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FILO 
TARDIGRADA 
Batillipes noerrevangi (Heterotardigrada)
O surgimento dos Tardigrada data do Cambriano, 
período de uma intensa irradiação evolutiva. As 
evidências mais antigas são os fósseis fosfatados do 
Cambriano Inferior (aprox. 530 maa). Entre os raros 
fósseis, encontra-se este em âmbar do Cretáceo 
encontrado em New Jersey. 
Milnesium swolenskyi
FILOGENIA EXTERNA 
SEMELHANÇAS COM ONICÓFOROS: 
 Pernas que são extensões curtas e ocas da 
parede do corpo, porém com musculatura 
intrínseca; 
 Extremidades das pernas podem ter garras; 
 Fraca cefalização; 
 Cutícula não calcificada. 
Garras típicas de Macrobiotus sp. (Eutardigrada)
SEMELHANÇAS COM ONICÓFOROS E 
ARTRÓPODES:  Ecdise; 
 Segmentação; 
 Celoma reduzido a uma hemocele, confinado, nos 
adultos, às cavidades das gônadas; 
 Sistema nervoso metamérico em forma de escada 
formado por um gânglio cerebral dorsal bilobado 
conectado a dois cordões nervosos intumescidos 
(ganglionares) nos segmentos. 
 Crescimento através de mudas. 
Oreela mollis 
(Heterotardigrada), 
encontrado no Oceano 
Antártico
SEMELHANÇAS COM ARTRÓPODES: 
 Cutícula ocasionalmente dividida em placas 
simetricamente distribuídas no dorso, na lateral e 
raramente no ventre. Estas placas são possivelmente 
homólogas às dos artrópodes; 
 A cutícula contém várias proteínas de esclerotização e 
quitina; 
 Músculos que ocorrem em feixes separados que se 
estendem em pontos de fixação subcuticulares; 
 Presença de músculo lisos e estriados; 
 Presença de cerdas ou espinhos sensoriais.
FILOGENIA INTERNA 
São atualmente divididos em três classes: 
1. Heterotardigrada: garras separadas ou almofadas 
aderentes; sem espessamentos cuticulares na faringe; 
gonoducto pré-anal; cirros laterais presentes. 
Wingstrandarctus corallinus 
A expansão da margem da 
cutícula em forma de sino lhe 
permite executar um nado 
limitado, mantendo-o logo acima 
do substrato.
Wingstrandarctus 
corallinus (encontrado 
em hábitats arenosos 
marinhos rasos na 
Austrália e Flórida). 
Na parte cefálica, 
nota-se a presença de 
clavas de função 
quimiossensorial.
Wingstrandarctus corallinus 
(Heterotardigrada) encontrado em One Tree Island, Austrália.
Acima, detalhe das garras 
adesivas de uma perna de 
Batillipes noerrevangi (à 
esquerda, em vista 
ventral. Note as 
características da ordem 
Heterotadigrada: 
Gonoducto pré-anal, 
cerdas laterais e garras 
separadas e almofadadas.
Orzeliscus sp. 
(Heterotardigrada)
2. Eutardigrada: garras em dois pares com uma garra 
grande e uma pequena unidas; 3 glândulas 
excretoras; gonóporo e ânus abrindo-se juntos. 
Paramacrobiotus 
craterlaki
Reconstrução a partir de micrografia de transmissão e varredura 
de Halobiotus crispae (Eutardigrada), comum em algas pardas 
nos mares da Groenlândia
Minibiotus intermedius, Eutardigrada de água doce encontrado no Arizona
3. Mesotardigrada: possui somente uma espécie, 
Thermozodium esakii, encontrada em uma fossa 
termal em Nagazaki. O locus typicus foi destruído por 
um terremoto e nenhum outro espécime foi 
encontrado, deixando na dúvida o status desta classe. 
O animal tem seus garras de igual comprimento em 
cada pé.
MORFOLOGIA 
 Quatro pares de pernas lobópodes; 
 A cutícula – secretada por uma camada epidérmica 
adjacente composta por um número constante de 
células (eutelia) em quase todas as espécies – pode 
conter até 7 camadas distintas; 
 0,1 a 0,7 mm 
(maior: 1,7 mm) 
Paramacrobiotus 
Craterlaki 
(Eutardigrada)
 A cor, muito variável, é determinada pelos pigmentos 
da cutícula (freqüentemente ornamentada), cor do 
alimento no trato digestivo ou corpos granulares na 
hemocele; 
Richtersius coronifer (Eutardigrada)
Echiniscus testudo (Heterotardigrada)
 Um par de estiletes orais para perfurar paredes celulares 
vegetais ou células animais, secretados a cada muda pelo par de 
glândulas salivares que também produzem secreções digestivas; 
 Em espécies de água doce, três estruturas glandulares chamadas 
de túbulos de Malpighi (não homólogos aos dos artrópodes) de 
função osmorreguladora e formados por 3 a 9 células.
Batillipes noerrevangi 
(Heterotardigrada)
HISTÓRIA NATURAL 
 Vivem em hábitats semi-aquáticos (filmes d'água que 
existem nos musgos, líquenes, briófitas, angiospermas, 
folhiços e solo de florestas; em ambientes marinhos (entre 
algas costeiras ou bento, na água doce profunda ou rasa; 
 Podem ocorrer em grandes densidades populacionais; 
 Os tardígrados alimentam-se de células animais e vegetais 
(bactérias, algas, pequenos invertebrados, matéria vegetal 
em decomposição etc.) A faringe muscular suga os fluidos 
celulares para o trato digestivo; 
 Algumas espécies são comensais e/ou parasitas; 
 Por seu tamanho reduzido e presença em lugares úmidos, 
fazem as trocas gasosas pela parede do corpo.
Possuem a notável capacidade de: 
ANABIOSE: um estado de dormência que envolve grande 
redução da atividade metabólica durante condições 
ambientais desfavoráveis. 
CRIPTOBIOSE: todos os sinais externos de atividade 
metabólica estão ausentes. Durante a seca eles recolhem 
suas pernas, perdem água e encistam-se secretando um 
envelope de camada dupla de cutícula, resultando no 
chamado “estágio de tonel”. Assim, já foram observados 
suportando situações extremas como: salmoura, éter, 
álcool absoluto, hélio líquido, -272 a 149 °C, irradiação 
intensa e falta prolongada de oxigênio.
Heterotardígrado “murcho” em estado de criptobiose
Ao invés da criptobiose típica das espécies de água doce, pode 
ocorrer, também em condições ambientais extremas, a 
CICLOMORFOSE: a alternância de duas morfologias distintas: 
uma forma de verão e uma forma de inverno (“pseudo-simplex”), 
resistente a temperaturas de congelamento e a baixas 
salinidades. Na figura, Halobiotus crispae (eutardigrada), 
encontrado nos mares gelados da Groenlândia, nos: 
Estágio de inverno Estágio de primavera
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 São dióicos; 
 Os machos normalmente são menores; 
 Hermafroditismo e partenogênese são comuns em 
certas espécies; 
 A espessura da casca dos ovos varia com as condições 
do ambiente. 
 Desenvolvimento direto. 
FORMAS DE REPRODUÇÃO: 
 O macho pode depositar os espermatozóides 
diretamente no receptáculo seminal ou cloaca; 
 O macho golpeia a fêmea com seus cirros e a fêmea, 
estimulada, deposita seus ovos sobre um grão de areia, 
sobre o qual o macho espalha seus espermatozóides;
 o macho desposita seus espermatozóides sob a cutícula 
da fêmea antes da muda desta e a fertilização ocorre 
quando ela deposita seus ovos dentro da exúvia. 
Fêmea de 
Hypsibius annulatus
tA 
Tardígrado fêmea não reconhecido depositanda 
exúvia com ovos
Os ovos das espécies 
terrestres apresentam 
casca grossa, são 
esculpidos e resistentes 
à dessecação.
BIBLIOGRAFIA 
Animal Diversity Web: University of Michiga (Museum of 
Zoology) 
http://animaldiversity.ummz.umich.edu/accounts/Tardigrada/pict 
ures/ (Acessado em 02/10/2014). 
BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ª edição. Rio de 
Janeiro – RJ: Guanabara Koogan, 2007. 
GRIMALDI, D. & ENGEL, M. S. Evolution of the Insects. New 
York – NY: Cambridge University Press, 2005. 
EOL – Encyclopedia of Life: Tardigrada 
http://eol.org/pages/1053783/details (Acessado em 
02/10/2014).
RUPPERT, E. BARNES, R.D. Zoologia de Invertebrados. 6ª edição. 
São Paulo: Editora Roca, 1996. 
SOUZA, J. F. Relações filogenéticas do grupo Panarthropoda 
avaliadas através de seqüências do gene rDNA 18s. (Dissertação de 
Mestrado) Belo Horizonte – MG: Departamento de Biologia Geral do 
Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, junho de 2011. 
STORER, T.I.; USINGER, 
R.L.; STEBBINS, R.C.; 
NYBAKKEN, J.W. Zoologia 
Geral, 6ª edição. São Paulo 
SP: Companhia Editora 
Nacional, 2007.

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  • 1. FILO TARDIGRADA Batillipes noerrevangi (Heterotardigrada)
  • 2. O surgimento dos Tardigrada data do Cambriano, período de uma intensa irradiação evolutiva. As evidências mais antigas são os fósseis fosfatados do Cambriano Inferior (aprox. 530 maa). Entre os raros fósseis, encontra-se este em âmbar do Cretáceo encontrado em New Jersey. Milnesium swolenskyi
  • 3. FILOGENIA EXTERNA SEMELHANÇAS COM ONICÓFOROS:  Pernas que são extensões curtas e ocas da parede do corpo, porém com musculatura intrínseca;  Extremidades das pernas podem ter garras;  Fraca cefalização;  Cutícula não calcificada. Garras típicas de Macrobiotus sp. (Eutardigrada)
  • 4. SEMELHANÇAS COM ONICÓFOROS E ARTRÓPODES:  Ecdise;  Segmentação;  Celoma reduzido a uma hemocele, confinado, nos adultos, às cavidades das gônadas;  Sistema nervoso metamérico em forma de escada formado por um gânglio cerebral dorsal bilobado conectado a dois cordões nervosos intumescidos (ganglionares) nos segmentos.  Crescimento através de mudas. Oreela mollis (Heterotardigrada), encontrado no Oceano Antártico
  • 5. SEMELHANÇAS COM ARTRÓPODES:  Cutícula ocasionalmente dividida em placas simetricamente distribuídas no dorso, na lateral e raramente no ventre. Estas placas são possivelmente homólogas às dos artrópodes;  A cutícula contém várias proteínas de esclerotização e quitina;  Músculos que ocorrem em feixes separados que se estendem em pontos de fixação subcuticulares;  Presença de músculo lisos e estriados;  Presença de cerdas ou espinhos sensoriais.
  • 6. FILOGENIA INTERNA São atualmente divididos em três classes: 1. Heterotardigrada: garras separadas ou almofadas aderentes; sem espessamentos cuticulares na faringe; gonoducto pré-anal; cirros laterais presentes. Wingstrandarctus corallinus A expansão da margem da cutícula em forma de sino lhe permite executar um nado limitado, mantendo-o logo acima do substrato.
  • 7. Wingstrandarctus corallinus (encontrado em hábitats arenosos marinhos rasos na Austrália e Flórida). Na parte cefálica, nota-se a presença de clavas de função quimiossensorial.
  • 8. Wingstrandarctus corallinus (Heterotardigrada) encontrado em One Tree Island, Austrália.
  • 9. Acima, detalhe das garras adesivas de uma perna de Batillipes noerrevangi (à esquerda, em vista ventral. Note as características da ordem Heterotadigrada: Gonoducto pré-anal, cerdas laterais e garras separadas e almofadadas.
  • 11. 2. Eutardigrada: garras em dois pares com uma garra grande e uma pequena unidas; 3 glândulas excretoras; gonóporo e ânus abrindo-se juntos. Paramacrobiotus craterlaki
  • 12. Reconstrução a partir de micrografia de transmissão e varredura de Halobiotus crispae (Eutardigrada), comum em algas pardas nos mares da Groenlândia
  • 13. Minibiotus intermedius, Eutardigrada de água doce encontrado no Arizona
  • 14. 3. Mesotardigrada: possui somente uma espécie, Thermozodium esakii, encontrada em uma fossa termal em Nagazaki. O locus typicus foi destruído por um terremoto e nenhum outro espécime foi encontrado, deixando na dúvida o status desta classe. O animal tem seus garras de igual comprimento em cada pé.
  • 15. MORFOLOGIA  Quatro pares de pernas lobópodes;  A cutícula – secretada por uma camada epidérmica adjacente composta por um número constante de células (eutelia) em quase todas as espécies – pode conter até 7 camadas distintas;  0,1 a 0,7 mm (maior: 1,7 mm) Paramacrobiotus Craterlaki (Eutardigrada)
  • 16.  A cor, muito variável, é determinada pelos pigmentos da cutícula (freqüentemente ornamentada), cor do alimento no trato digestivo ou corpos granulares na hemocele; Richtersius coronifer (Eutardigrada)
  • 18.  Um par de estiletes orais para perfurar paredes celulares vegetais ou células animais, secretados a cada muda pelo par de glândulas salivares que também produzem secreções digestivas;  Em espécies de água doce, três estruturas glandulares chamadas de túbulos de Malpighi (não homólogos aos dos artrópodes) de função osmorreguladora e formados por 3 a 9 células.
  • 20. HISTÓRIA NATURAL  Vivem em hábitats semi-aquáticos (filmes d'água que existem nos musgos, líquenes, briófitas, angiospermas, folhiços e solo de florestas; em ambientes marinhos (entre algas costeiras ou bento, na água doce profunda ou rasa;  Podem ocorrer em grandes densidades populacionais;  Os tardígrados alimentam-se de células animais e vegetais (bactérias, algas, pequenos invertebrados, matéria vegetal em decomposição etc.) A faringe muscular suga os fluidos celulares para o trato digestivo;  Algumas espécies são comensais e/ou parasitas;  Por seu tamanho reduzido e presença em lugares úmidos, fazem as trocas gasosas pela parede do corpo.
  • 21. Possuem a notável capacidade de: ANABIOSE: um estado de dormência que envolve grande redução da atividade metabólica durante condições ambientais desfavoráveis. CRIPTOBIOSE: todos os sinais externos de atividade metabólica estão ausentes. Durante a seca eles recolhem suas pernas, perdem água e encistam-se secretando um envelope de camada dupla de cutícula, resultando no chamado “estágio de tonel”. Assim, já foram observados suportando situações extremas como: salmoura, éter, álcool absoluto, hélio líquido, -272 a 149 °C, irradiação intensa e falta prolongada de oxigênio.
  • 22. Heterotardígrado “murcho” em estado de criptobiose
  • 23. Ao invés da criptobiose típica das espécies de água doce, pode ocorrer, também em condições ambientais extremas, a CICLOMORFOSE: a alternância de duas morfologias distintas: uma forma de verão e uma forma de inverno (“pseudo-simplex”), resistente a temperaturas de congelamento e a baixas salinidades. Na figura, Halobiotus crispae (eutardigrada), encontrado nos mares gelados da Groenlândia, nos: Estágio de inverno Estágio de primavera
  • 24. Estágio ativo de verão Estágio de troca (exúvia)
  • 25.  São dióicos;  Os machos normalmente são menores;  Hermafroditismo e partenogênese são comuns em certas espécies;  A espessura da casca dos ovos varia com as condições do ambiente.  Desenvolvimento direto. FORMAS DE REPRODUÇÃO:  O macho pode depositar os espermatozóides diretamente no receptáculo seminal ou cloaca;  O macho golpeia a fêmea com seus cirros e a fêmea, estimulada, deposita seus ovos sobre um grão de areia, sobre o qual o macho espalha seus espermatozóides;
  • 26.  o macho desposita seus espermatozóides sob a cutícula da fêmea antes da muda desta e a fertilização ocorre quando ela deposita seus ovos dentro da exúvia. Fêmea de Hypsibius annulatus
  • 27. tA Tardígrado fêmea não reconhecido depositanda exúvia com ovos
  • 28. Os ovos das espécies terrestres apresentam casca grossa, são esculpidos e resistentes à dessecação.
  • 29. BIBLIOGRAFIA Animal Diversity Web: University of Michiga (Museum of Zoology) http://animaldiversity.ummz.umich.edu/accounts/Tardigrada/pict ures/ (Acessado em 02/10/2014). BRUSCA, R.C.; BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ª edição. Rio de Janeiro – RJ: Guanabara Koogan, 2007. GRIMALDI, D. & ENGEL, M. S. Evolution of the Insects. New York – NY: Cambridge University Press, 2005. EOL – Encyclopedia of Life: Tardigrada http://eol.org/pages/1053783/details (Acessado em 02/10/2014).
  • 30. RUPPERT, E. BARNES, R.D. Zoologia de Invertebrados. 6ª edição. São Paulo: Editora Roca, 1996. SOUZA, J. F. Relações filogenéticas do grupo Panarthropoda avaliadas através de seqüências do gene rDNA 18s. (Dissertação de Mestrado) Belo Horizonte – MG: Departamento de Biologia Geral do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, junho de 2011. STORER, T.I.; USINGER, R.L.; STEBBINS, R.C.; NYBAKKEN, J.W. Zoologia Geral, 6ª edição. São Paulo SP: Companhia Editora Nacional, 2007.