Este documento discute a importância do planejamento da coleta de dados em pesquisas descritivas, incluindo a seleção do instrumento apropriado (entrevista, questionário ou formulário). Também destaca a necessidade de realizar um pré-teste para validar o instrumento e garantir que as perguntas sejam claras antes da aplicação final. Além disso, discute fatores que podem afetar a confiabilidade e validade dos instrumentos, como improvisação e aplicação em condições inadequadas.
Avaliação da Interface do site da biblioteca do UniProjeção: Usabilidade e Ac...
Universidade federal do piaui
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE PESQUISA I
PROFESSORA: ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
BENEVINA MARIA VILAR TEXEIRA NUNES
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS/ PRÉ-TESTE/ VALIDAÇÃO
Ivana Mayra da Silva Lira
TERESINA-PI
DEZEMBRO-2015
2. Toda pesquisa, em especial a pesquisa descritiva, deve ser bem planejada se quiser
oferecer resultados úteis e fidedignos. Esse planejamento envolve também a tarefa de coleta
de dados, que corresponde a uma fase intermediária da pesquisa descritiva (CERVO, 2007).
Os instrumentos de coletas de dados, de largo uso, são entrevista, o questionário e o
formulário. Na aplicação da entrevista e do formulário, o informante conta com a presença do
pesquisador ou seu auxiliar, que registra suas informações. O questionário sem a presença do
investigador, é preenchido pela pessoa que fornece as informações (BARROS, 2012).
Além do instrumento usado, o tipo de pergunta, que pode ser fechada por um numero
limitado de opções ou aberta, sem restrições, determina a maior ou menor exatidão dos dados
e o grau d dificuldade de tabulação e análise de informações (CERVO, 2007).
Independentemente de as questões serem abertas ou fechadas e de suas respostas
estarem pré-codificadas ou não, há uma série de características que devem ser levadas em
conta ao estabelecê-las: as questões devem ser claras e compreensíveis para os indivíduos; as
questões não devem incomodar o indivíduo; as questões devem ser sobre um só aspecto ou
uma relação lógica; e as questões não devem induzir as respostas (SAMPIERI; COLLADO;
LUCIO, 2006).
Antes da aplicação definitiva do questionário deve-se realizar um pré-teste ou pré-
inquérito. Toma-se uma sub-amostra e os questionários são testados em relação à
compreensão das questões, verificação de dúvidas e das dificuldades no preenchimento,
necessidade de introdução ou supressão de perguntas. A hipótese geral poderá ser testada
quanto a sua viabilidade (BARROS, 2012).
Além disso, existem vários fatores que podem afetar a confiabilidade e a validade
dos instrumentos de medição. O primeiro deles é a improvisação. Por exemplo, elaboração de
um instrumento de um dia para outro, o que demonstra pouco ou falta de conhecimento no
processo de elaboração de instrumento de medição. O segundo fator e que às vezes utilizam-
se instrumentos desenvolvidos no exterior e que não foram validados para o nosso contexto.
Outro fator, é que em certas ocasiões o instrumento parece ser inadequado para as pessoas as
quais se aplicam. Um quarto fator pode ocasionar a influência constituída pelas condições as
quais é aplicada o instrumento (frio, instrumento longo, realização em horário inoportuno)
(SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2006).
A validade refere ao grau em que o instrumento realmente mede a variável que
pretende medir. Por exemplo, um instrumento válido para medir inteligência, deve medir
inteligência e não memória. A validade é um conceito do qual se podem obter diferentes tipos
3. de evidências: evidencia relacionada com o conteúdo; evidência relacionada com o critério;
evidencia relacionada com o constructo (BARROS, 2012).
Assim, a validade de um instrumento de medição é avaliada base em três tipos de
evidência. Quanto mais evidencias de validades de conteúdo, de validade de critério, de
validade de construto tem um instrumento de medição, mais este se aproximará em apresentar
a(as) variável(eis) que pretende medir (CERVO, 2007).
REFERÊNCIAS
CERVO, A.L; Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007
BARROS, A.J.P; Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 21. ed. Petrópolis: Vozes,
2012
SAMPIERI, R.H; COLLADO, C.F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. 3. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006.