SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 100
Baixar para ler offline
3º Trimestre de 2019 Adultos
ISSN 2358-811-X
Professor
cpad.com.br
Qual a
importância
da didática na
Escola
Dominical?
A palavra didática vem do grego
didaktiké e significa arte de ensi-
nar. É uma disciplina pedagógica
de caráter prático e normativo, que
tem por objetivo específico a técnica
do ensino, isto é, a técnica de incentivar
e orientar eficazmente os alunos na sua
aprendizagem.
Ser didático é ser simples, claro, acessível, direto
e organizado. Imagine quantos alunos poderão
perder o interesse diante de um professor confuso
e desorganizado, que não tem a mínima noção de
como iniciar, desenvolver e concluir uma aula.
O professor que organiza previamente os conteúdos de
sua matéria, seleciona os procedimentos de ensino, dispo-
nibiliza os recursos e escolhe as formas mais adequadas de
avaliação da aprendizagem, está preparado para atender as
demandas de sua práxis docente. O mestre que se vale, pelo
menos do que é essencial da didática, é competente e eficien-
te, no sentido de que provê para seus alunos o maior volume de
aprendizagem, com menos esforço e em menor tempo.
2019 - Julho/Agosto/Setembro 3Lições Bíblicas /Professor
PROFESSOR
SumárioS u m á r i o
Lição 1
O que é a Mordomia Cristã	3
Lição 2
A Mordomia do Corpo	11
Lição 3
A Mordomia da Alma e do Espírito	18
Lição 4
A Mordomia da Família	25
Lição 5
A Mordomia da Igreja Local	32
Lição 6
A Mordomia da Adoração	40
Lição 7
A Mordomia dos Dízimos e Ofertas	47
Lição 8
A Mordomia do Tempo	54
Lição 9
A Mordomia do Trabalho	61
Lição 10
A Mordomia das Finanças 	68
Lição 11
A Mordomia das Obras de Misericórdia	75
Lição 12
A Mordomia do Cuidado com a Terra 	82
Lição 13
Seja um Mordomo Fiel	90
Liçõesdo3ºtrimestrede2019 – Elinaldo Renovato
Tempo, Bens e Talentos:
Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
Publicação Trimestral da
Casa Publicadora das Assembleias de Deus
Av. Brasil, 34.401 - Bangu
Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002
Tel.: (21) 2406-7373
Fax: (21) 2406-7326
www.cpad.com.br
Julho/Agosto/Setembro - 2019
PROFESSOR
4 Lições Bíblicas /Professor
Prezado(a) professor(a),
Presidente da Convenção Geral
das Assembleias de Deus no Brasil
José Wellington Costa Junior
Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Alexandre Claudino Coelho
Consultoria Doutrinária e Teológica
Claudionor de Andrade
Gerente Financeiro
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente de Produção
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas
João Batista Guilherme da Silva
Gerente de TI
Rodrigo Sobral Fernandes
Chefe de Arte & Design
Wagner de Almeida
Redator
Marcelo Oliveira de Oliveira
Diagramação e Capa
Nathany Silvares
Vivemos num contexto de de-
sordem espiritual, moral e ética no
mundo. A sociedade, de um modo
geral, está na contramão das virtudes
do Reino de Deus. No lugar de uma
vida santa, há imoralidade; no lugar
da salvação, perdição; no lugar da
esperança, desesperança; no lugar
da ordem, desordem.
Por isso é preciso recuperar a
perspectiva da mordomia cristã na
igreja moderna, a fim de influen-
ciar eficazmente a sociedade com o
Evangelho.
A Bíblia registra que houve uma
direção de Deus para que o ser hu-
mano fosse o mordomo da Terra. Tal
mordomia desdobra-se em várias
esferas da vida. Por isso, neste trimes-
tre, estudaremos a Mordomia Cristã.
O nosso objetivo, a partir des-
ta temática, é revisitar o tema da
mordomia bíblica da vida cristã, e
conscientizar irmãos e irmãs acerca
da nossa responsabilidade, tanto na
esfera imaterial quanto na material
de nossa vida. Assim, esperamos que
você reflita bem sobre o tema e ponha
em prática os princípios bíblicos para
viver uma vida cristã frutífera.
Um trimestre de bênçãos!
José Wellington Bezerra da Costa
Presidente do Conselho Administrativo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Diretor Executivo
2019 - Julho/Agosto/Setembro 5Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“E disse o Senhor: Qual é, pois, o
mordomo fiel e prudente, a quem o
senhor pôs sobre os seus servos, para
lhes dar a tempo a ração? Bem-aven-
turado aquele servo a quem o senhor,
quando vier, achar fazendo assim.”
(Lc 12.42,43)
Deus nos confiou a mordomia dos
bens materiais e espirituais; por isso,
sejamos vigilantes e zelosos, porque,
em breve, Ele nos chamará a prestar
contas de tudo quanto recebemos.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 15.2
Um mordomo de confiança
Terça – 1 Co 4.1,2
Despenseiros de Cristo
Quarta – Lc 10.30-37
A mordomia do amor cristão
Quinta – 2 Tm 4.7,8
A mordomia da fé cristã
Sexta – 1 Cr 29.1
Tudo o que temos vem de Deus
Sábado – Mt 6.20
Ajuntando tesouros no céu
Lição 1
7 de Julho de 2019
O que é a Mordomia Cristã
Julho/Agosto/Setembro - 20196 Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus confiou aos seus filhos a mordomia dos bens espirituais e
materiais.
HINOS SUGERIDOS: 124, 363, 438 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar o conceito de “Mordomo” e de “Mordomia”;
Expor acerca da mordomia espiritual do cristão;
Explicar a mordomia dos bens materiais.
I
II
III
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
42 - E disse o Senhor: Qual é, pois, o
mordomo fiel e prudente, a quem o
senhor pôs sobre os seus servos, para
lhes dar a tempo a ração?
43 - Bem-aventurado aquele servo
a quem o senhor, quando vier, achar
fazendo assim.
44 - Em verdade vos digo que sobre
todos os seus bens o porá.
45 - Mas, se aquele servo disser em seu
coração: O meu senhor tarda em vir, e
começar a espancar os criados e criadas,
e a comer, e a beber, e a embriagar-se,
46 - virá o Senhor daquele servo no
dia em que o não espera e numa hora
que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe
dará a sua parte com os infiéis.
47 - E o servo que soube a vontade do
seu senhor e não se aprontou, nem fez
conforme a sua vontade, será castigado
com muitos açoites.
48 - Mas o que a não soube e fez coisas
dignas de açoites com poucos açoites
serácastigado.Eaqualquerquemuitofor
dado,muitoselhepedirá,eaoquemuito
se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.
Lucas 12.42-48
2019 - Julho/Agosto/Setembro 7Lições Bíblicas /Professor
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a
Mordomia Cristã. Ela prioriza os bens
espirituais e materiais que o Criador
nos delegou. Nesta lição, denominamos
“bens espirituais” os recursos e os meios
confiados por Deus à Igreja. Quanto
aos “bens materiais”, são estes
os recursos naturais e sociais
que desfrutamos no mundo.
Assim, veremos que o Pai
levantou a Igreja para cuidar
dos seus interesses na Terra.
I – CONCEITOS DE
MORDOMIA*
1.Mordomo.Apalavravemdolatim,
major domu, e significa “o criado maior
dacasa”,“administradordosbensdeuma
casa”, “ecônomo” (Dicionário Aurélio).
Na Bíblia, a função aparece diversas
vezes como “encarregado administrati-
vo dos bens de um grande proprietário
de terras”. Tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento essa função corres-
ponde à de um administrador. Portanto,
nós somos mordomos de Deus e, à luz do
Novo Testamento, os líderes espirituais
têm maior responsabilidade perante o
Senhor da Igreja (Lc 12.48).
2.Mordomia.A palavrasignifica“car-
go ou ofício do mordomo; mordomado”.
Sua origem está no termo grego oikono-
miae,porisso,aencontramosemalguns
textos do Novo Testamento, como na
“Paráboladomordomoinfiel”(Lc
16.2-4).NaBíblia,mordomiadiz
respeito a todo serviço que o
crenterealizaparaDeuseoseu
comportamentodiantedoPaie
doshomens.Éaadministração
dosbensespirituaisemateriais,
tantonoaspectoindividualquanto
nocoletivodoserhumano.Assim,nossas
faculdadesespirituais,emocionaisefísicas
sãooobjetodaMordomiaCristã.Porisso,
esta mordomia está ligada ao ensino da
Palavra de Deus.
Vamos iniciar mais um trimestre de estudos. Neste período, temos a oportu-
nidade de refletir sobre o nosso ministério de ensino. Precisamos analisar com
sinceridade o nosso método de trabalho, o que tem sido feito para garantir o
processo de ensino-aprendizagem dos alunos. O exercício dessa análise, por si só,
abre uma porta para pensarmos a respeito do tema deste trimestre: a Mordomia.
Como temos administrado o nosso tempo? O nosso ministério? A nossa
vida espiritual? O nosso dinheiro? São perguntas que deveríamos fazer com
muita sinceridade.
Antes de iniciar a lição em classe, apresente o comentarista deste trimestre:
pastor Elinaldo Renovato. Ele é líder da Assembleia de Deus em Parnamirim,
RN; professor universitário; bacharel em ciências econômicas; escritor de
diversas obras editadas pela CPAD.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus nos confiou
a mordomia dos
bens espirituais
e materiais.
PONTO
CENTRAL
SÍNTESE DO TÓPICO I
A função de mordomo corresponde
ao administrador; a mordomia, na
Bíblia, refere-se à administração dos
bens espirituais e materiais.
Julho/Agosto/Setembro - 20198 Lições Bíblicas /Professor
1.2. “De toda a tua alma e de todo o
teu pensamento” (v.37). Aqui, o Senhor
Jesus enfatizou que, além de todo o
coração, o primeiro mandamento exige
toda a alma e todo o pensamento de uma
pessoa. Essa é a base bíblico-doutriná-
ria para dizer que a Mordomia Cristã
valoriza a interiorioridade do crente.
Logo, absolutamente tudo no interior
do cristão – coração, alma e pensamento
– deve estar voltado para Deus, que é
o centro de todas as coisas.
1.3. “Amarás o teu próximo como
a ti mesmo” (22.38). O segundo man-
damento enfatiza que, na medida em
que amamos a Deus de todo coração,
alma e pensamento, devemos amar
o próximo como a nós mesmos. Tal
mandamento é relevante para a nossa
mordomia, pois no mundo atual, sem
qualquer ranço pessimista, pode-se ver
que o desamor é a tônica entre pessoas,
famílias, países e, até mesmo, entre
alguns que se dizem cristãos.
1.4. Quem é o próximo? Esta foi a
grande pergunta feita por Jesus após
contar a parábola do Bom Samaritano
ao doutor da lei (Lc 10.30-37). O nosso
próximo é um familiar: esposo, esposa,
pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc.
É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizi-
nho, o professor, o colega de trabalho,
o carente ou o socialmente excluído.
Assim, o mandamento revela o objeto da
nossa mordomia de amor: fazer o bem ao
próximo de forma concreta, com obras
que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
Apropostabásicadesseprimeirotó-
picoéexplicaroconceitode“mordomo”e
de “mordomia”. Após expor esses concei-
tos,façaumareflexãosobreamaturidade,
virtude essencial para a “mordomia” em
toda a área da vida. Use este texto como
base de sua reflexão: “Uma orientação
importante para qualquer tipo de suces-
so, seja pessoal, espiritual, profissional,
financeiro, familiar ou esportivo, é a
necessidade de maturação. Não se con-
segue isso da noite para o dia. É preciso
tempo e esforço. Entenda: ser ‘maduro’,
aqui, não é sinônimo de ser ‘velho’, mas
sim de ter experiências suficientes que
lhe confiram sabedoria para agir e errar
menos” (Maturidadeparaaescolhacerta,
de William Douglas, site CPADNEWS).
Assim, mostre à classe a importância da
maturidade para desenvolver a ideia de
mordomia em toda as esferas da vida,
seja espiritual ou material.
II – A MORDOMIA ESPIRITUAL DO
CRISTÃO
1. A mordomia do amor cristão. A
mordomia cristã deve dar grande valor
à prática do amor. Certa vez, um fariseu
resolveu testar Jesus quanto à sua visão
sobre os mandamentos da lei de Moisés.
Ele conhecia bem os dez mandamentos.
Abordando Jesus, indagou-lhe: “Mestre,
qual é o grande mandamento da lei?”
(Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de
maneira sábia, serena, e consistente:
1.1. “Amarás o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração” (22.37). Nosso
Senhor não aceita dominar apenas uma
parte do nosso coração; Ele o requer
por completo. Quanto a isso, Ele nunca
fez concessões: “Quem não é comigo é
contra mim; e quem comigo não ajunta
espalha” (Mt 12.30).
	 O mandamento revela o
objeto da nossa mordomia de amor:
fazer o bem ao próximo de forma
concreta, com obras que revelam a
nossa fé (Tg 2.14-17).
2019 - Julho/Agosto/Setembro 9Lições Bíblicas /Professor
SÍNTESE DO TÓPICO II
A mordomia espiritual do cristão
envolve a prática do amor e o exer-
cício da fé.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
[SOBRE A FÉ]
“No Novo Testamento, o verbo
pisteuõ (‘creio, confio’) e o substantivo
pistis (‘fé’) ocorrem cerca de 480 vezes.
Poucas vezes o substantivo reflete a
ideia da fidelidade como no Antigo
Testamento (por exemplo, Mt 23.23;
Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10; Ap 13.10).
Pelo contrário, normalmente funciona
como um termo técnico, usado quase
exclusivamente para se referir à con-
fiança ilimitada (com obediência e total
dependência) em Deus (Rm 4.24), em
Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc
1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12).
Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a
fé não é ‘um salto no escuro’.
Somos salvos pela graça mediante
a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva
à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não
poderemos agradar a Deus (Hb 11.6).
A fé, portanto, é a atitude da nossa
dependência confiante e obediente
em Deus e na sua fidelidade. Essa fé
caracteriza todo filho de Deus fiel. É o
2. A mordomia da fé cristã. A pa-
lavra fé (gr. pistis; lat. fides) traz a
ideia de confiança que depositamos
em todas providências de Deus. Mas a
melhor definição de fé foi enunciada
pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao
descrevê-la com profunda inspiração
divina: “Ora, a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam e a prova das
coisas que se não veem” (Hb 11.1). Aqui,
há três características essenciais à fé:
(1) Ela é o fundamento ou base para a
confiança em Deus; (2) Ela envolve a
esperança ou expectativa segura do
que se espera da parte de Deus; (3) Ela
é “a prova das coisas que não se veem”,
mas são esperadas por uma convicção
antecipada.
3. A fé como patrimônio espiritual.
A fé cristã é o depósito espiritual acu-
mulado durante toda vida do crente.
É o nosso patrimônio espiritual, de
valor e virtudes inestimáveis. Essa fé
que o crente foi estimulado a guardar
para não perder a “coroa” (Ap 3.11). Ao
escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e
já próximo da morte, o apóstolo Paulo
disse: “Combati o bom combate, acabei
a carreira, guardei a fé. Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual
o Senhor, justo juiz, me dará naquele
Dia; e não somente a mim, mas também
a todos os que amarem a sua vinda” (2
Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã,
guarde sua fé!
CONHEÇA MAIS
* Mordomo e Mordomia
O mordomo é a função que responde à mordomia pela
qual ele foi colocado para executar. No Reino de Deus,
essa relação se dá com o crente e a dimensão de sua vida
nas esferas espiritual e social. O crente, em Jesus, tem
contas a prestar a Deus a respeito do que Ele o
chamou a fazer.
Julho/Agosto/Setembro - 201910 Lições Bíblicas /Professor
III – A MORDOMIA DOS BENS
MATERIAIS
1. O cristão e as finanças. Na mor-
domia dos bens materiais, o cristão deve
trabalhar honestamente para garantir
sua sobrevivência financeira. Desde
o Gênesis, após a Queda, o homem
emprega esforços, com “o suor” de seu
rosto (Gn 3.19), para obter os bens de
que necessita. Isso é feito de maneira
constante (1 Ts 4.11). Nesse aspecto,
a preguiça é um pecado intolerável
diante de Deus. Assim, Ele exorta ao
preguiçoso que aprenda com as for-
migas, pois estas trabalham no verão
para garantir o mantimento no inverno
(Pv 6.6,9; 10.26).
2. O cristão e as riquezas. Deus
não demoniza a riqueza nem diviniza
a pobreza. Mas o cristão não deve re-
correr aos meios ou práticas ilícitas de
ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa,
as loterias e outras formas “fáceis” de
buscar riquezas (Pv 28.20).
A Bíblia mostra que a avareza é
a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma
compulsão para enriquecer a qualquer
custo. É uma escravidão ao vil metal.
Sobre isso as Escrituras também asse-
veram: “Porque o amor do dinheiro é a
raiz de toda espécie de males; e nessa
cobiça alguns se desviaram da fé e se
SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia dos bens materiais
do cristão envolve as finanças, as
riquezas e contribuição para a igreja.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
[A importância do compromisso]
“Earl e Hazel Lee escreveram: ‘O
compromisso é mais que uma decisão
sentimental que pode mudar a vida
de uma pessoa por alguns poucos dias
cheios de emoção. É um ato válido
da vontade, e muda todo o modo de
vida de uma pessoa’. Eles explicam o
significado de compromisso, descre-
vendo-o como o descreve um dialeto
indiano: O compromisso é dar com a
palma da mão ‘para baixo’. Quando
colocamos algo na mão de alguém, não
	 A Bíblia mostra que a avareza
é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma
compulsão para enriquecer a qualquer
custo.
nosso sangue espiritual” (HORTON, M.
Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2018, pp.369-70).
traspassaram a si mesmos com muitas
dores” (1 Tm 6.10).
E Jesus ensinou: “Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza, porque a vida
de qualquer não consiste na abundância
do que possui” (Lc 12.15). E também
ratificou: “Mas ajuntai tesouros no céu,
onde nem a traça nem a ferrugem con-
somem, e onde os ladrões não minam,
nem roubam” (Mt 6.20).
3. O cristão e a contribuição para
a igreja. Na igreja local há várias ma-
neiras pelas quais o cristão pode e
deve contribuir para a expansão e
manutenção da Obra do Senhor. Essa
contribuição deve ser feita através
dos dízimos e das ofertas voluntá-
rias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a
necessidade da contribuição com os
dízimos, repreendendo a hipocrisia dos
fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras
necessidades da igreja que requerem
as contribuições dos fiéis.
2019 - Julho/Agosto/Setembro 11Lições Bíblicas /Professor
PARA REFLETIR
A respeito de “O que é a Mordomia Cristã”,
responda:
• O que diz respeito à mordomia na Bíblia?
Na Bíblia, Mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para
Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens.
• Na mordomia do amor cristão a quem devemos amar?
Amar a Deus e ao próximo.
• Na mordomia da fé cristã, o que significa “fé”?
A palavra fé (gr. pisteuõ; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos
em todas as providências de Deus.
• Na mordomia dos bens materiais, como o cristão deve trabalhar?
Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente
para garantir sua sobrevivência financeira.
• Como deve ser a contribuição do cristão à igreja local?
Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas volun-
tárias (cf. Ml 3.8-12).
CONCLUSÃO
Somos mordomos dos bens es-
pirituais e materiais concedidos por
Deus à sua Igreja. Se realizarmos nossa
mordomia para a glória de Deus, com
gratidão pelos bens adquiridos, seremos
recompensados pelo Senhor. Usemos
os recursos que Deus nos concedeu
como verdadeiros mordomos de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Tudo o que temos
vem do Senhor!
conseguimos segurar nenhuma parte
do que estamos dando. Ao passo que,
se pedirmos que uma pessoa retire
algo de nossa mão, ainda poderemos
segurar alguma parte que essa pessoa
não consiga pegar. Em nossa cultura, é
mais fácil passar do aproveitar os nossos
bens a nos agarrarmos fortemente a
eles e tentarmos agarrar mais, o que é
chamado materialismo.
A. W. Tozer escreveu: ‘Uma das
piores tragédias do mundo é o fato de
permitirmos que os nossos corações se
encolham, até que haja neles espaço
para pouca coisa, além de nós mesmos’.
O materialismo é uma atitude perigosa,
porque conserva o nosso foco naquilo
que temos, e não naquilo que somos e
estamos nos tornando. Ele permite que
fiquemos falsamente satisfeitos – pen-
samos que, porque temos muitas coisas,
devemos ser boas pessoas. Embora não
haja nada de errado em dirigir um carro
bonito, em vestir-se bem e aproveitar
os benefícios da última tecnologia,
quando os nossos bens nos possuem
e o que temos de valioso se torna mais
importante que os nossos valores, então
estamos com problemas” (TOLER, Stan.
Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, pp.71-72).
Julho/Agosto/Setembro - 201912 Lições Bíblicas /Professor
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.36 Você encontrará mais subsídios
para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
ANOTAÇÕESDOPROFESSOR
SUGESTÃO DE LEITURA
O reconhecimento da soberania
de Deus e a visão de nossa
posição no seu reino.
Compreenda melhor a natureza
do infinito amor de Deus por
você.
O que são as disciplinas da
vida cristã? E por que estas
são tão essenciais ao crente?
Mordomia
Cristã
A Difícil
Doutrina
do Amor
de Deus
As disciplinas
da Vida Cristã
2019 - Julho/Agosto/Setembro 13Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela com-
paixão de Deus, que apresenteis o
vosso corpo em sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional."
(Rm 12.1)
O corpo do cristão é o “templo do
Espírito Santo” e, portanto, deve ser
preservado para glória de Deus.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Ts 5.23
A tricotomia do corpo
Terça – Rm 6.12
O pecado não deve reinar em
nosso corpo
Quarta – 1 Co 6.13b
O nosso corpo não é para a
prostituição
Quinta – Rm 8.13
Devemos mortificar as obras do corpo
Sexta – 1 Ts 5.23
O corpo deve ser conservado
irrepreensível
Sábado – 1 Co 6.19,20
Devemos glorificar a Deus em
nosso corpo
AMordomiadoCorpo
14 de Julho de 2019
Lição 2
Julho/Agosto/Setembro - 201914 Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Expor a mordomia do corpo cristão sob o entendimento bíblico de que somos
“templo do Espírito Santo”.
HINOS SUGERIDOS: 7, 128, 219 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explanar sobre a dimensão material do corpo;
Elucidar a dimensão espiritual do corpo;
Correlacionar o culto racional com a mordomia do corpo.
I
II
III
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
13 - Os manjares são para o ventre, e o
ventre, para os manjares; Deus, porém,
aniquilará tanto um como os outros.
Mas o corpo não é para a prostituição,
senão para o Senhor, e o Senhor para
o corpo.
14 - Ora, Deus, que também ressuscitou
o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo
seu poder.
15 - Não sabeis vós que os vossos cor-
pos são membros de Cristo? Tomarei,
pois, os membros de Cristo e fá-los-ei
membros de uma meretriz? Não, por
certo.
16 - Ou não sabeis que o que se ajunta
com a meretriz faz-se um corpo com
ela? Porque serão, disse, dois numa
só carne.
17 - Mas o que se ajunta com o Senhor
é um mesmo espírito.
18 - Fugi da prostituição. Todo pecado
que o homem comete é fora do corpo;
mas o que se prostitui peca contra o
seu próprio corpo.
19 - Ou não sabeis que o nosso corpo é
o templo do Espírito Santo, que habita
em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?
20 - Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso
corpo e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus.
1 Coríntios 6.13-20.
2019 - Julho/Agosto/Setembro 15Lições Bíblicas /Professor
O nosso corpo foi maravilhosamente criado por Deus. As Escrituras de-
monstram essa obra especial da criação. O nosso corpo tem duas dimensões
ao menos, a material e a imaterial, esta constituída de alma e espírito. Num
contexto materialista em que vivemos, precisamos reforçar a visão bíblica da
integralidade do ser humano. Esta lição, bem como a próxima, buscará mos-
trar o ser humano todo. Quando o nosso Senhor proveu a salvação para ele,
o fez de modo integral. O ser humano é corpo, alma e espírito. Somos razão
e sentimento, cérebro e coração. Nada se exclui, mas tudo se complementa.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a mordo-
mia do corpo. Nela, destacaremos o valor
espiritual e a grandeza da obra criadora
deDeus.A BíbliamostraqueoCriadorfez
o homem do pó da terra, dando-lhe vida
etornando-osuaimagemesemelhança.
Quando compreendemos essa
verdade bíblica, tornamo-nos
responsáveispelozelodonosso
corpo perante o Criador, pois,
segundo sua Palavra, o corpo
do cristão é “templo do Espírito
Santo” (1 Co 6.19).
I – A DIMENSÃO MATERIAL DO
CORPO
1. A formação maravilhosa do
corpo. A Bíblia relata a criação do
corpo do ser humano (Gn 1.26-28;
2.18-25). Foi uma obra maravilhosa,
poeticamente expressa nas palavras
do rei Davi: “Eu te louvarei, porque de
um modo terrível e tão maravilhoso
fui formado; maravilhosas são as tuas
obras, e a minha alma o sabe muito
bem” (Sl 139.14). No mesmo salmo, o
autor sagrado traz à memória a contem-
plação divina do corpo humano ainda
informe (Sl 139.15). Louve a Deus por
sua maravilhosa Criação!
2. A estrutura do corpo humano.
Quando estudamos a estrutura do corpo
humano, percebemos quão maravilhosa
foi a obra do Criador. Por exemplo, o
organismo humano se constitui de 216
tecidos organizados no esqueleto. Este
possui 206 ossos. O cérebro tem um
trilhão de células nervosas e seus
sinais trafegam ao longo dos
nervos até um máximo de 360
km/h. O corpo se constitui de
setenta por cento de água; tem
96.500km de veias e artérias;
10 bilhões de vasos capilares;
100 trilhões de células. A estrutura
humana revela uma complexidade que
a teoria da evolução jamais explicará. Só
uma mente onisciente, e um ser infini-
tamente supremo, pode dar respostas
lógicas à origem da vida e do homem:
“No princípio, criou Deus os céus e a
terra [...] E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou” (Gn 1.1,27).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A dimensão material do corpo reve-
la uma obra maravilhosa; a estrutura
do corpo, o arquiteto que o planejou.
O corpo do
cristão é o tem-
plo do Espírito
Santo.
PONTO
CENTRAL
Julho/Agosto/Setembro - 201916 Lições Bíblicas /Professor
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
A fim de expor o primeiro tópico
com mais propriedade, busque infor-
mações técnicas em livros ou em sites
especializados. Informar-se sobre o
Projeto Genoma, um programa de ma-
peamento da genética humana, também
contribuirá muito para você compreender
o sistema complexo do corpo humano.
Com base nesses estudos, é impossível
pensar que somos fruto do acaso. Só
um ser poderoso, majestoso e infinito
poderia gerar essa complexidade do
corpo humano. Entretanto, tenha em
mente que não precisamos de qualquer
estudo científico para determinar o que
cremos, pois, como diz as Escrituras,
“pela fé, entendemos que os mundos,
pela palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê não
foi feito do que é aparente” (Hb 11.3).
II – A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO
CORPO
1. O corpo segundo as Escrituras.
A Bíblia usa várias metáforas para de-
signar espiritualmente o corpo:
1.1. “Corpo do pecado”. Note este
versículo: “que o nosso velho homem
foi com ele crucificado, para que o corpo
do pecado seja desfeito, a fim de que
não sirvamos mais ao pecado” (Rm 6.6).
Nele, a expressão “corpo do pecado”
refere-se ao “velho homem” que, antes
de nascer de novo, usava o corpo como
“instrumento de iniquidade” (Rm 6.12-
14). Esse corpo também é chamado na
Bíblia de “homem exterior”, um corpo
que se corrompe, adoece e envelhece.
1.2. “Casa terrestre” (2 Co 5.1). Essa
expressão refere-se à “temporalidade
do corpo”, isto é, sua constituição física,
a “fôrma” do espírito. Esse corpo é a
casa temporária, a morada passageira,
visto que nesta Terra somos “peregrinos
e forasteiros” (1 Pe 2.11).
1.3. “Templo do Espírito Santo”.
Essa expressão aparece numa pergunta
retórica de Paulo em 1 Coríntios: “Ou
não sabeis que o nosso corpo é o templo
do Espírito Santo, que habita em vós,
proveniente de Deus, e que não sois
de vós mesmos?” (6.19). É um alerta
do apóstolo aos crentes de Corinto
para não darem lugar ao pecado, ou
seja, não deixarem que o corpo fosse
contaminado pela prostituição.
2. Pecados contra o corpo. A Bíblia
adverteacercadospecadoscontraocorpo:
2.1. Prostituição, adultério, fornica-
ção. Usar o corpo como mercadoria a ser
vendida para fins sexuais é prostituição.
A Palavra de Deus diz aos crentes com
muita clareza: “Mas o corpo não é para
a prostituição, senão para o Senhor, e o
Senhor para o corpo” (1 Co 6.13b; cf. 1 Ts
4.3)”.A Bíbliatambémtemgravesadmo-
estações contra quem comete o pecado
de adultério – relacionamento sexual
extraconjugal–(1Co6.10;Hb13.4)eode
fornicação–relacionamentosexualentre
solteiros – (Ef 5.5; 1 Tm 1.10; Ap 21.8).
2.2. Homossexualidade. O Antigo
Testamento condena explicitamente
a união homossexual, considerando-a
“abominação” a Deus (Lv 20.13; 18.20).
O Novo Testamento confirma essa
condenação, reprovando a homossexu-
alidade de modo não menos incisivo:
“Não erreis: nem os devassos, nem os
idólatras, nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas, nem
os ladrões, nem os avarentos, nem os
bêbados, nem os maldizentes, nem os
roubadores herdarão o Reino de Deus”
(1 Co 6.10; cf. Rm 1.18-32).
2.3.Transexualidade.SegundoaOMS
(OrganizaçãoMundialdeSaúde),atranse-
xualidadeéum“transtornodeidentidade
degênero”ou“disforiadegênero”.Nesse
2019 - Julho/Agosto/Setembro 17Lições Bíblicas /Professor
transtorno,umhomem“sesentemulher”
e,porisso,nãoaceitaoprópriocorpo;uma
mulher“sesentehomem”e,igualmente,
não aceita o próprio corpo, desejando
assim “mudar de sexo”. A tragédia maior
é quando se tenta normalizar isso na
cabeça de crianças e de adolescentes,
trazendoconfusãoentreeles.Issoéuma
estratégiadeorigemsatânicaparadestruir
o plano original de Deus da criação da
família como célula mater da sociedade.
Trata-se, pois, de uma terrível afronta à
sacralidadedocorpocriadoporDeuscom
umaidentidadebinária:“machoefêmea
os criou” (Gn 1.27).
3. A santificação do corpo. É o
ponto fundamental na mordomia do
corpo. Diz a Bíblia: “Segui a paz com
todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A
Bíblia mostra os meios de santificação
que levam em conta a ação de Deus e
a contribuição do crente:
3.1. Os meios da santificação que
vêm da parte de Deus. É Deus que age
diretamente na santificação integral do
crente: “espírito, e alma, e corpo” (1 Ts
5.23). O Altíssimo também o santifica
através de Cristo (Ef 5.25,26; Hb 9.14;
13.12; 1 Jo 1.7), do Espírito Santo (1 Co
6.11; 2 Ts 2.13; Rm 15.16) e da Palavra
de Deus (Jo 17.17).
3.2. A responsabilidade humana na
santificação.Deusnãoentregaaohomem
“umpacote”desalvaçãoprontoeacabado.
Ele faz a sua parte no lado divino, mas o
homemtemdeserumparticipanteativo
desseprocesso.Nasantificação,ohomem
precisa dar lugar à vontade de Deus: “[...]
quemé santo seja santificado ainda” (Ap
22.11). Logo, o crente pode participar
do processo de santificação mediante
os seguintes elementos: a fé em Cristo
(Rm 1.17); dedicação a Deus (Rm 12.1,2);
andando em espírito (Gl 5.16,17); renun-
ciandoaopecado(Mt16.24;Rm6.18,19).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A dimensão espiritual do corpo
envolve a gravidade do pecado con-
tra o corpo e a necessidade de sua
santificação.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Atualmente, há urgente necessi-
dade de renovada ênfase à doutrina da
santificação nos círculos pentecostais.
Em primeiro lugar porque são raros
os pentecostais que hoje aceitaram a
ideia de estar precisando de renovação
espiritual. A despeito de muitíssimos
crentes terem sido batizados no Espírito
Santo, são muitas as igrejas pentecos-
tais que não possuem a vitalidade e a
eficácia que nelas se evidenciavam
em anos anteriores. Em segundo lugar,
a ênfase pentecostal ao batismo no
Espírito e aos dons sobrenaturais do
Espírito tem resultado numa falta de
ênfase ao restante da obra do Espírito,
inclusive a santificação. Em terceiro
lugar, a aceitação mais generalizada dos
pentecostais e dos carismáticos parece
ter ameaçado a distinção tradicional
entre a Igreja e o mundo, lançando
dúvidas sobre muitos dos antigos pa-
drões de santidade. E, finalmente, os
pentecostais de hoje dão muito valor à
popularidade que acabaram de conquis-
tar e, no afã de preservá-la, zelam por
evitar qualquer aparência de elitismo
	 Diz a Bíblia: “Segui a paz
com todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor”.
Julho/Agosto/Setembro - 201918 Lições Bíblicas /Professor
SÍNTESE DO TÓPICO III
O culto racional e a mordomia
do corpo estão sob a perspectiva do
“sacrifício vivo”, do “sacrifício santo”
e do “sacrifício agradável”.III – O CULTO RACIONAL E A
MORDOMIA DO CORPO
De acordo com as Escrituras, de-
vemos nos apresentar em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus. Nesse
sentido, o nosso culto a Ele, segundo
Romanos 12.1,2, deve considerar o
seguinte tripé:
1. “Um sacrifício vivo”. A imagem
do sacrifício, em Romanos, remonta
ao Antigo Testamento. Mas, no Novo
Testamento, o cristão deve apresen-
tar-se a Deus como um sacrifício vivo
e agradável – sacrifício de louvor (Hb
13.15) –, pois todos os que cremos
fomos crucificados com Cristo (Gl 2.19).
2. “Um sacrifício santo”. Essa
perspectiva leva o crente à santifica-
ção. E uma vez que ele se coloca como
sacrifício vivo, demonstra pertencer a
Deus, consagrando-se inteiramente ao
Pai, para viver uma vida santa e pura no
corpo, na alma e no espírito (1 Ts 5.23).
Uma vida santa é um culto ao Senhor.
3. “Um sacrifício agradável”. Ofe-
recendo-se em sacrifício vivo, o salvo
é visto pelo Senhor como oferta de
grande valor (Sl 51.17). Uma das coisas
mais belas da vida cristã é quando a
nossa vontade está alinhada à vontade
de Deus. Esse é o verdadeiro estágio
de total entrega ao Pai.
A imagem de sacrifício mostrada
didaticamente em Romanos 12, ensina
como deve ser a nossa mordomia no
campo espiritual e material. Ela passa
por uma mente renovada, não confor-
mada com o “espírito” deste mundo,
em que o cristão é instado a viver em
“sacrifícios” cotidianamente. Assim, o
nosso culto racional.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“O apóstolo Paulo traz ordem ao
culto (1 Co 14.26-39), sugerindo haver
um ‘ritual livre’ e a Igreja Primitiva
também teve formas apropriadas de
culto: ‘E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, na comunhão, no partir do
pão e nas orações’ (At 2.46).
No Novo Testamento, encontramos
algumas formas litúrgicas como ‘sau-
dação’; ‘doxologia’; aclamações como
‘Abba, Aleluia, Amém, Hosana, Maranata’;
‘a coleta semanal’; ‘o serviço social’ (At
6.1); ‘a santa ceia’; ‘os cânticos de salmos
e hinos’ (Ef 5.19; Cl 3.16) e essas práticas
e muitas outras permanecem hoje em
nossas igrejas. O próprio Jesus Cristo,
chegando em Nazaré, entrou num dia
de sábado na sinagoga, tomou o livro e
achou o lugar onde estava escrito a res-
peito dele mesmo (Lc 4.16-18; Is 61.1).
Paulo diz: ‘Prega a Palavra’ (2 Tm 4.1,2)”
(KESSLER,Nemuel.OCultoesuasFormas.
Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.21).
CONCLUSÃO
O nosso corpo tem uma dimensão
material e outra espiritual. Nesse aspec-
to, a Palavra de Deus tem orientações
diretas sobre o perigo do pecado contra o
nosso corpo e a necessidade de vivermos
em santidade diante de Deus. Assim,
para glorificá-lo, precisamos prestar um
culto racional a Deus, apresentando-nos
em sacrifício vivo, santo e agradável ao
Eterno. Que Ele nos faça mordomos fiéis
de seus bens tão preciosos em todo o
nosso espírito, alma e corpo!
espiritual” (HORTON, M. Horton (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspecti-
va Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.412).
2019 - Julho/Agosto/Setembro 19Lições Bíblicas /Professor
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.37. Você encontrará mais subsídios
para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Mordomia do Corpo”, responda:
• Quem que pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem?
Só uma mente onisciente, um ser infinitamente supremo, pode dar respostas
lógicas à origem da vida e do homem.
• Quais expressões as Escrituras usam para o “corpo”?
“Corpo do pecado”, “Casa terrestre” e “Templo do Espírito Santo”.
• A que se refere a expressão “corpo do pecado”?
Nele, a expressão “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem”.
• Por que o corpo é chamado de “casa terrestre”?
Essa expressão refere-se à “temporalidade do corpo”, isto é, sua constituição
física, a “fôrma” do espírito.
• De acordo com a Palavra de Deus, como nos devemos apresentar?
Em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
ANOTAÇÕESDOPROFESSOR
SUGESTÃO DE LEITURA
A natureza humana explicada
pela Bíblia: a relação corpo,
alma e espírito, a consciência,
a imaginação, a memória, os
instintos, a imortalidade.
O homem em três tempos é
uma introdução a Antropolo-
gia Teológica.
Um autêntico modelo de
como preparar e dirigir cultos.
O Homem:
corpo, alma
e espírito
O Homem
em Três
Tempos
O Culto e
suas Formas
18 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“E o mesmo Deus de paz vos santifi-
que em tudo; e todo o vosso espírito,
e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
(1 Ts 5.23)
Ao lado do corpo, a alma e o espírito
devem estar preparados para a vinda
do Senhor Jesus Cristo.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 5.12
O pecado atingiu a todos os
homens
Terça – Ec 7.20
Não há homem que não peque
Quarta – 1 Jo 1.7
O sangue de Cristo nos purifica de
todo o pecado
Quinta – 1 Ts 5.23
A tricotomia do ser humano
Sexta – Hb 12.14
Sem santificação ninguém verá o
Senhor
Sábado – Gl 5.25
O cristão deve andar no Espírito
AMordomiadaAlma
edoEspírito
21 de Julho de 2019
Lição 3
192019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem ser preserva-
dos para a vinda do Senhor Jesus.
HINOS SUGERIDOS: 5, 223, 324 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar alma e espírito;
Relatar a mordomia da alma;
Apresentar a mordomia do espírito.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
16 - Digo, porém: Andai em Espírito
e não cumprireis a concupiscência
da carne.
17 - Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito, contra a carne; e
estes opõem-se um ao outro; para que
não façais o que quereis. 
18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais debaixo da lei. 
19 - Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição,
impureza, lascívia, 
20 - idolatria, feitiçarias, inimizades,
Gálatas 5.16-22,25
porfias, emulações, iras, pelejas, dis-
sensões, heresias, 
21 - invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a
estas, acerca das quais vos declaro,
como já antes vos disse, que os que
cometem tais coisas não herdarão o
Reino de Deus. 
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor,
gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. 
25 - Se vivemos no Espírito, andemos
também no Espírito.
I
II
III
20 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor
COMENTÁRIO
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas
as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em
detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente
e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a
esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas
boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o
espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt
6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca
do bem-estar da alma e do espírito.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
INTRODUÇÃO
Para ser mordomo da alma e do
espírito, o homem necessita, antes
de tudo, da fé em Deus, da entrega
incondicional a Cristo Jesus e
da ação poderosa do Espírito
Santo na sua mente, pensa-
mento e maneira de viver
diante do Criador. Para isso
é preciso ser “nova criatura”
(1 Co 5.17)! Assim, além de
conservar o corpo, precisamos
conservar a alma e o espírito. É o
que veremos nesta lição.
I – CONCEITUANDO ALMA E
ESPÍRITO
1. O significado de alma. No Antigo
Testamento, a palavra “alma” é nephesh.
No Novo, o termo usado é psiquê, que
tem o sentido de “alma” e de “vida”,
e encontra-se ligado à palavra psíqui-
cos, que significa “pertencente a esta
vida”. Ela é “a base das experiências
conscientes”, equivalendo, portanto,
à própria vida, à personalidade ou à
pessoa mesmo (cf. 2 Co 1.23).
Assim, o texto bíblico de Levítico
17.10-15 revela uma diversidade de
sentidos para a palavra “alma”: A pessoa
física (v.10), a vida de um animal (v.11),
a vida de uma pessoa (v.11). Do ponto
de vista teológico, a alma é a sede das
emoções e dos sentimentos, conforme
Jesus expressou num contexto de
angústia: “A minha alma está
profundamente triste até a
morte” (Mc 14.34).
2. A origem da alma. A
alma está unida ao espírito,
e, por isso, é humanamente
impossível separá-los. Só a
Palavra de Deus pode fazê-lo
(Hb 4.12). Assim, tanto a alma quanto
o espírito constituem a parte imaterial
do ser humano. Em relação à origem
da alma, há pelo menos três teorias
que tentam explicá-la: a teoria da
preexistência, do criacionismo e da
participação.
2.1. Teoria da preexistência. Segun-
do essa teoria, as almas existem nas
diversas esferas do mundo espiritual e
entram no corpo gerado, num processo
denominado “reencarnação”. O objetivo
desse processo é levar a pessoa a sofrer
pelos “pecados cometidos em pretensas
existências anteriores”. Esse é um dos
pontos fundamentais do Espiritismo.
Entretanto, não há fundamento bíblico
A mordomia da
alma e do espírito
deve ser levado
muito sério pe-
los crentes.
PONTO
CENTRAL
212019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
Para a exposição deste primeiro
tópico, sugerimos a leitura das páginas
242-260 da obra “Teologia Sistemática:
Uma Perspectiva Pentecostal”, editada
pela CPAD. O assunto em estudo é al-
tamente teológico, por isso, consultar
uma boa Teologia Sistemática será de
ajuda inestimável a fim de apresen-
tar com maior segurança um assunto
complexo. Tenha atenção com o termo
“tricotomia” (ponto a ser desenvolvido
no tópico 2). Neste primeiro tópico
você deve deixar claro o significado
do termo “alma”, as teorias acerca de
sua origem e a conceituação do termo
“espírito”. Boa aula!
Nesse sentido, em termos espi-
rituais, só há dois tipos de crentes: os
espirituais e os carnais (Rm 8.1). Os
crentes espirituais caracterizam-se pelo
seu “espírito” dominado pelo Espírito
Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais
vivem de acordo com a natureza carnal
que não foi submetida nem transfor-
mada por Cristo (Gl 5.19-21).
para essa teoria. A Bíblia revela que o
“pecado original” passou a todos os
homens (Rm 5.12) e que vigora até os
dias atuais, pois “não há homem que
não peque” (Ec 7.20). Porém, o sangue
de Cristo purifica o pecador (1 Jo 1.7),
quando este se arrepende, confessa o
seu pecado e o deixa (Pv 28.13).
2.2. Criacionismo. Segundo esta
teoria, baseada no pensamento filosó-
fico grego, Deus dedica-se à criação de
almas diariamente, para que habitem
nos corpos que forem sendo concebi-
dos. É um ponto de vista que carece de
fundamentos bíblicos.
2.3. Teoria participativa. A teoria
expressa que Deus dá a vida a toda
pessoa gerada de acordo com as leis da
reprodução biológica geradas por Ele.
Assim, homem e mulher geram um novo
ser com a cooperação divina (At 17.28;
Hb 1.3). É uma visão que tem base na
Bíblia e que está harmonizada com a
Palavra a Deus: “Fala o SENHOR, o que
estende o céu, e que funda a terra, e
que forma o espírito do homem dentro
dele” (Zc 12.1b).
Todavia, como Deus age na criação
de cada alma e espírito dentro do ser
humano é um dos muitos mistérios da
fé pela qual devemos curvar-nos hu-
mildemente diante de sua magnitude.
3. Conceituação de espírito. Se-
gundo o Novo Testamento, a palavra
que se refere a “espírito” é pneuma. O
termo pode se referir a parte imaterial da
personalidade humana (cf.1 Co 7.1,34), o
próprio ser da pessoa (1 Co 16.18; 2Tm
4.22) e, mais especificamente, a fonte
do discernimento (Mc 2.8), das emoções
(Jo 11.33) e da vontade (At 19.11) de
uma pessoa. Assim, o espírito humano
regenerado, submetido a Cristo, torna-se
sensível ao Espírito Santo e é capaz de
manifestar o fruto do Espírito, as virtudes
do Reino de Deus (Gl 6.1;cf. Mt 5 – 7).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A alma é a sede das emoções e dos
sentimentos; o espírito, a fonte dessas
emoções e sentimentos.
	 Nesse sentido, em termos
espirituais, só há dois tipos de crentes:
os espirituais e os carnais (Rm 8.1).
22 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor
II. A MORDOMIA DA ALMA:
“O HOMEM INTERIOR”
1. A tricotomia do homem. Afir-
mamos que o ser humano é um ser
tricotômico. Ou seja, Deus o constitui
de três partes conforme revela-nos a
sua Palavra: “e todo vosso espírito, e
alma, e corpo” (1 Ts 5.23). O corpo, a
parte material, refere-se ao “homem
exterior” (2 Co 4.16). Já o conjunto
imaterial formado pela alma e pelo
espírito, que é envolvido pelo corpo,
a Bíblia denomina-o de “o homem
interior”, conforme as palavras do
apóstolo Paulo: “Porque, segundo o
homem interior, tenho prazer na lei de
Deus” (Rm 7.22; cf. 2 Co 4.16).
2. A mordomia da alma. A Bíblia
declara que a alma do homem, assim
como o espírito e o corpo, deve ser
conservada irrepreensível para a vinda
do Senhor Jesus Cristo. Essa é a essên-
cia da mordomia da alma. Cada crente
deve mantê-la íntegra e irrepreensível.
Alguns aspectos, porém, devem ser
considerados na mordomia da alma.
2.1. A Necessidade da alma. Essa
necessidade inclui a emoção e pode ser
satisfeita no relacionamento com Deus.
A alma precisa de refrigério espiritual e
da presença divina (Sl 23.1-3). No salmo
42, o salmista expressa sinceramente a
necessidade de sua alma: “Como o cervo
brama pelas correntes das águas, assim
suspira a minha alma por ti, ó Deus! A
minha alma tem sede de Deus, do Deus
vivo” (vv.1,2). Quanta necessidade a
alma tem por Deus?! A Bíblia revela
que o Espírito Santo preenche essa
necessidade e produz em nós o “fruto
do Espírito” (Gl 5.22-24).
2.2. A santificação da alma. É uma
necessidade da alma o “viver santo”,
sem o qual ninguém verá a Deus (Hb
12.14). O ser humano é salvo pela “graça
de Deus”, e isso é dom divino (Ef 2.8,9).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O homem é um ser tricotômico, isto
é,constituídodecorpo,almaeespírito;
eamordomiadaalmaenvolvenecessi-
dadesesantificaçãodospensamentos.
Mas ele precisa também arrepender-se
de seus pecados, confessar a Cristo
como Senhor e santificar-se integral-
mente em Deus, conforme o apóstolo
Paulo ensina: “Abstende-vos de toda
aparência do mal. E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensí-
veis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1 Ts 5.22,23).
2.3.Asantificaçãodospensamentos.
Vimos que a alma é “a sede das emoções,
dos sentimentos e dos pensamentos”,
logo, sua mordomia deve zelar por tudo
o que preenche o pensamento do crente,
conformeensinaoapóstoloPaulo(Fp4.8).
Nesse contexto, devemos atentar
para a advertência de Jesus em relação
ao coração do homem (isto é, sua interio-
ridade): “Porque do coração procedem os
maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos
e blasfêmias” (Mt 15.19). Portanto, não
podemos pensar só no que “não fazer”,
mas também no que “não pensar”.
Toda ação ou reação humana precede o
pensamento, o sentimento e a emoção.
SUBSÍDIODOUTRINÁRIO
“Textos bíblicos que parecem apoiar
otricotomismoincluem1Tessalonicenses
5.23, onde Paulo pronuncia a bênção:
‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo
seja plenamente conservados irrepre-
ensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo’. Em 1 Coríntios 2.14 – 3.4,
232019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor
III – A MORDOMIA DO ESPÍRITO
1.AndandoemEspírito.Na mordo-
mia do espírito, o crente deve procurar
andar em Espírito, ou seja, na submissão
ao Espírito Santo. Diz o texto bíblico:
“Digo, porém: Andai em Espírito e não
cumprireis a concupiscência da carne”
(Gl 4.16). Andar em Espírito é viver em
obediência à direção do Espírito Santo
em todas as áreas da vida. Há uma luta
interiorentreacarneeoEspírito(Gl4.17),
mas uma vez guiados pelo Espírito Santo
nãoestamossobaescravidãodacarne(Gl
4.18). Portanto, “se vivemos no Espírito,
andemos também no Espírito” (Gl 5.25).
2. Frutificando no Espírito. Quando
o crente produz frutos dignos da vida
cristã, ele glorifica a Deus. Nosso Senhor
chamou-nos a dar “fruto” e escolheu-
-nos para permanecer dando fruto (Jo
15.9,16). Frutificar no Reino de Deus
é testemunhar Cristo com sua vida,
por meio de boas obras de amor que
mostram o caráter de Deus em você (Jo
15.16; Mt 5.16; Gl 5.22).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia do espírito está ampa-
radaemduasesferas:andarnoEspírito
e frutificar no Espírito.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Primeiroascoisasmaisimportantes
A intimidade da sala de estar que
Maria teve com Jesus nunca resultará da
agitação da cozinha de Marta. Agitação,
por si só, causa distração. Vemos em
Lucas 10.38 uma mulher com a virtude
da hospitalidade. Marta abriu sua casa
para Jesus, mas isso não significa que
ela automaticamente tenha aberto seu
coração. Em sua ânsia de servir a Jesus,
ela quase perdeu a oportunidade de
conhecê-lo.
Lucas nos diz que ‘Marta, porém,
andava distraída em muitos serviços’.
Em sua mente, ela se preocupava em
fazer o melhor. Tinha que fazer o má-
ximo por Jesus.
Podemos ser pegas pela mesma
cilada de desempenho, sentido que de-
vemosprovarnossoamoraDeusatravés
degrandesfeitos.Então,nosapressamos
em deixar a intimidade da sala de estar
para nos ocupar por Ele na cozinha – re-
alizando grandes ministérios e projetos
maravilhosos, no esforço de divulgar
as Boas Novas. Fazemos todo o nosso
trabalho em seu nome. Nós o chamamos
‘Senhor,Senhor’.Mas,nofim,seráqueEle
nos reconhecerá? Nós o conheceremos?
O reino de Deus, como você vê, é
um paradoxo. Enquanto o mundo aplau-
de as grandes façanhas. Deus deseja
comunhão. O mundo clama ‘Faça mais!
Seja tudo o que puder!’, mas nosso Pai
sussurra: ‘Aquietai-vos e sabei que eu
sou Deus’. Ele não procura tanto por
trabalhadores como procura por filhos
e filhas – um povo no qual possa fluir”
(WEAVER, Joanna A. Como ter o coração
de Maria no mundo de Marta: Fortalecen-
do a comunhão com Deus em uma vida
atarefada. Rio de Janeiro: CPAD, pp.9,10).
Paulo refere-se aos seres humanos como
sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3),
psuchikos (literalmente: ‘segundo a
alma’, 2.14) e pneumatikos(literalmente:
‘espiritual’, 2.15). Esses dois textos pa-
recem demonstrar de forma ostensiva
três componentes elementares. Vários
outros textos parecem distinguir alma e
espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)” (HORTON,
M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática:
Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, p.248).
24 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.37. Você encontrará mais subsídios
para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Mordomia da Alma e do Espírito”,
responda:
• Do ponto de vista teológico, que é a alma?
Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos.
• O que diferencia um crente espiritual do carnal?
O Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natu-
reza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (Gl 5.19-21).
• Cite as três teorias acerca da origem da alma.
Teoria da preexistência, Teoria criacionista e Teoria participativa.
• Como o homem e a mulher geram um novo ser?
Homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3).
• O que o crente deve procurar na mordomia do espírito?
Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja,
na direção e submissão do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
A mordomia da alma e do espírito,
juntamente com a do corpo, completa
a conservação integral do crente (1 Ts
5.23). Zelar pela nossa interioridade e
exterioridade diante de Deus é reco-
nhecer que o Pai quer dominar tudo
em nós e não somente partes de nossa
vida. Por isso, sinta-se encorajado a
expressar Cristo como seu Salvador.
Esteja nele! Seja santo! Para isso Deus
nos chamou.
SUGESTÃO DE LEITURA
Alma e Tempo. Ela, imortal e
ele, passageiro. Quais são os
conceitos de alma e tempo?
Tudo é vaidade! Será que é
mesmo? Leia e tenha uma di-
mensão do significado desta
afirmativa.
Estás ansiosa e fadigada com
muitas coisas, mas uma só é
necessária’... Descubra!
Reflexões
sobre a
Alma e o
Tempo
Eclesiastes
versículo
por versículo
Tendo um
espírito
como o de
Maria
2019 - Julho/Agosto/Setembro 25Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“Porém, se vos parece mal aos vossos
olhos servir ao Senhor, escolhei hoje
a quem sirvais: [...] porém eu e a mi-
nha casa serviremos ao Senhor.”
(Js 24.15)
A família é a primeira instituição
criada por Deus e, por isso, é a nossa
“primeira igreja”, pela qual devemos
amorosamente zelar.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 2.18
Deus não aprova a solidão
Terça – 1 Co 7.1,2
Monogamia e heterossexualidade:
o padrão de Deus para o
casamento
Quarta – Gn 12.3
Em Abraão, Deus abençoou todas
as famílias
Quinta – 1 Co 6.10
Os homossexuais não herdarão o
Reino de Deus
Sexta – 1 Tm 5.8
Quem não cuida da família é pior
que o infiel
Sábado – Ef 6.1-3
Filhos criados na doutrina e
admoestação do Senhor
AMordomiadaFamília
28 de Julho de 2019
Lição 4
Julho/Agosto/Setembro - 201926 Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Conscientizar os alunos de que a família é a primeira instituição e que, portanto,
devemos zelá-la amorosamente.
HINOS SUGERIDOS: 243, 432, 531 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Destacar a família no plano de Deus;
Explicar a mordomia da família;
Radiografar a família cristã sob ataque.
I
II
III
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 24.14,15; Efésios 5.22-25,28
Josué 24
14 - Agora, pois, temei ao Senhor, e
servi-o com sinceridade e com verdade, e
deitai fora os deuses aos quais serviram
vossos pais dalém do rio e no Egito, e
servi ao Senhor.
15 - Porém, se vos parece mal aos
vossos olhos servir ao Senhor, escolhei
hoje a quem sirvais: se os deuses a quem
serviram vossos pais, que estavam
dalém do rio, ou os deuses dos amor-
reus, em cuja terra habitais; porém eu
e a minha casa serviremos ao Senhor.
Efésios 5
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso
marido, como ao Senhor;
23 - porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça
da igreja, sendo ele próprio o salvador
do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja
está sujeita a Cristo, assim também
as mulheres sejam em tudo sujeitas
a seu marido.
25 - Vós, maridos, amai vossa mulher,
como também Cristo amou a igreja e a
si mesmo se entregou por ela,
28 - Assim devem os maridos amar a
sua própria mulher como a seu próprio
corpo. Quem ama a sua mulher ama-se
a si mesmo.
2019 - Julho/Agosto/Setembro 27Lições Bíblicas /Professor
COMENTÁRIO
O modelo tradicional da família está em sistemático ataque secular. É claro
o incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional
da família, como se fosse uma afronta valorizar o núcleo familiar constituído
de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido. A Palavra de
Deus nos ensina a valorizar a família, e mais: deixa clara a missão dos pais
em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Dt 6.1-9). É vontade de
Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la.
As infelizes exceções não podem subjugar um modelo instituído por Deus,
que está dando certo ao longo dos séculos.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
INTRODUÇÃO
Na presente lição, veremos que
a família é a base de nossa vivência.
Nela, nascemos, criamo-nos e dela
dependemos por toda a vida. Veremos
que todo esse processo é o plano de
Deus revelado desde o Gênesis.
Nas Escrituras, a família é tão
importante que o apóstolo
Paulo classifica de “pior que
o infiel” quem dela não cuida
(1 Tm 5.8). Assim, o propósito
desta lição é mostrar que o amor
de Deus pela humanidade faz com que
todas as famílias da terra sejam o alvo
de sua bênção (Gn 12.3).
I – A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS
1.Ainstituiçãodocasamento.Antes
de estabelecer a família, Deus instituiu
o casamento. O Senhor Jesus confirmou
essainstituiçãooriginalelegal,conforme
a Lei de Deus: “Não tendes lido que, no
princípio, o Criador os fez macho e fêmea
e disse: Portanto, deixará o homem pai e
mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois
numa só carne?” (Mt 19.4,5; cf. Gn 2.24).
Aqui está, de maneira clara, a origem do
casamentocomoinstituiçãodivinamente
estabelecida.
2. Origem da família. O livro de
Gênesis relata que a partir do homem e
da mulher, Deus estabeleceu a família:
“E Deus os abençoou e Deus lhes disse:
Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a
terra” (Gn 1.28). Essa instituição é tão
importante diante de Deus, que Ele
a criou antes do Estado e, até
mesmo, da Igreja. E foi a partir
de uma família que o Altíssimo
prometeu abençoar todas as
demais: “E abençoarei os que
te abençoarem e amaldiçoarei
os que te amaldiçoarem; e em
ti serão benditas todas as famílias da
terra” (Gn 12.3).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Deus estabeleceu o casamento e,
consequentemente, a família.
A família é a
primeira insti-
tuição criada
por Deus.
PONTO
CENTRAL
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
Inicie a aula de hoje, perguntando:
“Qual a origem da família?” Ouça as
respostas dos alunos. Estimule para
que eles participem a fim de obter
Julho/Agosto/Setembro - 201928 Lições Bíblicas /Professor
para o matrimônio. Por exemplo, a
Bíblia narra a história de Lameque,
filho de Metusael, que deu início à
prática da bigamia (Gn 4.19). Assim,
com o passar do tempo, a poligamia
também foi temporariamente aceita
na comunidade hebreia.
Quando o ser humano se rebela
contra a vontade monogâmica de Deus
quanto ao casamento, um abismo passa a
chamar outros abismos: incesto, homos-
sexualismo, pedofilia, zoofilia, necrofilia
e outras abominações semelhantes.
Diante de um quadro tão grotes-
co e estarrecedor, a Palavra de Deus
impõe-nos o padrão monogâmico,
heterossexual e indissolúvel como
a vontade original do Criador para o
matrimônio (1 Co 7.1,2).
1.2. O princípio da heterossexuali-
dade. Nas Escrituras, Deus definiu para o
casamento o princípio da união heteros-
sexual: um homem e uma mulher unidos
para sempre sob as bênçãos divinas.
Quando Gênesis 2.24 estabelece o
princípio monogâmico e heterossexual,
o texto identifica o homem que deixa
a casa do pai e da mãe, para unir-se à
sua mulher, tornando-se “ambos uma
só carne”. Ao lado da monogamia, a
heterossexualidade é o princípio ine-
gociável em qualquer tempo ou lugar.
Entretanto, cabe aqui uma advertência
bíblica e séria: esses dois princípios só
sustentam o casamento se forem vividos
sob a égide do verdadeiro e sacrifical
amor de ambos os cônjuges (Mt 22.37-
40; cf. Ef 5.22-25). Por isso, lute por
seu amor; ame o seu cônjuge; renove
os votos matrimoniais periodicamente.
2. A prioridade da família. A igreja
local deve incentivar a mordomia da
família de forma constante e efetiva.
O cristão precisa ter as prioridades cor-
retas da vida. Normalmente, há muitos
crentes e, até mesmo pastores, que
as respostas. Após ouvir as respostas
atenciosamente, dê uma resposta
unificada a partir da exposição do
tópico. Aproveite este texto para cor-
roborar a explicação: “O que é família?
A família não é um grupo de pessoas
rivais, alheias aos interesses umas
das outras. Em termos de unidade, é
o conjunto de todas as pessoas que
vivem sob o mesmo teto, proteção
ou dependência do dono da casa ou
chefe, que visam ao bem-estar do lar;
enfim que se comunicam, se amam e
se ajudam. Essa convivência exige o
uso e a aplicação de toda a capacidade
de viver em conjunto, a bem do per-
feito e contínuo ajustamento entre os
membros da família e destes para com
Deus. O convívio entre os familiares
indica o grau e o nível das relações com
o Pai e determina o curso do sucesso
na família.
Vale lembrar que a família foi cria-
da por Deus com elevados propósitos
em todos os sentidos da vida, inclusive
quanto ao número de filhos” (SOUZA,
Estevam Ângelo. ...e fez Deus a família:
O padrão divino para um lar feliz. Rio de
Janeiro: CPAD, 1999, p.30).
II – A MORDOMIA DA FAMÍLIA
1. Os princípios que regem o casa-
mento cristão. Há um manual de união
matrimonial: a Bíblia Sagrada. Nela,
encontramos princípios universais e
atemporais para o casamento.
1.1. O princípio da monogamia.
No plano original de Deus para o
casamento, o princípio da monoga-
mia está declarado assim: “Portanto,
deixará o homem seu pai e sua mãe, e
se unirá à sua mulher, e serão ambos
uma só carne” (Gn 2.24). Mas, infe-
lizmente, após a Queda, o homem
desviou-se do plano divino, e dis-
torceu as diretrizes básicas de Deus
2019 - Julho/Agosto/Setembro 29Lições Bíblicas /Professor
priorizam a seguinte ordem: a) Deus;
b) igreja; c) esposa; e d) filhos. Qual o
equívoco dessa ordem de prioridades?
Biblicamente, o crente deve prio-
rizar (1) Deus; (2) sua própria vida; (3)
seu cônjuge; (4) seus filhos; (5) e a igreja
local. Ora, alguém poderá indagar: Mas
a Bíblia não diz que devemos priorizar
o Reino de Deus? (Mt 6.33). Sim, é ver-
dade. Entretanto, dentro da economia
divina, há uma hierarquia muita clara
para que a mordomia com a família seja
plenamente atendida.
A Palavra de Deus diz que se al-
guém não cuida de sua família não se
encontra preparado para liderar a Igreja
de Cristo (1 Tm 3.4,5). É muito triste
quando o obreiro encontra-se empe-
nhado em ganhar outras famílias para
Cristo, mas perde sua própria casa por
falta de atenção, zelo e amor (1 Tm 5.8).
3. O relacionamento entre pais e
filhos. Na mordomia da família, alguns
cuidados devem ser tomados a fim de
que os filhos sejam criados na “doutrina
e admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
Eles são herança e galardão de Deus
(Sl 127.3). Como sacerdotes do lar, os
pais devem realizar o culto doméstico.
É muito importante priorizar esse mo-
mento para instruir os filhos na Palavra
de Deus. Além de zelo espiritual, os pais
devem ser exemplos de amor conjugal,
paternal e maternal.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os princípios que regem o casa-
mento cristão são o da monogamia
e da heteressexualidade.
pelos homens. O primeiro polígamo
da história foi Lameque (Gn 4.19). A
declaração bíblica ‘e apegar-se-á à sua
mulher’ (Gn 2.24) fala da monogamia,
isto é, o princípio do casamento de
um homem com uma única mulher e
vice-versa. [...] O Novo Testamento
restabeleceu o princípio monogâmico
original da criação (Mt 19.5; 1 Co 7.2;
1 Tm 3.2).
Jesus disse que, se uma mulher
casada for de outro homem, comete
adultério contra o seu marido, se ele
estiver vivo; e da mesma forma o ma-
rido, se for de outra mulher, comete
adultério contra a sua mulher, se ela
estiver viva (Mc 10.11,12). Jesus foi mais
profundo, cortando o mal pela raiz, pela
causa, e não pelo efeito. Ele declarou:
‘Ouvistes que foi dito aos antigos: Não
cometerás adultério. Eu porém, vos
digo que qualquer que atentar numa
mulher para a cobiçar já em seu coração
cometeu adultério com ela’ (Mt 5.27,28).
É verdade que nem sempre podemos
impedir que as aves pousem em nossa
cabeça, mas podemos impedir que ali
façam ninhos. Ninguém está livre de
ser sobressaltado por pensamentos
pecaminosos, mas qualquer cristão
pode perfeitamente impedir que es-
ses pensamentos sejam cultivados (Cl
3.1-5)” (SOARES, Esequias. Casamento,
Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. Rio de
Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-17).
III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE
1. O ataque do Estado materia-
lista. De um modo geral, os países são
governados por homens materialistas
e indiferentes ao bem comum. Muitos
governantes tornam-se agentes do
Diabo, visando a destruição da família
e da Igreja de Cristo.
Por essa razão, temos de usar estra-
tégias poderosas para vencer os ataques
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“A monogamia foi instituída pelo
Criador, porém a poligamia foi criada
Julho/Agosto/Setembro - 201930 Lições Bíblicas /Professor
do Maligno: a valorização da Palavra de
Deus no lar, o culto doméstico, a leitura
de boa e comprovada literatura cristã
e a constante vigilância e prática da
oração. Que a Palavra de Deus norteie
o nosso lar (Dt 11.18-21)!
2. O ataque da famigerada Ideo-
logia de Gênero. Engenheiros sociais
modernos trabalham pela descons-
trução da família criada por Deus. Karl
Marx, um dos teóricos fundadores da
doutrina comunista, disse que a família
deveria ser abolida.
Dessa forma, o Diabo usa a “fami-
gerada ideologia de gênero” para abolir
os princípios que Deus estabeleceu
para a família. Segundo essa diabólica
ideologia, ninguém nasce com sexo de-
terminado. A criança não nasce macho
nem fêmea, pois ela “se torna homem
ou mulher” por meio da construção
social. Assim, quem constrói o sexo
masculino e feminino é a sociedade.
Esse é o maior ataque aos princípios de
Deus para a família e para a identidade
natural da pessoa (Gn 1.27,28).
3. Um ataque a Deus e à ciência.
Ao ensinar que ninguém nasce “ho-
mem” ou “mulher”, os engenheiros
sociais procuram destruir a identidade
natural e biológica do ser humano. E
também ignoram por completo que
Deus criou o “homem” e a “mulher”
(Gn 1.26,27).
Essa teoria, além de ser um ata-
que frontal a Deus, também é uma
violência à Ciência. A Biologia define
uma pessoa masculina por causa de
seu aparelho reprodutor masculino.
Ou seja, há hormônios masculinos,
marcadores biológicos e cromosso-
mos igualmente masculinos. Assim
também dá-se em relação à mulher,
pois ela é definida por causa de seu
aparelho reprodutor feminino. Logo,
ela tem hormônios femininos, sua
SÍNTESE DO TÓPICO III
A família está sob ataque do estado
materialista e da ideologia de gênero.
genética possui os cromossomos XX
que marcam a identidade feminina.
Tais conhecimentos são elementares e
estão ao alcance de todos, facultando
à família cristã rebater seguramente
esse pensamento.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“COMO REALMENTE INFLUENCIAR
A SOCIEDADE
A esse respeito, criar filhos – não
a política, não a sala de aula, não o
laboratório, nem mesmo o púlpito – é
o lugar da maior influência. Supor o
contrário é ser cativo da ilusão secular
atrofiada. Devemos entender que é
através da família cristã que a graça de
Deus, uma visão de Deus, os erros do
mundo e um caráter cristão são mais
poderosamente transmitidos.
No Antigo Testamento, quando
Deus escolheu guiar o seu povo, a
Bíblia repetidamente indica que Ele
procurou uma pessoa (veja Is 50.2,10;
59.16; 63.5; Jr 5.1; Ez 22.30). Um único
indivíduo santificado pode fazer toda a
diferença neste mundo. Não devemos
sucumbir à matemática enganosa do
pensamento mundano, que considera
que a dedicação da vida de uma pessoa
a umas poucas pessoas que não são
amplamente conhecidas no mundo
(no caso, os membros de nossa família)
seja um desperdício escandaloso de
seu potencial. Pais, não abandonem o
seu lugar de influência. [...] Acredite”
(HUGHES, Barbara; Kent. Disciplinas da
Família Cristã. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, p.20).
2019 - Julho/Agosto/Setembro 31Lições Bíblicas /Professor
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.38. Você encontrará mais subsídios
para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Mordomia da Família”, responda:
• O que Deus instituiu antes da família?
Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento.
• O que o livro de Gênesis relata?
O livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher, Deus esta-
beleceu a família.
• Cite os dois princípios que regem o casamento cristão.
O princípio da monogamia e o princípio da heterossexualidade.
• Segundo a lição, qual a ordem de prioridade do crente?
(1) Deus; (2) crente; (3) cônjuge; (4) filhos; (5) igreja.
• Na mordomia da família cristã, quais estratégias poderosas devem
ser usadas pela família para vencer os ataques do mal?
A valorização da Palavra de Deus no lar; momentos devocionais em família,
principalmente, no culto doméstico; ler boas literaturas cristãs.
CONCLUSÃO
Só há uma maneira de preservar a
família da destruição espiritual e moral
dos tempos atuais: criando-a de acordo
comaLeideDeus.Noésalvousuafamília
da destruição porque a criou segundo a
Palavra de Deus (Gn 7.1). Josué também
tomouposiçãoaoladodeDeuscomasua
família. Diante dos desvios do povo, sua
declaraçãoésoleneeexemplar:“escolhei
hojeaquemsirvais:[...]porémeueaminha
casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
SUGESTÃO DE LEITURA
Ainda é possível manter a
família aos pés do Senhor!
Descubra como!
Este livro é um projeto que tem
por objetivo a restauração da li-
derança bíblica do homem no lar.
Este livro apresenta uma abor-
dagem consistente, criativa e
amável para criar os filhos.
Toda a
família
Seja o Líder
que Sua
Família
precisa
Disciplinas
da Família
Cristã
Julho/Agosto/Setembro - 201932 Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“Escrevo-te estas coisas [...] para que
saibas como convém andar na casa
de Deus, que é a igreja do Deus vivo,
a coluna e firmeza da verdade.”
(1 Tm 3.14,15)
O cristão deve valorizar a igreja local
como ambiente de adoração, comu-
nhão e serviço ao Reino de Deus.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 16.18
Jesus edifica a sua Igreja
Terça – At 12.5
Uma igreja de oração
Quarta – Rm 16.5
A igreja em casa
Quinta – 1 Co 4.17
Igreja, lugar de ensino
Sexta – 1 Co 14.12
Igreja, lugar de edificação
Sábado – Ef 1.22
Jesus, o Cabeça da Igreja
AMordomiadaIgrejaLocal
4 de Agosto de 2019
Lição 5
2019 - Julho/Agosto/Setembro 33Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a mordomia dos bens espirituais;
Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja;
Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja local.
I
II
III
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
HINOS SUGERIDOS: 53, 376, 530 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 9
31 - Assim, pois, as igrejas em toda a
Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz
e eram edificadas; e se multiplicavam,
andando no temor do Senhor e na
consolação do Espírito Santo.
1 Coríntios 1
1 - Paulo (chamado apóstolo de Jesus
Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão
Sóstenes,
2 - à igreja de Deus que está em Co-
rinto, aos santificados em Cristo Jesus,
chamados santos, com todos os que
em todo lugar invocam o nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor
deles e nosso.
Hebreus 10
24 - E consideremo-nos uns aos outros,
para nos estimularmos ao amor e às
boas obras, 
25 - não deixando a nossa congrega-
ção, como é costume de alguns; antes,
admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia.
Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25
Julho/Agosto/Setembro - 201934 Lições Bíblicas /Professor
Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma per-
gunta sempre é especial para o início de uma reflexão. A nossa, nesta lição, é
sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas “odiada” por outros.
Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas
mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos,
era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo
maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você
seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A igreja local é formada por pessoas
que se reúnem para adorar, congregar e
servir a Deus. Nesta lição, refletiremos
sobreasnossasresponsabilidadesquanto
ao lugar no qual desenvolvemos nossa
comunhãocomoPaiCelesteecomos
irmãos em Cristo. Que o Espírito
Santo nos guie neste estudo!
I – A MORDOMIA DOS
BENS ESPIRITUAIS
1. A mordomia e a valo-
rização da Palavra de Deus. Ao
longo dos séculos, Deus confiou a
proclamação de sua Palavra aos seus
seguidores. Há mais de 1490 anos antes
de Cristo, Deus falou com e por meio de
Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois,
falou por intermédio de outros profetas
a partir de Samuel até Malaquias. E, nos
últimos dias, revelou-se através de seu
Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1).
Hoje, pastores, evangelistas, dis-
cipuladores e professores da Escola
Dominical são os mordomos que cuidam
da evangelização e do discipulado nas
igrejas locais. Por isso, todos devem
zelar pela Palavra de Deus, lendo-a,
estudando-a em profundidade e real-
çando o seu inestimável e infinito valor.
Espera-se que, na liturgia do culto
cristão, a Palavra de Deus tenha a prima-
zia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o
ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a
prioridade. Se a mordomia da Palavra for
negligenciada, os prejuízos espirituais
da congregação serão grandes e, às
vezes, irremediáveis.
2. A mordomia na evan-
gelização e no discipulado.
Uma das melhores formas
de se exercer a mordomia da
Palavra de Deus é evangelizar
todos os tipos de pessoas (Mc
16.15,16). De acordo com essa
demanda, a Palavra de Deus deve ser
proclamada “a tempo e fora de tempo”
(2 Tm 4.2). Somente ela pode transfor-
mar o interior das pessoas.
Todavia, paralelo à evangelização,
deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt
28.19), que é a mordomia da Palavra
exercida de maneira pessoal no curto,
médio e longo prazos. Sem discipulado
não há aprofundamento da fé, perseve-
rança, fidelidade e maturidade cristã.
Isso é o que as estatísticas missionárias
revelam. Onde há real discipulado, a
maior parte das pessoas permanece em
Cristo. Mas, quando o discipulado é ig-
norado, esse dado cai vertiginosamente.
A igreja local
é um ambiente
de adoração,
comunhão e
serviço.
PONTO
CENTRAL
2019 - Julho/Agosto/Setembro 35Lições Bíblicas /Professor
SÍNTESE DO TÓPICO I
A mordomia dos bens espirituais
envolve a valorização da Palavra de
Deus, a evangelização, o discipulado
e o uso dos dons espirituais.
3. A mordomia no uso dos dons
espirituais. Os dons espirituais são
concedidos por Deus para dar poder e
unção à Igreja. Eles confirmam a pregação
da Palavra, a fim de glorificar a Cristo.
A Bíblia mostra que os dons espirituais
foram confiados unicamente à Igreja, ou
seja, aos salvos: “Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça
de Deus” (1 Pe 4.10 – grifo meu).
Na Bíblia há orientação para o uso
correto dos dons espirituais (1 Co 14.40).
Poressemotivo,certaspráticasestranhas
ao Movimento Pentecostal não devem
ser estimuladas nem toleradas no culto
público,taiscomomarchar,pular,rodopiar
ao som de batidas, correr de um lado para
outro, sapatear, fazer “aviõezinhos” etc.
Segundo a Bíblia, isso é meninice, ima-
turidade e, muitas vezes, revela apenas
carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1).
II – A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL
DA IGREJA
1. A assistência social no Antigo
Testamento. No Antigo Testamento,
encontramos o fundamento para a obra
de assistência social:
1.1. Nos salmos. Davi, homem de
Deus, analisando a situação do próximo,
afirmou: “Fui moço, e agora sou velho,
mas nunca vi desamparado o justo, nem
a sua descendência a mendigar o pão”
(Sl 37.25). Certamente, já com idade
avançada, o salmista podia concluir que
o “Jeová Jiré” não desampara jamais
aqueles que o servem (Sl 82.3,4).
1.2. Nos provérbios. O sábio escre-
veu: “Informa-se o justo da causa do
pobre, mas o ímpio não compreende
isso” (Pv 29.7). O texto mostra que não
podemos nos omitir quanto à necessi-
dade de nossos irmãos.
1.3. Nos profetas. Isaías, o profeta
messiânico, clamou pelos necessitados
(Is 1.17). Jeremias, o “profeta das lágri-
mas”, falou em defesa dos oprimidos (Jr
22.3). O profeta Ezequiel não deixou de
contribuir, protestando contra Jerusalém,
pela sua omissão em atender aos pobres
(Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de
igual modo para exortar sobre o cuidado
com os necessitados, incluindo órfãos,
viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10).
2. Assistência social no Novo Tes-
tamento. Aqui também encontramos
fundamentos para a obra de assistência
social:
a classe pense com seriedade acerca
dessa disciplina indispensável ao crente.
O que permeia essas perguntas é encon-
trado na vida de muitos cristãos santos
que gastaram suas vidas para ler a Bíblia,
orar, evangelizar, discipular, exercer os
dons espirituais: mordomia espiritual.
Assim, estimule seus alunos a seguir os
exemplos desses servos abnegados.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
Quantos minutos você gasta por
dia para ler a Bíblia e orar? Quantas
vezes na semana você evangeliza uma
pessoa? Você acompanha algum novo
convertido na sua igreja local? Você
se preocupa com o exercício dos dons
espirituais na sua igreja? Você tem
algum dom espiritual?
Essas são algumas perguntas que
sugerimos para o início da exposição
deste primeiro tópico. A ideia é que
Julho/Agosto/Setembro - 201936 Lições Bíblicas /Professor
2.1. Nos Evangelhos. Jesus, em seu
ministério, multiplicou pães e peixes
duas vezes para alimentar as multidões
(Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica
que Jesus deu muita importância à
necessidade de socorrer os famintos.
Assim, na igreja local, os cristãos têm
o privilégio de prover o alimento ne-
cessário para aqueles que necessitam
do pão cotidiano.
2.2. Nos Atos dos Apóstolos. Os diá-
conos foram escolhidos para cuidar da
assistência social da igreja. Tal trabalho
foi considerado pelos apóstolos um
“importante negócio” (At 6.1-6). Dentre
as características da Igreja Primitiva,
vemos que os crentes “tinham tudo
em comum” (At 2.44,45).
2.3. Nas Epístolas. O apóstolo Paulo,
ensinando sobre os dons, dá ênfase
ao ministério de socorro aos pobres e
carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago,
de início, em sua carta, já afirma que a
verdadeira religião é visitar os órfãos e
as viúvas e guardar-se da corrupção (Tg
1.27), pois “a fé sem as obras é morta
em si mesma” (Tg 2.17).
3. Agindo para glória de Deus e
o alívio do próximo. Não precisamos,
portanto, do Socialismo, ou do Marxis-
mo, ou da Teologia da Libertação (braço
auxiliar do marxismo que dessacraliza
o evangelho e politiza o Reino de Deus)
para acolher e cuidar dos necessitados.
Os representantes dessas ideologias
usam um ideal supostamente nobre para
escravizar pessoas e perpetuarem-se no
SÍNTESE DO TÓPICO II
A ação social no Antigo Testamen-
to tem base nos livros dos Salmos,
Provérbios e profetas; no Novo, nos
evangelhos, nos Atos dos Apóstolos
e nas epístolas.
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Diakonia (‘Serviço’, ‘ministério’).
São os esforços no serviço a Cristo que
continuam o ministério encarnacional
que realizou e que nos ajuda a realizar.
O caráter desse ministério é servir;
não imita o padrão da autoridade ou
do propósito que este mundo impõe.
A essência do ministério tem sido
exemplificada por Cristo de uma vez
para sempre (Mc 10.45) e, como conse-
quência, servimos a Cristo por meio de
servir à criação que está debaixo do
seu senhorio.
poder. Infelizmente, o nosso país, bem
como toda a América Latina, é vítima
dessa ideologia nefasta.
O fundamento da igreja local para
a prática social está nos salmistas, nos
profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou
seja, em toda a Bíblia. A Igreja de Cristo
deve socorrer os menos favorecidos
porque o amor de Deus está em nós,
e, portanto, devemos amar o nosso
semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10).
Que estrutura as igrejas locais têm
para atender os novos convertidos que
se acham entre certos grupos: prostitu-
tas, moradores de rua, drogados, famin-
tos, deficientes e deprimidos? É preciso,
à luz do exemplo do nosso Salvador, e
dentro das nossas possibilidades (Ec
9.10), estruturar o mínimo de condições
para resgatar tais segmentos. Sejamos
zelosos na mordomia da ação social!
	 O fundamento da igreja local
para a prática social está nos salmistas,
nos profetas, em Cristo e nos apóstolos,
ou seja, em toda a Bíblia.
2019 - Julho/Agosto/Setembro 37Lições Bíblicas /Professor
SÍNTESE DO TÓPICO III
A mordomia dos crentes na igreja
local leva em conta a necessidade de
congregar,oslíderesetambémosmem-
broscomomordomosdoReinodeDeus.
2. Líderes cristãos como mordo-
mos. Os pastores das igrejas locais,
como mordomos cristãos, têm grande
responsabilidade diante de Deus pe-
las almas que lhe são confiadas. Essa
responsabilidade está amparada no
próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor
ensina-nos como cuidar das almas que
o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos
discípulos, e ensinou: “Entendeis o que
vos tenho feito? [...] Porque  eu vos dei
o exemplo, para que, como eu vos fiz,
façais vós também” (Jo 13.12,15 – grifo
meu). Aqui, está claro que nenhum líder
deve comportar-se como “maior que
os outros”, inacessíveis aos humildes
servos do Senhor, mas todos devem
fazer parte da “irmandade da bacia e
da toalha”. Essa perspectiva consciente
da liderança evangélica é o mais eficaz
antídoto contra o orgulho.
3. A mordomia dos membros e
congregados. Numa igreja local, além
dos líderes terem uma responsabilida-
de específica, o membro do Corpo de
Cristo deve ser útil à Obra do Senhor,
exercendo a mordomia do Reino de Deus
conforme a sua capacidade. Orando,
louvando, testemunhando, evangeli-
zando, visitando enfermos e afastados,
liderando departamentos e realizando
outras atividades. É preciso trabalhar
“enquanto é dia” (Jo 9.4).
III – A MORDOMIA DOS CRENTES NA
IGREJA LOCAL
1. Em primeiro lugar é preciso
congregar. É notório o crescimento
dos “desigrejados”. Não temos espaço
aqui para entrar em detalhes sobre o
fenômeno. Entretanto, um dos maiores
perigos deste movimento é esta falsa
ideia: já que a “igreja sou eu”, não
preciso frequentar os cultos regulares,
nem ser membro de uma igreja local.
Ora, não é isso o que a Bíblia ensi-
na, mas exatamente o contrário: “não
deixando a nossa congregação, como
é costume de alguns” (Hb 10.25). Quer
sua igreja local seja grande, quer seja
pequena, ou um ponto de pregação, ale-
gre-se em orar com os irmãos, participar
da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de
Deus, compartilhar os dons espirituais
e assistir aos mais necessitados. Tenha
a alegria de congregar! Ame a Cristo,
o cabeça; mas ame também a Igreja, o
seu corpo.
A dimensão de serviço no minis-
tério leva-nos, além de divulgar as
boas-novas com denodo e coragem,
a participar do desejo de Deus que é
alcançar de modo prático os margina-
lizados da sociedade. As pessoas que
não têm ninguém para pleitear a sua
causa, e que se encontram desconside-
radas e abandonadas, também foram
criadas à imagem de Deus. A Igreja,
revestida pelo poder do Espírito, terá
de passar das palavras para ações se
quer ver realizados os propósitos de
Deus. Não poderá haver maneira de
fugir deste fato: se vamos realmente
servir no ministério continuado de
Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir
o exemplo do seu ministério” (HORTON,
M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática:
Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, p.604).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“HáváriaspassagensnoNovoTesta-
mentonasquaispodemosverumadescri-
Julho/Agosto/Setembro - 201938 Lições Bíblicas /Professor
CONCLUSÃO
A mordomia na igreja local abrange
muitas tarefas. Precisamos saber a nossa
vocação e perseverar nela para servir
melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um
grande privilégio servir a Deus com os
dons que Ele nos deu. Portanto, seja um
mordomo fiel na igreja em que você
congrega. Ame a Deus, ame ao próximo,
ame à igreja e congregue com alegria.
Valorize a igreja local.
çãoclaradoquesignificasermembroda
igreja. Uma das seções mais volumosas
está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Corín-
tios12,Pauloexplicaametáforadaigreja
como um corpo com muitos membros.
Em1Coríntios13,eleestabeleceoamor
comoaatitudeeaaçãocentraisquetodos
os membros devem ter. E em 1 Coríntios
14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja
visãoarespeitodoconceitodemembresia
está equivocada.
Alguns líderes e membros da
igreja entendem o conceito de
membresia como um conceito organi-
zacional ou ligado à administração.
Por isso, eles refutam a ideia de que
sua visão seja antibíblica. Contudo,
o conceito de membresia é extre-
mamente bíblico. A Bíblia explica
‘membros’ de um modo diferente da
cultura secular. Por exemplo, obser-
ve o termo em 1 Coríntios 12.27,28:
PARA REFLETIR
A respeito de “A Mordomia da Igreja Local”,
responda:
• Quem são os mordomos da Palavra de Deus, hoje?
Pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical.
• Qual a melhor maneira de se exercer a mordomia da Palavra de Deus?
Uma das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de Deus é
evangelizar todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16).
• A quem foi confiada a grande mordomia dos dons espirituais?
A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja
de Cristo, ou seja, aos salvos.
• Em que está o fundamento para a nossa prática social?
O nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas,
em Cristo e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia.
• Que grande lição Jesus deu aos apóstolos sobre a humildade?
Ele lavou os pés dos discípulos de maneira humilde.
‘Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus
membros em particular. E a uns pôs
Deus na igreja...’.
Você percebe a diferença? Os
membros de uma igreja compõem o
todo e são partes essenciais do todo
[...]” (RAINER, Thom S. Eu Sou Membro
de Igreja: Descobrindo a atitude que
faz a diferença. Rio de Janeiro: CPAD,
2018, p.25).
2019 - Julho/Agosto/Setembro 39Lições Bíblicas /Professor
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.38. Você encontrará mais subsídios
para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.
SUGESTÃO DE LEITURA
Aprenda técnicas de comu-
nicação com pastor e autor
best-seller, Charles Swindoll.
Se você é líder cristão que ama
o trabalho de Deus, então essa
obra foi desenvolvida para você.
De todos os dons espirituais,
um dos que devemos buscar
mais é o discernimento.
Falando
Bem - Toque
Pessoas
com Suas
Palavras
Desenvolva
Suas Habi-
lidades de
Liderança
Cristianismo
Equilibrado
ANOTAÇÕESDOPROFESSOR
Julho/Agosto/Setembro - 201940 Lições Bíblicas /Professor
Verdade Prática
“Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade, porque o Pai
procura a tais que assim o adorem.”
(Jo 4.23)
Deus procura os verdadeiros adora-
dores, e não as celebridades.
Texto Áureo
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 2.11
Os magos prostraram-se diante de
Jesus
Terça – Jo 4.20-24
O Pai busca os verdadeiros
adoradores
Quarta – Rm 12.1
O culto racional
Quinta – 1 Co 6.20
Glorificando a Deus no corpo e no
espírito
Sexta – Sl 96.9
Adorando na beleza da santidade
Sábado – Mt 26.39
Jesus prostrou-se em oração diante
do Pai
AMordomiadaAdoração
11 de Agosto de 2019
Lição 6
2019 - Julho/Agosto/Setembro 41Lições Bíblicas /Professor
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus procura os verdadeiros adoradores.
HINOS SUGERIDOS: 51, 124, 533 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar a palavra Adoração;
Explicar como adorar a Deus;
Pontuar gestos e atitudes na adoração a Deus.
I
II
III
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
19 - Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo
que és profeta.
20 - Nossos pais adoraram neste monte,
e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar
onde se deve adorar.
21 - Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me
que a hora vem em que nem neste
monte nem em Jerusalém adorareis
o Pai.
22 - Vós adorais o que não sabeis;
nós adoramos o que sabemos porque
a salvação vem dos judeus.
23 - Mas a hora vem, e agora é, em que
os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade, porque o
Pai procura a tais que assim o adorem.
24 - Deus é Espírito, e importa que os
que o adoram o adorem em espírito e
em verdade.
25 - A mulher disse-lhe: Eu sei que o
Messias (que se chama o Cristo) vem;
quando ele vier, nos anunciará tudo.
26 - esus disse-lhe: Eu o sou, eu que
falo contigo.
João 4.19-26
Julho/Agosto/Setembro - 201942 Lições Bíblicas /Professor
O culto a Deus é o momento em que Ele se encontra com o seu povo. Esse
conceito tem fundamento no Antigo Testamento e é aprofundado por Jesus no
Novo Testamento. Aqui, a verdadeira adoração a Deus se realiza “em espírito e
em verdade”. Assim, a adoração ao Pai está centrada na pessoa bendita de Jesus
Cristo. Nesse sentido, não é o ritualismo ou o simbolismo que pauta a adoração,
mas a pessoa de Jesus. Ele é o centro. Ele é o tudo. Ele é o nosso salvador!
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No Antigo Testamento só se podia
oferecer culto no Tabernáculo ou no
Templo. No Novo, e do ponto de vista
espiritual, Jesus Cristo aprofundou o
sentido de adoração, conforme a nar-
rativa do evangelista declara: “Mas
a hora vem, e agora é, em que
os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito
e em verdade, porque o Pai
procura a tais que assim o
adorem” (Jo 4.23). Nesta
lição, veremos que, diferente
do Antigo Testamento, a mordo-
mia da adoração no Novo se realiza
“em espírito e em verdade”. Assim, a
adoração não está mais centrada no
ritualismo ou no simbolismo da Antiga
Aliança, mas em Cristo.
I – O QUE É ADORAÇÃO
Adoração vem do latim Adoratio-
nem. No sentido etimológico significa
“culto ou veneração que se presta a uma
divindade”. Para o cristão, adoração é
a veneração elevada que se presta ao
Deus Único, que subsiste em três pes-
soas distintas na Santíssima Trindade:
Pai, Filho e Espírito Santo.
1. No Antigo Testamento. No An-
tigo Testamento, a palavra hebraica
shaha ocorre mais de 100 vezes, e sig-
nifica “curvar-se diante” ou “prostrar-se
diante” de Deus. Há ainda a palavra
abad, que traz os sentidos de “adorar”,
“trabalhar” ou “servir” a Deus (cf. 2
Rs 10.18-23). Essa é a perspectiva de
adoração da Antiga Aliança. O livro do
Êxodo revela que Deus mandou Moisés,
Arão, Nadabe e Abiú, e os setenta
anciãos, subirem ao monte e
inclinarem-se de longe como
sinal de reverência e adoração
ao Eterno (24.1).
2. No Novo Testamento.
O Novo Testamento registra
o verbo grego proskuneo 59
vezes. Ela significa “prostrar-se”
ou “adorar” ou “prestar homenagem a
alguém” ou “venerar” ou “ser reverente”
ou “beijar a mão”. Há também o verbo
(prosekúnesa), que passou a significar
“prostrar-se como sinal de reverência”,
“prestar homenagem”. Nesse sentido,
a narrativa da adoração dos magos a
Jesus fundamenta a perspectiva de
adoração da Nova Aliança (Mt 2.2,11).
3.Outraspalavrasrelativasaadora-
ção.NoNovoTestamento,apalavragrega
latreía emprega o sentido de “serviço”
de adoração no culto (Êx 12.25,26; Hb
8.5; 9.9; 13.10). Dessa palavra vem o
termo idolatria, ou adoração a ídolos,
práticacondenadaporDeus.Hátambém
apalavraleitourgia,ouliturgia,quesigni-
ficavaserviçoprestadoemfavordopovo.
Deus procura os
verdadeiros adora-
dores, e não as
celebridades.
PONTO
CENTRAL
2019 - Julho/Agosto/Setembro 43Lições Bíblicas /Professor
SÍNTESE DO TÓPICO I
Com base no Antigo e no Novo
Testamento, a adoração é a veneração
elevada que se presta ao Deus único
e Criador.
Atualmente,apalavraliturgiarefere-seà
forma de organização do culto e seu de-
senvolvimento.Cadadenominaçãocristã
tem uma “liturgia” em que a adoração a
Deussedestacacomoaessênciadoculto.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-
-PEDAGÓGICO
Esse tópico tem o objetivo de
explicar o conceito da palavra “adora-
ção”. Para lhe ajudar nesse propósito,
sugerimos que leve em conta, quando da
preparação de sua aula, o seguinte texto:
“O propósito da adoração é estabelecer
ou dar expressão a um relacionamento
entre a criatura e a divindade. A adora-
ção é praticada prestando-se reverência
e homenagem religiosa a Deus (ou a um
deus) em pensamento, sentimento ou
ato, com ou sem a ajuda de símbolos
e ritos. [...] A adoração pura expressa a
veneração sem fazer alguma petição, e
pressupõe a auto-renúncia e a entrega
sacrificial a Deus. Estritamente falando,
a adoração é a ocupação da alma com o
próprio Deus, e não inclui a oração por
necessidades e ação de graças pelas
bênçãos” (Dicionário Biblico Wycliffe.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.31).
II – COMO ADORAR A DEUS
1.“Emespíritoeemverdade”.Após
ouvir de modo atencioso e reverente a
palavra de Jesus, a mulher samaritana
ficou impressionada e o reconheceu
como profeta (Jo 4.19). Nosso Senhor
declarou duas coisas importantes sobre
a verdadeira adoração. Primeiro, onde se
deve adorar a Deus; em segundo lugar,
como se deve adorá-Lo.
1.1. Onde adorar a Deus? Para a
mulher samaritana o lugar correto
de adoração era o monte de Samaria.
Mas para os judeus, era Jerusalém.
Entretanto, nosso Senhor revelou cla-
ramente que chegaria um tempo em
que o essencial da adoração não seria
o lugar geográfico, pois “os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade, porque o Pai procura a tais
que assim o adorem. Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o adorem
em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).
1.2. A atitude do adorador. Além
de adorar “em espírito”, o cristão deve
adorar “em verdade” (Jo 4.24). Nem
todo hino ou cântico ou apresentação
musical é adoração a Deus. Atualmente,
a partir da influência do chamado “mo-
vimento gospel”, as músicas têm sido
usadas de forma a exaltar “artistas” ou
“levitas”. Isso é uma visão deturpada
da adoração. Multidões se ajuntam
em templos, estádios ou praças, para
assistirem “shows gospel”, onde a hu-
mildade e a contrição estão longe do
propósito original da adoração. Ora, a
verdadeira adoração é “em espírito e
em verdade”, e para a glória de Deus.
Somente Ele é o centro da adoração!
2. Com o “culto racional”. Paulo
escreveu aos cristãos de Roma acerca de
apresentarmo-nos a Deus em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o
nosso culto racional (Rm 12.1). O culto
racional significa cultuar a Deus “com
razão de ser”, motivados espiritual-
mente, portadores de uma sinceridade
profunda: “glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo e no vosso espírito, os
quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20).
O objetivo do culto racional é este:
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos
A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pecado
PecadoPecado
PecadoUEPB
 
Lição 10 - O Processo da Salvação
Lição 10 - O Processo da SalvaçãoLição 10 - O Processo da Salvação
Lição 10 - O Processo da SalvaçãoÉder Tomé
 
Teologia sistemática ii
Teologia sistemática iiTeologia sistemática ii
Teologia sistemática iissuser2f0b10
 
Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Luciana Lisboa
 
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser Suestimada
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser SuestimadaLição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser Suestimada
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser SuestimadaÉder Tomé
 
O Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaO Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaMárcio Martins
 
10 periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno
10  periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno10  periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno
10 periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retornoPIB Penha
 
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem SuperiorLição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem SuperiorÉder Tomé
 
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasLição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasÉder Tomé
 
Soteriologia - Doutrina da Salvação
Soteriologia - Doutrina da SalvaçãoSoteriologia - Doutrina da Salvação
Soteriologia - Doutrina da SalvaçãoRODRIGO FERREIRA
 

Mais procurados (20)

ESPÍRITO SANTO
ESPÍRITO SANTOESPÍRITO SANTO
ESPÍRITO SANTO
 
Apocalipse
ApocalipseApocalipse
Apocalipse
 
Pecado
PecadoPecado
Pecado
 
Panorama do NT - 1Pedro
Panorama do NT - 1PedroPanorama do NT - 1Pedro
Panorama do NT - 1Pedro
 
Agrande tribulação 4
Agrande tribulação 4Agrande tribulação 4
Agrande tribulação 4
 
Lição 10 - O Processo da Salvação
Lição 10 - O Processo da SalvaçãoLição 10 - O Processo da Salvação
Lição 10 - O Processo da Salvação
 
O tribunal de cristo
O tribunal de cristoO tribunal de cristo
O tribunal de cristo
 
Teologia sistemática ii
Teologia sistemática iiTeologia sistemática ii
Teologia sistemática ii
 
Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1Introdução à Teologia Sistemática 1
Introdução à Teologia Sistemática 1
 
Panorama do NT - Judas
Panorama do NT - JudasPanorama do NT - Judas
Panorama do NT - Judas
 
Estudo biblico 22
Estudo biblico 22Estudo biblico 22
Estudo biblico 22
 
A necessidade de um novo nascimento
A necessidade de um novo nascimentoA necessidade de um novo nascimento
A necessidade de um novo nascimento
 
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser Suestimada
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser SuestimadaLição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser Suestimada
Lição 1 – Batalha Espiritual – A Realidade não Pode ser Suestimada
 
O Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da IgrejaO Arrebatamento da Igreja
O Arrebatamento da Igreja
 
10 periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno
10  periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno10  periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno
10 periodo do cativeiro de israel, da queda de juda e seu retorno
 
Aula 2 1 Coríntios
Aula 2   1 CoríntiosAula 2   1 Coríntios
Aula 2 1 Coríntios
 
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem SuperiorLição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
Lição 7 - Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior
 
Cristologia aula01
Cristologia aula01Cristologia aula01
Cristologia aula01
 
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretasLição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
Lição 6 - O temor a Deus e as atitudes corretas
 
Soteriologia - Doutrina da Salvação
Soteriologia - Doutrina da SalvaçãoSoteriologia - Doutrina da Salvação
Soteriologia - Doutrina da Salvação
 

Semelhante a A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos

Revista biblica 1 trim-2020
Revista biblica   1 trim-2020Revista biblica   1 trim-2020
Revista biblica 1 trim-2020Vilma Longuini
 
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020Hamilton Souza
 
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã Éder Tomé
 
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1Gelsia Vítor
 
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia CristãLição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia CristãHamilton Souza
 
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpad
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpadSubsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpad
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpadVilma Longuini
 
Slide licao 1 3 t - 2019 - cpad
Slide licao 1   3 t - 2019 - cpadSlide licao 1   3 t - 2019 - cpad
Slide licao 1 3 t - 2019 - cpadVilma Longuini
 
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Anderson Silva
 
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxMATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxPastorFabricioPires
 
Doutrina da mordomia cristã
Doutrina da mordomia cristãDoutrina da mordomia cristã
Doutrina da mordomia cristãGeversom Sousa
 
Licao 8 3 t - 2019 - a mordomia do tempo
Licao 8   3 t - 2019 - a mordomia do tempoLicao 8   3 t - 2019 - a mordomia do tempo
Licao 8 3 t - 2019 - a mordomia do tempoVilma Longuini
 
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.Carlos Alberto Monteiro
 
Epístolas paulinas e gerais
Epístolas paulinas e geraisEpístolas paulinas e gerais
Epístolas paulinas e geraisDeuzenirACarneiro
 
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017Marcio de Medeiros
 
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a Ele
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a EleLição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a Ele
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a EleÉder Tomé
 
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017Revista adulto de professor 3 trimestre 2017
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017Hamilton Souza
 
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017Andrew Guimarães
 

Semelhante a A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos (20)

Revista biblica 1 trim-2020
Revista biblica   1 trim-2020Revista biblica   1 trim-2020
Revista biblica 1 trim-2020
 
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos - 1º Trimestre de 2020
 
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
 
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1
Iap peq grupo_sobcontrole_livreto_site-1
 
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia CristãLição 1 - O que é Mordomia Cristã
Lição 1 - O que é Mordomia Cristã
 
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpad
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpadSubsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpad
Subsidio 3 trimestre li c ao adulto - cpad
 
Slide licao 1 3 t - 2019 - cpad
Slide licao 1   3 t - 2019 - cpadSlide licao 1   3 t - 2019 - cpad
Slide licao 1 3 t - 2019 - cpad
 
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
Subsídios das Lições Bíblicas EBD - 4º Trimestre de 2013
 
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxMATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
 
Doutrina da mordomia cristã
Doutrina da mordomia cristãDoutrina da mordomia cristã
Doutrina da mordomia cristã
 
Mordomia cristã
Mordomia cristãMordomia cristã
Mordomia cristã
 
Licao 8 3 t - 2019 - a mordomia do tempo
Licao 8   3 t - 2019 - a mordomia do tempoLicao 8   3 t - 2019 - a mordomia do tempo
Licao 8 3 t - 2019 - a mordomia do tempo
 
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.
G12 Estudos e Reflexoes sobre o movimento.
 
Epístolas paulinas e gerais
Epístolas paulinas e geraisEpístolas paulinas e gerais
Epístolas paulinas e gerais
 
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017
Revista adulto-de-professor-3º-trimestre-2017
 
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a Ele
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a EleLição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a Ele
Lição 2 - Deus cuida dos que se dedicam a Ele
 
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017Revista adulto de professor 3 trimestre 2017
Revista adulto de professor 3 trimestre 2017
 
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017
Revista adulto de professor 3ºtrimestre 2017
 
Revista adulto de professor 3º trimestre 2017.
Revista adulto de professor 3º trimestre 2017.Revista adulto de professor 3º trimestre 2017.
Revista adulto de professor 3º trimestre 2017.
 
Lição 2 o propósito do curso
Lição 2   o propósito do cursoLição 2   o propósito do curso
Lição 2 o propósito do curso
 

Mais de Hamilton Souza

jogos de estafetas.pdf
jogos de estafetas.pdfjogos de estafetas.pdf
jogos de estafetas.pdfHamilton Souza
 
saude em movimento.ppt
saude em movimento.pptsaude em movimento.ppt
saude em movimento.pptHamilton Souza
 
Lição 11: O HOMEM DO PECADO
Lição 11: O HOMEM DO PECADOLição 11: O HOMEM DO PECADO
Lição 11: O HOMEM DO PECADOHamilton Souza
 
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANA
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANALição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANA
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANAHamilton Souza
 
Lição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo
Lição 9 - O Primeiro Projeto de GlobalismoLição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo
Lição 9 - O Primeiro Projeto de GlobalismoHamilton Souza
 
Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana
 Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana
Lição 8 - O Inicio da Civilização HumanaHamilton Souza
 
Lição 7 - A Queda do Ser Humano
Lição 7 - A Queda do Ser HumanoLição 7 - A Queda do Ser Humano
Lição 7 - A Queda do Ser HumanoHamilton Souza
 
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoLição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoHamilton Souza
 
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANO
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANOLição 3: A NATUREZA DO SER HUMANO
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANOHamilton Souza
 
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira Mulher
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira MulherLição 2: A Criação de Eva, a Primeira Mulher
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira MulherHamilton Souza
 
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEM
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEMLição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEM
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEMHamilton Souza
 
Lição 13: A VELHICE DE DAVI
Lição 13: A VELHICE DE DAVI Lição 13: A VELHICE DE DAVI
Lição 13: A VELHICE DE DAVI Hamilton Souza
 
Lição 12 - A Rebelião de Absalão
Lição 12 - A Rebelião de AbsalãoLição 12 - A Rebelião de Absalão
Lição 12 - A Rebelião de AbsalãoHamilton Souza
 
Lição 11 - As Consequências do Pecado de Davi
Lição 11 - As Consequências do Pecado de DaviLição 11 - As Consequências do Pecado de Davi
Lição 11 - As Consequências do Pecado de DaviHamilton Souza
 
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de DeusLição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de DeusHamilton Souza
 
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVI
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVILIÇÃO 9: O REINADO DE DAVI
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVIHamilton Souza
 
Lição 8 - O Exílio de Davi
Lição 8 - O Exílio de DaviLição 8 - O Exílio de Davi
Lição 8 - O Exílio de DaviHamilton Souza
 
Lição 7: DAVI É UNGIDO REI
Lição 7: DAVI É UNGIDO REILição 7: DAVI É UNGIDO REI
Lição 7: DAVI É UNGIDO REIHamilton Souza
 
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em IsraelLição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em IsraelHamilton Souza
 
Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal
 Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal
Lição 4 - A Degeneração da Liderança SacerdotalHamilton Souza
 

Mais de Hamilton Souza (20)

jogos de estafetas.pdf
jogos de estafetas.pdfjogos de estafetas.pdf
jogos de estafetas.pdf
 
saude em movimento.ppt
saude em movimento.pptsaude em movimento.ppt
saude em movimento.ppt
 
Lição 11: O HOMEM DO PECADO
Lição 11: O HOMEM DO PECADOLição 11: O HOMEM DO PECADO
Lição 11: O HOMEM DO PECADO
 
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANA
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANALição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANA
Lição 10: SÓ O EVANGELHO MUDA A CULTURA HUMANA
 
Lição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo
Lição 9 - O Primeiro Projeto de GlobalismoLição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo
Lição 9 - O Primeiro Projeto de Globalismo
 
Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana
 Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana
Lição 8 - O Inicio da Civilização Humana
 
Lição 7 - A Queda do Ser Humano
Lição 7 - A Queda do Ser HumanoLição 7 - A Queda do Ser Humano
Lição 7 - A Queda do Ser Humano
 
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser HumanoLição 4 - Atributos do Ser Humano
Lição 4 - Atributos do Ser Humano
 
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANO
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANOLição 3: A NATUREZA DO SER HUMANO
Lição 3: A NATUREZA DO SER HUMANO
 
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira Mulher
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira MulherLição 2: A Criação de Eva, a Primeira Mulher
Lição 2: A Criação de Eva, a Primeira Mulher
 
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEM
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEMLição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEM
Lição 1: ADÃO, O PRIMEIRO HOMEM
 
Lição 13: A VELHICE DE DAVI
Lição 13: A VELHICE DE DAVI Lição 13: A VELHICE DE DAVI
Lição 13: A VELHICE DE DAVI
 
Lição 12 - A Rebelião de Absalão
Lição 12 - A Rebelião de AbsalãoLição 12 - A Rebelião de Absalão
Lição 12 - A Rebelião de Absalão
 
Lição 11 - As Consequências do Pecado de Davi
Lição 11 - As Consequências do Pecado de DaviLição 11 - As Consequências do Pecado de Davi
Lição 11 - As Consequências do Pecado de Davi
 
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de DeusLição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
Lição 10 - Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
 
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVI
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVILIÇÃO 9: O REINADO DE DAVI
LIÇÃO 9: O REINADO DE DAVI
 
Lição 8 - O Exílio de Davi
Lição 8 - O Exílio de DaviLição 8 - O Exílio de Davi
Lição 8 - O Exílio de Davi
 
Lição 7: DAVI É UNGIDO REI
Lição 7: DAVI É UNGIDO REILição 7: DAVI É UNGIDO REI
Lição 7: DAVI É UNGIDO REI
 
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em IsraelLição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel
Lição 5 - A Instituição da Monarquia em Israel
 
Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal
 Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal
Lição 4 - A Degeneração da Liderança Sacerdotal
 

Último

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1Michycau1
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxFranciely Carvalho
 

Último (20)

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
 

A Mordomia Cristã: Tempo, Bens e Talentos

  • 1. 3º Trimestre de 2019 Adultos ISSN 2358-811-X Professor cpad.com.br
  • 2. Qual a importância da didática na Escola Dominical? A palavra didática vem do grego didaktiké e significa arte de ensi- nar. É uma disciplina pedagógica de caráter prático e normativo, que tem por objetivo específico a técnica do ensino, isto é, a técnica de incentivar e orientar eficazmente os alunos na sua aprendizagem. Ser didático é ser simples, claro, acessível, direto e organizado. Imagine quantos alunos poderão perder o interesse diante de um professor confuso e desorganizado, que não tem a mínima noção de como iniciar, desenvolver e concluir uma aula. O professor que organiza previamente os conteúdos de sua matéria, seleciona os procedimentos de ensino, dispo- nibiliza os recursos e escolhe as formas mais adequadas de avaliação da aprendizagem, está preparado para atender as demandas de sua práxis docente. O mestre que se vale, pelo menos do que é essencial da didática, é competente e eficien- te, no sentido de que provê para seus alunos o maior volume de aprendizagem, com menos esforço e em menor tempo.
  • 3. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 3Lições Bíblicas /Professor PROFESSOR SumárioS u m á r i o Lição 1 O que é a Mordomia Cristã 3 Lição 2 A Mordomia do Corpo 11 Lição 3 A Mordomia da Alma e do Espírito 18 Lição 4 A Mordomia da Família 25 Lição 5 A Mordomia da Igreja Local 32 Lição 6 A Mordomia da Adoração 40 Lição 7 A Mordomia dos Dízimos e Ofertas 47 Lição 8 A Mordomia do Tempo 54 Lição 9 A Mordomia do Trabalho 61 Lição 10 A Mordomia das Finanças 68 Lição 11 A Mordomia das Obras de Misericórdia 75 Lição 12 A Mordomia do Cuidado com a Terra 82 Lição 13 Seja um Mordomo Fiel 90 Liçõesdo3ºtrimestrede2019 – Elinaldo Renovato Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
  • 4. Publicação Trimestral da Casa Publicadora das Assembleias de Deus Av. Brasil, 34.401 - Bangu Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852-002 Tel.: (21) 2406-7373 Fax: (21) 2406-7326 www.cpad.com.br Julho/Agosto/Setembro - 2019 PROFESSOR 4 Lições Bíblicas /Professor Prezado(a) professor(a), Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Costa Junior Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Consultoria Doutrinária e Teológica Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Gerente de TI Rodrigo Sobral Fernandes Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida Redator Marcelo Oliveira de Oliveira Diagramação e Capa Nathany Silvares Vivemos num contexto de de- sordem espiritual, moral e ética no mundo. A sociedade, de um modo geral, está na contramão das virtudes do Reino de Deus. No lugar de uma vida santa, há imoralidade; no lugar da salvação, perdição; no lugar da esperança, desesperança; no lugar da ordem, desordem. Por isso é preciso recuperar a perspectiva da mordomia cristã na igreja moderna, a fim de influen- ciar eficazmente a sociedade com o Evangelho. A Bíblia registra que houve uma direção de Deus para que o ser hu- mano fosse o mordomo da Terra. Tal mordomia desdobra-se em várias esferas da vida. Por isso, neste trimes- tre, estudaremos a Mordomia Cristã. O nosso objetivo, a partir des- ta temática, é revisitar o tema da mordomia bíblica da vida cristã, e conscientizar irmãos e irmãs acerca da nossa responsabilidade, tanto na esfera imaterial quanto na material de nossa vida. Assim, esperamos que você reflita bem sobre o tema e ponha em prática os princípios bíblicos para viver uma vida cristã frutífera. Um trimestre de bênçãos! José Wellington Bezerra da Costa Presidente do Conselho Administrativo Ronaldo Rodrigues de Souza Diretor Executivo
  • 5. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 5Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aven- turado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim.” (Lc 12.42,43) Deus nos confiou a mordomia dos bens materiais e espirituais; por isso, sejamos vigilantes e zelosos, porque, em breve, Ele nos chamará a prestar contas de tudo quanto recebemos. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – Gn 15.2 Um mordomo de confiança Terça – 1 Co 4.1,2 Despenseiros de Cristo Quarta – Lc 10.30-37 A mordomia do amor cristão Quinta – 2 Tm 4.7,8 A mordomia da fé cristã Sexta – 1 Cr 29.1 Tudo o que temos vem de Deus Sábado – Mt 6.20 Ajuntando tesouros no céu Lição 1 7 de Julho de 2019 O que é a Mordomia Cristã
  • 6. Julho/Agosto/Setembro - 20196 Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Mostrar que Deus confiou aos seus filhos a mordomia dos bens espirituais e materiais. HINOS SUGERIDOS: 124, 363, 438 da Harpa Cristã OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar o conceito de “Mordomo” e de “Mordomia”; Expor acerca da mordomia espiritual do cristão; Explicar a mordomia dos bens materiais. I II III Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 42 - E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? 43 - Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim. 44 - Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá. 45 - Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, 46 - virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. 47 - E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. 48 - Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites serácastigado.Eaqualquerquemuitofor dado,muitoselhepedirá,eaoquemuito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá. Lucas 12.42-48
  • 7. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 7Lições Bíblicas /Professor COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Neste trimestre, estudaremos a Mordomia Cristã. Ela prioriza os bens espirituais e materiais que o Criador nos delegou. Nesta lição, denominamos “bens espirituais” os recursos e os meios confiados por Deus à Igreja. Quanto aos “bens materiais”, são estes os recursos naturais e sociais que desfrutamos no mundo. Assim, veremos que o Pai levantou a Igreja para cuidar dos seus interesses na Terra. I – CONCEITOS DE MORDOMIA* 1.Mordomo.Apalavravemdolatim, major domu, e significa “o criado maior dacasa”,“administradordosbensdeuma casa”, “ecônomo” (Dicionário Aurélio). Na Bíblia, a função aparece diversas vezes como “encarregado administrati- vo dos bens de um grande proprietário de terras”. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento essa função corres- ponde à de um administrador. Portanto, nós somos mordomos de Deus e, à luz do Novo Testamento, os líderes espirituais têm maior responsabilidade perante o Senhor da Igreja (Lc 12.48). 2.Mordomia.A palavrasignifica“car- go ou ofício do mordomo; mordomado”. Sua origem está no termo grego oikono- miae,porisso,aencontramosemalguns textos do Novo Testamento, como na “Paráboladomordomoinfiel”(Lc 16.2-4).NaBíblia,mordomiadiz respeito a todo serviço que o crenterealizaparaDeuseoseu comportamentodiantedoPaie doshomens.Éaadministração dosbensespirituaisemateriais, tantonoaspectoindividualquanto nocoletivodoserhumano.Assim,nossas faculdadesespirituais,emocionaisefísicas sãooobjetodaMordomiaCristã.Porisso, esta mordomia está ligada ao ensino da Palavra de Deus. Vamos iniciar mais um trimestre de estudos. Neste período, temos a oportu- nidade de refletir sobre o nosso ministério de ensino. Precisamos analisar com sinceridade o nosso método de trabalho, o que tem sido feito para garantir o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. O exercício dessa análise, por si só, abre uma porta para pensarmos a respeito do tema deste trimestre: a Mordomia. Como temos administrado o nosso tempo? O nosso ministério? A nossa vida espiritual? O nosso dinheiro? São perguntas que deveríamos fazer com muita sinceridade. Antes de iniciar a lição em classe, apresente o comentarista deste trimestre: pastor Elinaldo Renovato. Ele é líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN; professor universitário; bacharel em ciências econômicas; escritor de diversas obras editadas pela CPAD. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR Deus nos confiou a mordomia dos bens espirituais e materiais. PONTO CENTRAL SÍNTESE DO TÓPICO I A função de mordomo corresponde ao administrador; a mordomia, na Bíblia, refere-se à administração dos bens espirituais e materiais.
  • 8. Julho/Agosto/Setembro - 20198 Lições Bíblicas /Professor 1.2. “De toda a tua alma e de todo o teu pensamento” (v.37). Aqui, o Senhor Jesus enfatizou que, além de todo o coração, o primeiro mandamento exige toda a alma e todo o pensamento de uma pessoa. Essa é a base bíblico-doutriná- ria para dizer que a Mordomia Cristã valoriza a interiorioridade do crente. Logo, absolutamente tudo no interior do cristão – coração, alma e pensamento – deve estar voltado para Deus, que é o centro de todas as coisas. 1.3. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (22.38). O segundo man- damento enfatiza que, na medida em que amamos a Deus de todo coração, alma e pensamento, devemos amar o próximo como a nós mesmos. Tal mandamento é relevante para a nossa mordomia, pois no mundo atual, sem qualquer ranço pessimista, pode-se ver que o desamor é a tônica entre pessoas, famílias, países e, até mesmo, entre alguns que se dizem cristãos. 1.4. Quem é o próximo? Esta foi a grande pergunta feita por Jesus após contar a parábola do Bom Samaritano ao doutor da lei (Lc 10.30-37). O nosso próximo é um familiar: esposo, esposa, pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc. É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizi- nho, o professor, o colega de trabalho, o carente ou o socialmente excluído. Assim, o mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17). SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO Apropostabásicadesseprimeirotó- picoéexplicaroconceitode“mordomo”e de “mordomia”. Após expor esses concei- tos,façaumareflexãosobreamaturidade, virtude essencial para a “mordomia” em toda a área da vida. Use este texto como base de sua reflexão: “Uma orientação importante para qualquer tipo de suces- so, seja pessoal, espiritual, profissional, financeiro, familiar ou esportivo, é a necessidade de maturação. Não se con- segue isso da noite para o dia. É preciso tempo e esforço. Entenda: ser ‘maduro’, aqui, não é sinônimo de ser ‘velho’, mas sim de ter experiências suficientes que lhe confiram sabedoria para agir e errar menos” (Maturidadeparaaescolhacerta, de William Douglas, site CPADNEWS). Assim, mostre à classe a importância da maturidade para desenvolver a ideia de mordomia em toda as esferas da vida, seja espiritual ou material. II – A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO 1. A mordomia do amor cristão. A mordomia cristã deve dar grande valor à prática do amor. Certa vez, um fariseu resolveu testar Jesus quanto à sua visão sobre os mandamentos da lei de Moisés. Ele conhecia bem os dez mandamentos. Abordando Jesus, indagou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” (Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de maneira sábia, serena, e consistente: 1.1. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração” (22.37). Nosso Senhor não aceita dominar apenas uma parte do nosso coração; Ele o requer por completo. Quanto a isso, Ele nunca fez concessões: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30). O mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).
  • 9. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 9Lições Bíblicas /Professor SÍNTESE DO TÓPICO II A mordomia espiritual do cristão envolve a prática do amor e o exer- cício da fé. SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO [SOBRE A FÉ] “No Novo Testamento, o verbo pisteuõ (‘creio, confio’) e o substantivo pistis (‘fé’) ocorrem cerca de 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10; Ap 13.10). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado quase exclusivamente para se referir à con- fiança ilimitada (com obediência e total dependência) em Deus (Rm 4.24), em Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12). Tudo isso deixa claro que, na Bíblia, a fé não é ‘um salto no escuro’. Somos salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). Crer no Filho de Deus leva à vida eterna (Jo 3.16). Sem fé, não poderemos agradar a Deus (Hb 11.6). A fé, portanto, é a atitude da nossa dependência confiante e obediente em Deus e na sua fidelidade. Essa fé caracteriza todo filho de Deus fiel. É o 2. A mordomia da fé cristã. A pa- lavra fé (gr. pistis; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas providências de Deus. Mas a melhor definição de fé foi enunciada pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao descrevê-la com profunda inspiração divina: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Aqui, há três características essenciais à fé: (1) Ela é o fundamento ou base para a confiança em Deus; (2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus; (3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas por uma convicção antecipada. 3. A fé como patrimônio espiritual. A fé cristã é o depósito espiritual acu- mulado durante toda vida do crente. É o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. Essa fé que o crente foi estimulado a guardar para não perder a “coroa” (Ap 3.11). Ao escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e já próximo da morte, o apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã, guarde sua fé! CONHEÇA MAIS * Mordomo e Mordomia O mordomo é a função que responde à mordomia pela qual ele foi colocado para executar. No Reino de Deus, essa relação se dá com o crente e a dimensão de sua vida nas esferas espiritual e social. O crente, em Jesus, tem contas a prestar a Deus a respeito do que Ele o chamou a fazer.
  • 10. Julho/Agosto/Setembro - 201910 Lições Bíblicas /Professor III – A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS 1. O cristão e as finanças. Na mor- domia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforços, com “o suor” de seu rosto (Gn 3.19), para obter os bens de que necessita. Isso é feito de maneira constante (1 Ts 4.11). Nesse aspecto, a preguiça é um pecado intolerável diante de Deus. Assim, Ele exorta ao preguiçoso que aprenda com as for- migas, pois estas trabalham no verão para garantir o mantimento no inverno (Pv 6.6,9; 10.26). 2. O cristão e as riquezas. Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. Mas o cristão não deve re- correr aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa, as loterias e outras formas “fáceis” de buscar riquezas (Pv 28.20). A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. É uma escravidão ao vil metal. Sobre isso as Escrituras também asse- veram: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se SÍNTESE DO TÓPICO III A mordomia dos bens materiais do cristão envolve as finanças, as riquezas e contribuição para a igreja. SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ [A importância do compromisso] “Earl e Hazel Lee escreveram: ‘O compromisso é mais que uma decisão sentimental que pode mudar a vida de uma pessoa por alguns poucos dias cheios de emoção. É um ato válido da vontade, e muda todo o modo de vida de uma pessoa’. Eles explicam o significado de compromisso, descre- vendo-o como o descreve um dialeto indiano: O compromisso é dar com a palma da mão ‘para baixo’. Quando colocamos algo na mão de alguém, não A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. nosso sangue espiritual” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.369-70). traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10). E Jesus ensinou: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). E também ratificou: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem con- somem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mt 6.20). 3. O cristão e a contribuição para a igreja. Na igreja local há várias ma- neiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir para a expansão e manutenção da Obra do Senhor. Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntá- rias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a necessidade da contribuição com os dízimos, repreendendo a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras necessidades da igreja que requerem as contribuições dos fiéis.
  • 11. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 11Lições Bíblicas /Professor PARA REFLETIR A respeito de “O que é a Mordomia Cristã”, responda: • O que diz respeito à mordomia na Bíblia? Na Bíblia, Mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens. • Na mordomia do amor cristão a quem devemos amar? Amar a Deus e ao próximo. • Na mordomia da fé cristã, o que significa “fé”? A palavra fé (gr. pisteuõ; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas as providências de Deus. • Na mordomia dos bens materiais, como o cristão deve trabalhar? Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. • Como deve ser a contribuição do cristão à igreja local? Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas volun- tárias (cf. Ml 3.8-12). CONCLUSÃO Somos mordomos dos bens es- pirituais e materiais concedidos por Deus à sua Igreja. Se realizarmos nossa mordomia para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Usemos os recursos que Deus nos concedeu como verdadeiros mordomos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que temos vem do Senhor! conseguimos segurar nenhuma parte do que estamos dando. Ao passo que, se pedirmos que uma pessoa retire algo de nossa mão, ainda poderemos segurar alguma parte que essa pessoa não consiga pegar. Em nossa cultura, é mais fácil passar do aproveitar os nossos bens a nos agarrarmos fortemente a eles e tentarmos agarrar mais, o que é chamado materialismo. A. W. Tozer escreveu: ‘Uma das piores tragédias do mundo é o fato de permitirmos que os nossos corações se encolham, até que haja neles espaço para pouca coisa, além de nós mesmos’. O materialismo é uma atitude perigosa, porque conserva o nosso foco naquilo que temos, e não naquilo que somos e estamos nos tornando. Ele permite que fiquemos falsamente satisfeitos – pen- samos que, porque temos muitas coisas, devemos ser boas pessoas. Embora não haja nada de errado em dirigir um carro bonito, em vestir-se bem e aproveitar os benefícios da última tecnologia, quando os nossos bens nos possuem e o que temos de valioso se torna mais importante que os nossos valores, então estamos com problemas” (TOLER, Stan. Qualidade total de vida. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.71-72).
  • 12. Julho/Agosto/Setembro - 201912 Lições Bíblicas /Professor CONSULTE Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.36 Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. ANOTAÇÕESDOPROFESSOR SUGESTÃO DE LEITURA O reconhecimento da soberania de Deus e a visão de nossa posição no seu reino. Compreenda melhor a natureza do infinito amor de Deus por você. O que são as disciplinas da vida cristã? E por que estas são tão essenciais ao crente? Mordomia Cristã A Difícil Doutrina do Amor de Deus As disciplinas da Vida Cristã
  • 13. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 13Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “Rogo-vos, pois, irmãos, pela com- paixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Rm 12.1) O corpo do cristão é o “templo do Espírito Santo” e, portanto, deve ser preservado para glória de Deus. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – 1 Ts 5.23 A tricotomia do corpo Terça – Rm 6.12 O pecado não deve reinar em nosso corpo Quarta – 1 Co 6.13b O nosso corpo não é para a prostituição Quinta – Rm 8.13 Devemos mortificar as obras do corpo Sexta – 1 Ts 5.23 O corpo deve ser conservado irrepreensível Sábado – 1 Co 6.19,20 Devemos glorificar a Deus em nosso corpo AMordomiadoCorpo 14 de Julho de 2019 Lição 2
  • 14. Julho/Agosto/Setembro - 201914 Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Expor a mordomia do corpo cristão sob o entendimento bíblico de que somos “templo do Espírito Santo”. HINOS SUGERIDOS: 7, 128, 219 da Harpa Cristã OBJETIVOS ESPECÍFICOS Explanar sobre a dimensão material do corpo; Elucidar a dimensão espiritual do corpo; Correlacionar o culto racional com a mordomia do corpo. I II III Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 13 - Os manjares são para o ventre, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. 14 - Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. 15 - Não sabeis vós que os vossos cor- pos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 16 - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 17 - Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18 - Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 - Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. 1 Coríntios 6.13-20.
  • 15. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 15Lições Bíblicas /Professor O nosso corpo foi maravilhosamente criado por Deus. As Escrituras de- monstram essa obra especial da criação. O nosso corpo tem duas dimensões ao menos, a material e a imaterial, esta constituída de alma e espírito. Num contexto materialista em que vivemos, precisamos reforçar a visão bíblica da integralidade do ser humano. Esta lição, bem como a próxima, buscará mos- trar o ser humano todo. Quando o nosso Senhor proveu a salvação para ele, o fez de modo integral. O ser humano é corpo, alma e espírito. Somos razão e sentimento, cérebro e coração. Nada se exclui, mas tudo se complementa. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Nesta lição, estudaremos a mordo- mia do corpo. Nela, destacaremos o valor espiritual e a grandeza da obra criadora deDeus.A BíbliamostraqueoCriadorfez o homem do pó da terra, dando-lhe vida etornando-osuaimagemesemelhança. Quando compreendemos essa verdade bíblica, tornamo-nos responsáveispelozelodonosso corpo perante o Criador, pois, segundo sua Palavra, o corpo do cristão é “templo do Espírito Santo” (1 Co 6.19). I – A DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO 1. A formação maravilhosa do corpo. A Bíblia relata a criação do corpo do ser humano (Gn 1.26-28; 2.18-25). Foi uma obra maravilhosa, poeticamente expressa nas palavras do rei Davi: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14). No mesmo salmo, o autor sagrado traz à memória a contem- plação divina do corpo humano ainda informe (Sl 139.15). Louve a Deus por sua maravilhosa Criação! 2. A estrutura do corpo humano. Quando estudamos a estrutura do corpo humano, percebemos quão maravilhosa foi a obra do Criador. Por exemplo, o organismo humano se constitui de 216 tecidos organizados no esqueleto. Este possui 206 ossos. O cérebro tem um trilhão de células nervosas e seus sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de 360 km/h. O corpo se constitui de setenta por cento de água; tem 96.500km de veias e artérias; 10 bilhões de vasos capilares; 100 trilhões de células. A estrutura humana revela uma complexidade que a teoria da evolução jamais explicará. Só uma mente onisciente, e um ser infini- tamente supremo, pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem: “No princípio, criou Deus os céus e a terra [...] E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.1,27). SÍNTESE DO TÓPICO I A dimensão material do corpo reve- la uma obra maravilhosa; a estrutura do corpo, o arquiteto que o planejou. O corpo do cristão é o tem- plo do Espírito Santo. PONTO CENTRAL
  • 16. Julho/Agosto/Setembro - 201916 Lições Bíblicas /Professor SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO A fim de expor o primeiro tópico com mais propriedade, busque infor- mações técnicas em livros ou em sites especializados. Informar-se sobre o Projeto Genoma, um programa de ma- peamento da genética humana, também contribuirá muito para você compreender o sistema complexo do corpo humano. Com base nesses estudos, é impossível pensar que somos fruto do acaso. Só um ser poderoso, majestoso e infinito poderia gerar essa complexidade do corpo humano. Entretanto, tenha em mente que não precisamos de qualquer estudo científico para determinar o que cremos, pois, como diz as Escrituras, “pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3). II – A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO 1. O corpo segundo as Escrituras. A Bíblia usa várias metáforas para de- signar espiritualmente o corpo: 1.1. “Corpo do pecado”. Note este versículo: “que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” (Rm 6.6). Nele, a expressão “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem” que, antes de nascer de novo, usava o corpo como “instrumento de iniquidade” (Rm 6.12- 14). Esse corpo também é chamado na Bíblia de “homem exterior”, um corpo que se corrompe, adoece e envelhece. 1.2. “Casa terrestre” (2 Co 5.1). Essa expressão refere-se à “temporalidade do corpo”, isto é, sua constituição física, a “fôrma” do espírito. Esse corpo é a casa temporária, a morada passageira, visto que nesta Terra somos “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.11). 1.3. “Templo do Espírito Santo”. Essa expressão aparece numa pergunta retórica de Paulo em 1 Coríntios: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (6.19). É um alerta do apóstolo aos crentes de Corinto para não darem lugar ao pecado, ou seja, não deixarem que o corpo fosse contaminado pela prostituição. 2. Pecados contra o corpo. A Bíblia adverteacercadospecadoscontraocorpo: 2.1. Prostituição, adultério, fornica- ção. Usar o corpo como mercadoria a ser vendida para fins sexuais é prostituição. A Palavra de Deus diz aos crentes com muita clareza: “Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo” (1 Co 6.13b; cf. 1 Ts 4.3)”.A Bíbliatambémtemgravesadmo- estações contra quem comete o pecado de adultério – relacionamento sexual extraconjugal–(1Co6.10;Hb13.4)eode fornicação–relacionamentosexualentre solteiros – (Ef 5.5; 1 Tm 1.10; Ap 21.8). 2.2. Homossexualidade. O Antigo Testamento condena explicitamente a união homossexual, considerando-a “abominação” a Deus (Lv 20.13; 18.20). O Novo Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexu- alidade de modo não menos incisivo: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.10; cf. Rm 1.18-32). 2.3.Transexualidade.SegundoaOMS (OrganizaçãoMundialdeSaúde),atranse- xualidadeéum“transtornodeidentidade degênero”ou“disforiadegênero”.Nesse
  • 17. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 17Lições Bíblicas /Professor transtorno,umhomem“sesentemulher” e,porisso,nãoaceitaoprópriocorpo;uma mulher“sesentehomem”e,igualmente, não aceita o próprio corpo, desejando assim “mudar de sexo”. A tragédia maior é quando se tenta normalizar isso na cabeça de crianças e de adolescentes, trazendoconfusãoentreeles.Issoéuma estratégiadeorigemsatânicaparadestruir o plano original de Deus da criação da família como célula mater da sociedade. Trata-se, pois, de uma terrível afronta à sacralidadedocorpocriadoporDeuscom umaidentidadebinária:“machoefêmea os criou” (Gn 1.27). 3. A santificação do corpo. É o ponto fundamental na mordomia do corpo. Diz a Bíblia: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A Bíblia mostra os meios de santificação que levam em conta a ação de Deus e a contribuição do crente: 3.1. Os meios da santificação que vêm da parte de Deus. É Deus que age diretamente na santificação integral do crente: “espírito, e alma, e corpo” (1 Ts 5.23). O Altíssimo também o santifica através de Cristo (Ef 5.25,26; Hb 9.14; 13.12; 1 Jo 1.7), do Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Ts 2.13; Rm 15.16) e da Palavra de Deus (Jo 17.17). 3.2. A responsabilidade humana na santificação.Deusnãoentregaaohomem “umpacote”desalvaçãoprontoeacabado. Ele faz a sua parte no lado divino, mas o homemtemdeserumparticipanteativo desseprocesso.Nasantificação,ohomem precisa dar lugar à vontade de Deus: “[...] quemé santo seja santificado ainda” (Ap 22.11). Logo, o crente pode participar do processo de santificação mediante os seguintes elementos: a fé em Cristo (Rm 1.17); dedicação a Deus (Rm 12.1,2); andando em espírito (Gl 5.16,17); renun- ciandoaopecado(Mt16.24;Rm6.18,19). SÍNTESE DO TÓPICO II A dimensão espiritual do corpo envolve a gravidade do pecado con- tra o corpo e a necessidade de sua santificação. SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO “Atualmente, há urgente necessi- dade de renovada ênfase à doutrina da santificação nos círculos pentecostais. Em primeiro lugar porque são raros os pentecostais que hoje aceitaram a ideia de estar precisando de renovação espiritual. A despeito de muitíssimos crentes terem sido batizados no Espírito Santo, são muitas as igrejas pentecos- tais que não possuem a vitalidade e a eficácia que nelas se evidenciavam em anos anteriores. Em segundo lugar, a ênfase pentecostal ao batismo no Espírito e aos dons sobrenaturais do Espírito tem resultado numa falta de ênfase ao restante da obra do Espírito, inclusive a santificação. Em terceiro lugar, a aceitação mais generalizada dos pentecostais e dos carismáticos parece ter ameaçado a distinção tradicional entre a Igreja e o mundo, lançando dúvidas sobre muitos dos antigos pa- drões de santidade. E, finalmente, os pentecostais de hoje dão muito valor à popularidade que acabaram de conquis- tar e, no afã de preservá-la, zelam por evitar qualquer aparência de elitismo Diz a Bíblia: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
  • 18. Julho/Agosto/Setembro - 201918 Lições Bíblicas /Professor SÍNTESE DO TÓPICO III O culto racional e a mordomia do corpo estão sob a perspectiva do “sacrifício vivo”, do “sacrifício santo” e do “sacrifício agradável”.III – O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO De acordo com as Escrituras, de- vemos nos apresentar em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Nesse sentido, o nosso culto a Ele, segundo Romanos 12.1,2, deve considerar o seguinte tripé: 1. “Um sacrifício vivo”. A imagem do sacrifício, em Romanos, remonta ao Antigo Testamento. Mas, no Novo Testamento, o cristão deve apresen- tar-se a Deus como um sacrifício vivo e agradável – sacrifício de louvor (Hb 13.15) –, pois todos os que cremos fomos crucificados com Cristo (Gl 2.19). 2. “Um sacrifício santo”. Essa perspectiva leva o crente à santifica- ção. E uma vez que ele se coloca como sacrifício vivo, demonstra pertencer a Deus, consagrando-se inteiramente ao Pai, para viver uma vida santa e pura no corpo, na alma e no espírito (1 Ts 5.23). Uma vida santa é um culto ao Senhor. 3. “Um sacrifício agradável”. Ofe- recendo-se em sacrifício vivo, o salvo é visto pelo Senhor como oferta de grande valor (Sl 51.17). Uma das coisas mais belas da vida cristã é quando a nossa vontade está alinhada à vontade de Deus. Esse é o verdadeiro estágio de total entrega ao Pai. A imagem de sacrifício mostrada didaticamente em Romanos 12, ensina como deve ser a nossa mordomia no campo espiritual e material. Ela passa por uma mente renovada, não confor- mada com o “espírito” deste mundo, em que o cristão é instado a viver em “sacrifícios” cotidianamente. Assim, o nosso culto racional. SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ “O apóstolo Paulo traz ordem ao culto (1 Co 14.26-39), sugerindo haver um ‘ritual livre’ e a Igreja Primitiva também teve formas apropriadas de culto: ‘E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações’ (At 2.46). No Novo Testamento, encontramos algumas formas litúrgicas como ‘sau- dação’; ‘doxologia’; aclamações como ‘Abba, Aleluia, Amém, Hosana, Maranata’; ‘a coleta semanal’; ‘o serviço social’ (At 6.1); ‘a santa ceia’; ‘os cânticos de salmos e hinos’ (Ef 5.19; Cl 3.16) e essas práticas e muitas outras permanecem hoje em nossas igrejas. O próprio Jesus Cristo, chegando em Nazaré, entrou num dia de sábado na sinagoga, tomou o livro e achou o lugar onde estava escrito a res- peito dele mesmo (Lc 4.16-18; Is 61.1). Paulo diz: ‘Prega a Palavra’ (2 Tm 4.1,2)” (KESSLER,Nemuel.OCultoesuasFormas. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.21). CONCLUSÃO O nosso corpo tem uma dimensão material e outra espiritual. Nesse aspec- to, a Palavra de Deus tem orientações diretas sobre o perigo do pecado contra o nosso corpo e a necessidade de vivermos em santidade diante de Deus. Assim, para glorificá-lo, precisamos prestar um culto racional a Deus, apresentando-nos em sacrifício vivo, santo e agradável ao Eterno. Que Ele nos faça mordomos fiéis de seus bens tão preciosos em todo o nosso espírito, alma e corpo! espiritual” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspecti- va Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.412).
  • 19. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 19Lições Bíblicas /Professor CONSULTE Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. PARA REFLETIR A respeito de “A Mordomia do Corpo”, responda: • Quem que pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem? Só uma mente onisciente, um ser infinitamente supremo, pode dar respostas lógicas à origem da vida e do homem. • Quais expressões as Escrituras usam para o “corpo”? “Corpo do pecado”, “Casa terrestre” e “Templo do Espírito Santo”. • A que se refere a expressão “corpo do pecado”? Nele, a expressão “corpo do pecado” refere-se ao “velho homem”. • Por que o corpo é chamado de “casa terrestre”? Essa expressão refere-se à “temporalidade do corpo”, isto é, sua constituição física, a “fôrma” do espírito. • De acordo com a Palavra de Deus, como nos devemos apresentar? Em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. ANOTAÇÕESDOPROFESSOR SUGESTÃO DE LEITURA A natureza humana explicada pela Bíblia: a relação corpo, alma e espírito, a consciência, a imaginação, a memória, os instintos, a imortalidade. O homem em três tempos é uma introdução a Antropolo- gia Teológica. Um autêntico modelo de como preparar e dirigir cultos. O Homem: corpo, alma e espírito O Homem em Três Tempos O Culto e suas Formas
  • 20. 18 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “E o mesmo Deus de paz vos santifi- que em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 5.23) Ao lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – Rm 5.12 O pecado atingiu a todos os homens Terça – Ec 7.20 Não há homem que não peque Quarta – 1 Jo 1.7 O sangue de Cristo nos purifica de todo o pecado Quinta – 1 Ts 5.23 A tricotomia do ser humano Sexta – Hb 12.14 Sem santificação ninguém verá o Senhor Sábado – Gl 5.25 O cristão deve andar no Espírito AMordomiadaAlma edoEspírito 21 de Julho de 2019 Lição 3
  • 21. 192019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Conscientizar que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem ser preserva- dos para a vinda do Senhor Jesus. HINOS SUGERIDOS: 5, 223, 324 da Harpa Cristã OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conceituar alma e espírito; Relatar a mordomia da alma; Apresentar a mordomia do espírito. Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 16 - Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. 17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.  18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.  19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,  20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, Gálatas 5.16-22,25 porfias, emulações, iras, pelejas, dis- sensões, heresias,  21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.  22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.  25 - Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. I II III
  • 22. 20 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor COMENTÁRIO Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas, é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo. Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos (Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR INTRODUÇÃO Para ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé em Deus, da entrega incondicional a Cristo Jesus e da ação poderosa do Espírito Santo na sua mente, pensa- mento e maneira de viver diante do Criador. Para isso é preciso ser “nova criatura” (1 Co 5.17)! Assim, além de conservar o corpo, precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição. I – CONCEITUANDO ALMA E ESPÍRITO 1. O significado de alma. No Antigo Testamento, a palavra “alma” é nephesh. No Novo, o termo usado é psiquê, que tem o sentido de “alma” e de “vida”, e encontra-se ligado à palavra psíqui- cos, que significa “pertencente a esta vida”. Ela é “a base das experiências conscientes”, equivalendo, portanto, à própria vida, à personalidade ou à pessoa mesmo (cf. 2 Co 1.23). Assim, o texto bíblico de Levítico 17.10-15 revela uma diversidade de sentidos para a palavra “alma”: A pessoa física (v.10), a vida de um animal (v.11), a vida de uma pessoa (v.11). Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos, conforme Jesus expressou num contexto de angústia: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). 2. A origem da alma. A alma está unida ao espírito, e, por isso, é humanamente impossível separá-los. Só a Palavra de Deus pode fazê-lo (Hb 4.12). Assim, tanto a alma quanto o espírito constituem a parte imaterial do ser humano. Em relação à origem da alma, há pelo menos três teorias que tentam explicá-la: a teoria da preexistência, do criacionismo e da participação. 2.1. Teoria da preexistência. Segun- do essa teoria, as almas existem nas diversas esferas do mundo espiritual e entram no corpo gerado, num processo denominado “reencarnação”. O objetivo desse processo é levar a pessoa a sofrer pelos “pecados cometidos em pretensas existências anteriores”. Esse é um dos pontos fundamentais do Espiritismo. Entretanto, não há fundamento bíblico A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito sério pe- los crentes. PONTO CENTRAL
  • 23. 212019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das páginas 242-260 da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD. O assunto em estudo é al- tamente teológico, por isso, consultar uma boa Teologia Sistemática será de ajuda inestimável a fim de apresen- tar com maior segurança um assunto complexo. Tenha atenção com o termo “tricotomia” (ponto a ser desenvolvido no tópico 2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o significado do termo “alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação do termo “espírito”. Boa aula! Nesse sentido, em termos espi- rituais, só há dois tipos de crentes: os espirituais e os carnais (Rm 8.1). Os crentes espirituais caracterizam-se pelo seu “espírito” dominado pelo Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi submetida nem transfor- mada por Cristo (Gl 5.19-21). para essa teoria. A Bíblia revela que o “pecado original” passou a todos os homens (Rm 5.12) e que vigora até os dias atuais, pois “não há homem que não peque” (Ec 7.20). Porém, o sangue de Cristo purifica o pecador (1 Jo 1.7), quando este se arrepende, confessa o seu pecado e o deixa (Pv 28.13). 2.2. Criacionismo. Segundo esta teoria, baseada no pensamento filosó- fico grego, Deus dedica-se à criação de almas diariamente, para que habitem nos corpos que forem sendo concebi- dos. É um ponto de vista que carece de fundamentos bíblicos. 2.3. Teoria participativa. A teoria expressa que Deus dá a vida a toda pessoa gerada de acordo com as leis da reprodução biológica geradas por Ele. Assim, homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). É uma visão que tem base na Bíblia e que está harmonizada com a Palavra a Deus: “Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1b). Todavia, como Deus age na criação de cada alma e espírito dentro do ser humano é um dos muitos mistérios da fé pela qual devemos curvar-nos hu- mildemente diante de sua magnitude. 3. Conceituação de espírito. Se- gundo o Novo Testamento, a palavra que se refere a “espírito” é pneuma. O termo pode se referir a parte imaterial da personalidade humana (cf.1 Co 7.1,34), o próprio ser da pessoa (1 Co 16.18; 2Tm 4.22) e, mais especificamente, a fonte do discernimento (Mc 2.8), das emoções (Jo 11.33) e da vontade (At 19.11) de uma pessoa. Assim, o espírito humano regenerado, submetido a Cristo, torna-se sensível ao Espírito Santo e é capaz de manifestar o fruto do Espírito, as virtudes do Reino de Deus (Gl 6.1;cf. Mt 5 – 7). SÍNTESE DO TÓPICO I A alma é a sede das emoções e dos sentimentos; o espírito, a fonte dessas emoções e sentimentos. Nesse sentido, em termos espirituais, só há dois tipos de crentes: os espirituais e os carnais (Rm 8.1).
  • 24. 22 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor II. A MORDOMIA DA ALMA: “O HOMEM INTERIOR” 1. A tricotomia do homem. Afir- mamos que o ser humano é um ser tricotômico. Ou seja, Deus o constitui de três partes conforme revela-nos a sua Palavra: “e todo vosso espírito, e alma, e corpo” (1 Ts 5.23). O corpo, a parte material, refere-se ao “homem exterior” (2 Co 4.16). Já o conjunto imaterial formado pela alma e pelo espírito, que é envolvido pelo corpo, a Bíblia denomina-o de “o homem interior”, conforme as palavras do apóstolo Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Rm 7.22; cf. 2 Co 4.16). 2. A mordomia da alma. A Bíblia declara que a alma do homem, assim como o espírito e o corpo, deve ser conservada irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus Cristo. Essa é a essên- cia da mordomia da alma. Cada crente deve mantê-la íntegra e irrepreensível. Alguns aspectos, porém, devem ser considerados na mordomia da alma. 2.1. A Necessidade da alma. Essa necessidade inclui a emoção e pode ser satisfeita no relacionamento com Deus. A alma precisa de refrigério espiritual e da presença divina (Sl 23.1-3). No salmo 42, o salmista expressa sinceramente a necessidade de sua alma: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (vv.1,2). Quanta necessidade a alma tem por Deus?! A Bíblia revela que o Espírito Santo preenche essa necessidade e produz em nós o “fruto do Espírito” (Gl 5.22-24). 2.2. A santificação da alma. É uma necessidade da alma o “viver santo”, sem o qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14). O ser humano é salvo pela “graça de Deus”, e isso é dom divino (Ef 2.8,9). SÍNTESE DO TÓPICO II O homem é um ser tricotômico, isto é,constituídodecorpo,almaeespírito; eamordomiadaalmaenvolvenecessi- dadesesantificaçãodospensamentos. Mas ele precisa também arrepender-se de seus pecados, confessar a Cristo como Senhor e santificar-se integral- mente em Deus, conforme o apóstolo Paulo ensina: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensí- veis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.22,23). 2.3.Asantificaçãodospensamentos. Vimos que a alma é “a sede das emoções, dos sentimentos e dos pensamentos”, logo, sua mordomia deve zelar por tudo o que preenche o pensamento do crente, conformeensinaoapóstoloPaulo(Fp4.8). Nesse contexto, devemos atentar para a advertência de Jesus em relação ao coração do homem (isto é, sua interio- ridade): “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). Portanto, não podemos pensar só no que “não fazer”, mas também no que “não pensar”. Toda ação ou reação humana precede o pensamento, o sentimento e a emoção. SUBSÍDIODOUTRINÁRIO “Textos bíblicos que parecem apoiar otricotomismoincluem1Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: ‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo seja plenamente conservados irrepre- ensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo’. Em 1 Coríntios 2.14 – 3.4,
  • 25. 232019 - Julho/Agosto/Setembro Lições Bíblicas /Professor III – A MORDOMIA DO ESPÍRITO 1.AndandoemEspírito.Na mordo- mia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja, na submissão ao Espírito Santo. Diz o texto bíblico: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 4.16). Andar em Espírito é viver em obediência à direção do Espírito Santo em todas as áreas da vida. Há uma luta interiorentreacarneeoEspírito(Gl4.17), mas uma vez guiados pelo Espírito Santo nãoestamossobaescravidãodacarne(Gl 4.18). Portanto, “se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.25). 2. Frutificando no Espírito. Quando o crente produz frutos dignos da vida cristã, ele glorifica a Deus. Nosso Senhor chamou-nos a dar “fruto” e escolheu- -nos para permanecer dando fruto (Jo 15.9,16). Frutificar no Reino de Deus é testemunhar Cristo com sua vida, por meio de boas obras de amor que mostram o caráter de Deus em você (Jo 15.16; Mt 5.16; Gl 5.22). SÍNTESE DO TÓPICO III A mordomia do espírito está ampa- radaemduasesferas:andarnoEspírito e frutificar no Espírito. SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ “Primeiroascoisasmaisimportantes A intimidade da sala de estar que Maria teve com Jesus nunca resultará da agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Vemos em Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade. Marta abriu sua casa para Jesus, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto seu coração. Em sua ânsia de servir a Jesus, ela quase perdeu a oportunidade de conhecê-lo. Lucas nos diz que ‘Marta, porém, andava distraída em muitos serviços’. Em sua mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o má- ximo por Jesus. Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que de- vemosprovarnossoamoraDeusatravés degrandesfeitos.Então,nosapressamos em deixar a intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha – re- alizando grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos ‘Senhor,Senhor’.Mas,nofim,seráqueEle nos reconhecerá? Nós o conheceremos? O reino de Deus, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo aplau- de as grandes façanhas. Deus deseja comunhão. O mundo clama ‘Faça mais! Seja tudo o que puder!’, mas nosso Pai sussurra: ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus’. Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas – um povo no qual possa fluir” (WEAVER, Joanna A. Como ter o coração de Maria no mundo de Marta: Fortalecen- do a comunhão com Deus em uma vida atarefada. Rio de Janeiro: CPAD, pp.9,10). Paulo refere-se aos seres humanos como sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3), psuchikos (literalmente: ‘segundo a alma’, 2.14) e pneumatikos(literalmente: ‘espiritual’, 2.15). Esses dois textos pa- recem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.248).
  • 26. 24 Julho/Agosto/Setembro - 2019Lições Bíblicas /Professor CONSULTE Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. PARA REFLETIR A respeito de “A Mordomia da Alma e do Espírito”, responda: • Do ponto de vista teológico, que é a alma? Do ponto de vista teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. • O que diferencia um crente espiritual do carnal? O Espírito Santo (Gl 5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natu- reza carnal que não foi submetida nem transformada por Cristo (Gl 5.19-21). • Cite as três teorias acerca da origem da alma. Teoria da preexistência, Teoria criacionista e Teoria participativa. • Como o homem e a mulher geram um novo ser? Homem e mulher geram um novo ser com a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3). • O que o crente deve procurar na mordomia do espírito? Na mordomia do espírito, o crente deve procurar andar em Espírito, ou seja, na direção e submissão do Espírito Santo. CONCLUSÃO A mordomia da alma e do espírito, juntamente com a do corpo, completa a conservação integral do crente (1 Ts 5.23). Zelar pela nossa interioridade e exterioridade diante de Deus é reco- nhecer que o Pai quer dominar tudo em nós e não somente partes de nossa vida. Por isso, sinta-se encorajado a expressar Cristo como seu Salvador. Esteja nele! Seja santo! Para isso Deus nos chamou. SUGESTÃO DE LEITURA Alma e Tempo. Ela, imortal e ele, passageiro. Quais são os conceitos de alma e tempo? Tudo é vaidade! Será que é mesmo? Leia e tenha uma di- mensão do significado desta afirmativa. Estás ansiosa e fadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária’... Descubra! Reflexões sobre a Alma e o Tempo Eclesiastes versículo por versículo Tendo um espírito como o de Maria
  • 27. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 25Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: [...] porém eu e a mi- nha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15) A família é a primeira instituição criada por Deus e, por isso, é a nossa “primeira igreja”, pela qual devemos amorosamente zelar. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – Gn 2.18 Deus não aprova a solidão Terça – 1 Co 7.1,2 Monogamia e heterossexualidade: o padrão de Deus para o casamento Quarta – Gn 12.3 Em Abraão, Deus abençoou todas as famílias Quinta – 1 Co 6.10 Os homossexuais não herdarão o Reino de Deus Sexta – 1 Tm 5.8 Quem não cuida da família é pior que o infiel Sábado – Ef 6.1-3 Filhos criados na doutrina e admoestação do Senhor AMordomiadaFamília 28 de Julho de 2019 Lição 4
  • 28. Julho/Agosto/Setembro - 201926 Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Conscientizar os alunos de que a família é a primeira instituição e que, portanto, devemos zelá-la amorosamente. HINOS SUGERIDOS: 243, 432, 531 da Harpa Cristã OBJETIVOS ESPECÍFICOS Destacar a família no plano de Deus; Explicar a mordomia da família; Radiografar a família cristã sob ataque. I II III Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Josué 24.14,15; Efésios 5.22-25,28 Josué 24 14 - Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. 15 - Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amor- reus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Efésios 5 22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 - porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
  • 29. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 27Lições Bíblicas /Professor COMENTÁRIO O modelo tradicional da família está em sistemático ataque secular. É claro o incômodo de movimentos progressistas em relação ao modelo tradicional da família, como se fosse uma afronta valorizar o núcleo familiar constituído de um casal heterossexual, monogâmico e com gênero definido. A Palavra de Deus nos ensina a valorizar a família, e mais: deixa clara a missão dos pais em ensinar a criança no ambiente familiar tradicional (Dt 6.1-9). É vontade de Deus que cada criança tenha um pai e uma mãe para zelar por ela e cuidá-la. As infelizes exceções não podem subjugar um modelo instituído por Deus, que está dando certo ao longo dos séculos. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR INTRODUÇÃO Na presente lição, veremos que a família é a base de nossa vivência. Nela, nascemos, criamo-nos e dela dependemos por toda a vida. Veremos que todo esse processo é o plano de Deus revelado desde o Gênesis. Nas Escrituras, a família é tão importante que o apóstolo Paulo classifica de “pior que o infiel” quem dela não cuida (1 Tm 5.8). Assim, o propósito desta lição é mostrar que o amor de Deus pela humanidade faz com que todas as famílias da terra sejam o alvo de sua bênção (Gn 12.3). I – A FAMÍLIA NO PLANO DE DEUS 1.Ainstituiçãodocasamento.Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento. O Senhor Jesus confirmou essainstituiçãooriginalelegal,conforme a Lei de Deus: “Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?” (Mt 19.4,5; cf. Gn 2.24). Aqui está, de maneira clara, a origem do casamentocomoinstituiçãodivinamente estabelecida. 2. Origem da família. O livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher, Deus estabeleceu a família: “E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Essa instituição é tão importante diante de Deus, que Ele a criou antes do Estado e, até mesmo, da Igreja. E foi a partir de uma família que o Altíssimo prometeu abençoar todas as demais: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). SÍNTESE DO TÓPICO I Deus estabeleceu o casamento e, consequentemente, a família. A família é a primeira insti- tuição criada por Deus. PONTO CENTRAL SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO Inicie a aula de hoje, perguntando: “Qual a origem da família?” Ouça as respostas dos alunos. Estimule para que eles participem a fim de obter
  • 30. Julho/Agosto/Setembro - 201928 Lições Bíblicas /Professor para o matrimônio. Por exemplo, a Bíblia narra a história de Lameque, filho de Metusael, que deu início à prática da bigamia (Gn 4.19). Assim, com o passar do tempo, a poligamia também foi temporariamente aceita na comunidade hebreia. Quando o ser humano se rebela contra a vontade monogâmica de Deus quanto ao casamento, um abismo passa a chamar outros abismos: incesto, homos- sexualismo, pedofilia, zoofilia, necrofilia e outras abominações semelhantes. Diante de um quadro tão grotes- co e estarrecedor, a Palavra de Deus impõe-nos o padrão monogâmico, heterossexual e indissolúvel como a vontade original do Criador para o matrimônio (1 Co 7.1,2). 1.2. O princípio da heterossexuali- dade. Nas Escrituras, Deus definiu para o casamento o princípio da união heteros- sexual: um homem e uma mulher unidos para sempre sob as bênçãos divinas. Quando Gênesis 2.24 estabelece o princípio monogâmico e heterossexual, o texto identifica o homem que deixa a casa do pai e da mãe, para unir-se à sua mulher, tornando-se “ambos uma só carne”. Ao lado da monogamia, a heterossexualidade é o princípio ine- gociável em qualquer tempo ou lugar. Entretanto, cabe aqui uma advertência bíblica e séria: esses dois princípios só sustentam o casamento se forem vividos sob a égide do verdadeiro e sacrifical amor de ambos os cônjuges (Mt 22.37- 40; cf. Ef 5.22-25). Por isso, lute por seu amor; ame o seu cônjuge; renove os votos matrimoniais periodicamente. 2. A prioridade da família. A igreja local deve incentivar a mordomia da família de forma constante e efetiva. O cristão precisa ter as prioridades cor- retas da vida. Normalmente, há muitos crentes e, até mesmo pastores, que as respostas. Após ouvir as respostas atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do tópico. Aproveite este texto para cor- roborar a explicação: “O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses umas das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim que se comunicam, se amam e se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do per- feito e contínuo ajustamento entre os membros da família e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível das relações com o Pai e determina o curso do sucesso na família. Vale lembrar que a família foi cria- da por Deus com elevados propósitos em todos os sentidos da vida, inclusive quanto ao número de filhos” (SOUZA, Estevam Ângelo. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.30). II – A MORDOMIA DA FAMÍLIA 1. Os princípios que regem o casa- mento cristão. Há um manual de união matrimonial: a Bíblia Sagrada. Nela, encontramos princípios universais e atemporais para o casamento. 1.1. O princípio da monogamia. No plano original de Deus para o casamento, o princípio da monoga- mia está declarado assim: “Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn 2.24). Mas, infe- lizmente, após a Queda, o homem desviou-se do plano divino, e dis- torceu as diretrizes básicas de Deus
  • 31. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 29Lições Bíblicas /Professor priorizam a seguinte ordem: a) Deus; b) igreja; c) esposa; e d) filhos. Qual o equívoco dessa ordem de prioridades? Biblicamente, o crente deve prio- rizar (1) Deus; (2) sua própria vida; (3) seu cônjuge; (4) seus filhos; (5) e a igreja local. Ora, alguém poderá indagar: Mas a Bíblia não diz que devemos priorizar o Reino de Deus? (Mt 6.33). Sim, é ver- dade. Entretanto, dentro da economia divina, há uma hierarquia muita clara para que a mordomia com a família seja plenamente atendida. A Palavra de Deus diz que se al- guém não cuida de sua família não se encontra preparado para liderar a Igreja de Cristo (1 Tm 3.4,5). É muito triste quando o obreiro encontra-se empe- nhado em ganhar outras famílias para Cristo, mas perde sua própria casa por falta de atenção, zelo e amor (1 Tm 5.8). 3. O relacionamento entre pais e filhos. Na mordomia da família, alguns cuidados devem ser tomados a fim de que os filhos sejam criados na “doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Eles são herança e galardão de Deus (Sl 127.3). Como sacerdotes do lar, os pais devem realizar o culto doméstico. É muito importante priorizar esse mo- mento para instruir os filhos na Palavra de Deus. Além de zelo espiritual, os pais devem ser exemplos de amor conjugal, paternal e maternal. SÍNTESE DO TÓPICO II Os princípios que regem o casa- mento cristão são o da monogamia e da heteressexualidade. pelos homens. O primeiro polígamo da história foi Lameque (Gn 4.19). A declaração bíblica ‘e apegar-se-á à sua mulher’ (Gn 2.24) fala da monogamia, isto é, o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa. [...] O Novo Testamento restabeleceu o princípio monogâmico original da criação (Mt 19.5; 1 Co 7.2; 1 Tm 3.2). Jesus disse que, se uma mulher casada for de outro homem, comete adultério contra o seu marido, se ele estiver vivo; e da mesma forma o ma- rido, se for de outra mulher, comete adultério contra a sua mulher, se ela estiver viva (Mc 10.11,12). Jesus foi mais profundo, cortando o mal pela raiz, pela causa, e não pelo efeito. Ele declarou: ‘Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela’ (Mt 5.27,28). É verdade que nem sempre podemos impedir que as aves pousem em nossa cabeça, mas podemos impedir que ali façam ninhos. Ninguém está livre de ser sobressaltado por pensamentos pecaminosos, mas qualquer cristão pode perfeitamente impedir que es- ses pensamentos sejam cultivados (Cl 3.1-5)” (SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-17). III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE 1. O ataque do Estado materia- lista. De um modo geral, os países são governados por homens materialistas e indiferentes ao bem comum. Muitos governantes tornam-se agentes do Diabo, visando a destruição da família e da Igreja de Cristo. Por essa razão, temos de usar estra- tégias poderosas para vencer os ataques SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO “A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi criada
  • 32. Julho/Agosto/Setembro - 201930 Lições Bíblicas /Professor do Maligno: a valorização da Palavra de Deus no lar, o culto doméstico, a leitura de boa e comprovada literatura cristã e a constante vigilância e prática da oração. Que a Palavra de Deus norteie o nosso lar (Dt 11.18-21)! 2. O ataque da famigerada Ideo- logia de Gênero. Engenheiros sociais modernos trabalham pela descons- trução da família criada por Deus. Karl Marx, um dos teóricos fundadores da doutrina comunista, disse que a família deveria ser abolida. Dessa forma, o Diabo usa a “fami- gerada ideologia de gênero” para abolir os princípios que Deus estabeleceu para a família. Segundo essa diabólica ideologia, ninguém nasce com sexo de- terminado. A criança não nasce macho nem fêmea, pois ela “se torna homem ou mulher” por meio da construção social. Assim, quem constrói o sexo masculino e feminino é a sociedade. Esse é o maior ataque aos princípios de Deus para a família e para a identidade natural da pessoa (Gn 1.27,28). 3. Um ataque a Deus e à ciência. Ao ensinar que ninguém nasce “ho- mem” ou “mulher”, os engenheiros sociais procuram destruir a identidade natural e biológica do ser humano. E também ignoram por completo que Deus criou o “homem” e a “mulher” (Gn 1.26,27). Essa teoria, além de ser um ata- que frontal a Deus, também é uma violência à Ciência. A Biologia define uma pessoa masculina por causa de seu aparelho reprodutor masculino. Ou seja, há hormônios masculinos, marcadores biológicos e cromosso- mos igualmente masculinos. Assim também dá-se em relação à mulher, pois ela é definida por causa de seu aparelho reprodutor feminino. Logo, ela tem hormônios femininos, sua SÍNTESE DO TÓPICO III A família está sob ataque do estado materialista e da ideologia de gênero. genética possui os cromossomos XX que marcam a identidade feminina. Tais conhecimentos são elementares e estão ao alcance de todos, facultando à família cristã rebater seguramente esse pensamento. SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ “COMO REALMENTE INFLUENCIAR A SOCIEDADE A esse respeito, criar filhos – não a política, não a sala de aula, não o laboratório, nem mesmo o púlpito – é o lugar da maior influência. Supor o contrário é ser cativo da ilusão secular atrofiada. Devemos entender que é através da família cristã que a graça de Deus, uma visão de Deus, os erros do mundo e um caráter cristão são mais poderosamente transmitidos. No Antigo Testamento, quando Deus escolheu guiar o seu povo, a Bíblia repetidamente indica que Ele procurou uma pessoa (veja Is 50.2,10; 59.16; 63.5; Jr 5.1; Ez 22.30). Um único indivíduo santificado pode fazer toda a diferença neste mundo. Não devemos sucumbir à matemática enganosa do pensamento mundano, que considera que a dedicação da vida de uma pessoa a umas poucas pessoas que não são amplamente conhecidas no mundo (no caso, os membros de nossa família) seja um desperdício escandaloso de seu potencial. Pais, não abandonem o seu lugar de influência. [...] Acredite” (HUGHES, Barbara; Kent. Disciplinas da Família Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.20).
  • 33. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 31Lições Bíblicas /Professor CONSULTE Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. PARA REFLETIR A respeito de “A Mordomia da Família”, responda: • O que Deus instituiu antes da família? Antes de estabelecer a família, Deus instituiu o casamento. • O que o livro de Gênesis relata? O livro de Gênesis relata que a partir do homem e da mulher, Deus esta- beleceu a família. • Cite os dois princípios que regem o casamento cristão. O princípio da monogamia e o princípio da heterossexualidade. • Segundo a lição, qual a ordem de prioridade do crente? (1) Deus; (2) crente; (3) cônjuge; (4) filhos; (5) igreja. • Na mordomia da família cristã, quais estratégias poderosas devem ser usadas pela família para vencer os ataques do mal? A valorização da Palavra de Deus no lar; momentos devocionais em família, principalmente, no culto doméstico; ler boas literaturas cristãs. CONCLUSÃO Só há uma maneira de preservar a família da destruição espiritual e moral dos tempos atuais: criando-a de acordo comaLeideDeus.Noésalvousuafamília da destruição porque a criou segundo a Palavra de Deus (Gn 7.1). Josué também tomouposiçãoaoladodeDeuscomasua família. Diante dos desvios do povo, sua declaraçãoésoleneeexemplar:“escolhei hojeaquemsirvais:[...]porémeueaminha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). SUGESTÃO DE LEITURA Ainda é possível manter a família aos pés do Senhor! Descubra como! Este livro é um projeto que tem por objetivo a restauração da li- derança bíblica do homem no lar. Este livro apresenta uma abor- dagem consistente, criativa e amável para criar os filhos. Toda a família Seja o Líder que Sua Família precisa Disciplinas da Família Cristã
  • 34. Julho/Agosto/Setembro - 201932 Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “Escrevo-te estas coisas [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” (1 Tm 3.14,15) O cristão deve valorizar a igreja local como ambiente de adoração, comu- nhão e serviço ao Reino de Deus. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – Mt 16.18 Jesus edifica a sua Igreja Terça – At 12.5 Uma igreja de oração Quarta – Rm 16.5 A igreja em casa Quinta – 1 Co 4.17 Igreja, lugar de ensino Sexta – 1 Co 14.12 Igreja, lugar de edificação Sábado – Ef 1.22 Jesus, o Cabeça da Igreja AMordomiadaIgrejaLocal 4 de Agosto de 2019 Lição 5
  • 35. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 33Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Expor que a igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar a mordomia dos bens espirituais; Refletir sobre a mordomia da ação social da Igreja; Conscientizar acerca da mordomia dos crentes na igreja local. I II III Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. HINOS SUGERIDOS: 53, 376, 530 da Harpa Cristã LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Atos 9 31 - Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo. 1 Coríntios 1 1 - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus) e o irmão Sóstenes, 2 - à igreja de Deus que está em Co- rinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Hebreus 10 24 - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,  25 - não deixando a nossa congrega- ção, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia. Atos 9.31; 1 Coríntios 1.1,2; Hebreus 10.24,25
  • 36. Julho/Agosto/Setembro - 201934 Lições Bíblicas /Professor Já se perguntou a respeito de quem a igreja local é constituída? Uma per- gunta sempre é especial para o início de uma reflexão. A nossa, nesta lição, é sobre a igreja local. Essa igreja, amada por muitos, mas “odiada” por outros. Há quem pense que se pode amar Cristo, mas não a sua Igreja. Uma das coisas mais significativas no Novo Testamento, a partir do ministério dos apóstolos, era o amor deles pela Igreja. Esse amor só foi possível por causa do exemplo maior de Jesus Cristo, o fundador da Igreja. Nesta lição, queremos que você seja encorajado a amar a Igreja, a servi-la e a defendê-la. • INTERAGINDO COM O PROFESSOR COMENTÁRIO INTRODUÇÃO A igreja local é formada por pessoas que se reúnem para adorar, congregar e servir a Deus. Nesta lição, refletiremos sobreasnossasresponsabilidadesquanto ao lugar no qual desenvolvemos nossa comunhãocomoPaiCelesteecomos irmãos em Cristo. Que o Espírito Santo nos guie neste estudo! I – A MORDOMIA DOS BENS ESPIRITUAIS 1. A mordomia e a valo- rização da Palavra de Deus. Ao longo dos séculos, Deus confiou a proclamação de sua Palavra aos seus seguidores. Há mais de 1490 anos antes de Cristo, Deus falou com e por meio de Moisés (Êx 3.1-22; 17.14). Tempos depois, falou por intermédio de outros profetas a partir de Samuel até Malaquias. E, nos últimos dias, revelou-se através de seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1.1). Hoje, pastores, evangelistas, dis- cipuladores e professores da Escola Dominical são os mordomos que cuidam da evangelização e do discipulado nas igrejas locais. Por isso, todos devem zelar pela Palavra de Deus, lendo-a, estudando-a em profundidade e real- çando o seu inestimável e infinito valor. Espera-se que, na liturgia do culto cristão, a Palavra de Deus tenha a prima- zia (Sl 119.11). Num culto, a pregação e o ensino da Bíblia Sagrada deve ter toda a prioridade. Se a mordomia da Palavra for negligenciada, os prejuízos espirituais da congregação serão grandes e, às vezes, irremediáveis. 2. A mordomia na evan- gelização e no discipulado. Uma das melhores formas de se exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos os tipos de pessoas (Mc 16.15,16). De acordo com essa demanda, a Palavra de Deus deve ser proclamada “a tempo e fora de tempo” (2 Tm 4.2). Somente ela pode transfor- mar o interior das pessoas. Todavia, paralelo à evangelização, deve ocorrer o discipulado eficaz (Mt 28.19), que é a mordomia da Palavra exercida de maneira pessoal no curto, médio e longo prazos. Sem discipulado não há aprofundamento da fé, perseve- rança, fidelidade e maturidade cristã. Isso é o que as estatísticas missionárias revelam. Onde há real discipulado, a maior parte das pessoas permanece em Cristo. Mas, quando o discipulado é ig- norado, esse dado cai vertiginosamente. A igreja local é um ambiente de adoração, comunhão e serviço. PONTO CENTRAL
  • 37. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 35Lições Bíblicas /Professor SÍNTESE DO TÓPICO I A mordomia dos bens espirituais envolve a valorização da Palavra de Deus, a evangelização, o discipulado e o uso dos dons espirituais. 3. A mordomia no uso dos dons espirituais. Os dons espirituais são concedidos por Deus para dar poder e unção à Igreja. Eles confirmam a pregação da Palavra, a fim de glorificar a Cristo. A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja, ou seja, aos salvos: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10 – grifo meu). Na Bíblia há orientação para o uso correto dos dons espirituais (1 Co 14.40). Poressemotivo,certaspráticasestranhas ao Movimento Pentecostal não devem ser estimuladas nem toleradas no culto público,taiscomomarchar,pular,rodopiar ao som de batidas, correr de um lado para outro, sapatear, fazer “aviõezinhos” etc. Segundo a Bíblia, isso é meninice, ima- turidade e, muitas vezes, revela apenas carnalidade e infantilidade (1 Co 3.1). II – A MORDOMIA DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA 1. A assistência social no Antigo Testamento. No Antigo Testamento, encontramos o fundamento para a obra de assistência social: 1.1. Nos salmos. Davi, homem de Deus, analisando a situação do próximo, afirmou: “Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25). Certamente, já com idade avançada, o salmista podia concluir que o “Jeová Jiré” não desampara jamais aqueles que o servem (Sl 82.3,4). 1.2. Nos provérbios. O sábio escre- veu: “Informa-se o justo da causa do pobre, mas o ímpio não compreende isso” (Pv 29.7). O texto mostra que não podemos nos omitir quanto à necessi- dade de nossos irmãos. 1.3. Nos profetas. Isaías, o profeta messiânico, clamou pelos necessitados (Is 1.17). Jeremias, o “profeta das lágri- mas”, falou em defesa dos oprimidos (Jr 22.3). O profeta Ezequiel não deixou de contribuir, protestando contra Jerusalém, pela sua omissão em atender aos pobres (Ez 16.49). Zacarias foi usado por Deus de igual modo para exortar sobre o cuidado com os necessitados, incluindo órfãos, viúvas e estrangeiros (Zc 7.9,10). 2. Assistência social no Novo Tes- tamento. Aqui também encontramos fundamentos para a obra de assistência social: a classe pense com seriedade acerca dessa disciplina indispensável ao crente. O que permeia essas perguntas é encon- trado na vida de muitos cristãos santos que gastaram suas vidas para ler a Bíblia, orar, evangelizar, discipular, exercer os dons espirituais: mordomia espiritual. Assim, estimule seus alunos a seguir os exemplos desses servos abnegados. SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO Quantos minutos você gasta por dia para ler a Bíblia e orar? Quantas vezes na semana você evangeliza uma pessoa? Você acompanha algum novo convertido na sua igreja local? Você se preocupa com o exercício dos dons espirituais na sua igreja? Você tem algum dom espiritual? Essas são algumas perguntas que sugerimos para o início da exposição deste primeiro tópico. A ideia é que
  • 38. Julho/Agosto/Setembro - 201936 Lições Bíblicas /Professor 2.1. Nos Evangelhos. Jesus, em seu ministério, multiplicou pães e peixes duas vezes para alimentar as multidões (Mt 14.13-21; Mt 15.29-39). Isso indica que Jesus deu muita importância à necessidade de socorrer os famintos. Assim, na igreja local, os cristãos têm o privilégio de prover o alimento ne- cessário para aqueles que necessitam do pão cotidiano. 2.2. Nos Atos dos Apóstolos. Os diá- conos foram escolhidos para cuidar da assistência social da igreja. Tal trabalho foi considerado pelos apóstolos um “importante negócio” (At 6.1-6). Dentre as características da Igreja Primitiva, vemos que os crentes “tinham tudo em comum” (At 2.44,45). 2.3. Nas Epístolas. O apóstolo Paulo, ensinando sobre os dons, dá ênfase ao ministério de socorro aos pobres e carentes (Rm 12.8). O apóstolo Tiago, de início, em sua carta, já afirma que a verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas e guardar-se da corrupção (Tg 1.27), pois “a fé sem as obras é morta em si mesma” (Tg 2.17). 3. Agindo para glória de Deus e o alívio do próximo. Não precisamos, portanto, do Socialismo, ou do Marxis- mo, ou da Teologia da Libertação (braço auxiliar do marxismo que dessacraliza o evangelho e politiza o Reino de Deus) para acolher e cuidar dos necessitados. Os representantes dessas ideologias usam um ideal supostamente nobre para escravizar pessoas e perpetuarem-se no SÍNTESE DO TÓPICO II A ação social no Antigo Testamen- to tem base nos livros dos Salmos, Provérbios e profetas; no Novo, nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas. SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO “Diakonia (‘Serviço’, ‘ministério’). São os esforços no serviço a Cristo que continuam o ministério encarnacional que realizou e que nos ajuda a realizar. O caráter desse ministério é servir; não imita o padrão da autoridade ou do propósito que este mundo impõe. A essência do ministério tem sido exemplificada por Cristo de uma vez para sempre (Mc 10.45) e, como conse- quência, servimos a Cristo por meio de servir à criação que está debaixo do seu senhorio. poder. Infelizmente, o nosso país, bem como toda a América Latina, é vítima dessa ideologia nefasta. O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia. A Igreja de Cristo deve socorrer os menos favorecidos porque o amor de Deus está em nós, e, portanto, devemos amar o nosso semelhante (Mc 12.30,31; cf. Gl 2.10). Que estrutura as igrejas locais têm para atender os novos convertidos que se acham entre certos grupos: prostitu- tas, moradores de rua, drogados, famin- tos, deficientes e deprimidos? É preciso, à luz do exemplo do nosso Salvador, e dentro das nossas possibilidades (Ec 9.10), estruturar o mínimo de condições para resgatar tais segmentos. Sejamos zelosos na mordomia da ação social! O fundamento da igreja local para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, em toda a Bíblia.
  • 39. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 37Lições Bíblicas /Professor SÍNTESE DO TÓPICO III A mordomia dos crentes na igreja local leva em conta a necessidade de congregar,oslíderesetambémosmem- broscomomordomosdoReinodeDeus. 2. Líderes cristãos como mordo- mos. Os pastores das igrejas locais, como mordomos cristãos, têm grande responsabilidade diante de Deus pe- las almas que lhe são confiadas. Essa responsabilidade está amparada no próprio exemplo de Jesus. Nosso Senhor ensina-nos como cuidar das almas que o Pai nos confiou. Ele lavou os pés aos discípulos, e ensinou: “Entendeis o que vos tenho feito? [...] Porque  eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.12,15 – grifo meu). Aqui, está claro que nenhum líder deve comportar-se como “maior que os outros”, inacessíveis aos humildes servos do Senhor, mas todos devem fazer parte da “irmandade da bacia e da toalha”. Essa perspectiva consciente da liderança evangélica é o mais eficaz antídoto contra o orgulho. 3. A mordomia dos membros e congregados. Numa igreja local, além dos líderes terem uma responsabilida- de específica, o membro do Corpo de Cristo deve ser útil à Obra do Senhor, exercendo a mordomia do Reino de Deus conforme a sua capacidade. Orando, louvando, testemunhando, evangeli- zando, visitando enfermos e afastados, liderando departamentos e realizando outras atividades. É preciso trabalhar “enquanto é dia” (Jo 9.4). III – A MORDOMIA DOS CRENTES NA IGREJA LOCAL 1. Em primeiro lugar é preciso congregar. É notório o crescimento dos “desigrejados”. Não temos espaço aqui para entrar em detalhes sobre o fenômeno. Entretanto, um dos maiores perigos deste movimento é esta falsa ideia: já que a “igreja sou eu”, não preciso frequentar os cultos regulares, nem ser membro de uma igreja local. Ora, não é isso o que a Bíblia ensi- na, mas exatamente o contrário: “não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Quer sua igreja local seja grande, quer seja pequena, ou um ponto de pregação, ale- gre-se em orar com os irmãos, participar da ceia do Senhor, ouvir a Palavra de Deus, compartilhar os dons espirituais e assistir aos mais necessitados. Tenha a alegria de congregar! Ame a Cristo, o cabeça; mas ame também a Igreja, o seu corpo. A dimensão de serviço no minis- tério leva-nos, além de divulgar as boas-novas com denodo e coragem, a participar do desejo de Deus que é alcançar de modo prático os margina- lizados da sociedade. As pessoas que não têm ninguém para pleitear a sua causa, e que se encontram desconside- radas e abandonadas, também foram criadas à imagem de Deus. A Igreja, revestida pelo poder do Espírito, terá de passar das palavras para ações se quer ver realizados os propósitos de Deus. Não poderá haver maneira de fugir deste fato: se vamos realmente servir no ministério continuado de Jesus Cristo, esse serviço deverá seguir o exemplo do seu ministério” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.604). SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ “HáváriaspassagensnoNovoTesta- mentonasquaispodemosverumadescri-
  • 40. Julho/Agosto/Setembro - 201938 Lições Bíblicas /Professor CONCLUSÃO A mordomia na igreja local abrange muitas tarefas. Precisamos saber a nossa vocação e perseverar nela para servir melhor ao Senhor e à sua Igreja. É um grande privilégio servir a Deus com os dons que Ele nos deu. Portanto, seja um mordomo fiel na igreja em que você congrega. Ame a Deus, ame ao próximo, ame à igreja e congregue com alegria. Valorize a igreja local. çãoclaradoquesignificasermembroda igreja. Uma das seções mais volumosas está em 1 Coríntios 12 a 14. Em 1 Corín- tios12,Pauloexplicaametáforadaigreja como um corpo com muitos membros. Em1Coríntios13,eleestabeleceoamor comoaatitudeeaaçãocentraisquetodos os membros devem ter. E em 1 Coríntios 14, ele se volta à igreja em Corinto, cuja visãoarespeitodoconceitodemembresia está equivocada. Alguns líderes e membros da igreja entendem o conceito de membresia como um conceito organi- zacional ou ligado à administração. Por isso, eles refutam a ideia de que sua visão seja antibíblica. Contudo, o conceito de membresia é extre- mamente bíblico. A Bíblia explica ‘membros’ de um modo diferente da cultura secular. Por exemplo, obser- ve o termo em 1 Coríntios 12.27,28: PARA REFLETIR A respeito de “A Mordomia da Igreja Local”, responda: • Quem são os mordomos da Palavra de Deus, hoje? Pastores, evangelistas, discipuladores e professores da Escola Dominical. • Qual a melhor maneira de se exercer a mordomia da Palavra de Deus? Uma das melhores formas de exercer a mordomia da Palavra de Deus é evangelizar todos tipos de pessoas (Mc 16.15,16). • A quem foi confiada a grande mordomia dos dons espirituais? A Bíblia mostra que os dons espirituais foram confiados unicamente à Igreja de Cristo, ou seja, aos salvos. • Em que está o fundamento para a nossa prática social? O nosso fundamento para a prática social está nos salmistas, nos profetas, em Cristo e nos apóstolos, ou seja, na Bíblia. • Que grande lição Jesus deu aos apóstolos sobre a humildade? Ele lavou os pés dos discípulos de maneira humilde. ‘Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja...’. Você percebe a diferença? Os membros de uma igreja compõem o todo e são partes essenciais do todo [...]” (RAINER, Thom S. Eu Sou Membro de Igreja: Descobrindo a atitude que faz a diferença. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.25).
  • 41. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 39Lições Bíblicas /Professor CONSULTE Revista Ensinador Cristão – CPAD, nº 79, p.38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. SUGESTÃO DE LEITURA Aprenda técnicas de comu- nicação com pastor e autor best-seller, Charles Swindoll. Se você é líder cristão que ama o trabalho de Deus, então essa obra foi desenvolvida para você. De todos os dons espirituais, um dos que devemos buscar mais é o discernimento. Falando Bem - Toque Pessoas com Suas Palavras Desenvolva Suas Habi- lidades de Liderança Cristianismo Equilibrado ANOTAÇÕESDOPROFESSOR
  • 42. Julho/Agosto/Setembro - 201940 Lições Bíblicas /Professor Verdade Prática “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (Jo 4.23) Deus procura os verdadeiros adora- dores, e não as celebridades. Texto Áureo LEITURA DIÁRIA Segunda – Mt 2.11 Os magos prostraram-se diante de Jesus Terça – Jo 4.20-24 O Pai busca os verdadeiros adoradores Quarta – Rm 12.1 O culto racional Quinta – 1 Co 6.20 Glorificando a Deus no corpo e no espírito Sexta – Sl 96.9 Adorando na beleza da santidade Sábado – Mt 26.39 Jesus prostrou-se em oração diante do Pai AMordomiadaAdoração 11 de Agosto de 2019 Lição 6
  • 43. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 41Lições Bíblicas /Professor OBJETIVO GERAL Mostrar que Deus procura os verdadeiros adoradores. HINOS SUGERIDOS: 51, 124, 533 da Harpa Cristã OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conceituar a palavra Adoração; Explicar como adorar a Deus; Pontuar gestos e atitudes na adoração a Deus. I II III Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 19 - Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20 - Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. 21 - Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 - Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. 23 - Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24 - Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. 25 - A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. 26 - esus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. João 4.19-26
  • 44. Julho/Agosto/Setembro - 201942 Lições Bíblicas /Professor O culto a Deus é o momento em que Ele se encontra com o seu povo. Esse conceito tem fundamento no Antigo Testamento e é aprofundado por Jesus no Novo Testamento. Aqui, a verdadeira adoração a Deus se realiza “em espírito e em verdade”. Assim, a adoração ao Pai está centrada na pessoa bendita de Jesus Cristo. Nesse sentido, não é o ritualismo ou o simbolismo que pauta a adoração, mas a pessoa de Jesus. Ele é o centro. Ele é o tudo. Ele é o nosso salvador! • INTERAGINDO COM O PROFESSOR COMENTÁRIO INTRODUÇÃO No Antigo Testamento só se podia oferecer culto no Tabernáculo ou no Templo. No Novo, e do ponto de vista espiritual, Jesus Cristo aprofundou o sentido de adoração, conforme a nar- rativa do evangelista declara: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23). Nesta lição, veremos que, diferente do Antigo Testamento, a mordo- mia da adoração no Novo se realiza “em espírito e em verdade”. Assim, a adoração não está mais centrada no ritualismo ou no simbolismo da Antiga Aliança, mas em Cristo. I – O QUE É ADORAÇÃO Adoração vem do latim Adoratio- nem. No sentido etimológico significa “culto ou veneração que se presta a uma divindade”. Para o cristão, adoração é a veneração elevada que se presta ao Deus Único, que subsiste em três pes- soas distintas na Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. 1. No Antigo Testamento. No An- tigo Testamento, a palavra hebraica shaha ocorre mais de 100 vezes, e sig- nifica “curvar-se diante” ou “prostrar-se diante” de Deus. Há ainda a palavra abad, que traz os sentidos de “adorar”, “trabalhar” ou “servir” a Deus (cf. 2 Rs 10.18-23). Essa é a perspectiva de adoração da Antiga Aliança. O livro do Êxodo revela que Deus mandou Moisés, Arão, Nadabe e Abiú, e os setenta anciãos, subirem ao monte e inclinarem-se de longe como sinal de reverência e adoração ao Eterno (24.1). 2. No Novo Testamento. O Novo Testamento registra o verbo grego proskuneo 59 vezes. Ela significa “prostrar-se” ou “adorar” ou “prestar homenagem a alguém” ou “venerar” ou “ser reverente” ou “beijar a mão”. Há também o verbo (prosekúnesa), que passou a significar “prostrar-se como sinal de reverência”, “prestar homenagem”. Nesse sentido, a narrativa da adoração dos magos a Jesus fundamenta a perspectiva de adoração da Nova Aliança (Mt 2.2,11). 3.Outraspalavrasrelativasaadora- ção.NoNovoTestamento,apalavragrega latreía emprega o sentido de “serviço” de adoração no culto (Êx 12.25,26; Hb 8.5; 9.9; 13.10). Dessa palavra vem o termo idolatria, ou adoração a ídolos, práticacondenadaporDeus.Hátambém apalavraleitourgia,ouliturgia,quesigni- ficavaserviçoprestadoemfavordopovo. Deus procura os verdadeiros adora- dores, e não as celebridades. PONTO CENTRAL
  • 45. 2019 - Julho/Agosto/Setembro 43Lições Bíblicas /Professor SÍNTESE DO TÓPICO I Com base no Antigo e no Novo Testamento, a adoração é a veneração elevada que se presta ao Deus único e Criador. Atualmente,apalavraliturgiarefere-seà forma de organização do culto e seu de- senvolvimento.Cadadenominaçãocristã tem uma “liturgia” em que a adoração a Deussedestacacomoaessênciadoculto. SUBSÍDIO DIDÁTICO- -PEDAGÓGICO Esse tópico tem o objetivo de explicar o conceito da palavra “adora- ção”. Para lhe ajudar nesse propósito, sugerimos que leve em conta, quando da preparação de sua aula, o seguinte texto: “O propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento entre a criatura e a divindade. A adora- ção é praticada prestando-se reverência e homenagem religiosa a Deus (ou a um deus) em pensamento, sentimento ou ato, com ou sem a ajuda de símbolos e ritos. [...] A adoração pura expressa a veneração sem fazer alguma petição, e pressupõe a auto-renúncia e a entrega sacrificial a Deus. Estritamente falando, a adoração é a ocupação da alma com o próprio Deus, e não inclui a oração por necessidades e ação de graças pelas bênçãos” (Dicionário Biblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.31). II – COMO ADORAR A DEUS 1.“Emespíritoeemverdade”.Após ouvir de modo atencioso e reverente a palavra de Jesus, a mulher samaritana ficou impressionada e o reconheceu como profeta (Jo 4.19). Nosso Senhor declarou duas coisas importantes sobre a verdadeira adoração. Primeiro, onde se deve adorar a Deus; em segundo lugar, como se deve adorá-Lo. 1.1. Onde adorar a Deus? Para a mulher samaritana o lugar correto de adoração era o monte de Samaria. Mas para os judeus, era Jerusalém. Entretanto, nosso Senhor revelou cla- ramente que chegaria um tempo em que o essencial da adoração não seria o lugar geográfico, pois “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24). 1.2. A atitude do adorador. Além de adorar “em espírito”, o cristão deve adorar “em verdade” (Jo 4.24). Nem todo hino ou cântico ou apresentação musical é adoração a Deus. Atualmente, a partir da influência do chamado “mo- vimento gospel”, as músicas têm sido usadas de forma a exaltar “artistas” ou “levitas”. Isso é uma visão deturpada da adoração. Multidões se ajuntam em templos, estádios ou praças, para assistirem “shows gospel”, onde a hu- mildade e a contrição estão longe do propósito original da adoração. Ora, a verdadeira adoração é “em espírito e em verdade”, e para a glória de Deus. Somente Ele é o centro da adoração! 2. Com o “culto racional”. Paulo escreveu aos cristãos de Roma acerca de apresentarmo-nos a Deus em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional (Rm 12.1). O culto racional significa cultuar a Deus “com razão de ser”, motivados espiritual- mente, portadores de uma sinceridade profunda: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). O objetivo do culto racional é este: