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Ciclo Hidrológico e
Bacia Hidrográfica
2
Tópicos
2.1 Ciclo hidrológico
2.1.1 Global
2.1.2 Terrestre
2.1.3 Efeitos Antrópicos
2.2 Escalas dos processos hidrológicos
2.3 Bacia Hidrográfica
2.3.1 Principais características
2.3.2 Relações entre variáveis
2.3.3 Funções de entrada e saída da bacia
3
Ciclo hidrológico global
 Energia do sol que atua sobre o sistema terrestre: 36% de
toda a energia que chega a terra é utilizada para a
evaporação da terra e do mar;
 A água evaporada para a atmosfera fica em média dez
dias na atmosfera;
 O fluxo sobre a superfície terrestre é positivo, ou seja a
precipitação é maior que a evapotranspiração, resultando
nas vazões dos rios;
 Nos oceanos o fluxo é negativo, já que ocorre maior
evaporação sobre superfícies líquidas do que precipitação
4
5
Fluxos
oceano
361
9962
32437
37
Superfície
terrestre
Unidades : 10^12 m3
/ano
Atmosfera
6
Reservatórios
 Oceanos 1.350 x 1015
m3
 Geleiras 25 x 1015
m3
 Águas subterrâneas 8,4 x 1015
m3
 Rios e Lagos 0,2 x 1015
m3
 Biosfera 0,0006 x 1015
m3
 Atmosfera 0,0130 x 1015
m3
7
Processos hidrológicos terrestre
8
Processos Verticais
 Precipitação
 Interceptação
 Evapotranspiração
 Evaporação
 Infiltração
 Percolação
9
 Precipitação
Queda de água;
 Interceptação
Retida acima do solo;
 Evapotranspiração
Evaporação a partir do solo / transpiração das plantas
 Evaporação
L  G
 Infiltração
Superfície para o interior do solo
 Percolação
Avanço descendente da água na zona não saturada
10
Interceptação
11
Escoamentos na bacia
Hortoniano
Parte da chuva
infiltra e não
retorna a superfície
Áreas de saturação:
Existem áreas de recarga onde a
precipitação infiltra e a jusante
áreas em que parte deste volume
retorna a superfície.
Q
12
Processos
 Em bacias menores a água ao
infiltrar percola para o
subterrâneo, mas parte do
volume cria caminhos
preferenciais que podem gerar
fluxos superficiais a jusante;
 O fluxo hortoniano é adotado
para balanços de bacias maiores
( > 10-15 km2
) onde o efeito
do escoamento sub-superficial
fica integrado ao escoamento
superficial.
Lençol
freático
Caminhos
preferenciais
13
Escoamento em rios e reservatórios
 Escoamento dentro de um sistema definido, depende do
deslocamento da água ao longo de um leito definido.
Dois efeitos principais:
1. Armazenamento
2. Gravidade/rugosidade (dinâmica do fluxo).
14
Efeitos Antrópicos
 Alterações produzidas pelo homem sobre o ecossistema
pode alterar parte do ciclo hidrológico quanto a
quantidade e qualidade da água.
 A nível global: Emissões de gases para a atmosfera produz
aumento no efeito estufa, alterando as condições das
emissões da radiação térmica, poluição aérea, etc;
 A nível local: obras hidráulicas atua sobre o rios, lagos e
oceanos; desmatamento atua sobre o comportamento da
bacia hidrográfica; a urbanização também produz
alterações localizadas nos processos do ciclo hidrológico
terrestre, contaminação das águas, etc.
15
Modificação climática
 Tópico será abordado também em unidades posteriores;
 O impacto da emissão de gases pode ser de alteração,
além da variabilidade natural das condições de
precipitação, evapotranspiração, radiação solar, etc em
diferentes partes do globo;
 Existem a variabilidade natural e a modificação climática,
a primeira se refere aos condicionantes sem efeitos
antrópicos e o segundo devido aos efeitos antrópicos.
16
Bacia hidrográfica
 Definida por uma seção de rio
 Representa toda a área de contribuição superficial que a
água escoa por gravidade até a seção do rio;
 A bacia hidrográfica do escoamento subterrâneo pode
ser diferente. O erro pode diminuir com o aumento da
bacia ou a escala da informação;
 Delimitação gráfica ou através de geoprocessamento;
17
Bacia hidrográfica
A
A - seção principal
Delimitação da
bacia
Sistema
fluvial
•A bacia hidrográfica é definida por uma
seção transversal;
•Drena toda a água que escoa
superficialmente por gravidade para a
seção principal;
•O divisor de água subterrâneo pode ser
diferente do superficial. Efeito maior para
bacias pequenas
18
Principais Variáveis
 Área de drenagem – A vazão de um rio depende da área da bacia -
Q = q. A –
q é a vazão específica (em mm ou l/s/km2
e A ; em km2
Ex. Q médio de 30 m3
/s numa bacia de 2000 km2
, a vazão específica é q
= Q/A = 15 l/s/km2
 Comprimento do rio principal: é um indicador da característica da
bacia e indiretamente da área
 Declividade média do rio principal – influencia as vazões máxima
e mínimas. (Ex maior declividade maior pico e menor vazão de
estiagem)
 Densidade de drenagem – maior densidade, maior escoamento e
volume de escoamento.
 Desnível.
19
Caracterização
 Área de drenagem de uma bacia (A) : pode ser determinada por
planímetro ou por técnicas de geoprocessamento;
 Comprimento do rio principal (L): para cada bacia existe um rio
principal. Define-se o rio principal de uma bacia hidrográfica como
aquele que drena a maior área no interior da bacia. A medição do
comprimento do rio pode ser realizada por curvímetro ou por
geoprocessamento;
 Declividade média do rio (Sm) :
L
Sl
S
N
i
ii
m
∑
== 1
L,
)L,(H)L,(H
Sm
750
100850 −
=
20
Densidade de drenagem
 D – densidade de drenagem; A a área de drenagem
A
L
D
N
i
i∑
== 1
A
L
D
N
i
i∑
== 1
k
k
i
A
Ni
F
∑
== 1
Frequência de drenagem
69402
,
D
F
≈
21
Relações entre variáveis
 Área e
comprimento
 L = a Ab
Bacia a b R2
Brasil 1,64 0,538 -
Rio Uruguai 1,61 0,574 0,86
Afluentes do rio Paraguai 0,49 0,668 0,82
Rio Paraguai 1,76 0,514 0,98
22
Rio Paraguai
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 100000 200000 300000 400000
Área, km2
L
km
Paraguai
Afluentes do Paraguai
23
Rio Uruguai
1
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100
1000
10000
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
Área da bacia, km2
L,
km
24
Área e declividade
0
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6
8
10
100 1000 10000 100000
área, km2
S
m/km
25
Características da declividade dos rios
Trecho médio
Trecho inferior
Trecho superior
Distância a partir da cabeceira
nível
26
Ordem
 Horton: os canais de primeira ordem são aqueles que não possuem
tributários; os canais de segunda ordem têm apenas afluentes de
primeira ordem; os canais de terceira ordem recebem afluência de
canais de segunda ordem, podendo também receber diretamente
canais de primeira ordem; sucessivamente, um canal de ordem u
pode ter tributários de ordem u 1 até 1.‑
 Strahler: todos os canais sem tributários são de primeira ordem,
mesmo que sejam nascentes dos rios principais e afluentes; os
canais de segunda ordem são os que se originam da confluência de
dois canais de primeira ordem, podendo ter afluentes também de
primeira ordem; os canais de terceira ordem originam se da‑
confluência de dois canais de segunda ordem
Depende da escala analisada
27
Ordem
28
Caracterizações utilizadas na
gestão
 Ottobacia – inicia pela seção principal da bacia,
discretiza até 10 sub-bacias em distribuídas e pontuais,
dando números ímpares para as pontuais e par para as
distribuídas. Com esta codificação existirão até seis
níveis de caracterização.
 Na gestão de recursos hídricos são definidas dentro a
seqüência de até três níveis das bacias nacionais para
serem elaborados Planos de bacia e instalação de comitê
(???verificar)
29
Hidrograma
 As funções de entrada
na bacia são P(t) e E(t)
P(t) = hietograma
 A saída é Q(t)
Q(t) = hidrograma que
integra no espaço o
efeito da precipitação e
de todas as variáveis e
processos no espaço da
bacia
A vazão integra o
escoamento superficial,
sub-superficial e
subterrâneo
30
Características do hidrograma
 Tempo de concentração: é o
tempo que a água superficial
leva para escoar do ponto mais
distante até a seção principal;
 Tempo de pico : é o tempo
entre o centro de gravidade da
precipitação e o pico do
hidrograma;
 Tempo médio de deslocamento
da vazão: é o tempo entre o
centro de gravidade do
hietograma e o do hidrograma.
 Período de recessão: quando
termina o escoamento
superficial
tr
tm
tp
tc
31
Variáveis que influenciam o hidrograma
 Precipitação: distribuição temporal e espacial
 Evapotranspiração e interceptação;
 Cobertura do solo;
 Tipo e espessura do solo;
 Relevo e forma: declividade o rio e da bacia,
comprimento, área, densidade de drenagem, etc.
 Tipo de aqüifero e formação rochosa.
32
Efeito das características físicas no
hidrograma
 Bacias radiais com declividade
alta possuem tempo de
concentração e hidrograma
com maiores picos que as
bacias longitudinais
 Bacias com aqüífero com
volume maior (p.ex.
sedimentar) regulariza a vazão
de estiagem, enquanto que uma
bacia com pequena
profundidade do solo e rocha
tende a apresentar pequena
regularização anual
longitudinal
radiais
33
Efeito da precipitação: distribuição
temporal e espacial
t t
•Efeito temporal da chuva
•Efeito espacial: chuva de montante para jusante pode
sincronizar o pico

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Hidrologia

  • 2. 2 Tópicos 2.1 Ciclo hidrológico 2.1.1 Global 2.1.2 Terrestre 2.1.3 Efeitos Antrópicos 2.2 Escalas dos processos hidrológicos 2.3 Bacia Hidrográfica 2.3.1 Principais características 2.3.2 Relações entre variáveis 2.3.3 Funções de entrada e saída da bacia
  • 3. 3 Ciclo hidrológico global  Energia do sol que atua sobre o sistema terrestre: 36% de toda a energia que chega a terra é utilizada para a evaporação da terra e do mar;  A água evaporada para a atmosfera fica em média dez dias na atmosfera;  O fluxo sobre a superfície terrestre é positivo, ou seja a precipitação é maior que a evapotranspiração, resultando nas vazões dos rios;  Nos oceanos o fluxo é negativo, já que ocorre maior evaporação sobre superfícies líquidas do que precipitação
  • 4. 4
  • 6. 6 Reservatórios  Oceanos 1.350 x 1015 m3  Geleiras 25 x 1015 m3  Águas subterrâneas 8,4 x 1015 m3  Rios e Lagos 0,2 x 1015 m3  Biosfera 0,0006 x 1015 m3  Atmosfera 0,0130 x 1015 m3
  • 8. 8 Processos Verticais  Precipitação  Interceptação  Evapotranspiração  Evaporação  Infiltração  Percolação
  • 9. 9  Precipitação Queda de água;  Interceptação Retida acima do solo;  Evapotranspiração Evaporação a partir do solo / transpiração das plantas  Evaporação L  G  Infiltração Superfície para o interior do solo  Percolação Avanço descendente da água na zona não saturada
  • 11. 11 Escoamentos na bacia Hortoniano Parte da chuva infiltra e não retorna a superfície Áreas de saturação: Existem áreas de recarga onde a precipitação infiltra e a jusante áreas em que parte deste volume retorna a superfície. Q
  • 12. 12 Processos  Em bacias menores a água ao infiltrar percola para o subterrâneo, mas parte do volume cria caminhos preferenciais que podem gerar fluxos superficiais a jusante;  O fluxo hortoniano é adotado para balanços de bacias maiores ( > 10-15 km2 ) onde o efeito do escoamento sub-superficial fica integrado ao escoamento superficial. Lençol freático Caminhos preferenciais
  • 13. 13 Escoamento em rios e reservatórios  Escoamento dentro de um sistema definido, depende do deslocamento da água ao longo de um leito definido. Dois efeitos principais: 1. Armazenamento 2. Gravidade/rugosidade (dinâmica do fluxo).
  • 14. 14 Efeitos Antrópicos  Alterações produzidas pelo homem sobre o ecossistema pode alterar parte do ciclo hidrológico quanto a quantidade e qualidade da água.  A nível global: Emissões de gases para a atmosfera produz aumento no efeito estufa, alterando as condições das emissões da radiação térmica, poluição aérea, etc;  A nível local: obras hidráulicas atua sobre o rios, lagos e oceanos; desmatamento atua sobre o comportamento da bacia hidrográfica; a urbanização também produz alterações localizadas nos processos do ciclo hidrológico terrestre, contaminação das águas, etc.
  • 15. 15 Modificação climática  Tópico será abordado também em unidades posteriores;  O impacto da emissão de gases pode ser de alteração, além da variabilidade natural das condições de precipitação, evapotranspiração, radiação solar, etc em diferentes partes do globo;  Existem a variabilidade natural e a modificação climática, a primeira se refere aos condicionantes sem efeitos antrópicos e o segundo devido aos efeitos antrópicos.
  • 16. 16 Bacia hidrográfica  Definida por uma seção de rio  Representa toda a área de contribuição superficial que a água escoa por gravidade até a seção do rio;  A bacia hidrográfica do escoamento subterrâneo pode ser diferente. O erro pode diminuir com o aumento da bacia ou a escala da informação;  Delimitação gráfica ou através de geoprocessamento;
  • 17. 17 Bacia hidrográfica A A - seção principal Delimitação da bacia Sistema fluvial •A bacia hidrográfica é definida por uma seção transversal; •Drena toda a água que escoa superficialmente por gravidade para a seção principal; •O divisor de água subterrâneo pode ser diferente do superficial. Efeito maior para bacias pequenas
  • 18. 18 Principais Variáveis  Área de drenagem – A vazão de um rio depende da área da bacia - Q = q. A – q é a vazão específica (em mm ou l/s/km2 e A ; em km2 Ex. Q médio de 30 m3 /s numa bacia de 2000 km2 , a vazão específica é q = Q/A = 15 l/s/km2  Comprimento do rio principal: é um indicador da característica da bacia e indiretamente da área  Declividade média do rio principal – influencia as vazões máxima e mínimas. (Ex maior declividade maior pico e menor vazão de estiagem)  Densidade de drenagem – maior densidade, maior escoamento e volume de escoamento.  Desnível.
  • 19. 19 Caracterização  Área de drenagem de uma bacia (A) : pode ser determinada por planímetro ou por técnicas de geoprocessamento;  Comprimento do rio principal (L): para cada bacia existe um rio principal. Define-se o rio principal de uma bacia hidrográfica como aquele que drena a maior área no interior da bacia. A medição do comprimento do rio pode ser realizada por curvímetro ou por geoprocessamento;  Declividade média do rio (Sm) : L Sl S N i ii m ∑ == 1 L, )L,(H)L,(H Sm 750 100850 − =
  • 20. 20 Densidade de drenagem  D – densidade de drenagem; A a área de drenagem A L D N i i∑ == 1 A L D N i i∑ == 1 k k i A Ni F ∑ == 1 Frequência de drenagem 69402 , D F ≈
  • 21. 21 Relações entre variáveis  Área e comprimento  L = a Ab Bacia a b R2 Brasil 1,64 0,538 - Rio Uruguai 1,61 0,574 0,86 Afluentes do rio Paraguai 0,49 0,668 0,82 Rio Paraguai 1,76 0,514 0,98
  • 22. 22 Rio Paraguai 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 100000 200000 300000 400000 Área, km2 L km Paraguai Afluentes do Paraguai
  • 23. 23 Rio Uruguai 1 10 100 1000 10000 1 10 100 1000 10000 100000 1000000 Área da bacia, km2 L, km
  • 24. 24 Área e declividade 0 2 4 6 8 10 100 1000 10000 100000 área, km2 S m/km
  • 25. 25 Características da declividade dos rios Trecho médio Trecho inferior Trecho superior Distância a partir da cabeceira nível
  • 26. 26 Ordem  Horton: os canais de primeira ordem são aqueles que não possuem tributários; os canais de segunda ordem têm apenas afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem recebem afluência de canais de segunda ordem, podendo também receber diretamente canais de primeira ordem; sucessivamente, um canal de ordem u pode ter tributários de ordem u 1 até 1.‑  Strahler: todos os canais sem tributários são de primeira ordem, mesmo que sejam nascentes dos rios principais e afluentes; os canais de segunda ordem são os que se originam da confluência de dois canais de primeira ordem, podendo ter afluentes também de primeira ordem; os canais de terceira ordem originam se da‑ confluência de dois canais de segunda ordem Depende da escala analisada
  • 28. 28 Caracterizações utilizadas na gestão  Ottobacia – inicia pela seção principal da bacia, discretiza até 10 sub-bacias em distribuídas e pontuais, dando números ímpares para as pontuais e par para as distribuídas. Com esta codificação existirão até seis níveis de caracterização.  Na gestão de recursos hídricos são definidas dentro a seqüência de até três níveis das bacias nacionais para serem elaborados Planos de bacia e instalação de comitê (???verificar)
  • 29. 29 Hidrograma  As funções de entrada na bacia são P(t) e E(t) P(t) = hietograma  A saída é Q(t) Q(t) = hidrograma que integra no espaço o efeito da precipitação e de todas as variáveis e processos no espaço da bacia A vazão integra o escoamento superficial, sub-superficial e subterrâneo
  • 30. 30 Características do hidrograma  Tempo de concentração: é o tempo que a água superficial leva para escoar do ponto mais distante até a seção principal;  Tempo de pico : é o tempo entre o centro de gravidade da precipitação e o pico do hidrograma;  Tempo médio de deslocamento da vazão: é o tempo entre o centro de gravidade do hietograma e o do hidrograma.  Período de recessão: quando termina o escoamento superficial tr tm tp tc
  • 31. 31 Variáveis que influenciam o hidrograma  Precipitação: distribuição temporal e espacial  Evapotranspiração e interceptação;  Cobertura do solo;  Tipo e espessura do solo;  Relevo e forma: declividade o rio e da bacia, comprimento, área, densidade de drenagem, etc.  Tipo de aqüifero e formação rochosa.
  • 32. 32 Efeito das características físicas no hidrograma  Bacias radiais com declividade alta possuem tempo de concentração e hidrograma com maiores picos que as bacias longitudinais  Bacias com aqüífero com volume maior (p.ex. sedimentar) regulariza a vazão de estiagem, enquanto que uma bacia com pequena profundidade do solo e rocha tende a apresentar pequena regularização anual longitudinal radiais
  • 33. 33 Efeito da precipitação: distribuição temporal e espacial t t •Efeito temporal da chuva •Efeito espacial: chuva de montante para jusante pode sincronizar o pico