LISTA DOS APROVADOS NO CONCURSO DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO
I prova sistemática gabaritada história - 1º ano
1. História Prova Sistemática
Isaquel Silva Limoeiro, 09/03/2013
*Respostas corretas N°: ____ Série: 1º/EM Turma:
1. (UFPB/2013) O materialismo histórico é uma das teorias 4. (FCC) Essa tendência passou a ser denominada de
utilizadas na interpretação e explicação dos processos historicismo, cuja metodologia conhecida como
históricos. Sobre a concepção materialista da História, é positivista, por basear-se nos princípios da objetividade e
correto afirmar: da neutralidade no trabalho do historiador. Os seguidores
a) Considera que as ideias criam a realidade social e dessa corrente teórica dedicaram-se ao estudo da
histórica. individualidade irreproduzível e única dos atos humanos,
b) Acredita que a dinâmica da história é determinada por destacando figuras das elites e suas biografias (...). O
interesses individuais. Estado ou os chefes políticos e militares, cabe lembrar,
c) Prioriza os conceitos de cultura e ideologia em vez da eram o motor das transformações e do progresso da
categoria de trabalho. história, considerando que o século XIX foi o momento da
d) Entende que os conflitos sociais são acidentais e criação e consolidação dos Estados Nacionais e da
isolados. elaboração das “histórias nacionais”, de caráter político e
e) Compreende que a realidade econômica é militar.
predominante na explicação do processo histórico.
(Circe M. F. Bittencourt. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2005, p. 141)
2. (VUNESP) O documento não é qualquer coisa que
fica por conta do passado, é um produto da sociedade
Um dos pressupostos da tendência, a que o texto faz
que o fabricou segundo as relações de forças que aí
referência, é que
detinham o poder.
a) o historiador tem como princípio o caráter científico do
(Jacques Le Goff, História e Memória ) conhecimento histórico, e o enfoque da pesquisa e
análise são a estrutura e a dinâmica das sociedades
A afirmação de Le Goff nos remete a uma humanas.
característica importante do ofício do historiador, que é: b) a consciência da pluralidade temporal e o caráter
a) o reconhecimento da ausência de legitimidade da científico da História devem ser preocupação do
cultura material. historiador nos trabalhos de pesquisa para a
b) a busca pela verdade histórica apenas nos construção do passado.
documentos textuais. c) cada fato histórico é único e sem possibilidade de
c) a análise dos documentos enquanto monumentos. repetição, devendo a construção de um passado ter
d) a seleção de um corpus documental que não tenha como base a objetividade, para ser “história
documentos ligados ao poder. verdadeira”.
e) o trabalho com outras fontes que não os d) o fato histórico deve ser interpretado no contexto em
documentos, pela sua parcialidade. que ocorreu, devendo a construção do passado ter
como base a subjetividade do historiador, para ser
3. (FCC) Controlar o passado ajuda a dominar o presente, a “história verdadeira”.
legitimar tanto as dominações como as rebeldias. Ora, são e) há o abandono da história centrada em fatos isolados
os poderosos dominantes Estados, Igrejas, partidos e a formulação de uma síntese histórica global,
políticos ou interesses privados − que possuem e entendida como “ciência do passado” e “ciência do
financiam veículos de comunicação e aparelhos de presente”, simultaneamente.
reprodução, livros escolares e histórias em quadrinhos,
filmes e programas de televisão. Cada vez mais entregam 5. (VUNESP) Analise as imagens.
a cada um e a todos um passado uniforme. E surge a
revolta entre aqueles cuja história é "proibida".
(Marc Ferro. A manipulação da História no ensino e nos meios de
comunicação. São Paulo: IBRASA, 1983, p. 11)
A partir dessa observação, Marc Ferro faz uma análise da
elaboração do discurso histórico através de vários países,
épocas e regimes, focalizando, principalmente,
a) a História “institucional” que, para ele, tem a função
de glorificar a pátria e legitimar o Estado e a
dominação.
b) as novas tendências da História que, para ele,
contribuem para a criação de um espírito crítico sobre
a sociedade.
c) as teorias “construtivistas” que, para ele, mudam a
imagem do passado à medida que mudam a função da
História.
d) a História cultural que, para ele, coloca o passado das
sociedades como alvo do confronto entre culturas e
etnias.
e) o “cotidiano” da História que, para ele, promove uma
relação reduzida entre o passado e o presente da
sociedade.
__________________________________________________________________________________________________________
Colégio 3° Milênio – Uma história de grandes resultados!
__________________________________________________________________________________________________________
2. a) Lucien Febvre, que privilegiou a “história dos
acontecimentos” em detrimento da história das
estruturas.
b) Fernand Braudel, que foi figura central da 2ª geração
da “escola dos Annales”.
c) Lawrence Stone, que contribuiu para tornar a
narrativa histórica tema de debate.
d) Eric Hobsbawm, que reconheceu o equívoco de uma
história de inspiração marxista para a compreensão do
mundo atual.
e) Hayden White, que provocou enérgicas reações dos
historiadores ao negar o caráter literário da escrita da
História.
7. (COVEST-2013) A pesquisa histórica é importante para
se entender as relações sociais. Para efetivá-la, temos que
consultar fontes que:
a) contenham verdades oficiais e facilitem compreender o
poder político.
b) tenham uma organização aceita pelos cursos de pós-
Considerando a utilização das duas imagens em aulas graduação.
de História, de acordo com os pressupostos das c) ajudem na elaboração da pesquisa e nas respostas às
Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências suas questões.
d) afirmem a coerência do estudo e as verdades
Humanas e suas Tecnologias, está correto afirmar que:
conhecidas na Ciência.
I- constituem-se como fonte para o estudo da e) sejam limitadas aos documentos atuais e escritos nas
disciplina, mas não podem ser consideradas como academias.
documentos históricos;
II- permitem trabalhar a questão da temporalidade, 8. (AOCP-2013) Convencionou-se denominar História Oral
destacando aspectos de duração, permanência e ao uso de informações obtidas por meio de entrevistas na
mudança sobre o tema enfocado; investigação histórica. O termo é bastante controverso e
III- a fotografia, diferentemente da charge, apresenta diversos problemas que demandam constantes
representa a realidade com maior verdade, debates por historiadores. Assinale a alternativa que NÃO
registrando o fato com neutralidade científica; se relaciona corretamente ao que é a História Oral como
IV- contribuem para explorar a ideia de que a método de pesquisa histórica.
História é resultado da ação de diferentes sujeitos a) Metodologia de pesquisa e de constituição de fontes
históricos. para o estudo da história contemporânea surgida
em meados do século XX.
Está correto o que se afirma em b) Ao utilizar este método o recomendável é que o
a) IV, apenas. historiador mantenha uma interação
b) I e III, apenas. permanente com outros tipos de fontes.
c) II e IV, apenas. c) Apesar do alargado uso da fonte oral, este método
d) I, II e III, apenas. não é aceito pela história por não ser considerado
e) I, II, III e IV. científico.
d) O objeto central da História Oral reside nas
6. (CESGRANRIO) Em nossas áreas [de ciências humanas e representações individuais ou coletivas do passado tal
sociais], o ideal era que houvesse linguagens distintas, como narradas em entrevistas.
mais especializada nas revistas, mais acessível nos livros. e) Pesquisadores utilizam a História Oral para construir
Poder-se-ia acrescentar ainda um terceiro meio, o artigo “contra narrativas” radicais, seus objetos-sujeitos são
de jornal, que requer linguagem ainda mais destravada e as classes populares, os grupos marginais e as
acessível. A maioria dos historiadores usa o mesmo estilo minorias étnicas de gênero.
pesado nos três casos, confundindo-o com profundidade.
Depois reclama que não há leitores para livros de História, 9. (FUMARC-2013) Leia o poema a seguir:
quando os há aos milhares para as obras de Eduardo
Bueno e para as biografias escritas por jornalistas. O fato é O HISTORIADOR
que escrevemos mal e o leitor não especializado refuga. “Veio para ressuscitar o tempo
e escalpelar os mortos,
Das duas uma, ou se renuncia a ser lido fora da tribo
as condecorações, as liturgias, as espadas,
acadêmica ou se procura melhorar a escrita. Pessoalmente, o espectro das fazendas submergidas,
acho que o historiador não deve fechar-se no gueto o muro de pedra entre membros da família,
acadêmico. Prefiro escrever sem jargão e correr o risco de o ardido queixume das solteironas,
ser chamado de ensaísta a esconder o resultado das os negócios de trapaça, as ilusões jamais confirmadas
pesquisas do público não especializado. Todos gostam de nem desfeitas.
Veio para contar
boas histórias, não há por que não gostarem também de
o que não faz jus a ser glorificado
boa História.
e se deposita, grânulo,
no poço vazio da memória.
MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio. José Murilo de Carvalho.
In: MORAES, José Geraldo Vinci de; REGO, José Marcio (orgs.). Conversas É importuno,
com historiadores brasileiros. São Paulo: Ed. 34, 2002, p. 175. sabe-se importuno e insiste,
rancoroso, fiel.”
A recente reflexão metodológica sobre as formas de escrita
da história não se restringe à preocupação com o estilo Carlos Drummond de Andrade
adequado para cada público. Ela vincula-se também ao
“renascimento da narrativa”, alardeado por
3. Sobre a relação memória-história, é CORRETO afirmar
que:
a) a apropriação da memória pela história se faz,
necessariamente, com intuito de esclarecimento do
processo histórico.
b) história e memória são conceitos que se excluem
mutuamente como bem o mostra o poeta.
c) memórias relegadas pela história oficial, mesmo que
inconvenientes a certos grupos, podem ser retomadas
por historiadores, ampliando a compreensão da
história.
d) a releitura do passado, sem a qual não há história,
viola a memória, retirando-lhe o conteúdo simbólico,
condição para a emancipação do saber.
e) o historiador utiliza de vários recursos didáticos para
compreender as relações dos homens inseridos numa
sucessão temporal. A concepção de tempo aceita entre
os historiadores é que o tempo é uniforme e
reversível.
10. (...) Ciente de que o conhecimento é provisório, o aluno
terá condições de exercitar nos procedimentos próprios da
história: problematização das questões propostas, busca
de informações, levantamento e tratamento adequado das
fontes, percepção dos sujeitos históricos envolvidos
(indivíduos, grupos sociais), estratégias de verificação e
comprovação de hipóteses, organização dos dados
coletados, refinamento Dos conceitos (historicidade),
proposta de explicação para os fenômenos estudados,
elaboração da exposição, redação de textos. Dada a
complexidade do objeto de conhecimento, é imprescindível
que seja incentivada a prática interdisciplinar.
KARNAL, Leandro (Org) História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.
p.42.
No processo de estabelecimento do conhecimento do saber
histórico escolar impõe-se a
I- Percepção do conhecimento histórico enquanto
construção.
II- Autoridade das fontes.
III- Relativização dos marcos históricos tradicionais.
IV- Apropriação de conceitos básicos e a percepção de
sua historicidade.
V- Titulação acadêmica do professor.
Estão CORRETAS
a) As afirmativas I e IV apenas.
b) As afirmativas I,III e IV apenas.
c) As afirmativas II, IV e V apenas.
d) Apenas uma das afirmativas.
e) Apenas III e IV.