................50
6. As conseqüências da humilhação.............................................59
7. Os resultados da descida do Espírito Santo............................70
8. A unidade.....................................................................................78
9. Anunciar a Jesus..........................................................................89
10. O cuidado com as ovelhas.......................................................96
11. Dividir para crescer................................................................107
12. Evangelismo através de sinais..............................................116
13. A interseção eficaz..................................................................125
14. Missões dirigidas por Deus...................................................132
Palavra Final..................................................................................136
2
CHEGA DE NOSTALGIA!
Nesta breve introdução, queremos ressaltar a
contemporaneidade dos dons do Espírito Santo. O objetivo
deste livro é comprovar que o poder de Deus não diminuiu
com o passar do tempo. Queremos mostrar que Deus não
muda. Ele não quer ser lembrado como o Deus que operou no
passado. Ele quer e deve ser lembrado como o Deus que opera
hoje no meio do seu povo.
3
Sobre estes quatro pilares a fé de todo o cristão deve
estar fundamentada: “Eu, o Senhor, não mudo”.(Ml 3:6a), “Jesus
Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.(Hb 13:8), “Eu velo
sobre a minha palavra para a cumprir”.(Jr 1:12b) e “O céu e a terra
passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.(Mt 24:35).
Devemos nos fundamentar na imutabilidade de Deus e da sua
Palavra para que possamos alvoroçar o mundo.
Temos visto em nossos dias, as pessoas se referirem à
igreja de Atos dos apóstolos com um ar nostálgico e
saudosista, como se Deus não pudesse ou quisesse realizar
hoje, em nossos dias o mesmo que fazia naquela época. Às
vezes, encontramos pessoas dizendo que os sinais e prodígios
feitos naquele tempo se foram quando o último apóstolo
morreu ou que Deus realizou aqueles tão grandiosos sinais
apenas para estabelecer a sua igreja, porque ela estava apenas
começando a sua história. A palavra de Deus nos diz: “Eis que
pus diante de ti uma porta aberta, e ninguém a pode fechar”.(Ap 3:8).
A porta dos sinais, prodígios e maravilhas, continua aberta
para o seu povo e ninguém pode fechar aquilo que Deus tem
aberto para a sua igreja!
Glorifique a Deus pela sua imutabilidade e pelo Seu
anseio de continuar realizando grandes coisas no meio de seu
povo.
Que o Senhor Deus possa estar lhe abençoando na
leitura desse livro e que o Espírito Santo esteja nos tocando
para que nós, você e eu, estejamos alvoroçando o mundo!
Edson de Oliveira.
4
CAPÍTULO 1 – A OBEDIÊNCIA
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, pois,
na cidade de Jerusalém, até que do alto sejai s revestidos de poder.”
Lucas 24:49
Quando Jesus proferiu estas palavras, Ele já tinha
ressuscitado dentre os mortos e tinha ficado quarenta dias com
os discípulos (At 1:3). Estava na eminência de voltar para o Pai,
e estas foram uma de suas últimas palavras.
5
Ordenou que os seus seguidores não se apartassem da
cidade de Jerusalém até que fossem revestidos de poder. A
Bíblia nos fala em I Coríntios 15:6 que Jesus, depois de
ressurreto, foi visto por mais de quinhentas pessoas de uma só
vez, ou seja, mais de quinhentas pessoas ouviram estas
palavras e no dia de Pentecostes o que aconteceu?...
Em Atos 1:15, a Bíblia diz que quase cento e vinte pessoas
estavam reunidas quando houve o derramamento do Espírito
Santo. O que houve com as outras mais de trezentos e oitenta
pessoas? Será que estavam muito ocupadas com as suas
próprias obrigações que se esqueceram da promessa de Jesus?
Será que os seus interesses estavam na frente da ordem do
Senhor? Talvez pensavam que a sua promessa fosse demorar a
se cumprir?
Querido leitor, se os seus interesses estão na frente
daquilo que Deus lhe tem ordenado, reveja as suas
prioridades. Deus deve vir antes de qualquer coisa, inclusive
dos nossos desejos. Se buscarmos sempre a Sua vontade para
as nossas vidas, os nossos desejos vão se alinhar com os
desejos Dele; então, este versículo se cumprirá em nós.
“Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que
deseja o teu coração.”
Salmo 37: 4
Imagine irmão, quão mais impactado o mundo teria
sido, se ao invés de cento e vinte fossem quinhentas pessoas que
tivessem sido batizadas com o Espírito Santo.
Vejamos quantos dias os discípulos perseveraram em
oração. Acompanhe-me: os discípulos foram batizados com o
Espírito Santo no dia de Pentecostes que também era
conhecido como “Festa das Semanas” ou “Dias dos Primeiros
Frutos”. Pentecostes vem do grego pentekostos que
simplesmente significa cinqüenta.
6
Essa festa era celebrada cinqüenta dias após a Páscoa;
ocasião em que o Senhor Jesus morreu e ressuscitou três dias
após. Já dissemos que Jesus ficou com os discípulos quarenta
dias depois de ressuscitado, sobrando apenas sete dias de
perseverança para os discípulos. Isso mesmo! Mais de
trezentas e oitenta pessoas descumpriram a ordem do Senhor
em apenas sete dias!
Isso é impressionante. Será que nós temos sido
diferentes? Quantas vezes perdemos as promessas de Deus de
vista, porque não temos nenhuma perseverança. O escritor da
carta aos Hebreus nos exorta: “Porque necessitais de paciência,
para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais
alcançar a promessa” (Hb 10: 36). O original grego de paciência é
hupomone, que significa constância, perseverança, resistência,
firmeza, e é justamente isso que Deus quer! A perseverança
que Ele não encontrou naquelas trezentos e oitenta pessoas Ele
quer encontrar em nós.
Olhando para o texto acima podemos enxergar dois
passos que antecedem o cumprimento das promessas de Deus:
perseverar e fazer a vontade de Deus. No caso destas pessoas a
promessa feita por Jesus Cristo era o revestimento de poder. A
persistência duraria apenas sete dias e a vontade de Deus era
que eles não se apartassem de Jerusalém.
Agora, imagine você, quanto o mundo será impactado
se nós começarmos a obedecer ao que Jesus nos tem mandado!
Quem realmente ama a Deus
Muitas pessoas afirmam que amam a Deus. Em um
país religioso como o nosso, se você for às ruas e começar a
perguntar, quase que a totalidade das pessoas irão dizer que
amam a Deus e que amam ao Senhor Jesus.
Todavia, a Palavra de Deus não nos diz que qualquer
um ama ou pode amar a Deus. A Bíblia diz que apenas alguns
poucos de fato amam a Deus, porque Ela diz:
7
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o
que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o
amarei, e me manifestarei a ele.”
João 14:21
Esse versículo tão glorioso nos dá uma resposta bem
clara a respeito de quem verdadeiramente ama ao Senhor.
Somente aquele que tem os seus mandamentos e os guarda.
Sinceramente, não entendo como uma pessoa pode se
dizer cristã se nem ao menos tem o hábito de meditar na Bíblia.
Não têm um programa mínimo de leitura da Palavra. É
profundamente constrangedor vermos pessoas com bastante
tempo de Evangelho e que não tem o menor conhecimento
bíblico. Vivem um Evangelho de “achismo”; nunca tem uma
resposta para os seus problemas ou dificuldades baseada na
Palavra.
É por isso que Oséias inspirado por Deus declara: “O
meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento” (Os 4: 6a).
Se não conhecem o Testamento, não conhecem os seus direitos
e não têm como reivindicá-los. Não conhecem a autoridade da
sua posição como filhos de Deus.
Também de igual importância é guardarmos os
mandamentos do Senhor. Leia com bastante atenção o que
Tiago diz:
“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes,
enganando-vos com falsos discursos.”
Tiago 1:22
Note como a vida cristã fica extremamente sem sentido
quando uma pessoa apenas fala, mas não vive o que fala. Se
não praticarmos aquilo que falamos, nossa vida cristã vira
simplesmente hipocrisia! Os fariseus viviam assim: pensavam
que estavam muito bem com Deus, porque apenas ensinavam
8
as pessoas como procederem, mas não praticavam uma única
palavra do que diziam (Mt 23:3).
Meu amado irmão, nossa vida espiritual não pode estar
resumida apenas em discursos bonitos ou regras de condutas
para os outros. Não podemos, como os fariseus, viver uma
vida cristã apenas de aparência. Não é possível continuar
assim. O Espírito Santo tem feito um apelo para que deixemos
a aparência e vivamos a substância do Evangelho.
Deus quer gerar em nossos dias o “Espírito de graças e de
súplicas” (Zc 12: 10).
Recentemente, estava em um retiro espiritual por
ocasião do carnaval e só havia basicamente jovens e
adolescentes. Pouco antes do término do culto de domingo à
noite, Deus derramou do seu Espírito de graças e de súplicas e
um grande quebrantamento foi gerado naquele lugar.
Adolescentes com idade variando entre doze e quinze
anos, foram tomados pelo Espírito de Deus e choravam se
lamentando pelos seus pecados, pedindo perdão a Deus. A
presença de Deus foi tão forte, que muitos ficaram até as três
da manhã somente orando e louvando ao Senhor. Alguns, uma
semana após o ocorrido, ainda choravam ao se lembrar do que
Deus havia feito em suas vidas.
Querido leitor, se você se sente na situação
desesperadora de apenas viver de aparência, por favor, pare
agora a leitura deste livro, ore e reconcilie-se com o Senhor.
Tiago nos recomenda: “Assim falai, assim procedei”.(Tg 2:12a).
Um dos principais desafios para a Igreja neste começo de
século é justamente este: viver aquilo que fala.
Saiba de uma coisa: quando pregamos, evangelizamos,
ou tão somente conversamos sobre as coisas de Deus; com
evangélicos mesmo, a nossa vida é refletida como um espelho.
O mundo pode não gostar da sua voz, da sua
aparência, do seu modo de vestir, ou de qualquer outra coisa,
mas nunca, nem cristãos ou ímpios podem apontar o dedo
para você e dizer: este não vive o que prega. Isto é muito sério!
9
A resposta para uma grande questão que tem assolado
a Igreja em nossos dias também é encontrada aqui, numa
pequena frase: “e me manifestarei a ele”. Isso porque as
pessoas têm buscado a Deus de forma errada! Querem buscar
a presença de Deus de qualquer jeito. Do seu próprio modo.
Lembra-se de Davi e o seu intento de trazer a arca da
aliança para Jerusalém? A motivação de Davi era legítima, haja
vista que ele estava de todo o coração buscando a presença de
Deus.
Davi então, ajuntou a todos os escolhidos de Israel e
preparou um carro novo para levar a arca de Deus da casa de
Abinadabe para Siló. Preparou um carro novo, onde puseram
a arca e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro.
O final dessa história você já conhece: Uzá morreu
porque tocou na arca de Deus. Porque Deus fez isso?Porque
ele foi buscado de forma errada. Davi não conhecia a lei de
Deus que dizia que apenas os descendentes de Levi poderiam
conduzir a arca do Senhor.
Muitas pessoas fazem isso todos os dias. Buscam a
Deus não como ele próprio estabelece, mas como eles acham
que está certo. Davi também achava que estava certo, no
entanto, não estava de acordo com a vontade de Deus que é
revelada na sua Palavra.
Para Jesus manifestar-se em sua vida de forma
maravilhosa só existe um jeito: tendo e guardando os
mandamentos do Senhor.
Pessoas estão se decepcionando com Deus quando
deveriam estar se decepcionando com a sua própria falta de
obediência. Sem obediência aos mandamentos de Deus,
ninguém vai ver a glória de Deus sobre a sua vida! Mais uma
vez eu tenho que dizer: se o Espírito Santo está falando
profundamente ao seu coração, e sei que está; pare um pouco e
ore. Com certeza Deus está de braços abertos para lhe perdoar,
lhe abençoar e lhe dar uma vida abundante com a qual você
10
nunca conseguiu sonhar. Entretanto, é necessário primeiro que
você humilhe-se diante da presença do Senhor.
Casos de Obediência
Através do texto de Lucas 5:1-6, podemos tirar
importantíssimas lições para a nossa vida. Jesus estava no
começo do seu ministério e estava junto ao lago de Genezaré,
também chamado de mar da Galiléia. Vendo dois barcos
atracados, entrou em um e pediu que o seu dono (Pedro) o
afastasse um pouco para que pudesse ensinar. Terminando o
seu discurso, disse a Pedro: “Faze-te ao mar alto, e lançai as
vossas redes para pescar”.(Lc 5:4).
Imagino que Pedro deve ter se surpreendido. Ele, um
pescador experiente, havia passado a noite inteira pescando e
não tinha apanhado nada e o filho de um carpinteiro que
aparentemente não entendia absolutamente nada de pescaria
lhe dava ordens e dizia quando e onde deveria pescar. Mas,
qual foi a resposta de Pedro: “... sob a tua palavra lançarei a
rede”.(Lc 5:5b).
Apesar das circunstâncias serem totalmente
desfavoráveis, apesar de Jesus, aparentemente, não entender
nada de pescaria, ele confiou nas palavras do Senhor e o mais
importante: obedeceu!
Meu irmão, ainda que você ouça inúmeras vozes
dizendo que não há solução e que você não irá conseguir, ou,
ainda que as suas condições sejam desfavoráveis como eram as
de Pedro; lhe darei um conselho: fique sempre com o que
Deus tem lhe dito. “Seja sempre Deus verdadeiro, e todo o homem
mentiroso” (Rom 3:3a).
Qual foi o resultado por Pedro ter obedecido à voz de
Jesus? A quantidade de peixes era tão grande que rompia-se-
lhes a rede e teve de pedir ajuda aos companheiros. Você
nunca vai perder por ouvir a voz de Deus e não a dos homens,
11
mesmo que seja a sua. Deus tem sempre o melhor para os seus
filhos.
“Mas a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus; aos que crerem no seu nome”.
(Jo 1:12)
Se você já recebeu ao Senhor Jesus como Salvador você
pertence à família de Deus e não só pode como deve reinar em
vida por meio de Cristo Jesus. (Rom 5:17).
Em João 2:5, Maria diz algo muito importante aos
serventes e é uma das coisas que tem faltado à Igreja em
nossos dias: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”.
Nessa passagem, Maria tinha plena convicção que
qualquer coisa que Jesus dissesse para os serventes fazerem,
seria a solução de todos os seus problemas.
Este é o cenário do primeiro milagre de Jesus: Maria,
Jesus e seus discípulos foram convidados a um casamento e
em determinado momento o vinho acabou. Maria foi participar
o problema a Jesus e abrindo um parêntesis: ela não ficou se
lamentando pelo fato do vinho ter-se acabado. A primeira
atitude foi participar o problema a Jesus. Se você não tem esse
hábito, passe a tê-lo!
Jesus, então, pede aos serventes que encham de água as
talhas e as levem ao mestre-sala.
Imagino que os serventes não devem ter entendido
nada. Provavelmente devem ter pensado: nós não estamos
precisando de água e sim de vinho; mas mesmo assim,
obedeceram! E o resultado: o melhor vinho foi servido. Jesus
tem sempre o melhor vinho para lhe oferecer. Basta você
obedecê-lo.
Preste a atenção a um detalhe importante: tanto Pedro
como os serventes poderiam ter questionado as ordens de
Jesus, pois, aparentemente não havia lógica para as mesmas.
Mas não questionaram, apenas obedeceram. Quando
12
questionamos as ordens do Senhor, demonstramos
incredulidade, mas o Senhor não pode trabalhar na
incredulidade. (Mc 6:5, 6).
A vontade específica de Deus
Um dos grandes problemas em nossas igrejas é que as
pessoas não têm idéia da vontade específica de Deus para as
suas vidas - existe a vontade geral e a específica de Deus para
nós; o objetivo deste livro não é tratarmos especificamente
sobre os diferentes aspectos da vontade de Deus. Não sabem
quais são os seus ministérios e como serão úteis na obra do
Senhor.
Impressionante como existem cristãos com anos de
Evangelho e não sabem para qual ministério Deus os têm
chamado e como serão úteis na obra. Mas será que existe um
meio de sabermos o que devemos fazer para Deus, ou pelo
menos tornarmos mais audível a Sua voz para nós? A Bíblia
responde:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Romanos 12:2
O primeiro passo para sabermos a vontade específica de
Deus é não nos conformarmos com este mundo. O original
grego da palavra conformeis é suschematizo, que refere-se a
conformar-se com o estilo ou a experiência externos,
acomodando-se a um modelo ou padrão.
Os costumes, hábitos e atitudes deste mundo não
condizem com os santos padrões bíblicos. E o que temos
presenciado é a Igreja sendo influenciada pelos costumes
mundanos e não o contrário. Precisamos, como um espelho,
refletir a luz de Jesus Cristo para que o mundo veja quão
13
brilhante é o viver de um cristão (Mt 5:16). Somos chamados
cristãos porque devemos praticar as mesmas obras que Cristo
praticou. Por favor, reflita o quanto suas atitudes tem se
parecido com as de Jesus Cristo.
As nossas obras também tem que estar cada dia mais
parecidas com as de Jesus. As nossas atitudes têm que refletir a
glória de Deus para o mundo, pois, nós somos chamados a luz
do mundo.
O escritor aos Hebreus nos dá uma importante
advertência:
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor.”
Hebreus 12:14
Nós estamos em processo de santificação, ou seja, nós
somos como a luz da aurora que vai brilhando cada vez mais
até ser dia perfeito. A cada dia, devemos estar separando-nos
das obras do mundo, desprezando-o e voltando-nos para Deus
e para a Sua obra. Quanto mais detestarmos as coisas deste
mundo, mais estaremos aproximando-nos de Deus e o
amando-o mais, porque aquele que odeia o mundo, constitui-
se amigo de Deus. (Tg 4:4). Não dá para servir a dois senhores.
(Mt 6:24).
O segundo passo é transformarmos o nosso
entendimento. E o que é renovação de entendimento?
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que
é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor,
nisso pensai”.
Filipenses 4:8
O ser humano por sua natureza decaída e pecaminosa
tende a pensar em adultérios, prostituições, homicídios, furtos,
14
avareza, blasfêmia, soberba, inveja, loucura. Todos esses
pensamentos procedem de dentro do homem (Mc 7:21-23).
Mas o nosso entendimento (pensamento) precisa ser trocado,
restaurado pelo Espírito Santo e isto só ocorre quando nos
alimentamos da palavra, temos uma vida constante de oração
e enchemos os nossos lábios com o louvor do Senhor.
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da
terra”.
Colossenses 3:2
Devemos estar muito atentos quanto aos nossos
pensamentos. Por que a boca fala do que está cheio o coração.
(Lc 6:45).
Com os nossos lábios podemos tanto confessar a Jesus
como nosso salvador, como podemos negá-lo (Mt 10:33). Não é
apenas na situação de alguém perguntar a que “religião”
pertencemos que podemos negar a Jesus. Mas, quando
dizemos no nosso dia-a-dia, palavras que não condizem com a
fé que confessamos, como palavras de baixo calão, maldições e
outras palavras frívolas, também negamos a Cristo Jesus.
Precisamos moldar a nossa linguagem com a ajuda do
Espírito Santo para darmos bom testemunho para os que estão
aqui na Terra e para agradarmos ao nosso Pai celestial.
A nossa esperança não é apenas terrena (I Co 15:19),
mas precisamos estar com a nossa mente voltada para as coisas
futuras, para a Canaã celestial, a nossa eterna morada.
Assumindo essas atitudes: não se conformar com este
mundo e transformar o nosso entendimento,
conseqüentemente experimentar a vontade específica de Deus
para a nossa vida cotidiana e por fim, poder cumprir o
propósito de Deus para nós.
A ordem de Jesus hoje
15
O que Jesus tem dito para a sua Igreja fazer hoje?
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;
Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação
dos séculos. Amém.”
Mateus 28: 19,20
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda a criatura”.
Marcos 16:15
Temos ouvido muitas pregações a respeito desta
grande comissão que Jesus tem nos dado. Muito tem se falado
sobre essas difíceis palavras do Senhor. Felizmente os
resultados estão aparecendo, mas é necessário fazermos ainda
muito mais.
As palavras de Jesus não terminam por aí. É necessário
que aprendamos algo: o Senhor nunca nos dá uma missão para
realizarmos sem os meios necessários para tanto. Cristo
continua:
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e, porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”.
Marcos 16: 17,18
O Senhor Jesus nos mandou que pregássemos o
evangelho a toda a criatura. O verdadeiro evangelho é o poder
de Deus (Rom 1:16). Continuando o texto, vemos que os
discípulos obedeceram à ordem de Jesus e como sempre,
quando Deus ordena e obedecemos, Ele cumpre as suas
promessas.
16
“E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando as palavras com
os sinais que se seguiram”.
Marcos 16:20 (Grifo meu)
Este tem de ser o ideal a ser perseguido nos nossos
dias. Não podemos querer menos de Deus, por que Ele não
quer menos de nós.
Para fazermos os sinais, basta-nos crer!
Jesus mandou que pregássemos o evangelho com
intensa demonstração de poder. Uma das grandes artimanhas
de Satanás para com povo de Deus hoje, é dizer que apenas
poucas pessoas privilegiadas, têm um poder especial para falar
novas línguas, expulsar os demônios e curar os enfermos. A
palavra de Deus não diz isso. Não diz que apenas alguns
poucos indivíduos podem fazer isso, ou apenas pastores, ou
líderes privilegiados, mas que aqueles que crerem no Senhor
Jesus farão esses sinais, porque Deus não faz acepção de
pessoas.
Você consegue entender que promessa maravilhosa
Jesus nos deixou? E que é para mim e para você. Hoje e agora?
O Senhor nos prometeu que aqueles que crerem no seu nome
manifestarão o seu poder!
Um diácono que fazia prodígios
“E era Estevão cheio de fé e de poder e fazia prodígios e
grandes sinais entre o povo”.
Atos 6:8
17
No começo do capítulo seis do livro de Atos, vemos a
instituição dos diáconos. Estes sete homens foram pessoas
escolhidas pelo povo para servirem e Estevão era um deles. A
função de um diácono não era a de pregar o evangelho como
os apóstolos. Era somente de servir. Mesmo assim, através da
unção e autoridade do Espírito Santo na vida de Estevão, ele
fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
Isto nos dá base bíblica para refutarmos os que dizem
que nos dias atuais, apenas poucas pessoas podem manifestar
o poder de Deus. As promessas de Deus, inclusive esta, são
para todos os que crerem.
Ao longo da história da Igreja vemos que a Bíblia, a
palavra de Deus, foi deixada de lado e trocada por rituais. O
Evangelho puro não é ritual, mas demonstração do poder de
Deus!
Graças a Deus que em nossos dias, a Bíblia voltou a ser
aberta e o Senhor está por levantar uma geração que tome
posse integralmente daquilo que Jesus nos garantiu na sua
morte e ressurreição.
“Aquele que crer em mim fará as obras que eu faço, e as fará
maiores do que estas”.
João 14:12
Que promessa maravilhosa e bendita essa que Jesus nos
deixou!
Você crê em Jesus? Então olhe de novo o versículo
citado acima e tome posse dessa benção para a sua vida! Você
está conseguindo entender o poder e a autoridade que Ele nos
deixou?
Para alcançarmos essas duas promessas gloriosas,
situadas nas duas passagens acima, necessitamos fazer algo tão
simples que inclusive já o fizemos quando da ocasião da nossa
salvação: crer no Senhor Jesus (Jo 1: 12). Temos tamanha
18
autoridade no nome precioso do Senhor Jesus e a Igreja, de um
modo geral, não tem se dado conta a respeito disso.
Certa ocasião estava em uma Igreja e um irmão
chegando perto de mim, mostrou-me um folheto que ele havia
recebido com propósitos de oração para que os membros
daquela Igreja estivessem se dedicando naquele ano. Eu o abri
e ao lê-lo, uma das coisas que me chamou bastante atenção foi
que um dos propósitos de oração era para que a Igreja tivesse
poder sobre os demônios.
Que tamanho desconhecimento bíblico! Temos que orar
agradecendo a Deus pela autoridade que Ele nos concedeu e
não pedir algo que já nos pertence!
“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e
toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”.
Lucas 10:19
No mundo natural, toda a atitude gera conseqüências.
A mesma coisa ocorre no mundo espiritual. Jesus exercia
integralmente sua autoridade; autoridade essa que Ele deixou
para nós, e o que aconteceu em seu ministério?
“E grande multidão o seguia, por que via os sinais que
operava sobre os enfermos”.
João 6: 2
Quando a Igreja de Jesus se levantar, obedecer às
palavras do Senhor e exercer a autoridade que lhe é concedida,
então as portas do inferno vão tremer, o mundo vai ser
impactado e alvoroçado com o Evangelho genuíno de Espírito
e poder.
O Senhor Jesus deve ser o exemplo em tudo na nossa
vida. Ele demonstrava o poder de Deus e grandes multidões o
seguiam. Levante-se e exerça sua autoridade como crente em
Jesus e grandes multidões vão ser impactadas pela sua vida!
19
CAPÍTULO 2 – O ESPÍRITO SANTO
Não poderíamos deixar de começar este capítulo sem
citar o seguinte texto:
“E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos
reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de
um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
estavam assentados.E foram vistas por eles línguas repartidas, como
de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios
do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o
Espírito Santo lhes concedia que falassem.E em Jerusalém estavam
habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão
debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e
estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Como, pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que
somos nascidos?”
Atos 2:1-8
O intuito deste livro não é falar especificamente sobre o
Espírito Santo - para isto existem grandes estudos e livros
sobre Paracletologia - mas sim dizer como Este influenciou
fantasticamente a Igreja primitiva e como poderá fazê-lo em
nossos dias.
Por volta de setecentos anos antes da vinda do Senhor
Jesus, o Espírito já havia falado através dos profetas Isaías e
Joel:
“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra
seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha
bênção, sobre os teus descendentes.”
Isaías 44: 3
20
“E há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre
toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos
velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre
os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei do meu
Espírito.”
Joel 2:28, 29 (grifo meu)
Preste a atenção que a Palavra de Deus através do
profeta Joel fala de “dias” e não de apenas um dia. O
Espírito Santo foi derramado naquele dia, esteve
sendo derramado ao longo da história da Igreja e à
medida que a volta do Senhor Jesus vai se
aproximando, a intensidade de Sua presença em Sua
igreja vai aumentando.
“Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas”.
Eclesiastes 7:8
No começo do primeiro capítulo, falamos da
obediência da Igreja às palavras de Jesus e inclusive, citamos
Lucas 24: 49 que fala a respeito da promessa que nosso Senhor
fez aos seus discípulos. O Senhor sabia que a sua Igreja só
poderia realizar plenamente a sua vontade quando fosse
tomada por completo pelo Santo Espírito. Ele mesmo como
nosso supremo exemplo em tudo, só começou o seu
alvoroçador ministério depois da descida do Espírito Santo
sobre si.
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e
vindo sobre ele”.
Mateus 3:16
21
Devemos sempre olhar para Jesus e aprendermos
com Ele. Se o filho Unigênito de Deus foi totalmente
dependente do Espírito Santo em seu ministério, por
quê não nós, servos de Deus não vamos depender
do seu Espírito para realizarmos a sua obra? Deus
não precisa de pessoas bonitas, muito inteligentes,
com um dom de oratória muito grande, ou pessoas
que confiem em seus dons naturais e que pensem,
mesmo que não digam, que não precisam da unção
do Espírito Santo sobre si. Deus precisa de servos
totalmente dependentes do seu poder, da sua unção
e cheios do seu Espírito.
É claro que Deus quer e pode usar pessoas com uma
capacidade intelectual muito grande e com dons
extraordinários, mas o que queremos dizer, é que Deus só tem
espaço para usar pessoas humildes. Para ser usado por Deus,
humildade e intelectualidade podem até estar juntas, mas
nunca somente intelectualidade, senão, Deus não usa.
“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de
que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham
conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”.
Atos 4:13
“E não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que
falava”.
Atos 6:10
O que os fariseus queriam dizer com indoutos é que
eles tinham os apóstolos como pessoas leigas e não peritos da
Palavra de Deus como eles.
Não é de se estranhar que os apóstolos tivessem tanta
sabedoria na Palavra mesmo não tendo oportunidade de
freqüentar regularmente uma escola rabínica. Eles estiveram
três anos e meio com a própria Palavra de Deus! E ela mesma
22
disse que o Espírito Santo os faria lembrar de tudo quanto os
tivesse dito. (Jo 14: 26).
Conformismo na igreja atual
A Igreja de hoje está cansada de pregações preparadas
apenas pela sabedoria humana e não pelo poder de Deus
através do Espírito Santo. Quão longe parece que estamos do
que Deus quer para nós! Percebem-se também, pessoas
contentes com as poucas gotas da chuva da manifestação dos
dons espirituais que Deus quer promover em nossos dias.
Meu irmão!, aqui lhe faço um pedido de Deus para a
sua vida: não se conforme com a sua vida espiritual atual. Não
se conforme com gotas, quando Deus quer derramar chuvas!
Não espere o avivamento na sua vida, faça como o salmista (Sl
42:1, 2). Busque-o de todo o seu coração!
“E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o
livro, achou o lugar em que estava escrito. O Espírito do Senhor é
sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me
a curar os quebrantados do coração. A apregoar liberdade aos cativos,
e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o
ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao
ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos
nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura em
vossos ouvidos.”
Lucas 4:17-21
Com que perfeição Isaías descreve o ministério do
Senhor Jesus, e exatamente tudo o que Ele veio fazer aqui na
Terra! Mas, antes de tudo, o que Isaías, inspirado pelo Espírito,
disse? “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu...”
Meu amado irmão, antes de tudo, busque a unção do Espírito
Santo. Não tente fazer a obra de Deus com as suas próprias
forças. Não faça como os Israelitas rebeldes no deserto.
23
Fazendo a obra fora da direção de Deus
“E levantaram-se pela manhã de madrugada, e subiram ao
cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o
Senhor tem dito; porquanto havemos pecado. Mas Moisés disse: Por
que quebrantais o mandato do senhor? Pois isso não prosperará. Não
subais, pois o Senhor não está no meio de vós, para que não
sejais feridos diante de vossos inimigos.Então desceram os
amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os
feriram, derrotando-os até Horma.”
Números 14:40-42,45 (grifo meu)
Os capítulos treze e catorze do livro de Números são
importantíssimos para entendermos porquê os Israelitas
ficaram quarenta anos no deserto.
O povo estava acampado no deserto de Parã e de lá
Moisés enviou doze espias – um de cada tribo – para espiar a
terra prometida. Por causa da incredulidade do povo quanto
às promessas de Deus, o Senhor jurou que por cada dia que os
espias tivessem ficado ausentes, o povo de Israel ficaria um
ano perambulando no deserto, o que daria exatamente
quarenta anos.
Adiante veremos com mais detalhes esta passagem,
mas por ora basta-nos dizer que depois que o povo viu que a
sua esperança de alcançar a terra prometida tinha se acabado,
tentaram tomá-la por suas próprias forças, fora da vontade de
Deus.
Será que você consegue ver os resultados que os
Israelitas tiveram quando não estavam na direção do Senhor?
Eles quiseram fazer a obra de Deus apenas pelas suas próprias
forças. E o resultado? Foram derrotados! Assim será a obra que
não tiver a aprovação do Espírito e a conseqüente dependência
Dele.
24
O Espírito Santo estava tão presente na vida da Igreja
de Atos que em certa ocasião os discípulos reuniram-se para
discutir se os gentios deveriam guardar os ritos mosaicos. A
resposta foi a seguinte:
“Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não
vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que
vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da
carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos
guardardes. Bem vos vá.”
Atos 15:28, 29 (grifo meu)
Preste atenção na primeira frase: “Na verdade, pareceu
bem ao Espírito Santo e a nós...”, ou seja, o Espírito participava
ativamente das decisões da Igreja primitiva. Em outras
palavras: suas decisões e atitudes eram totalmente controladas
pelo Espírito.
Dois casos antagônicos
O que temos visto atualmente difere em muito da Igreja
de Atos (parece mais com as atitudes dos Israelitas no deserto).
Alguns ministérios não dão a menor vazão para o Espírito
Santo atuarem em seus cultos. Não há a convicção da
imutabilidade do Deus trino e em conseqüência da
contemporaneidade dos dons espirituais e as conseqüências
são as mais devastadoras: Evangelho pregado somente com
intelectualidade e sem a total dependência do Espírito; tão
somente com palavras persuasivas de sabedoria humana,
conseqüentemente sem demonstração de Espírito e poder.
Em contra-partida na maioria das Igrejas, a palavra-
chave tem sido “avivamento”. O Espírito lhe pergunta nesta
hora: você tem buscado o avivamento pessoal ou tem se
contentado com a sua “vidinha” espiritual? Será que você tem
buscado ao Senhor, clamado por um avivamento e o
25
derramamento do Espírito Santo sobre a sua vida? Ou o
conformismo tem falado mais alto com você? Será que você
tem se enquadrado num tipo de crente que tem se instalado
em nossas Igrejas: salvo, sentado e satisfeito?
Queremos ministrar sobre a sua vida uma fome
incontrolável pela Palavra de Deus e uma sede insaciável pelo
Espírito sobre ti.
Vai bem contigo?
Existia no território de Issacar uma cidade chamada
Suném, e nos tempos do profeta Eliseu, havia uma mulher
muito rica habitando nessa cidade. Sempre que o homem de
Deus passava por aquela cidade, ela lhe oferecia pão.
Não contente com isso, esta mulher junto com o seu
marido, ofereceram a Eliseu um pequeno quarto para que o
mesmo estivesse descansando de suas viagens quando
passasse por Suném.
É importante notarmos que a mulher e o seu marido
não se contentaram em oferecer pouco para a obra de Deus;
ofereceram o que de melhor eles possuíam. Será que nós temos
oferecido a Deus e à sua obra o que de melhor nós temos; ou
temos nos contentado em oferecer apenas “migalhas de pão”
do que possuímos. Deus nos fala claramente.
“Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu
rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou
grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo
entre as nações.”
Malaquias 1: 14
Na passagem acima, Deus está reclamando com o povo
de Judá, dizendo que eles possuíam animais muito melhores
do que os que eles estavam oferecendo como sacrifício ao
Senhor.
26
Deus quer de nós simplesmente o melhor. Deus, ainda
no texto de Malaquias, desafia o povo de Judá a tomar a
seguinte atitude:
“Porque, quando trazeis animal cego para o sacrificardes,
não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal!
Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado de ti? Ou aceitará
ele a tua pessoa – diz o senhor dos Exércitos.”
Malaquias 1: 8
Deus convoca o povo a apresentar os mesmos animais
que eles ofereciam como holocausto aos príncipes e líderes do
povo. Se eles não aceitariam, como o grande Rei, poderia
aceitá-los?
É isso que muitos de nós fazemos: oferecemos a Deus o
que nos sobra, o resto, o que não queremos mais. Deus não
aceita essas ofertas. Deus quer de nós simplesmente o que de
melhor nós temos.
“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de
toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e
transbordarão de mosto os teus lagares.”
Provérbios 3: 9,10
Em conseqüência da atitude da Sunamita e de seu
esposo; Eliseu fica muito agradecido e pergunta o que ele
poderia fazer por ela. Seu moço, Geazi, percebe que apesar de
muito rica, aquela mulher ainda não possuía filhos. Eliseu
então a chama e através da autoridade sobre a sua vida,
ministra uma palavra profética sobre a mulher dizendo que
dentro de um tempo determinado Deus estaria concedendo-
lhe um filho.
Apesar de não crer na palavra do homem de Deus, a
Sunamita é agraciada com um filho conforme a palavra de
Eliseu.
27
Decorrido algum tempo, o menino estava junto com o
seu pai e os segadores quando começou a sentir fortes dores de
cabeça. Imediatamente o seu pai pediu a um moço que o
levasse à sua mãe. Junto de sua mãe aquele menino morreu e
foi colocado sobre a cama do homem de Deus. A Sunamita,
então, levanta-se para procurar a Eliseu. Chegando ao
Carmelo, Eliseu a avista de longe e manda Geazi perguntar se
tudo estava bem com ela.
“Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem
contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com o teu filho? E ela
disse: Vai bem.”
II Reis 4: 26
Muitas vezes agimos assim também: dizemos que tudo
está bem quando na verdade não estamos bem. A Sunamita
disse que tudo estava bem quando, na verdade, o seu filho
estava morto. Assim também nós, muitas vezes, dizemos que
tudo está bem quando na verdade estamos mortos
espiritualmente.
“E ao anjo da Igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o
que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas
obras, que tens nomes de que vives e estás morto.”
Apocalipse 3: 1 (grifo meu)
Está na hora da Igreja do Senhor Jesus Cristo retirar a
máscara que insiste em usar. Posa com um cinismo
impressionante pautado nos números que comprovam o
rápido crescimento do Evangelho no Brasil. Fecham os olhos
para os problemas que atingem a Igreja: fofocas – este é o
principal de todos - invejas, calúnias, intrigas, dentre outros.
Nos escondemos atrás da falsa religiosidade e
santidade. Construímos mais e mais templos suntuosos, com
assentos acolchoados, circuito interno de TV, sistemas de ar
28
condicionado. Isso não é prioridade para Deus, mas sim para o
homem. O que Deus realmente quer, é uma Igreja revestida do
poder do Espírito Santo.
Não devemos mais fazer como a Sunamita. Precisamos
reconhecer os nossos maus caminhos e retirarmos esta máscara
que impede do Senhor estar derramando um tremendo
avivamento como nunca se viu antes.
Para um alcoólatra se libertar do vício, antes de tudo é
necessário que ele se conscientize de que é um viciado.
Enquanto ele não reconhecer que o álcool está acabado com o
seu corpo, ele não vai conseguir a libertação. Mesmo que sua
esposa aponte o que o álcool está lhe fazendo, mesmo que os
seus amigos o chamem a atenção; se ele mesmo não tomar
consciência do mal que está fazendo para si próprio, nunca
será liberto.
Da mesma forma cada um de nós: se não tomarmos
consciência do mal que estamos fazendo para nós mesmos e
para os outros, nunca mudaremos,e para tomarmos
consciência de que estamos muitas vezes mortos
espiritualmente, é necessário o toque especial do Espírito
Santo.
Os profetas do Antigo Testamento sempre apontavam
para os pecados do povo de Israel e Judá. Condenava-os e
sentenciava o julgamento de Deus se os mesmos não se
arrependessem. Ao final de cada livro, porém havia a palavra
de restauração. Deus na sua infinita misericórdia sempre nos
proporciona uma chance de restauração.
Da mesma forma que Deus ressuscitou o filho da
Sunamita através do profeta Eliseu, quer ressuscitar vidas
espirituais que se acham mortas. Para que isso aconteça,
busque a Sua presença e o avivamento pessoal.
Avivamento sem sentido
29
Por outro lado, se você tem realmente buscado o
avivamento, se você tem buscado os dons, o poder, a unção; o
mesmo Espírito lhe pergunta: porque você tem buscado os
dons e o avivamento sobre a sua vida? Porque você tem
buscado a unção de Deus sobre você?
Será que é para apontar o dedo para o seu irmão e dizer
que é mais espiritual que ele porque você é batizado com o
Espírito Santo e ele não é? Ou para que você diga para o seu
irmão: eu sou especial para Deus porque eu tenho tal dom e
você não tem?
A palavra de Deus nos diz claramente:
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”
Romanos 2: 11
Deus não faz acepção de pessoas. Ele usa quem quer,
como quer e quando quer. Se você é usado por Deus não se
glorie por isso, mas tema:
“Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque
não é aprovado aquele que a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a
quem o Senhor louva.”
II Coríntios 10: 17,18
Somos apenas vaso nas mãos de Deus.
“Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o
nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.”
Isaías 64: 8
Costumo dizer que quando prego, prego mal. Mas
quando não prego, então prego bem porque é o Espírito Santo
que está me usando para falar com a sua Igreja.
30
Devemos ter muito cuidado com a soberba. Ela é um
inimigo muito eficaz e que tem derrubado muitos filhos de
Deus que deixaram de ser servos para ser senhores.
CAPÍTULO 3 - EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS
Como já dissemos, Jesus Cristo deve ser o nosso
exemplo em tudo. E na sua carta à Igreja de Filipos, Paulo nos
exorta da seguinte forma:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em
Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação
ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de
homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte
de cruz.”
Filipenses 2: 5-8
Um jovem príncipe desejava casar-se. Para tanto, ele
saiu a procurar em seu reino por uma noiva que despertasse a
sua atenção. Ele foi à casa dos nobres a ver se ficaria
interessado por alguma jovem. Ninguém o agradou.
Então, ele foi procurar a sua noiva nos lugares mais
pobres do seu reino, entre os camponeses, entre os da periferia,
entre os que viviam longe do luxo e da pompa aos quais ele
estava acostumado. Chegando lá, encontrou uma jovem
lindíssima, mas que estava suja e maltrapilha. Mesmo assim,
ele a amou ao primeiro olhar.
Pensou consigo que o seu problema estava resolvido:
era só pedir aos seus soldados para buscá-la, levá-la ao seu
palácio e ela lhe seria por mulher.
Mas, e se ela não o amasse? E se fosse casar apenas por
imposição do príncipe ou até mesmo por algum interesse? E se
31
o seu coração já fosse de outro? As muitas possibilidades
passaram pela cabeça do jovem príncipe ao considerar isso.
Continuou a pensar até que teve uma idéia
surpreendente. Ele iria se despojar da sua glória, das suas
vestes, do seu palácio, dos seus empregados, da sua vida
confortável, de tudo para viver como qualquer camponês ao
lado de sua amada. Se ela se apaixonasse por ele seria
exatamente por quem ele é e não pelo que ele possui ou pode
lhe oferecer.
Atitude muito mais significativa e dramática teve o
Senhor Jesus porque nenhum reino deste mundo pode se
comparar ao Reino de Deus em todo o seu esplendor e glória.
O Senhor Jesus não apenas viveu como qualquer um de
nós, mas fez-se maldição por nossa causa porque a palavra nos
diz que é maldito todo aquele que é pendurado no madeiro
(Dt 21: 23; Gl 3: 14). Tudo isso para que hoje você e eu
tivéssemos vida e vida com abundância, salvação garantida e
acesso a Deus através da morte expiatória de Jesus Cristo.
Mas o texto não termina aí, Paulo continua:
“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu
um nome que é acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda a língua confesse que Jesus cristo é o Senhor, para a
glória de Deus Pai.”
Filipenses 2: 9-11
Paulo continua dizendo: “Pelo que também Deus o
exaltou soberanamente” O Senhor Jesus não exaltou a si
mesmo, mas esperou o momento certo da exaltação de Deus. O
momento em que Deus sabia que Ele estaria apto para ser
exaltado. Pedro concorda com isso.
“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para
que a seu tempo, vos exalte.”
32
I Pedro 5: 6
Devemos nos humilhar primeiro diante de Deus para
que depois, tão somente depois, ele nos exalte. Deus sempre
tem o seu tempo certo.
Quer ser exaltado querido; humilhe-se primeiro! Quer
ser servido; sirva primeiro! Quer ser reconhecido pelos
homens; reconheça Deus na sua vida!
Deus não pode exaltar alguém com quem Ele tenha que
dividir a glória que só pertence a Ele. Enquanto você estiver
retendo parte dessa glória, Ele não vai te exaltar como você
quer; não porque Ele não queira, mas porque Ele não pode.
O texto continua dizendo que pela humilhação
voluntária de Jesus, Deus o exaltou de tal modo que um dia
gostem ou não, queiram ou não, todos os joelhos dos
habitantes dos três mundos: céu, terra e inferno vão se dobrar e
toda a língua vai confessar que Jesus é o Senhor, Aleluia!
Porque uma exaltação tão grande? Porque a
humilhação também foi muito grande. A exaltação é
proporcional à humilhação. E tão somente depois da
humilhação pode vir a exaltação.
Atitude semelhante teve João Batista. Acompanhe o
que diz o Apóstolo João:
“E este é o testemunho de João, quando os Judeus mandaram
de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem
és tu?.E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. E
perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? És tu Elias? E disse: Não
sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem
és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de
ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o
caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”
João 1: 19-23
33
Veja como João Batista foi se humilhando cada vez
mais. Perguntaram se ele era o Cristo, ele respondeu que não.
Perguntaram se ele era Elias, mas uma vez respondeu que não.
Continuaram diminuindo o “status” e perguntaram se ele era
o profeta, mais uma vez ele disse que não. Então eles pararam
e perguntaram: Então quem és tu para que demos resposta
àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?
E quando perguntam para você querido, o que tu dizes
de ti mesmo? Eu sou o profeta fulano de tal, Eu sou o
presbítero beltrano, Eu sou o Ministro de louvor, Eu sou o
cantor, Eu sou o pastor, Eu sou o evangelista, Eu sou isso, Eu
sou aquilo... Ou você atribui algo a você que na verdade outra
pessoa realizou? Ou você superestima algo que fez?
João Batista disse que ele era apenas uma voz, tão
somente uma voz. Nós como ministros de Deus, como atalaias
do Senhor, como arautos do Rei, devemos ser apenas vozes de
Deus, vozes do Espírito Santo, vozes da cabeça do corpo que é
o Senhor Jesus.
João Batista poderia dizer que era o Elias de Deus, o
precursor do Messias profetizado por Malaquias (Ml 4: 5). Que
tinha autoridade sobre cada um daqueles homens, mas
escolheu se humilhar. Escolheu se rebaixar. Escolheu diminuir.
Escolha isso também amado. Escolha se humilhar cada
vez mais diante de Deus. Escolha o caminho contrário à sua
natureza. Veja o que Tiago diz a respeito disso:
“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”
Tiago 4: 10
Da mesma forma que a humilhação de Jesus lhe
redundou em uma exaltação tremenda, assim ocorreu com
João. Veja o testemunho de Jesus acerca de João:
“E eu vos digo que dentre os nascidos de mulher, não há
maior profeta do que João Batista.”
Lucas 7: 28a
34
Que coisa maravilhosa! Nem Moisés com as dez pragas
no Egito e todos os seus milagres durante quarenta anos no
deserto, nem Elias que orando fez cair fogo do céu três vezes,
nem Eliseu que tinha porção dobrada do Espírito de Elias, nem
qualquer outro grande homem de Deus que você esteja
pensando agora; nenhum deles foi maior que aquele homem
que vestia peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre.
Isso é maravilhoso e inacreditável!
Mas porque especificamente João Batista foi o maior
profeta? Qualquer um pensaria que ele era um dos menores. É
exatamente por isso que ele era o maior, porque se fez o
menor.
“Porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é
grande.”
Lucas 9: 48c
Se quiser ser o maior, a fórmula é muito simples: faça-
se o menor. Se quiser ser exaltado: humilhe-se. Os resultados
são surpreendentes.
CAPÍTULO 4 – APRENDENDO COM LÚCIFER
Talvez você tenha lido o título deste capítulo e se
perguntado: “o que eu tenho de aprender com Lúcifer?”. Antes
que você me critique por este título, eu gostaria de lhe explicar.
Nós aprendemos por exemplos a serem seguidos e por
exemplos a não serem seguidos. Este é nosso intuito neste
capítulo.
O profeta Isaías inspirado pelo Espírito Santo, fala a
respeito da presunção e queda de Lúcifer:
35
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como
foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!. E tu dizias no
teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus,
exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação me assentarei, da
banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e
serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado será ao inferno, ao
mais profundo do abismo. Os que te virem e contemplarão,
considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e
que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e
assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos
para a casa deles?”
Isaías 14: 12-17
Basicamente, existem duas maneiras do Diabo querer
destruir um cristão. A primeira todos conhecem e todos se
previnem contra ela: o Diabo vai querer lhe parar. Sejam com
lutas, problemas, dificuldades, adversidades, aflições, o Diabo
vai querer lhe parar. Entretanto, veja o que a Palavra de Deus
diz ao seu respeito e eu profetizo na sua vida estes textos:
“Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de
todas.”
Salmo 34: 19
“Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós
faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. Uns se encurvam e
caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.”
Salmo 20: 7,8
“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque
eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo e te sustento com a destra
da minha justiça. Eis que envergonhados e confundidos serão todos
os que se irritaram contra ti; tornar-se-ão nada; e os que contenderem
contigo perecerão. Buscá-lo-ás, mas não os acharás; e os que
pelejarem contigo tornar-se-ão nada, e como coisa que não é nada, os
36
que guerrearem contigo. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela
tua mão direita e te digo: não temas que eu te ajudo.”
Isaías 41: 10-13
“Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto
na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam
mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais
não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no
Deus da minha salvação.”
Habacuque 3: 17,18
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na
angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda
que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as
águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua
braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o
santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não
será abalada; Deus a ajudará ao romper de manhã. As nações se
embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra
se derreteu. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o
nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações
têm feito na terra! Ele faz cessar as guerras até o fim da terra; quebra
o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e
sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado
sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o
nosso refúgio.”
Salmo 46 (Grifo meu)
Aleluia! Glória a Deus porque maior é o que está em nós
do que o que está no mundo (I João 4: 4). Amado, ainda que inferno
inteiro se levante contra a tua vida, ele não pode lhe tocar (I João 5:
18). E se tocar será unicamente por permissão de Deus. Isso
não é maravilhoso? Nada pode parar a obra de Deus sobre a
37
sua vida, a não ser que você a deixe. Se tão somente você
mantiver intacta a sua aliança com Deus, ninguém pode te
tocar. Somente o Diabo o fará se você der brechas.
Mas existe uma segunda forma do Diabo destruir um
cristão. Este modo é muito mais eficaz e sutil. Em conseqüência
têm destruído muitos cristãos; principalmente líderes
consagrados que outrora foram grandemente usados por Deus.
O Diabo vai querer lhe acelerar.
Geralmente depois de uma pregação inspirada, de um
louvor arrebatador ou de uma oração eficaz, sempre nos vem à
mente uma voz dizendo: “Como você prega bem. Quando você
prega as pessoas sentem a presença de Deus. Quando você
prega, vidas são salvas”. “Quando você louva, parece que são
os anjos cantando”; “Quando você ora, as pessoas são curadas,
libertas e o Senhor responde”. “Como você faz esse trabalho
bem! Aposto que ninguém consegue fazer isso como você. Você
é insubstituível.”
Não é isso que sempre acontece amado? Não é verdade
que sempre vem essa voizinha à nossa mente?
João Bunyan, um dos maiores pregadores de todos os
tempos, conhecia bem esta artimanha de Satanás. Certa
ocasião, ao término de uma pregação, um dos ouvintes
dirigindo-se a ele disse-lhe que pregara um bom sermão. Ao
que Bunyan respondeu: “Não precisa dizer-me isso, o Diabo já
cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da
tribuna.”
Quando assumimos estes pensamentos estamos
totalmente destruídos. Porque a Palavra nos diz:
“Porque sem mim nada podeis fazer.” João 15: 5b
Sem a unção do Espírito Santo sobre as nossas vidas
nós não podemos fazer nada! Se pregamos, e as pessoas se
convertem, se transformam e se libertam, é porque foi o
Espírito Santo e não nós quem convenceu o homem do pecado,
38
da justiça e do juízo. E, se oramos e os demônios são expulsos,
as pessoas são libertas e Deus responde, é tão somente porque
oramos no nome do Senhor Jesus.
Conta-se que um renomado pregador foi convidado
para ir a uma igreja simples a fim de pregar. Então, ele
confiando em si mesmo, não preparou o sermão, não orou por
si mesmo e pelo culto e não buscou a presença de Deus. Tão
somente confiou em si mesmo e na sua enorme capacidade.
Chegando à Igreja, foi apresentado com toda a pompa possível
e subiu ao púlpito com todas as honrarias que lhe eram
devidas. Quando abriu a Bíblia para ler o texto base, o Espírito
lhe falou: “Você está sozinho”. Mesmo assim ele começou a
pregar e apesar da sua eloqüência e experiência como
pregador, sua mensagem não tocou o coração dos ouvintes e
ao sair do púlpito, abaixou a sua cabeça em sinal de vergonha
e pesar. Ao se dirigir para a porta do templo para
cumprimentar os membros, uma senhora muito humilde e
com a idade já bastante avançada lhe dirigiu as seguintes
palavras: “Pastor, se o senhor tivesse subido ao púlpito da
forma que desceu, desceria da forma que subiu”.
Esta é a grande questão: a humildade. O Diabo sabe
como induzir o homem à soberba, à presunção, porque ele
mesmo caiu nesse erro. Esta estratégia é muito eficaz porque
vai de encontro ao mais íntimo do ser humano, que necessita
desesperadamente de reconhecimento, de afirmação, de
aplausos.
Pare por um instante: a quem você dá crédito pelo que
está acontecendo na e através da sua vida? O que você pensa a
esse respeito? Quem faz a obra? Deus ou a sua grande
capacidade natural?
Sempre vemos muitas pessoas começarem tão bem
uma carreira e no entanto, acham que são elas que fazem a
obra e não Deus. Lembra-se do pregador da ilustração acima?
Pois bem, o Espírito Santo deixa pessoas sozinhas na hora de
realizar algo com mais freqüência do que se pode imaginar.
39
Por quê? Por que Deus não quer realizar a sua obra? É
claro que Deus quer realizar a sua obra. Mas é porque Deus
corrige a quem recebe por filho.
Toda a árvore precisa ser podada para que esteja dando
cada vez mais frutos. Assim também somos nós. Devemos
continuamente ser podados por Deus.
Se você pensa que o orgulho nunca vai lhe alcançar ou
que você é muito humilde, você está a um passo de ser pego
por ele, porque uma pessoa verdadeiramente humilde
reconhece as suas fraquezas e as coloca diante de Deus, não
escondendo –as e vivendo como se elas não existissem.
Talvez você esteja pensando nesse momento: “Eu
nunca disse que eu sou melhor que ninguém, ou que eu prego
melhor, que eu louvo melhor, que eu oro melhor, etc”.
Eu lhe pergunto: e quem disse que Lúcifer também
falou alguma coisa? Isaías 14:13 diz “E tu dizias no teu coração”.
Lúcifer não pronunciou palavra alguma, mas Deus que
conhece os corações sabia qual era a verdadeira intenção de
Lúcifer. Devemos estar extremamente atentos com aquilo que
vai ao nosso coração.
“Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao
soberbo, conhece-o de longe.”
Salmo 138: 6
Devemos destacar o contraste entre as atitudes de Jesus,
João Batista e Lúcifer. Os dois primeiros escolheram se
humilhar e depois foram exaltados por Deus, ao passo que o
terceiro escolheu se exaltar e foi extremamente humilhado por
Deus.
Qual atitude você vai tomar querido? A de Jesus e João
ou a de Lúcifer? Lembre-se das conseqüências.
CAPÍTULO 5 – O RIO DA HUMILHAÇÃO
40
No capítulo cinco do segundo livro de Reis, a Bíblia nos
fala a respeito de Naamã que foi chefe do exército do rei da
Síria, que na época era a maior potência mundial. A Bíblia
começa assim a sua narração:
“E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande
homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o
Senhor dera livramento aos sírios; e era este varão homem valoroso,
porém leproso”.
II Reis 5: 1
Naamã era um ímpio que não conhecia o Deus de Israel
e tinha um comportamento impecável diante do seu senhor.
Como conseqüência possuía muito respeito diante do
mesmo.Nós como cristãos temos tido o mesmo respeito e a
mesma consideração para com os nossos senhores na face da
terra?
A lepra, muitas vezes, simboliza o castigo de Deus em
decorrência do pecado. Lembre-se em Números 12 onde Miriã
ficou leprosa em decorrência da rebelião que ela e Arão
fizeram contra a autoridade de Moisés.
Naamã era um homem muito estimado em seu país,
mas sobre sua carne existia uma maldição. Eu posso imaginar
Naamã participando de festas, banquetes; até mesmo em sua
homenagem e ele usando a sua farda, as suas medalhas, todas
como resultado da sua valentia no campo de batalha.
Fico imaginando Naamã chegando em casa depois das
homenagens, das festas, da pompa e de tudo que o cercava
como chefe do exército do rei da Síria. Imagino Naamã tirando
as suas vestes oficiais e ficando à mostra a sua pele branca
leprosa.
Tenho certeza que você conhece alguém assim: na
Igreja, entre os irmãos, veste uma capa de santidade e de
41
pureza, mas ao sair da mesma, mostra toda a podridão do seu
pecado. É muito fácil sermos cristãos dentro da Igreja; difícil é
sermos cristãos fora da Igreja. É muito fácil glorificarmos a
Deus no meio dos irmãos; o difícil é sermos luz no mundo e sal
na terra. Mas o Senhor Jesus nos chamou juntamente para isso!
Eu gosto muito da ilustração que compara o crente a
uma garça. Toca na sujeira com os seus pés, mas conserva as
suas penas brancas. É exatamente isso que devemos fazer.
Estamos no mundo, mas não devemos participar das coisas do
mundo.
O relato bíblico continua dizendo que existia uma
menina israelita como escrava da esposa de Naamã. A mesma
diz à mulher de Naamã que se o mesmo estivesse diante do
profeta Eliseu, ele seria curado da lepra.
O que é surpreendente nesta passagem é que Naamã
acredita na palavra da menina escrava e vai até Israel. Veja o
que a bíblia diz a esse respeito.
“Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e
parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um
mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne
te tornará, e ficarás purificado.”
II Reis 5: 9,10
É até engraçado pensar sobre o que foi narrado nessa
passagem. Naamã chega até a porta da casa de Eliseu com
cavalos e com seu carro. Uma comitiva enorme chega à porta
da casa do homem de Deus, que não se dá nem ao trabalho de
atender a essa comitiva, mas manda um mensageiro, Geazi,
dizer a Naamã para mergulhar sete vezes no rio Jordão.
Naamã ficou muito indignado. Não era o tipo de
recepção que ele esperava.
“Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que
eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, e invocará o
42
nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e
restaurará o leproso. Não são porventura, Abana e Farpar, rios de
Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia
eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se com grande
indignação.”
II Reis 5: 11,12
Agora o pecado de Naamã fica bem latente: era orgulho.
Naamã era como tantas pessoas que vemos todos os dias:
crêem que Deus pode fazer alguma coisa, crêem que Deus
pode restaurar a sua saúde, o seu casamento, a sua família...
mas querem dizer como Deus deve trabalhar e onde Deus deve
trabalhar.
É notório como existem pessoas que querem mandar
em Deus. Oferecem ao Senhor espaço para trabalhar em
apenas parte da sua vida; quando Deus, na verdade, quer
trabalhar em todas as áreas dela. Além de dar pouco espaço
para Deus trabalhar, dizem como Ele deve fazê-lo.
Devemos crer que Deus tem o melhor para nós. Ele
sabe como trabalhar. Devemos crer que a sua vontade é
perfeita, agradável e boa e todas as coisas cooperam para o
nosso bem.
Naamã foi confrontado por Deus naquilo que ele mais
temia: o seu orgulho.
Após a humilhação, a recompensa.
Felizmente Naamã tinha servos que eram mais sábios
que ele e estes o convenceram a mergulhar sete vezes no rio
Jordão. E Naamã foi.
“Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a
palavra do Homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de
um menino, e ficou purificado.”
II Reis 5: 14 (Grifo meu)
43
Destacado neste texto em negrito está o que Naamã
precisava fazer: descer. Naamã fez o que tantas pessoas
precisam fazer hoje: descer. Antes de subirmos, precisamos
descer. O significado de Jordão é justamente esse: aquele que
desce.
Imagine Naamã começando a tirar a sua roupa na
frente dos seus comandados. Será que ele pensou que depois
daquele ocorrido, ele nunca mais teria moral para comandar o
exército do rei da Síria? Será que não passou pela sua cabeça
que ele preferiria morrer leproso a passar por tão grande
humilhação?
E depois que ele começou a mergulhar, será que ingeriu
lama? Com certeza o seu orgulho tinha sido devastado.
Imagine, ele que no seu país por onde passava as pessoas
tinham de se curvar, quando muito mostrar profunda
reverência; estava ali se humilhando para ser purificado da
lepra. Muitas pessoas prefeririam morrer leprosas a passar por
tão grande humilhação. Acredite querido, depois do primeiro
mergulho, os outros seis foram mais fáceis. Depois da primeira
humilhação, as outras passam a ser mais fáceis.
Já dissemos que depois de toda a humilhação, sempre
vem a exaltação. Com Naamã ocorreu a mesma coisa. A
recompensa veio. A lepra tinha sumido. Sua carne estava sã
como a de uma criança.
Deus está marcando um encontro conosco no rio
Jordão. Ele quer que você desça primeiro para que possa te
exaltar como quer. Deus quer retirar das nossas vidas a lepra
do orgulho e do pecado.
Mergulhe no rio Jordão
Qual tem sido o seu rio Jordão? Será que é uma Igreja
pequena onde ninguém reconhece o seu valor? Será que é um
líder que Deus colocou sobre a sua vida que você julga ter uma
44
capacidade muito superior a dele? Qual é o seu rio Jordão?
Será que o seu rio Jordão são tarefas que você não vê nenhum
valor?
Se pedirem para você limpar os bancos da Igreja, faça-
o. Se a sua tarefa é carregar cadeira para cima e para baixo
(Deus sabe como muitas vezes eu fiz isso), faça com alegria. Se
a sua tarefa é limpar os banheiros – isso também fiz algumas
vezes – limpe-os louvando a Deus.
E se o seu rio Jordão for você fazer todo trabalho para
outras pessoas receberem os méritos!? Os outros recebem os
parabéns e você não recebe nem um mísero obrigado? Lembre-
se do galardão. Deus está vendo todas as coisas e Ele “não é
injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho do amor que,
para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e
ainda servis.” (Hb 6: 10).
Eu tenho certeza que o Espírito Santo está ministrando
agora a você qual é o rio Jordão que você tem de mergulhar. O
Espírito ministra que enquanto você não mergulhar nesse rio
Jordão ele não vai pode exaltar.
O que Naamã não quis, Jesus fez.
Você, amado, se lembra onde o Senhor Jesus foi
batizado?
“E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré,
da Galiléia, foi batizado por João, no rio Jordão.”
Marcos 1: 9
Neste mesmo Jordão que Naamã se recusou a
mergulhar, o Senhor Jesus entrou. Nestas mesmas águas sujas,
lamacentas e barrentas da humilhação que Naamã se recusou a
entrar, o Senhor Jesus entrou e humilhou-se para nos dar o
45
exemplo. Esta mesma passagem está narrada no Evangelho
segundo Mateus.
“Então, veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão,
para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço
de ser batizado por ti e vens tu a mim?Jesus, porém, respondendo,
disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a
justiça. Então, ele o permitiu.”
Mateus 3: 13-15
Qual seria a nossa reação se nós estivéssemos no lugar
de Jesus nesse momento diante da proposta de João?
Será que nós pensaríamos da seguinte forma: É verdade
João, afinal de contas eu sou superior a você. Tu és apenas o
meu precursor. Eu sou o filho de Deus. Parabéns pelo seu
brilhante desempenho, mas para demonstrar para toda essa
multidão que eu tenho autoridade sobre a sua vida eu vou lhe
batizar.
Não foi assim que o Senhor Jesus fez. Ele se submeteu
ao batismo de João. Por que? Porque Jesus sabia que a
autoridade do batismo estava sobre João. Isto ele nos deu o
exemplo para que nós nos submetamos às autoridades
constituídas por Deus.
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque
não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há
foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste
à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenação.”
Romanos 13: 1,2
“O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando
ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor, teu Deus,
nem ao juiz, o tal homem morrerá; e tirará o mal de Israel, para que
todo o povo o ouça, e tema, e nunca mais se ensoberbeça.”
46
Deuteronômio 17: 12, 13
Querido irmão, não resista a autoridade constituída por
Deus sobre a sua vida. Respeite, honre e reconheça quem está
acima de você. Não crie inimizades, fofocas e problemas para
aquele que é autoridade.
Você lembra do caso de Davi e Saul? Davi sabia que
seria rei de Israel, afinal de contas o mesmo profeta – Samuel –
que tinha ungido a Saul rei de Israel, posteriormente também
tinha ungido a Davi para esta mesma função. Davi também
sabia que todas as circunstâncias apontavam que dentro em
breve, ele seria rei. Por duas vezes Deus entregou a Saul nas
suas mãos. E ele não intentou tocar no ungido do Senhor.
E nós, na situação de Davi, como agiríamos? “Ah! eu
vou ser rei mesmo. Deus confirmou o meu trono. Se eu matar a
Saul vou apenas facilitar as coisas para Deus. Afinal de contas,
o reino de Saul já passou, agora vai sr inaugurada a dinastia de
Davi.”
Ele não intentou fazer isso. Muito pelo contrário, não
estendeu a sua mão contra o ungido do Senhor.
O que semear, isso também ceifará.
A Palavra nos diz que tudo o que o homem semear, isto
também vai ceifar (Gl 6: 7). Se semearmos contendas,
insubmissão, porfias, inimizades, quando somos liderados,
ceifaremos da mesma forma quando formos os líderes.
Será que não é isso que está ocorrendo com você hoje?
Está com dificuldade em liderar? As pessoas não lhe
obedecem? Não se submetem a você? Olhe para o passado.
Será que você também já não fez isso? Será que você também já
não foi insubmisso e rebelde? Se sim, peça perdão a Deus.
Reconheça o seu erro. Com certeza os seus liderados irão
mudar e a sua liderança será muito mais eficaz a partir de hoje.
47
A humilhação é contrária à natureza humana. A mesma
só tende a querer se exaltar, a querer pisar nos outros para
subir e a não se importar com ninguém.
Toda a causa tem a sua conseqüência, todo o sacrifício
tem a sua recompensa. Também toda a humilhação tem como
conseqüência a exaltação. Devemos lembrar de I Pedro 5: 6 que
diz: “a seu tempo” vos exalte. Se Deus ainda não te exaltou
como ele te prometeu, continue se humilhando e, com certeza,
ele o fará.
Que a Igreja do Senhor Jesus em nossos dias tenha
sempre em mente esses versículos:
“Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na
eternidade, cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e
também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito
dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.”
Isaías 57:15
“Não sejas sábio aos seus próprios olhos; teme ao Senhor e
aparta-te do mal.”.
Provérbios 3:7
Saiba que não adianta pedirmos unção, poder de Deus
sobre as nossas vidas se não formos humildes como o Senhor
Jesus e João Batista. Devemos honrar a Deus com as nossas
vidas e os nossos ministérios. Deus quer exaltar servos
humildes e comprometidos com o seu reino. Servos que não
dividam a glória que só pertence ao Senhor.
Continuando o texto de Mateus três, a partir do
versículo dezesseis, podemos enxergar três conseqüências da
humilhação de Jesus. Temos muito a aprender com as mesmas.
CAPÍTULO 6 – AS CONSEQÜÊNCIAS DA HUMILHAÇÃO
48
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus...”
Mateus 3: 16a
A primeira conseqüência da humilhação de Jesus Cristo
é que os céus se abriram para ele. Muitas pessoas têm os céus
sobre as suas vidas como se fossem ferro. Necessitam
desesperadamente dos céus abertos sobre si. Veja o que
Ezequiel disse a esse respeito:
“E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto
do mês, que, estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se
abriram os céus, e eu vi visões de Deus.”
Ezequiel 1: 1
É impressionante como a abertura dos céus na vida de
uma pessoa a marca. Ezequiel narra com extrema precisão o
momento em que os céus foram abertos para ele. A
conseqüência natural de se ter os céus abertos é começar a ver
visões de Deus.
Sempre temos visões dos nossos problemas, das nossas
dificuldades, lutas, tribulações e aflições. Precisamos passar a
ter a visão de Deus.
Colocando o foco em Deus
O texto de I Samuel 17 narra a luta entre Golias e Davi.
A Bíblia narra que os filisteus e o povo de Israel prepararam-se
para a batalha em Socó, no território de Judá. Cada um estava
sobre um monte e existia um vale, chamado vale do Carvalho
entre eles. Então, saiu do arraial dos filisteus um homem muito
alto. A Bíblia diz que a sua altura era de seis côvados e um
palmo (aproximadamente 2,90m) e o peso da sua couraça era
de cinco mil siclos de bronze (cerca de 57 Kg). Lembre-se que
naquela época as guerras eram travadas corporalmente. Um
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guerreiro, ao usar a sua armadura, necessitava de total
mobilidade para o combate, o que indica que além de Golias
ser muito alto, era também muito forte. Quando este homem
surgiu do meio arraial dos Filisteus, desafiando o povo de
Israel a escolher um homem para guerrear contra ele, o povo
se espantou e temeu muito (v.11).
Chegamos no ponto em que se percebe quem tem visão
de Deus e quem não tem. O povo de Israel – inclusive o seu rei
– viu apenas o homem na frente deles. Da mesma forma
muitas vezes agimos assim: vemos apenas o que está na nossa
frente.
Todavia, havia no arraial do povo de Deus um jovem
que tinha a visão de Deus. Note a diferença de pontos de vista.
“Então, falou Davi aos homens que estavam com ele,
dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a
afronta de sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu
para afrontar os exércitos do Deus vivo?”
I Samuel 17: 26 (grifo meu)
Que diferença impressionante! O povo de Israel via um
homem; Davi via um incircunciso. O povo via o problema;
Davi via a solução.
Circuncisão foi o pacto que Deus estabeleceu com
Abraão – patriarca da nação de Israel – em que todo o menino
ao completar oito dias de vida; teria retirada a carne do seu
prepúcio. A partir daquele momento, quem não fosse
circuncidado teria “a sua alma extirpada dos seus povos.”
Eu posso imaginar uma conversa entre Davi e o povo
que estava à sua volta: É desse homem que vocês têm medo?
Ele não tem aliança com Deus, ele não tem a bênção de Deus
sobre a sua vida. Ele pode ser alto e forte, mas Deus não está
com ele; está conosco. Ele pode ser mais forte do que eu, mas o
meu Deus com quem eu tenho aliança é muito mais forte do
que ele.
50
Já falamos anteriormente sobre a soberba. Davi sabia
que só o Deus a quem ele servia, poderia livrá-lo daquela
situação e que na sua própria força ele não conseguiria
derrotar Golias. Sabia que só o Deus de Israel poderia livrá-lo;
por isso que ele disse:
“Davi, porém disse ao Filisteu: Tu vens a mim com espada, e
com lança e com escudo; porém eu vou contra ti em nome do
Senhor dos Exércitos de Israel, a quem tens afrontado.”
I Samuel 17: 45 (grifo meu)
Somente em nome do Senhor dos Exércitos é que Davi
poderia enfrentar aquele gigante. Na sua força, Davi seria
esmagado.
Quantos gigantes se oferecem contra nós todos os dias.
Quais são as nossas atitudes com relação a eles? Agimos como
Saul que se escondeu? Ou dissemos para Deus: “Ah! Senhor,
tu estás muito ocupado para resolver este meu problema. Não
se preocupe. Eu sei resolver essa situação ou eu tenho um
conhecido que tem influência e ele pode resolver esse
problema para mim.” Ou agimos como Davi que sabia que na
sua força ele não poderia nada, mas em nome do Senhor dos
exércitos, ele faria proezas? (Sl 60: 12).
O final da história você conhece. Davi matou Golias e o
Senhor deu grande vitória a Israel. Tudo isso como resultado
de um jovem que tinha a visão de Deus.
Este episódio não marcou somente a vida de Davi.
Marcou a história de Israel. Muitas pessoas vendo a coragem
de dele, começaram a matar gigantes também.
“E Isbi-Benobe, que era dos filhos dos gigantes...intentou
ferir a Davi. Porém Absai filho de Zeruia, o socorreu e feriu o filisteu
e o matou. ...então Sibecai, o husatita, feriu a safe, que era dos filhos
dos gigantes. Houve ainda também outra peleja em Gate, onde estava
um homem de alta estatura, que tinha em cada mão seis dedos e em
51
cada pé outros seis, vinte e quatro por todos, e também este nascera
dos gigantes. E injuriava a Israel; porém Jônatas, filho de Siméia,
irmão de Davi, o feriu.”
II Samuel 21: 15, 16,18, 20, 21
Os guerreiros de Israel começaram a pensar que se
Davi poderia derrotar gigantes em nome do Senhor, eles
também poderiam. E foi o que ocorreu.
Comece a tirar o foco do seu problema e passe a focar o
Deus a quem você serve. Muitas pessoas estarão vendo e se
você tomar essa atitude, elas também tomarão.
Deus chama à existência aquilo que não existe
“Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí,
perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e
chama as coisas que não são como se já fossem.”
Romanos 4: 17
O nosso Deus é impressionante! Paulo diz que Deus
chama coisas que não são como se já fossem.
Nesta passagem, o Apóstolo está falando sobre Abraão
que saiu de sua terra natal com setenta e cinco anos de idade
para habitar em uma terra que Deus ainda lhe mostraria. Deus
não só lhe promete uma terra, mas também descendência. Só
que existe um pequeno problema: sua esposa é estéril. Mesmo
com este grave problema, Abraão – que tem a visão de Deus na
sua vida – não desanima e crê nas promessas que Deus tinha
feito para ele.
Não importam quais são as dificuldades que estão
diante de ti. Creia no Deus que chama à existência aquilo que
não existe.
Abraão é chamado “pai da fé” por causa das suas
atitudes narradas por Paulo nos próximos versículos.
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“O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria
feito pai de muitas nações, conforme o que lhe tinha dito: Assim será
a tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu
próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem
tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da
promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando
glória a Deus; E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido
também era poderoso para o fazer. Pelo que isso lhe foi imputado
como justiça.”
Romanos 4: 18-22
Esse texto é realmente impressionante! Já vimos que
Deus chamou Abraão quando ele tinha setenta e cinco anos e
lhe prometeu terra e descendência. Vimos também que a sua
mulher era estéril. Podemos pensar que Deus cumpriu as suas
promessas rapidamente, mas Deus levou vinte e cinco anos para
cumpri-la. Isso mesmo, vinte e cinco anos! Devemos lembrar
também, que quanto mais o tempo passava, mais improvável
era, a promessa de Deus cumprir-se.
Sara estava envelhecendo e o seu ciclo menstrual já
tinha acabado há muito tempo, o que torna humanamente
impossível uma gestação nessas condições. Mas Abraão sabia
em quem estava crendo e que mesmo que Sara tivesse
novecentos anos, Deus cumpriria as promessas que Ele tinha
feito, simplesmente porque Ele tinha prometido! Não poderia
voltar atrás com a sua Palavra porque Ele é Deus!
Será que você consegue perceber o tamanho da fé de
Abraão? Todas as circunstâncias estavam contrárias àquilo que
Deus tinha lhe prometido. Mesmo assim ele não olhou para
elas. Olhou para quem tinha lhe feito as promessas e sabia que
Deus era poderoso para cumprir cada uma delas.
Um rei com a visão em Deus
53
Um dos capítulos mais conhecidos de todo o Velho
Testamento é o capítulo vinte do segundo livro das crônicas
dos reis de Judá.
O mesmo fala sobre o rei Josafá e a magnífica vitória
sobre os exércitos dos Moabitas, Amonitas e dos descendentes
de Esaú.
Um mensageiro avisou a Josafá que vinha grande
multidão contra ele e que o exército invasor estava em En-
Gedi, que ficava aproximadamente a quinze horas de marcha
de Jerusalém. Não daria tempo para o povo de Judá montar o
seu exército.
Situações como essa já ocorreram na sua vida? Uma
notícia como uma bomba explodiu no seu colo e você não
soube o que fazer? Talvez a notícia de desemprego? De luto?
De revés?
As aflições da vida servem apenas para nos revelar
quem somos e qual é o grau da nossa confiança em Deus.
Josafá também teve esta notícia e o que ele fez? “Então
Josafá temeu e pôs-se a buscar o Senhor; e apregoou jejum em
todo o Judá.” (II Cr 20: 3).
Josafá transferiu o seu problema a Deus. Mas por que
Josafá pôde fazer isso? Por que ele conseguiu fazer algo tão
difícil para nós, homens e mulheres tão atarefados do século
XXI?
O grande segredo de Josafá está na próxima referência.
“Porque em nós não há força perante esta grande multidão
que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos, porém os
nossos olhos estão postos em ti.”
II Crônicas 20: 12 (grifo meu)
Algo em comum existia entre Davi, Abraão e Josafá:
mantinham o foco em Deus. Sabiam que por suas próprias
forças não conseguiriam nada, mas confiavam no Deus que
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eles serviam. O Senhor também te convida a confiar totalmente
nEle.
A visão de gafanhoto
Já citamos a passagem de Números, capítulo treze e
catorze, no capítulo dois deste livro. O povo de Israel estava
muito próximo da terra prometida. Deus tinha prometido que
daria aquela terra para eles e sua descendência, mas após o
relatório dos espias, resolvem voltar para o Egito.
Por quê isso? Por quê dar mais valor às palavras de
homens do que às palavras de Deus? Tudo é uma questão de
ótica. Veja o que o povo dizia a respeito de si mesmo.
“Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes
dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e
assim também éramos aos seus olhos.”
Números 13: 33 (grifo meu)
Você consegue ver o contraste entre os três exemplos
anteriores e este? Eles próprios se julgavam como gafanhotos e
essa não era a visão de Deus para eles. A visão de Deus era que
se eles guardassem os mandamentos do Senhor ninguém
poderia subsistir diante deles. Nesse episódio, apenas duas
pessoas tinham a visão de Deus: Josué e Calebe.
Nessas coincidências que só Deus explica, Calebe
recebeu sua parte na herança da terra prometida onde os filhos
de Anaque estavam! (Js 15: 13). Justamente no lugar onde
habitavam os tão temidos filhos de Anaque.
O que você acha que Calebe fez? Será que ele ficou se
lamentando ou pedindo para Josué lhe dar outra porção da
terra? Será que Calebe entrou em acordo com os gigantes, do
tipo, eu não incomodo vocês e nem vocês me incomodam?
A resposta é NÃO. Calebe não agiu dessa maneira. Veja
o que ele fez.
55
“E expeliu Calebe dali os três filhos de Anaque: Sesai, e
Aimã, e Talmai, gerados de Anaque.”
Josué 15: 14
O problema era o mesmo: os filhos de Anaque. As
atitudes frente os problemas foram totalmente contrárias: o
povo fugiu. Calebe venceu.
Quando o foco das nossas vidas está em Deus, voamos
como águias; passamos a ver os nossos problemas como Deus
os vê: bem pequenos!
À medida que nós nos humilhamos diante de Deus, nos
é concedida a sua visão. A visão que não foca as circunstâncias,
os problemas, as adversidades, as lutas, as aflições; mas sim o
poder de Deus e suas promessas.
O Espírito Santo como uma pomba
Ao continuarmos o texto de Mateus três, vemos a
segunda conseqüência da humilhação do Senhor Jesus.
...e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo
sobre ele.”
Mateus 3: 16b
Vimos sobre pessoas que querem dividir com Deus a
glória que só pertence a Ele. Vimos também que Deus não
pode exaltar uma pessoa que age desta forma. No texto acima
vemos o Espírito Santo descendo sobre o Senhor Jesus.
Como dissemos, Jesus é o nosso exemplo em tudo e
também a ordem dos fatos que ocorreram em sua vida deve
ser padrão para a nossa. Lembre-se sempre dessa ordem:
primeiro a humilhação, depois a descida do Espírito Santo. Lembre-
se de II Crônicas 7: 14. Antes de tudo, tem que vir a
humilhação. Sempre!
56
Quando pedimos a unção do Espírito sobre nós, como
conseqüência direta, estamos pedindo destaque no reino de
Deus, e é aí que está o perigo! O ser humano deve reconhecer
que se está no alto, é porque quem fez a obra em sua vida foi
Deus e não a sua “enorme” capacidade. Aprenda de uma vez
por todas: Deus não divide a sua glória com ninguém! É por
isso que é muito importante que antes da exaltação, antes do
poder do Espírito Santo, venha a humilhação. É necessário que
a pessoa tenha experiências com Deus no rio da humilhação, o
rio Jordão.
Deus quer marcar um encontro contigo no rio Jordão,
este rio tão importante na história da nação de Israel, e que
deve ser também muito importante na vida de todo o cristão.
Deus te convida a mergulhar nessas águas sujas, imundas da
humilhação e da humildade.
O Senhor Jesus durante o seu ministério apresentou
muitos paradoxos e um dos maiores foi este:
“Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre
vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal.”
Mateus 20: 26
Ele te convida a viver esse paradoxo.
Os pregadores são simplesmente meninos de recado do
Espírito Santo e é justamente isso que realmente nós somos:
apenas meninos de recado.
O menino de recado não formula o recado, não
acrescenta nada a ele, não questiona se é agradável ou não ao
ouvinte. Apenas transmite-o. O recado não é nosso, os
ouvintes não são nossos, a formulação do recado não é nossa.
Apenas repetimos aquilo que Deus nos deu e eu lhe pergunto:
que méritos temos nisso? Nenhum.
57
“Porque quem te diferencia? E que tens tu que não tenhas
recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras
recebido?”
I Coríntios 4: 7
Sempre tem que existir a humilhação primeiro para
depois vir a exaltação; pois nunca sem humilhação poderá vir
a exaltação.
Este é o meu filho amado
“E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu filho amado,
em quem me comprazo.”
Mateus 3: 17
A terceira e última conseqüência é o próprio Deus
dizendo acerca do Senhor Jesus que Ele é o seu filho amado em
quem Ele tinha grande alegria. Vemos o próprio Deus se
agradando da humilhação de Jesus.
Deus quer se agradar da nossa vida, querido leitor,
para tanto precisamos fazer como o Senhor Jesus Cristo.
O sonho de todo o filho é agradar ao seu pai. Com o
nosso pai terreno, nós fazemos todo o possível para agradá-lo.
Quanto ao nosso pai celestial, devemos nos esforçar mais
ainda.
Imagine o Senhor reunindo todos os seus anjos ao redor
do seu trono, olhando lá do céu para a sua vida e dizendo:
“Este é o meu filho amado, em quem tenho grande alegria.”
Devemos agora nos concentrar na importância e nas
conseqüências da descida do Espírito Santo sobre a Igreja
primitiva.
58
CAPÍTULO 7 - OS RESULTADOS DA DESCIDA DO
ESPÍRITO SANTO
As coisas no reino de Deus realmente acontecem de
forma bem rápida. Os resultados foram imediatos e
monstruosos. Pedro, um homem que tinha negado a Jesus há
pouquíssimo tempo e apesar de ter um temperamento muito
forte, na verdade era um covarde, agora se levanta e prega
sobre Jesus Cristo com uma autoridade incrivelmente grande e
naquele mesmo dia quase três mil almas declaram que Jesus
Cristo é o Senhor de suas vidas (Atos 2: 41).
É isso que o Espírito Santo faz na vida de um homem.
Concede intrepidez e ousadia para pregar o evangelho.
“Agora, pois, ó Senhor, olha para suas ameaças, e concede
aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto
estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios
pelo nome do teu santo filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar
em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e
anunciavam com ousadia a palavra de Deus”.
Atos 4:29-31
Que transformações gloriosas! Que texto riquíssimo
podemos ver acima! A Igreja em Jerusalém seguia fielmente o
modo como Jesus cumpria o seu ministério.
Preste atenção como havia sincronia entre homens e
Deus na pregação do Evangelho. Os homens só abriam a boca,
e a boca não pensa, apenas fala o que manda a cabeça (cérebro)
que é Cristo. Deus fazia todo o resto. Concedia as palavras
para falarem e estendia as suas mãos para curar aqueles que
necessitavam de cura.
Apesar das perseguições que estavam sofrendo (até e
principalmente físicas) não desistiam; pelo contrário, pediam
ao Senhor para lhes concederem mais ousadia para pregarem o
59
evangelho. Não se importavam com suas vidas. Queriam era
fazer a vontade de Deus, manifesta através de Jesus Cristo. No
Brasil, não passamos por uma mínima parte da perseguição
que esses servos do Deus vivo passaram. E quantas vezes
murmuramos dizendo ao Senhor que se a nossa situação não
melhorar não pregaremos mais o Evangelho?! É necessário,
que de uma vez por todas cresçamos espiritualmente.
“Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados
sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”.
I Pe 4:14
O Evangelho Completo
“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas
sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo”.
Mateus 4:23
Leia o texto acima novamente e veja como Jesus
pregava o Evangelho completo. A Igreja hoje precisa
urgentemente assemelhar-se à dos tempos bíblicos. Chamar
atenção para esta verdade e responsabilidade, é um dos
propósitos deste livro. Devemos orar fervorosamente para o
Senhor nos conceder ousadia para pregarmos a palavra.
Paulo adverte a Timóteo que “pregues a palavra, instes a
tempo e fora de tempo”.(II Tm 4:2a). Para que isso aconteça,
precisamos estar cheios de Deus, porque da abundância do
coração fala a boca (Lc 6:45c). Mas, como nós, pessoas normais e
tímidas (a grande maioria dos crentes são tímidos) podemos
pregar a Palavra com ousadia e intrepidez? Isso mesmo!
Somente sendo cheios do Espírito Santo!
60
Amor
Falamos sobre Pedro e o que ficou mais evidenciado na
sua transformação depois da descida do Espírito Santo.
Todavia, muitos se esquecem de um personagem importante
na história da Igreja: João.
Todos conhecem João como o discípulo amoroso. De
fato o era, mas nem sempre foi assim.
“E mandou mensageiros diante da sua face; e, indo eles,
entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada.
Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a
Jerusalém. E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram:
Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma como
Elias fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis
de que espírito sois.”
Lucas 9: 52-55 (grifo meu)
João antes de ser revestido com o poder de Deus, não
possuía esse amor que muitos pregam. Tinha fé, é verdade,
cria que se ele orasse, fogo do céu cairia como foi feito quando
Elias orou (II Reis 1: 10-12), mas não possuía amor verdadeiro
pelas pessoas, porque amor de verdade, só o Espírito Santo
pode derramar.
É maravilhoso quando pensamos como Deus age e o
que ele faz com os seus filhos. Depois da campanha
evangelística de Filipe entre os samaritanos, dois Apóstolos
foram chamados de Jerusalém para orarem pelos samaritanos
para eles receberem o revestimento do Espírito. Adivinha
quem estava entre esses dois apóstolos? Isso mesmo, João.
“Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João,
os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o
Espírito Santo.” Atos 8: 14, 15 (grifo meu)
61
Deus realmente é extraordinário! O mesmo povo, pelo
qual antes João queria orar para que fosse consumido por fogo
vindo do céu, agora é convocado a orar para que recebessem o
Espírito Santo.
Já aconteceu isso com você? Alguém já te magoou um
dia e a vida deu uma volta e essa pessoa está precisando de
você agora? O que você fez? Será que você glorificou a Deus
por que ele colocou o seu inimigo embaixo do seu pé? Lembra-
se quem é o seu verdadeiro inimigo? (Ef 6: 12). O que você fez?
Será que se vingou dele? Deus te convida a parecer com o
Senhor Jesus. Te convida a perdoar e a orar pelos seus
inimigos (Mt 5: 44).
Você acha difícil? Eu sei que é. Mas Deus te chamou
para alvoroçar o mundo e o amor é um agente poderoso para
isso.
Como receber o Espírito Santo
Este assunto é largamente discutido, e particularmente
fico impressionado em ver como existem fórmulas mágicas
para se receber o revestimento com o Espírito Santo. Vamos
ver somente o que a Bíblia diz sobre o assunto:
“E eu vos digo a vós: Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis;
batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem
busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que,
se filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir
peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um
ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas
dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o
Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
Lucas 11:9-13 (grifo meu)
62
Penso que este texto desmistifica totalmente este
assunto. Receber o Espírito Santo é muito simples. Não existe
um ritual, nem regras a serem seguidas do tipo: “Os dez
passos para ser batizado com o Espírito Santo”. O que Jesus
está nos dizendo é que não existe isso. O Senhor está
comparando a descida do Espírito com, por exemplo, você
pedir ao seu pai terreno algo tão simples como um pão, um
ovo ou um peixe. E o mais importante, é que assim como um
pai natural procura dar o melhor para os seus filhos, nosso Pai
celestial não negará o seu Espírito a você; basta fazer como
quando era criança com o seu pai terreno, que você pedia e
tinha plena convicção de que ele lhe daria. Faça o mesmo com
o seu Pai celestial.
Imposição de mãos
Um outro meio de recebermos o batismo com o Espírito
Santo; é a imposição de mãos.
“Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito
Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era
dado o Espírito Santo...”
Atos 8: 17, 18a
Veja outro exemplo.
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito
Santo; e falavam em línguas e profetizaram.”
Atos 19: 6
Não importa como Deus batiza. Uns são batizados
quando oram, outros são batizados quando estão louvando – o
que foi o meu caso. Outros, ainda, são batizados quando estão
glorificando a Deus. Particularmente, já vi um caso em que um
certo irmão foi revestido quando estava dormindo. O que
63
realmente importa é que Deus está pronto a te revestir. Basta
que você tenha esse desejo.
Agora que você sabe como é fácil receber o batismo
com o Espírito Santo. Faça-o, pois a Igreja primitiva o tinha
como indispensável e você também deve tê-lo na sua vida.
Nos tempos bíblicos, a Palavra era pregada com sinais,
curas, prodígios e maravilhas, da mesma forma que o
Evangelho era pregado por Jesus Cristo. Hoje, isto ocorre em
menor intensidade porque não estamos olhando para a
Palavra! Devemos continuar a obra do Senhor na Terra com o
êxito que os apóstolos tiveram. Infelizmente, estamos crendo
em um evangelho só pela metade.
Se uma pessoa subir a um púlpito e começar a pregar
sobre salvação e alguém aceitar a Jesus, todos no auditório
crerão que é da vontade do Senhor salvar aquela vida. Por
quê? Porque a Palavra de Deus diz:
“É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades”
Salmo 103:3a
Glória a Deus! Tomamos posse desta palavra e
simplesmente cremos que Deus nos perdoa, e perdoa a
qualquer que o aceitar, não importa o que tenha feito no
passado. Mas o versículo não termina por aí. Ele continua:
“e sara todas as tuas enfermidades.”
Salmo 103:3b
E ainda podemos ver:
“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o
madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a
justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.
I Pedro 2:24
64
A igreja que alvoroça o mundo
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A igreja que alvoroça o mundo

  • 1. A IGREJA QUE ALVOROÇA O MUNDO “... Estes que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui.” Atos 17:6b Edson de Almeida F. Oliveira. Rua Francisco Barreto 50 - Bangu Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 34652008/ (21) 81440378 e-mail: edsoniq@uol.com.br Registrado do Escritório de Direitos Autorais sob o Nº 290.730 Livro 526 Folha 390 ÍNDICE Introdução..........................................................................................4 1. A obediência..................................................................................8 2. O Espírito Santo..........................................................................23 3. Exemplos a serem seguidos.......................................................37 4. Aprendendo com Lúcifer...........................................................43 5. O rio da humilhação...................................................................50 6. As conseqüências da humilhação.............................................59 7. Os resultados da descida do Espírito Santo............................70 8. A unidade.....................................................................................78 9. Anunciar a Jesus..........................................................................89 10. O cuidado com as ovelhas.......................................................96 11. Dividir para crescer................................................................107 12. Evangelismo através de sinais..............................................116 13. A interseção eficaz..................................................................125 14. Missões dirigidas por Deus...................................................132 Palavra Final..................................................................................136
  • 2. 2
  • 3. CHEGA DE NOSTALGIA! Nesta breve introdução, queremos ressaltar a contemporaneidade dos dons do Espírito Santo. O objetivo deste livro é comprovar que o poder de Deus não diminuiu com o passar do tempo. Queremos mostrar que Deus não muda. Ele não quer ser lembrado como o Deus que operou no passado. Ele quer e deve ser lembrado como o Deus que opera hoje no meio do seu povo. 3
  • 4. Sobre estes quatro pilares a fé de todo o cristão deve estar fundamentada: “Eu, o Senhor, não mudo”.(Ml 3:6a), “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.(Hb 13:8), “Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir”.(Jr 1:12b) e “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.(Mt 24:35). Devemos nos fundamentar na imutabilidade de Deus e da sua Palavra para que possamos alvoroçar o mundo. Temos visto em nossos dias, as pessoas se referirem à igreja de Atos dos apóstolos com um ar nostálgico e saudosista, como se Deus não pudesse ou quisesse realizar hoje, em nossos dias o mesmo que fazia naquela época. Às vezes, encontramos pessoas dizendo que os sinais e prodígios feitos naquele tempo se foram quando o último apóstolo morreu ou que Deus realizou aqueles tão grandiosos sinais apenas para estabelecer a sua igreja, porque ela estava apenas começando a sua história. A palavra de Deus nos diz: “Eis que pus diante de ti uma porta aberta, e ninguém a pode fechar”.(Ap 3:8). A porta dos sinais, prodígios e maravilhas, continua aberta para o seu povo e ninguém pode fechar aquilo que Deus tem aberto para a sua igreja! Glorifique a Deus pela sua imutabilidade e pelo Seu anseio de continuar realizando grandes coisas no meio de seu povo. Que o Senhor Deus possa estar lhe abençoando na leitura desse livro e que o Espírito Santo esteja nos tocando para que nós, você e eu, estejamos alvoroçando o mundo! Edson de Oliveira. 4
  • 5. CAPÍTULO 1 – A OBEDIÊNCIA “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejai s revestidos de poder.” Lucas 24:49 Quando Jesus proferiu estas palavras, Ele já tinha ressuscitado dentre os mortos e tinha ficado quarenta dias com os discípulos (At 1:3). Estava na eminência de voltar para o Pai, e estas foram uma de suas últimas palavras. 5
  • 6. Ordenou que os seus seguidores não se apartassem da cidade de Jerusalém até que fossem revestidos de poder. A Bíblia nos fala em I Coríntios 15:6 que Jesus, depois de ressurreto, foi visto por mais de quinhentas pessoas de uma só vez, ou seja, mais de quinhentas pessoas ouviram estas palavras e no dia de Pentecostes o que aconteceu?... Em Atos 1:15, a Bíblia diz que quase cento e vinte pessoas estavam reunidas quando houve o derramamento do Espírito Santo. O que houve com as outras mais de trezentos e oitenta pessoas? Será que estavam muito ocupadas com as suas próprias obrigações que se esqueceram da promessa de Jesus? Será que os seus interesses estavam na frente da ordem do Senhor? Talvez pensavam que a sua promessa fosse demorar a se cumprir? Querido leitor, se os seus interesses estão na frente daquilo que Deus lhe tem ordenado, reveja as suas prioridades. Deus deve vir antes de qualquer coisa, inclusive dos nossos desejos. Se buscarmos sempre a Sua vontade para as nossas vidas, os nossos desejos vão se alinhar com os desejos Dele; então, este versículo se cumprirá em nós. “Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.” Salmo 37: 4 Imagine irmão, quão mais impactado o mundo teria sido, se ao invés de cento e vinte fossem quinhentas pessoas que tivessem sido batizadas com o Espírito Santo. Vejamos quantos dias os discípulos perseveraram em oração. Acompanhe-me: os discípulos foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecostes que também era conhecido como “Festa das Semanas” ou “Dias dos Primeiros Frutos”. Pentecostes vem do grego pentekostos que simplesmente significa cinqüenta. 6
  • 7. Essa festa era celebrada cinqüenta dias após a Páscoa; ocasião em que o Senhor Jesus morreu e ressuscitou três dias após. Já dissemos que Jesus ficou com os discípulos quarenta dias depois de ressuscitado, sobrando apenas sete dias de perseverança para os discípulos. Isso mesmo! Mais de trezentas e oitenta pessoas descumpriram a ordem do Senhor em apenas sete dias! Isso é impressionante. Será que nós temos sido diferentes? Quantas vezes perdemos as promessas de Deus de vista, porque não temos nenhuma perseverança. O escritor da carta aos Hebreus nos exorta: “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hb 10: 36). O original grego de paciência é hupomone, que significa constância, perseverança, resistência, firmeza, e é justamente isso que Deus quer! A perseverança que Ele não encontrou naquelas trezentos e oitenta pessoas Ele quer encontrar em nós. Olhando para o texto acima podemos enxergar dois passos que antecedem o cumprimento das promessas de Deus: perseverar e fazer a vontade de Deus. No caso destas pessoas a promessa feita por Jesus Cristo era o revestimento de poder. A persistência duraria apenas sete dias e a vontade de Deus era que eles não se apartassem de Jerusalém. Agora, imagine você, quanto o mundo será impactado se nós começarmos a obedecer ao que Jesus nos tem mandado! Quem realmente ama a Deus Muitas pessoas afirmam que amam a Deus. Em um país religioso como o nosso, se você for às ruas e começar a perguntar, quase que a totalidade das pessoas irão dizer que amam a Deus e que amam ao Senhor Jesus. Todavia, a Palavra de Deus não nos diz que qualquer um ama ou pode amar a Deus. A Bíblia diz que apenas alguns poucos de fato amam a Deus, porque Ela diz: 7
  • 8. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21 Esse versículo tão glorioso nos dá uma resposta bem clara a respeito de quem verdadeiramente ama ao Senhor. Somente aquele que tem os seus mandamentos e os guarda. Sinceramente, não entendo como uma pessoa pode se dizer cristã se nem ao menos tem o hábito de meditar na Bíblia. Não têm um programa mínimo de leitura da Palavra. É profundamente constrangedor vermos pessoas com bastante tempo de Evangelho e que não tem o menor conhecimento bíblico. Vivem um Evangelho de “achismo”; nunca tem uma resposta para os seus problemas ou dificuldades baseada na Palavra. É por isso que Oséias inspirado por Deus declara: “O meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento” (Os 4: 6a). Se não conhecem o Testamento, não conhecem os seus direitos e não têm como reivindicá-los. Não conhecem a autoridade da sua posição como filhos de Deus. Também de igual importância é guardarmos os mandamentos do Senhor. Leia com bastante atenção o que Tiago diz: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” Tiago 1:22 Note como a vida cristã fica extremamente sem sentido quando uma pessoa apenas fala, mas não vive o que fala. Se não praticarmos aquilo que falamos, nossa vida cristã vira simplesmente hipocrisia! Os fariseus viviam assim: pensavam que estavam muito bem com Deus, porque apenas ensinavam 8
  • 9. as pessoas como procederem, mas não praticavam uma única palavra do que diziam (Mt 23:3). Meu amado irmão, nossa vida espiritual não pode estar resumida apenas em discursos bonitos ou regras de condutas para os outros. Não podemos, como os fariseus, viver uma vida cristã apenas de aparência. Não é possível continuar assim. O Espírito Santo tem feito um apelo para que deixemos a aparência e vivamos a substância do Evangelho. Deus quer gerar em nossos dias o “Espírito de graças e de súplicas” (Zc 12: 10). Recentemente, estava em um retiro espiritual por ocasião do carnaval e só havia basicamente jovens e adolescentes. Pouco antes do término do culto de domingo à noite, Deus derramou do seu Espírito de graças e de súplicas e um grande quebrantamento foi gerado naquele lugar. Adolescentes com idade variando entre doze e quinze anos, foram tomados pelo Espírito de Deus e choravam se lamentando pelos seus pecados, pedindo perdão a Deus. A presença de Deus foi tão forte, que muitos ficaram até as três da manhã somente orando e louvando ao Senhor. Alguns, uma semana após o ocorrido, ainda choravam ao se lembrar do que Deus havia feito em suas vidas. Querido leitor, se você se sente na situação desesperadora de apenas viver de aparência, por favor, pare agora a leitura deste livro, ore e reconcilie-se com o Senhor. Tiago nos recomenda: “Assim falai, assim procedei”.(Tg 2:12a). Um dos principais desafios para a Igreja neste começo de século é justamente este: viver aquilo que fala. Saiba de uma coisa: quando pregamos, evangelizamos, ou tão somente conversamos sobre as coisas de Deus; com evangélicos mesmo, a nossa vida é refletida como um espelho. O mundo pode não gostar da sua voz, da sua aparência, do seu modo de vestir, ou de qualquer outra coisa, mas nunca, nem cristãos ou ímpios podem apontar o dedo para você e dizer: este não vive o que prega. Isto é muito sério! 9
  • 10. A resposta para uma grande questão que tem assolado a Igreja em nossos dias também é encontrada aqui, numa pequena frase: “e me manifestarei a ele”. Isso porque as pessoas têm buscado a Deus de forma errada! Querem buscar a presença de Deus de qualquer jeito. Do seu próprio modo. Lembra-se de Davi e o seu intento de trazer a arca da aliança para Jerusalém? A motivação de Davi era legítima, haja vista que ele estava de todo o coração buscando a presença de Deus. Davi então, ajuntou a todos os escolhidos de Israel e preparou um carro novo para levar a arca de Deus da casa de Abinadabe para Siló. Preparou um carro novo, onde puseram a arca e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro. O final dessa história você já conhece: Uzá morreu porque tocou na arca de Deus. Porque Deus fez isso?Porque ele foi buscado de forma errada. Davi não conhecia a lei de Deus que dizia que apenas os descendentes de Levi poderiam conduzir a arca do Senhor. Muitas pessoas fazem isso todos os dias. Buscam a Deus não como ele próprio estabelece, mas como eles acham que está certo. Davi também achava que estava certo, no entanto, não estava de acordo com a vontade de Deus que é revelada na sua Palavra. Para Jesus manifestar-se em sua vida de forma maravilhosa só existe um jeito: tendo e guardando os mandamentos do Senhor. Pessoas estão se decepcionando com Deus quando deveriam estar se decepcionando com a sua própria falta de obediência. Sem obediência aos mandamentos de Deus, ninguém vai ver a glória de Deus sobre a sua vida! Mais uma vez eu tenho que dizer: se o Espírito Santo está falando profundamente ao seu coração, e sei que está; pare um pouco e ore. Com certeza Deus está de braços abertos para lhe perdoar, lhe abençoar e lhe dar uma vida abundante com a qual você 10
  • 11. nunca conseguiu sonhar. Entretanto, é necessário primeiro que você humilhe-se diante da presença do Senhor. Casos de Obediência Através do texto de Lucas 5:1-6, podemos tirar importantíssimas lições para a nossa vida. Jesus estava no começo do seu ministério e estava junto ao lago de Genezaré, também chamado de mar da Galiléia. Vendo dois barcos atracados, entrou em um e pediu que o seu dono (Pedro) o afastasse um pouco para que pudesse ensinar. Terminando o seu discurso, disse a Pedro: “Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”.(Lc 5:4). Imagino que Pedro deve ter se surpreendido. Ele, um pescador experiente, havia passado a noite inteira pescando e não tinha apanhado nada e o filho de um carpinteiro que aparentemente não entendia absolutamente nada de pescaria lhe dava ordens e dizia quando e onde deveria pescar. Mas, qual foi a resposta de Pedro: “... sob a tua palavra lançarei a rede”.(Lc 5:5b). Apesar das circunstâncias serem totalmente desfavoráveis, apesar de Jesus, aparentemente, não entender nada de pescaria, ele confiou nas palavras do Senhor e o mais importante: obedeceu! Meu irmão, ainda que você ouça inúmeras vozes dizendo que não há solução e que você não irá conseguir, ou, ainda que as suas condições sejam desfavoráveis como eram as de Pedro; lhe darei um conselho: fique sempre com o que Deus tem lhe dito. “Seja sempre Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso” (Rom 3:3a). Qual foi o resultado por Pedro ter obedecido à voz de Jesus? A quantidade de peixes era tão grande que rompia-se- lhes a rede e teve de pedir ajuda aos companheiros. Você nunca vai perder por ouvir a voz de Deus e não a dos homens, 11
  • 12. mesmo que seja a sua. Deus tem sempre o melhor para os seus filhos. “Mas a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crerem no seu nome”. (Jo 1:12) Se você já recebeu ao Senhor Jesus como Salvador você pertence à família de Deus e não só pode como deve reinar em vida por meio de Cristo Jesus. (Rom 5:17). Em João 2:5, Maria diz algo muito importante aos serventes e é uma das coisas que tem faltado à Igreja em nossos dias: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”. Nessa passagem, Maria tinha plena convicção que qualquer coisa que Jesus dissesse para os serventes fazerem, seria a solução de todos os seus problemas. Este é o cenário do primeiro milagre de Jesus: Maria, Jesus e seus discípulos foram convidados a um casamento e em determinado momento o vinho acabou. Maria foi participar o problema a Jesus e abrindo um parêntesis: ela não ficou se lamentando pelo fato do vinho ter-se acabado. A primeira atitude foi participar o problema a Jesus. Se você não tem esse hábito, passe a tê-lo! Jesus, então, pede aos serventes que encham de água as talhas e as levem ao mestre-sala. Imagino que os serventes não devem ter entendido nada. Provavelmente devem ter pensado: nós não estamos precisando de água e sim de vinho; mas mesmo assim, obedeceram! E o resultado: o melhor vinho foi servido. Jesus tem sempre o melhor vinho para lhe oferecer. Basta você obedecê-lo. Preste a atenção a um detalhe importante: tanto Pedro como os serventes poderiam ter questionado as ordens de Jesus, pois, aparentemente não havia lógica para as mesmas. Mas não questionaram, apenas obedeceram. Quando 12
  • 13. questionamos as ordens do Senhor, demonstramos incredulidade, mas o Senhor não pode trabalhar na incredulidade. (Mc 6:5, 6). A vontade específica de Deus Um dos grandes problemas em nossas igrejas é que as pessoas não têm idéia da vontade específica de Deus para as suas vidas - existe a vontade geral e a específica de Deus para nós; o objetivo deste livro não é tratarmos especificamente sobre os diferentes aspectos da vontade de Deus. Não sabem quais são os seus ministérios e como serão úteis na obra do Senhor. Impressionante como existem cristãos com anos de Evangelho e não sabem para qual ministério Deus os têm chamado e como serão úteis na obra. Mas será que existe um meio de sabermos o que devemos fazer para Deus, ou pelo menos tornarmos mais audível a Sua voz para nós? A Bíblia responde: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:2 O primeiro passo para sabermos a vontade específica de Deus é não nos conformarmos com este mundo. O original grego da palavra conformeis é suschematizo, que refere-se a conformar-se com o estilo ou a experiência externos, acomodando-se a um modelo ou padrão. Os costumes, hábitos e atitudes deste mundo não condizem com os santos padrões bíblicos. E o que temos presenciado é a Igreja sendo influenciada pelos costumes mundanos e não o contrário. Precisamos, como um espelho, refletir a luz de Jesus Cristo para que o mundo veja quão 13
  • 14. brilhante é o viver de um cristão (Mt 5:16). Somos chamados cristãos porque devemos praticar as mesmas obras que Cristo praticou. Por favor, reflita o quanto suas atitudes tem se parecido com as de Jesus Cristo. As nossas obras também tem que estar cada dia mais parecidas com as de Jesus. As nossas atitudes têm que refletir a glória de Deus para o mundo, pois, nós somos chamados a luz do mundo. O escritor aos Hebreus nos dá uma importante advertência: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hebreus 12:14 Nós estamos em processo de santificação, ou seja, nós somos como a luz da aurora que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito. A cada dia, devemos estar separando-nos das obras do mundo, desprezando-o e voltando-nos para Deus e para a Sua obra. Quanto mais detestarmos as coisas deste mundo, mais estaremos aproximando-nos de Deus e o amando-o mais, porque aquele que odeia o mundo, constitui- se amigo de Deus. (Tg 4:4). Não dá para servir a dois senhores. (Mt 6:24). O segundo passo é transformarmos o nosso entendimento. E o que é renovação de entendimento? “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8 O ser humano por sua natureza decaída e pecaminosa tende a pensar em adultérios, prostituições, homicídios, furtos, 14
  • 15. avareza, blasfêmia, soberba, inveja, loucura. Todos esses pensamentos procedem de dentro do homem (Mc 7:21-23). Mas o nosso entendimento (pensamento) precisa ser trocado, restaurado pelo Espírito Santo e isto só ocorre quando nos alimentamos da palavra, temos uma vida constante de oração e enchemos os nossos lábios com o louvor do Senhor. “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”. Colossenses 3:2 Devemos estar muito atentos quanto aos nossos pensamentos. Por que a boca fala do que está cheio o coração. (Lc 6:45). Com os nossos lábios podemos tanto confessar a Jesus como nosso salvador, como podemos negá-lo (Mt 10:33). Não é apenas na situação de alguém perguntar a que “religião” pertencemos que podemos negar a Jesus. Mas, quando dizemos no nosso dia-a-dia, palavras que não condizem com a fé que confessamos, como palavras de baixo calão, maldições e outras palavras frívolas, também negamos a Cristo Jesus. Precisamos moldar a nossa linguagem com a ajuda do Espírito Santo para darmos bom testemunho para os que estão aqui na Terra e para agradarmos ao nosso Pai celestial. A nossa esperança não é apenas terrena (I Co 15:19), mas precisamos estar com a nossa mente voltada para as coisas futuras, para a Canaã celestial, a nossa eterna morada. Assumindo essas atitudes: não se conformar com este mundo e transformar o nosso entendimento, conseqüentemente experimentar a vontade específica de Deus para a nossa vida cotidiana e por fim, poder cumprir o propósito de Deus para nós. A ordem de Jesus hoje 15
  • 16. O que Jesus tem dito para a sua Igreja fazer hoje? “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28: 19,20 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”. Marcos 16:15 Temos ouvido muitas pregações a respeito desta grande comissão que Jesus tem nos dado. Muito tem se falado sobre essas difíceis palavras do Senhor. Felizmente os resultados estão aparecendo, mas é necessário fazermos ainda muito mais. As palavras de Jesus não terminam por aí. É necessário que aprendamos algo: o Senhor nunca nos dá uma missão para realizarmos sem os meios necessários para tanto. Cristo continua: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e, porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”. Marcos 16: 17,18 O Senhor Jesus nos mandou que pregássemos o evangelho a toda a criatura. O verdadeiro evangelho é o poder de Deus (Rom 1:16). Continuando o texto, vemos que os discípulos obedeceram à ordem de Jesus e como sempre, quando Deus ordena e obedecemos, Ele cumpre as suas promessas. 16
  • 17. “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando as palavras com os sinais que se seguiram”. Marcos 16:20 (Grifo meu) Este tem de ser o ideal a ser perseguido nos nossos dias. Não podemos querer menos de Deus, por que Ele não quer menos de nós. Para fazermos os sinais, basta-nos crer! Jesus mandou que pregássemos o evangelho com intensa demonstração de poder. Uma das grandes artimanhas de Satanás para com povo de Deus hoje, é dizer que apenas poucas pessoas privilegiadas, têm um poder especial para falar novas línguas, expulsar os demônios e curar os enfermos. A palavra de Deus não diz isso. Não diz que apenas alguns poucos indivíduos podem fazer isso, ou apenas pastores, ou líderes privilegiados, mas que aqueles que crerem no Senhor Jesus farão esses sinais, porque Deus não faz acepção de pessoas. Você consegue entender que promessa maravilhosa Jesus nos deixou? E que é para mim e para você. Hoje e agora? O Senhor nos prometeu que aqueles que crerem no seu nome manifestarão o seu poder! Um diácono que fazia prodígios “E era Estevão cheio de fé e de poder e fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Atos 6:8 17
  • 18. No começo do capítulo seis do livro de Atos, vemos a instituição dos diáconos. Estes sete homens foram pessoas escolhidas pelo povo para servirem e Estevão era um deles. A função de um diácono não era a de pregar o evangelho como os apóstolos. Era somente de servir. Mesmo assim, através da unção e autoridade do Espírito Santo na vida de Estevão, ele fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Isto nos dá base bíblica para refutarmos os que dizem que nos dias atuais, apenas poucas pessoas podem manifestar o poder de Deus. As promessas de Deus, inclusive esta, são para todos os que crerem. Ao longo da história da Igreja vemos que a Bíblia, a palavra de Deus, foi deixada de lado e trocada por rituais. O Evangelho puro não é ritual, mas demonstração do poder de Deus! Graças a Deus que em nossos dias, a Bíblia voltou a ser aberta e o Senhor está por levantar uma geração que tome posse integralmente daquilo que Jesus nos garantiu na sua morte e ressurreição. “Aquele que crer em mim fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas”. João 14:12 Que promessa maravilhosa e bendita essa que Jesus nos deixou! Você crê em Jesus? Então olhe de novo o versículo citado acima e tome posse dessa benção para a sua vida! Você está conseguindo entender o poder e a autoridade que Ele nos deixou? Para alcançarmos essas duas promessas gloriosas, situadas nas duas passagens acima, necessitamos fazer algo tão simples que inclusive já o fizemos quando da ocasião da nossa salvação: crer no Senhor Jesus (Jo 1: 12). Temos tamanha 18
  • 19. autoridade no nome precioso do Senhor Jesus e a Igreja, de um modo geral, não tem se dado conta a respeito disso. Certa ocasião estava em uma Igreja e um irmão chegando perto de mim, mostrou-me um folheto que ele havia recebido com propósitos de oração para que os membros daquela Igreja estivessem se dedicando naquele ano. Eu o abri e ao lê-lo, uma das coisas que me chamou bastante atenção foi que um dos propósitos de oração era para que a Igreja tivesse poder sobre os demônios. Que tamanho desconhecimento bíblico! Temos que orar agradecendo a Deus pela autoridade que Ele nos concedeu e não pedir algo que já nos pertence! “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”. Lucas 10:19 No mundo natural, toda a atitude gera conseqüências. A mesma coisa ocorre no mundo espiritual. Jesus exercia integralmente sua autoridade; autoridade essa que Ele deixou para nós, e o que aconteceu em seu ministério? “E grande multidão o seguia, por que via os sinais que operava sobre os enfermos”. João 6: 2 Quando a Igreja de Jesus se levantar, obedecer às palavras do Senhor e exercer a autoridade que lhe é concedida, então as portas do inferno vão tremer, o mundo vai ser impactado e alvoroçado com o Evangelho genuíno de Espírito e poder. O Senhor Jesus deve ser o exemplo em tudo na nossa vida. Ele demonstrava o poder de Deus e grandes multidões o seguiam. Levante-se e exerça sua autoridade como crente em Jesus e grandes multidões vão ser impactadas pela sua vida! 19
  • 20. CAPÍTULO 2 – O ESPÍRITO SANTO Não poderíamos deixar de começar este capítulo sem citar o seguinte texto: “E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.E foram vistas por eles línguas repartidas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Como, pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” Atos 2:1-8 O intuito deste livro não é falar especificamente sobre o Espírito Santo - para isto existem grandes estudos e livros sobre Paracletologia - mas sim dizer como Este influenciou fantasticamente a Igreja primitiva e como poderá fazê-lo em nossos dias. Por volta de setecentos anos antes da vinda do Senhor Jesus, o Espírito já havia falado através dos profetas Isaías e Joel: “Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.” Isaías 44: 3 20
  • 21. “E há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei do meu Espírito.” Joel 2:28, 29 (grifo meu) Preste a atenção que a Palavra de Deus através do profeta Joel fala de “dias” e não de apenas um dia. O Espírito Santo foi derramado naquele dia, esteve sendo derramado ao longo da história da Igreja e à medida que a volta do Senhor Jesus vai se aproximando, a intensidade de Sua presença em Sua igreja vai aumentando. “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas”. Eclesiastes 7:8 No começo do primeiro capítulo, falamos da obediência da Igreja às palavras de Jesus e inclusive, citamos Lucas 24: 49 que fala a respeito da promessa que nosso Senhor fez aos seus discípulos. O Senhor sabia que a sua Igreja só poderia realizar plenamente a sua vontade quando fosse tomada por completo pelo Santo Espírito. Ele mesmo como nosso supremo exemplo em tudo, só começou o seu alvoroçador ministério depois da descida do Espírito Santo sobre si. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele”. Mateus 3:16 21
  • 22. Devemos sempre olhar para Jesus e aprendermos com Ele. Se o filho Unigênito de Deus foi totalmente dependente do Espírito Santo em seu ministério, por quê não nós, servos de Deus não vamos depender do seu Espírito para realizarmos a sua obra? Deus não precisa de pessoas bonitas, muito inteligentes, com um dom de oratória muito grande, ou pessoas que confiem em seus dons naturais e que pensem, mesmo que não digam, que não precisam da unção do Espírito Santo sobre si. Deus precisa de servos totalmente dependentes do seu poder, da sua unção e cheios do seu Espírito. É claro que Deus quer e pode usar pessoas com uma capacidade intelectual muito grande e com dons extraordinários, mas o que queremos dizer, é que Deus só tem espaço para usar pessoas humildes. Para ser usado por Deus, humildade e intelectualidade podem até estar juntas, mas nunca somente intelectualidade, senão, Deus não usa. “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus”. Atos 4:13 “E não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava”. Atos 6:10 O que os fariseus queriam dizer com indoutos é que eles tinham os apóstolos como pessoas leigas e não peritos da Palavra de Deus como eles. Não é de se estranhar que os apóstolos tivessem tanta sabedoria na Palavra mesmo não tendo oportunidade de freqüentar regularmente uma escola rabínica. Eles estiveram três anos e meio com a própria Palavra de Deus! E ela mesma 22
  • 23. disse que o Espírito Santo os faria lembrar de tudo quanto os tivesse dito. (Jo 14: 26). Conformismo na igreja atual A Igreja de hoje está cansada de pregações preparadas apenas pela sabedoria humana e não pelo poder de Deus através do Espírito Santo. Quão longe parece que estamos do que Deus quer para nós! Percebem-se também, pessoas contentes com as poucas gotas da chuva da manifestação dos dons espirituais que Deus quer promover em nossos dias. Meu irmão!, aqui lhe faço um pedido de Deus para a sua vida: não se conforme com a sua vida espiritual atual. Não se conforme com gotas, quando Deus quer derramar chuvas! Não espere o avivamento na sua vida, faça como o salmista (Sl 42:1, 2). Busque-o de todo o seu coração! “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito. O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração. A apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.” Lucas 4:17-21 Com que perfeição Isaías descreve o ministério do Senhor Jesus, e exatamente tudo o que Ele veio fazer aqui na Terra! Mas, antes de tudo, o que Isaías, inspirado pelo Espírito, disse? “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu...” Meu amado irmão, antes de tudo, busque a unção do Espírito Santo. Não tente fazer a obra de Deus com as suas próprias forças. Não faça como os Israelitas rebeldes no deserto. 23
  • 24. Fazendo a obra fora da direção de Deus “E levantaram-se pela manhã de madrugada, e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o Senhor tem dito; porquanto havemos pecado. Mas Moisés disse: Por que quebrantais o mandato do senhor? Pois isso não prosperará. Não subais, pois o Senhor não está no meio de vós, para que não sejais feridos diante de vossos inimigos.Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram, derrotando-os até Horma.” Números 14:40-42,45 (grifo meu) Os capítulos treze e catorze do livro de Números são importantíssimos para entendermos porquê os Israelitas ficaram quarenta anos no deserto. O povo estava acampado no deserto de Parã e de lá Moisés enviou doze espias – um de cada tribo – para espiar a terra prometida. Por causa da incredulidade do povo quanto às promessas de Deus, o Senhor jurou que por cada dia que os espias tivessem ficado ausentes, o povo de Israel ficaria um ano perambulando no deserto, o que daria exatamente quarenta anos. Adiante veremos com mais detalhes esta passagem, mas por ora basta-nos dizer que depois que o povo viu que a sua esperança de alcançar a terra prometida tinha se acabado, tentaram tomá-la por suas próprias forças, fora da vontade de Deus. Será que você consegue ver os resultados que os Israelitas tiveram quando não estavam na direção do Senhor? Eles quiseram fazer a obra de Deus apenas pelas suas próprias forças. E o resultado? Foram derrotados! Assim será a obra que não tiver a aprovação do Espírito e a conseqüente dependência Dele. 24
  • 25. O Espírito Santo estava tão presente na vida da Igreja de Atos que em certa ocasião os discípulos reuniram-se para discutir se os gentios deveriam guardar os ritos mosaicos. A resposta foi a seguinte: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá.” Atos 15:28, 29 (grifo meu) Preste atenção na primeira frase: “Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós...”, ou seja, o Espírito participava ativamente das decisões da Igreja primitiva. Em outras palavras: suas decisões e atitudes eram totalmente controladas pelo Espírito. Dois casos antagônicos O que temos visto atualmente difere em muito da Igreja de Atos (parece mais com as atitudes dos Israelitas no deserto). Alguns ministérios não dão a menor vazão para o Espírito Santo atuarem em seus cultos. Não há a convicção da imutabilidade do Deus trino e em conseqüência da contemporaneidade dos dons espirituais e as conseqüências são as mais devastadoras: Evangelho pregado somente com intelectualidade e sem a total dependência do Espírito; tão somente com palavras persuasivas de sabedoria humana, conseqüentemente sem demonstração de Espírito e poder. Em contra-partida na maioria das Igrejas, a palavra- chave tem sido “avivamento”. O Espírito lhe pergunta nesta hora: você tem buscado o avivamento pessoal ou tem se contentado com a sua “vidinha” espiritual? Será que você tem buscado ao Senhor, clamado por um avivamento e o 25
  • 26. derramamento do Espírito Santo sobre a sua vida? Ou o conformismo tem falado mais alto com você? Será que você tem se enquadrado num tipo de crente que tem se instalado em nossas Igrejas: salvo, sentado e satisfeito? Queremos ministrar sobre a sua vida uma fome incontrolável pela Palavra de Deus e uma sede insaciável pelo Espírito sobre ti. Vai bem contigo? Existia no território de Issacar uma cidade chamada Suném, e nos tempos do profeta Eliseu, havia uma mulher muito rica habitando nessa cidade. Sempre que o homem de Deus passava por aquela cidade, ela lhe oferecia pão. Não contente com isso, esta mulher junto com o seu marido, ofereceram a Eliseu um pequeno quarto para que o mesmo estivesse descansando de suas viagens quando passasse por Suném. É importante notarmos que a mulher e o seu marido não se contentaram em oferecer pouco para a obra de Deus; ofereceram o que de melhor eles possuíam. Será que nós temos oferecido a Deus e à sua obra o que de melhor nós temos; ou temos nos contentado em oferecer apenas “migalhas de pão” do que possuímos. Deus nos fala claramente. “Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome será tremendo entre as nações.” Malaquias 1: 14 Na passagem acima, Deus está reclamando com o povo de Judá, dizendo que eles possuíam animais muito melhores do que os que eles estavam oferecendo como sacrifício ao Senhor. 26
  • 27. Deus quer de nós simplesmente o melhor. Deus, ainda no texto de Malaquias, desafia o povo de Judá a tomar a seguinte atitude: “Porque, quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal! E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal! Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado de ti? Ou aceitará ele a tua pessoa – diz o senhor dos Exércitos.” Malaquias 1: 8 Deus convoca o povo a apresentar os mesmos animais que eles ofereciam como holocausto aos príncipes e líderes do povo. Se eles não aceitariam, como o grande Rei, poderia aceitá-los? É isso que muitos de nós fazemos: oferecemos a Deus o que nos sobra, o resto, o que não queremos mais. Deus não aceita essas ofertas. Deus quer de nós simplesmente o que de melhor nós temos. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” Provérbios 3: 9,10 Em conseqüência da atitude da Sunamita e de seu esposo; Eliseu fica muito agradecido e pergunta o que ele poderia fazer por ela. Seu moço, Geazi, percebe que apesar de muito rica, aquela mulher ainda não possuía filhos. Eliseu então a chama e através da autoridade sobre a sua vida, ministra uma palavra profética sobre a mulher dizendo que dentro de um tempo determinado Deus estaria concedendo- lhe um filho. Apesar de não crer na palavra do homem de Deus, a Sunamita é agraciada com um filho conforme a palavra de Eliseu. 27
  • 28. Decorrido algum tempo, o menino estava junto com o seu pai e os segadores quando começou a sentir fortes dores de cabeça. Imediatamente o seu pai pediu a um moço que o levasse à sua mãe. Junto de sua mãe aquele menino morreu e foi colocado sobre a cama do homem de Deus. A Sunamita, então, levanta-se para procurar a Eliseu. Chegando ao Carmelo, Eliseu a avista de longe e manda Geazi perguntar se tudo estava bem com ela. “Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com o teu filho? E ela disse: Vai bem.” II Reis 4: 26 Muitas vezes agimos assim também: dizemos que tudo está bem quando na verdade não estamos bem. A Sunamita disse que tudo estava bem quando, na verdade, o seu filho estava morto. Assim também nós, muitas vezes, dizemos que tudo está bem quando na verdade estamos mortos espiritualmente. “E ao anjo da Igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nomes de que vives e estás morto.” Apocalipse 3: 1 (grifo meu) Está na hora da Igreja do Senhor Jesus Cristo retirar a máscara que insiste em usar. Posa com um cinismo impressionante pautado nos números que comprovam o rápido crescimento do Evangelho no Brasil. Fecham os olhos para os problemas que atingem a Igreja: fofocas – este é o principal de todos - invejas, calúnias, intrigas, dentre outros. Nos escondemos atrás da falsa religiosidade e santidade. Construímos mais e mais templos suntuosos, com assentos acolchoados, circuito interno de TV, sistemas de ar 28
  • 29. condicionado. Isso não é prioridade para Deus, mas sim para o homem. O que Deus realmente quer, é uma Igreja revestida do poder do Espírito Santo. Não devemos mais fazer como a Sunamita. Precisamos reconhecer os nossos maus caminhos e retirarmos esta máscara que impede do Senhor estar derramando um tremendo avivamento como nunca se viu antes. Para um alcoólatra se libertar do vício, antes de tudo é necessário que ele se conscientize de que é um viciado. Enquanto ele não reconhecer que o álcool está acabado com o seu corpo, ele não vai conseguir a libertação. Mesmo que sua esposa aponte o que o álcool está lhe fazendo, mesmo que os seus amigos o chamem a atenção; se ele mesmo não tomar consciência do mal que está fazendo para si próprio, nunca será liberto. Da mesma forma cada um de nós: se não tomarmos consciência do mal que estamos fazendo para nós mesmos e para os outros, nunca mudaremos,e para tomarmos consciência de que estamos muitas vezes mortos espiritualmente, é necessário o toque especial do Espírito Santo. Os profetas do Antigo Testamento sempre apontavam para os pecados do povo de Israel e Judá. Condenava-os e sentenciava o julgamento de Deus se os mesmos não se arrependessem. Ao final de cada livro, porém havia a palavra de restauração. Deus na sua infinita misericórdia sempre nos proporciona uma chance de restauração. Da mesma forma que Deus ressuscitou o filho da Sunamita através do profeta Eliseu, quer ressuscitar vidas espirituais que se acham mortas. Para que isso aconteça, busque a Sua presença e o avivamento pessoal. Avivamento sem sentido 29
  • 30. Por outro lado, se você tem realmente buscado o avivamento, se você tem buscado os dons, o poder, a unção; o mesmo Espírito lhe pergunta: porque você tem buscado os dons e o avivamento sobre a sua vida? Porque você tem buscado a unção de Deus sobre você? Será que é para apontar o dedo para o seu irmão e dizer que é mais espiritual que ele porque você é batizado com o Espírito Santo e ele não é? Ou para que você diga para o seu irmão: eu sou especial para Deus porque eu tenho tal dom e você não tem? A palavra de Deus nos diz claramente: “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” Romanos 2: 11 Deus não faz acepção de pessoas. Ele usa quem quer, como quer e quando quer. Se você é usado por Deus não se glorie por isso, mas tema: “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.” II Coríntios 10: 17,18 Somos apenas vaso nas mãos de Deus. “Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.” Isaías 64: 8 Costumo dizer que quando prego, prego mal. Mas quando não prego, então prego bem porque é o Espírito Santo que está me usando para falar com a sua Igreja. 30
  • 31. Devemos ter muito cuidado com a soberba. Ela é um inimigo muito eficaz e que tem derrubado muitos filhos de Deus que deixaram de ser servos para ser senhores. CAPÍTULO 3 - EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS Como já dissemos, Jesus Cristo deve ser o nosso exemplo em tudo. E na sua carta à Igreja de Filipos, Paulo nos exorta da seguinte forma: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.” Filipenses 2: 5-8 Um jovem príncipe desejava casar-se. Para tanto, ele saiu a procurar em seu reino por uma noiva que despertasse a sua atenção. Ele foi à casa dos nobres a ver se ficaria interessado por alguma jovem. Ninguém o agradou. Então, ele foi procurar a sua noiva nos lugares mais pobres do seu reino, entre os camponeses, entre os da periferia, entre os que viviam longe do luxo e da pompa aos quais ele estava acostumado. Chegando lá, encontrou uma jovem lindíssima, mas que estava suja e maltrapilha. Mesmo assim, ele a amou ao primeiro olhar. Pensou consigo que o seu problema estava resolvido: era só pedir aos seus soldados para buscá-la, levá-la ao seu palácio e ela lhe seria por mulher. Mas, e se ela não o amasse? E se fosse casar apenas por imposição do príncipe ou até mesmo por algum interesse? E se 31
  • 32. o seu coração já fosse de outro? As muitas possibilidades passaram pela cabeça do jovem príncipe ao considerar isso. Continuou a pensar até que teve uma idéia surpreendente. Ele iria se despojar da sua glória, das suas vestes, do seu palácio, dos seus empregados, da sua vida confortável, de tudo para viver como qualquer camponês ao lado de sua amada. Se ela se apaixonasse por ele seria exatamente por quem ele é e não pelo que ele possui ou pode lhe oferecer. Atitude muito mais significativa e dramática teve o Senhor Jesus porque nenhum reino deste mundo pode se comparar ao Reino de Deus em todo o seu esplendor e glória. O Senhor Jesus não apenas viveu como qualquer um de nós, mas fez-se maldição por nossa causa porque a palavra nos diz que é maldito todo aquele que é pendurado no madeiro (Dt 21: 23; Gl 3: 14). Tudo isso para que hoje você e eu tivéssemos vida e vida com abundância, salvação garantida e acesso a Deus através da morte expiatória de Jesus Cristo. Mas o texto não termina aí, Paulo continua: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.” Filipenses 2: 9-11 Paulo continua dizendo: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente” O Senhor Jesus não exaltou a si mesmo, mas esperou o momento certo da exaltação de Deus. O momento em que Deus sabia que Ele estaria apto para ser exaltado. Pedro concorda com isso. “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo, vos exalte.” 32
  • 33. I Pedro 5: 6 Devemos nos humilhar primeiro diante de Deus para que depois, tão somente depois, ele nos exalte. Deus sempre tem o seu tempo certo. Quer ser exaltado querido; humilhe-se primeiro! Quer ser servido; sirva primeiro! Quer ser reconhecido pelos homens; reconheça Deus na sua vida! Deus não pode exaltar alguém com quem Ele tenha que dividir a glória que só pertence a Ele. Enquanto você estiver retendo parte dessa glória, Ele não vai te exaltar como você quer; não porque Ele não queira, mas porque Ele não pode. O texto continua dizendo que pela humilhação voluntária de Jesus, Deus o exaltou de tal modo que um dia gostem ou não, queiram ou não, todos os joelhos dos habitantes dos três mundos: céu, terra e inferno vão se dobrar e toda a língua vai confessar que Jesus é o Senhor, Aleluia! Porque uma exaltação tão grande? Porque a humilhação também foi muito grande. A exaltação é proporcional à humilhação. E tão somente depois da humilhação pode vir a exaltação. Atitude semelhante teve João Batista. Acompanhe o que diz o Apóstolo João: “E este é o testemunho de João, quando os Judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?.E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” João 1: 19-23 33
  • 34. Veja como João Batista foi se humilhando cada vez mais. Perguntaram se ele era o Cristo, ele respondeu que não. Perguntaram se ele era Elias, mas uma vez respondeu que não. Continuaram diminuindo o “status” e perguntaram se ele era o profeta, mais uma vez ele disse que não. Então eles pararam e perguntaram: Então quem és tu para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? E quando perguntam para você querido, o que tu dizes de ti mesmo? Eu sou o profeta fulano de tal, Eu sou o presbítero beltrano, Eu sou o Ministro de louvor, Eu sou o cantor, Eu sou o pastor, Eu sou o evangelista, Eu sou isso, Eu sou aquilo... Ou você atribui algo a você que na verdade outra pessoa realizou? Ou você superestima algo que fez? João Batista disse que ele era apenas uma voz, tão somente uma voz. Nós como ministros de Deus, como atalaias do Senhor, como arautos do Rei, devemos ser apenas vozes de Deus, vozes do Espírito Santo, vozes da cabeça do corpo que é o Senhor Jesus. João Batista poderia dizer que era o Elias de Deus, o precursor do Messias profetizado por Malaquias (Ml 4: 5). Que tinha autoridade sobre cada um daqueles homens, mas escolheu se humilhar. Escolheu se rebaixar. Escolheu diminuir. Escolha isso também amado. Escolha se humilhar cada vez mais diante de Deus. Escolha o caminho contrário à sua natureza. Veja o que Tiago diz a respeito disso: “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” Tiago 4: 10 Da mesma forma que a humilhação de Jesus lhe redundou em uma exaltação tremenda, assim ocorreu com João. Veja o testemunho de Jesus acerca de João: “E eu vos digo que dentre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista.” Lucas 7: 28a 34
  • 35. Que coisa maravilhosa! Nem Moisés com as dez pragas no Egito e todos os seus milagres durante quarenta anos no deserto, nem Elias que orando fez cair fogo do céu três vezes, nem Eliseu que tinha porção dobrada do Espírito de Elias, nem qualquer outro grande homem de Deus que você esteja pensando agora; nenhum deles foi maior que aquele homem que vestia peles de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre. Isso é maravilhoso e inacreditável! Mas porque especificamente João Batista foi o maior profeta? Qualquer um pensaria que ele era um dos menores. É exatamente por isso que ele era o maior, porque se fez o menor. “Porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.” Lucas 9: 48c Se quiser ser o maior, a fórmula é muito simples: faça- se o menor. Se quiser ser exaltado: humilhe-se. Os resultados são surpreendentes. CAPÍTULO 4 – APRENDENDO COM LÚCIFER Talvez você tenha lido o título deste capítulo e se perguntado: “o que eu tenho de aprender com Lúcifer?”. Antes que você me critique por este título, eu gostaria de lhe explicar. Nós aprendemos por exemplos a serem seguidos e por exemplos a não serem seguidos. Este é nosso intuito neste capítulo. O profeta Isaías inspirado pelo Espírito Santo, fala a respeito da presunção e queda de Lúcifer: 35
  • 36. “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!. E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado será ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem e contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos para a casa deles?” Isaías 14: 12-17 Basicamente, existem duas maneiras do Diabo querer destruir um cristão. A primeira todos conhecem e todos se previnem contra ela: o Diabo vai querer lhe parar. Sejam com lutas, problemas, dificuldades, adversidades, aflições, o Diabo vai querer lhe parar. Entretanto, veja o que a Palavra de Deus diz ao seu respeito e eu profetizo na sua vida estes textos: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.” Salmo 34: 19 “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. Uns se encurvam e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.” Salmo 20: 7,8 “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritaram contra ti; tornar-se-ão nada; e os que contenderem contigo perecerão. Buscá-lo-ás, mas não os acharás; e os que pelejarem contigo tornar-se-ão nada, e como coisa que não é nada, os 36
  • 37. que guerrearem contigo. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas que eu te ajudo.” Isaías 41: 10-13 “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas. Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Habacuque 3: 17,18 “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper de manhã. As nações se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações têm feito na terra! Ele faz cessar as guerras até o fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” Salmo 46 (Grifo meu) Aleluia! Glória a Deus porque maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I João 4: 4). Amado, ainda que inferno inteiro se levante contra a tua vida, ele não pode lhe tocar (I João 5: 18). E se tocar será unicamente por permissão de Deus. Isso não é maravilhoso? Nada pode parar a obra de Deus sobre a 37
  • 38. sua vida, a não ser que você a deixe. Se tão somente você mantiver intacta a sua aliança com Deus, ninguém pode te tocar. Somente o Diabo o fará se você der brechas. Mas existe uma segunda forma do Diabo destruir um cristão. Este modo é muito mais eficaz e sutil. Em conseqüência têm destruído muitos cristãos; principalmente líderes consagrados que outrora foram grandemente usados por Deus. O Diabo vai querer lhe acelerar. Geralmente depois de uma pregação inspirada, de um louvor arrebatador ou de uma oração eficaz, sempre nos vem à mente uma voz dizendo: “Como você prega bem. Quando você prega as pessoas sentem a presença de Deus. Quando você prega, vidas são salvas”. “Quando você louva, parece que são os anjos cantando”; “Quando você ora, as pessoas são curadas, libertas e o Senhor responde”. “Como você faz esse trabalho bem! Aposto que ninguém consegue fazer isso como você. Você é insubstituível.” Não é isso que sempre acontece amado? Não é verdade que sempre vem essa voizinha à nossa mente? João Bunyan, um dos maiores pregadores de todos os tempos, conhecia bem esta artimanha de Satanás. Certa ocasião, ao término de uma pregação, um dos ouvintes dirigindo-se a ele disse-lhe que pregara um bom sermão. Ao que Bunyan respondeu: “Não precisa dizer-me isso, o Diabo já cochichou a mesma coisa no meu ouvido antes de sair da tribuna.” Quando assumimos estes pensamentos estamos totalmente destruídos. Porque a Palavra nos diz: “Porque sem mim nada podeis fazer.” João 15: 5b Sem a unção do Espírito Santo sobre as nossas vidas nós não podemos fazer nada! Se pregamos, e as pessoas se convertem, se transformam e se libertam, é porque foi o Espírito Santo e não nós quem convenceu o homem do pecado, 38
  • 39. da justiça e do juízo. E, se oramos e os demônios são expulsos, as pessoas são libertas e Deus responde, é tão somente porque oramos no nome do Senhor Jesus. Conta-se que um renomado pregador foi convidado para ir a uma igreja simples a fim de pregar. Então, ele confiando em si mesmo, não preparou o sermão, não orou por si mesmo e pelo culto e não buscou a presença de Deus. Tão somente confiou em si mesmo e na sua enorme capacidade. Chegando à Igreja, foi apresentado com toda a pompa possível e subiu ao púlpito com todas as honrarias que lhe eram devidas. Quando abriu a Bíblia para ler o texto base, o Espírito lhe falou: “Você está sozinho”. Mesmo assim ele começou a pregar e apesar da sua eloqüência e experiência como pregador, sua mensagem não tocou o coração dos ouvintes e ao sair do púlpito, abaixou a sua cabeça em sinal de vergonha e pesar. Ao se dirigir para a porta do templo para cumprimentar os membros, uma senhora muito humilde e com a idade já bastante avançada lhe dirigiu as seguintes palavras: “Pastor, se o senhor tivesse subido ao púlpito da forma que desceu, desceria da forma que subiu”. Esta é a grande questão: a humildade. O Diabo sabe como induzir o homem à soberba, à presunção, porque ele mesmo caiu nesse erro. Esta estratégia é muito eficaz porque vai de encontro ao mais íntimo do ser humano, que necessita desesperadamente de reconhecimento, de afirmação, de aplausos. Pare por um instante: a quem você dá crédito pelo que está acontecendo na e através da sua vida? O que você pensa a esse respeito? Quem faz a obra? Deus ou a sua grande capacidade natural? Sempre vemos muitas pessoas começarem tão bem uma carreira e no entanto, acham que são elas que fazem a obra e não Deus. Lembra-se do pregador da ilustração acima? Pois bem, o Espírito Santo deixa pessoas sozinhas na hora de realizar algo com mais freqüência do que se pode imaginar. 39
  • 40. Por quê? Por que Deus não quer realizar a sua obra? É claro que Deus quer realizar a sua obra. Mas é porque Deus corrige a quem recebe por filho. Toda a árvore precisa ser podada para que esteja dando cada vez mais frutos. Assim também somos nós. Devemos continuamente ser podados por Deus. Se você pensa que o orgulho nunca vai lhe alcançar ou que você é muito humilde, você está a um passo de ser pego por ele, porque uma pessoa verdadeiramente humilde reconhece as suas fraquezas e as coloca diante de Deus, não escondendo –as e vivendo como se elas não existissem. Talvez você esteja pensando nesse momento: “Eu nunca disse que eu sou melhor que ninguém, ou que eu prego melhor, que eu louvo melhor, que eu oro melhor, etc”. Eu lhe pergunto: e quem disse que Lúcifer também falou alguma coisa? Isaías 14:13 diz “E tu dizias no teu coração”. Lúcifer não pronunciou palavra alguma, mas Deus que conhece os corações sabia qual era a verdadeira intenção de Lúcifer. Devemos estar extremamente atentos com aquilo que vai ao nosso coração. “Ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.” Salmo 138: 6 Devemos destacar o contraste entre as atitudes de Jesus, João Batista e Lúcifer. Os dois primeiros escolheram se humilhar e depois foram exaltados por Deus, ao passo que o terceiro escolheu se exaltar e foi extremamente humilhado por Deus. Qual atitude você vai tomar querido? A de Jesus e João ou a de Lúcifer? Lembre-se das conseqüências. CAPÍTULO 5 – O RIO DA HUMILHAÇÃO 40
  • 41. No capítulo cinco do segundo livro de Reis, a Bíblia nos fala a respeito de Naamã que foi chefe do exército do rei da Síria, que na época era a maior potência mundial. A Bíblia começa assim a sua narração: “E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este varão homem valoroso, porém leproso”. II Reis 5: 1 Naamã era um ímpio que não conhecia o Deus de Israel e tinha um comportamento impecável diante do seu senhor. Como conseqüência possuía muito respeito diante do mesmo.Nós como cristãos temos tido o mesmo respeito e a mesma consideração para com os nossos senhores na face da terra? A lepra, muitas vezes, simboliza o castigo de Deus em decorrência do pecado. Lembre-se em Números 12 onde Miriã ficou leprosa em decorrência da rebelião que ela e Arão fizeram contra a autoridade de Moisés. Naamã era um homem muito estimado em seu país, mas sobre sua carne existia uma maldição. Eu posso imaginar Naamã participando de festas, banquetes; até mesmo em sua homenagem e ele usando a sua farda, as suas medalhas, todas como resultado da sua valentia no campo de batalha. Fico imaginando Naamã chegando em casa depois das homenagens, das festas, da pompa e de tudo que o cercava como chefe do exército do rei da Síria. Imagino Naamã tirando as suas vestes oficiais e ficando à mostra a sua pele branca leprosa. Tenho certeza que você conhece alguém assim: na Igreja, entre os irmãos, veste uma capa de santidade e de 41
  • 42. pureza, mas ao sair da mesma, mostra toda a podridão do seu pecado. É muito fácil sermos cristãos dentro da Igreja; difícil é sermos cristãos fora da Igreja. É muito fácil glorificarmos a Deus no meio dos irmãos; o difícil é sermos luz no mundo e sal na terra. Mas o Senhor Jesus nos chamou juntamente para isso! Eu gosto muito da ilustração que compara o crente a uma garça. Toca na sujeira com os seus pés, mas conserva as suas penas brancas. É exatamente isso que devemos fazer. Estamos no mundo, mas não devemos participar das coisas do mundo. O relato bíblico continua dizendo que existia uma menina israelita como escrava da esposa de Naamã. A mesma diz à mulher de Naamã que se o mesmo estivesse diante do profeta Eliseu, ele seria curado da lepra. O que é surpreendente nesta passagem é que Naamã acredita na palavra da menina escrava e vai até Israel. Veja o que a bíblia diz a esse respeito. “Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.” II Reis 5: 9,10 É até engraçado pensar sobre o que foi narrado nessa passagem. Naamã chega até a porta da casa de Eliseu com cavalos e com seu carro. Uma comitiva enorme chega à porta da casa do homem de Deus, que não se dá nem ao trabalho de atender a essa comitiva, mas manda um mensageiro, Geazi, dizer a Naamã para mergulhar sete vezes no rio Jordão. Naamã ficou muito indignado. Não era o tipo de recepção que ele esperava. “Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, e invocará o 42
  • 43. nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. Não são porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se com grande indignação.” II Reis 5: 11,12 Agora o pecado de Naamã fica bem latente: era orgulho. Naamã era como tantas pessoas que vemos todos os dias: crêem que Deus pode fazer alguma coisa, crêem que Deus pode restaurar a sua saúde, o seu casamento, a sua família... mas querem dizer como Deus deve trabalhar e onde Deus deve trabalhar. É notório como existem pessoas que querem mandar em Deus. Oferecem ao Senhor espaço para trabalhar em apenas parte da sua vida; quando Deus, na verdade, quer trabalhar em todas as áreas dela. Além de dar pouco espaço para Deus trabalhar, dizem como Ele deve fazê-lo. Devemos crer que Deus tem o melhor para nós. Ele sabe como trabalhar. Devemos crer que a sua vontade é perfeita, agradável e boa e todas as coisas cooperam para o nosso bem. Naamã foi confrontado por Deus naquilo que ele mais temia: o seu orgulho. Após a humilhação, a recompensa. Felizmente Naamã tinha servos que eram mais sábios que ele e estes o convenceram a mergulhar sete vezes no rio Jordão. E Naamã foi. “Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do Homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.” II Reis 5: 14 (Grifo meu) 43
  • 44. Destacado neste texto em negrito está o que Naamã precisava fazer: descer. Naamã fez o que tantas pessoas precisam fazer hoje: descer. Antes de subirmos, precisamos descer. O significado de Jordão é justamente esse: aquele que desce. Imagine Naamã começando a tirar a sua roupa na frente dos seus comandados. Será que ele pensou que depois daquele ocorrido, ele nunca mais teria moral para comandar o exército do rei da Síria? Será que não passou pela sua cabeça que ele preferiria morrer leproso a passar por tão grande humilhação? E depois que ele começou a mergulhar, será que ingeriu lama? Com certeza o seu orgulho tinha sido devastado. Imagine, ele que no seu país por onde passava as pessoas tinham de se curvar, quando muito mostrar profunda reverência; estava ali se humilhando para ser purificado da lepra. Muitas pessoas prefeririam morrer leprosas a passar por tão grande humilhação. Acredite querido, depois do primeiro mergulho, os outros seis foram mais fáceis. Depois da primeira humilhação, as outras passam a ser mais fáceis. Já dissemos que depois de toda a humilhação, sempre vem a exaltação. Com Naamã ocorreu a mesma coisa. A recompensa veio. A lepra tinha sumido. Sua carne estava sã como a de uma criança. Deus está marcando um encontro conosco no rio Jordão. Ele quer que você desça primeiro para que possa te exaltar como quer. Deus quer retirar das nossas vidas a lepra do orgulho e do pecado. Mergulhe no rio Jordão Qual tem sido o seu rio Jordão? Será que é uma Igreja pequena onde ninguém reconhece o seu valor? Será que é um líder que Deus colocou sobre a sua vida que você julga ter uma 44
  • 45. capacidade muito superior a dele? Qual é o seu rio Jordão? Será que o seu rio Jordão são tarefas que você não vê nenhum valor? Se pedirem para você limpar os bancos da Igreja, faça- o. Se a sua tarefa é carregar cadeira para cima e para baixo (Deus sabe como muitas vezes eu fiz isso), faça com alegria. Se a sua tarefa é limpar os banheiros – isso também fiz algumas vezes – limpe-os louvando a Deus. E se o seu rio Jordão for você fazer todo trabalho para outras pessoas receberem os méritos!? Os outros recebem os parabéns e você não recebe nem um mísero obrigado? Lembre- se do galardão. Deus está vendo todas as coisas e Ele “não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho do amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.” (Hb 6: 10). Eu tenho certeza que o Espírito Santo está ministrando agora a você qual é o rio Jordão que você tem de mergulhar. O Espírito ministra que enquanto você não mergulhar nesse rio Jordão ele não vai pode exaltar. O que Naamã não quis, Jesus fez. Você, amado, se lembra onde o Senhor Jesus foi batizado? “E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no rio Jordão.” Marcos 1: 9 Neste mesmo Jordão que Naamã se recusou a mergulhar, o Senhor Jesus entrou. Nestas mesmas águas sujas, lamacentas e barrentas da humilhação que Naamã se recusou a entrar, o Senhor Jesus entrou e humilhou-se para nos dar o 45
  • 46. exemplo. Esta mesma passagem está narrada no Evangelho segundo Mateus. “Então, veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti e vens tu a mim?Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.” Mateus 3: 13-15 Qual seria a nossa reação se nós estivéssemos no lugar de Jesus nesse momento diante da proposta de João? Será que nós pensaríamos da seguinte forma: É verdade João, afinal de contas eu sou superior a você. Tu és apenas o meu precursor. Eu sou o filho de Deus. Parabéns pelo seu brilhante desempenho, mas para demonstrar para toda essa multidão que eu tenho autoridade sobre a sua vida eu vou lhe batizar. Não foi assim que o Senhor Jesus fez. Ele se submeteu ao batismo de João. Por que? Porque Jesus sabia que a autoridade do batismo estava sobre João. Isto ele nos deu o exemplo para que nós nos submetamos às autoridades constituídas por Deus. “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.” Romanos 13: 1,2 “O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor, teu Deus, nem ao juiz, o tal homem morrerá; e tirará o mal de Israel, para que todo o povo o ouça, e tema, e nunca mais se ensoberbeça.” 46
  • 47. Deuteronômio 17: 12, 13 Querido irmão, não resista a autoridade constituída por Deus sobre a sua vida. Respeite, honre e reconheça quem está acima de você. Não crie inimizades, fofocas e problemas para aquele que é autoridade. Você lembra do caso de Davi e Saul? Davi sabia que seria rei de Israel, afinal de contas o mesmo profeta – Samuel – que tinha ungido a Saul rei de Israel, posteriormente também tinha ungido a Davi para esta mesma função. Davi também sabia que todas as circunstâncias apontavam que dentro em breve, ele seria rei. Por duas vezes Deus entregou a Saul nas suas mãos. E ele não intentou tocar no ungido do Senhor. E nós, na situação de Davi, como agiríamos? “Ah! eu vou ser rei mesmo. Deus confirmou o meu trono. Se eu matar a Saul vou apenas facilitar as coisas para Deus. Afinal de contas, o reino de Saul já passou, agora vai sr inaugurada a dinastia de Davi.” Ele não intentou fazer isso. Muito pelo contrário, não estendeu a sua mão contra o ungido do Senhor. O que semear, isso também ceifará. A Palavra nos diz que tudo o que o homem semear, isto também vai ceifar (Gl 6: 7). Se semearmos contendas, insubmissão, porfias, inimizades, quando somos liderados, ceifaremos da mesma forma quando formos os líderes. Será que não é isso que está ocorrendo com você hoje? Está com dificuldade em liderar? As pessoas não lhe obedecem? Não se submetem a você? Olhe para o passado. Será que você também já não fez isso? Será que você também já não foi insubmisso e rebelde? Se sim, peça perdão a Deus. Reconheça o seu erro. Com certeza os seus liderados irão mudar e a sua liderança será muito mais eficaz a partir de hoje. 47
  • 48. A humilhação é contrária à natureza humana. A mesma só tende a querer se exaltar, a querer pisar nos outros para subir e a não se importar com ninguém. Toda a causa tem a sua conseqüência, todo o sacrifício tem a sua recompensa. Também toda a humilhação tem como conseqüência a exaltação. Devemos lembrar de I Pedro 5: 6 que diz: “a seu tempo” vos exalte. Se Deus ainda não te exaltou como ele te prometeu, continue se humilhando e, com certeza, ele o fará. Que a Igreja do Senhor Jesus em nossos dias tenha sempre em mente esses versículos: “Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.” Isaías 57:15 “Não sejas sábio aos seus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.”. Provérbios 3:7 Saiba que não adianta pedirmos unção, poder de Deus sobre as nossas vidas se não formos humildes como o Senhor Jesus e João Batista. Devemos honrar a Deus com as nossas vidas e os nossos ministérios. Deus quer exaltar servos humildes e comprometidos com o seu reino. Servos que não dividam a glória que só pertence ao Senhor. Continuando o texto de Mateus três, a partir do versículo dezesseis, podemos enxergar três conseqüências da humilhação de Jesus. Temos muito a aprender com as mesmas. CAPÍTULO 6 – AS CONSEQÜÊNCIAS DA HUMILHAÇÃO 48
  • 49. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus...” Mateus 3: 16a A primeira conseqüência da humilhação de Jesus Cristo é que os céus se abriram para ele. Muitas pessoas têm os céus sobre as suas vidas como se fossem ferro. Necessitam desesperadamente dos céus abertos sobre si. Veja o que Ezequiel disse a esse respeito: “E aconteceu, no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que, estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus.” Ezequiel 1: 1 É impressionante como a abertura dos céus na vida de uma pessoa a marca. Ezequiel narra com extrema precisão o momento em que os céus foram abertos para ele. A conseqüência natural de se ter os céus abertos é começar a ver visões de Deus. Sempre temos visões dos nossos problemas, das nossas dificuldades, lutas, tribulações e aflições. Precisamos passar a ter a visão de Deus. Colocando o foco em Deus O texto de I Samuel 17 narra a luta entre Golias e Davi. A Bíblia narra que os filisteus e o povo de Israel prepararam-se para a batalha em Socó, no território de Judá. Cada um estava sobre um monte e existia um vale, chamado vale do Carvalho entre eles. Então, saiu do arraial dos filisteus um homem muito alto. A Bíblia diz que a sua altura era de seis côvados e um palmo (aproximadamente 2,90m) e o peso da sua couraça era de cinco mil siclos de bronze (cerca de 57 Kg). Lembre-se que naquela época as guerras eram travadas corporalmente. Um 49
  • 50. guerreiro, ao usar a sua armadura, necessitava de total mobilidade para o combate, o que indica que além de Golias ser muito alto, era também muito forte. Quando este homem surgiu do meio arraial dos Filisteus, desafiando o povo de Israel a escolher um homem para guerrear contra ele, o povo se espantou e temeu muito (v.11). Chegamos no ponto em que se percebe quem tem visão de Deus e quem não tem. O povo de Israel – inclusive o seu rei – viu apenas o homem na frente deles. Da mesma forma muitas vezes agimos assim: vemos apenas o que está na nossa frente. Todavia, havia no arraial do povo de Deus um jovem que tinha a visão de Deus. Note a diferença de pontos de vista. “Então, falou Davi aos homens que estavam com ele, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, este incircunciso filisteu para afrontar os exércitos do Deus vivo?” I Samuel 17: 26 (grifo meu) Que diferença impressionante! O povo de Israel via um homem; Davi via um incircunciso. O povo via o problema; Davi via a solução. Circuncisão foi o pacto que Deus estabeleceu com Abraão – patriarca da nação de Israel – em que todo o menino ao completar oito dias de vida; teria retirada a carne do seu prepúcio. A partir daquele momento, quem não fosse circuncidado teria “a sua alma extirpada dos seus povos.” Eu posso imaginar uma conversa entre Davi e o povo que estava à sua volta: É desse homem que vocês têm medo? Ele não tem aliança com Deus, ele não tem a bênção de Deus sobre a sua vida. Ele pode ser alto e forte, mas Deus não está com ele; está conosco. Ele pode ser mais forte do que eu, mas o meu Deus com quem eu tenho aliança é muito mais forte do que ele. 50
  • 51. Já falamos anteriormente sobre a soberba. Davi sabia que só o Deus a quem ele servia, poderia livrá-lo daquela situação e que na sua própria força ele não conseguiria derrotar Golias. Sabia que só o Deus de Israel poderia livrá-lo; por isso que ele disse: “Davi, porém disse ao Filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança e com escudo; porém eu vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” I Samuel 17: 45 (grifo meu) Somente em nome do Senhor dos Exércitos é que Davi poderia enfrentar aquele gigante. Na sua força, Davi seria esmagado. Quantos gigantes se oferecem contra nós todos os dias. Quais são as nossas atitudes com relação a eles? Agimos como Saul que se escondeu? Ou dissemos para Deus: “Ah! Senhor, tu estás muito ocupado para resolver este meu problema. Não se preocupe. Eu sei resolver essa situação ou eu tenho um conhecido que tem influência e ele pode resolver esse problema para mim.” Ou agimos como Davi que sabia que na sua força ele não poderia nada, mas em nome do Senhor dos exércitos, ele faria proezas? (Sl 60: 12). O final da história você conhece. Davi matou Golias e o Senhor deu grande vitória a Israel. Tudo isso como resultado de um jovem que tinha a visão de Deus. Este episódio não marcou somente a vida de Davi. Marcou a história de Israel. Muitas pessoas vendo a coragem de dele, começaram a matar gigantes também. “E Isbi-Benobe, que era dos filhos dos gigantes...intentou ferir a Davi. Porém Absai filho de Zeruia, o socorreu e feriu o filisteu e o matou. ...então Sibecai, o husatita, feriu a safe, que era dos filhos dos gigantes. Houve ainda também outra peleja em Gate, onde estava um homem de alta estatura, que tinha em cada mão seis dedos e em 51
  • 52. cada pé outros seis, vinte e quatro por todos, e também este nascera dos gigantes. E injuriava a Israel; porém Jônatas, filho de Siméia, irmão de Davi, o feriu.” II Samuel 21: 15, 16,18, 20, 21 Os guerreiros de Israel começaram a pensar que se Davi poderia derrotar gigantes em nome do Senhor, eles também poderiam. E foi o que ocorreu. Comece a tirar o foco do seu problema e passe a focar o Deus a quem você serve. Muitas pessoas estarão vendo e se você tomar essa atitude, elas também tomarão. Deus chama à existência aquilo que não existe “Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí, perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem.” Romanos 4: 17 O nosso Deus é impressionante! Paulo diz que Deus chama coisas que não são como se já fossem. Nesta passagem, o Apóstolo está falando sobre Abraão que saiu de sua terra natal com setenta e cinco anos de idade para habitar em uma terra que Deus ainda lhe mostraria. Deus não só lhe promete uma terra, mas também descendência. Só que existe um pequeno problema: sua esposa é estéril. Mesmo com este grave problema, Abraão – que tem a visão de Deus na sua vida – não desanima e crê nas promessas que Deus tinha feito para ele. Não importam quais são as dificuldades que estão diante de ti. Creia no Deus que chama à existência aquilo que não existe. Abraão é chamado “pai da fé” por causa das suas atitudes narradas por Paulo nos próximos versículos. 52
  • 53. “O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe tinha dito: Assim será a tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus; E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Pelo que isso lhe foi imputado como justiça.” Romanos 4: 18-22 Esse texto é realmente impressionante! Já vimos que Deus chamou Abraão quando ele tinha setenta e cinco anos e lhe prometeu terra e descendência. Vimos também que a sua mulher era estéril. Podemos pensar que Deus cumpriu as suas promessas rapidamente, mas Deus levou vinte e cinco anos para cumpri-la. Isso mesmo, vinte e cinco anos! Devemos lembrar também, que quanto mais o tempo passava, mais improvável era, a promessa de Deus cumprir-se. Sara estava envelhecendo e o seu ciclo menstrual já tinha acabado há muito tempo, o que torna humanamente impossível uma gestação nessas condições. Mas Abraão sabia em quem estava crendo e que mesmo que Sara tivesse novecentos anos, Deus cumpriria as promessas que Ele tinha feito, simplesmente porque Ele tinha prometido! Não poderia voltar atrás com a sua Palavra porque Ele é Deus! Será que você consegue perceber o tamanho da fé de Abraão? Todas as circunstâncias estavam contrárias àquilo que Deus tinha lhe prometido. Mesmo assim ele não olhou para elas. Olhou para quem tinha lhe feito as promessas e sabia que Deus era poderoso para cumprir cada uma delas. Um rei com a visão em Deus 53
  • 54. Um dos capítulos mais conhecidos de todo o Velho Testamento é o capítulo vinte do segundo livro das crônicas dos reis de Judá. O mesmo fala sobre o rei Josafá e a magnífica vitória sobre os exércitos dos Moabitas, Amonitas e dos descendentes de Esaú. Um mensageiro avisou a Josafá que vinha grande multidão contra ele e que o exército invasor estava em En- Gedi, que ficava aproximadamente a quinze horas de marcha de Jerusalém. Não daria tempo para o povo de Judá montar o seu exército. Situações como essa já ocorreram na sua vida? Uma notícia como uma bomba explodiu no seu colo e você não soube o que fazer? Talvez a notícia de desemprego? De luto? De revés? As aflições da vida servem apenas para nos revelar quem somos e qual é o grau da nossa confiança em Deus. Josafá também teve esta notícia e o que ele fez? “Então Josafá temeu e pôs-se a buscar o Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá.” (II Cr 20: 3). Josafá transferiu o seu problema a Deus. Mas por que Josafá pôde fazer isso? Por que ele conseguiu fazer algo tão difícil para nós, homens e mulheres tão atarefados do século XXI? O grande segredo de Josafá está na próxima referência. “Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos, porém os nossos olhos estão postos em ti.” II Crônicas 20: 12 (grifo meu) Algo em comum existia entre Davi, Abraão e Josafá: mantinham o foco em Deus. Sabiam que por suas próprias forças não conseguiriam nada, mas confiavam no Deus que 54
  • 55. eles serviam. O Senhor também te convida a confiar totalmente nEle. A visão de gafanhoto Já citamos a passagem de Números, capítulo treze e catorze, no capítulo dois deste livro. O povo de Israel estava muito próximo da terra prometida. Deus tinha prometido que daria aquela terra para eles e sua descendência, mas após o relatório dos espias, resolvem voltar para o Egito. Por quê isso? Por quê dar mais valor às palavras de homens do que às palavras de Deus? Tudo é uma questão de ótica. Veja o que o povo dizia a respeito de si mesmo. “Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.” Números 13: 33 (grifo meu) Você consegue ver o contraste entre os três exemplos anteriores e este? Eles próprios se julgavam como gafanhotos e essa não era a visão de Deus para eles. A visão de Deus era que se eles guardassem os mandamentos do Senhor ninguém poderia subsistir diante deles. Nesse episódio, apenas duas pessoas tinham a visão de Deus: Josué e Calebe. Nessas coincidências que só Deus explica, Calebe recebeu sua parte na herança da terra prometida onde os filhos de Anaque estavam! (Js 15: 13). Justamente no lugar onde habitavam os tão temidos filhos de Anaque. O que você acha que Calebe fez? Será que ele ficou se lamentando ou pedindo para Josué lhe dar outra porção da terra? Será que Calebe entrou em acordo com os gigantes, do tipo, eu não incomodo vocês e nem vocês me incomodam? A resposta é NÃO. Calebe não agiu dessa maneira. Veja o que ele fez. 55
  • 56. “E expeliu Calebe dali os três filhos de Anaque: Sesai, e Aimã, e Talmai, gerados de Anaque.” Josué 15: 14 O problema era o mesmo: os filhos de Anaque. As atitudes frente os problemas foram totalmente contrárias: o povo fugiu. Calebe venceu. Quando o foco das nossas vidas está em Deus, voamos como águias; passamos a ver os nossos problemas como Deus os vê: bem pequenos! À medida que nós nos humilhamos diante de Deus, nos é concedida a sua visão. A visão que não foca as circunstâncias, os problemas, as adversidades, as lutas, as aflições; mas sim o poder de Deus e suas promessas. O Espírito Santo como uma pomba Ao continuarmos o texto de Mateus três, vemos a segunda conseqüência da humilhação do Senhor Jesus. ...e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.” Mateus 3: 16b Vimos sobre pessoas que querem dividir com Deus a glória que só pertence a Ele. Vimos também que Deus não pode exaltar uma pessoa que age desta forma. No texto acima vemos o Espírito Santo descendo sobre o Senhor Jesus. Como dissemos, Jesus é o nosso exemplo em tudo e também a ordem dos fatos que ocorreram em sua vida deve ser padrão para a nossa. Lembre-se sempre dessa ordem: primeiro a humilhação, depois a descida do Espírito Santo. Lembre- se de II Crônicas 7: 14. Antes de tudo, tem que vir a humilhação. Sempre! 56
  • 57. Quando pedimos a unção do Espírito sobre nós, como conseqüência direta, estamos pedindo destaque no reino de Deus, e é aí que está o perigo! O ser humano deve reconhecer que se está no alto, é porque quem fez a obra em sua vida foi Deus e não a sua “enorme” capacidade. Aprenda de uma vez por todas: Deus não divide a sua glória com ninguém! É por isso que é muito importante que antes da exaltação, antes do poder do Espírito Santo, venha a humilhação. É necessário que a pessoa tenha experiências com Deus no rio da humilhação, o rio Jordão. Deus quer marcar um encontro contigo no rio Jordão, este rio tão importante na história da nação de Israel, e que deve ser também muito importante na vida de todo o cristão. Deus te convida a mergulhar nessas águas sujas, imundas da humilhação e da humildade. O Senhor Jesus durante o seu ministério apresentou muitos paradoxos e um dos maiores foi este: “Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal.” Mateus 20: 26 Ele te convida a viver esse paradoxo. Os pregadores são simplesmente meninos de recado do Espírito Santo e é justamente isso que realmente nós somos: apenas meninos de recado. O menino de recado não formula o recado, não acrescenta nada a ele, não questiona se é agradável ou não ao ouvinte. Apenas transmite-o. O recado não é nosso, os ouvintes não são nossos, a formulação do recado não é nossa. Apenas repetimos aquilo que Deus nos deu e eu lhe pergunto: que méritos temos nisso? Nenhum. 57
  • 58. “Porque quem te diferencia? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras recebido?” I Coríntios 4: 7 Sempre tem que existir a humilhação primeiro para depois vir a exaltação; pois nunca sem humilhação poderá vir a exaltação. Este é o meu filho amado “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3: 17 A terceira e última conseqüência é o próprio Deus dizendo acerca do Senhor Jesus que Ele é o seu filho amado em quem Ele tinha grande alegria. Vemos o próprio Deus se agradando da humilhação de Jesus. Deus quer se agradar da nossa vida, querido leitor, para tanto precisamos fazer como o Senhor Jesus Cristo. O sonho de todo o filho é agradar ao seu pai. Com o nosso pai terreno, nós fazemos todo o possível para agradá-lo. Quanto ao nosso pai celestial, devemos nos esforçar mais ainda. Imagine o Senhor reunindo todos os seus anjos ao redor do seu trono, olhando lá do céu para a sua vida e dizendo: “Este é o meu filho amado, em quem tenho grande alegria.” Devemos agora nos concentrar na importância e nas conseqüências da descida do Espírito Santo sobre a Igreja primitiva. 58
  • 59. CAPÍTULO 7 - OS RESULTADOS DA DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO As coisas no reino de Deus realmente acontecem de forma bem rápida. Os resultados foram imediatos e monstruosos. Pedro, um homem que tinha negado a Jesus há pouquíssimo tempo e apesar de ter um temperamento muito forte, na verdade era um covarde, agora se levanta e prega sobre Jesus Cristo com uma autoridade incrivelmente grande e naquele mesmo dia quase três mil almas declaram que Jesus Cristo é o Senhor de suas vidas (Atos 2: 41). É isso que o Espírito Santo faz na vida de um homem. Concede intrepidez e ousadia para pregar o evangelho. “Agora, pois, ó Senhor, olha para suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus”. Atos 4:29-31 Que transformações gloriosas! Que texto riquíssimo podemos ver acima! A Igreja em Jerusalém seguia fielmente o modo como Jesus cumpria o seu ministério. Preste atenção como havia sincronia entre homens e Deus na pregação do Evangelho. Os homens só abriam a boca, e a boca não pensa, apenas fala o que manda a cabeça (cérebro) que é Cristo. Deus fazia todo o resto. Concedia as palavras para falarem e estendia as suas mãos para curar aqueles que necessitavam de cura. Apesar das perseguições que estavam sofrendo (até e principalmente físicas) não desistiam; pelo contrário, pediam ao Senhor para lhes concederem mais ousadia para pregarem o 59
  • 60. evangelho. Não se importavam com suas vidas. Queriam era fazer a vontade de Deus, manifesta através de Jesus Cristo. No Brasil, não passamos por uma mínima parte da perseguição que esses servos do Deus vivo passaram. E quantas vezes murmuramos dizendo ao Senhor que se a nossa situação não melhorar não pregaremos mais o Evangelho?! É necessário, que de uma vez por todas cresçamos espiritualmente. “Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”. I Pe 4:14 O Evangelho Completo “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. Mateus 4:23 Leia o texto acima novamente e veja como Jesus pregava o Evangelho completo. A Igreja hoje precisa urgentemente assemelhar-se à dos tempos bíblicos. Chamar atenção para esta verdade e responsabilidade, é um dos propósitos deste livro. Devemos orar fervorosamente para o Senhor nos conceder ousadia para pregarmos a palavra. Paulo adverte a Timóteo que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo”.(II Tm 4:2a). Para que isso aconteça, precisamos estar cheios de Deus, porque da abundância do coração fala a boca (Lc 6:45c). Mas, como nós, pessoas normais e tímidas (a grande maioria dos crentes são tímidos) podemos pregar a Palavra com ousadia e intrepidez? Isso mesmo! Somente sendo cheios do Espírito Santo! 60
  • 61. Amor Falamos sobre Pedro e o que ficou mais evidenciado na sua transformação depois da descida do Espírito Santo. Todavia, muitos se esquecem de um personagem importante na história da Igreja: João. Todos conhecem João como o discípulo amoroso. De fato o era, mas nem sempre foi assim. “E mandou mensageiros diante da sua face; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada. Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma como Elias fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.” Lucas 9: 52-55 (grifo meu) João antes de ser revestido com o poder de Deus, não possuía esse amor que muitos pregam. Tinha fé, é verdade, cria que se ele orasse, fogo do céu cairia como foi feito quando Elias orou (II Reis 1: 10-12), mas não possuía amor verdadeiro pelas pessoas, porque amor de verdade, só o Espírito Santo pode derramar. É maravilhoso quando pensamos como Deus age e o que ele faz com os seus filhos. Depois da campanha evangelística de Filipe entre os samaritanos, dois Apóstolos foram chamados de Jerusalém para orarem pelos samaritanos para eles receberem o revestimento do Espírito. Adivinha quem estava entre esses dois apóstolos? Isso mesmo, João. “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.” Atos 8: 14, 15 (grifo meu) 61
  • 62. Deus realmente é extraordinário! O mesmo povo, pelo qual antes João queria orar para que fosse consumido por fogo vindo do céu, agora é convocado a orar para que recebessem o Espírito Santo. Já aconteceu isso com você? Alguém já te magoou um dia e a vida deu uma volta e essa pessoa está precisando de você agora? O que você fez? Será que você glorificou a Deus por que ele colocou o seu inimigo embaixo do seu pé? Lembra- se quem é o seu verdadeiro inimigo? (Ef 6: 12). O que você fez? Será que se vingou dele? Deus te convida a parecer com o Senhor Jesus. Te convida a perdoar e a orar pelos seus inimigos (Mt 5: 44). Você acha difícil? Eu sei que é. Mas Deus te chamou para alvoroçar o mundo e o amor é um agente poderoso para isso. Como receber o Espírito Santo Este assunto é largamente discutido, e particularmente fico impressionado em ver como existem fórmulas mágicas para se receber o revestimento com o Espírito Santo. Vamos ver somente o que a Bíblia diz sobre o assunto: “E eu vos digo a vós: Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lucas 11:9-13 (grifo meu) 62
  • 63. Penso que este texto desmistifica totalmente este assunto. Receber o Espírito Santo é muito simples. Não existe um ritual, nem regras a serem seguidas do tipo: “Os dez passos para ser batizado com o Espírito Santo”. O que Jesus está nos dizendo é que não existe isso. O Senhor está comparando a descida do Espírito com, por exemplo, você pedir ao seu pai terreno algo tão simples como um pão, um ovo ou um peixe. E o mais importante, é que assim como um pai natural procura dar o melhor para os seus filhos, nosso Pai celestial não negará o seu Espírito a você; basta fazer como quando era criança com o seu pai terreno, que você pedia e tinha plena convicção de que ele lhe daria. Faça o mesmo com o seu Pai celestial. Imposição de mãos Um outro meio de recebermos o batismo com o Espírito Santo; é a imposição de mãos. “Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo...” Atos 8: 17, 18a Veja outro exemplo. “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam em línguas e profetizaram.” Atos 19: 6 Não importa como Deus batiza. Uns são batizados quando oram, outros são batizados quando estão louvando – o que foi o meu caso. Outros, ainda, são batizados quando estão glorificando a Deus. Particularmente, já vi um caso em que um certo irmão foi revestido quando estava dormindo. O que 63
  • 64. realmente importa é que Deus está pronto a te revestir. Basta que você tenha esse desejo. Agora que você sabe como é fácil receber o batismo com o Espírito Santo. Faça-o, pois a Igreja primitiva o tinha como indispensável e você também deve tê-lo na sua vida. Nos tempos bíblicos, a Palavra era pregada com sinais, curas, prodígios e maravilhas, da mesma forma que o Evangelho era pregado por Jesus Cristo. Hoje, isto ocorre em menor intensidade porque não estamos olhando para a Palavra! Devemos continuar a obra do Senhor na Terra com o êxito que os apóstolos tiveram. Infelizmente, estamos crendo em um evangelho só pela metade. Se uma pessoa subir a um púlpito e começar a pregar sobre salvação e alguém aceitar a Jesus, todos no auditório crerão que é da vontade do Senhor salvar aquela vida. Por quê? Porque a Palavra de Deus diz: “É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades” Salmo 103:3a Glória a Deus! Tomamos posse desta palavra e simplesmente cremos que Deus nos perdoa, e perdoa a qualquer que o aceitar, não importa o que tenha feito no passado. Mas o versículo não termina por aí. Ele continua: “e sara todas as tuas enfermidades.” Salmo 103:3b E ainda podemos ver: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”. I Pedro 2:24 64