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ZIKA VÍRUS
GERSON DE SOUZA SANTOS
Enf.gerson@Hotmail.com
É uma doença causada pelo vírus Zika
(ZIKV), um arbovírus do gênero flavivírus
(família Flaviviridae), filogeneticamente
próximo ao vírus da dengue, ao vírus da
febre amarela, à encefalite por Saint Louis
ou ao vírus do Nilo Ocidental. É um vírus
RNA com duas linhagens, uma Africana e
uma Asiática.
DISTRIBUIÇÃO DA DOENÇA
O vírus Zika foi isolado em 1947, na floresta Zika em Uganda (motivo
da denominação do vírus). É endêmica no leste e oeste do continente
africano. No ano de 2007 foi notificado o primeiro surto de Zika vírus
fora da África e Ásia, sendo notificados 185 casos suspeitos na ilha
de Yap, na Micronesia. De 2007 a 2012 não houve relato de novos
casos de Zika vírus nas Ilhas do Pacífico.
Em 2013 o vírus reaparece na Polinésia Francesa disseminando a
transmissão em diversas ilhas da Oceania. Foram registrados cerca
de 10.000 casos, com 70 casos graves que apresentaram
complicações neurológicas (síndrome de Guillain Barre,
meningoencefalite) ou auto-imune (púrpura trombocitopênica,
leucopenia).
Modo de transmissão: Transmitido pela picada do mosquito Aedes,
sendo na área urbana o principal vetor é o Aedes aegypti. Na
literatura científica também é descrita a ocorrência de transmissão
ocupacional em laboratório de pesquisa, transmissão perinatal e um
único caso de transmissão sexual.
Período de Incubação: Após a picada de mosquito, os sintomas da
doença aparecem de três a doze dias.
Quadro Clínico: Os sinais e sintomas mais comuns são: febre
baixa, artralgia, mialgia, cefaleia, exantema maculopapular, edema
de membros inferiores, hiperemia conjuntival não purulenta. Com
menos frequência, podem apresentar dor retro-orbital, anorexia,
vômitos, diarreia ou dor abdominal. Porém, em alguns casos a
infecção pode ser assintomática. A doença é autolimitada, com
duração de 4 -7 dias.
Tratamento: Não há tratamento específico. O tratamento é sintomático e
de suporte, incluindo: repouso, ingestão de grandes quantidades de fluidos
e uso de acetaminofeno para febre e dor. No caso de erupções pruriginosas,
os anti-histamínicos podem ser considerados. Não é recomendável o uso de
ácido acetilsalicílico e de drogas anti-inflamatórias devido ao risco
aumentado de síndrome hemorrágica, como ocorre com outros flavivírus.
Diagnóstico Laboratorial:
Até o momento não se dispõe, no país, de técnica laboratorial para o
diagnóstico na rotina dos serviços de saúde. Não há disponibilidade de
testes sorológicos comerciais para ZIKV no mundo.
Na fase aguda da doença (do 1º até o 5º dia) o diagnóstico poderá ser feito
por detecção de RNA viral a partir de soro através de técnicas de biologia
molecular (RTPCR).
O teste sorológico específico (ELISA ou neutralização) para detectar IgM ou
IgG contra vírus Zika poderá ser positivo a partir do 6º dia, após o
estabelecimento do quadro clínico. Devido à reação cruzada com outros
flavivírus como o vírus dengue, os resultados de sorologia devem ser
interpretados de maneira criteriosa.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Prevenção domiciliar
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de
contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito,
impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou
mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água,
totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a
proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos
habitantes.
Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o
controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a
densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da
dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um
ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e
de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão
secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.
Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti,
tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos
imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em
manejo ambiental e redução de criadouros.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
• 1-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de
Informação Estratégica em Saúde - Nota Informativa nº6/2015.
• 2-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de
Informação Estratégica em Saúde - Nota Informativa nº7/2015.
• 3-Organização Panamericana de Saúde- Alerta Epidemiológico. Infección por
vírus Zika -7/05/2015.

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FEBRE PELO ZIKA VÍRUS

  • 1. ZIKA VÍRUS GERSON DE SOUZA SANTOS Enf.gerson@Hotmail.com
  • 2. É uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKV), um arbovírus do gênero flavivírus (família Flaviviridae), filogeneticamente próximo ao vírus da dengue, ao vírus da febre amarela, à encefalite por Saint Louis ou ao vírus do Nilo Ocidental. É um vírus RNA com duas linhagens, uma Africana e uma Asiática.
  • 4. O vírus Zika foi isolado em 1947, na floresta Zika em Uganda (motivo da denominação do vírus). É endêmica no leste e oeste do continente africano. No ano de 2007 foi notificado o primeiro surto de Zika vírus fora da África e Ásia, sendo notificados 185 casos suspeitos na ilha de Yap, na Micronesia. De 2007 a 2012 não houve relato de novos casos de Zika vírus nas Ilhas do Pacífico. Em 2013 o vírus reaparece na Polinésia Francesa disseminando a transmissão em diversas ilhas da Oceania. Foram registrados cerca de 10.000 casos, com 70 casos graves que apresentaram complicações neurológicas (síndrome de Guillain Barre, meningoencefalite) ou auto-imune (púrpura trombocitopênica, leucopenia).
  • 5. Modo de transmissão: Transmitido pela picada do mosquito Aedes, sendo na área urbana o principal vetor é o Aedes aegypti. Na literatura científica também é descrita a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, transmissão perinatal e um único caso de transmissão sexual. Período de Incubação: Após a picada de mosquito, os sintomas da doença aparecem de três a doze dias.
  • 6. Quadro Clínico: Os sinais e sintomas mais comuns são: febre baixa, artralgia, mialgia, cefaleia, exantema maculopapular, edema de membros inferiores, hiperemia conjuntival não purulenta. Com menos frequência, podem apresentar dor retro-orbital, anorexia, vômitos, diarreia ou dor abdominal. Porém, em alguns casos a infecção pode ser assintomática. A doença é autolimitada, com duração de 4 -7 dias.
  • 7. Tratamento: Não há tratamento específico. O tratamento é sintomático e de suporte, incluindo: repouso, ingestão de grandes quantidades de fluidos e uso de acetaminofeno para febre e dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não é recomendável o uso de ácido acetilsalicílico e de drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de síndrome hemorrágica, como ocorre com outros flavivírus.
  • 8. Diagnóstico Laboratorial: Até o momento não se dispõe, no país, de técnica laboratorial para o diagnóstico na rotina dos serviços de saúde. Não há disponibilidade de testes sorológicos comerciais para ZIKV no mundo. Na fase aguda da doença (do 1º até o 5º dia) o diagnóstico poderá ser feito por detecção de RNA viral a partir de soro através de técnicas de biologia molecular (RTPCR). O teste sorológico específico (ELISA ou neutralização) para detectar IgM ou IgG contra vírus Zika poderá ser positivo a partir do 6º dia, após o estabelecimento do quadro clínico. Devido à reação cruzada com outros flavivírus como o vírus dengue, os resultados de sorologia devem ser interpretados de maneira criteriosa.
  • 9.
  • 10. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE Prevenção domiciliar Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.
  • 11. Prevenção na comunidade Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas. Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA • 1-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Informação Estratégica em Saúde - Nota Informativa nº6/2015. • 2-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Informação Estratégica em Saúde - Nota Informativa nº7/2015. • 3-Organização Panamericana de Saúde- Alerta Epidemiológico. Infección por vírus Zika -7/05/2015.