- A transformação dos sistemas educativos tornou as escolas mais inclusivas com novos públicos estudantis
- A taxa de escolarização aumentou significativamente entre 1985-1986 e 2005-2006, especialmente para adolescentes entre 13-18 anos
- Os alunos assumem novos papéis como estratégas de seus próprios projetos escolares e parceiros na equipe educativa, em vez de meros receptores de informação
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
Retrato do joven enquanto aluno: participar na escolaridade, preservar a privacidade
1. Retrato do jovem enquanto aluno:
participar na escolaridade,
preservar a privacidade
Maria Manuel Vieira,
Instituto de Ciências Sociais – UL
mmvieira@ics.ul.pt
Instituto de Educação –UL, 20 Maio 2010
2. SUMÁRIO:
• A transformação dos sistemas educativos
• Emergência da juventude e novos públicos
escolares
• O mundo juvenil na escola
• A transformação do lugar do aluno na
instituição e do seu estatuto
3. A TRANSFORMAÇÃO DOS SISTEMAS ESCOLARES
• homogeneidade de valores e princípios
• monopólio de acção
• referências organizativas
mudança dos públicos
5. IDADE 1985-1986 2005-2006
11 anos 100 100
12 anos 98 100
13 anos 84 100
14 anos 67 100
15 anos 58 91
16 anos 42 82
Taxa de escolarização, segundo o ano lectivo,
17 anos
por 38 idade73
18 anos 33 67
%
TAXA DE ESCOLARIZAÇÂO, SEGUNDO O ANO LECTIVO, POR IDADE (%)
FONTE: ME, Giase, Séries Cronológicas do Sistema de Ensino (1985-86)
Capucha, L. et al. (2009). Mais escolaridade – realidade e ambição. Estudo preparatório do
alargamento da escolaridade obrigatória. lLisboa: Agência Nacional para a Qualificação. (2005-06)
6. O MUNDO JUVENIL NA ESCOLA
• Modelo de filia
• Cultura mediática e novas modalidades de
comunicação
• A consagração dos pares : tensões entre
hierarquias escolares e hierarquias juvenis
7. A TRANSFORMAÇÃO DO LUGAR DO ALUNO NA
INSTITUIÇÃO E DO SEU ESTATUTO
Definição escolar do aluno:
• ESTRATEGA na definição do seu projecto
escolar e profissional
• PARCEIRO numa equipa educativa que o ajuda
a levar o seu projecto a bom termo
• CIDADÃO num estabelecimento de ensino
onde aprende a conhecer e a exercer os seus
direitos.
• (Rayou, 2007)
8. A TRANSFORMAÇÃO DO LUGAR DO ALUNO NA
INSTITUIÇÃO E DO SEU ESTATUTO
• A prática da desafiliação colectiva
• Direito de reserva, risco de fragmentação e
solidariedade de grupo
9. BIBLIOGRAFIA:
BARRÈRE, A. (s/d). O trabalho dos alunos. Porto: Rés.
BARRÈRE, A. MARTUCCELLI, D. (2000). La fabrication des individus à l’école.
In A.Van Zanten (ed). L’école, l’état des savoirs. Paris: La Découverte.
BREVIGLIERI, M. (2007). Ouvrir le monde en personne. Une anthropologie
des adolescences. In M. B. V. CICCHELLI (Ed.), Adolescences
méditerranéennes. L'espace public à petits pas (pp. 19-59). Paris: L'
Harmattan.
DUBET, F. (2002). Le déclin de l'institution. Paris: Éd. du Seuil.
LIMA, L. o. (Ed.). (1998). Por favor, elejam a B. O associativismo estudantil
na escola secundária. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
MARTUCCELLI, D. et. Al (2008). Le lycée est-il un espace de socialisation?. In
A. Cavalli, V. Cicchelli, O. Galland (dir.). Deux pays, deux jeunesses? La
condition juvénile en France et en Italie. Rennes: Presses universitaires
de Rennes
MEIRIEU, P. (2008). Adolescent à l'école: est-ce possible? In D. L. BRETON
(Ed.), Cultures adolescentes. Entre turbulence et construction de soi. (pp.
24-38). Paris: Éditions Autrement.
10. MERLE, P. (2005). L'élève humilié. L'école, un espace de non-droit? Paris:
PUF.
PASQUIER, D. (2005). Cultures lycéennes. La tyrannie de la majorité. Paris:
Éditions Autrement.
PINTO, J. M. (2007). Indagação científica, aprendizagens escolares,
reflexividade social. Porto: Edições Afrontamento.
RAYOU, P. (2005). Crianças e jovens, atores sociais na escola: como os
compreender? Educação e Sociologia, 26(91), 465-484.
RAYOU, P. (2007). De proche en proche, les compétences politiques des
jeunes scolarisés. Éducation et sociétés, 19(1), 15-32.
RESENDE, J.M., DIONÍSIO, B.M. (2005). Escola pública como “arena” política:
contexto e ambivalências da socialização política escolar. Análise Social,
vol.XL (176), pp.661-680.