2. “Nos primeiros dias do ano 30, antes de suas gloriosas manifestações, avistou-
se Jesus com o Batista no deserto triste da Judeia, não muito longe das areias
ardentes da Arábia. (…) De Jericó dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou
ao cair da noite. Sentado como um peregrino, nas adjacências do Templo,
Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se
sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar
lúcido e profundo.” Francisco Cândido Xavier / Boa nova
Primeiras pregações de Jesus
3. “Cafarnaum era, então, uma aldeia de pescadores, camponeses, jornaleiros,
transformando-se, lentamente, em uma cidade esfervilhante, (…) tornara-se
importante encruzilhada de caminhos, entre os quais aquele que conduzia à
importante Damasco (…) muitos profissionais vinham de diferentes lugares a
fim de exercerem as suas habilidades, ali fincando raízes.”
“Caracterizada pelo seu povo gentil , especialmente generoso e simples , as
pessoas contentavam-se com os recursos de que dispunham, sem deixar-se
contaminar pelas paixões pervertidas das grandes urbes, que eram trazidas
pelos recém-chegados.” Divaldo Pereira Franco / A mensagem do amor imortal
Cafarnaum, terra de gente simples
4. Meu reino não é deste mundo
“O povo, de há muito, falava em revolução contra os romanos
e os comentadores mais indiscretos anteviam a queda
próxima dos Ântipas. O novo reinado estava próximo e,
alucinada pelos sonhos maternais, Salomé procurou o
Messias no círculo dos seus primeiros discípulos.”
-Senhor – disse, atenciosa -, logo após a instituição do teu
reino, eu desejaria que os meus filhos se sentassem um à tua
direita e outro à tua esquerda, como as duas figuras mais
nobres do teu trono.
Jesus sorriu e obtemperou com gesto bondoso:
- Antes de tudo, é preciso saber se eles querem beber do
meu cálice!...” Francisco Cândido Xavier / Boa nova
5. “8:3 Os escribas e fariseus conduzem uma mulher apanhada em adultério, e a colocam
de pé no meio. 8:4 Dizem a ele: Mestre, esta mulher foi apanhada, em flagrante,
adulterando. 8:5 Na Lei, nos ordenou Moisés serem apedrejadas tais. Portanto, que
dizes tu? 8:6 Diziam isto, testando-o, para terem e que o acusar, Jesus, porém,
curvando-se para baixo, escrevia na terra com o dedo. 8:7 Mas como continuavam a
interrogá-lo, desencurvou-se e lhes disse: Quem dentre vós estiver sem pecado atire
sobre ela a primeira pedra.” Novo Testamento / João 8:3-7
Atire a primeira pedra
6. “-Senhor, o servo do centurião está enfermo e
parece que sucumbirá se providência divina
não o amparar. Sabemos que podes fazer
quanto queiras e te pedimos ir à sua casa para
recuperares o seu servidor, a quem ele muito
ama. Este é um bom centurião. Autoridade de
respeito, não judeu, é temente a Deus e
ajudou-nos, inclusive, a levantar a nossa
Sinagoga. É amado por nossa gente… Nós te
rogamos, Senhor!”
“- Sim, irei até lá.”
“Nova embaixada chega aos passos do Mestre antes que Ele alcance a vila do
apelante afervorado.”
“- Paulus reconhece a sua miserabilidade… A sua casa não é digna de Ti. Ele informa
que é pecador e não se atreve a ter-Te nas sombras do seu reduto, a Ti que és o Sol do
meio-dia. (…) Ele é militar (…) Ele diz ao seu subalterno : - Vai ali! Ele vai; - Vem aqui!
Ele vem; - Vai acolá!, e ele atende. Ora, Rabi, se Tu ordenares aos Teus subalternos
eles farão a Tua vontade, como os seus fazem as dele.”
Divaldo Pereira Franco / Luz do mundo
“- Nunca vi tão grande fé em Israel…”
O poder da fé
7. “17:9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: Não contem a
ninguém essa visão até que o filho do homem se levante dos mortos. 17:10 Mas os
discípulos o interrogaram, dizendo: Então, por que os escribas dizem ser necessário vir
primeiro Elias? 17:11 Em resposta, disse: Elias , por um lado, vem e restaurará todas as
coisas. 17:12 Digo-vos, por outro lado, que Elias já veio e não o reconheceram, mas
fizeram-lhe quanto queriam. Assim também o filho do homem está na iminência de
padecer sob eles. 17:13 Então, os discípulos entenderam que ele lhes tinha falado a
respeito de João Batista. Novo Testamento / Mateus 17:9-13
8. A carta magna
5:3 Bem-aventurados os pobres de espírito,
porque deles é o Reino dos Céus;
5:4 Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados;
5:5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
5:6 Bem-aventurados os que têm fome
e sede da justiça, porque eles serão saciados;
5:7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque
eles receberão misericórdia;
5:8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus;
5:10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da Justiça,
porque deles é o reino dos Céus;
5:11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e
disserem todo mal contra vós, por causa de mim;
5:12 Alegrai-vos e regozijai-vos, porque é grande a vossa recompensa
nos Céus, pois assim perseguiram os Profetas anteriores a vós.
Novo Testamento / Mateus 5:3-12
9. “27:11 Jesus foi colocado diante do Governador, e o Governador o interrogou,
dizendo: Tu és o rei dos Judeus? Jesus disse: Tu dizes. 27:12 Ao ser acusado
pelos sumos sacerdotes e anciãos, nada respondeu. 27:13 Disse-lhe então
Pilatos: Não ouves quantas testemunham contra ti? 27:14 E não lhe
respondeu nenhuma palavra, a ponto de o Governador maravilhar-se
imensamente. 27:15 Por ocasião da festa, era costume o Governador soltar
um preso que a turba quisesse. 27:16 Então, tinham um preso notório,
chamado Barrabás. 27:17 Portanto, enquanto estavam reunidos, disse-lhes
Pilatos: Quem quereis que eu vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?
27:18 Pois sabia que por inveja o entregaram. 27:19 Enquanto estava
sentado, sua mulher lhe mandou dizer: Não te envolvas com esse justo, pois
muitas sofri hoje, em sonho, por causa dele.
Novo Testamento / Mateus 27:11-19
Jesus e Pilatos
10. 27:20 Os sumos sacerdotes e os anciãos persuadiram as turbas para que lhes
pedissem Barrabás e matassem Jesus. 27:21 Em resposta, disse-lhes o
Governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Eles disseram: Barrabás.
27:22 Diz-lhes Pilatos: Que fareis, então, de Jesus, chamado Cristo? Dizem
todos: Seja crucificado. 27:23 Ele disse: No entanto, que mal ele fez? Eles
gritavam ainda mais, dizendo: Seja crucificado! 27:24 Pilatos, ao ver que nada
ajudaria, antes pelo contrário, gerava tumulto, pegando água, lavou as mãos
diante da turba, dizendo: Sou inocente desse sangue. Isso é convosco. 27:25
Em resposta, todo o povo disse: O Sangue dele sobre nós e sobre nossos
filhos. 27:26 Então, soltou-lhes Barrabás; depois de açoitar Jesus, entregou-o
para ser crucificado.
Novo Testamento / Mateus 27:20-26
Jesus e Pilatos
11. “Quarenta dias depois dos terríveis acontecimentos, Ele apareceu à Sua Mãe e aos
Onze, que estavam em Jerusalém, e levou-os até a Betânia. Todos O seguiram
ansiosos, felizes como nos dias idos…”
“Senhor, restaurarás Tu, neste tempo, o reino a Israel?”
“O Mestre olhou-os com aquela tristeza do
passado. Os amigos ainda não compreendiam
qual era o Seu reino, reino sem dimensão
geográfica nem política, a perder-se nas
galáxias do firmamento…”
“Todos estavam com os olhos fitos nEle e, só então, perceberam que Ele ascendia
lentamente, as mãos voltadas para eles num gesto de afago, as vestes luminosas, até
desaparecer nas alturas… Divaldo Pereira Franco / Primícias do reino
Jesus e a incompreensão dos discípulos
12. “Rainha entre os homens, como rainha
julguei que penetrasse no reino dos céus!
Que desilusão! Que humilhação, quando,
em vez de ser recebida aqui qual soberana,
vi acima de mim, mas muito acima, homens
que eu julgava insignificantes e aos quais
desprezava, por não terem sangue nobre!
Oh! como então compreendi a esterilidade
das honras e grandezas que com tanta
avidez se procuram na Terra!”
Uma Rainha de França
Allan Kardec / O Evangelho Segundo o Espiritismo
Uma realeza terrestre
13. “Jesus Cristo não é Aquele que veio destruir
as leis divinas. Veio em verdade, dar-lhes
execução, desarticulando as leis humanas
que, em oposição aos preceitos do Criador,
ainda semeiam sombras…”
“Jesus é o Espírito que nos veio ajudar a
distender a nossa capacidade de amar para
além do nosso grupo de parentela física…”
“(…) Jesus era um médico todo especial,
posto que cuidava fundamentalmente do ser
imortal da alma.”
“Jesus (…) é o Grande Amor pouco
amado, que no momento de profunda dor
moral, fisicamente abatido e humilhado
por aqueles aos quais veio amar, ainda
suplicou ao Sempiterno o necessário
perdão para todos eles. J. Raúl Teixeira / Quem é o Cristo?
Quem é o Cristo?
14. “Q 625 Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para
lhe servir de modelo e guia?
Jesus.
Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade
pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a
doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo
ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o
animava. Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm
transviado, ensinando-lhes falsos princípios, isso aconteceu por haverem
deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem
confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que
regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis
humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.”
Allan Kardec / O Livro dos Espíritos
O Espírito mais perfeito
15. “Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenómenos, do
nosso sistema existe uma comunidade de Espíritos Puros e eleitos pelo Senhor
Supremo do Universo (…) Essa Comunidade (…) da qual é Jesus um dos membros (…)
ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu nas proximidades da Terra (…) por duas
vezes no curso dos milénios conhecidos.” Francisco Cândido Xavier / A caminho da luz
Comunidade de Espíritos puros
16. Meu reino não é deste mundo
“Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que
eu caísse nas mãos dos judeus; mas o meu reino ainda não é aqui.”
Allan Kardec / O Evangelho segundo o Espiritismo
“Por estas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele
apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá
ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na
Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande princípio. Com efeito
sem a vida futura , nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus
preceitos morais, donde vem que os que não crêem na vida futura , imaginando
que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem , ou os
consideram pueris.”
Allan Kardec / O Evangelho segundo o Espiritismo