SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
institutogamaliel.com http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/fe-versus-duvida/teologia
Fé versus Dúvida
Copérnico, por sua vez, levado por incertezas, após investigar, acreditou que o sol era
o centro do sistema solar. Neste sentido ele teve que acreditar (fé), o que é coerente
com a visão de Johannes, de que, ‘para ter dúvida aprofundada é necessário ter fé’.
Por acreditar (ter fé) no sistema heliocêntrico, a dúvida de Copérnico aprofundou-se em relação ao sistema
geocêntrico. Em uma época contrária ao seu posicionamento, Copérnico assumiu o risco da sua crença, e a sua
crença tornou-se proporcional ao risco.
É comum aos pensadores seculares e a muitos teólogos estabelecerem uma relação de interdependência entre
as palavras ‘fé’ e ‘dúvida’, como se elas fossem termos antônimos quando utilizadas para abordar questões
pertinentes ao evangelho de Cristo.
O teólogo Kierkegaard (1813-1855), sob o pseudônimo de Johnannes Climacus escolheu como título do seu
estudo sobre a dúvida, a tese cartesiana do filósofo René Descartes (1596-1650), que defendia ser necessário
duvidar de tudo (Johnannes Climacus ou é preciso duvidar de tudo).
Na visão de Johannes, para ter dúvida aprofundada é necessário ter fé.
Será?
Ora, quando se trata da filosofia, é certo que ela decorre das interrogações provenientes das incertezas que é
próprio ao homem, e que, por sua vez, lança o homem a investigação. Como exemplo, num passado não muito
distante, era consenso próprio a humanidade acreditar que a terra era o centro do sistema solar (geocêntrica), e
Copérnico (1473-1543), por sua vez, levado por incertezas, após investigar, concluiu que o sol é o centro do
sistema solar (heliocêntrica).
O que a humanidade acreditava, e isto inclui a igreja e os filósofos da época, não alterou a realidade. De igual
modo, quando o homem passou a acreditar que o sol é o centro do sistema solar, não mudou a realidade, antes
corrigiu a sua visão distorcida da realidade.
De igual modo, quando se refere ao evangelho de Cristo, que é descrito como a ‘fé’ que uma vez foi dada aos
santos, temos que o evangelho (fé) não depende da credulidade do homem para ser firme ( Jd 1:3 ).
Diferente da filosofia, que surgiu da inquietude gerada das necessidades de se compreender a realidade física e
dimensionar como os valores socioculturais explicam tal realidade, o evangelho não derivou da dúvida dos
homens e nem se apóia na credulidade deles, antes o evangelho é uma revelação concernente a manifestação
do unigênito Filho de Deus em carne.
A realidade física, apesar de ser objeto de analise da filosofia, é anterior a filosofia, sendo que as disposições
internas do homem em acreditar ou não na realidade que o cerca, nem de longe pode alterá-la ou influenciá-la.
Do mesmo modo, o evangelho é matéria independente da credulidade ou da incredulidade humana, pois se o
homem acreditar ou não, a mensagem do evangelho continua sendo a mesma: diz da vontade eterna de Deus
de fazer congregar em Cristo todas as coisas ( Ef 1:10 ).
Posicionar-se diante da realidade física ou da mensagem do evangelho é facultado ao homem. Acreditar ou não
(fé versus dúvida) é um embate que se dá na mente dos homens, o que não interfere na realidade física e nem
pode alterar o disposto na mensagem do evangelho.
A bíblia descreve a mensagem do evangelho como a ‘fé’ manifesta aos homens. Ela também diz que ‘sem fé é
impossível agradar a Deus’ ( Hb 11:6 ). Ou seja, o que torna o homem agradável a Deus está contido na fé que
havia e foi manifesta aos homens.
“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia
de manifestar” ( Gl 3;23 )
Desde o Antigo Testamento foi anunciado pelos profetas que Deus haveria de manifestar a sua salvação “Cantai
ao SENHOR um cântico novo, porque fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a
salvação. O SENHOR fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos dos gentios” ( Sl 98:1
-2); “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” ( Is 53:1 ).
O salmista Davi também profetizou acerca de Cristo, o santo braço do Senhor que seria desnudado perante os
povos da terra, e a mesma mensagem foi anunciada pelo profeta Isaias. No ato de desnudar o seu santo braço,
Deus tornaria ‘conhecida’, ‘notória’, ‘revelada’, ‘manifesta’ a sua salvação aos gentios.
Mas, antes que o braço do Senhor (Jesus) fosse manifesto a todos os homens, os judeus estavam atrelados a lei
mosaica, encerrados para a fé (fé=Cristo=braço do Senhor=poderosa salvação Lc 1:69 ) que havia de se
manifestar.
O apóstolo Paulo, ao falar da fé, assim disse: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu
evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve
oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do
Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” ( Rm 16:25 -26).
Observe que a ‘fé’ que foi entregue aos santos ( Jd 1:3 ), é descrita pelo apóstolo dos gentios como:
Meu evangelho;
A pregação de Jesus;
A revelação do mistério que esteve oculto desde tempos eternos;
Manifestou-se agora;
Foi notificado pelas escrituras dos profetas;
É segundo o mandamento de Deus, e;
Foi revelado a todas as nações para obediência da fé.
Ele demonstra que a pregação de Jesus é a mesma mensagem contida no ‘seu’ evangelho. A pregação de Jesus
e o ‘evangelho’ de Paulo referem-se à revelação do mistério que esteve oculto desde os tempos eternos. O que
foi ‘notificado’ pelas escrituras e que agora se manifestou é o mesmo que: a) o mistério revelado; b) a pregação
de Cristo, e; c) o evangelho de Paulo.
Cristo, o Verbo de Deus, a palavra encarnada manifesta aos homens a seu tempo (plenitude), é o tema da
pregação que foi confiada ao apóstolo. A pregação dele é conforme o mandamento de Deus, uma vez que
somente é possível obedecer ao mandamento de Deus através da ‘fé’, ou seja, através do evangelho de Cristo,
Deus estabeleceu o único modo de o homem cumprir o exigido por Ele: obediência da fé.
Qual o mandamento de Deus? Que os homens creiam naquele que Ele enviou. É por isso que Cristo se
manifestou, pois ao crer n’Ele, o homem também crê no Pai que o enviou “E Jesus clamou, e disse: Quem crê
em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou” ( Jo 12:44 ). Cristo é a ‘fé’ que havia de se manifestar, o
verbo manifesto em carne “Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada
segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador” ( Tt 1:3 ).
Portanto, faz-se necessário observar que, na bíblia, como em qualquer literatura, há o emprego de figuras de
linguagem.
O termo ‘fé’, muitas vezes é empregado na condição de figura de linguagem, denominada de Metonímia, sendo
utilizado para fazer referência ao conteúdo da mensagem do evangelho. Tal figura de linguagem consiste em
substituir um nome (evangelho) por outro (fé) em virtude de haver entre os termos forte associação de
significado (fé e evangelho).
Deste modo, não há o que se falar em ‘fé’ versos ‘razão’, ou ‘fé’ versus ‘dúvida’. Ex: A fé que havia de se
manifestar (há uma substituição do nome do autor da obra pela obra do autor, pois sabemos que Cristo é o autor
e consumador da fé, a fé que havia de se manifestar).
Esta figura de linguagem faz com que um mesmo termo passe a amalgamar significados distintos. Por exemplo,
a palavra ‘fé’, dependendo do contexto pode significar ‘acreditar’, ‘confiar’, ‘crer’, ou ‘evangelho’, ‘mensagem’,
‘pregação’, ‘boas novas’, etc.
É por isso que o apóstolo Paulo diz que a justiça de Deus se descobre no evangelho, que é de fé (evangelho) em
fé (crença), ou seja: primeiro a mensagem, depois a crença. Sem as garantias contidas na mensagem do
evangelho é impossível que a confiança do homem surta qualquer efeito. A mensagem do evangelho expressa a
fidelidade de Deus, e sem Ele não há nada firme em que o homem possa crer para salvação.
A crença do homem surte efeito para salvação somente quando repousa nas garantias estabelecidas na
mensagem do evangelho ( Rm 10:14 ). Deus prometeu, e Ele é o garantidor da promessa. A promessa, por sua
vez é firme, pois Deus é fiel, e poderoso para cumpri-la.
O evangelho é a fé que havia de se manifestar, ou seja, a fé consiste nas boas novas do reino, sendo Cristo o
tema central: a palavra de Deus encarnada. Sem a fé manifesta é impossível ao homem ter fé (crer), pois o que
torna a crença do homem para a salvação viável é a obra redentora de Cristo.
O evangelho de Cristo não consiste em sabedoria humana que dependa de contínuas dúvidas e descobertas
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” ( Gl 1:12 ).
Qual revelação? No que consiste a revelação? A manifestação em carne de Cristo Jesus é a revelação da
maravilhosa graça redentora ofertada por Deus a todos os homens “Portanto, cingindo os lombos do vosso
entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo”
( 1Pe 1:13 ).
O simples fato de o Verbo de Deus vir em carne ao mundo é a maravilhosa oferta de redenção à humanidade.
Ou seja, o Verbo de Deus não veio mudar a realidade física e nem interferir nas relações humanas, antes veio
resgatar o que se havia perdido ( Lc 19:10 ).
A essência da filosofia reside na dúvida constante, que faz avolumar inúmeras questões e paradoxos. Se não
houver dúvida o homem deixa de filosofar. Mas, com relação ao evangelho, a fé que foi dada aos santos ( Jd 1:3
), se o homem duvidar não alcançará maior conhecimento, e nem invalidará a promessa de Deus.
Através da filosofia o homem busca desvencilhar-se dos seus paradigmas tendo a crítica e a razão como
ferramentas em busca da verdade, do conhecimento real, e através das mesmas ferramentas, a razão e a
crítica, o homem estabelece novos paradigmas que possam resistir a sua própria crítica e razão.
Por outro lado, caso o homem creia no evangelho, receberá o prometido segundo a fé manifesta, que é o
evangelho, porém, o evangelho não depende da credulidade humana para existir, e nem dela depende para ser
firme. A fé do crente é descrita como firme fundamento das coisas que se esperam e das coisas que não se
vêem porque tal crença tem o suporte da palavra de Deus, o Verbo encarnado, que é poderosa, fiel e imutável.
A crença do cristão surge da verdade e garantias contidas no evangelho. Crente é aquele que crê em Cristo
conforme diz as Escrituras! Qualquer outra crença não é firme, pois não tem o suporte daquele que é imutável e
que não pode mentir.
Portanto, a concepção de Johannes, de que é necessário ter fé para duvidar com profundidade é descabida, se
considerarmos que, em se falando de cristãos, ‘fé’ diz especificamente da mensagem do evangelho, e não de
conjecturas diversas.
A oferta de salvação é a fé manifesta aos perdidos, portanto, ter fé é o mesmo que estar de posse das garantias
contidas no evangelho. Por sua vez, crer, acreditar, ou ter fé, é descansar na esperança proposta ( Hb 6:18 ).
Crenças e dúvidas são pertinentes a todos os homens, inclusive aos cristãos. Ambos, cristãos ou incrédulos
crêem que, se plantarem, colherá segundo o que foi semeado. Ambos crêem na lei da sementeira: quem planta
vento colhe tempestade, porém, tais crenças não conduzem o homem a Deus.
Por que crêem na lei da sementeira? Porque ela não falha! Porque ela não depende da credulidade do homem
para ser firme.
Ambos, crentes e não crentes, tem dúvidas quanto a índole dos políticos. Ambos conjugam o verbo ‘será’ e
questionam as inúmeras possibilidades que a existência oferece. Ambos têm receio quanto ao que o futuro pode
oferecer.
Tais dúvidas somente aumentam as questões filosóficas, mas não se constituem em entrave para o homem
chegar aos céus.
A única exigência bíblica para que o homem seja salvo é crer em Cristo como o enviado de Deus, ou seja, a
bíblia não determina que o homem tenha que acreditar que a terra é quadrada, ou que o sol gira em torno da
terra, ou que o homem nunca foi a lua. Não! A bíblia não entra nos méritos de tais questões científicas, pois, em
se falando de salvação, não há qualquer importância sobre o que o homem acredita ou não.
Se qualquer homem quiser adotar a tese cartesiana e duvidar de tudo e de todos, assim pode fazê-lo. Quanto a
isto não há oposição bíblica. Porém, com relação à salvação, Cristo se revelou como cordeiro entregue em
resgate de muitos, e para ser salvo, é necessário crer n’Ele. Esta é a exigência bíblica para salvação.
O maior problema dos filósofos, e neste rol inclui-se os pseudo-cristãos, está em rotular a ‘fé’ cristã como termo
antônimo da palavra ‘dúvida’, principalmente porque em algum tempo da história se divulgou que a fé está
relacionada com o absurdo: creio porque é absurdo, ou que: a fé se opõe à razão.
Os cristãos, por sua vez, crêem na ‘fé’ que uma vez foi dada aos santos porque ela é poder de Deus para os que
crêem, embora os que se perdem considerem o evangelho loucura, ou seja, a bíblia nunca recomendou o crente
a crer em absurdos, ou que a fé é proveniente do absurdo.
A fé cristã não guarda qualquer relação com a dúvida, como assinalou Johannes, visto que a verdade do
evangelho (fé) vem somente pelo ouvir, e o ouvir somente pela palavra de Deus. Somente através da palavra de
Deus o homem passa a confiar em Deus, ou seja, a justiça de Deus é de fé (evangelho) em fé (crença) ( Rm 1:16
-17).
Jesus não solicitou aos seus seguidores que cressem em absurdos, como crer que uma moeda viciada, que
possui duas coroas, possa dar resultado favorável ao apostador que escolhe cara. Não!
Jesus convida solenemente: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das
mesmas obras” ( Jo 14:11 ). Crês tu isso? Se creres verá a glória de Deus, mesmo que você seja alguém
desconfiado como foi Tomé! “E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” ( Jo 11:26 ).
É descabido relacionar a fé que Kierkegard descreve com o evangelho de Cristo, a fé que uma vez foi dada aos
santos ( Jd 1:3 ). Em se tratando do Evangelho é descabida a afirmação de Kierkegaard de que ‘sem risco não
há fé’, ou que a ‘fé é diretamente proporcional ao risco’, pois no evangelho (fé) não há risco, e sim, Deus se
interpondo como garantidor da ‘fé’.
Agora, em se tratando de questões filosóficas, é certo que, se há risco é necessário o homem acreditar. Diante
de uma dúvida proveniente de questões existenciais, acreditar é proporcional ao risco.
Copérnico, por sua vez, levado por incertezas, após investigar, acreditou que o sol era o centro do sistema solar.
Neste sentido ele teve que acreditar (fé), o que é coerente com a visão de Johannes, de que, ‘para ter dúvida
aprofundada é necessário ter fé’. Por acreditar (ter fé) no sistema heliocêntrico, a dúvida de Copérnico
aprofundou-se em relação ao sistema geocêntrico. Em uma época contrária ao seu posicionamento, Copérnico
assumiu o risco da sua crença, e a sua crença tornou-se proporcional ao risco.
Quando Jesus diz ‘que todo aquele que crê nele, mesmo que morra viverá’, ou ‘se vive jamais morrerá’, que risco
há em crer em Cristo? ( Jo 11:25 -26). O risco está na morte, e não naquele que oferece vida.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lição 4 - Ele Sim !
Lição 4 - Ele Sim !Lição 4 - Ele Sim !
Lição 4 - Ele Sim !Éder Tomé
 
A ação social como resultado prático
A ação social como resultado práticoA ação social como resultado prático
A ação social como resultado práticoJoel Manhaes
 
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivos
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivosLição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivos
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivosÉder Tomé
 
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelho
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelhoLivro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelho
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelhoFelipe Wagner
 
Doutrina da Eleição
Doutrina da EleiçãoDoutrina da Eleição
Doutrina da Eleiçãouriank
 
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de Deus
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de DeusLição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de Deus
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de DeusÉder Tomé
 
Somente a Fé - John Owen
Somente a Fé - John OwenSomente a Fé - John Owen
Somente a Fé - John OwenSilvio Dutra
 
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016Pr. Andre Luiz
 
A verdadeira religião de Deus - Islã*
A verdadeira religião de Deus - Islã*A verdadeira religião de Deus - Islã*
A verdadeira religião de Deus - Islã*Cristiane Freitas
 
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de DeusLição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de DeusÉder Tomé
 
Lição 9 - A Singularidade de Jesus Cristo
Lição 9 - A Singularidade de Jesus CristoLição 9 - A Singularidade de Jesus Cristo
Lição 9 - A Singularidade de Jesus CristoÉder Tomé
 
Cristologia posição da iasd
Cristologia  posição da iasdCristologia  posição da iasd
Cristologia posição da iasdC. Soares
 
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015Jhose Iale
 
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power point
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power pointLição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power point
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power pointMarina de Morais
 

Mais procurados (19)

Batismo espírito santo
Batismo espírito santoBatismo espírito santo
Batismo espírito santo
 
A armadura de deus vincent cheung
A armadura de deus   vincent cheungA armadura de deus   vincent cheung
A armadura de deus vincent cheung
 
Lição 4 - Ele Sim !
Lição 4 - Ele Sim !Lição 4 - Ele Sim !
Lição 4 - Ele Sim !
 
A ação social como resultado prático
A ação social como resultado práticoA ação social como resultado prático
A ação social como resultado prático
 
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivos
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivosLição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivos
Lição 09 - A Fé que nos une a Deus e nos torna produtivos
 
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelho
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelhoLivro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelho
Livro ebook-justificacao-o-coracao-do-evangelho
 
Doutrina da Eleição
Doutrina da EleiçãoDoutrina da Eleição
Doutrina da Eleição
 
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de Deus
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de DeusLição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de Deus
Lição 2 - Revelação Divina e a Razão são Dádivas de Deus
 
Somente a Fé - John Owen
Somente a Fé - John OwenSomente a Fé - John Owen
Somente a Fé - John Owen
 
Filipi mensagem
Filipi   mensagemFilipi   mensagem
Filipi mensagem
 
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo - Lição 03 - 2º Trimestre de 2016
 
Lumen Fidei
Lumen FideiLumen Fidei
Lumen Fidei
 
A verdadeira religião de Deus - Islã*
A verdadeira religião de Deus - Islã*A verdadeira religião de Deus - Islã*
A verdadeira religião de Deus - Islã*
 
Fé e Razão
Fé e RazãoFé e Razão
Fé e Razão
 
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de DeusLição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus
Lição 8 - Comprometidos com a Palavra de Deus
 
Lição 9 - A Singularidade de Jesus Cristo
Lição 9 - A Singularidade de Jesus CristoLição 9 - A Singularidade de Jesus Cristo
Lição 9 - A Singularidade de Jesus Cristo
 
Cristologia posição da iasd
Cristologia  posição da iasdCristologia  posição da iasd
Cristologia posição da iasd
 
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015
EBD - Lição 4 - Eu Creio na Inspiração das Escrituras - Jovens - CPAD 2015
 
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power point
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power pointLição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power point
Lição 6 - A Condição do Gentios sem Deus - Lição em power point
 

Destaque

Deficiência
DeficiênciaDeficiência
Deficiênciawr1996
 
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDE
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDEApuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDE
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDEJessé Lopes
 
Unid3 atv3 roberto
Unid3 atv3 robertoUnid3 atv3 roberto
Unid3 atv3 robertoluizegiovana
 
Derecho e informática
Derecho e informáticaDerecho e informática
Derecho e informáticaMitsy Vargas
 
Institutogamaliel.com escatologia doutrina das últimas coisas (1)
Institutogamaliel.com escatologia  doutrina das últimas coisas (1)Institutogamaliel.com escatologia  doutrina das últimas coisas (1)
Institutogamaliel.com escatologia doutrina das últimas coisas (1)Instituto Teológico Gamaliel
 
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritual
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritualInstitutogamaliel.com como ter autoridade espiritual
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritualInstituto Teológico Gamaliel
 
El viaje de papá
El viaje de papáEl viaje de papá
El viaje de papájalm89
 
Alfabeto visual
Alfabeto visualAlfabeto visual
Alfabeto visual3116112500
 
Para sandra - 18 Diciembre 2011
Para sandra - 18 Diciembre 2011Para sandra - 18 Diciembre 2011
Para sandra - 18 Diciembre 2011Pilar Mínguez
 
Proyecto remodelación parque municipal
Proyecto remodelación parque municipalProyecto remodelación parque municipal
Proyecto remodelación parque municipalNaron Bestial
 
Limiares da fé terceira aula
Limiares da fé  terceira aulaLimiares da fé  terceira aula
Limiares da fé terceira aulaJoao Rumpel
 

Destaque (20)

Abnt 2011
Abnt 2011Abnt 2011
Abnt 2011
 
Presentacion-revisado
Presentacion-revisadoPresentacion-revisado
Presentacion-revisado
 
Gerados pelo amor de deus
Gerados pelo amor de deusGerados pelo amor de deus
Gerados pelo amor de deus
 
Deficiência
DeficiênciaDeficiência
Deficiência
 
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDE
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDEApuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDE
Apuração dos cadastros 2014 - Ministério Missões IDE
 
Lei complementar nº 142
Lei complementar nº 142Lei complementar nº 142
Lei complementar nº 142
 
Unid3 atv3 roberto
Unid3 atv3 robertoUnid3 atv3 roberto
Unid3 atv3 roberto
 
Jn 28 05
Jn 28 05Jn 28 05
Jn 28 05
 
Escola fé e política
Escola fé e políticaEscola fé e política
Escola fé e política
 
Derecho e informática
Derecho e informáticaDerecho e informática
Derecho e informática
 
Mmotor 21
Mmotor 21 Mmotor 21
Mmotor 21
 
Institutogamaliel.com escatologia doutrina das últimas coisas (1)
Institutogamaliel.com escatologia  doutrina das últimas coisas (1)Institutogamaliel.com escatologia  doutrina das últimas coisas (1)
Institutogamaliel.com escatologia doutrina das últimas coisas (1)
 
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritual
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritualInstitutogamaliel.com como ter autoridade espiritual
Institutogamaliel.com como ter autoridade espiritual
 
Teses sobre a doutrina da santificação
Teses sobre a doutrina da santificaçãoTeses sobre a doutrina da santificação
Teses sobre a doutrina da santificação
 
El viaje de papá
El viaje de papáEl viaje de papá
El viaje de papá
 
Graficos
GraficosGraficos
Graficos
 
Alfabeto visual
Alfabeto visualAlfabeto visual
Alfabeto visual
 
Para sandra - 18 Diciembre 2011
Para sandra - 18 Diciembre 2011Para sandra - 18 Diciembre 2011
Para sandra - 18 Diciembre 2011
 
Proyecto remodelación parque municipal
Proyecto remodelación parque municipalProyecto remodelación parque municipal
Proyecto remodelación parque municipal
 
Limiares da fé terceira aula
Limiares da fé  terceira aulaLimiares da fé  terceira aula
Limiares da fé terceira aula
 

Semelhante a Institutogamaliel.com fé versus dúvida

Conceito de fé
Conceito de féConceito de fé
Conceito de féfbarboith
 
O que é evangelho e evangelização
O que é evangelho e evangelizaçãoO que é evangelho e evangelização
O que é evangelho e evangelizaçãoAlberto Simonton
 
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014Linaldo Lima
 
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 - - 15/05/2016
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 -  - 15/05/2016Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 -  - 15/05/2016
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 - - 15/05/2016Camila Guimarães
 
Review 299-escrituralismo-cosmovisao crampton
Review 299-escrituralismo-cosmovisao cramptonReview 299-escrituralismo-cosmovisao crampton
Review 299-escrituralismo-cosmovisao cramptonAlessandro Ferreira
 
03 a suficiência e a clareza das escrituras
03   a suficiência e a clareza das escrituras03   a suficiência e a clareza das escrituras
03 a suficiência e a clareza das escriturasJOÃO RICARDO DE FRANÇA
 
Estudos na confissão de fé de westminster
Estudos na confissão de fé de westminsterEstudos na confissão de fé de westminster
Estudos na confissão de fé de westminsterEli Vieira
 
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?JEFERSON PEREIRA
 
Lição 5 a justificação pela fé
Lição 5 a justificação pela féLição 5 a justificação pela fé
Lição 5 a justificação pela féboasnovassena
 
Uma proposta de caminhada para a profissão de fé
Uma proposta de caminhada para a profissão de féUma proposta de caminhada para a profissão de fé
Uma proposta de caminhada para a profissão de féParoquia Cucujaes
 
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7Sergio Silva
 
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra 21.03.2016
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra   21.03.2016Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra   21.03.2016
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra 21.03.2016Claudio Marcio
 
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptx
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptxexposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptx
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptxPremierSoluesDigitai
 

Semelhante a Institutogamaliel.com fé versus dúvida (20)

O Credo Apostólico
O Credo ApostólicoO Credo Apostólico
O Credo Apostólico
 
Conceito de fé
Conceito de féConceito de fé
Conceito de fé
 
O que é o Dispensacionalismo!
O que é o Dispensacionalismo!O que é o Dispensacionalismo!
O que é o Dispensacionalismo!
 
O que é evangelho e evangelização
O que é evangelho e evangelizaçãoO que é evangelho e evangelização
O que é evangelho e evangelização
 
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014
[Estudo bíblico] A Tríade da Graça | Linaldo Lima 04-2014
 
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 - - 15/05/2016
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 -  - 15/05/2016Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 -  - 15/05/2016
Um único evangelho - Estudo de Gálatas - Parte 02 - - 15/05/2016
 
Review 299-escrituralismo-cosmovisao crampton
Review 299-escrituralismo-cosmovisao cramptonReview 299-escrituralismo-cosmovisao crampton
Review 299-escrituralismo-cosmovisao crampton
 
03 a suficiência e a clareza das escrituras
03   a suficiência e a clareza das escrituras03   a suficiência e a clareza das escrituras
03 a suficiência e a clareza das escrituras
 
Estudos na confissão de fé de westminster
Estudos na confissão de fé de westminsterEstudos na confissão de fé de westminster
Estudos na confissão de fé de westminster
 
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?
PRECISAMOS SER CONFESSIONAIS?
 
Lição 5 a justificação pela fé
Lição 5 a justificação pela féLição 5 a justificação pela fé
Lição 5 a justificação pela fé
 
As glórias do evangelho
As glórias do evangelhoAs glórias do evangelho
As glórias do evangelho
 
Uma proposta de caminhada para a profissão de fé
Uma proposta de caminhada para a profissão de féUma proposta de caminhada para a profissão de fé
Uma proposta de caminhada para a profissão de fé
 
Fé divina e Boas obras
Fé divina e Boas obrasFé divina e Boas obras
Fé divina e Boas obras
 
Discipulado
DiscipuladoDiscipulado
Discipulado
 
Dei verbum
Dei verbum Dei verbum
Dei verbum
 
O que é crer
O que é crer O que é crer
O que é crer
 
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7
EBR Escola Biblica no Rádio - Lição 7
 
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra 21.03.2016
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra   21.03.2016Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra   21.03.2016
Princípios para o crescimento e desenvolvimento na palavra 21.03.2016
 
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptx
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptxexposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptx
exposiosobreocredo-140513230508-phpapp01 (1).pptx
 

Último

Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 

Último (20)

Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 

Institutogamaliel.com fé versus dúvida

  • 1. institutogamaliel.com http://www.institutogamaliel.com/portaldateologia/fe-versus-duvida/teologia Fé versus Dúvida Copérnico, por sua vez, levado por incertezas, após investigar, acreditou que o sol era o centro do sistema solar. Neste sentido ele teve que acreditar (fé), o que é coerente com a visão de Johannes, de que, ‘para ter dúvida aprofundada é necessário ter fé’. Por acreditar (ter fé) no sistema heliocêntrico, a dúvida de Copérnico aprofundou-se em relação ao sistema geocêntrico. Em uma época contrária ao seu posicionamento, Copérnico assumiu o risco da sua crença, e a sua crença tornou-se proporcional ao risco. É comum aos pensadores seculares e a muitos teólogos estabelecerem uma relação de interdependência entre as palavras ‘fé’ e ‘dúvida’, como se elas fossem termos antônimos quando utilizadas para abordar questões pertinentes ao evangelho de Cristo. O teólogo Kierkegaard (1813-1855), sob o pseudônimo de Johnannes Climacus escolheu como título do seu estudo sobre a dúvida, a tese cartesiana do filósofo René Descartes (1596-1650), que defendia ser necessário duvidar de tudo (Johnannes Climacus ou é preciso duvidar de tudo). Na visão de Johannes, para ter dúvida aprofundada é necessário ter fé. Será? Ora, quando se trata da filosofia, é certo que ela decorre das interrogações provenientes das incertezas que é próprio ao homem, e que, por sua vez, lança o homem a investigação. Como exemplo, num passado não muito distante, era consenso próprio a humanidade acreditar que a terra era o centro do sistema solar (geocêntrica), e Copérnico (1473-1543), por sua vez, levado por incertezas, após investigar, concluiu que o sol é o centro do sistema solar (heliocêntrica). O que a humanidade acreditava, e isto inclui a igreja e os filósofos da época, não alterou a realidade. De igual modo, quando o homem passou a acreditar que o sol é o centro do sistema solar, não mudou a realidade, antes corrigiu a sua visão distorcida da realidade. De igual modo, quando se refere ao evangelho de Cristo, que é descrito como a ‘fé’ que uma vez foi dada aos santos, temos que o evangelho (fé) não depende da credulidade do homem para ser firme ( Jd 1:3 ). Diferente da filosofia, que surgiu da inquietude gerada das necessidades de se compreender a realidade física e dimensionar como os valores socioculturais explicam tal realidade, o evangelho não derivou da dúvida dos homens e nem se apóia na credulidade deles, antes o evangelho é uma revelação concernente a manifestação do unigênito Filho de Deus em carne. A realidade física, apesar de ser objeto de analise da filosofia, é anterior a filosofia, sendo que as disposições internas do homem em acreditar ou não na realidade que o cerca, nem de longe pode alterá-la ou influenciá-la. Do mesmo modo, o evangelho é matéria independente da credulidade ou da incredulidade humana, pois se o homem acreditar ou não, a mensagem do evangelho continua sendo a mesma: diz da vontade eterna de Deus de fazer congregar em Cristo todas as coisas ( Ef 1:10 ). Posicionar-se diante da realidade física ou da mensagem do evangelho é facultado ao homem. Acreditar ou não (fé versus dúvida) é um embate que se dá na mente dos homens, o que não interfere na realidade física e nem pode alterar o disposto na mensagem do evangelho. A bíblia descreve a mensagem do evangelho como a ‘fé’ manifesta aos homens. Ela também diz que ‘sem fé é impossível agradar a Deus’ ( Hb 11:6 ). Ou seja, o que torna o homem agradável a Deus está contido na fé que havia e foi manifesta aos homens.
  • 2. “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia de manifestar” ( Gl 3;23 ) Desde o Antigo Testamento foi anunciado pelos profetas que Deus haveria de manifestar a sua salvação “Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a salvação. O SENHOR fez notória a sua salvação, manifestou a sua justiça perante os olhos dos gentios” ( Sl 98:1 -2); “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” ( Is 53:1 ). O salmista Davi também profetizou acerca de Cristo, o santo braço do Senhor que seria desnudado perante os povos da terra, e a mesma mensagem foi anunciada pelo profeta Isaias. No ato de desnudar o seu santo braço, Deus tornaria ‘conhecida’, ‘notória’, ‘revelada’, ‘manifesta’ a sua salvação aos gentios. Mas, antes que o braço do Senhor (Jesus) fosse manifesto a todos os homens, os judeus estavam atrelados a lei mosaica, encerrados para a fé (fé=Cristo=braço do Senhor=poderosa salvação Lc 1:69 ) que havia de se manifestar. O apóstolo Paulo, ao falar da fé, assim disse: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” ( Rm 16:25 -26). Observe que a ‘fé’ que foi entregue aos santos ( Jd 1:3 ), é descrita pelo apóstolo dos gentios como: Meu evangelho; A pregação de Jesus; A revelação do mistério que esteve oculto desde tempos eternos; Manifestou-se agora; Foi notificado pelas escrituras dos profetas; É segundo o mandamento de Deus, e; Foi revelado a todas as nações para obediência da fé. Ele demonstra que a pregação de Jesus é a mesma mensagem contida no ‘seu’ evangelho. A pregação de Jesus e o ‘evangelho’ de Paulo referem-se à revelação do mistério que esteve oculto desde os tempos eternos. O que foi ‘notificado’ pelas escrituras e que agora se manifestou é o mesmo que: a) o mistério revelado; b) a pregação de Cristo, e; c) o evangelho de Paulo. Cristo, o Verbo de Deus, a palavra encarnada manifesta aos homens a seu tempo (plenitude), é o tema da pregação que foi confiada ao apóstolo. A pregação dele é conforme o mandamento de Deus, uma vez que somente é possível obedecer ao mandamento de Deus através da ‘fé’, ou seja, através do evangelho de Cristo, Deus estabeleceu o único modo de o homem cumprir o exigido por Ele: obediência da fé. Qual o mandamento de Deus? Que os homens creiam naquele que Ele enviou. É por isso que Cristo se manifestou, pois ao crer n’Ele, o homem também crê no Pai que o enviou “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou” ( Jo 12:44 ). Cristo é a ‘fé’ que havia de se manifestar, o verbo manifesto em carne “Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador” ( Tt 1:3 ). Portanto, faz-se necessário observar que, na bíblia, como em qualquer literatura, há o emprego de figuras de linguagem. O termo ‘fé’, muitas vezes é empregado na condição de figura de linguagem, denominada de Metonímia, sendo utilizado para fazer referência ao conteúdo da mensagem do evangelho. Tal figura de linguagem consiste em substituir um nome (evangelho) por outro (fé) em virtude de haver entre os termos forte associação de significado (fé e evangelho).
  • 3. Deste modo, não há o que se falar em ‘fé’ versos ‘razão’, ou ‘fé’ versus ‘dúvida’. Ex: A fé que havia de se manifestar (há uma substituição do nome do autor da obra pela obra do autor, pois sabemos que Cristo é o autor e consumador da fé, a fé que havia de se manifestar). Esta figura de linguagem faz com que um mesmo termo passe a amalgamar significados distintos. Por exemplo, a palavra ‘fé’, dependendo do contexto pode significar ‘acreditar’, ‘confiar’, ‘crer’, ou ‘evangelho’, ‘mensagem’, ‘pregação’, ‘boas novas’, etc. É por isso que o apóstolo Paulo diz que a justiça de Deus se descobre no evangelho, que é de fé (evangelho) em fé (crença), ou seja: primeiro a mensagem, depois a crença. Sem as garantias contidas na mensagem do evangelho é impossível que a confiança do homem surta qualquer efeito. A mensagem do evangelho expressa a fidelidade de Deus, e sem Ele não há nada firme em que o homem possa crer para salvação. A crença do homem surte efeito para salvação somente quando repousa nas garantias estabelecidas na mensagem do evangelho ( Rm 10:14 ). Deus prometeu, e Ele é o garantidor da promessa. A promessa, por sua vez é firme, pois Deus é fiel, e poderoso para cumpri-la. O evangelho é a fé que havia de se manifestar, ou seja, a fé consiste nas boas novas do reino, sendo Cristo o tema central: a palavra de Deus encarnada. Sem a fé manifesta é impossível ao homem ter fé (crer), pois o que torna a crença do homem para a salvação viável é a obra redentora de Cristo. O evangelho de Cristo não consiste em sabedoria humana que dependa de contínuas dúvidas e descobertas “Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo” ( Gl 1:12 ). Qual revelação? No que consiste a revelação? A manifestação em carne de Cristo Jesus é a revelação da maravilhosa graça redentora ofertada por Deus a todos os homens “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo” ( 1Pe 1:13 ). O simples fato de o Verbo de Deus vir em carne ao mundo é a maravilhosa oferta de redenção à humanidade. Ou seja, o Verbo de Deus não veio mudar a realidade física e nem interferir nas relações humanas, antes veio resgatar o que se havia perdido ( Lc 19:10 ). A essência da filosofia reside na dúvida constante, que faz avolumar inúmeras questões e paradoxos. Se não houver dúvida o homem deixa de filosofar. Mas, com relação ao evangelho, a fé que foi dada aos santos ( Jd 1:3 ), se o homem duvidar não alcançará maior conhecimento, e nem invalidará a promessa de Deus. Através da filosofia o homem busca desvencilhar-se dos seus paradigmas tendo a crítica e a razão como ferramentas em busca da verdade, do conhecimento real, e através das mesmas ferramentas, a razão e a crítica, o homem estabelece novos paradigmas que possam resistir a sua própria crítica e razão. Por outro lado, caso o homem creia no evangelho, receberá o prometido segundo a fé manifesta, que é o evangelho, porém, o evangelho não depende da credulidade humana para existir, e nem dela depende para ser firme. A fé do crente é descrita como firme fundamento das coisas que se esperam e das coisas que não se vêem porque tal crença tem o suporte da palavra de Deus, o Verbo encarnado, que é poderosa, fiel e imutável. A crença do cristão surge da verdade e garantias contidas no evangelho. Crente é aquele que crê em Cristo conforme diz as Escrituras! Qualquer outra crença não é firme, pois não tem o suporte daquele que é imutável e que não pode mentir. Portanto, a concepção de Johannes, de que é necessário ter fé para duvidar com profundidade é descabida, se
  • 4. considerarmos que, em se falando de cristãos, ‘fé’ diz especificamente da mensagem do evangelho, e não de conjecturas diversas. A oferta de salvação é a fé manifesta aos perdidos, portanto, ter fé é o mesmo que estar de posse das garantias contidas no evangelho. Por sua vez, crer, acreditar, ou ter fé, é descansar na esperança proposta ( Hb 6:18 ). Crenças e dúvidas são pertinentes a todos os homens, inclusive aos cristãos. Ambos, cristãos ou incrédulos crêem que, se plantarem, colherá segundo o que foi semeado. Ambos crêem na lei da sementeira: quem planta vento colhe tempestade, porém, tais crenças não conduzem o homem a Deus. Por que crêem na lei da sementeira? Porque ela não falha! Porque ela não depende da credulidade do homem para ser firme. Ambos, crentes e não crentes, tem dúvidas quanto a índole dos políticos. Ambos conjugam o verbo ‘será’ e questionam as inúmeras possibilidades que a existência oferece. Ambos têm receio quanto ao que o futuro pode oferecer. Tais dúvidas somente aumentam as questões filosóficas, mas não se constituem em entrave para o homem chegar aos céus. A única exigência bíblica para que o homem seja salvo é crer em Cristo como o enviado de Deus, ou seja, a bíblia não determina que o homem tenha que acreditar que a terra é quadrada, ou que o sol gira em torno da terra, ou que o homem nunca foi a lua. Não! A bíblia não entra nos méritos de tais questões científicas, pois, em se falando de salvação, não há qualquer importância sobre o que o homem acredita ou não. Se qualquer homem quiser adotar a tese cartesiana e duvidar de tudo e de todos, assim pode fazê-lo. Quanto a isto não há oposição bíblica. Porém, com relação à salvação, Cristo se revelou como cordeiro entregue em resgate de muitos, e para ser salvo, é necessário crer n’Ele. Esta é a exigência bíblica para salvação. O maior problema dos filósofos, e neste rol inclui-se os pseudo-cristãos, está em rotular a ‘fé’ cristã como termo antônimo da palavra ‘dúvida’, principalmente porque em algum tempo da história se divulgou que a fé está relacionada com o absurdo: creio porque é absurdo, ou que: a fé se opõe à razão. Os cristãos, por sua vez, crêem na ‘fé’ que uma vez foi dada aos santos porque ela é poder de Deus para os que crêem, embora os que se perdem considerem o evangelho loucura, ou seja, a bíblia nunca recomendou o crente a crer em absurdos, ou que a fé é proveniente do absurdo. A fé cristã não guarda qualquer relação com a dúvida, como assinalou Johannes, visto que a verdade do evangelho (fé) vem somente pelo ouvir, e o ouvir somente pela palavra de Deus. Somente através da palavra de Deus o homem passa a confiar em Deus, ou seja, a justiça de Deus é de fé (evangelho) em fé (crença) ( Rm 1:16 -17). Jesus não solicitou aos seus seguidores que cressem em absurdos, como crer que uma moeda viciada, que possui duas coroas, possa dar resultado favorável ao apostador que escolhe cara. Não! Jesus convida solenemente: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” ( Jo 14:11 ). Crês tu isso? Se creres verá a glória de Deus, mesmo que você seja alguém desconfiado como foi Tomé! “E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” ( Jo 11:26 ). É descabido relacionar a fé que Kierkegard descreve com o evangelho de Cristo, a fé que uma vez foi dada aos santos ( Jd 1:3 ). Em se tratando do Evangelho é descabida a afirmação de Kierkegaard de que ‘sem risco não há fé’, ou que a ‘fé é diretamente proporcional ao risco’, pois no evangelho (fé) não há risco, e sim, Deus se interpondo como garantidor da ‘fé’. Agora, em se tratando de questões filosóficas, é certo que, se há risco é necessário o homem acreditar. Diante de uma dúvida proveniente de questões existenciais, acreditar é proporcional ao risco. Copérnico, por sua vez, levado por incertezas, após investigar, acreditou que o sol era o centro do sistema solar.
  • 5. Neste sentido ele teve que acreditar (fé), o que é coerente com a visão de Johannes, de que, ‘para ter dúvida aprofundada é necessário ter fé’. Por acreditar (ter fé) no sistema heliocêntrico, a dúvida de Copérnico aprofundou-se em relação ao sistema geocêntrico. Em uma época contrária ao seu posicionamento, Copérnico assumiu o risco da sua crença, e a sua crença tornou-se proporcional ao risco. Quando Jesus diz ‘que todo aquele que crê nele, mesmo que morra viverá’, ou ‘se vive jamais morrerá’, que risco há em crer em Cristo? ( Jo 11:25 -26). O risco está na morte, e não naquele que oferece vida.