APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
PCT 2012
1. Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância
S. Miguel
Enxara do Bispo
Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena
Malveira
2. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
2 EB1+JI S. Miguel
3. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
“Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus
limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde
se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais
regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma
tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos
sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua
relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois
grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas
frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais
vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a
bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.”
Eugénio de Andrade
In 'Rosto Precário'
EB1+JI S. Miguel 3
4. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
4 EB1+JI S. Miguel
5. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Índice
Índice 5
Introdução 7
Caracterização da Comunidade Escolar 9
A Freguesia da Enxara do Bispo 9
População 9
A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel 10
As Salas do jardim de infância 10
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela) 11
Perfil do grupo 12
Opções Educativas 14
Porquê Projeto? 14
O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena 15
Definição de Prioridades Educativas 16
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica 17
Organização do Ambiente Educativo 18
Calendário escolar 18
Funcionamento e Dinâmica da Equipa 18
Horário do Educador 19
Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares 19
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico 21
Articulação Educativa e Inovação 22
Planeamento Global 23
Considerações Finais 32
Anexos 34
Plano Anual de Atividades (EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo) 35
Projeto de Prolongamento 54
EB1+JI S. Miguel 5
6. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
6 EB1+JI S. Miguel
7. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Introdução
A construção de um Projeto Curricular de Turma (PCT) pressupõe uma efetiva exposição das dinâmicas e ideias que
sustentarão e consubstanciarão as práticas pedagógicas e educativas baseadas num levantamento aturado de
necessidades, numa análise reflexiva dos recursos disponíveis e numa profunda ponderação sobre as estratégias e
atividades que o possam operacionalizar.
As páginas que a seguir se apresentam pretendem facilitar a compreensão, de forma explícita e cabal, das opções e
estratégias letivas e não letivas que promoverão e proporcionarão a obtenção dos objetivos que também se
enunciam. Serve para expor, potenciar a reflexão alargada (a Pais e Famílias, à Comunidade, etc.) sobre as opções
educativas e metodológicas e proporcionar, desse modo, a participação efetiva de todos os atores educativos na
construção de um modelo educativo inclusivo e integrado que sirva os alunos e o seu desenvolvimento continuado.
A divulgação é também um dos seus objetivos e, nesse sentido, este documento está também vocacionado para
uma fácil e alargada disseminação onde, por exemplo, a internet poderá assumir um espaço fundamental.
Dividido em quatro grandes áreas: Caracterização da Comunidade Escolar; Opções Educativas; Organização do
Ambiente Educativo e Avaliação ambiciona, através de um texto que se pretende claro e clarificador de conceitos,
uniformizar linguagens e contextos, de forma a permitir uma consciência coletiva interventiva e promotora de
Qualidade.
Que possa cumprir os seus objetivos…
O Educador
Henrique Santos
EB1+JI S. Miguel 7
8. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
8 EB1+JI S. Miguel
9. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Caracterização da Comunidade Escolar
A Freguesia da Enxara do Bispo
Dominada pela silhueta da Serra do Socorro, esta freguesia remonta os seus
pergaminhos à história de Enxara dos Cavaleiros, povoação muito antiga, com foral
concedido por D. Manuel I, em 20 de novembro de 1519.
Durante vários séculos foi sede de Concelho. Porém, no século XIX passou a integrar
o Concelho da Azueira e, a partir de 1855, o de Mafra.
A paisagem é dominada por uma ruralidade muito acentuada. É notável a riqueza do
património edificado, tanto o civil como o religioso, a atestar um passado de
esplendor.
Na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, guardam‐se algumas
tábuas com pintura quinhentista de grande valor, pertencentes a um retábulo hoje
desaparecido. Os azulejos da capela‐mor são setecentistas representando cenas da
vida de Nossa Senhora. O batistério, sob um arco quinhentista, apresenta no seu
interior uma pia batismal Manuelina.
À Romaria da Serra do Socorro, que reúne excelentes condições para a prática de asa delta, ou da Senhora das
Neves, acorre a 5 de agosto, enorme multidão de devotos para pagar promessas com trigo junto à Ermida de N.ª
Senhora do Socorro, que consta, por tradição, ter sido mesquita convertida em templo católico, por D. Afonso
Henriques, e reedificada no reinado de D. Manuel.
São ainda de salientar as Festas de Nossa Senhora da Assunção (15 de agosto), na sede da Freguesia, e a
Santa Comba (6 de janeiro), no lugar de Vila Pouca
(dados recolhidos em: http://www.cmmafra.pt/concelho/enxara.asp).
População
A população distribui‐se pelas localidades de Enxara do Bispo, Terroal, Vila Pouca, Tourinha, S. Sebastião, Enxara
dos Cavaleiros, Azenha, Ervideira, Venda das Pulgas e ainda vários casais dispersos pela Freguesia, perfazendo um
total de 1643 habitantes (censo de 2001). A comunidade escolar é, no entanto, um pouco mais alargada pelo facto
de a Escola ser frequentada por crianças de outras Freguesias.
O número de idosos é bastante acentuado. No tocante à população ativa, esta distribui‐se pelos três Setores de
atividade. No Setor Primário é a agricultura que ocupa a maioria das pessoas, com uma taxa de ocupação superior à
média Nacional. Há um certo equilíbrio na distribuição da população ativa entre o Setor Secundário e o Terciário,
destacando‐se as profissões de operário (indústria alimentar e construção civil), motorista, profissões do ramo
comercial, profissões liberais e um número mais reduzido em serviços diversos.
Não se conhecem situações de extrema pobreza nem de habitabilidade indigna.
Em termos de grau de instrução, a população possui maioritariamente a escolaridade obrigatória (1º, 2º e 3º
Ciclos), contrastando com o reduzido número de licenciados e com ensino secundário completo.
Deve ser acrescentado que estes dados, referentes apenas aos pais dos alunos, teriam valores diferentes se
expressassem a totalidade da população e neste caso a média do grau de instrução baixaria com alguma relevância,
dado o peso significativo da população idosa com baixa escolaridade.
EB1+JI S. Miguel 9
10. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
É curioso o número de utentes da Componente de Apoio à Família (25) entre todos os alunos da escola,
explicando‐se essa fraca utilização com o número elevado de crianças que ficam, sobretudo com os avós, após o
período letivo.
A Escola Básica do 1º Ciclo com jardim de infância S. Miguel
A Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância de S. Miguel ‐ Enxara do Bispo é um estabelecimento oficial da
rede Pública, inaugurado no ano letivo de 2008/2009, que funciona este ano com quatro salas para turmas do
primeiro ciclo do ensino básico e três salas de jardim de infância. Está equipada com biblioteca (onde se encontram
disponíveis cerca de 1000 títulos impressos e dois computadores com acesso à internet), uma sala multimédia, com
7 computadores (também com ligação à Internet); um espaço desportivo de amplas dimensões (polidesportivo)
equipado com material pedagógico vocacionado para a prática desportiva de crianças até aos 12 anos; um espaço
exterior de grandes dimensões equipado com alguns brinquedos de exterior; uma sala polivalente com capacidade
para assegurar diversos espaços didático‐educativos (componente de apoio à família, prolongamento de horário,
etc.) e ainda espaços para utilização diversa, de onde se destacam a sala de professores e a sala da Associação de
Pais. Existe ainda um refeitório com capacidade para servir 150 refeições/dia.
As dinâmicas de ocupação dos espaços lúdico‐pedagógicos são alvo de planeamento e calendarização que se
apresenta mais à frente.
O edifício tem uma capacidade máxima planeada de 250
alunos, distribuídos por 10 salas, ao longo de 2 pisos.
Atualmente serve 138 alunos, divididos por sete turmas.
A EB1/JI de S. Miguel situa‐se num meio rural, na Freguesia da
Enxara do Bispo, Concelho de Mafra, Distrito de Lisboa.
Localiza‐se na periferia meridional da localidade da Enxara do
Bispo e é servida pela Rua de S. Miguel, topónimo recente, rua
esta situada entre a Rua Principal da Enxara do Bispo e a
Estrada Municipal nº 536‐1.
Tem como referência mais próxima para localização o Cruzeiro de S. Miguel (em frente). Confronta a Norte, a Sul e
a Este com a Quinta da Princesa (terrenos agrícolas) e a Oeste com a Rua de S. Miguel.
Os acessos fazem‐se pela Rua de S. Miguel no seguimento da Estrada Municipal 536‐1, do lado Oeste, a partir do
Km 27.7 da Estrada Nacional nº 8 (Vila Franca do Rosário) ou ainda pela Rua de S. Miguel no seguimento da Rua
Principal da Enxara do Bispo, do lado Norte, a partir do Km 11.1 da Estrada Nacional nº 9.2, não se podendo
considerar nenhum dos acessos mais importante do que o outro.
A Escola deve o seu nome ao facto de a atual Quinta da Princesa, onde foi construído o edifício, ser outrora
denominada “Quinta de S. Miguel”. Até há pouco tempo, ainda era visível um quadro em azulejo, implantado no
antigo muro onde se localiza a Escola, com a imagem deste Santo. Além destas referências, ainda hoje existe,
mesmo em frente, o já citado Cruzeiro de S. Miguel. Foram estes dados que fundamentaram a escolha do nome
EB1/JI de S. Miguel.
As Salas do jardim de infância
As salas do jardim de infância (3) são espaços agradáveis, retangulares, com cerca de 60 m2, que dispõem de
iluminação natural, em virtude da existência de amplas janelas‐porta de acesso ao espaço exterior, numa das
paredes.
10 EB1+JI S. Miguel
11. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Dispõem de espaços de arrumação adequados, água corrente (com lavatório) e acesso simplificado a casa de banho
coletiva (comum às salas da mesma ala). Neste ano letivo foi opção dos docentes equipar cada uma das salas com
um computador originário da sala de informática.
O mobiliário foi adaptado e modelado de forma a tornar‐se adequado às idades e estaturas das crianças. O facto de
ser o terceiro ano de funcionamento da Sala Amarela fundamenta a necessidade de continuar a apostar em
equipamento didático, lúdico e pedagógico.
Na Sala Amarela, e em termos de material e equipamento de desgaste, enfrentam‐se alguns problemas em virtude
das poucas existências no início do ano letivo. O pouco material de desgaste disponibilizado será complementado
com base no esforço da comunidade educativa, destacando‐se a colaboração das famílias na aquisição e oferta de
material.
Também ao nível dos brinquedos de exterior apesar da oferta fixa e que, tendo em conta a novidade da escola, é já
de bastante qualidade, será necessário aumentar a diversidade de jogos
e opções em espaço de recreio livre.
De salientar, contudo, a disponibilidade demonstrada entre a equipa
educativa no sentido de rentabilizar o material e equipamento que
pertence ao fundo da escola, permitindo, dessa forma, uma maior
rotação e rentabilização de equipamentos e materiais ao serviço dos
alunos. Neste particular, os materiais lúdicos e pedagógicos, livros e
demais equipamento para o primeiro ciclo que pode ser utilizado e
rentabilizado no pré-escolar serão devidamente utilizados nas
dinâmicas letivas.
Também o facto de a escola possuir espaços distintos (biblioteca, polidesportivo, etc.), devidamente equipados
com material e equipamento técnico e pedagógico adaptado facilita a utilização diferenciada e motivadora para as
idades dos alunos.
Caracterização Geral do Grupo do Pré-Escolar (Sala Amarela)
A caracterização que agora se apresenta baseia‐se nos dados recolhidos nas Fichas Biográficas distribuídas aos
encarregados de educação, pais e familiares dos alunos da Sala Amarela. Contém também informação pertinente
que advém da observação e das fichas de caracterização diagnóstica dos alunos, da responsabilidade do educador.
Os dados aqui apresentados dizem respeito aos dezassete alunos inscritos na turma para o ano letivo de
2011/2012, à data de elaboração deste documento.
As crianças que frequentam o jardim de infância da Enxara do Bispo são, de uma forma geral, residentes na zona de
incidência do estabelecimento, e, pertencem, globalmente, àquela que se convencionou, em termos económicos,
chamar classe média.
O grupo é constituído por 17 crianças, com idades heterogéneas compreendidas entre os 3 e os 5 anos, no qual 7
crianças têm, à data deste documento, cinco anos (nascidas em 2006), 1 tem quatro anos (2006) e 9 têm três anos
(2008). A média de idades é 3,8 anos.
Dos alunos da turma, 8 frequentaram anteriormente oferta educativa (nomeadamente na mesma sala de
atividades) sendo que os restantes não frequentaram qualquer tipo de oferta escolar oficial, tendo, em quatro
situações sido acompanhados por ama familiar.
Quanto ao género, 10 são do sexo feminino e 7 do sexo masculino. A grande maioria dos alunos é de nacionalidade
portuguesa, existindo, contudo, um aluno com nacionalidade brasileira.
Todos os alunos residem no Concelho de Mafra. As freguesias de residência são Enxara do Bispo (9 alunos), a Vila
Franca do Rosário (5) Azueira (1), Pero Negro (1) e Malveira (1)
EB1+JI S. Miguel 11
12. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Em relação ao número de irmãos, seis alunos têm um irmão e os outros onze não têm irmãos.
Estes indicadores revelam, juntamente com os outros dados recolhidos (anos de residência no Concelho, tipo de
habitação, etc.), a prevalência de famílias nucleares, na maior parte constituídas por pai, mãe e um ou dois filhos,
residentes, maioritariamente nas imediações da escola, e com ascendência cultural ou social no Concelho.
Os Encarregados de Educação são maioritariamente as Mães (14), existindo apenas um Pai e um Irmão que
assumem essa função. Todas as crianças que frequentam a Sala Amarela estão inscritas na Componente Social de
Apoio à Família da Câmara Municipal de Mafra. A totalidade dos inscritos usufrui do serviço constituído por
Refeição (almoço) e apenas 4 das atividades de Prolongamento de Horário, a partir das 15.30h e até às 19.00h.
Na maior parte dos casos, os alunos utilizam transporte escolar (Junta de Freguesia) para chegar ao jardim de
infância, sendo apenas 4 os alunos que chegam à escola em transporte próprio.
A partir do levantamento de dados constante nas fichas biográficas, constata‐se que o nível de formação
académica dos pais (de um total de 32 referências) é maioritariamente ao nível do 3º Ciclo do Ensino Básico (12),
havendo 7 referências a formação ao nível do 2º Ciclo, 4 referências ao nível do 1º CEB, cinco ao nível do Ensino
Secundário e duas mães que possuem nível de Licenciatura.
A atividade profissional dos Pais e encarregados de educação situa‐se, essencialmente ao nível dos serviços e do
setor primário (Empregados fabris, Construção civil, Restauração e serviço, com 29 referências), sendo que
desemprego (1 referência) e domésticas (2), completam os dados disponíveis.
Das referências ao tipo de vínculo à atividade profissional, apenas oito referem ter vínculos definitivos (efetivo)
com o emprego, sendo a maioria contratado a prazo (19 referências)
Através ainda das fichas biográficas, é possível fazer um levantamento sobre as principais atividades com que os
alunos ocupam o seu tempo livre. Os seus hábitos de lazer, de convívio e diversão situam‐se, sobretudo, nas
atividades de expressão física e de ar livre, sendo que as atividades de calma (“leitura”, audição/prática musical,
etc.) apenas são referidas por quatro encarregados de educação.
Como síntese de caracterização, podemos assinalar o facto de que sendo a maioria dos alunos natural da freguesia
de residência, existe uma ligação sociocultural intensa com as características da localidade, que é observada, por
exemplo, nas dinâmicas e estratégias de participação das famílias na vida da escola.
Tendo em conta que o grupo é constituído, em grande parte, por alunos que frequentaram já a Sala Amarela em
anos letivos anteriores, permite uma adequação facilitada, bem como a continuação de estratégias já avaliadas e
de sucesso para o grupo.
Perfil do grupo
Apesar de ser um grupo novo (média etária de 3,8 anos), com base nos dados disponíveis e correlacionado‐os com
a informação pontual e oficiosa disponibilizada por encarregados de educação e famílias, é de crer que a coesão do
grupo, reforçado pelo facto de ser relativamente pequeno, potenciará o desenvolvimento de estratégias de
aprendizagem funcional e de pesquisa, que aumentará os espaços de desenvolvimento social e humano.
De forma global, o grupo é constituído por crianças alegres, bem-dispostas, interessadas, que gostam de colaborar
nas atividades e têm iniciativa para propor outras atividades. Têm boa relação com os adultos e têm um bom
sentido de colaboração e partilha. São conversadores, embora algumas crianças revelem alguma incomodidade na
partilha em grande grupo. O facto de o grupo ser heterogéneo em termos etários, com maior prevalência de
crianças com 3 anos, pressupõe muita atenção do adulto educador quer ao nível do apoio direto à realização das
atividades escolares, quer ao nível do apoio cognitivo e social ou mesmo de aprendizagem funcional.
Considerando o desenvolvimento do grupo, nos aspetos que versem uma aceitação formal de regras e
comportamentos de convívio social, de partilha e de valores de comunidade, será necessário desenvolver tarefas
12 EB1+JI S. Miguel
13. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
específicas de promoção e contextualização atitudinal, coerentes com o nível de desenvolvimento etário dos
alunos.
A não frequência anterior de ofertas formais e formalizada de educação dificulta conceber a construção de uma
identidade grupal definida, no qual a integração “educativa” dos alunos no espaço normalizado da escola precisa
ser potenciada. Nesse sentido, surge como uma oportunidade a possibilidade de desenvolver espaços de trabalho
adequados e que respeitem a cultura e as dinâmicas sociais da escola, baseadas numa oferta de propostas
educativas e pedagógicas que permitam um espaço de inovação educacional e social que potencie a transformação
da Escola enquanto agente tradicional de transmissão de conhecimentos.
Neste particular, a sala de atividades foi “desenhada” de forma a acolher o grupo, nas suas particularidades, mas
optou-se, este ano, por “exteriorizar” algumas das atividades e áreas específicas, potenciando, dessa forma, a
consciência do espaço global e os fundamentos da articulação e da continuidade educativa.
As áreas de “Leitura” e de “experimentação científica” foram deslocadas para outros espaços da escola,
nomeadamente a Biblioteca e a sala polivalente. Também a promoção da atividade física e o desenvolvimento
psicomotor serão, maioritariamente, desenvolvidos no espaço polidesportivo da escola.
Esta alteração potencia não só a interiorização do espaço “Escola”, como aumenta as possibilidades pedagógicas e
didáticas, dada a riqueza de recursos disponíveis.
A origem cultural e social do grupo, bem como o historial de participação das famílias na vida escolar será tida em
conta e poderá aumentar consideravelmente a realização dos objetivos estratégicos do Projeto Curricular de Turma
e especificamente aqueles que se cruzam com o Plano Anual de Atividades do estabelecimento. Nesse sentido, a
dinamização das atividades, a partir de dinâmicas específicas da Sala Amarela tentará, por essa via, tornar mais lato
o espaço de influência dos alunos e do educador na “vida da escola”.
Uma última referência à existência de uma criança referenciada com Hipereklepsia (com um Programa Educativo
Individual (PEI) da responsabilidade do educador de turma, com apoio da Educadora do Ensino Especial e com a
participação dos técnicos de apoio da APERCIM), associada a uma situação de Atraso Global de Desenvolvimento
que será alvo de trabalho de inclusão educativa com o reconhecimento da necessidade de apoio ao abrigo da
alínea a) do número 2 do artigo 16º do do Dec.‐Lei 3/2008 (Apoio pedagógico personalizado por docente de
educação especial). Esta criança permitiu ainda a redução de turma, ao abrigo da Alínea 2 do art.º 12º do Dec.‐Lei
3/2008 (Adequação da Turma) com base na alínea 5.4 do Despacho nº 14026/2007, que se mantém para este ano
letivo.
Partir-se-á, no desenvolvimento deste PEI, da análise avaliativa feita no ano anterior, e no qual se demonstrou a
pertinência e acuidade do tipo de apoio prestado.
Com base nas informações disponíveis e de acordo com o aqui descrito, organizar‐se‐á um conjunto de respostas
educativas e pedagógicas que terão a sua evidência no Projeto Curricular de Turma mas que, acima de tudo,
sustentará a prática pedagógica.
EB1+JI S. Miguel 13
14. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
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Opções Educativas
“ (...) Contava o orador que, numa das suas viagens, visitou um lugar em que se estava a iniciar uma construção.
Aproximou-se de um dos operários e perguntou-lhe o que estava a fazer. O operário respondeu que estava a picar uma
pedra para que ficasse lisa e quadrada. De seguida, aproximando-se de um outro operário, fez-lhe a mesma pergunta,
tendo este respondido que estava a preparar uns pilares que suportariam uma parede. E questionando operário após
operário, estes foram-lhe dizendo em que consistia o respetivo trabalho. Quando repetiu a mesma pergunta a um outro
operário, este disse-lhe que estava fazendo uma catedral. (...) De facto, o último dos operários questionados tinha uma
“mentalidade” curricular (permita-se a transposição do termo por agora apenas pertencente ao campo educativo).
Podíamos mesmo dizer, mesmo correndo o risco de simplificar, que os outros operários tinham uma mentalidade técnica,
muito próxima do sentido rotineiro, pontual e específico.”
ZABALZA, M. A. (1997) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Edições Asa, Porto.
Porquê Projeto?
A palavra projeto deriva do latim “projectu” que significa lançado, relacionando‐se com o verbo latino “projectare”
que se poderá traduzir por lançar para diante. A partir desta raiz latina, a palavra projeto pode ter vários sentidos:
“plano para a realização de um ato; desígnio, tenção; redação provisória de uma medida qualquer; esboço”.
(Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 7ª ed., 2007).
Em qualquer circunstância, podemos referir que “projeto” encerra um conceito ligado à previsão de algo a que
queremos dar forma. No entanto, tal como os vários sentidos do termo, também o seu conteúdo pode ser alvo de
confusões e indefinições.
A elaboração de qualquer projeto pressupõe um processo que tem como referências um ponto de partida (situação
que se pretende modificar), um ponto de chegada (uma ideia do que se pretende modificar) e a previsão do
processo de “construção” (o “como” fazer).
A realização de um projeto exige, na escola como na vida pessoal ou social, que este se precise através da
elaboração de planos que estabelecem quem faz o quê, quando e quais os recursos necessários. O plano de um
projeto deverá prever a quem são os intervenientes, como se organizam, as estratégias de ação a desenvolver, os
recursos necessários, bem como as atividades que permitam concretizar o projeto.
Dado que o projeto se centra no desenvolvimento de um processo, existem três características que o distinguem
de um plano, a ver:
Flexibilidade – o projeto vai‐se concretizando através de uma evolução que pode não ser inteiramente prevista. A
sua flexibilidade permite a sua adaptação e adequação constante;
Contexto específico de desenvolvimento – o sentido de um projeto decorre do contexto específico em que se
desenvolve. O projeto tem uma dimensão temporal que articula passado, presente e futuro, num processo
evolutivo que se vai construindo;
Empenhamento do grupo – porque corresponde a um desejo, intenção ou interesse, o projeto é alvo de uma carga
emotiva (empenhamento e compromisso do grupo) que o distingue da mera realização do plano.
Se tomarmos o Currículo, em sentido lato, como aquilo que se considera que a Escola deve fazer aprender aos seus
alunos, porque essa aprendizagem lhes será necessária como pessoas e cidadãos, defrontamo‐nos com a primeira
das questões fundadoras do currículo e que é a seguinte: O que se julga que deve ser aprendido, e por isso,
ensinado?
14 EB1+JI S. Miguel
15. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
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Este o quê? Inicial não constitui, contudo, o primeiro momento na ordem lógica do processo. De facto, ao decidir‐se
o quê? assumem‐se, de forma explícita ou implícita, opções de fundo quanto à justificação e finalização dessa
escolha – as metas e objetivos: o para quê?
A problemática da diversidade cultural e social dos alunos nas sociedades atuais constitui o ponto crítico deste
debate curricular e o eixo central da mudança que estamos a viver nas relações entre a Escola e a sociedade,
exatamente porque o currículo constitui a matéria substantiva da ação da Escola e é a sua justificação institucional.
Ou seja, existe Escola porque e enquanto se reconhece necessário garantir a passagem sistemática de um currículo
– entendido como o corpo das aprendizagens socialmente reconhecidas como necessárias, sejam elas de natureza
científica, pragmática, humanista, cívica, interpessoal ou outra.
Desta consciência da centralidade do currículo advém a ideia de currículo como sinónimo de “conjunto articulado
de normativos programáticos”, na qual reside também o entendimento – questionável – de que a escola é (era) o
meio de acesso aos saberes que, tendencialmente, os programas cobriam.
Embora a nível do discurso educativo se fale constantemente dos novos papéis da escola e do docente, a verdade é
que esta conceção de currículo/programa continua bem instalada e muito pouco mudada nas práticas e
mentalidades.
Pensar a escola em termos curriculares implica repensar essa lógica e procurar novas respostas, na sociedade atual,
às questões definidoras do Currículo, ou do Plano Curricular: O que se quer fazer aprender na escola? A quem? E
para quê?
As sociedades atuais requerem cada vez mais a melhoria do nível de educação dos seus cidadãos por um conjunto
de razões: porque a competição económica o exige mas também porque a qualidade e melhoria da vida social
passa cada vez mais pelo domínio de competências, incluindo competências para aprender, colaborar e conviver,
pelo nível cultural geral dos indivíduos e pela sua capacidade de se integrarem numa sociedade construída sobre
múltiplas diversidades.
O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena
O Projeto Educativo do Agrupamento é um documento que permite aos estabelecimentos de educação/ensino
compreender melhor o seu próprio funcionamento e estabelecer os princípios e as linhas orientadoras que devem
enquadrar os seus projetos pedagógicos e curriculares, planos de formação e atividades, ou seja, tudo aquilo que
faz com que cada estabelecimento tenha uma identidade própria, com uma autonomia enquadrada na organização
do Agrupamento.
O Projeto Educativo de um Agrupamento de Escolas é o documento que contempla o que se deve realizar fruto das
regulamentações e exigências de política educativa nacional e de uma sociedade mais justa e democrática. É de
igual modo o meio que promove a distinção de uma Escola em termos de natureza e qualidade, das suas
congéneres e a forma de explicitar os melhores procedimentos para se atingir a consecução dos objetivos e metas
propostas, decorrentes das problemáticas inventariadas. É através dele que espelharemos o que queremos ser, o
que deveremos fazer para tornar os nossos jardins de infância e escolas mais eficazes e singulares e os nossos
jovens mais responsáveis, autónomos, solidários e livres. Contém os mecanismos essenciais para desenvolver uma
cultura de participação, de promoção do sucesso educativo e de assumir um vasto conjunto de ações que visam a
formação integral das nossas crianças e jovens, quer no âmbito comunitário e ecológico, quer no psicossocial e
curricular.
"Educar para a Cidadania" é o título do Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Armando Lucena, que propõe
e visa alcançar:
- O pleno desenvolvimento do aluno quer nos domínios das atitudes e dos valores, quer nas aptidões e no
desenvolvimento das capacidades de aprendizagem.
EB1+JI S. Miguel 15
16. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
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- A promoção da Educação para a Saúde, de maneira a favorecer o seu crescimento físico‐intelectual de
uma forma equilibrada e harmoniosa, contribuindo para o aumento da autoestima, na prevenção contra a
toxicodependência desenvolvendo uma cultura de escola reconhecida pela comunidade envolvente e
clarificando junto da Comunidade Educativa os objetivos sociais da Escola.
- A garantia de um ambiente físico saudável, seguro e confortável, reconhecendo o papel essencial de uma
higiene salubre e uma alimentação racional, vetores fundamentais no crescimento e na formação integral
dos nossos jovens como futuros cidadãos.
Este projeto educativo fundamenta‐se também em quatro dimensões: a primeira de âmbito institucional; a
segunda, de âmbito ambiental; a terceira, de âmbito social e a última de âmbito pedagógico.
A primeira dimensão visa estreitar as relações da escola com a comunidade local e com as instituições
representativas dessa comunidade; A segunda visa promover um ambiente são, seguro e confortável; A terceira
visa proporcionar um clima de escola estimulante e facilitador da realização das atividades educativas e da
promoção, junto da comunidade educativa, dos objetivos sociais da escola; A quarta e última dimensão visa
melhorar a relação entre os conteúdos programáticos e a VIDA, favorecendo a coerência e a sequência, através da
articulação entre os diferentes níveis de ensino e de forma a proporcionar um efetivo sucesso escolar dos alunos.
Definição de Prioridades Educativas
Considerando que a Educação Pré-escolar é um processo, não é necessário definir, rigorosamente, o que as
crianças devem aprender. A progressão e a diferenciação das aprendizagens supõem que todas e cada uma das
crianças tenham ocasião de progredir a partir do nível em que se encontra, de acordo com a sua história pessoal,
competências inatas, disponibilidade e projeto pessoal.
A educação Pré-escolar situa-se na continuidade de um processo que se iniciou com a família e/ou numa instituição
educativa, logo, com diferentes percursos, características, origens, as crianças (e famílias) apresentam informação
pertinente que deve ser gerida no sentido de promover, para o futuro, um bom plano relacional (com a família e
com a criança) mas também com a comunidade.
A transição de crianças entre diversos ciclos provoca também alterações a hábitos que deve ser prevenida através
de um espaço de trabalho colaborativo, entre docentes da Escola, que, no caso em apreço, se posiciona como
fundamental.
Por último, o espaço do meio envolvente (Comunidade), que se caracteriza por ser um espaço constante de
colaboração e partilha, potenciará a criação de efetivas redes de parceria que objetivem um desenvolvimento
sustentado do espaço de implantação da Escola na Comunidade local, de onde se destacam necessidade de intensa
colaboração a vários níveis, designadamente com instituições e empresas de zona, bem como na disponibilização
de serviços e produtos por parte de algumas delas, para atividades escolares e letivas, como no caso de cedência
gratuita de transportes ou a baixo preço ou na cedência de materiais e equipamentos para atividades curriculares e
extraescolares.
Pelo atrás exposto, considerar‐se‐ão prioritárias as vertentes de educação cívica e social, com base no
reconhecimento e organização de um ambiente educativo potenciador de uma adequação cultural e etnológica dos
alunos, na qual, paralelamente seja possível atingir uma adequada proficiência na utilização de novos instrumentos
educativos, bem como na utilização de novas linguagens e códigos, que potenciem uma verdadeira integração
sócio educativa de todos os alunos.
16 EB1+JI S. Miguel
17. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Justificação da temática central e da Abordagem Pedagógica
O desenvolvimento de temas para trabalho no jardim de infância relacionados com a “Educação para a Cidadania”
abrangem um vasto campo de conteúdos e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos sob a forma de
“lições” cuja sucessão e continuidade são estritamente programadas à partida pelo Educador. O trabalho sobre
Cidadania (onde se incluem os vários vetores) obriga a recorrer a métodos pedagógicos por objetivos que tornem
operatórias as estratégias educativas.
O educador deve orientar as atividades para a realização de objetivos educativos que possam atribuir significado a
essas atividades. No fundo, trata‐se de promover a aquisição de comportamentos e atitudes ambientais e
ecológicas através de uma metodologia em que a aprendizagem efetiva parta do conhecimento emergente que
advém da experimentação e da organização intelectual, por fases, características das crianças em idade pré-
escolar.
Para o ano letivo de 2011/2012, a construção dos projetos curriculares de turma das salas da EB1/JI de S. Miguel –
Enxara do Bispo, tem como temática central (do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento), “Poupar é que
está a dar” e pretende ser um projeto de educação financeira, onde se abordarão as questões relativas ao
desenvolvimento de uma consciência coletiva de economia social, solidariedade, reciclagem, reaproveitamento,
educação para o consumo e outros aspetos nos quais a escola pode contribuir para uma formação baseada nos
valores da partilha, do conhecimento económico e financeiro e do desenvolvimento de competências cívicas
baseadas nas relações e interdependências monetárias e aquisitivas.
Ao longo do ano letivo estruturar-se-á um conjunto de estratégias educativas que promovam um efetivo
desenvolvimento social, cultural e de articulação pedagógica com temas mais globais de educação para o consumo,
educação financeira e educação monetária.
A assunção de competências e comportamentos de valorização dos bens de consumo, dos bens monetários, o
conhecimento económico e financeiro e, sobretudo, o respeito pelas regras de organização social, baseadas nas
transações comerciais, como garantes de uma efetiva educação para o consumo, financeira e de respeito pela
diversidade, são os principais objetivos a desenvolver ao longo do ano letivo, tendo como eixo promotor o PAA do
estabelecimento. O Projeto Educativo do Agrupamento é também interpretado na lógica da promoção de
atendimento individualizado, no qual os espaços de disponibilidade para as famílias tem como meta final assegurar
as competências básicas ao desenvolvimento das crianças, através de atividades e projetos com relevância
comunitária.
Pelo exposto, o Projeto Curricular orientará a sua ação para a dinamização de atividades congruentes com a
especificidade quer do nível etário dos alunos quer da estrutura da sala.
Estimular a criança a conhecer‐se melhor, no seu todo, e conhecer o mundo em que vive, aprendendo a
respeitá‐lo; Despertar na criança a importância do Outro, das relações e das interdependências sociais e culturais;
Promover novas aprendizagens de forma a proporcionar à criança a tomada de consciência de que pertencemos a
uma comunidade com igualdades e diferenças e com direitos e deveres são parâmetros orientadores para explorar
e promover novas aprendizagens, encontrando‐se a expressão de interrogação e de tomada de consciência, de
compreensão e de responsabilização, bem como as de pesquisa e certificação, como necessárias para uma cabal
compreensão das realidades vividas que fundamentam a pertença a um grupo e às suas regras.
É objetivo deste projeto de trabalho, valorizar o tema que consideramos de extrema importância – a Educação
Financeira e Económica –, numa perspetiva de educação para a cidadania e para os valores, constituindo um
referencial orientador a formação pessoal e social, como fundamentado e apresentado em sede legislativa –
Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (Despacho nº 5220/97 de 4 de agosto) –.
EB1+JI S. Miguel 17
18. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Organização do Ambiente Educativo
Calendário escolar
O calendário escolar, definido pelo Despacho n.º 9788/2011, e aprovado em Conselho Pedagógico do Agrupamento
de dois de setembro de dois mil e onze, é o que a seguir se apresenta:
Calendário Escolar
Início da atividade letiva Final da atividade letiva
1º Período 15 de setembro 20 de dezembro (inclusive)
2º Período 2 de janeiro 27 de março de 2012 (inclusive)
3º Período 10 de abril 6 de julho
Interrupções Letivas
Natal 26 a 30 de dezembro (inclusive)
Carnaval 20, 21 e 22 de fevereiro de 2012
Páscoa 2 a 9 de abril de 2012 (inclusive)
Atividades de Escola Aberta (Avaliação)
21, 22, 23 de dezembro - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem
interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).
1º Período
23 de dezembro - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das
aprendizagens).
28, 29 e 30 de março - dias assegurados pela C.M. Mafra para as famílias que manifestarem
interesse neste serviço (Componente de Apoio à Família).
2º Período
30 de março - atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação das
aprendizagens).
11 de julho de 2012 - Atendimento às Famílias (Entrega de Fichas de Observação/avaliação
Final do ano
das aprendizagens).
Funcionamento e Dinâmica da Equipa
As três salas do Jardim de Infância (Sala Amarela, Verde e Encarnada) funcionam entre as 9.00h às 12.00h e das
13.30h às 15.30h, sendo o restante horário, compreendido entre as 8.00h e as 9.00h e entre as 15.30h e as 19.00h,
assegurado pela Componente de Apoio à Família, dos serviços da Câmara Municipal de Mafra.
Em cada sala existe um educador de infância (neste momento, em termos de vínculo, existe uma educadora de
Quadro de Agrupamento, um educador de Quadro de Zona Pedagógica e uma educadora Contratada) com o apoio
complementar, neste momento, de três assistentes operacionais.
O serviço de Componente de Apoio à Família assegura todo o espaço complementar de apoio socioeducativo,
composto por prolongamento de horário e serviço de refeições. Para este serviço existe uma Animadora
sociocultural e três assistentes operacionais.
Como se trata de um estabelecimento da Rede Pública de Educação Pré-escolar, o Educador de Infância
responsável por cada sala possui autonomia pedagógica, sendo, contudo, tutelado pelo Estado (Ministério da
Educação), através da legislação em vigor.
18 EB1+JI S. Miguel
19. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
No que concerne à Componente de Apoio à família, apesar da responsabilidade formal ser da Câmara Municipal de
Mafra, existe um trabalho de parceria entre os educadores de infância e as técnicas de animação social e
pedagógica/animadoras, nomeadamente através da organização de um Projeto de Prolongamento, no qual consta
a planificação conjunta de atividades e da responsabilidade, análise e avaliação de atividades e estratégias e
reflexão conjunta das práticas, bem como o modelo de supervisão pedagógica da oferta complementar.
Horário do Educador
Horas 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
09h00
às Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo
12h00
12h00
às Almoço
13h30
13h30
às Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo Tempo letivo
15h30
15h30
Componente Não Componente Não
às
16h30 Letiva Letiva
16h30
Componente Não
Às
17h30 Letiva
Reuniões*
*Reuniões pré‐marcadas:
1ª terça-feira de cada mês – Reunião de Departamento (2 horas)
2ª terça-feira de cada mês – Atendimento aos Encarregados de Educação (2 horas)
3ª terça-feira de cada mês – Reunião de Estabelecimento (2 horas)
4ª terça-feira de cada mês – Reunião CAF; Educadores estabelecimentos; Assistentes Operacionais (2 horas)
Intencionalidade Educativa/Opções Curriculares
É à luz das preocupações anteriormente expostas que se compreendem as tendências no sentido de centrar as
finalidades curriculares no desenvolvimento de competências que tornem utilizáveis, reconvertíveis e operativos os
saberes, as técnicas e as práticas que forem integradas no currículo – quer o enunciado quer o implementado.
É fundamental que um Projeto Curricular contribua para a consolidação de competências indispensáveis à vida
pessoal e social, quer pela sua eficácia, como por exemplo, competências orientadas para a resolução de
problemas ou para a tomada de decisões fundamentadas, quer pelo enriquecimento pessoal, como, a
capacidade/competência de entender e fruir bens como a música ou a arte.
Passará, por aí, o papel do currículo escolar, na promoção do nível cívico de uma sociedade, na subida de nível
educativo das populações, na garantia de melhor qualidade de vida pessoal e social para todos, e não só àqueles
que por razões circunstanciais nasçam e vivam com confortável acesso a uma boa qualidade de vida social e
cultural.
Partindo do pressuposto que a Educação é um conjunto de premissas sociais, culturais, individuais e coletivas, o
projeto de trabalho a desenvolver no âmbito das atividades curriculares da Sala Amarela do Jardim de Infância da
Enxara do Bispo corresponde a uma opção pedagógica consciente que objetiva um conjunto de escolhas efetuadas
EB1+JI S. Miguel 19
20. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
entre “muitos futuros possíveis; um conjunto de processos para ultrapassar obstáculos” (Khon, citado por Zabalza,
1
1999: p. 121) .
Porque não há Educação efetiva sem a colaboração, cooperação e partilha de diversos agentes, pretende‐se
também, neste mesmo projeto de trabalho, potenciar o envolvimento dos parceiros educativos (pais, famílias e
comunidade em geral) divulgando e generalizando os conteúdos, as estratégias, as atividades e os desígnios sobre
os quais recairão o planeamento para o ano letivo de 2011/2012, mas também levá‐los a participar ativamente no
desenvolvimento integrado da Escola e dos alunos, numa perspetiva de formação e envolvimento da Escola e dos
seus atores.
Independentemente das áreas transversais sobre as quais se fundamente a prática letiva, bem como as rotinas
diárias, far‐se‐á uma integração de conteúdos e temáticas específicas, das quais se apresentam, de seguida, as
principais, e que terão respetiva delimitação na planificação semanal de atividades:
‐ No âmbito do desenvolvimento motor, a execução de atividades motoras organizadas e de educação física,
devidamente calendarizadas e rotinadas, permitem que a criança adquira, progressivamente um conhecimento
mais adequado e composto de utilização do seu corpo e também o reconhecimento de fronteiras físicas, sociais e
culturais. A tomada de consciência do corpo enquanto veículo de comunicação é também um dos objetivos das
atividades de educação e formação motora, servindo estas ainda para a compreensão e aceitação de regras e
alargamento da linguagem. A expressão motora é um meio de descoberta de si e dos outros e das interações e
inter relações sociais.
Ao possibilitar a interação com diferentes conteúdos relativos ao ser e estar sociais, bem como aos
comportamentos e atitudes pessoais e coletivos, a criança toma consciência de si e dos outros e do seu papel no
contexto em que vive.
‐ Também a parceria pedagógica desenvolvida com a Biblioteca Escolar permite a promoção de um conjunto de
atividades e estratégias diversas na qual se fomenta a estruturação de conteúdos específicos sobre as funções da
escrita, sobre o livro e a leitura, sobre a função informativa da escrita e sobre as necessidades literácitas, que foram
exploradas através desta estratégia de leitura partilhada.
‐ O domínio das expressões, nomeadamente das expressões plástica e dramática, potencia o desenvolvimento de
espaços de interação e de comunicação que servem para promover o domínio da linguagem e das suas formas.
‐ Por último, o espaço multimédia, como estratégia de diversificação de formas de compreensão do real, permite a
aprendizagem das diversas formas e funções, de forma motivadora e atual, logo, permitindo uma sensibilização
específica ao código informático, cuja envolvência social é cada vez mais notória.
Com a utilização de instrumentos "tecnológico" que servem, fundamentalmente para brincar, desenvolvem‐se
competências linguísticas, motoras e de expressão, mas também se abre caminho a um conjunto de atividades e
estratégias de desenvolvimento cognitivo e matemático. Através da exploração do caráter lúdico e do jogo
simbólico, com recurso a "meios informáticos", aliada à exploração de conteúdos identitários, de independência e
autonomia, as atividades de caráter “tecnológico” mas não diretamente instrumental servem os propósitos de
potenciar a área de Formação Pessoal e Social nos seus múltiplos aspetos.
Por outro lado, o processo de construção/acompanhamento e execução de uma página de internet, onde se
destaca o espaço de relação/cooperação interdisciplinar e com outros parceiros educativos é também um espaço
de trabalho cooperativo à distância, nomeadamente através da colaboração/partilha com outros alunos, com
outras escolas, com outros profissionais e com as famílias. A partir da troca de correspondência eletrónica,
motivaram‐se estratégias de reflexão científica, de experimentação e análise, ligadas a conteúdos ambientais, de
raciocínio lógico‐matemático e de aquisição da linguagem.
1
Zabalza, M. (1999) Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Lisboa. Edições Asa.
20 EB1+JI S. Miguel
21. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Intervenção educativa, opções metodológicas e planeamento estratégico
Visando exclusivamente o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, os projetos pedagógicos permitem
integrar um conjunto diversificado de atividades e a abordagem de diferentes áreas de conteúdo numa finalidade
comum que liga os diferentes momentos de decisão, planeamento, realização, avaliação e comunicação.
Apesar do planeamento educativo se desenvolver através de trabalho coletivo, na escola, com as famílias e com os
parceiros, o trabalho de organização metodológica depende de uma decisão isolada do professor e da procura dos
alunos.
O objetivo de orientar a prática pedagógica para processos educativos mais centrados na aprendizagem dos alunos
e nos seus interesses, permitindo uma articulação entre diferentes áreas e domínios do saber permite, do ponto de
vista didático, a utilização de um modelo de Abordagem de Projeto como “um estudo em profundidade de um
determinado tópico que as crianças levam a cabo” (Katz, 1997, p.3).
A abordagem de projeto e com “projetos” favorece o aprofundamento e a compreensão do conhecimento do
mundo em que a criança vive e das suas próprias experiências, pois, ao centrar‐se nos objetivos intelectuais faz
com que o conhecimento se torne mais significativo, podendo ser realizado com qualquer tema desde que parta
dos interesses das crianças.
Nesse sentido, também o docente passa a ser um incentivador da interação entre as crianças e o mundo que as
cerca, enfatizando a participação ativa delas.
Este tipo de abordagem não é, necessariamente, a totalidade do projeto curricular, mas pode ser parte dele,
podendo contudo assumir uma posição privilegiada de modo a estimular as capacidades emergentes das crianças e
ajudá‐las no seu desenvolvimento.
Na abordagem de projeto por haver interesse e motivação da criança há, também, um maior envolvimento. A
criança pode escolher entre uma variedade de atividades que o docente oferece, que deseja realizar, e de acordo
com suas possibilidades de enfrentar desafios. Nesse sentido, é importante que o professor e os alunos
compreendam que a escola é vida e que as experiências escolares devem ser naturais e compartilhadas, de modo
que todas as crianças delas possam participar e contribuir ativamente.
Às vezes a origem das experiências é inesperada, pois depende de um acontecimento ocorrido num determinado
espaço e tempo, no entanto, o seu prolongar obriga a um planeamento, nomeadamente que organize as atividades
que as crianças podem realizar, a aplicação das suas capacidades, a disponibilidade de recursos, o interesse do
professor e o momento do ano letivo que o projeto apareceu.
É importante notar que nem todas as crianças desenvolvem os mesmos tópicos com o mesmo grau de interesse,
mas pode ser muito importante a maneira como o educador apresenta a temática/projeto atraindo a atenção
delas, relacionando a novidade com algo já conhecido.
Esta não é a única forma de desenvolver os projetos de aula, mas certamente será uma dos mais promissoras
porque atrai o interesse das crianças de modo a envolvê‐las em atividades desafiantes e motivadoras.
É nesse sentido que o Projeto Curricular da Sala Amarela do Jardim‐de‐infância da Enxara do Bispo pretende
disponibilizar um conjunto de pressupostos facilitadores do processo educativo com base numa perspetiva de
Abordagem de Projeto e é nesta perspetiva que toda a opção estratégica do educador será construída.
De seguida apresentam‐se as linhas gerais do planeamento estratégico, tentando, sempre que possível,
direcioná‐lo para a apresentação das atividades realizadas, e refletindo a sua pertinência e intencionalidade
educativa.
Também neste particular, a utilização de estratégias novas e inovadoras de divulgação e de dinamização da
informação se constituem como estratégias distintivas da abordagem holística da educação.
EB1+JI S. Miguel 21
22. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
Articulação Educativa e Inovação
A organização de respostas integradas, presente na definição e construção de espaços escolares com valências
integradas obriga a uma reflexão sobre o papel e o dever da escola enquanto construtora de modelos de educação
solidários, interdependentes e de continuidade educativa.
A EB1/JI de S. Miguel, enquanto escola integrada, na qual existe também uma rede de ofertas educativas
complementares (Unidade de Apoio à Multideficiência, CAF, Biblioteca escolar, etc.) posiciona‐se como um
estabelecimento que, na sua génese, orienta a ação educativa para o desenvolvimento de projetos integrados e
integradores.
Nesse sentido, pretender‐se‐á, neste projeto, definir, também, alguns espaços de organização pedagógica
integrada e em articulação, quer seja com os docentes e as atividades do primeiro ciclo do ensino básico, quer seja
com os apoios complementares existentes na escola.
A elaboração conjunta de um Plano Anual de Atividades, a realização de reuniões mensais de estabelecimento, a
definição e execução de atividades conjuntas, devidamente coordenadas e integradas nos diversos Projetos
Curriculares, bem com a gestão e participação conjunta em atividades na Comunidade Educativa pressupõem a
existência de canais efetivos de comunicação que deverão ser devidamente construídos. Nesse sentido, a lógica e
as dinâmicas educativas e pedagógicas orientar‐se‐ão, essencialmente, para esse espaço de partilha e solidariedade
institucional, com base nas propostas efetivas de trabalho, como tem vindo a ser conseguido nos últimos anos
letivos.
Também o espaço de participação na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias educativas, será alvo
de atenta e constante intervenção, nomeadamente no sentido de valorizar os laços de pertença social e de
desenvolvimento cultural e etnológico.
Por último, uma nota para a utilização constante e coerente de instrumentos e canais de comunicação baseados
em novos e renovados meios de comunicação, com especial destaque para a utilização da internet e de redes
virtuais de parceria e aprendizagem. Quer no espaço pedagógico, quer no espaço de comunicação (formal e
informal) far‐se‐á, ao longo do desenvolvimento do ano letivo, um enfoque específico na utilização destes canais,
potenciando quer as competências formais e académicas, quer as competências relacionais e de pertença social
das crianças e adultos envolvidos, nomeadamente através da dinamização dos espaços na web http://salamarela-
enxara.blogspot.com e http://eb1jismiguel.grouply.com.
22 EB1+JI S. Miguel
23. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2010/2011
Planeamento Global
Apresenta-se aqui o planeamento anual da atividade pedagógica, com base nas orientações emanadas pelas
entidades responsáveis (Conselho Pedagógico, Departamento de Educação Pré-Escolar e direção do Agrupamento),
tendo em conta as orientações superiores, com base na análise e interpretação das orientações curriculares para a
Educação Pré-Escolar, as Metas de Aprendizagem e demais instrumentos legais em vigor.
Deste planeamento anual extrair-se-ão os planeamentos específicos de cada período letivo e far-se-á a avaliação e
readequação dos objetivos aqui definidos, tendo em conta o espaço de evolução individual e do grupo.
Área de Expressão/Comunicação
Operacionalização
Competências Gerais Competências Específicas
Estratégias/Experiências de Aprendizagem
É importante que cada
Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:
criança:
Domínio de Desenvolva as suas Usar e desenvolver estratégias - A criação de situações de iniciativa das
Linguagem capacidades de Expressão de reflexão e promoção crianças ou do(a) educador (a), que
Oral e Escrita e Comunicação através de literácita. possibilitem e desenvolvam a linguagem
diferentes meios de Desenvolver atividades de oral, o pensamento lógico‐matemático, e as
comunicação e modelos de integração curricular. expressões (plástica, musical, dramática, e
linguagem. Promover atividades e motora) a propósito de problemas,
Seja capaz de utilizar estratégias de comunicação e questões ou temas em estudo, de forma a
diferentes meios reflexão comunicacional. aumentar a sua capacidade de
audiovisuais. Utilizar novos canais de comunicação com os outros e com o mundo
Utilize o computador para comunicação e de inovação que as rodeia;
realizar experiências de informacional. - O uso de vocabulário rico e diversificado e
escrita, pesquisa de Saber usar adequadamente a comunicação oral em diferentes
informação, trabalho de linguagens específicas para cada contextos;
pares que implique decisão área do conhecimento. - A identificação de diferentes códigos
conjunta, compreenda Usar corretamente a Língua simbólicos e o reconhecimento de símbolos
alguma linguagem icónica e Portuguesa para comunicar e convencionais;
visual do software. para estruturar pensamento - O recurso a diferentes registos para obter
Comunique oralmente em próprio, mas reconhecer a informação e prazer com a leitura;
diferentes contextos e existência de outras formas de - A compreensão, valorização e reprodução
identifique diferentes comunicação e outras línguas. da escrita como meio de registo, de
códigos simbólicos. Ser capaz de se exprimir de transmissão;
Use vocabulário rico e forma clara e audível com - O reconhecimento e utilização de
diversificado. adequação ao contexto e ao tecnologias novas e inovadoras, assim como
Revele desejo em objetivo comunicativo, o uso de instrumentos tecnológicos
comunicar. utilizando vários processos e adequados à sua idade;
Saiba comunicar e criar materiais. - Conhecer estratégias básicas para a
situações de comunicação. Desenvolver atividades que pesquisa e extração de informação, com
Perceba a funcionalidade permitam à criança expressar-se base na utilização de instrumentos
da escrita. em estratégias comunicacionais, tecnologicamente pertinentes;
e em diversos formatos - A familiarização com o vocabulário e as
(internet, jornal, etc.). estruturas gramaticais de variedades do
Português e conhecimento de chaves
linguísticas e não linguísticas para a
identificação de objetivos comunicativos
através de narrações e outras atividades
literácitas.
- Descobrir o livro e outros tipos de
estruturas de escrita na sala e na Biblioteca.
- Utilizar vários formatos de escrita e
representação gráfica em novos canais de
EB1+JI S. Miguel 23
24. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2011/2012
expressão e comunicação (blogue,
mensagens curtas, etc.).
Expressão Desenvolva a sua Desenvolver atividades de - Utilizar, criativamente, os processos e os
Motora motricidade global, a valorização do Corpo Humano e produtos de expressão;
acuidade auditiva, o da Atividade Física, com recurso - Desenvolver competências de expressão e
sentido rítmico, a aos meios disponíveis na escola comunicação, através da ação lúdica e
capacidade de cantar, e na comunidade. autónoma;
dançar, tocar. Dominar competências motoras - Pintar, desenhar, escrever, tocar, ouvir,
Controle e coordene os que permitam a utilização utilizar o espaço, e interagir com o espaço,
movimentos do seu corpo. consciente de instrumentos de forma a maximizar a compreensão e o
Realize produções gráficas específicos da comunicação e da desenvolvimento cognitivo específico da
e utilize a expressão expressão motora. idade;
plástica como expressão Representar percursos através - Valorizar a expressão musical como
que possibilita construir e de desenhos. linguagem universal de comunicação.
Expressão (re) construir. Ouvir, contar e dramatizar - Articular a linguagem com o movimento
Musical Seja capaz de se histórias e outros registos físico, através de canções ou jogos com
concentrar. escritos e orais. ação motora, dramatizações e
Desenvolva competências Cantar canções. representações plásticas e gráficas.
de Criatividade, Tocar instrumentos - Elaborar registos escritos e grafo‐visuais
Expressão Representação, Saber expressar‐se graficamente como cartazes, cartas, folhetos e outros,
Plástica Comunicação e Sentido com alguma destreza. como síntese da compreensão dos
Estético. Associar diferentes cores, fenómenos.
tamanhos, texturas e - Utilizar esquemas institucionais e
espessuras. comunicativos próprios (Correios, Internet,
Explorar técnicas etc.) como fundamento de relações de
plásticas/materiais para a comunicação à distância.
representação de ideias e - Utilizar meios audiovisuais específicos
conceitos, sabendo utilizar para promover o espírito crítico e a
materiais de reaproveitamento e capacidade analítica para o entendimento
de reciclagem. do real.
Saber utilizar materiais e - Imitar e recriar experiências do quotidiano
equipamentos específicos e de usando a imaginação, com recurso às áreas,
forma adequada à sua função. instrumentos e materiais da sala.
Expressão Participar em atividades de jogo - Reconhecer sinais gráficos e outros
Dramática simbólico. códigos (Segurança rodoviária e outros) em
Saber explorar a relação entre situações contextualizadas;
corpo, espaço e tempo. - Produzir e explorar sons e ritmos, através
Desenvolver a Inteligência da sua contextualização pedagógica;
Emocional de forma adequada - Identificar características de sons, através
ao contexto relacional, sabendo de exercícios diversificados;
exprimir facial e corporalmente - Interiorizar fragmentos de sons e ser
emoções. capaz de os reproduzir em jogos musicais
através de espaços de audição ativa;
- Utilizar vários recursos para se exprimir e
aprender a desinibir-se através de ações
expressivas e dramáticas.
Domínio da Manipule os objetos no Reconhecer e identificar - Reconhecer diferentes atributos e
Matemática espaço e explore as suas elementos espácio-temporais propriedades dos materiais: Cor, espessura,
propriedades. que se referem a textura, tamanho através de estratégias
Tenha capacidade de acontecimentos e factos atuais, integradas;
organizar, ordenar, sabendo correlacioná‐los com - Reconhecer semelhanças e diferenças,
classificar, seriar e resolver acontecimentos passados. distinguindo o que pertence a cada
problemas lógico- Reconhecer e utilizar, no conjunto, com base em propostas
matemáticos. quotidiano, unidades de individuais;
Tenha noções de referência temporal (dias, - Apropriar-se da noção de número com
Espaço/Tempo e semanas, meses, etc.). base em atividades diárias;
topológicas. Identificar espaços e respetivas - Formar sequências que têm lógicas
24 EB1+JI S. Miguel
25. Sala Amarela
Projeto Curricular de Turma
2010/2011
funções. subjacentes, com recurso a jogos,
Identificar algarismos e atividades lúdicas e outras estratégias..
compreender as relações - Manipular os objetos no espaço e explorar
lógico‐matemáticas entre as suas propriedades;
objetos. - Ordenar medidas de capacidade em
Associar diferentes cores, atividades lúdicas e em contexto;
tamanhos, texturas e - Desenvolver noções matemáticas através
espessuras. da vivência de situações de descoberta,
vivência do espaço e do tempo, da
brincadeira espontânea ou da conversa em
grupo;
- Confrontar-se com situações que levem a
refletir o como e o porquê;
- Saber recolher e organizar dados
matemáticos e lógicos com base em
experiências diárias;
- Utilizar a numeração e as operações de
maneira flexível para alargar o campo de
experiências da criança através da
organização de áreas pedagógicas com
materiais específicos de cada um dos
domínios disciplinares, valorizando a
reciclagem e o reaproveitamento.
Área da Formação Pessoal e Social
Operacionalização
Competências Gerais Competências Específicas
Estratégias/Experiências de Aprendizagem
É importante que cada
Para isso, deve: Nesse sentido propõem‐se, entre outras:
criança:
Formação Construa uma autonomia Ter a capacidade de - Atividades de estimulação das crianças
Pessoal/Social coletiva que passe pela (re)conhecer e identificar o seu para limpar e arrumar o material usado
organização social contexto de vida e de relação durante o tempo de trabalho (ex.: lavar as
participada em que as pessoal e social. mesas e os pincéis de pintura);
regras, elaboradas e Desenvolver atividades de - A distribuição de tarefas e
negociadas entre todos, organização espacial e temporal, responsabilização das crianças pela sua
são compreendidas pelo de integração e reflexão escolar execução;
grupo, que se compromete e comunitária. - A valorização de atitudes de cumprimento
a aceitá‐las. Conhecer e praticar as regras das tarefas e a partilha de objetos e ideias;
Desenvolva conceitos diárias de higiene pessoal, - O estímulo às crianças para brincarem
formais de vida em designadamente na sua relação juntas, incentivando‐as a resolverem os
comunidade (bem/mal, com o espaço social e cultural seus problemas e conflitos sem recurso a
certo/errado, etc.). que habita, respeitando as atitudes violentas ou discriminatórias;
Fomente o necessidades globais, - Dinamizar a escuta do outro e a tolerância
desenvolvimento de nomeadamente através de uma (ouvir o nome que as crianças dão aos seus
relações construtivas. cultura de sustentabilidade. sentimentos, expor as suas preocupações)
Identifique atitudes de Desenvolver a Inteligência através de momentos diários de rotina
tolerância, compreensão e Emocional de forma adequada pedagógica;
respeito pela diferença. ao contexto relacional, sabendo - Reuniões com as crianças para organizar o
Promova o sentido de exprimir facial e corporalmente trabalho e fazer também a sua avaliação
pertença social e cultural emoções. (respeitar a sua vez de falar, ouvir os
respeitando e valorizando Saber utilizar os saberes do outros, partilhar) de forma constante e
outras culturas. Grupo (culturais, sociais, rotineira;
Se relacione positivamente científicos e tecnológicos) para - Conversas, leituras e histórias, visualização
com os outros: compreender a realidade e de imagens e reflexões sobre conteúdos e
compreendendo a encontrar estratégias para a temas importantes (educação para
multiculturalidade, a resolução de situações e igualdade entre os sexos, para a integração
Empatia e o Respeito pelo problemas do quotidiano; da diferença entre culturas, etnias,
outro, sendo tolerante, Saber que o bem-estar humano educação ambiental, ecologia e biologia,
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