O documento discute conceitos hidrológicos como o ciclo hidrológico, balanço hídrico, escoamento superficial, medidas de vazão em rios, regimes hídricos de rios, geometria hidráulica e morfologia fluvial. Aborda também fatores que influenciam na precipitação, evapotranspiração e escoamento como temperatura, umidade e relevo.
2. Conceito
A hidrologia é a ciência que trata da
água da Terra, sua ocorrência,
circulação e distribuição, suas
propriedades físicas e químicas, e
suas reações com o meio ambiente,
incluindo suas relações com a vida”
(United States Federal Council of
Science and Tecnology, Committee
for Scientific Hydrology, 1962).
3. Distribuição relativa de água na
superfície da Terra
O movimento contínuo de água é chamado de
ciclo hidrológico que é acionado pelo calor da
energia do Sol. O ciclo hidrológico implica um
incessante e constante movimento e forma um
ciclo fechado.
Os fluxos da água são por meio da:
• Evaporação;
• Precipitação;
• Fluxo superficial ( rios).
Os reservatórios são sistemas não isolados
(abertos ou fechados).
4.
5. A renovação das águas
envolve:
A atmosfera até cerca de 15 km;
As águas superficiais ( rio, lagos, mares,
oceanos, calotas polares, geleiras, etc.)
As águas subterrâneas até cerca de
alguns quilômetros
6. Um ciclo hidrológico curto é comumente
designado de ciclo anual da água e
caracteriza-se pela precipitação, escoamento,
evaporação.
Um ciclo hidrológico longo é a água que cai e
fica retida algum tempo, sem voltar de imediato
à atmosfera como: Água dos glaciais; Água de
rochas sedimentares; e Água juvenil.
7. O Balanço Hidrológico
Toda água do ciclo anual do rio faz parte da
entrada ou da saída da mesma;
Entradas Saídas
Precipitação - P Evapotranspiração - E
Água armazenada - R Escamento para o mar - Q
Infiltração (água
armazenada no solo) - IR
Entradas = Saídas
P+R = Q + E + IR
Se IR é semelhante a R, temos
P = Q+E ou E= P-Q ou Q= P-E
8. Temperatura: geralmente esta associada à
precipitação e relaciona-se com a evaporação.
Umidade relativa: a uma determinada condição
de temperatura, o ar pode ter um
determinado limite de umidade.
Insolação: também está associada à evaporação
das superfícies de água, à transpiração das
plantas e à evaporação do solo.
Todos estes fatores relacionados determinam
o clima de uma região e influenciam no
débito hídrico dos rios
9. As condições climáticas são essenciais para a origem do
escoamento fluvial e para as características que
adquirem os regimes estacionais, sendo que os
fatores topográficos, litológicos e fisiográficos
intervêm introduzindo somente diferenças menores
ou internas dentro de uma bacia hidrográfica.
Os fatores climáticos que se relacionam com o
escoamento fluvial podem ser:
a) precipitação: tipos e formas;
b) Orográfica frontal e convectiva;
c) Chuva, neve, granizo, orvalho e geada.
10. As partes do balanço hidrológico podem ser medidos de
diferentes maneiras:
Precipitação:
- Para estimar a precipitação media em uma superfície
qualquer é necessário utilizar as observações das
estações dentro dessa superfície e nas suas vizinhanças.
Os dados pluviométricos podem ser obtidos através de
vários institutos: Instituto Agronômico de Campinas da
Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo (IAC);
Departamento Nacional de Meteorologia ( Ministério da
Agricultura); Departamento de Águas e Energia Elétrica
do Estado de São Paulo (DAEE); Agência Nacional de
Águas (ANA)
11. a) Regiões polares (> 65o latitude): dificilmente
encontra-se a água no estado líquido. As
precipitações são em forma de neve
- O acúmulo de neve forma os glaciais continentais.
- O degelo ocorre apenas na periferia;
b) Regiões frias (55º - 65º latitude): predominam ainda
as precipitações em forma sólida. Há maior degelo
que se prolonga por tempo maior, quando então há
ocorrência da água em estado líquido;
c) Regiões de latitudes médias (40º - 55º latitude): Há
alternância de precipitações em forma líquida e
sólida. Os rios têm duas fontes de alimentação: a
água direta da chuva e a do degelo;
12. d) Regiões mediterrâneas (25º - 40º latitude) têm chuva
predominando no inverno, quando a temperatura á baixa.
Evaporação é reduzida o que favorece a permanência da
água. O verão é quente e seco. Os débitos dos rios
apresentam uma curva acentuada no inverno;
e) Regiões desérticas (40º - 25º latitude): a água é
superficial e escassa porque chove com certa raridade.
Além de a quantidade ser reduzida ela é concentrada. A
água aproveitável nessa região é essencialmente
subterrânea, que caminha por milhares de km;
f) Regiões tropicais (10º – 25º latitude): estação seca
definida no inverno, com chuvas no verão. É o oposto do
Mediterrâneo. No meio do ano os débitos são menores;
g) Regiões equatoriais (0º - 10º latitude ): temperatura
elevada e chuvas abundantes.
13. Aparelhos utilizados:
A precipitação pode ser analisada por grandezas
características como:
a) altura pluviométrica
b) intensidade da precipitação
c) duração
Para se computar a precipitação media em uma
superfície qualquer, é necessário utilizar as
observações das estações dentro dessa superfície e
nas suas vizinhanças.
14. Média aritmética: soma-se as precipitações observadas
num certo intervalo de tempo simultaneamente em todos
os postos ( 1 mês, 1 trimestre ou 1 ano) e dividi-se o
resultado pelo número delas. Esse método deve ser usado
apenas para bacias menores que 5.000 Km2 com relevo
suave.
Nos outros casos usam-se os dois outros métodos que se
seguem:
Método de Thiessem ( médias ponderadas ): Consiste em
dar pesos aos totais precipitados em cada aparelho.
Proporcionais à área de influência de cada um.
Método de isioetas: pode dar maior precisão se bem
utilizado.
Medem-se as áreas entre as isioetas sucessivas e
verifica-se o valor médio.
15.
16. Evapotranspiração
A evaporação é o processo pelo qual a água é transferida
do solo e massas aquáticas para a atmosfera
A transpiração é a perda de vapor de água das plantas
para a atmosfera através dos poros das folhas pelo
processo de transpiração
A evapotranspiração é a combinação da evaporação com
e transpiração em uma área considerada.
A Evapotranspiração Potencial (EP) “é a altura de água
que seria evaporada por uma extensa superfície de
água pura, livremente exposta ás condições
atmosféricas reinantes no local.” (Tubelis e
Nascimento, 1984).
17. A Evapotranspiração Real (ER): é a quantidade de
evapotranspiração real ou observada e diminui
em proporção à medida que se esgota a umidade
do solo:
E= P-Q
O déficit de escoamento à diferença P - Q
Utiliza-se a fórmula empírica de TURC para
calcular a evapotranspiração real em função da
temperatura e precipitação
18. E= P/ (0,9+P2/L2)1/2
E= déficit de escoamento médio anual, em mm.
P= precipitação média anual, em mm.
L= 300+25T+0.05T3 ( constante)
T= temperatura média anual do ar
Exemplo: P= 1.600 mm; T= 18ºC; e
L= 300+25T+0.05T3 = 300+25(18)+0.05(18)3 = 300+25(18)
+ 0.05(5832) = 300+450+291.6 = 1041.6
E= P/ (0,9+P2/L2)1/2 = 1.600/ (0.9+ (1.600) 2/1.041.62)1/2
= 1.600/ (0.9+2.560.000/1.084.930)1/2 = 1.600/
(0.9+2.35)1/2= 1.600/ ( 3.25)1/2 = 1.600/1.80= 888.88mm
19. Outro cálculo pode ser feito quando se conhece a
(vazão), pela fórmula: E= P-Q
P= 2000 mm (precipitação)
Vazão 100m3/s
Área da bacia = 15.000Km2
Um ano equivale a 31.536.000 segundos
Q= q* total de segundos em um ano/ área da bacia
Q= 100m3 * 31.536.000/15.000.000.000m2 = 0.210mm
Portanto:
E= P-Q =2.000 -210 mm = 1.790 mm
20. O déficit de escoamento ( evapotranspiração real ) =
1790mm)
Obs.: q= Q* área/ número de segundos por ano.
1.600 mm - 888.88 mm = 711.12 mm
100.000.0000m2*0.71112m/31536000s= 2.25m3/s (
débito médio anual)
Coeficiente de escoamento (CE)
CE= Q/P
O Balanço Hídrico Mensal tem importância para o
índice de escoamento e aproveitamento das águas
as atividades agrícolas. (Thornthwaite)
21.
22.
23. Quando a intensidade da precipitação ultrapassa a
capacidade de infiltração ocorre o escoamento superficial
e a altura das águas aumenta rapidamente, e vice-versa;
Portanto, ultrapassada a capacidade de infiltração o
escoamento superficial crescerá rapidamente com o
aumento da intensidade e produzirá inundação, e vice e
versa;
A capacidade de infiltração decresce durante a chuva.
Intensidade da Chuva
24. As chuvas de longa duração podem produzir
escoamento superficial elevado, mesmo que a
intensidade seja moderada;
Para as chuvas de duração mais longa, o período
de escoamento superficial aumenta.
Duração da Chuva
25. Para as chuvas uniformemente distribuídas sobre
a bacia, à intensidade de infiltração não excederá
em parte alguma a capacidade de infiltração;
A coeficiente de distribuição pode ser calculada
para qualquer tempestade, dividindo a
precipitação máxima em cada ponto pela média
da bacia. Quanto maior for o coeficiente, maior
será o escoamento superficial.
Distribuição da precipitação
em uma bacia
26. Influem na capacidade de infiltração e
acréscimo da água no solo;
Quando o teor de umidade do solo é alto, a
capacidade de infiltração é baixa e a
drenagem é passível de inundações;
Precipitação antecedente e
umidade do solo
27. Descarga diária = a média aritmética das diversas
medições feitas no decorres do dia;
Descarga mensal = a média aritmética dos débitos
ocorridos em cada dia do mês;
Descarga anual = a média aritmética das 12 descargas
mensais;
Débito médio diário = média aritmética dos débitos
diários de um mesmo dia nos 30 anos considerados;
Débito médio mensal = a media aritmética dos débitos
mensais de um mesmo mês, nos 30 anos considerados;
Débito anual: idem.
Medidas Temporais do
Débito Fluvial
28. Débito absoluto (m3) = o volume de água que
passa por uma determinada seção, num período de
tempo. São geralmente determinadas através de
curvas de taragem;
Débito específico ou relativo:
débito = débito absoluto/A;
Exemplo.: 100m3/s/500Km2 = 1000l/s/5km2 =
200l/seg/km2
CMD = débito absoluto mensal/débito anual
Outras Medidas do Débito
Fluvial
29. ÁGUAS EM ESCOAMENTO
SUPERFICIAL
Tipos de escoamento ou fluxo superficial:
a) escoamento em manto;
b) escoamento em sulcos;
c) escoamento em canais (rios).
30. ÁGUAS EM ESCOAMENTO
SUPERFICIAL
Formação das águas de escoamento
superficial:
a) retenção superficial;
b) charcos em depressões;
quantidade de escoamento = precipitação -
infiltração;
31. ÁGUAS EM ESCOAMENTO
SUPERFICIAL
Erosão:
a) fatores: vegetação, precipitação,
comprimento da vertente, declividade,
capacidade de infiltração;
b) formas de erosão: laminar, em sulcos e
voçorocas;
Medidas de vazão em rios;
Relações da vazão com a precipitação:
a) hidrograma;
b) fluxo basal e superficial;
c) medidas de proteção contra as enchentes.
38. Os rios podem possuir regimes hídricos
efluentes: quando recebem água do
subsolo; e influentes: quando perdem
água para o subsolo.
(O volume de um rio em escala temporal
varia conforme a precipitação, vegetação,
solo, drenagem subterrânea) No
Amazonas = 175.000 m³/s e representa
18% do total de todos os rios que
deságuam nos oceanos).
A geometria hidráulica estuda as
relações de débito, forma de canal, carga
sedimentos, declividade e velocidade a
partir de algumas mensurações.
39. O fluxo de um rio pode ser laminar,
turbulento corrente e turbulento
encachoeirado.
A determinação para se verificar se o fluxo
é corrente e encachoeirado é dado pelo
número de FROUDE
F=V gD
V= velocidade média;
g= gravidade;
D= profundidade da água;
F>1 = encachoeirado
F<1 = corrente
40. Velocidade: é o maior logo abaixo do
centro da superfície ( 1/3 da
profundidade a partir da superfície), e
menos próximo ao fundo e paredes
laterais.
Energia do canal de escoamento:
potenciale cinética.
41. Morfologia e Fluxo dos
Canais
Transporte e Erosão
Trabalho dos rios consiste em erosão,
transporte e posição dos sedimentos.
Processo de erosão:
- corrosão: química
- corrosão: desgaste pelo atrito mecânico
das partículas carregadas pela a água; (o
material abrasivo é fornecido pelas
vertentes e aluvião são sedimentos ou
detritos de qualquer natureza carregado e
depositado pelos rios).
42. Evorsão: movimento turbilhonar gerando
marmitas de gigante; (seixos redondos)
Cavitação: velocidade elevada da água
gerando aumento de pressão sobre as
paredes do canal facilitando a
fragmentação das rochas.
43. Cargas de transporte de um
rio:Solução: varia com o clima, pedologia, vegetação
e deposita quando ocorre a saturação;
Suspensão: silte e argila (diâmetro de argila 0,
002 mm, silte 0, 002 à 0,05 mm areia 0,05 à 1
mm areia > 1 mm seixos e cascalhos.
Carga de fundo: areia e cascalhos e
movimentam-se por saltação, rolamento ou
arrastamento.
A capacidade de carga da corrente de um rio é o
transporte de detritos em suspensão e carga de
fundo; (equivale a velocidade elevada a terceira
ou a quarta potência no Brasil predomina o
transporte da carga em suspensão)
44. Depósitos de carga
sedimentar de um rio:
Deltas: perde a capacidade de transporte
devido a diminuição da declividade;
(formando diques marginais ao lado dos
canais, pelas enchentes transborda e
relacionados com a sedimentação primeiro
o material mais grosseiro e depois e o mais
fino mais adiante)
Cones de dejeção ou leque aluvial:
deposito em canais efêmeros em terrenos
de alta declividade;
45. Divisões da hidrologia:
Distribuição das águas na Terra:
A maior parte da água está nos oceanos;
A Terra (ainda) é o único planeta do
sistema solar que possui água superficial
em quantidade suficiente para formar
oceanos e mares;
O único outro grande reservatório está
nas calotas e geleiras polares;
Os outros constituem uma porção muito
pequena da reserva total de água.
46. Os Rios
Um rio é um canal de escoamento de agua mais
ou menos caudaloso que eventualmente deságua
no oceano, lago ou em outro rio. (toponímia de
riacho, arroio, ribeira, ribeirão).
Os fluxos de água temporários dos rios podem
ser classificados como efêmeros, intermitentes
e perenes.
Precipitação + escoamento + evapotranspiração
(1/8 escoa diretamente e 7/8 se infiltra)
47. O regime fluvial é a variação do nível das
águas fluviais no decorrer do ano;
O regime dos rios significa o estudo do
ritmo sazonal apresentado pelos débitos
dos diversos regimes fluviais;
Cheia = altas água
Vazante = baixas águas
O regime dos rios
48. Os regimes pluviais estáveis: estendem-se
por toda a zona tropical e subtropical
úmida. Distingue-se:
- O regime tropical clássico ou simples:
com cheias de verão, estação chuvosa e
vazantes de inverno;
- O regime pluvial tropical com dois
máximos: corresponde aos cursos de água
que drenam as bacias a zona intertropical
úmida ou (equatorial), com dois máximos;
O regime dos rios
49. Os rios podem possuir regimes
hídricos efluentes quando recebem
água do subsolo, e influentes quando
perdem água para o subsolo.
Fluxo do rio
50. Classificação dos rios em
relação a inclinação das
camadas geológicas.
consequentes, subsequentes,
obsequentes, resequentes e
insequentes.
52. Arranjo Espacial e Tipos de
Canais Fluviais
Meandrante; colo esporão separa os braços com
tendência de estrangular o banco de
solapamento de erosão na parte côncava ou de
maior velocidade.
Anastomosado; volta ao mesmo canal devido a
diminuição da declividade
Reticulado; cones de dejeção ou leque aluvial
importante para as populações se
estabelecerem em poços de água
Ramificado; forma-se uma bifurcação como o rio
Araguaia na ilha do bananal
Reto devido a estrutura geologia não ultrapassa
10 vezes que o comprimento da largura.
53. Fluxo do rio
O fluxo de um rio pode ser laminar,
turbulento corrente e turbulento
encachoeirado.
A determinação para se verificar se o
fluxo é corrente ou encachoreirado é
dado pelo Número de Froude.
54. F= V/((g*D)1/2)
Número de Froude
V= velocidade média
g= gravidade
D= profundidade da água
F>1 = encachoeirado
F<1 = corrente
57. Tipos de Leitos Fluviais
(Planícies de Inundação e Várzeas)
Evolução Vital de um Rio
Juventude; (aprofundamento, garganta ou
cânion, não navegável com cascatas,
correntezas e cachoeiras)
Maturação; (predomina o transporte do
material rochoso dos afluentes e das
vertentes) alargamento pela erosão lateral.
Senilidade; (planície de inundação é 5 vezes
mais larga que o diâmetro do meandro,
perde-se a capacidade de transporte)
58. Geometria Hidráulica.
Estuda as relações de débito, forma do
canal, carga de sedimentos, declividade e
velocidade a partir de algumas
mensurações
60. Atividades de Tranporte
O trabalho dos rios consiste em erosão,
transporte e deposição dos sedimentos.
•
61. Processos de erosão:
corrosão: química;
corrasão: desgaste pelo atrito mecânico
das partículas carregadas pela água;
evorsão; movimento turbilhonar gerando
marmitas de gigante;
cavitação: velocidade elevada da água
gerando aumento de pressão sobre as
paredes do canal facilitando a
fragmentação das rochas.
62. Cargas de transporte de um
rio
Solução: varia com o clima, pedologia,
vegetação e deposita quando ocorre a
saturação;
Suspensão: silte e argila
Carga de fundo: areia e cascalhos com
movimentos de saltação, rolamento ou
arrasto;
63. A capacidade de carga da corrente de um
rio é o transporte de detritos em
suspensão e carga de fundo.
Competência;
Cargas de transporte de um
rio
64. Depósitos de carga
sedimentar de um rio
Deltas: perde a capacidade de transporte
devido a diminuição da declividade;
Cones de dejeção ou leque aluvial:
depósito em canais efêmeros em terrenos
de alta declividade;
76. Classificação de Bacias
Hidrográficas.
Exorréica: quando o escoamento das águas
se faz de modo contínuo até o mar ou
oceano, isto é, as bacias desembocam
diretamente no nível marinho;
Endorréicas: quando as drenagens são
internas e não possuem escoamento até
o mar, desembocando em lagos ou
dissipando-se nas areias do deserto, ou
perdendo-se nas depressões cársticas;
77. Arréicas: quando não há nenhuma estruturação
em bacias hidrográficas, como nas áreas
desérticas onde a precipitação é negligenciável
e a atividade de formação de dunas é intensa
obscurecendo as linhas e os padrões de
drenagem;
Criptorréicas: quando as bacias são
subterrâneas, como nas áreas cársicas. A
drenagem subterrânea acaba por surgir em
fontes ou integrar-se em rios superficiais.”
(Christofoletti, 1980)
Classificação de Bacias
Hidrográficas.
78. A análise geométrica das formas de relevo
e da drenagem fluvial: morfometria e
topologia de bacias fluviais.
Morfometria Fluvial
79. Rede fluvial ou rede de canais: é o
padrão que inter-relaciona o drenagem
formado por um conjunto de rios em
determinada área, a partir de qualquer
número de fontes até a desembocadura
da referida rede;
Fonte ou nascente de um rio: é o lugar
onde o canal se inicia (nos mapas é
representado pelo começo da linha azul),
e desembocadura é o ponto final, a
jusante, de toda a rede;
Morfometria Fluvial
80. Confluência ou junção: é onde dois canais se
encontram. Na análise morfométrica e
topológica não são permitidas junções
tríplices;
Segmento fluvial: é o trecho do rio ou
canal ao longo do qual a ordem (Strahler )
que lhe é associada permanece constante;
Morfometria Fluvial
81. Ligações são trechos de/ou segmentos de canais que não
recebem afluentes, estendendo-se entre uma fonte e a
primeira confluência, a jusante, entre duas junções
consecutivas, ou entre a desembocadura e a primeira
confluência a montante. As ligações que se estendem de
uma nascente até a primeira confluência são
denominados de ligações exteriores, enquanto os demais
são denominados de ligações interiores.
O numero de ligações exteriores será igual ao número de
nascentes, ou de segmentos de primeira ordem. O
numero de ligações interiores será igual ao número de
nascentes (n) menos um (n-1), e o total dos ligações em
determinada rede é igual a 2n-1.
Morfometria Fluvial
82. O processo de se estabelecer a
classificação de determinado curso de
água (ou da área drenada que lhe
pertence) no conjunto total da bacia
hidrográfica na qual se encontra,
Determinação da hierarquia por Horton
(Robert 1945 ) e Strahler (1952)
Hierarquia Fluvial
83. Análise da rede hidrográfica.
A relação de bifurcação proposto por Horton (1945)
consiste do número total de segmentos de uma certa
ordem ao número total dos de ordem imediatamente
superior.
Rb = Nu/Nu+1
Rb= relação de bifurcação;
Nm= numero de segmentos de determinada ordem;
Nm+1= número de segmentos da ordem imediatamente
superior.
84. Ordem do Rio (m) Segmentos do
Rio (Nm)
Relação da
Bifurcação, Rb
1 139 3,02
2 36 4,18
3 11 3,66
4 3 3,00
5 1
Análise da rede hidrográfica.
A relação de bifurcação tende a se manter constante
se em uma região o clima a litologia e estado de
desenvolvimento uniforme forem também constante.
Os valores desta relação oscilam entre 3 e 5 e, são
características dos sistemas fluviais.
87. O número de segmentos de ordem
sucessivamente inferiores de uma bacia
tende a formar uma progressão
geométrica, que começa com o único
segmento de ordem mais elevada e
cresce segundo uma relação constante
de bifurcação. (Horton 1945)
Lei do número de canais
88. Podemos expressar matematicamente
através da seguinte fórmula:
Nu = Rb
(k-u)
k = ordem do canal principal
O número total de segmentos de canal de
uma bacia inteira pode ser expressa como:
SNu = Rb
k-1/Rb-1
SNu é a soma dos segmentos de cada
ordem.
Lei do número de canais
89. Análise Alométrica das
Bacias Fluviais
Relação do comprimento dos canais: A definição de
relação do comprimento dos canais que se assemelha
com a relação de bifurcação
RL = Lm/Lm-1
onde: RL = Relação de comprimento
Lm = SLm/Nm
SLm= é a soma dos comprimentos de todos os segmentos
do canal de ordem m
90.
91. “Em uma bacia determinada, os
comprimentos médios (acumulativos) dos
canais de cada ordem ordenam-se segundo
uma série geométrica direta, cujo primeiro
termo é o comprimento médio dos canais de
primeira ordem, e a razão é a relação entre
os comprimentos” (Horton)
A relação entre o índice do comprimento
médio e o índice de bifurcação: quando esta
relação se modifica relaciona-se à fatores
hidrológicos, morfológicos e geológicos ou
climáticos que se alteraram.
Regra do Comprimento dos Canais
92. A regra de Horton relacionado ao
comprimento dos canais se expressa
matematicamente com a seguinte equação
Lu=L1*RL
(m-1)
Onde:
L1= é o comprimento médio dos segmentos
de primeira ordem
Regra do Comprimento dos Canais
93. O comprimento do rio principal pode ser
estabelecido por vários critérios:
O critério de Horton, pois o canal de ordem mais elevada
corresponde ao rio principal;
Em cada bifurcação, a partir da desembocadura, optando
pela ligação de maior magnitude;
Em cada confluência, a partir da desembocadura, seguir o
canal fluvial montante situado em posição altimétrica
mais baixa, no conjunto da bacia;
O curso de água mais longo, da desembocadura da bacia
até determinada nascente, medido como a soma dos
comprimentos dos seus ligamentos.
94. Relação de áreas das bacias
de ordem sucessivas:
Ra = Am/Am-1
Au = área média das bacias de ordem m
A regra de Horton para o comprimento dos canais pode
converter-se em uma regra de área das bacias
trocando algumas palavras:
Em uma bacia hidrográfica determinada, a área média
das bacias de drenagem dos canais de cada ordem
ordena-se aproximadamente segundo uma série
geométrica direta, na qual o primeiro termo é a área
média das bacias de primeira ordem
95.
96. Por analogia com a regra do comprimento dos canais, a
regra da área das bacias pode ser expressada como:
Au = A1 * R L
(u-1)
A1 = área média das bacias de primeira ordem.
Deve-se lembrar que a propriedade altimétrica
também é válida para a declividade média dos canais
Relação entre a área média da bacia e o comprimento
médio do rio ( acumulativo):
Relação de áreas das bacias
de ordem sucessivas:
97. Análise Areal das Bacias
Hidrográficas:
Área: Toda a área drenada pelo conjunto do sistema
fluvial, projetada em plano horizontal
Comprimento: podem ser definidos como
Distância medida em linha reta entre a foz e determinado
ponto do perímetro eu assinala eqüidistância no
comprimento do perímetro entre a foz e ele. O ponto
mencionado representa, então, a metade da distância
correspondente ao comprimento total do perímetro;
Maior distância medida em linha reta, entre a foz e
determinado ponto ou o ponto mais alto situado ao longo
do perímetro;
98. Densidade dos cursos de água: é o numero de cursos de
água por Km2
D= N/A
D= densidade dos cursos d’água
N= número total de cursos ou canais de água (Horton)
A= área da bacia considerada
Densidade de drenagem: correlaciona o comprimento
total dos canis de escoamento com a área da bacia
hidrográfica
Dd=L/A
Dd= densidade de drenagem
L = comprimento total dos canais
A= área da bacia
Análise Areal das Bacias
Hidrográficas: