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           CARLOS ALBERTO SEQUEIRA VARELA




     UMA CRÍTICA DE
     HISTÓRIA LOCAL
AS ORIGENS (MEDIEVAIS) DA PARÓQUIA DE
   S. CIPRIANO DE PAÇOS DE BRANDÃO




                 Paços de Brandão
                    01-06-2012
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INTRODUÇÃO
O saber é o desejo de qualquer pessoa; todos, quer sejamos sábios ou ignorantes,
queremos conhecer a verdade e evitar o erro. Santo Agostinho dizia: «Omnes homines
gaudent de veritate; multos expertus sum qui vellent fallere: qui autem falli,
neminem.» (Todos os homens se regozijam com a verdade; conheci muitos que
quisessem enganar; nenhum que quisesse ser enganado.)

O desejo de saber tem que ser desinteressado; devemos amar a verdade por si
mesma, independentemente das vantagens que nos pode acarretar. Buscá-la deve ser
a lei de quem a procura; contemplá-la, a sua satisfação. Devemos conhecer as coisas
pelas suas causas, não basta saber que existe uma coisa, que se deu um facto; «o quod
sit, aquilo que é» como diz Aristóteles, não o satisfaz; quer saber o como, o porquê;
numa palavra, quer compreender, dar a razão das coisas; é um animal inquieto em
busca das causas.

A história, seja de um qualquer País, Região, Localidade, ou de uma qualquer
personalidade, quer seja nobre ou de um simples cidadão, terá como primeiro dos
objectivos, o de conhecer, na medida do possível, a verdade dos acontecimentos
históricos, das suas relações de tempo e de espaço, das correlações e implicações
causais que entre si mantêm. Será uma narração verídica de factos pelos quais passou
a humanidade. Heródoto, o Pai da História, quer que compreendamos, as acções do
homem não se deixem apagar pelo tempo. Um facto histórico tem de ter repercussão
social, isto é, ter implicações causais sobre um determinado meio, numa determinada
época .Sem documentos não se pode fazer história. Eles precisam de ser iluminados
pela crítica e terão que obedecer ao MÉTODO DA HISTÓRIA, que é o caminho a seguir
para se atingir o conhecimento exacto de um determinado facto.

É pois compreensível e determinante, que a HISTÓRIA LOCAL, tenha que obedecer aos
mesmos princípios dos conceitos que se apontam para a História em geral. Autores há
que, embora afirmando que a história era a certidão da verdade e que só diriam a
verdade. Se deixaram inconscientemente levar por certos condicionalismos, por vezes
tão anacrónicos como fabulosos, que essa «verdade» ou é apresentada muito
enfatuada ou pura e simplesmente se afasta do que deveria ser uma verdade
histórica.

Escrever sobre as origens de uma qualquer paróquia, é de uma complexidade tal, que
se é obrigado a confrontar documentos, críticas históricas, por vezes contraditórias, e,
opiniões sobre certos factos, sem qualquer prova documental, que um leitor, mais
atento e conhecedor de história, irá decerto refletir sobre, o que leu, obedece ou não
ao rigor do «Método da História».
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          PARÓQUIA DE S. CIPRIANO DE PAÇOS DE BRANDÃO

                                    ORIGENS
As origens da nossa Paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão, devem ser tratadas
com muito cuidado, uma vez que só recorrendo a documentos escritos, é que se pode
tratar da sua «História», e isto porque aquilo que está narrado na única Monografia
desta localidade, descreve as suas origens com uma falta bastante notória de realidade
e verdade histórica, bem como de investigação e crítica histórica.

Esta parte da Península Ibérica, onde está inserida esta Paróquia de Paços de Brandão,
foi habitada, antes dos Romanos, por povos primitivos (Túrdelos, Pésures), que
levavam uma vida errante e que se vieram a agrupar em tribos, passando a viver em
casas dispersas, em redor de um núcleo, uma espécie de praça- forte (oppidum), que
lhes servia de abrigo, a que os Romanos vieram a chamar «civitas» ou «populi», de que
se encontram muitos vestígios entre os rios Douro e Vouga.

Na nossa freguesia de Paços de Brandão não é visível qualquer espécie de ruína, quer
de citânias, castros ou crastos, embora bem perto desta vila, no lugar do Monte, na
freguesia de Paramos – Espinho, se encontrem as ruínas de um castro (Castro de Ovil),
e que em seu redor e no da lagoa (Lagoa de Paramos) se tenha conhecimento de
terem existido «vilas rústicas», Paramos, Lagoa, Silvalde, Esmoriz, Cortegaça, Oleiros.

O Dr. David Simões Rodrigues, em “RIO MEÃO – A TERRA E O POVO NA HISTÓRIA”, diz-
-nos terem existido vestígios da cultura pré-histórica, nomeadamente de «mamoas»,
em Rio Meão, bem como nas freguesias limítrofes. Na Mata, «as Petras Penas» as
«Petras Petraes»; nos limites de Paços – Rio Meão – Lamas, a «Mamoa Cavaleira»
(pág.11 – 1º vol.). Também no Livro das Campaínhas, no «Mandamento de Saa e de
Paaçoo», no que se refere à aldeia de Saa, encontramos referência ao «cassal da
mamoa».

DO «PALACIOLO» ATÉ AO «PALACIOO BLÃDO»
Vejamos a evolução da denominação desta Paróquia de S. Cipriano de Paços de
Brandão, pelos séculos X ao XIV, e os documentos em que esta povoação é
referenciada:

DIPLOMATA ER CHARTAE

Ano de 773 (?) – Palaciolo (Doc. nº I) ; Ano de 922 – Palatiolo (Doc.nº XXV);

Ano de 1025 – Palaciolo (Doc.nº CCLVII); Ano de 1082 – Ecclesiola (Doc.nº DCVII)

CARTULAIRE GÉNÉRALE DE L’ORDRE DU TEMPLE

Ano de 1146 – Palatiolo (Doc.nº CCCCIII)
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CARTULÁRIO BAIO-FERRADO (MOSTEIRO DE SÃO SALVADOR DE GRIJÓ)

PALATIOLO – Ano de 1134, 27 Junho (Doc.nº 206); 12 Fevereiro (Doc.nº 207)

VILLA PALATIOLO -    Ano de 1135, 14 Junho (Doc.nº 209); Ano de 1141, Junho (Doc.nº
210)

K(arta) de PALACIOLO – ano de 1159 ?, Dezembro (Doc.nº 211)

HISTÓRIA DA ORDEM DO HOSPITAL / MALTA

COMENDA DE RIO MEÃO – Actas do Ano de 1220 - «PALACIOO BLÃDO».

LIVRO DAS CAMPAÍNHAS (Códice da segunda metade do século XIV) – Mosteiro de
São Salvador de Grijó

É feita referência ao “MANDAMENTO DE SAA E DE PAAÇOO”; «eigreja de Paaçoo»;
«Aldeia de Paaços»; «reguengo de Paaçoo de Brandon» e aos Fidalgos Naturais do
Mosteiro (Joham Brandon e duas filhas; Fernam Martinz (Brandon) sa irmaa;
Biringuell Diaz sua madre).



                          OS BRANDÕES
A origem dos «BRANDÕES», bem como a de outras famílias medievais portuguesas,
tem apresentado um elevado grau de dificuldade para os nossos historiadores. Talvez
o primeiro a referir-se a esta família medieval, tenha sido Frei António Brandão (1584-
1627), deu-lhe como origem a Inglaterra; outros houve, como Alão de Moraes, Sousa e
Silva Gayo, que seguem a opinião de Frei António Brandão; outros, como Manso de
Lima, consideraram a sua origem na Normandia e ainda há aqueles que lhes indicam
como origem a Irlanda.

O certo é que nem no “Livro de linhagens do Conde D. Pedro”, nos aparece registada a
origem desta família, como também nenhum dos historiadores, nos deu a conhecer
tal. Como diz D. Pedro, no seu Nobiliário, «foram caualeiros de hum escudo e de huma
lança e nom de gran fazenda», eles só são referidos por parte das mulheres com
quem casaram.

Encontrar as origens da personalidade, que deu origem a que esta Paróquia de
Palaciolo se viesse a denominar «frigisia d’Palácio blãdo» , é o assunto que de seguida
vou tratar, sem antes, contudo, me referir a Afonso VI de Leão e Castela e aos
Borguinhões.
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AFONSO VI DE LEÃO E CASTELA
Afonso Vi, rei de Leão e Castela, era casado com Constança de Borgonha. Quando foi
vencido em Zéleca pelos Almorávides em 1086, procurou fortificar-se por intermédio
de alianças; ele casou a sua filha Urraca com Raimundo de Borgonha e a sua outra
filha, Teresa com Henrique de Besançon. Os Borguinhões que vieram então para a
Península Hispânica combateram mais que uma vez o infiel em companhia de «Ruy
Diaz de Bivar», «Le Cid», que foi imortalizado na tragédia de Corneille.

Os laços de Afonso VI com o reino ou ducado da Borgonha, eram por demais
evidentes, que a afirmação de que ele pediu reforços a Filipe 1º de Francia, não tem
qualquer sentido histórico, uma vez que a Borgonha senão tinha Rei, possuía uma
personalidade semelhante, o Duque, que tinha poderes feudais e que só por alianças
conjugais é que o rei de Francia os considerava como seus aliados. O Duque da
Borgonha, no seu território, procedia como muito bem entendia em aspectos de
auxílio a outros reis católicos em lutas que travassem contra os Mouros.

A afirmação de que, com os Cavaleiros da Borgonha (Raimundo e Henrique) vieram
fidalgos da Normandia, que se distinguiram nas hostes de Henrique, é feita sem
qualquer fundamento histórico, quem o afirmou revela um total desconhecimento da
História da Normandia e da Borgonha, deste período da Idade Média, contemporânea
dos “DESCAPÉTIENS – Rois de France”. Diziam eles a respeito dos Normandos: «Les
Rois de France regrettaieent constamment la perte d’une de leurs plus belles provinces,
conquise sur eux par les guerriers du Nord; ils regardaient les ducs de Normandie
comme des vassaux infidéles, comme des rivaux et voisins dangereux». (Histoire –
DESCAPÉTIENS – Rois de France, par M. Le Comte de Ségur – Paris M.DCCC.XXIV).

FERNAND BLANDON

FERNÃO BRANDON (1109-1131) – É referido como sendo «cavaleiro Normando» que
terá acompanhado Henrique de Borgonha, quando este casou com a condessa D.
Teresa, filha de Afonso VI de Leão e Castela, e, a quem lhe teria sido doada esta
povoação de Paços em 1095. Esta data de 1095 é por diversas vezes referida na
monografia de Paços ( “OS 900 ANOS DE PAÇOS DE BRANDÃO” – 1995- Junta de
Freguesia, autor, o Sr. Padre Correia), como sendo a data em que tal personalidade
tomou posse desta terra.

Consultando-se diversos compêndios sobre história medieval, fica-se a saber que:
«Até 1096 o território português, desde o rio Minho ao Mondego, estava sob a tutela
de Raimundo da Borgonha e, é possível que estivesse unido à Galiza, só a partir
daquela data (1096) é que foi entregue a Henrique de Borgonha e á condessa D.
Teresa. Como poderá, em 1095, o conde Henrique e a condessa D. Teresa efectuar
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uma doação de uma qualquer parte de um território que só lhe foi entregue para
administração e governo no ano de 1096?

Ao se procurar a referência do apelido «Blandon» no Dicionário histórico e heráldico
de França (Dictionnaire – Historique et Héraldique – de la Noblesse Française – par D.
de Mailhol – Tome Second – Paris 1896) tal apelido não aparece referenciado, passo
pois a descrever as denominações que lá se encontram, e, que em português, podem
dar origem a denominações idênticas a «Brandão».

BRANDE – Família nobre de origem belga, residente em França – Século XIX.

BRANDT – Família originária dos Países Baixos, com existência em França cerca de
1500.

BRANDIN DE SAINT-LAURENS – Família originária da Normandia e remonta ao século
XV.

FOUCHER DE BRANDOIS – Família Nobre de Potou, barões de Brandois, o nome de
Foucher é conhecido desde o século X.



Pelas consultas efectuadas não se chega à confirmação de que o «Blandon» é
Normando e muito menos Francês, pelos documentos existentes desde o século X.
Uma vez que apelidos idênticos a «Blandon» e que devido à sua evolução deram
origem a «Brandão» são referenciados em documentos portugueses, desde o século X,
só me resta afirmar que a origem do «Blandon» é bem portuguesa, senão vejamos:



BRANDILUNI – Documento referente à igreja de Águas Sanctas, é testemunhado, entre
outros, por «anagildus brandiluni». )DP. Chartae nº XIII) . Ano de 906.

BRANDILIZ – Testamento referente ao «Monastéri Morariae), confirmado por: Osório
brandiliz; geda brandiliz; odario brandiliz. /DP.CH.nº LVI – Ano de 946)

BRANDON – BLANDILA – Documento do Livro Preto da Sé de Coimbra (DP.CH.nº XCIII
– Ano de 967. (É a primeira vez em que é mencionado o nome, BRANDON e
BLANDILA).

BLANDO – Livro das Doações do Mosteiro de Paço de Sousa. Confirmação por
«Trutesendo testi.Blando». (DP.CH.nº CCXXVI – Ano de 1015).

BRANDIA - «Karta de Tarouquela» - Confirmação por «Brandia test», referente ao
Mosteiro de Grijó (Baio-Ferrado, Doc. 128 de 1079, 12 Abril; DP.CH.nº DLXVI – Ano de
1079)
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FERNÃO BRANDON (1109-1131) – Em 1109, Documentos Medievais Portugueses, T.III,
doc.324, aparece este «Brandon» referenciados em Souselas (Coimbra) e em 1131
confirma documentos do Mosteiro de Lorvão (Fernandus Brand)

Este Fernandus Brand, é descendente de Trutesendo Venandiz (1075-1084), fidalgo
oriundo da «Terra da Maia».

OS DETENTORES DE PROPRIEDADES EM PAÇOS DE BRANDÃO (IDADE
MÉDIA)
GODINHA ABOMAR – Vem identificada numa venda de metade de “uilla que vocitant
Palaciolo” sita “sutus mons Sagitella”, “inter Palaciolo et uilla Nugaria”, “qui fuit de
Avorna Didaz”, feita por seu irmão SENDINO e por ela (Doc.de Dp.CH. nº 257 de
1025); sabendo-se que por este documento de 1025 e por outros de 972 (DP.CH. nº
76) e de 1027 (DP. CH. Nº 262) que esta «villa», chamada “Palaciolo” (Paçô),
pertenceu a Avorna ou Abomar Dias e que os netos do Mestre Evenando vieram a ter
assento aqui e a chamar-se BRANDÕES, só pode ter sido por esta Godinha ter casado
com o dito Mestre Evenendo e ficado herdeira da outra parte de herdade de Paçô.

TRUTESENDO VENANDIZ, INVEANDIZ (1075-1084) e talvez só INVEANDRO ou INVRANDO,
em 1092 e 1099, possivelmente também chamado TRUTESENDO ABOMAR, como aparece
em 1080, notário do Mosteiro de Grijó em 1075 (Baio-Ferrado, Doc. 147, de 1075, 31
Janeiro), vende terra em Corveiros (Grijó), que tomara de “gaancia”. Devia ter herdado
Paçô e aí vivido.

Não consta com quem casasse, mas teve os seguintes filhos:

1 - Diogo Trutesendes (BLANDON)

2 – Fernão Brandon (1109-1131), já referenciado nestes apontamentos.

3 – Paio Trutesendes (BRANDON)

4 – Godinho Trutesendes (Proprietário das “vilas” Casal, em Rio Meão, e Brantães, em
Semonde).

5 – Mendo Trutesendes.

DIOGO TRUTESENDES (BLANDON) – patrono da “villa Palacios” e de parte do
mosteiro de Vilar de Andorinho, cujos bens menciona em 1136 e, com seus filhos e
netos, faz doação da 5ª parte deles ao Mosteiro de Pedroso (Dissertações
Chronologicas, t.I, doc. XXXIX).
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PEDRO DIAS (BRANDÃO) – mencionado por seu pai, Diogo Trutesendes (Blandon), em
doc. de 1136. Casou com ERMESENDA VIEGAS, que, em Agosto do ano de 1146
(Cartulaire Générale de l’Ordre du Temple, acta CCCCCIII), com seu filho Gonçalo, doou
à Ordem do Templo seus bens em “território Sancte Marie civitatis, scilicet Palatiolo”.

GONÇALO PIRES BLANDON (1136-1224), filho de Pedro Dias (Brandão) e de
Ermesenda Viegas, casado com D.OUROANA PERES, ama da Rainha D. Mafalda, em
1220, Dezembro, comprou uma herdade “in terra da Sancta Maria in loco qui dicitur
Palaciolo et extra Palatiolum et ubicumque fuerit” (Mosteiro de Arouca, doc. 226,
pg.357 – Maria Helena da Cruz Coelho).

PAIO TRUTESENDES (BRANDON) , filho de Trutesendo Venandiz (Abomar), comprou
em 1137 (Baio-Ferrado, doc. 207) uma herdade a Nodário Cides e a sua mulher, Elvira
Pais, “in villa de Palatiolo”,cuja herdade e outros bens legou uma parte em 1146 à
Ordem do Templo (Cartulaire Gánárale de l’Ordre du Temple, acta CCCXIV), e a outra
parte ao Mosteiro de Grijó, em 1151 e 1154 (Baio-Ferrado, docs.nºs. 50, 98 e 181).

PATRONOS DE GRIJÓ
No Livro das Campaínhas (Códice da segunda metade do século XIV), encontramos a
lista dos fidalgos naturais do Mosteiro de Grijó. No que se refere a «outros cavalleiros
e escudeiros gerados (?)», encontramos entre outros:

- Joham Brandon e duas filhas;

- Fernam Martinz (Brandom) sa irmaa;

- Beringuella Diaz sua madre.

Consultando-se Felgueiras Gayo, «Nobiliário de Famílias de Portugal»; Cristóvão Alão
de Morais, «Pedatura Lusitana»; M. Antonino Fernandes, «Os Brndões – Origem e
Varonia (938-1663)»; entre outros autores, ficamos a saber que Biringuella Diaz (do
Avelal), era casada com Martim (Pires) Brandom e que tiveram os seguintes filhos,
que estão assinalados no Livro das Campaínhas como fidalgos naturais do Mosteiro de
S. Salvador de Grijó. (Não nos devemos esquecer da importância da transmissão dos
direitos de padroado, que no caso acima referido, é transmitido por via feminina).

1 – Dona maria Brandoa, que casou com Vasco Esteves das Medas ou Medãs, patrono
do Mosteiro de Pedroso, em 1363, e filho de Estévão Martins de Medãs.

2 – João Martins Brandão, que D. Pedro I nomeou Alcaide-mor de Penamacor em
1362 e, segundo a lista dos Patronos de Grijó de 1365, tinha duas filhas, que não são
nomeadas, com ração neste mosteiro; em 1387, sua mulher fez testamento,
acrescentado em 1395, a favor do Mosteiro de Paço de Sousa, pedindo para ser
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sepultada neste mosteiro, junto a seu marido e filho Rui. Casou com Dona Leonor
Esteves das Medãs, sua cunhada; c.g.extinta.

3 – Fernão Martins Brandam, Alcaide-mor de Arronches, em 1363 por D. Pedro I,
Regedor de Évora (1391), Aio de D. Fernando (1373), pelo rei D. Pedro foi Monteiro-
mor do Coutado de Vale de Arca (Montemor-o-Novo) em 1369. Casou em Évora com
D. maria de Brito, filha de Afonso de Brito, Alcaide de Beja, (tinha ração no Mosteiro de
Grijó, com sua mãe e irmãos em 1365), de quem houve um filho: Lopo Fernandes
Brandão.

Quem eram Martim (Pires Brandom) e Biringuella Diaz (do Avelal) ?

Cristóvão Alão de Morais, na «Pedatura Lusitana» (Nobiliário de Famílias de Portugal),
bem como Felgueiras Gayo, no seu «Nobiliário», dizem-nos que: «O Conde D. Pedro no
seu livro não faz título particular dos Brandões, e só fala neles por razão de algumas
mulheres com quem casaram; diz-nos que Mayor Rioz Durão,filha de Ruy Diaz Durão e
neta de Diogo Gil, fidalgo valente que morreu na batalha de Ourique, casara com
Garcia Martins Brandão e tiveram os seguintes filhos: Pedro Garcia, João Garcia e Gil
Garcia, que todos foram cavaleiros de uma lança e pouca fazenda».

Diz mais o mesmo Conde D. Pedro que D. Euxamea Diaz de Urrô (A Bespa), por ter
sido ferrada por uma vespa nas partes íntimas, de que sofreu muito, tendo deixado a
todos os seus descendentes a obrigação de matar vespas onde quer que as
encontrassem, filha de Diogo Gil Valente, e de sua mulher Urraca Mendes de
Bragança, irmã de Rui Dias de Urrô e de João Dias de Freitas, casara com Fernão
Gonçalves de Sousa (1118-1175) cavaleiro da Terra de Sousa, de que houvera D.
Theresa Fernandes, casada com Martim Brandão (O Velho).

Martim (Pais) Brandom (O Velho) é o primeiro com o apelido de «Brandão» a figurar
no Livro de Linhagens de D. Pedro. É também mencionado como padroeiro do
Mosteiro de Lordelo. Era filho de Paio Trutesendes (Brandon) e de Unisco (Dias) (2º
casamento). Este Paio Trutesendes, comprou uma propriedade na «Villa de Palatiolo»
a Nodário Cides e sua mulher, Elvira Pais, em 12 de Fevereiro de 1137 (Baio-Ferrado nº
207). Como já está assinalado, casou com D. Thereza Fernandes, de que tiveram os
seguintes filhos: Pero Martins Brandom; Garcia Martins Brandom e Egas Martins
Brandom.

Pero Martins Brandom, assim mencionado no Livro de Linhagens do Conde D. Pedro, é
suposto ter vivido na Terra da Feira em 1248 com seus irmãos, era patrono do
Mosteiro de Lordelo, onde possuía 5 casais e dois em Redemoinhos (Inq. Afonsinas,
Manuel de Sousa e Silva, Os Brandões); casou com Dona Orraca Pires, filha de Pêro
Bool e mulher Dona Sancha Rodrigues, de Azambuja. Filhos:

1 – Martim (Pires) Brandom (O Novo).
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2 – Garcia Pires de Frazom ou Farezom, assim chamado por ter vivido na honra de
Frazão (Paços de Ferreira).

Martim (Pires) Brandom (O Novo) casou com Dona Berengária Dias de Avelal, patrona
do dito Mosteiro de Grijó. Segundo as Inquirições de D. Dinis, honrava o casal de
Travaços, em Luzim, e 6 casais na freguesia de Rio de Moinhos; faleceu em 1336 e no
seu testamento deixou bens ao Mosteiro de Grijó para a celebração de uma missa
perpétua.

Dona Berengária Dias de Avelar (1314-1374), casou 2ª vez com João Afonso de Sanir.
Era filha de Diogo Gil de Avelal (1261-1388), que em 1333 vivia na Terra da Feira e
casara com Maria Anes de Cambra.

Os filhos de Martim (Pires) Brandom e de Berengária Dias do Avelal, Dona Maria
Brandoa, João Martins Brandão e Fernão Martins Brandão, como já foi assinalado,
aparecem na lista dos Patronos de Grijó, (Livro das Campaínhas).

“OS PATRONOS DO MOSTEIRO DE GRIJÓ” (Evolução e Estrutura da
Família Nobre – Séculos XI a XIV) – Dr. José Augusto P. de Sotto Mayor
Pizarro (páginas 417 e sgs.) - Diz-nos que: «O grupo das famílias que é
representado pelos ricos-homens naturais de Grijó, identifica-se, na sua quase
totalidade, com a alta nobreza da época. A casa de Barcelos destaca-se de todas as
outras quer pelo seu prestígio e influência “palatiana” quer pelos seus bens que,
encabeçados pela minhota vila que dá o nome ao condado, se estendem por várias
zonas do território nacional .As honras e os coutos possuídos pelos condes e seus
parentes permitem-lhes o exercício de vários poderes, que os monarcas confirmam,
numa clara demonstração de apreço pela família mas, também, de autoridade régia
afirmada que, agora, é a verdadeira detentora e distribuidora do poder.»

«A progressiva ocupação de zonas a sul do Mondego e do Tejo por parte da alta
nobreza marca também, a partir de meados do século XIV, o final da identificação do
Entre-Douro-e-Minho com o local privilegiado para a fiação patrimonial daquela.»

«Os ricos-homens de Grijó representavam, assim, no seu conjunto, um poder territorial
e senhorial considerável, a que acrescentavam o seu relacionamento com a corte, onde
muitos deles, desempenhavam importantes funções.»

«As famílias de infanções, que pelo seu número seria fastidioso enumer, parecem
concentrar os seus bens a norte do Douro, quer até às margens do rio Mimho quer em
algumas zonas transmontanas, e a sul daquele rio, em regiões situadas nos vales do
Vouga e do Paiva. São poucas as que representam as zonas centro (Cunhas-Tábua e
Goes) e sul (Cogominhos) do país.»
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«Os seus representantes em Grijó são os componentes preferenciais das clientelas
vassálicas dos infans e monarcas. A sua importância na corte, porém, era secundária,
ocupando postos de segundo plano. O seu peso em termos senhoriais era também
reduzido, a ver pelo pequeno número de honras e coutos que detinha.»

«A sua influência, ou mesmo pressão, a nível local seria, porventura, bem maior que a
dos ricos-homens, geralmente fixados na corte e tendo as suas terras administradas
por dependentes de confiança.»

«Finalmente os cavaleiros-escudeiros. Os bens das famílias que conseguimos
identificar, situavam-se também no Entre-Douro-e-Minho, muito embora se verifique
uma importância considerável da Terra de Santa Maria, provavelmente,
administravam diretamente, não deviam ser muito extensos. Considerável seria a sua
influência a nível local marcada, por certo, pela presença constante.»

«Alguns deles serviam como vassalos de casas senhoriais ou alimentavam os
contingentes das ordens militares.»

«Quase todos seriam, em suma, e pelas sempre certeiras palavras do Conde D. Pedro,
“cavaleiros de um escudo e uma lança”, a atestar a pouca riqueza material que
possuíam. Para eles, mais duramente até, o século XIV, com as suas alterações sociais e
económicas, deve ter representado um momento bem difícil e que terá mesmo, em
alguns casos, ditado o final de algumas famílias.»

PALATIUM – ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA DESTA PALAVRA
Uma transcrição dos elementos para a história desta palavra, é , forçosamente de toda
a utilidade para o conhecimento da sua evolução até chegar à palavra de Paço e Paços.
Em “OPUSCULOS”, volume I – FILOLOGIA (Parte I) – COIMBRA – Imprensa de
Universidade – 1928, de J. LEITE DE VASCONCELOS, páginas 546 a 550, refª. 51 –
PALATIUM, e com a indicação de: «Do Homenaje a Menéndez Pidal, t.I, págs. 612-614»
, encontrei este interessante artigo, que passo a transcrever, para que se fique a
conhecer a origem do nosso «Palatiolo»:

«Ás vezes por motivos fonéticos e históricos as palavras experimentam, no decorrer dos
séculos, transmudamentos curiosos, acontecendo que de uma que a princípio tinha
certa forma e significação resulta, após muito tempo, outra ou outras muito diversas
da primeira. Vou dar um exemplo.

Dos sete montes em que Roma fora edificada, ou Sepitmontium, um chamava-se,
como é sabido, Palatium, denominação talvez proveniente, como quer o Dr. Walde, de
palus, «estaca» (1): do que poderemos concluir que aí teria havido em data
antiquíssima uma «estacada» ou «estacaria», defesa militar, que muitas vezes se
observa em povos de carácter primitivo. No Palatium estabeleceu o Imperador Augusto
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a sua habitação, o que os sucessores continuaram fazendo. Disto veio o dar-se ao
edifício o nome do sítio, e tornar-se palatium nome comum na acepção de «morada de
monarca». Também do nome de Moneta, ou templo da deusa Iuno Moneta, que servia
de casa da moeda em Roma, veio a chamar-se moneta ou nummus ali fabricado; e
moneta tornou-se depois na nossa língua mõeda e moéda, ou moêda, como diz o
povo. Este fenómeno que, aplicado individualmente ao estilo, os retóricos chamam
metonímia, é muito corrente na língua moderna, e basta abrir um dicionário para
encontrar, por exemplo: madeira, em vez de «vinho produzido na Ilha da Madeira»;
marialva, na acepção de «pessoa afadistada», porque um Marquês de Marialva
formulou certos preceitos de bem cavalgar.

Palatium tinha o adjectivo palatinus,por exemplo, colles palatini. Este adjectivo
aplicou-se naturalmente à morada imperial e à côrte: domus palatina ou «palácio
imperial»; palatinus «dignitário do palácio», «cortesão». Este sentido de nobreza
transparece no comes palatinus ou «conde palatino» dos antigos estados germânicos.
Os Italianos, alterando um pouco a ideia, fizeram daqui paladino, no sentido de «herói
cavaleiresco», e a palavra passou para a França na forma de paladin, para a Espanha
na de paladín, e para Portugal na de paladino, que tem a par também paladim.

O latim palatinus seguiu ainda outro caminho, passando à classe de cognome
(romano), que com o andar do tempo veio a ser verdadeiro nome próprio. Nesse
significado temos em documentos nossos do século XI Paladinu-,a que correspondem
os patronímicos Paladinici e Paladiniz (2). De Palatinu-, como nome de donos de
propriedades, veio Paadinho, hoje Padinho,que decerto se pronuncia pàdinho, nome
de duas povoações nos concelhos de Fafe e Guimarães . No feminino há o moderno
apelido de família Padinha, que sei se pronuncia pàdinha. Do genetivo Paladini, em
compostos como villa Paladini, segundo um tipo muito usual na idade-média, veio
Paadim, que aparece no século XIII (3); e por último Padim ou Pàdim, nome de seis
lugares no Minho. Comparáveis a Palatinus, na qualidade de cognome romano, temos
na nossa língua actual, pelo menos no aspecto externo, os apelidos Cortesão e Côrte
Real.

Voltemos a palatium, substantivo comum. Palatium dewsgnou na idade média, como
tradição romana, a habitação do proprietário de um terreno (4): donde, por intermédio
de paaço, que ainda existia no século XIV (5), vieram Paço e Paços, como nomes
geográficos muito espalhados por todo o Portugal, com especialidade no Norte e
Centro da beira, regiões em que a palavra teve o seu berço. A Paço e Paços se ligam os
diminutivos Paçinho e Pacinhos. Outro diminutivo geográfico é Pàçô, igualmente
muito usado no Norte e no Centro, o qual, por intermédio das formas medievais
(geográficas) Palatiolo, Palaciolo, ou melhor Paacioo, Paaçoo, provém directamente
de palatiolum, à letra, «palácio pequeno», pronunciado no latim vulgar palatiólu-.
13


Em alguns dos citados exemplos notámos que muitos nomes de povoações provêm de
nomes próprios de indivíduos. Entenda-se que estes eram senhores de quintas, «vilas»,
etc., que no decurso das idades aumentaram de moradores, e se tornaram aldeias e
maiores povoações. Ás avessas acontece que os mesmos nomes geográficos passam a
significar nomes pessoais: quantos apelidos não há, que soam Paço e Paços? Eu já tive
um aluno apelidado de Paço, e todos em Portugal conhecem o nobre Conde de Paçô-
Vieira, que por abreviatura chamamos «o Paçô-Vieira». É possível que os apelidos que
se escrevem Passos, com dois ss, pertençam, em parte, à classe que estou estudando,
embora alguns possam provir de ideias religiosas, isto é, de Senhor dos Passos, como
Ascenção, etc.

Além da significação de habitação de um senhor ou proprietário, paço, ou o latinismo
palácio, conserva a anterior tradição romana de «habitação de monarca». A todo o
instante falam os nossos textos medievais de palatium Domini Regis, por exemplo nas
Leges, p. 604, de 1260. Paralelamente a paço e palácio real temos paço episcopal,
paços do concelho, e como nome próprio em Lisboa: Terreiro do Paço, por paço do
Governo. Na língua usual chamamos por isso palácio a um edifício grande. Com paço
real se relacionam os adjectivos arcaicos pàceiro e paaceiro (títulos de cargos), e
palaciano, forma restaurada da medieval paação, latim palatianus. É notável que
assim como palatinus se tornou nome próprio, também, palatianus. Os documentos
medievais de Portugal têm Paaciano e Paaciana, como nomes geográficos do século
XIII (6), provenientes de nomes de proprietários: o segundo está ainda hoje
representado em Paçam, por Pàçam, ou Pàçã, nome de um lugar na Beira-Alta.

E assim termino, pois me parece que fica justificada a afirmação que comecei por fazer:
que as palavras têm muitas vicissitudes. No caso presente vimos que as estacas secas
que constituíam a primitiva paliçada que foi Roma reverdeceram pujantemente, dando
vergônteas que se tornaram, ora nomes de domicílios principescos, e símbolos de
aventura, ora designações de pessoas e de localidades. Tão alto pôde subir a
ramificação, que por palácio ou paço celeste entendem os crentes a morada de Deus, e
já os pagãos diziam palácio de Jove ! »

Anotações a este numero:

(1) – Latein. Etym. Wb., sub voce.

(2) – Vid. Os textosão, Onomastico, 251.

(3) – Inquisitiones, I, 698, col. 2ª

(4) – Sampaio, «Villas» do Norte, págs.. 57-58.

(5) – Por exemplo, nos Inéditos fa Academia, IV, 595.

(6) – Cortesão, Onomástico, pág.249.

(Do Homenaje a Menéndez Pidal, t. I, págs. 612-614).
14


CONCLUSÃO
O primeiro documento em que se faz referência a «villa palatiolo», é-lhe atribuído a
data de 773 ?, no entanto a de 922 em que se relacionam bens, em «Palatiolo»,
poderá ser o documento mais fiável em que tal tenha acontecido. Desde estas datas,
aparecem diversas trocas, vendas e doações de bens na terra de «Paçoo», sendo que
no ano de 1220, na Comenda de Rio Meão, aparece a denominação como hoje esta
freguesia é conhecida, «frigisia d’Palacioo blãdo», é decerto a primeira vez, que num
documento oficial, tal aparece.

Quanto à data da fundação da primeira igreja, não é fiável, apontar-se uma data, o
certo é que já no ano de 1146 encontramos uma doação efectuada à Ordem do
Templo de bens em “Palaciolo” , efectuada por Ermesinda Viegas (Cartulaire Générale
de l’Ordre du Temple, por Marquis d’Albon, Paris, Acta nº CCCCIII). O mesmo
acontecendo no mesmo ano de 1146 (Acta nº CCCXIV do mesmoCartulaire Générale),
da doação, por Paio Trutesendes (Brandon), de uma parte dos seus bens à Ordem do
Templo, e, em 1151 e 1154 da outra parte ao Mosteiro de S. Salvador de Grijó, o que
vem provar o que se afirma na Comenda de Rio Meão, de que os bens da Igreja de
Paços, estavam divididos, quase em parte iguais, entre Grijó e Rio Meão.

Também em 1270 (Er. 1270, 11 K. Januari), nas Dissertações Cronológicas, Diss.XIX,
pág.49, nos é indicado a «Transacção do Bispo do Porto, D. Pedro Salvador, com os
Frates de S. João de Jerusalém, recebendo Elle huma procuração annua pelas Igrejas
de Riomeam, Mazaneda, e Hereda, e unindo a de Paços de Brandão à de Riomeam,
exercendo nella todos os direitos Episcopaes».

Porque se especula muito quanto ao significado da palavra «palatiolo», «palaciolo»,
etc., com que esta «villa» aparece descrita em documentos medievais, foi em
“OPUSCULOS” de J. Leite de Vasconcellos, que encontrei a melhor maneira de
conhecer a evolução, e, o significado da palavra latina «PALATIUM», de onde vieram o
nosso «Palatiolo»; «Palaciolo», «Paaço»; «Paços»; e que traduzidos, à letra,
significava «palácio pequeno» (palatiolum), o que me levou a transcrever, na íntegra, o
referido artigo que tem o nº. 51 dos referidos “OPUSCULOS”.



UM MAU EXEMPLO DE HISTÓRIA LOCAL
Nem sempre o que vem exposto numa «Monografia», de qualquer Paróquia, obedece
aos critérios de História Local. O caso da monografia desta «Paróquia de S. Cipriano de
Paços de Brandão», e, no que diz respeito ao período da Idade Média, é «Um Mau
Exemplo de História Local»; vamos pois analisar aquilo que “RECORDAR 900 ANOS DE
PAÇOS DE BRANDÃO”, do Sr. Padre Joaquim Correia da Rocha, de 1995, nos diz de
assuntos tratados, com tamanha irrealidade histórica, que são dignos de merecerem
os seguntes reparos:

Página 15 - «…a alma deste TERRITÓRIO, por algum motivo chamado, desde os finais
do século XI, PAÇOS DE BRANDÃO»
15


Que se saiba, nesta época, pertencíamos ao TERRITÓRIO DE SANCTA MARIAE, Paços
de Brandão seria certamente , a habitação do proprietário de um terreno, e,
verificando as formas medievais de Palatiolo, Palaciolo ou Paaçioo, Paaçoo, que
provém directamente de Palatiolum, à letra, «palácio pequeno». Uma questão se
deve levantar: «Onde está o documento dos finais do século XI que levou o autor de
“9OO Anos de Paços de Brandão” a fazer tal afirmação?»

Página 52 - «… Mais um acontecimento invulgaríssimo ocorreu, quase do termo do
séc.XI, ou seja no ano de 1095.»

«Um cavaleiro oriundo das nórdicas terras de França (nessa data 1066 sob a bandeira
anglo-normanda) desceu á Espanha, com espírito de Cruzada, e em 1095, aqui entrou
para levantar o seu Palácio e iluminá-lo com os 5 Brandões da sua estirpe nobre.»

Quanto ao ano de 1095, e, ao conteúdo da página 52, é notória a falta de rigor
histórico do que vem lá exposto. Será que o «nosso Brandão» era um fidalgo de uma
estirpe muito avançada?...Esta questão é sugerida, uma vez que em 1095, decerto
que ainda não era comum, na Europa, especialmente na França e na Península Ibérica,
existirem cartas de armas, brasões, etc., assuntos relacionados com”Heráldica”; então
como explicar o que nos é dito, como se de uma verdade, se tratasse, nesta página de
ao “9OO Anos de P.B.”!...É espantosa esta afirmação: «O nobre Fernão Brandão
recebia, no seu Solar, as visitas de cortesia que o Conde Ermígio Moniz (mano do aio
régio Egas Moniz) lhe fazia, porquanto gozava da impar situação de Tenens Terrae
do Castelo da Feira.»…É caso para perguntar, em que documentos estão descritos tais
acontecimentos?...

Como já deixei expresso, nesta crítica, no que se refere ao Henrique de Borgonha e à
Condessa D. Teresa, em 1095, eles não eram donatários do que se veio a denominar
“Condado Portucalense”, seria, decerto, um acto fora do normal, tais personalidades
efectuarem qualquer doação, de uma qualquer parte de terreno, que não lhe
pertencesse. Vamos pois recordar:

“Afonso VI, em 1093, entregava os condados de Portucale e Coimbra, a Raimundo da
Borgonha, que já dominava na Galiza. Este território, veio a ser desmembrado em
1096, tendo Afonso VI designado Henrique de Borgonha, primo de Raimundo, para
ficar à frente dos Condados de Portucale e de Coimbra. Pelo documento V de “O
Mosteiro de Arouca”, e, transcrito no livro de “O MOSTEIRO DE AROUCA – Do século X
ao século XIII”, por Maria Helena da Cruz Coelho, página 192, cuja cópia se anexa,
verifica-se que em «1094 depois de Agosto, 10 – 1096», o Raimundo, genro de Afonso
VI, ainda intervém, como representante do referido Rei, em Arouca, o que confirma o
que atrás se afirma.

Quanto a Henrique e D. Teresa, o primeiro documento em que intervém D. Teresa, no
Mosteiro de Grijó, encontramo-lo em Baio-Ferrado, nº 34, página 45 de “Le Cartulaire
Baio-Ferrado du Monastére de Grijó” – Robert Durand, de que se anexa uma cópia, é
referente ao ano de 1112, de Maio, doação a Mendo Gonçalves e a sua mulher, Maior
Soares, pelos serviços prestados, de bens em Castro à entrada de Guimarães (Casal de
Castro em Perosinho junto à estrada real do Porto até ao lugar de Guimarães).”
16


Sobre Heráldica, convém recordar o que “Armando de Matos”, no seu Manual de
Heráldica Portuguesa, nos diz: «A heráldica surgiu em Portugal no século XII, sendo que
o primeiro documento heráldico português, é o selo de D. Sancho I, de 1189, no mesmo
ano em que sua irmã, a condessa de Flandres, também teria organizado o seu, com
similar arranjo simbólico.» Sabe-se que as armas mais antigas de que há memória na
Europa são as de Rui de Beaumont de 1087-1110.

O Marquês de Abrantes, em “Introdução ao Estudo da Heráldica diz que, «a origem da
Heráldica Europeia é do séculos XI-XII, e, as grandes linhagens dominantes portuguesas
eram num número reduzido». Quanto à concessão de uma Carta de Brasão de Armas, é
do reinado de D. Fernando que dizem ter escrito a mais antiga; contudo as Cartas de
Armas ou Cartas de Brasão, só no reinado de D. Duarte se tem conhecimento de dois
diplomas, no entanto a mais antiga Carta de Armas, que chegou até aos nossos dias , é
datada de 1492 pelo Rei D. João II.

Até ao tempo das Cruzadas, o carácter dos escudos, estandartes, etc., que os
cavaleiros usavam, não tinha qualquer regra própria, e, esses sinais não eram
hereditários, normalmente eles morriam com a pessoa que os usava. Foi só sob o reino
de «Louis-le-Gros», em França, e sob «Frédéric Barberousse», em Itália, que «les
armoires desinnent héréditaires dans les familles». Quanto às regras precisas da arte
heráldica, o monumento mais antigo e mais autêntico que se conhece, são as armas do
Papa Pascoal, que datam do ano de 1100. Elas são realmente compostas segundo as
regras que regem o brasão dos nossos dias, e encontra-se pela primeirta vez uma «des
sept piéces honorables, les chevrons». (Conforme vem exposto na “Chancellerie
Héraldique et Historique De La Noblesse Européenne”, págs. 13 e 14).

Pelo exposto, verifica-se que os “900 Anos P.B.”, na página 52, dão-nos a conhecer
factos, que se forem confirmados, por documentos autênticos, e levados ao
conhecimentos dos nossos historiadores, bem como da comunidade internacional,
decerto que os levará a reverem tudo o que têm escrito sobre heráldica e
nobiliarquia”…

Página 103 – MAPA

Mais um reparo, veja-se o Mapa publicado na pág.103 do “900 Anos P.B.”; não será
isto mais uma mau exemplo de como se pretende retratar qualquer facto
histórico?...Tal mapa foi fotocopiado de “Le Cartulaire de Baio-Ferrado du Monastére
de Grijó”, de Robert Durand. O que diria este autor, se tivesse acesso ao livro dos “900
Anos de P.B.” e se consultasse o referido mapa?... Em História é inadmissível o que o
autor de os “900 Anos de P.B.” efectuou. Apresentando o original de um Mapa
adulterado com acrescentos de nomes ( Paços de Brandão e Rio Maior), tal só pode ser
classificado, por um advérbio, que coloca em total descrédito, a obra, em que tal foi
efectuado.

Página 206 –Fernando «Blandon»

É certo que o Fernando Blandon existiu, mas a sua origem é «bem portuguesa» e no
que se refere a esta figura, o autor de os “900 Anos de P. B.”, trata o assunto de uma
maneira muito enfatuada e sem apresentar qualquer documento que justifique as
afirmações que faz. Veja-se o que esta Crónica nos diz sobre este assunto.
17




A


    N


        E


            X


                O


                    S
18


Dictionnaire – Historique et Héraldique – de la Noblesse Française – par D. de
Mailhol – Tome Second – Paris 1896 (Pesquisa do apelido «Blandon»)
19
20
21
22
23
24


DIPLOMATE ET CHARTAE – Documento em que vem referenciado «villa palatiolo»
25




(Documento referente à Igreja de Águas Sanctas – É testemunhado, entre outros, por
«ANAGILDUS BRANDILUNI».
26


Documento referente ao «Monastéri Morariae», confirmam o testamento, «OSÓRIO
BRANDILIZ», «GEDA BRANDILIZ», «ODARIO BRANDILIZ»
27


Documento do Livro Preto da Sé de Coimbra, em que é mencionado, pela primeira
vez, o nome de «BRANDON» e «BLANDILA»
28




Livro de Doações do Mosteiro de Paço de Sousa, confirmação por «TRUTESENDO
TESTI. BLANDO»




KARTA DE TARAUQUELA – Confirmação por «BRANDIA TEST»
29


Documento referente ao Mosteiro de Arouca – REFERÊNCIA AO IMPERADOR
AFONSO E AO CONDE RAIMUNDO
30


NOBILIÁRIO DO CONDE D. PEDRO, TÍTULO XLIII, PÁGS. 343 A 346
31


CÓPIA DO MAPA PUBLICADO NO “LE CARTULAIRE BAIO-FERRADO” de Robert Durand
32




O mesmo Mapa, publicado em “900 ANOS DE PAÇOS DE BRANDÃO”, com os
acrescentos de Rio Maior e Paços de Brandão

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Uma crítica de história local

  • 1. 1 CARLOS ALBERTO SEQUEIRA VARELA UMA CRÍTICA DE HISTÓRIA LOCAL AS ORIGENS (MEDIEVAIS) DA PARÓQUIA DE S. CIPRIANO DE PAÇOS DE BRANDÃO Paços de Brandão 01-06-2012
  • 2. 2 INTRODUÇÃO O saber é o desejo de qualquer pessoa; todos, quer sejamos sábios ou ignorantes, queremos conhecer a verdade e evitar o erro. Santo Agostinho dizia: «Omnes homines gaudent de veritate; multos expertus sum qui vellent fallere: qui autem falli, neminem.» (Todos os homens se regozijam com a verdade; conheci muitos que quisessem enganar; nenhum que quisesse ser enganado.) O desejo de saber tem que ser desinteressado; devemos amar a verdade por si mesma, independentemente das vantagens que nos pode acarretar. Buscá-la deve ser a lei de quem a procura; contemplá-la, a sua satisfação. Devemos conhecer as coisas pelas suas causas, não basta saber que existe uma coisa, que se deu um facto; «o quod sit, aquilo que é» como diz Aristóteles, não o satisfaz; quer saber o como, o porquê; numa palavra, quer compreender, dar a razão das coisas; é um animal inquieto em busca das causas. A história, seja de um qualquer País, Região, Localidade, ou de uma qualquer personalidade, quer seja nobre ou de um simples cidadão, terá como primeiro dos objectivos, o de conhecer, na medida do possível, a verdade dos acontecimentos históricos, das suas relações de tempo e de espaço, das correlações e implicações causais que entre si mantêm. Será uma narração verídica de factos pelos quais passou a humanidade. Heródoto, o Pai da História, quer que compreendamos, as acções do homem não se deixem apagar pelo tempo. Um facto histórico tem de ter repercussão social, isto é, ter implicações causais sobre um determinado meio, numa determinada época .Sem documentos não se pode fazer história. Eles precisam de ser iluminados pela crítica e terão que obedecer ao MÉTODO DA HISTÓRIA, que é o caminho a seguir para se atingir o conhecimento exacto de um determinado facto. É pois compreensível e determinante, que a HISTÓRIA LOCAL, tenha que obedecer aos mesmos princípios dos conceitos que se apontam para a História em geral. Autores há que, embora afirmando que a história era a certidão da verdade e que só diriam a verdade. Se deixaram inconscientemente levar por certos condicionalismos, por vezes tão anacrónicos como fabulosos, que essa «verdade» ou é apresentada muito enfatuada ou pura e simplesmente se afasta do que deveria ser uma verdade histórica. Escrever sobre as origens de uma qualquer paróquia, é de uma complexidade tal, que se é obrigado a confrontar documentos, críticas históricas, por vezes contraditórias, e, opiniões sobre certos factos, sem qualquer prova documental, que um leitor, mais atento e conhecedor de história, irá decerto refletir sobre, o que leu, obedece ou não ao rigor do «Método da História».
  • 3. 3 PARÓQUIA DE S. CIPRIANO DE PAÇOS DE BRANDÃO ORIGENS As origens da nossa Paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão, devem ser tratadas com muito cuidado, uma vez que só recorrendo a documentos escritos, é que se pode tratar da sua «História», e isto porque aquilo que está narrado na única Monografia desta localidade, descreve as suas origens com uma falta bastante notória de realidade e verdade histórica, bem como de investigação e crítica histórica. Esta parte da Península Ibérica, onde está inserida esta Paróquia de Paços de Brandão, foi habitada, antes dos Romanos, por povos primitivos (Túrdelos, Pésures), que levavam uma vida errante e que se vieram a agrupar em tribos, passando a viver em casas dispersas, em redor de um núcleo, uma espécie de praça- forte (oppidum), que lhes servia de abrigo, a que os Romanos vieram a chamar «civitas» ou «populi», de que se encontram muitos vestígios entre os rios Douro e Vouga. Na nossa freguesia de Paços de Brandão não é visível qualquer espécie de ruína, quer de citânias, castros ou crastos, embora bem perto desta vila, no lugar do Monte, na freguesia de Paramos – Espinho, se encontrem as ruínas de um castro (Castro de Ovil), e que em seu redor e no da lagoa (Lagoa de Paramos) se tenha conhecimento de terem existido «vilas rústicas», Paramos, Lagoa, Silvalde, Esmoriz, Cortegaça, Oleiros. O Dr. David Simões Rodrigues, em “RIO MEÃO – A TERRA E O POVO NA HISTÓRIA”, diz- -nos terem existido vestígios da cultura pré-histórica, nomeadamente de «mamoas», em Rio Meão, bem como nas freguesias limítrofes. Na Mata, «as Petras Penas» as «Petras Petraes»; nos limites de Paços – Rio Meão – Lamas, a «Mamoa Cavaleira» (pág.11 – 1º vol.). Também no Livro das Campaínhas, no «Mandamento de Saa e de Paaçoo», no que se refere à aldeia de Saa, encontramos referência ao «cassal da mamoa». DO «PALACIOLO» ATÉ AO «PALACIOO BLÃDO» Vejamos a evolução da denominação desta Paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão, pelos séculos X ao XIV, e os documentos em que esta povoação é referenciada: DIPLOMATA ER CHARTAE Ano de 773 (?) – Palaciolo (Doc. nº I) ; Ano de 922 – Palatiolo (Doc.nº XXV); Ano de 1025 – Palaciolo (Doc.nº CCLVII); Ano de 1082 – Ecclesiola (Doc.nº DCVII) CARTULAIRE GÉNÉRALE DE L’ORDRE DU TEMPLE Ano de 1146 – Palatiolo (Doc.nº CCCCIII)
  • 4. 4 CARTULÁRIO BAIO-FERRADO (MOSTEIRO DE SÃO SALVADOR DE GRIJÓ) PALATIOLO – Ano de 1134, 27 Junho (Doc.nº 206); 12 Fevereiro (Doc.nº 207) VILLA PALATIOLO - Ano de 1135, 14 Junho (Doc.nº 209); Ano de 1141, Junho (Doc.nº 210) K(arta) de PALACIOLO – ano de 1159 ?, Dezembro (Doc.nº 211) HISTÓRIA DA ORDEM DO HOSPITAL / MALTA COMENDA DE RIO MEÃO – Actas do Ano de 1220 - «PALACIOO BLÃDO». LIVRO DAS CAMPAÍNHAS (Códice da segunda metade do século XIV) – Mosteiro de São Salvador de Grijó É feita referência ao “MANDAMENTO DE SAA E DE PAAÇOO”; «eigreja de Paaçoo»; «Aldeia de Paaços»; «reguengo de Paaçoo de Brandon» e aos Fidalgos Naturais do Mosteiro (Joham Brandon e duas filhas; Fernam Martinz (Brandon) sa irmaa; Biringuell Diaz sua madre). OS BRANDÕES A origem dos «BRANDÕES», bem como a de outras famílias medievais portuguesas, tem apresentado um elevado grau de dificuldade para os nossos historiadores. Talvez o primeiro a referir-se a esta família medieval, tenha sido Frei António Brandão (1584- 1627), deu-lhe como origem a Inglaterra; outros houve, como Alão de Moraes, Sousa e Silva Gayo, que seguem a opinião de Frei António Brandão; outros, como Manso de Lima, consideraram a sua origem na Normandia e ainda há aqueles que lhes indicam como origem a Irlanda. O certo é que nem no “Livro de linhagens do Conde D. Pedro”, nos aparece registada a origem desta família, como também nenhum dos historiadores, nos deu a conhecer tal. Como diz D. Pedro, no seu Nobiliário, «foram caualeiros de hum escudo e de huma lança e nom de gran fazenda», eles só são referidos por parte das mulheres com quem casaram. Encontrar as origens da personalidade, que deu origem a que esta Paróquia de Palaciolo se viesse a denominar «frigisia d’Palácio blãdo» , é o assunto que de seguida vou tratar, sem antes, contudo, me referir a Afonso VI de Leão e Castela e aos Borguinhões.
  • 5. 5 AFONSO VI DE LEÃO E CASTELA Afonso Vi, rei de Leão e Castela, era casado com Constança de Borgonha. Quando foi vencido em Zéleca pelos Almorávides em 1086, procurou fortificar-se por intermédio de alianças; ele casou a sua filha Urraca com Raimundo de Borgonha e a sua outra filha, Teresa com Henrique de Besançon. Os Borguinhões que vieram então para a Península Hispânica combateram mais que uma vez o infiel em companhia de «Ruy Diaz de Bivar», «Le Cid», que foi imortalizado na tragédia de Corneille. Os laços de Afonso VI com o reino ou ducado da Borgonha, eram por demais evidentes, que a afirmação de que ele pediu reforços a Filipe 1º de Francia, não tem qualquer sentido histórico, uma vez que a Borgonha senão tinha Rei, possuía uma personalidade semelhante, o Duque, que tinha poderes feudais e que só por alianças conjugais é que o rei de Francia os considerava como seus aliados. O Duque da Borgonha, no seu território, procedia como muito bem entendia em aspectos de auxílio a outros reis católicos em lutas que travassem contra os Mouros. A afirmação de que, com os Cavaleiros da Borgonha (Raimundo e Henrique) vieram fidalgos da Normandia, que se distinguiram nas hostes de Henrique, é feita sem qualquer fundamento histórico, quem o afirmou revela um total desconhecimento da História da Normandia e da Borgonha, deste período da Idade Média, contemporânea dos “DESCAPÉTIENS – Rois de France”. Diziam eles a respeito dos Normandos: «Les Rois de France regrettaieent constamment la perte d’une de leurs plus belles provinces, conquise sur eux par les guerriers du Nord; ils regardaient les ducs de Normandie comme des vassaux infidéles, comme des rivaux et voisins dangereux». (Histoire – DESCAPÉTIENS – Rois de France, par M. Le Comte de Ségur – Paris M.DCCC.XXIV). FERNAND BLANDON FERNÃO BRANDON (1109-1131) – É referido como sendo «cavaleiro Normando» que terá acompanhado Henrique de Borgonha, quando este casou com a condessa D. Teresa, filha de Afonso VI de Leão e Castela, e, a quem lhe teria sido doada esta povoação de Paços em 1095. Esta data de 1095 é por diversas vezes referida na monografia de Paços ( “OS 900 ANOS DE PAÇOS DE BRANDÃO” – 1995- Junta de Freguesia, autor, o Sr. Padre Correia), como sendo a data em que tal personalidade tomou posse desta terra. Consultando-se diversos compêndios sobre história medieval, fica-se a saber que: «Até 1096 o território português, desde o rio Minho ao Mondego, estava sob a tutela de Raimundo da Borgonha e, é possível que estivesse unido à Galiza, só a partir daquela data (1096) é que foi entregue a Henrique de Borgonha e á condessa D. Teresa. Como poderá, em 1095, o conde Henrique e a condessa D. Teresa efectuar
  • 6. 6 uma doação de uma qualquer parte de um território que só lhe foi entregue para administração e governo no ano de 1096? Ao se procurar a referência do apelido «Blandon» no Dicionário histórico e heráldico de França (Dictionnaire – Historique et Héraldique – de la Noblesse Française – par D. de Mailhol – Tome Second – Paris 1896) tal apelido não aparece referenciado, passo pois a descrever as denominações que lá se encontram, e, que em português, podem dar origem a denominações idênticas a «Brandão». BRANDE – Família nobre de origem belga, residente em França – Século XIX. BRANDT – Família originária dos Países Baixos, com existência em França cerca de 1500. BRANDIN DE SAINT-LAURENS – Família originária da Normandia e remonta ao século XV. FOUCHER DE BRANDOIS – Família Nobre de Potou, barões de Brandois, o nome de Foucher é conhecido desde o século X. Pelas consultas efectuadas não se chega à confirmação de que o «Blandon» é Normando e muito menos Francês, pelos documentos existentes desde o século X. Uma vez que apelidos idênticos a «Blandon» e que devido à sua evolução deram origem a «Brandão» são referenciados em documentos portugueses, desde o século X, só me resta afirmar que a origem do «Blandon» é bem portuguesa, senão vejamos: BRANDILUNI – Documento referente à igreja de Águas Sanctas, é testemunhado, entre outros, por «anagildus brandiluni». )DP. Chartae nº XIII) . Ano de 906. BRANDILIZ – Testamento referente ao «Monastéri Morariae), confirmado por: Osório brandiliz; geda brandiliz; odario brandiliz. /DP.CH.nº LVI – Ano de 946) BRANDON – BLANDILA – Documento do Livro Preto da Sé de Coimbra (DP.CH.nº XCIII – Ano de 967. (É a primeira vez em que é mencionado o nome, BRANDON e BLANDILA). BLANDO – Livro das Doações do Mosteiro de Paço de Sousa. Confirmação por «Trutesendo testi.Blando». (DP.CH.nº CCXXVI – Ano de 1015). BRANDIA - «Karta de Tarouquela» - Confirmação por «Brandia test», referente ao Mosteiro de Grijó (Baio-Ferrado, Doc. 128 de 1079, 12 Abril; DP.CH.nº DLXVI – Ano de 1079)
  • 7. 7 FERNÃO BRANDON (1109-1131) – Em 1109, Documentos Medievais Portugueses, T.III, doc.324, aparece este «Brandon» referenciados em Souselas (Coimbra) e em 1131 confirma documentos do Mosteiro de Lorvão (Fernandus Brand) Este Fernandus Brand, é descendente de Trutesendo Venandiz (1075-1084), fidalgo oriundo da «Terra da Maia». OS DETENTORES DE PROPRIEDADES EM PAÇOS DE BRANDÃO (IDADE MÉDIA) GODINHA ABOMAR – Vem identificada numa venda de metade de “uilla que vocitant Palaciolo” sita “sutus mons Sagitella”, “inter Palaciolo et uilla Nugaria”, “qui fuit de Avorna Didaz”, feita por seu irmão SENDINO e por ela (Doc.de Dp.CH. nº 257 de 1025); sabendo-se que por este documento de 1025 e por outros de 972 (DP.CH. nº 76) e de 1027 (DP. CH. Nº 262) que esta «villa», chamada “Palaciolo” (Paçô), pertenceu a Avorna ou Abomar Dias e que os netos do Mestre Evenando vieram a ter assento aqui e a chamar-se BRANDÕES, só pode ter sido por esta Godinha ter casado com o dito Mestre Evenendo e ficado herdeira da outra parte de herdade de Paçô. TRUTESENDO VENANDIZ, INVEANDIZ (1075-1084) e talvez só INVEANDRO ou INVRANDO, em 1092 e 1099, possivelmente também chamado TRUTESENDO ABOMAR, como aparece em 1080, notário do Mosteiro de Grijó em 1075 (Baio-Ferrado, Doc. 147, de 1075, 31 Janeiro), vende terra em Corveiros (Grijó), que tomara de “gaancia”. Devia ter herdado Paçô e aí vivido. Não consta com quem casasse, mas teve os seguintes filhos: 1 - Diogo Trutesendes (BLANDON) 2 – Fernão Brandon (1109-1131), já referenciado nestes apontamentos. 3 – Paio Trutesendes (BRANDON) 4 – Godinho Trutesendes (Proprietário das “vilas” Casal, em Rio Meão, e Brantães, em Semonde). 5 – Mendo Trutesendes. DIOGO TRUTESENDES (BLANDON) – patrono da “villa Palacios” e de parte do mosteiro de Vilar de Andorinho, cujos bens menciona em 1136 e, com seus filhos e netos, faz doação da 5ª parte deles ao Mosteiro de Pedroso (Dissertações Chronologicas, t.I, doc. XXXIX).
  • 8. 8 PEDRO DIAS (BRANDÃO) – mencionado por seu pai, Diogo Trutesendes (Blandon), em doc. de 1136. Casou com ERMESENDA VIEGAS, que, em Agosto do ano de 1146 (Cartulaire Générale de l’Ordre du Temple, acta CCCCCIII), com seu filho Gonçalo, doou à Ordem do Templo seus bens em “território Sancte Marie civitatis, scilicet Palatiolo”. GONÇALO PIRES BLANDON (1136-1224), filho de Pedro Dias (Brandão) e de Ermesenda Viegas, casado com D.OUROANA PERES, ama da Rainha D. Mafalda, em 1220, Dezembro, comprou uma herdade “in terra da Sancta Maria in loco qui dicitur Palaciolo et extra Palatiolum et ubicumque fuerit” (Mosteiro de Arouca, doc. 226, pg.357 – Maria Helena da Cruz Coelho). PAIO TRUTESENDES (BRANDON) , filho de Trutesendo Venandiz (Abomar), comprou em 1137 (Baio-Ferrado, doc. 207) uma herdade a Nodário Cides e a sua mulher, Elvira Pais, “in villa de Palatiolo”,cuja herdade e outros bens legou uma parte em 1146 à Ordem do Templo (Cartulaire Gánárale de l’Ordre du Temple, acta CCCXIV), e a outra parte ao Mosteiro de Grijó, em 1151 e 1154 (Baio-Ferrado, docs.nºs. 50, 98 e 181). PATRONOS DE GRIJÓ No Livro das Campaínhas (Códice da segunda metade do século XIV), encontramos a lista dos fidalgos naturais do Mosteiro de Grijó. No que se refere a «outros cavalleiros e escudeiros gerados (?)», encontramos entre outros: - Joham Brandon e duas filhas; - Fernam Martinz (Brandom) sa irmaa; - Beringuella Diaz sua madre. Consultando-se Felgueiras Gayo, «Nobiliário de Famílias de Portugal»; Cristóvão Alão de Morais, «Pedatura Lusitana»; M. Antonino Fernandes, «Os Brndões – Origem e Varonia (938-1663)»; entre outros autores, ficamos a saber que Biringuella Diaz (do Avelal), era casada com Martim (Pires) Brandom e que tiveram os seguintes filhos, que estão assinalados no Livro das Campaínhas como fidalgos naturais do Mosteiro de S. Salvador de Grijó. (Não nos devemos esquecer da importância da transmissão dos direitos de padroado, que no caso acima referido, é transmitido por via feminina). 1 – Dona maria Brandoa, que casou com Vasco Esteves das Medas ou Medãs, patrono do Mosteiro de Pedroso, em 1363, e filho de Estévão Martins de Medãs. 2 – João Martins Brandão, que D. Pedro I nomeou Alcaide-mor de Penamacor em 1362 e, segundo a lista dos Patronos de Grijó de 1365, tinha duas filhas, que não são nomeadas, com ração neste mosteiro; em 1387, sua mulher fez testamento, acrescentado em 1395, a favor do Mosteiro de Paço de Sousa, pedindo para ser
  • 9. 9 sepultada neste mosteiro, junto a seu marido e filho Rui. Casou com Dona Leonor Esteves das Medãs, sua cunhada; c.g.extinta. 3 – Fernão Martins Brandam, Alcaide-mor de Arronches, em 1363 por D. Pedro I, Regedor de Évora (1391), Aio de D. Fernando (1373), pelo rei D. Pedro foi Monteiro- mor do Coutado de Vale de Arca (Montemor-o-Novo) em 1369. Casou em Évora com D. maria de Brito, filha de Afonso de Brito, Alcaide de Beja, (tinha ração no Mosteiro de Grijó, com sua mãe e irmãos em 1365), de quem houve um filho: Lopo Fernandes Brandão. Quem eram Martim (Pires Brandom) e Biringuella Diaz (do Avelal) ? Cristóvão Alão de Morais, na «Pedatura Lusitana» (Nobiliário de Famílias de Portugal), bem como Felgueiras Gayo, no seu «Nobiliário», dizem-nos que: «O Conde D. Pedro no seu livro não faz título particular dos Brandões, e só fala neles por razão de algumas mulheres com quem casaram; diz-nos que Mayor Rioz Durão,filha de Ruy Diaz Durão e neta de Diogo Gil, fidalgo valente que morreu na batalha de Ourique, casara com Garcia Martins Brandão e tiveram os seguintes filhos: Pedro Garcia, João Garcia e Gil Garcia, que todos foram cavaleiros de uma lança e pouca fazenda». Diz mais o mesmo Conde D. Pedro que D. Euxamea Diaz de Urrô (A Bespa), por ter sido ferrada por uma vespa nas partes íntimas, de que sofreu muito, tendo deixado a todos os seus descendentes a obrigação de matar vespas onde quer que as encontrassem, filha de Diogo Gil Valente, e de sua mulher Urraca Mendes de Bragança, irmã de Rui Dias de Urrô e de João Dias de Freitas, casara com Fernão Gonçalves de Sousa (1118-1175) cavaleiro da Terra de Sousa, de que houvera D. Theresa Fernandes, casada com Martim Brandão (O Velho). Martim (Pais) Brandom (O Velho) é o primeiro com o apelido de «Brandão» a figurar no Livro de Linhagens de D. Pedro. É também mencionado como padroeiro do Mosteiro de Lordelo. Era filho de Paio Trutesendes (Brandon) e de Unisco (Dias) (2º casamento). Este Paio Trutesendes, comprou uma propriedade na «Villa de Palatiolo» a Nodário Cides e sua mulher, Elvira Pais, em 12 de Fevereiro de 1137 (Baio-Ferrado nº 207). Como já está assinalado, casou com D. Thereza Fernandes, de que tiveram os seguintes filhos: Pero Martins Brandom; Garcia Martins Brandom e Egas Martins Brandom. Pero Martins Brandom, assim mencionado no Livro de Linhagens do Conde D. Pedro, é suposto ter vivido na Terra da Feira em 1248 com seus irmãos, era patrono do Mosteiro de Lordelo, onde possuía 5 casais e dois em Redemoinhos (Inq. Afonsinas, Manuel de Sousa e Silva, Os Brandões); casou com Dona Orraca Pires, filha de Pêro Bool e mulher Dona Sancha Rodrigues, de Azambuja. Filhos: 1 – Martim (Pires) Brandom (O Novo).
  • 10. 10 2 – Garcia Pires de Frazom ou Farezom, assim chamado por ter vivido na honra de Frazão (Paços de Ferreira). Martim (Pires) Brandom (O Novo) casou com Dona Berengária Dias de Avelal, patrona do dito Mosteiro de Grijó. Segundo as Inquirições de D. Dinis, honrava o casal de Travaços, em Luzim, e 6 casais na freguesia de Rio de Moinhos; faleceu em 1336 e no seu testamento deixou bens ao Mosteiro de Grijó para a celebração de uma missa perpétua. Dona Berengária Dias de Avelar (1314-1374), casou 2ª vez com João Afonso de Sanir. Era filha de Diogo Gil de Avelal (1261-1388), que em 1333 vivia na Terra da Feira e casara com Maria Anes de Cambra. Os filhos de Martim (Pires) Brandom e de Berengária Dias do Avelal, Dona Maria Brandoa, João Martins Brandão e Fernão Martins Brandão, como já foi assinalado, aparecem na lista dos Patronos de Grijó, (Livro das Campaínhas). “OS PATRONOS DO MOSTEIRO DE GRIJÓ” (Evolução e Estrutura da Família Nobre – Séculos XI a XIV) – Dr. José Augusto P. de Sotto Mayor Pizarro (páginas 417 e sgs.) - Diz-nos que: «O grupo das famílias que é representado pelos ricos-homens naturais de Grijó, identifica-se, na sua quase totalidade, com a alta nobreza da época. A casa de Barcelos destaca-se de todas as outras quer pelo seu prestígio e influência “palatiana” quer pelos seus bens que, encabeçados pela minhota vila que dá o nome ao condado, se estendem por várias zonas do território nacional .As honras e os coutos possuídos pelos condes e seus parentes permitem-lhes o exercício de vários poderes, que os monarcas confirmam, numa clara demonstração de apreço pela família mas, também, de autoridade régia afirmada que, agora, é a verdadeira detentora e distribuidora do poder.» «A progressiva ocupação de zonas a sul do Mondego e do Tejo por parte da alta nobreza marca também, a partir de meados do século XIV, o final da identificação do Entre-Douro-e-Minho com o local privilegiado para a fiação patrimonial daquela.» «Os ricos-homens de Grijó representavam, assim, no seu conjunto, um poder territorial e senhorial considerável, a que acrescentavam o seu relacionamento com a corte, onde muitos deles, desempenhavam importantes funções.» «As famílias de infanções, que pelo seu número seria fastidioso enumer, parecem concentrar os seus bens a norte do Douro, quer até às margens do rio Mimho quer em algumas zonas transmontanas, e a sul daquele rio, em regiões situadas nos vales do Vouga e do Paiva. São poucas as que representam as zonas centro (Cunhas-Tábua e Goes) e sul (Cogominhos) do país.»
  • 11. 11 «Os seus representantes em Grijó são os componentes preferenciais das clientelas vassálicas dos infans e monarcas. A sua importância na corte, porém, era secundária, ocupando postos de segundo plano. O seu peso em termos senhoriais era também reduzido, a ver pelo pequeno número de honras e coutos que detinha.» «A sua influência, ou mesmo pressão, a nível local seria, porventura, bem maior que a dos ricos-homens, geralmente fixados na corte e tendo as suas terras administradas por dependentes de confiança.» «Finalmente os cavaleiros-escudeiros. Os bens das famílias que conseguimos identificar, situavam-se também no Entre-Douro-e-Minho, muito embora se verifique uma importância considerável da Terra de Santa Maria, provavelmente, administravam diretamente, não deviam ser muito extensos. Considerável seria a sua influência a nível local marcada, por certo, pela presença constante.» «Alguns deles serviam como vassalos de casas senhoriais ou alimentavam os contingentes das ordens militares.» «Quase todos seriam, em suma, e pelas sempre certeiras palavras do Conde D. Pedro, “cavaleiros de um escudo e uma lança”, a atestar a pouca riqueza material que possuíam. Para eles, mais duramente até, o século XIV, com as suas alterações sociais e económicas, deve ter representado um momento bem difícil e que terá mesmo, em alguns casos, ditado o final de algumas famílias.» PALATIUM – ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA DESTA PALAVRA Uma transcrição dos elementos para a história desta palavra, é , forçosamente de toda a utilidade para o conhecimento da sua evolução até chegar à palavra de Paço e Paços. Em “OPUSCULOS”, volume I – FILOLOGIA (Parte I) – COIMBRA – Imprensa de Universidade – 1928, de J. LEITE DE VASCONCELOS, páginas 546 a 550, refª. 51 – PALATIUM, e com a indicação de: «Do Homenaje a Menéndez Pidal, t.I, págs. 612-614» , encontrei este interessante artigo, que passo a transcrever, para que se fique a conhecer a origem do nosso «Palatiolo»: «Ás vezes por motivos fonéticos e históricos as palavras experimentam, no decorrer dos séculos, transmudamentos curiosos, acontecendo que de uma que a princípio tinha certa forma e significação resulta, após muito tempo, outra ou outras muito diversas da primeira. Vou dar um exemplo. Dos sete montes em que Roma fora edificada, ou Sepitmontium, um chamava-se, como é sabido, Palatium, denominação talvez proveniente, como quer o Dr. Walde, de palus, «estaca» (1): do que poderemos concluir que aí teria havido em data antiquíssima uma «estacada» ou «estacaria», defesa militar, que muitas vezes se observa em povos de carácter primitivo. No Palatium estabeleceu o Imperador Augusto
  • 12. 12 a sua habitação, o que os sucessores continuaram fazendo. Disto veio o dar-se ao edifício o nome do sítio, e tornar-se palatium nome comum na acepção de «morada de monarca». Também do nome de Moneta, ou templo da deusa Iuno Moneta, que servia de casa da moeda em Roma, veio a chamar-se moneta ou nummus ali fabricado; e moneta tornou-se depois na nossa língua mõeda e moéda, ou moêda, como diz o povo. Este fenómeno que, aplicado individualmente ao estilo, os retóricos chamam metonímia, é muito corrente na língua moderna, e basta abrir um dicionário para encontrar, por exemplo: madeira, em vez de «vinho produzido na Ilha da Madeira»; marialva, na acepção de «pessoa afadistada», porque um Marquês de Marialva formulou certos preceitos de bem cavalgar. Palatium tinha o adjectivo palatinus,por exemplo, colles palatini. Este adjectivo aplicou-se naturalmente à morada imperial e à côrte: domus palatina ou «palácio imperial»; palatinus «dignitário do palácio», «cortesão». Este sentido de nobreza transparece no comes palatinus ou «conde palatino» dos antigos estados germânicos. Os Italianos, alterando um pouco a ideia, fizeram daqui paladino, no sentido de «herói cavaleiresco», e a palavra passou para a França na forma de paladin, para a Espanha na de paladín, e para Portugal na de paladino, que tem a par também paladim. O latim palatinus seguiu ainda outro caminho, passando à classe de cognome (romano), que com o andar do tempo veio a ser verdadeiro nome próprio. Nesse significado temos em documentos nossos do século XI Paladinu-,a que correspondem os patronímicos Paladinici e Paladiniz (2). De Palatinu-, como nome de donos de propriedades, veio Paadinho, hoje Padinho,que decerto se pronuncia pàdinho, nome de duas povoações nos concelhos de Fafe e Guimarães . No feminino há o moderno apelido de família Padinha, que sei se pronuncia pàdinha. Do genetivo Paladini, em compostos como villa Paladini, segundo um tipo muito usual na idade-média, veio Paadim, que aparece no século XIII (3); e por último Padim ou Pàdim, nome de seis lugares no Minho. Comparáveis a Palatinus, na qualidade de cognome romano, temos na nossa língua actual, pelo menos no aspecto externo, os apelidos Cortesão e Côrte Real. Voltemos a palatium, substantivo comum. Palatium dewsgnou na idade média, como tradição romana, a habitação do proprietário de um terreno (4): donde, por intermédio de paaço, que ainda existia no século XIV (5), vieram Paço e Paços, como nomes geográficos muito espalhados por todo o Portugal, com especialidade no Norte e Centro da beira, regiões em que a palavra teve o seu berço. A Paço e Paços se ligam os diminutivos Paçinho e Pacinhos. Outro diminutivo geográfico é Pàçô, igualmente muito usado no Norte e no Centro, o qual, por intermédio das formas medievais (geográficas) Palatiolo, Palaciolo, ou melhor Paacioo, Paaçoo, provém directamente de palatiolum, à letra, «palácio pequeno», pronunciado no latim vulgar palatiólu-.
  • 13. 13 Em alguns dos citados exemplos notámos que muitos nomes de povoações provêm de nomes próprios de indivíduos. Entenda-se que estes eram senhores de quintas, «vilas», etc., que no decurso das idades aumentaram de moradores, e se tornaram aldeias e maiores povoações. Ás avessas acontece que os mesmos nomes geográficos passam a significar nomes pessoais: quantos apelidos não há, que soam Paço e Paços? Eu já tive um aluno apelidado de Paço, e todos em Portugal conhecem o nobre Conde de Paçô- Vieira, que por abreviatura chamamos «o Paçô-Vieira». É possível que os apelidos que se escrevem Passos, com dois ss, pertençam, em parte, à classe que estou estudando, embora alguns possam provir de ideias religiosas, isto é, de Senhor dos Passos, como Ascenção, etc. Além da significação de habitação de um senhor ou proprietário, paço, ou o latinismo palácio, conserva a anterior tradição romana de «habitação de monarca». A todo o instante falam os nossos textos medievais de palatium Domini Regis, por exemplo nas Leges, p. 604, de 1260. Paralelamente a paço e palácio real temos paço episcopal, paços do concelho, e como nome próprio em Lisboa: Terreiro do Paço, por paço do Governo. Na língua usual chamamos por isso palácio a um edifício grande. Com paço real se relacionam os adjectivos arcaicos pàceiro e paaceiro (títulos de cargos), e palaciano, forma restaurada da medieval paação, latim palatianus. É notável que assim como palatinus se tornou nome próprio, também, palatianus. Os documentos medievais de Portugal têm Paaciano e Paaciana, como nomes geográficos do século XIII (6), provenientes de nomes de proprietários: o segundo está ainda hoje representado em Paçam, por Pàçam, ou Pàçã, nome de um lugar na Beira-Alta. E assim termino, pois me parece que fica justificada a afirmação que comecei por fazer: que as palavras têm muitas vicissitudes. No caso presente vimos que as estacas secas que constituíam a primitiva paliçada que foi Roma reverdeceram pujantemente, dando vergônteas que se tornaram, ora nomes de domicílios principescos, e símbolos de aventura, ora designações de pessoas e de localidades. Tão alto pôde subir a ramificação, que por palácio ou paço celeste entendem os crentes a morada de Deus, e já os pagãos diziam palácio de Jove ! » Anotações a este numero: (1) – Latein. Etym. Wb., sub voce. (2) – Vid. Os textosão, Onomastico, 251. (3) – Inquisitiones, I, 698, col. 2ª (4) – Sampaio, «Villas» do Norte, págs.. 57-58. (5) – Por exemplo, nos Inéditos fa Academia, IV, 595. (6) – Cortesão, Onomástico, pág.249. (Do Homenaje a Menéndez Pidal, t. I, págs. 612-614).
  • 14. 14 CONCLUSÃO O primeiro documento em que se faz referência a «villa palatiolo», é-lhe atribuído a data de 773 ?, no entanto a de 922 em que se relacionam bens, em «Palatiolo», poderá ser o documento mais fiável em que tal tenha acontecido. Desde estas datas, aparecem diversas trocas, vendas e doações de bens na terra de «Paçoo», sendo que no ano de 1220, na Comenda de Rio Meão, aparece a denominação como hoje esta freguesia é conhecida, «frigisia d’Palacioo blãdo», é decerto a primeira vez, que num documento oficial, tal aparece. Quanto à data da fundação da primeira igreja, não é fiável, apontar-se uma data, o certo é que já no ano de 1146 encontramos uma doação efectuada à Ordem do Templo de bens em “Palaciolo” , efectuada por Ermesinda Viegas (Cartulaire Générale de l’Ordre du Temple, por Marquis d’Albon, Paris, Acta nº CCCCIII). O mesmo acontecendo no mesmo ano de 1146 (Acta nº CCCXIV do mesmoCartulaire Générale), da doação, por Paio Trutesendes (Brandon), de uma parte dos seus bens à Ordem do Templo, e, em 1151 e 1154 da outra parte ao Mosteiro de S. Salvador de Grijó, o que vem provar o que se afirma na Comenda de Rio Meão, de que os bens da Igreja de Paços, estavam divididos, quase em parte iguais, entre Grijó e Rio Meão. Também em 1270 (Er. 1270, 11 K. Januari), nas Dissertações Cronológicas, Diss.XIX, pág.49, nos é indicado a «Transacção do Bispo do Porto, D. Pedro Salvador, com os Frates de S. João de Jerusalém, recebendo Elle huma procuração annua pelas Igrejas de Riomeam, Mazaneda, e Hereda, e unindo a de Paços de Brandão à de Riomeam, exercendo nella todos os direitos Episcopaes». Porque se especula muito quanto ao significado da palavra «palatiolo», «palaciolo», etc., com que esta «villa» aparece descrita em documentos medievais, foi em “OPUSCULOS” de J. Leite de Vasconcellos, que encontrei a melhor maneira de conhecer a evolução, e, o significado da palavra latina «PALATIUM», de onde vieram o nosso «Palatiolo»; «Palaciolo», «Paaço»; «Paços»; e que traduzidos, à letra, significava «palácio pequeno» (palatiolum), o que me levou a transcrever, na íntegra, o referido artigo que tem o nº. 51 dos referidos “OPUSCULOS”. UM MAU EXEMPLO DE HISTÓRIA LOCAL Nem sempre o que vem exposto numa «Monografia», de qualquer Paróquia, obedece aos critérios de História Local. O caso da monografia desta «Paróquia de S. Cipriano de Paços de Brandão», e, no que diz respeito ao período da Idade Média, é «Um Mau Exemplo de História Local»; vamos pois analisar aquilo que “RECORDAR 900 ANOS DE PAÇOS DE BRANDÃO”, do Sr. Padre Joaquim Correia da Rocha, de 1995, nos diz de assuntos tratados, com tamanha irrealidade histórica, que são dignos de merecerem os seguntes reparos: Página 15 - «…a alma deste TERRITÓRIO, por algum motivo chamado, desde os finais do século XI, PAÇOS DE BRANDÃO»
  • 15. 15 Que se saiba, nesta época, pertencíamos ao TERRITÓRIO DE SANCTA MARIAE, Paços de Brandão seria certamente , a habitação do proprietário de um terreno, e, verificando as formas medievais de Palatiolo, Palaciolo ou Paaçioo, Paaçoo, que provém directamente de Palatiolum, à letra, «palácio pequeno». Uma questão se deve levantar: «Onde está o documento dos finais do século XI que levou o autor de “9OO Anos de Paços de Brandão” a fazer tal afirmação?» Página 52 - «… Mais um acontecimento invulgaríssimo ocorreu, quase do termo do séc.XI, ou seja no ano de 1095.» «Um cavaleiro oriundo das nórdicas terras de França (nessa data 1066 sob a bandeira anglo-normanda) desceu á Espanha, com espírito de Cruzada, e em 1095, aqui entrou para levantar o seu Palácio e iluminá-lo com os 5 Brandões da sua estirpe nobre.» Quanto ao ano de 1095, e, ao conteúdo da página 52, é notória a falta de rigor histórico do que vem lá exposto. Será que o «nosso Brandão» era um fidalgo de uma estirpe muito avançada?...Esta questão é sugerida, uma vez que em 1095, decerto que ainda não era comum, na Europa, especialmente na França e na Península Ibérica, existirem cartas de armas, brasões, etc., assuntos relacionados com”Heráldica”; então como explicar o que nos é dito, como se de uma verdade, se tratasse, nesta página de ao “9OO Anos de P.B.”!...É espantosa esta afirmação: «O nobre Fernão Brandão recebia, no seu Solar, as visitas de cortesia que o Conde Ermígio Moniz (mano do aio régio Egas Moniz) lhe fazia, porquanto gozava da impar situação de Tenens Terrae do Castelo da Feira.»…É caso para perguntar, em que documentos estão descritos tais acontecimentos?... Como já deixei expresso, nesta crítica, no que se refere ao Henrique de Borgonha e à Condessa D. Teresa, em 1095, eles não eram donatários do que se veio a denominar “Condado Portucalense”, seria, decerto, um acto fora do normal, tais personalidades efectuarem qualquer doação, de uma qualquer parte de terreno, que não lhe pertencesse. Vamos pois recordar: “Afonso VI, em 1093, entregava os condados de Portucale e Coimbra, a Raimundo da Borgonha, que já dominava na Galiza. Este território, veio a ser desmembrado em 1096, tendo Afonso VI designado Henrique de Borgonha, primo de Raimundo, para ficar à frente dos Condados de Portucale e de Coimbra. Pelo documento V de “O Mosteiro de Arouca”, e, transcrito no livro de “O MOSTEIRO DE AROUCA – Do século X ao século XIII”, por Maria Helena da Cruz Coelho, página 192, cuja cópia se anexa, verifica-se que em «1094 depois de Agosto, 10 – 1096», o Raimundo, genro de Afonso VI, ainda intervém, como representante do referido Rei, em Arouca, o que confirma o que atrás se afirma. Quanto a Henrique e D. Teresa, o primeiro documento em que intervém D. Teresa, no Mosteiro de Grijó, encontramo-lo em Baio-Ferrado, nº 34, página 45 de “Le Cartulaire Baio-Ferrado du Monastére de Grijó” – Robert Durand, de que se anexa uma cópia, é referente ao ano de 1112, de Maio, doação a Mendo Gonçalves e a sua mulher, Maior Soares, pelos serviços prestados, de bens em Castro à entrada de Guimarães (Casal de Castro em Perosinho junto à estrada real do Porto até ao lugar de Guimarães).”
  • 16. 16 Sobre Heráldica, convém recordar o que “Armando de Matos”, no seu Manual de Heráldica Portuguesa, nos diz: «A heráldica surgiu em Portugal no século XII, sendo que o primeiro documento heráldico português, é o selo de D. Sancho I, de 1189, no mesmo ano em que sua irmã, a condessa de Flandres, também teria organizado o seu, com similar arranjo simbólico.» Sabe-se que as armas mais antigas de que há memória na Europa são as de Rui de Beaumont de 1087-1110. O Marquês de Abrantes, em “Introdução ao Estudo da Heráldica diz que, «a origem da Heráldica Europeia é do séculos XI-XII, e, as grandes linhagens dominantes portuguesas eram num número reduzido». Quanto à concessão de uma Carta de Brasão de Armas, é do reinado de D. Fernando que dizem ter escrito a mais antiga; contudo as Cartas de Armas ou Cartas de Brasão, só no reinado de D. Duarte se tem conhecimento de dois diplomas, no entanto a mais antiga Carta de Armas, que chegou até aos nossos dias , é datada de 1492 pelo Rei D. João II. Até ao tempo das Cruzadas, o carácter dos escudos, estandartes, etc., que os cavaleiros usavam, não tinha qualquer regra própria, e, esses sinais não eram hereditários, normalmente eles morriam com a pessoa que os usava. Foi só sob o reino de «Louis-le-Gros», em França, e sob «Frédéric Barberousse», em Itália, que «les armoires desinnent héréditaires dans les familles». Quanto às regras precisas da arte heráldica, o monumento mais antigo e mais autêntico que se conhece, são as armas do Papa Pascoal, que datam do ano de 1100. Elas são realmente compostas segundo as regras que regem o brasão dos nossos dias, e encontra-se pela primeirta vez uma «des sept piéces honorables, les chevrons». (Conforme vem exposto na “Chancellerie Héraldique et Historique De La Noblesse Européenne”, págs. 13 e 14). Pelo exposto, verifica-se que os “900 Anos P.B.”, na página 52, dão-nos a conhecer factos, que se forem confirmados, por documentos autênticos, e levados ao conhecimentos dos nossos historiadores, bem como da comunidade internacional, decerto que os levará a reverem tudo o que têm escrito sobre heráldica e nobiliarquia”… Página 103 – MAPA Mais um reparo, veja-se o Mapa publicado na pág.103 do “900 Anos P.B.”; não será isto mais uma mau exemplo de como se pretende retratar qualquer facto histórico?...Tal mapa foi fotocopiado de “Le Cartulaire de Baio-Ferrado du Monastére de Grijó”, de Robert Durand. O que diria este autor, se tivesse acesso ao livro dos “900 Anos de P.B.” e se consultasse o referido mapa?... Em História é inadmissível o que o autor de os “900 Anos de P.B.” efectuou. Apresentando o original de um Mapa adulterado com acrescentos de nomes ( Paços de Brandão e Rio Maior), tal só pode ser classificado, por um advérbio, que coloca em total descrédito, a obra, em que tal foi efectuado. Página 206 –Fernando «Blandon» É certo que o Fernando Blandon existiu, mas a sua origem é «bem portuguesa» e no que se refere a esta figura, o autor de os “900 Anos de P. B.”, trata o assunto de uma maneira muito enfatuada e sem apresentar qualquer documento que justifique as afirmações que faz. Veja-se o que esta Crónica nos diz sobre este assunto.
  • 17. 17 A N E X O S
  • 18. 18 Dictionnaire – Historique et Héraldique – de la Noblesse Française – par D. de Mailhol – Tome Second – Paris 1896 (Pesquisa do apelido «Blandon»)
  • 19. 19
  • 20. 20
  • 21. 21
  • 22. 22
  • 23. 23
  • 24. 24 DIPLOMATE ET CHARTAE – Documento em que vem referenciado «villa palatiolo»
  • 25. 25 (Documento referente à Igreja de Águas Sanctas – É testemunhado, entre outros, por «ANAGILDUS BRANDILUNI».
  • 26. 26 Documento referente ao «Monastéri Morariae», confirmam o testamento, «OSÓRIO BRANDILIZ», «GEDA BRANDILIZ», «ODARIO BRANDILIZ»
  • 27. 27 Documento do Livro Preto da Sé de Coimbra, em que é mencionado, pela primeira vez, o nome de «BRANDON» e «BLANDILA»
  • 28. 28 Livro de Doações do Mosteiro de Paço de Sousa, confirmação por «TRUTESENDO TESTI. BLANDO» KARTA DE TARAUQUELA – Confirmação por «BRANDIA TEST»
  • 29. 29 Documento referente ao Mosteiro de Arouca – REFERÊNCIA AO IMPERADOR AFONSO E AO CONDE RAIMUNDO
  • 30. 30 NOBILIÁRIO DO CONDE D. PEDRO, TÍTULO XLIII, PÁGS. 343 A 346
  • 31. 31 CÓPIA DO MAPA PUBLICADO NO “LE CARTULAIRE BAIO-FERRADO” de Robert Durand
  • 32. 32 O mesmo Mapa, publicado em “900 ANOS DE PAÇOS DE BRANDÃO”, com os acrescentos de Rio Maior e Paços de Brandão