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Cabeamento Estruturado
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
• Introdução;
• Cabeamento Estruturado;
• Padronização;
• Padrões Chave em Cabeamento Estruturado;
• Ambiente de Conexão.
· Compreender e abordar os principais conceitos da utilização de in-
fraestrutura de cabeamento estruturado aplicado a redes locais de
dados, a importância de utilização de padrões, os ambientes de co-
nexão e as principais características de meios físicos de redes basea-
das em normas técnicas internacionais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Cabeamento Estruturado
e Ambiente de Conexão
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Determine um
horário fixo
para estudar.
Aproveite as
indicações
de Material
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma
Não se esqueça
de se alimentar
e de se manter
hidratado.
Aproveite as
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Procure manter
contato com seus
colegas e tutores
para trocar ideias!
Isso amplia a
aprendizagem.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Introdução
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, você aprenderá sobre os principais conceitos a respeito do que
é infraestrutura de rede e os motivos principais da utilização de padrões físicos
de rede, abordando e definindo o que é um sistema de cabeamento estruturado.
Também vamos conhecer um pouco sobre as normas técnicas internacionais mais
utilizadas em ambientes de infraestrutura de redes e os órgãos internacionais res-
ponsáveis pela criação e administração e manutenção desses padrões. E, por final,
serão apresentados alguns componentes de infraestrutura de rede que têm como
função armazenar e acomodar dispositivos passivos e ativos de rede, como, por
exemplo, racks, patch panels e organizadores de cabos e as principais ferramentas
utilizadas nesse ambiente de conectorização.
Não se esqueça de acessar os Materiais Didáticos, nos quais encontrará os con-
teúdos e as atividades propostas nesta unidade. Outra dica é acessar os Materiais
Complementares e assistir às Videoaulas apresentadas na unidade, para que possa
obter mais conhecimento sobre o tema discutido.
Bons estudos!
Cabeamento Estruturado
Muitos administradores de rede acabam tendo problemas de quedas repentinas
nas conexões de rede, e pesquisas mais recentes indicam que a maioria desses pro-
blemas está relacionada à camada física da rede, por não ser projetada e montada
com organização e qualidade e com a camada de aplicação, por estar mais próxima
aos usuários, os quais, muitas vezes, não estão treinados corretamente para acessar
os sistemas. Ou seja, quando uma rede de comunicação é bem projetada, instalada
e configurada e seus usuários bem treinados para acessarem os sistemas e mante-
rem procedimentos seguros para esses acessos, é muito difícil termos problemas
nessa infraestrutura de TIC.
Em instalação de sistemas de cabeamento estruturado, seguimos padrões e nor-
matizações que podem eliminar grande parte do tempo de inatividade de uma rede.
Outro fator muito importante que precisa ser levado em conta é que o sistema de
cabeamento estruturado, embora tenha um tempo de sobrevida superior a outros
dispositivos em um ambiente de rede (esses componentes físicos dessa infraestru-
tura), representa apenas menos de 10 por cento do investimento total aplicado em
um projeto de rede (MARIN, 2008).
O cabo estruturado é o único que precisa ser instalado para lidar com as neces-
sidades de telefonia e comunicação de dados agora e no futuro. É um sistema que
fornece uma abordagem muito “estruturada” para o sistema de uma rede de mídia
8
9
mista, ou seja, o cabeamento que suporta todo o tráfego de informações transmi-
tidas, como, por exemplo, voz, dados, vídeo e até grandes e complexos tráfegos
gerados por sistemas de banco de dados. Poderia ser descrito como um sistema
que compreende um conjunto de produtos de transmissão, aplicado com regras de
projeto de engenharia que permitem ao usuário aplicar voz, dados e imagens de
uma maneira que maximiza a taxas de dados transmitidas.
Conheça um ambiente de Estrutura de Cabeamento, no endereço:
https://https://youtu.be/FY1XB0rrYes
Explor
O cabeamento estruturado divide toda a infraestrutura de rede em blocos ge-
renciáveis e, em seguida, tenta integrar esses blocos para produzir as redes de alto
desempenho, para o cliente das redes – isso significa proteção do investimento.
Além de proteção de investimento, o cabeamento estruturado também fornece ca-
pacidades administrativas e de gestão. Todos os cabos provenientes dos diferentes
locais de trabalho são terminados em uma conexão passiva centralizada na sala de
rede com rotulagem e coloração, bem como mecanismos simples de fácil e rápida
identificação. Por isso prevê um único ponto centralizado para todos os requisitos
administrativos e de gestão da rede (PINHEIRO, 2015).
Outro fator subjacente é a gestão da mudança, uma vez que deve ser percebido
que arquiteturas de sistema podem mudar com frequência quando o sistema evolui.
Por esse motivo, a arquitetura de cabeamento deve ser capaz de mudar com míni-
ma inconveniência. A disposição de um painel central proporciona administração e
flexibilidade necessárias para fazer adições, movimentos e alterações. As alterações
podem ser facilitadas com um simples interruptor posicionado ao longo do meio
como remendo, ou permitindo interconectividade.
As vantagens do Cabeamento Estruturado são:
• Consistência: Um sistema de cabeamento estruturado significa que se pos-
suem os mesmos sistemas de cabeamento tanto para dados, voz e vídeo.
• Suporte para equipamentos multivendor: Um sistema de cabo baseado em
padrões poderá suportar aplicações e hardware, mesmo com uma mistura de
dispositivos de outros fornecedores.
• Simplificar movimentos/adições/alterações: Sistemas de cabeamento es-
truturado podem suportar quaisquer alterações nos sistemas.
• Simplificar a solução de problemas: Com sistemas de cabeamento estrutu-
rado, os problemas são menos propensos e minimizam quedas de rede, mais
fácil de isolar e mais fácil de corrigir.
• Suporte para aplicações futuras: Sistema de cabeamento estruturado supor-
ta futuras aplicações como multimídia, videoconferência e outras, com pouca
ou nenhuma complicação.
9
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Outra vantagem principal do uso de cabeamento estruturada é o isolamento de
falhas. Ao dividir toda a infraestrutura em blocos gerenciáveis simples, é fácil de
testar e isolar os pontos específicos de falhas e corrigi-los com o mínimo de pertur-
bação para a rede. Uma abordagem estruturada em cabeamento ajuda também a
reduzir os custos de manutenção. Os sistemas de cabeamento estruturado se torna-
ram rapidamente o padrão de utilização dos meios físicos para pequenas, médias e
grandes redes (PINHEIRO, 2015).
Padronização
No início da criação das redes de computadores, os sistemas operacionais e
os sistemas físicos de interconexão eram proprietários, ou seja, se naquela época
você tivesse que montar um projeto de infraestrutura de rede, você deveria montá-
-lo baseando-se em um fabricante apenas, que fornecia praticamente todo o am-
biente necessário para a sua infraestrutura de TI. Porém, caso algum componente
da rede desse problema, a única alternativa era adquirir desse mesmo fabricante
e pelo valor que ele desejasse na época, pois não se tinha concorrência. Com a
evolução das tecnologias da informação e a criação de novos dispositivos de outros
fabricantes, era praticamente impossível conectá-los nessas redes proprietárias.
Nesse contexto, surge a necessidade das definições de normas e padrões tanto em
relação aos componentes físicos de interconexão, como os componentes lógicos
(sistemas operacionais e protocolos de comunicação) que permitiam que dispositi-
vos de vários fabricantes pudessem se comunicar entre si (FILHO, 2015).
Veja um sistema de cabeamento estruturado devidamente identificado e organizado,
no endereço: https://youtu.be/egGiKsHS-CE
Explor
A Importância das Normas de Padronização
Os Padrões são a plataforma de todas as redes de telecomunicações. Eles esta-
belecem diretrizes e recomendam as melhores práticas para cada aspecto do seg-
mento de sistemas de telecomunicações, design de rede e instalação e verificação
do meio para um bom desempenho. Normas estabelecem critérios técnicos para
assegurar a uniformidade e compatibilidade dentro e entre as redes, possibilitando
o conexão de dispositivos de múltiplos fornecedores.
Em cabeamento de comunicações, normas definem tipos de cabeamento, dis-
tâncias, conexões, arquiteturas de cabeamento, parâmetros de desempenho, requi-
sitos de ensaio e muito mais. Eles fornecem as melhores práticas recomendadas,
normas podem reduzir as despesas de inatividade e instalação. Eles simplificam
saídas, adições e mudanças, a fim de maximizar a disponibilidade do sistema e
estender a vida útil de um sistema de cabeamento. Padrões permitem construir
10
11
sistemas de cabeamento estruturado que podem facilmente acomodar tecnologias
existentes, equipamentos e usuários, bem como as futuras tecnologias que estão
por vir (ANSI/TIA/EIA-568-C.0).
Hoje, existem duas organizações principais envolvidas no desenvolvimento de
padrões de cabeamento estruturado. Os padrões (TIA) Telecommunications Indus-
try Association são geralmente especificados na América do Norte. E a (ISO) In-
ternational Organization for Standardization são, por sua vez, mais comumente
usadas fora da América do Norte.
História de Padrões de Cabeamento
Como já foi dito, antes de 1985, não existiam normas de cabeamento estrutu-
rado. Empresas de telefonia usavam seu próprio cabeamento e as outras empresas
geralmente usavam um sistema proprietário de um fornecedor único. Eventualmen-
te, a Associação da Indústria de Comunicações Computador (CCIA) aproximou-se
da (EIA) Electronics Industries Alliance, anteriormente Electronics Industries Allian-
ce, sobre o desenvolvimento de padrões de cabeamento. Isso fez com que as dis-
cussões fossem centralizadas em um desenvolver de padrões para voz, dados para
ambientes comerciais e sistemas de cabeamento residenciais.
TIA foi formada em abril de 1988, depois de uma fusão dos Fornecedores de
Telecomunicações dos Estados Unidos e do Grupo de Informação e Tecnologias de
Telecomunicações da EIA.
Em 1991, TIA publicou o padrão de seu Edifício Comercial de Telecomunica-
ções, conhecido como ANSI/TIA/EIA 568. Ele foi o primeiro padrão usado para
definir um sistema de telecomunicações genérico que iria apoiar um ambiente mul-
tivendor e multiproduto. Permitiu que sistemas de cabeamento pudessem ser pla-
nejados e instalados sem planos definidos para equipamentos de telecomunicações
instalados posteriormente. A última versão dessa norma é TIA-568-C, publicada
em 2009. Porém, os comitês de padronização devem rever as normas frequente-
mente (ANSI/TIA/EIA-568-C.0).
Conheça a história da ANSI (em inglês) no endereço: https://youtu.be/kVMd87XZakI
Explor
Organizações de Padronização
Hoje, há um número de organizações que desenvolvem normas relacionadas
com o cabeamento e sistemas de comunicações. Podemos citar por exemplo:
• ANSI (American National Standards Institute): Este grupo coordena e ado-
ta normas nacionais nos EUA.
• BICSI (Building Industry Consulting Service International): Esta associa-
ção é compatível com os sistemas de transporte de informação (ITS) da indús-
tria com informação, educação e avaliação de conhecimentos.
11
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
•	 CSA (Canadian Standards Association): Produtos elétricos e eletrônicos no
Canadá deve ser CSA aprovado.
•	 TIA (Telecommunications Industry Association): Mais conhecido por de-
senvolver padrões de cabeamento com o EIA. TIA é a principal associação
comercial para obter informações, comunicações e indústria de tecnologia de
entretenimento.
•	 ISO (International Organization for Standardization): Este grupo é a maior
desenvolvedora mundial de normas e inclui grupos de padrões de países mem-
bros em todo o mundo.
•	 IEC (International Electrotechnical Commission): Esta organização inter-
nacional de normalização prepara e publica padrões internacionais para todas
as tecnologias elétricas, eletrônicas e afins.
•	 IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers): O IEEE é uma
organização internacional líder em desenvolvimento de padrões em uma am-
pla gama de disciplinas, incluindo energia elétrica, tecnologia da informação,
segurança da informação e telecomunicações.
•	 NEC (National Electrical Code): A NEC é um documento produzido pela Na-
tional Fire Protection Association (NFPA). É um padrão regional adotável para
a instalação segura de cabos e equipamentos elétricos nos Estados Unidos.
•	 NEMA (National Association Manufacturing Elétrica): O NEMA é a voz do
Fórum para as indústrias de elétrica, imagem e médica.
•	 NFPA (National Fire Protection Association): Esta é a organização norte-ame-
ricana de prevenção de incêndios e uma fonte autorizada na segurança pública.
•	 ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): como o nome diz, é a
organização de padronização técnica no Brasil.
Conheça o portal doTIA (em inglês) no endereço: https://goo.gl/TDyvjg
Conheça o portal da ISO (em inglês) no endereço: https://goo.gl/McRmva
Conheça o portal da ABNT no endereço: https://goo.gl/GKWWg
Explor
Padrões Chave em Cabeamento Estruturado
ANSI/TIA-568-C.0: Cabeamento Genérico de Telecomunicações nas Instala-
ções do Cliente. Esse documento é direcionado para usuários finais, designers e
instaladores. Esse padrão é para o planejamento e instalação de cabeamento es-
truturado em todos os tipos de instalações do cliente. Ele especifica os requisitos
mínimos para cabos de telecomunicações genéricos em um ambiente multiven-
dor dentro de um edifício comercial e entre edifícios em um ambiente de campus
(ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Trata sobre os seguintes temas:
12
13
• Estruturas do sistema de cabeamento de telecomunicações;
• Topologias e distâncias multitenant;
• Requisitos de instalação para o par trançado e fibras ópticas;
• Requisitos de desempenho de fibra e de teste.
Essa norma reconhece o Cat6a, e inclui teste de ligação de fibra e requisitos de
desempenho. Além disso, atualiza o raio de curvatura para UTP.
ANSI/TIA-568-C.1: Cabeamento Padrão de Telecomunicação para Edifícios
Comerciais. Essa norma substitui a ANSI/TIA-568-B.1. Esse padrão é para o pla-
nejamento e instalação de cabeamento estruturado em todos os tipos de insta-
lações. Ele especifica os requisitos mínimos para os cabos de telecomunicações
dentro de um edifício comercial e entre os edifícios em um ambiente de campus
com um alcance geográfico de 3.000 metros quadrados até 1.000.000 metros
quadrados. Ele define termos, especifica topologias de cabeamento, tipos de meios
e distâncias, bem como configurações de tomadas e de conectores. Ele suporta
uma ampla gama de aplicações comerciais, incluindo voz, dados, texto, vídeo e
imagens. Trata sobre os seguintes temas:
• Instalações de Entrada;
• Cabeamento Horizontal;
• Salas de Equipamentos;
• Área de Trabalho;
• Salas de Telecomunicações e Gabinetes (Racks);
• Cabeamento Backbone;
• Pontos de Consolidação.
Essa norma destina-se aos usuários finais, designers e instaladores. Acrescenta o
cabeamento CAT6 e CAT6a, caixas de telecomunicações. Cabos CAT5, 150 ohm
STP, e de 50 ohms UTP e cabo coaxial de 75 ohm.
ANSI/TIA-568-C.2: Cabeamento de Telecomunicações de Par Trançado e
Componentes Padrão. Esse padrão de nível de componente incorpora adendos à
norma ANSI/TIA-568-B.2 e é orientada para os fabricantes de sistemas de cabos
de par entrançado e componentes (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) (Especificação de li-
gação permanente, o desempenho do canal, e os procedimentos de teste para os
sistemas CAT3, CAT5e, CAT6 e CAT6a).
Além disso, recomenda o CAT5e para oferecer suporte a aplicativos de 100
MHz. Ele apresenta atenuação de acoplamento e informações sobre configurações
de modelagem. Um método de teste é especificado para todas as categorias de
hardware de conexão. Trata sobre os seguintes temas:
• Requisitos Mecânicos e de Transmissão para os Canais, Links Permanentes,
Cabos e Conectores;
13
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
•	 Confiabilidade Conector;
•	 Requisitos das Medições;
•	 Procedimentos de Teste de Cabeamento e Componentes;
•	 Método de Ensaio de Impedância e Limites de Perda NEXT;
•	 Dispositivos de Teste para Conector e outros.
O grupo TR-42.7 está atualmente desenvolvendo o ANSI/TIA-568-C.2-1 que
define especificações para Categoria 8 (100-Ohm Next Generation Cabling), uma
nova categoria de cabeamento para suportar futuras aplicações além 10GBASE-T.
ANSI/TIA-568-C.3: Componentes Padrão de Cabeamento de Fibra Óptica.
Esta norma substitui a ANSI/TIA-568-B.3 que define os tipos de fibras multimodo
e monomodo e seus níveis de desempenho. É escrito para os fabricantes de sis-
temas de cabos de fibras ópticas e componentes. Acrescenta nomenclaturas ISO
para OM1, OM2, OM3, OS1, OS2 e tabela de fibras de alto rendimento. A largura
de banda mínima do OFL para fibra de 62,5 mícron foi aumentada de 160 MHz/
km a 200 MHz/km a 850 nm. O padrão inclui:
•	 Tipos de Fibra, Especificação de Comprimento de Onda, Atenuação e Largura
de Banda;
•	 Hardware e Adaptadores de Conexão de Fibra;
•	 Cordões de Fibra e Formas de Transição;
•	 Especificação de Desempenho.
ANSI/TIA-568-C.4: Cabo Coaxial Broadband e Componente – essa norma
consolida informações das normas Residencial (RG-6 & RG-59) e Padrões de Data
Center (Tipo 734 & 735). Essa norma define:
•	 Topologia de Conexão Coaxial Broadband;
•	 Subsistemas de Cabeamento 1, 2, e 3;
•	 Série 6 e Série 11 Performance de Ligação;
•	 Hardware e Cabo de Conexão Coaxial;
•	 Requerimentos de Instalação;
•	 Requisitos de Teste de Campo.
ANSI/TIA-569-C: Caminhos e Espaços de Telecomunicação para Padrão
de Cabeamento Comercial. Substitui a norma TIA-569-B dirigida a edifícios co-
merciais. Essa última versão inclui a adição de requisitos de climatização baseado
HVAC, práticas recomendadas de temperatura e umidade relativa do ar, diretrizes
de alimentação em ambientes e requisitos de iluminação. O padrão inclui:
•	 Compatibilidade Ambiental;
•	 Instalações de Telecomunicações;
•	 Espaços de Construção;
•	 Provedor de Acesso e Espaços do Provedor de Acesso.
14
15
ANSI/TIA-606-B: Padrão de Administração para Infraestrutura de Teleco-
municações Comercial. A administração de uma planta de cabeamento é cada
vez mais importante em um edifício que pode ter muitos usuários e aplicações
de redes ao longo do seu tempo de vida útil. Esse padrão especifica quatro clas-
ses de administração com base na complexidade da planta de cabeamento a ser
administrada. Ele também inclui um adendo para instalações em Data Center e
informações técnicas adicionais.
ANSI/TIA-607-B: Telecommunications Grounding – Ligação de Aterramento
de Instalações de Telecomunicações. Esse padrão especifica a ligação a terra e a
ligação de telecomunicações uniforme para edifícios comerciais.
ANSI/TIA-942-A: Padrão de Infraestrutura de Telecomunicações para Data
Centers. Esta norma fornece requisitos e orientações para a concepção e instala-
ção de centros de dados simples. A versão mais recente recomenda cobre Cat6a
e fibra OM4 como o mínimo para cabeamento de data center. Também aprova o
conector MPO para fibra multifilar e o conector LC como o preferido para fibra de
duas cadeias. Ele também remove CAT3 e CAT5 do cabeamento horizontal (so-
mente backbone de voz). As diretrizes também incorporaram mais especificações
de cabos coaxiais, protocolo de iluminação de 3 níveis e limites de temperatura/
humidade revistos. Esse padrão especifica:
• Design de Centro de Dados;
• Sistemas de Cabeamento e infraestrutura;
• Espaços e Topologias Relacionados;
• Caminhos do Cabeamento;
• Redundância Física.
Os anexos incluem: considerações de projeto de cabeamento, informações do
provedor de acesso, coordenação de planos de equipamento com outros engenhei-
ros, seleção do local do centro de dados e considerações de projeto de construção,
bem como exemplos de construção em data centers.
Ambiente de Conexão
A estrutura do sistema de cabeamento de telecomunicações, como foi dito an-
teriormente, baseia-se na norma ANSI/TIAS/EIA-568-C.0 e ANSI/TIA/EIA-568-
-C.1, que fornece uma representação dos elementos funcionais que compreendem
um sistema de cabeamento genérico. Na próxima figura, são apresentados os ele-
mentos funcionais descritos em um sistema de construção de cabeamento comer-
cial. Como os seguintes ambientes:
• Instalações de Entrada;
• Salas de Equipamento;
• Quarto de Telecomunicações ou em algumas implementações, recintos de te-
lecomunicações;
15
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
•	 Cabeamento de Backbone;
•	 Cabeamento Horizontal;
•	 Área de Trabalho.
Building 1 Building 2
Legend
Access provider
Entrance facility
Equipment room
Main cross-connect (Distributor C)
Telecommunications room
Telecommunications enclosure
Work area
Cross-connect
Telecommunications outlet/connector (equipment outlet)
Horizontal cross-connect (Distributor A)
Intermediate cross-connect (Distributor B)
Backbone (Cabling Subsystem 3)
Backbone (Cabling Subsystem 2)
Horizontal (Cabling Subsystem 1)
WA
WA
HC
TE
TR
IC
MC
ER
EF
AP
WA
WA
WA
WA
WA
WA HC
TR
AP
EF ER
MC
WA
ER
IC
TR TE
HC HC
Figura 1 – Subsistemas de Cabeamento Estruturado (ANSI/TIA/EIA-568-C.1)
A instalação de entrada (EF) consiste nos cabos, hardware de conexão, dispositi-
vos de proteção e outros equipamentos que se conectam ao cabeamento do prove-
dor de acesso (AP). Ou seja, a instalação de entrada seria o ponto de consolidação
do cabo que vem do ISP para o edifício comercial.
As salas de equipamentos (ERs) são consideradas distintas das salas de teleco-
municações (TRs) e dos gabinetes de telecomunicações (TEs) devido à natureza ou
complexidade dos equipamentos que elas contêm. Um ER pode fornecer uma ou
todas as funções de um TR ou de um TE. A principal conexão cruzada (MC) de um
edifício comercial está localizada em um ER. Interconexões intermediárias (ICs), in-
terconexões horizontais (HCs), ou ambos, de um edifício comercial também podem
estar localizados em um ER. É muito importante observar que em uma infraestru-
tura de cabeamento, podemos ter apenas um MC que age como o concentrador
principal do meio físico na rede. Podemos ter vários ICs, que agem como uma
16
17
espécie de concentrador em edifícios ligados ao MC e vários HCs, que seriam os
pontos de ligação com a conectividade horizontal, ou seja, ela geralmente cobre
o andar em que está posicionada e tem como função fazer a ligação dos usuários
daquele ambiente (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
As Salas de Telecomunicações (TRs) e gabinetes de telecomunicações (TEs) for-
necem um ponto de acesso comum para backbones e vias de construção. Os TRs e
TEs também podem conter o cabeamento usado para conexão cruzada. A conexão
horizontal cruzada (HC) de um edifício comercial está localizada em um TR ou TE.
A conexão cruzada principal (MC) e as conexões cruzadas intermediárias (IC) de um
edifício comercial também podem estar localizadas em um TR. O TR e qualquer
TE devem estar localizados no mesmo andar das áreas de trabalho atendidas, com
a finalidade de ligação de seus usuários.
As conexões cruzadas e interconexões horizontais e de backbone (espinha dorsal
da rede) devem ser terminadas em um hardware de conexão que atenda aos requi-
sitos das normas ANSI/TIA/EIA-568-C.2 (para cabo de par trançado) ou ANSI/
TIA-568-C.3 (para cabo de fibra óptica). Essas terminações de cabo não devem ser
realocadas para implementar movimentações, adições e alterações no sistema de
cabeamento (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
Topologia Física de Rede
Uma topologia de rede é o meio pelo qual os dispositivos de rede estão interco-
nectados aos equipamentos de intermediários de consolidação de uma infraestru-
tura de TIC. As topologias podem ser descritas fisicamente ou logicamente. Como
estamos tratando do assunto de cabeamento estruturado nesta unidade, vamos
tratar de topologia física de rede.
A topologia física de uma rede é a verdadeira forma para observarmos de que
como a rede foi construída (layout físico). Nela conseguimos verificar como os
meios físicos de rede (cabos metálicos e fibras ópticas) estão realmente conectados,
o que facilita para o administrador de rede saber os locais e até mesmo identificar
pontos necessários para a escalabilidade da rede e/ou resolução de problemas.
Topologia Física em Estrela
O cabeamento de backbone deve atender aos requisitos de topologia em estrela
hierárquica do ANSI/TIA-568-C.0. Não haverá mais de dois níveis hierárquicos de
conexões cruzadas no cabeamento de backbone. A partir da conexão cruzada hori-
zontal (HC), não mais do que uma conexão cruzada deve ser passada para alcançar
o MC. Portanto, as conexões entre quaisquer dois HCs devem passar por três ou
menos instalações de conexão cruzada (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
A topologia requerida por esta norma foi selecionada devido a sua aceitação e
flexibilidade em atender a uma variedade de requisitos de aplicação. A limitação a
17
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
dois níveis de conexões cruzadas é imposta para limitar a degradação de sinal para
sistemas passivos e para simplificar movimentação, acréscimos e mudanças dos
meios físicos. Essa limitação pode não ser adequada para instalações que tenham
um grande número de edifícios ou que cubram uma grande área geográfica. O ca-
beamento de fibra óptica centralizado foi projetado como uma alternativa para a
conexão cruzada localizada em um TR ou TE. Podemos entender melhor obser-
vando a próxima figura:
Horizontal
cabling
Horizontal
cabling
Horizontal
cabling
Backbone
cabling
Backbone
cabling
Backbone
cabling
Horizontal
cabling
Backbone
cabling
Legend:
TO
HC
IC
MC
Telecommunications outlet (equipment outlet)
Horizontal cross-connect (Distributor A)
Intermediate cross-connect (Distributor B)
Main cross-connect (Distributor C)
Optional cabling
Optional consolidation point
MC
IC
HC HC
HC
MC
IC
TO
TO
TO
TO
TO
TO
TO
TO
TO
TO
Figura 2 –Topologia de Estrela Hierárquica (ANSI/TIA/EIA-568-C.1
Cabos de Backbone e Cabeamento Horizontal
Os termos cabos horizontais e de backbone (às vezes chamado de cabo vertical)
não têm nada a ver com a orientação física do cabo em direção ao horizonte ou
verticalmente. Os cabos horizontais passam entre um painel de conexão cruzada
em um armário de fiação (rack) e uma tomada de telecomunicações de parede
que tem como objetivo a ligação de clientes da rede. Cabos de backbone correm
entre os armários de fiação e o ponto principal de conexão cruzada de um edifício
18
19
(geralmente chamado de sala de equipamentos). É muito importante lembrar que,
como os cabos de backbone geralmente interligam os racks horizontais e interme-
diários à sala de equipamentos principal, ele se torna a espinha dorsal da rede, que
geralmente é o meio por onde os dados precisam passar por maiores velocidade e
geralmente possuem sistemas de redundância, para evitar eventuais problemas de
conectividade, pois se um backbone der problema, certamente um pedaço da rede,
ou a rede toda, será comprometida. Os componentes típicos encontrados em um
ambiente de cabeamento estruturado, incluindo o cabo horizontal, o cabo de back-
bone, as tomadas de telecomunicação e os cabos de conexão (PINHEIRO, 2015).
Podemos verificar isso na próxima figura:
• Cabos Horizontais: Os trechos horizontais são implementados com mais fre-
quência com cabos de condutores sólidos de 100 ohms, quatro pares e de par
trançado não blindado (UTP), conforme especificado no padrão ANSI/TIA/
EIA-568 para edifícios comerciais. O Padrão também prevê o cabeamento ho-
rizontal a ser implementado usando fibra óptica multimodo de 62,5/125-mí-
cron ou 50/125-mícron. O padrão reconhece o cabo de par trançado blinda-
do 150 ohm (STP), mas não o recomenda para novas instalações, e espera-se
que seja removido da próxima revisão do padrão. Se desejar utilizar um cabo
com blindagem recomendada, orienta-se a utilização do cabo do tipo ScTP. Já
cabo coaxial não é mais um tipo de cabo horizontal reconhecido para instala-
ções de voz ou dados.
Figura 3 – Cabeamento Horizontal e Conexão de Área deTrabalho (DUKDA, S. 2000)
• Cabos de Backbone: Os cabos de backbone podem ser implementados
usando UTP de 100 ohms, Fibra Óptica Multimodo de 62,5/125-micron ou
50/125 microns ou Cabo Óptico Singlemode de 8,3/125 micron. Nem 150
ohm STP nem cabo coaxial são mais permitidos para o backbone. A fibra
19
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
óptica é o meio de instalação preferido pelos administradores de rede por cau-
sa das limitações de distância associadas à fiação de cobre (as fibras alcançam
distâncias muito maiores). Outra vantagem de se usar em um backbone as fi-
bras ópticas é que o vidro não conduz eletricidade e, portanto, não está sujeito
à interferência eletromagnética (EMI), como nos cabos de cobre.
Figura 4 – Conexão entre Salas de Equipamentos e Backbone (DUKDA, S. 2000)
Subsistema de Cabeamento de Backbone
O cabeamento de backbone é a parte do sistema de cabeamento de telecomuni-
cações do edifício comercial que fornece interconexões entre instalações de entra-
da (EFs), espaços de provedores de acesso (AP), espaços de provedores de serviços
(SP), salas de equipamentos comuns (CERs), salas de telecomunicações comuns
(CTRs) salas de equipamentos (ERs), salas de telecomunicações (TRs) e gabinetes
de telecomunicações (TEs). É considerada a espinha dorsal de uma rede que interli-
ga todos os outros subsistemas em uma infraestrutura física. O cabeamento de ba-
ckbone deve atender aos requisitos da norma ANSI/TIA-568 e consiste nos cabos
de backbone, cross-connects intermediários e principais (ICs e MCs), terminações
mecânicas e patch cables ou jumpers utilizados para conexão dos vários ambientes
dentro da rede. Em algumas literaturas, podemos encontrar o termo backbone
como conexão vertical, por geralmente ser instalado interligando verticalmente
vários andares em um edifício (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
20
21
Subsistema Central de Fibra Óptica
O cabeamento de fibra óptica centralizado deve atender aos requisitos da norma
ANSI/TIA-568-C.0 e é projetado como uma alternativa para a conexão cruzada
localizado no TR ou TE. Apesar de o sistema de cabeamento de fibra óptica ser
usado com mais frequência no backbone da rede, por causa das suas características
e maior alcance, ele também pode fornecer conexões de áreas de trabalho (WAs),
que têm como função acomodar e interligar os usuários da rede. A distância má-
xima permitida para um cabo de passagem (também conhecido como canal, que
interliga em uma conexão horizontal a área de trabalho) é de 90 m (295 pés). Já as
distâncias de interligação do backbone dentro de um ambiente local podem variar
entre 2.000 m a 3.000 m, isso depende de qual tipo de fibra utilizado no projeto
de infraestrutura. Podemos ver o layout desse tipo de conexão na próxima figura:
WA
WA
WA
ER
TR
TR
TE
Horizontal cable
Horizontal cable
Horizontal cable
Backbone cable
Backbone cable
(Pull-through
cable)
(Splice or
interconnect)
(Splice or
interconnect)
Telecommunications
outlet/connectors
Telecommunications
outlet/connectors
Centralized
cross-connect
Legend:
ER
TR
TE
WA
Eqipment room
Telecommunications room
Telecommunications enclosure
Work area
Backbone cable
Horizontal cable
Telecommunications
outlet/connectors
Equipment
Figura 5 – Subsistema Central de Fibra Óptica (ANSI/TIA/EIA-568-C.1)
Distâncias de Fibra em Backbone (MC para HC) em ambientes locais:
• Fibra Monomodo (8/125): 3000m (9.840 pés);
• Fibra Multimodo (62,5/125): 2000m (6560 pés).
21
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Cabeamento Horizontal
O cabeamento horizontal inclui cabo horizontal, tomadas/conectores de teleco-
municações na área de trabalho (WA), terminações mecânicas (path panels) e patch
cables ou jumpers localizados em uma sala de telecomunicações (TR) ou gabinete
de telecomunicações (TE) e pode incorporar conjuntos de tomadas de telecomuni-
cações do usuário (MUTOAs) e pontos de consolidação (CPs).
O cabeamento deve ser planejado para acomodar futuras necessidades de equi-
pamentos, diversas aplicações do usuário, manutenção contínua, mudanças de re-
locação e serviço. O tempo, o esforço e as habilidades necessárias para mudanças
são muito significativas e tornam a escolha e o layout do design do cabeamento
horizontal muito importantes para os ocupantes do prédio e para a manutenção
da infraestrutura de telecomunicações. Portanto, cabe ao projetista acomodar as
necessidades do usuário e reduzir ou eliminar a probabilidade de exigir alterações
no cabeamento horizontal à medida que os requisitos do usuário evoluem (ANSI/
TIA/EIA-568-C.1).
Cada cabo metálico de 4 pares (UTP) na tomada do equipamento deve ser termi-
nado em um conector modular de oito vias (conector fêmea) ou em caso de conexão
de fibras ópticas, devem ser terminadas em uma tomada de fibra duplex (geralmente
uma fibra multimodo que é muito usada em ambientes locais) e que atendam aos
requisitos das normas para esse fim.
HC
WA
WA
Laptop computer
Telephone
Laptop computer
Telephone
CP
Legend:
Work area
WA
HC Horizontal cross-connect
Consolidation point
Telecommunications outlet
Horizontal cabling (Cabling Subsystem 1)
CP
Figura 6 – Cabeamento horizontal e Conexão de Área deTrabalho (ANSI/TIA/EIA-568-C.1)
As distâncias definidas por norma aplicadas em cabeamento estruturado defi-
nem o canal de rede (que seria o maio que interliga um TC a uma WA) utilizando
o cabeamento metálico de 4 pares (UTP) como sendo no máximo de 90 metros.
22
23
O excedente de 10 metros para os patch cords que tem como função fazer a liga-
ção entre o patch panel que interliga os dispositivos intermediários de rede ativos
(como por exemplo um switch) e o patch cord que tem como função interligar a
tomada de telecomunicações da WA ao computador do cliente da rede (usuários).
A soma total do tamanho máximo do canal e dos patches cords não pode ser su-
perior a 100 metros, que é o tamanho máximo que um cabo de par trançado pode
suportar sem dispositivo de repetição de sinal (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
Área deTrabalho
Como já foi dito os componentes da área de trabalho (WA) estendem-se desde
a saída de telecomunicações/extremidade do conector do sistema de cabeamento
horizontal até a tomada posicionada em WA, que geralmente é uma conexão metá-
lica do tipo UTP e/ou uma conexão óptica do tipo multimodo. É possível também
utilizar um dispositivo passivo de rede conhecido como MUTOA (Multi-user Tele-
communications Outlet Assembly), que age como um ponto múltiplo de conexão
física (por exemplo, pode interligar 5 dispositivos), como podemos verificar na
próxima figura:
HC
TR/TE
Backbone
cable
Equipment
cords
Patch cords/jumpers
Horizontal
cables
Telecommunications
outlet/connectors
WA
Legend:
WA
TR
TE
HC
MUTOA
Work Area
Telecommunications room
Telecommunications enclosure
Horizontal cross-connect
Multi-user telecommunications outlet assembly
Telephone
Laptop computer
Work area
cords
MUTOA
Figura 7 – Cabeamento horizontal e MUTOA (ANSI/TIA/EIA-568-C.1)
As normas de cabeamento estruturado especificam o mínimo de 2 pontos de
conexão de rede na tomada de telecomunicações. Sendo que um dos pontos deve
ser metálico do tipo UTP e o outro pode ser ou um outro ponto UTP, um STP
(ScTP) ou de fibra Óptica do tipo multimodo (ANSI/TIA/EIA-568-C.1).
Resumo de Estrutura de Cabeamento Padrão (ANSI/EIA 568) em Inglês, no endereço:
https://youtu.be/NRE6O_mvFus
Explor
23
UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Introduction to Structured Cabling
Livro Texto: DUKDA, S. Introduction to Structured Cabling. EUA: Division IT
Ministry of Communication, 2000.
Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à Instalação
Livro Texto: MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo:
Do Projeto à Instalação, v. 1. São Paulo: Erica, 2008.
 Leitura
ANSI/TIA/EIA-568-C.0
Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises. EUA: Telecommu-
nications Industry Association, 2009.
ANSI/TIA/EIA-568-C.1
Commercial Building Telecommunications Cabling Standard. EUA: Telecommu-
nications Industry Association, 2009.
24
25
Referências
COELHO, P. E. Projetos de Redes Locais Com Cabeamento Estruturado. Belo
Horizonte: Instituto Online, 2003.
FILHO, E. C. L Fundamentos de Redes e Cabeamento Estruturado. São Paulo:
Pearson, 2015.
PINHEIRO, J. M. Guia Completo de Cabeamento de Redes. 2. ed. São Paulo:
Elsevier, 2015.
25
2 cabeamento estruturado e ambiente de conexão

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2 cabeamento estruturado e ambiente de conexão

  • 2.
  • 3. Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva Revisão Textual: Prof.ª Me. Luciene Santos Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
  • 4.
  • 5. • Introdução; • Cabeamento Estruturado; • Padronização; • Padrões Chave em Cabeamento Estruturado; • Ambiente de Conexão. · Compreender e abordar os principais conceitos da utilização de in- fraestrutura de cabeamento estruturado aplicado a redes locais de dados, a importância de utilização de padrões, os ambientes de co- nexão e as principais características de meios físicos de redes basea- das em normas técnicas internacionais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão
  • 6.
  • 7. Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos.
  • 8. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão Introdução Caro(a) aluno(a), Nesta unidade, você aprenderá sobre os principais conceitos a respeito do que é infraestrutura de rede e os motivos principais da utilização de padrões físicos de rede, abordando e definindo o que é um sistema de cabeamento estruturado. Também vamos conhecer um pouco sobre as normas técnicas internacionais mais utilizadas em ambientes de infraestrutura de redes e os órgãos internacionais res- ponsáveis pela criação e administração e manutenção desses padrões. E, por final, serão apresentados alguns componentes de infraestrutura de rede que têm como função armazenar e acomodar dispositivos passivos e ativos de rede, como, por exemplo, racks, patch panels e organizadores de cabos e as principais ferramentas utilizadas nesse ambiente de conectorização. Não se esqueça de acessar os Materiais Didáticos, nos quais encontrará os con- teúdos e as atividades propostas nesta unidade. Outra dica é acessar os Materiais Complementares e assistir às Videoaulas apresentadas na unidade, para que possa obter mais conhecimento sobre o tema discutido. Bons estudos! Cabeamento Estruturado Muitos administradores de rede acabam tendo problemas de quedas repentinas nas conexões de rede, e pesquisas mais recentes indicam que a maioria desses pro- blemas está relacionada à camada física da rede, por não ser projetada e montada com organização e qualidade e com a camada de aplicação, por estar mais próxima aos usuários, os quais, muitas vezes, não estão treinados corretamente para acessar os sistemas. Ou seja, quando uma rede de comunicação é bem projetada, instalada e configurada e seus usuários bem treinados para acessarem os sistemas e mante- rem procedimentos seguros para esses acessos, é muito difícil termos problemas nessa infraestrutura de TIC. Em instalação de sistemas de cabeamento estruturado, seguimos padrões e nor- matizações que podem eliminar grande parte do tempo de inatividade de uma rede. Outro fator muito importante que precisa ser levado em conta é que o sistema de cabeamento estruturado, embora tenha um tempo de sobrevida superior a outros dispositivos em um ambiente de rede (esses componentes físicos dessa infraestru- tura), representa apenas menos de 10 por cento do investimento total aplicado em um projeto de rede (MARIN, 2008). O cabo estruturado é o único que precisa ser instalado para lidar com as neces- sidades de telefonia e comunicação de dados agora e no futuro. É um sistema que fornece uma abordagem muito “estruturada” para o sistema de uma rede de mídia 8
  • 9. 9 mista, ou seja, o cabeamento que suporta todo o tráfego de informações transmi- tidas, como, por exemplo, voz, dados, vídeo e até grandes e complexos tráfegos gerados por sistemas de banco de dados. Poderia ser descrito como um sistema que compreende um conjunto de produtos de transmissão, aplicado com regras de projeto de engenharia que permitem ao usuário aplicar voz, dados e imagens de uma maneira que maximiza a taxas de dados transmitidas. Conheça um ambiente de Estrutura de Cabeamento, no endereço: https://https://youtu.be/FY1XB0rrYes Explor O cabeamento estruturado divide toda a infraestrutura de rede em blocos ge- renciáveis e, em seguida, tenta integrar esses blocos para produzir as redes de alto desempenho, para o cliente das redes – isso significa proteção do investimento. Além de proteção de investimento, o cabeamento estruturado também fornece ca- pacidades administrativas e de gestão. Todos os cabos provenientes dos diferentes locais de trabalho são terminados em uma conexão passiva centralizada na sala de rede com rotulagem e coloração, bem como mecanismos simples de fácil e rápida identificação. Por isso prevê um único ponto centralizado para todos os requisitos administrativos e de gestão da rede (PINHEIRO, 2015). Outro fator subjacente é a gestão da mudança, uma vez que deve ser percebido que arquiteturas de sistema podem mudar com frequência quando o sistema evolui. Por esse motivo, a arquitetura de cabeamento deve ser capaz de mudar com míni- ma inconveniência. A disposição de um painel central proporciona administração e flexibilidade necessárias para fazer adições, movimentos e alterações. As alterações podem ser facilitadas com um simples interruptor posicionado ao longo do meio como remendo, ou permitindo interconectividade. As vantagens do Cabeamento Estruturado são: • Consistência: Um sistema de cabeamento estruturado significa que se pos- suem os mesmos sistemas de cabeamento tanto para dados, voz e vídeo. • Suporte para equipamentos multivendor: Um sistema de cabo baseado em padrões poderá suportar aplicações e hardware, mesmo com uma mistura de dispositivos de outros fornecedores. • Simplificar movimentos/adições/alterações: Sistemas de cabeamento es- truturado podem suportar quaisquer alterações nos sistemas. • Simplificar a solução de problemas: Com sistemas de cabeamento estrutu- rado, os problemas são menos propensos e minimizam quedas de rede, mais fácil de isolar e mais fácil de corrigir. • Suporte para aplicações futuras: Sistema de cabeamento estruturado supor- ta futuras aplicações como multimídia, videoconferência e outras, com pouca ou nenhuma complicação. 9
  • 10. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão Outra vantagem principal do uso de cabeamento estruturada é o isolamento de falhas. Ao dividir toda a infraestrutura em blocos gerenciáveis simples, é fácil de testar e isolar os pontos específicos de falhas e corrigi-los com o mínimo de pertur- bação para a rede. Uma abordagem estruturada em cabeamento ajuda também a reduzir os custos de manutenção. Os sistemas de cabeamento estruturado se torna- ram rapidamente o padrão de utilização dos meios físicos para pequenas, médias e grandes redes (PINHEIRO, 2015). Padronização No início da criação das redes de computadores, os sistemas operacionais e os sistemas físicos de interconexão eram proprietários, ou seja, se naquela época você tivesse que montar um projeto de infraestrutura de rede, você deveria montá- -lo baseando-se em um fabricante apenas, que fornecia praticamente todo o am- biente necessário para a sua infraestrutura de TI. Porém, caso algum componente da rede desse problema, a única alternativa era adquirir desse mesmo fabricante e pelo valor que ele desejasse na época, pois não se tinha concorrência. Com a evolução das tecnologias da informação e a criação de novos dispositivos de outros fabricantes, era praticamente impossível conectá-los nessas redes proprietárias. Nesse contexto, surge a necessidade das definições de normas e padrões tanto em relação aos componentes físicos de interconexão, como os componentes lógicos (sistemas operacionais e protocolos de comunicação) que permitiam que dispositi- vos de vários fabricantes pudessem se comunicar entre si (FILHO, 2015). Veja um sistema de cabeamento estruturado devidamente identificado e organizado, no endereço: https://youtu.be/egGiKsHS-CE Explor A Importância das Normas de Padronização Os Padrões são a plataforma de todas as redes de telecomunicações. Eles esta- belecem diretrizes e recomendam as melhores práticas para cada aspecto do seg- mento de sistemas de telecomunicações, design de rede e instalação e verificação do meio para um bom desempenho. Normas estabelecem critérios técnicos para assegurar a uniformidade e compatibilidade dentro e entre as redes, possibilitando o conexão de dispositivos de múltiplos fornecedores. Em cabeamento de comunicações, normas definem tipos de cabeamento, dis- tâncias, conexões, arquiteturas de cabeamento, parâmetros de desempenho, requi- sitos de ensaio e muito mais. Eles fornecem as melhores práticas recomendadas, normas podem reduzir as despesas de inatividade e instalação. Eles simplificam saídas, adições e mudanças, a fim de maximizar a disponibilidade do sistema e estender a vida útil de um sistema de cabeamento. Padrões permitem construir 10
  • 11. 11 sistemas de cabeamento estruturado que podem facilmente acomodar tecnologias existentes, equipamentos e usuários, bem como as futuras tecnologias que estão por vir (ANSI/TIA/EIA-568-C.0). Hoje, existem duas organizações principais envolvidas no desenvolvimento de padrões de cabeamento estruturado. Os padrões (TIA) Telecommunications Indus- try Association são geralmente especificados na América do Norte. E a (ISO) In- ternational Organization for Standardization são, por sua vez, mais comumente usadas fora da América do Norte. História de Padrões de Cabeamento Como já foi dito, antes de 1985, não existiam normas de cabeamento estrutu- rado. Empresas de telefonia usavam seu próprio cabeamento e as outras empresas geralmente usavam um sistema proprietário de um fornecedor único. Eventualmen- te, a Associação da Indústria de Comunicações Computador (CCIA) aproximou-se da (EIA) Electronics Industries Alliance, anteriormente Electronics Industries Allian- ce, sobre o desenvolvimento de padrões de cabeamento. Isso fez com que as dis- cussões fossem centralizadas em um desenvolver de padrões para voz, dados para ambientes comerciais e sistemas de cabeamento residenciais. TIA foi formada em abril de 1988, depois de uma fusão dos Fornecedores de Telecomunicações dos Estados Unidos e do Grupo de Informação e Tecnologias de Telecomunicações da EIA. Em 1991, TIA publicou o padrão de seu Edifício Comercial de Telecomunica- ções, conhecido como ANSI/TIA/EIA 568. Ele foi o primeiro padrão usado para definir um sistema de telecomunicações genérico que iria apoiar um ambiente mul- tivendor e multiproduto. Permitiu que sistemas de cabeamento pudessem ser pla- nejados e instalados sem planos definidos para equipamentos de telecomunicações instalados posteriormente. A última versão dessa norma é TIA-568-C, publicada em 2009. Porém, os comitês de padronização devem rever as normas frequente- mente (ANSI/TIA/EIA-568-C.0). Conheça a história da ANSI (em inglês) no endereço: https://youtu.be/kVMd87XZakI Explor Organizações de Padronização Hoje, há um número de organizações que desenvolvem normas relacionadas com o cabeamento e sistemas de comunicações. Podemos citar por exemplo: • ANSI (American National Standards Institute): Este grupo coordena e ado- ta normas nacionais nos EUA. • BICSI (Building Industry Consulting Service International): Esta associa- ção é compatível com os sistemas de transporte de informação (ITS) da indús- tria com informação, educação e avaliação de conhecimentos. 11
  • 12. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão • CSA (Canadian Standards Association): Produtos elétricos e eletrônicos no Canadá deve ser CSA aprovado. • TIA (Telecommunications Industry Association): Mais conhecido por de- senvolver padrões de cabeamento com o EIA. TIA é a principal associação comercial para obter informações, comunicações e indústria de tecnologia de entretenimento. • ISO (International Organization for Standardization): Este grupo é a maior desenvolvedora mundial de normas e inclui grupos de padrões de países mem- bros em todo o mundo. • IEC (International Electrotechnical Commission): Esta organização inter- nacional de normalização prepara e publica padrões internacionais para todas as tecnologias elétricas, eletrônicas e afins. • IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers): O IEEE é uma organização internacional líder em desenvolvimento de padrões em uma am- pla gama de disciplinas, incluindo energia elétrica, tecnologia da informação, segurança da informação e telecomunicações. • NEC (National Electrical Code): A NEC é um documento produzido pela Na- tional Fire Protection Association (NFPA). É um padrão regional adotável para a instalação segura de cabos e equipamentos elétricos nos Estados Unidos. • NEMA (National Association Manufacturing Elétrica): O NEMA é a voz do Fórum para as indústrias de elétrica, imagem e médica. • NFPA (National Fire Protection Association): Esta é a organização norte-ame- ricana de prevenção de incêndios e uma fonte autorizada na segurança pública. • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): como o nome diz, é a organização de padronização técnica no Brasil. Conheça o portal doTIA (em inglês) no endereço: https://goo.gl/TDyvjg Conheça o portal da ISO (em inglês) no endereço: https://goo.gl/McRmva Conheça o portal da ABNT no endereço: https://goo.gl/GKWWg Explor Padrões Chave em Cabeamento Estruturado ANSI/TIA-568-C.0: Cabeamento Genérico de Telecomunicações nas Instala- ções do Cliente. Esse documento é direcionado para usuários finais, designers e instaladores. Esse padrão é para o planejamento e instalação de cabeamento es- truturado em todos os tipos de instalações do cliente. Ele especifica os requisitos mínimos para cabos de telecomunicações genéricos em um ambiente multiven- dor dentro de um edifício comercial e entre edifícios em um ambiente de campus (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Trata sobre os seguintes temas: 12
  • 13. 13 • Estruturas do sistema de cabeamento de telecomunicações; • Topologias e distâncias multitenant; • Requisitos de instalação para o par trançado e fibras ópticas; • Requisitos de desempenho de fibra e de teste. Essa norma reconhece o Cat6a, e inclui teste de ligação de fibra e requisitos de desempenho. Além disso, atualiza o raio de curvatura para UTP. ANSI/TIA-568-C.1: Cabeamento Padrão de Telecomunicação para Edifícios Comerciais. Essa norma substitui a ANSI/TIA-568-B.1. Esse padrão é para o pla- nejamento e instalação de cabeamento estruturado em todos os tipos de insta- lações. Ele especifica os requisitos mínimos para os cabos de telecomunicações dentro de um edifício comercial e entre os edifícios em um ambiente de campus com um alcance geográfico de 3.000 metros quadrados até 1.000.000 metros quadrados. Ele define termos, especifica topologias de cabeamento, tipos de meios e distâncias, bem como configurações de tomadas e de conectores. Ele suporta uma ampla gama de aplicações comerciais, incluindo voz, dados, texto, vídeo e imagens. Trata sobre os seguintes temas: • Instalações de Entrada; • Cabeamento Horizontal; • Salas de Equipamentos; • Área de Trabalho; • Salas de Telecomunicações e Gabinetes (Racks); • Cabeamento Backbone; • Pontos de Consolidação. Essa norma destina-se aos usuários finais, designers e instaladores. Acrescenta o cabeamento CAT6 e CAT6a, caixas de telecomunicações. Cabos CAT5, 150 ohm STP, e de 50 ohms UTP e cabo coaxial de 75 ohm. ANSI/TIA-568-C.2: Cabeamento de Telecomunicações de Par Trançado e Componentes Padrão. Esse padrão de nível de componente incorpora adendos à norma ANSI/TIA-568-B.2 e é orientada para os fabricantes de sistemas de cabos de par entrançado e componentes (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) (Especificação de li- gação permanente, o desempenho do canal, e os procedimentos de teste para os sistemas CAT3, CAT5e, CAT6 e CAT6a). Além disso, recomenda o CAT5e para oferecer suporte a aplicativos de 100 MHz. Ele apresenta atenuação de acoplamento e informações sobre configurações de modelagem. Um método de teste é especificado para todas as categorias de hardware de conexão. Trata sobre os seguintes temas: • Requisitos Mecânicos e de Transmissão para os Canais, Links Permanentes, Cabos e Conectores; 13
  • 14. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão • Confiabilidade Conector; • Requisitos das Medições; • Procedimentos de Teste de Cabeamento e Componentes; • Método de Ensaio de Impedância e Limites de Perda NEXT; • Dispositivos de Teste para Conector e outros. O grupo TR-42.7 está atualmente desenvolvendo o ANSI/TIA-568-C.2-1 que define especificações para Categoria 8 (100-Ohm Next Generation Cabling), uma nova categoria de cabeamento para suportar futuras aplicações além 10GBASE-T. ANSI/TIA-568-C.3: Componentes Padrão de Cabeamento de Fibra Óptica. Esta norma substitui a ANSI/TIA-568-B.3 que define os tipos de fibras multimodo e monomodo e seus níveis de desempenho. É escrito para os fabricantes de sis- temas de cabos de fibras ópticas e componentes. Acrescenta nomenclaturas ISO para OM1, OM2, OM3, OS1, OS2 e tabela de fibras de alto rendimento. A largura de banda mínima do OFL para fibra de 62,5 mícron foi aumentada de 160 MHz/ km a 200 MHz/km a 850 nm. O padrão inclui: • Tipos de Fibra, Especificação de Comprimento de Onda, Atenuação e Largura de Banda; • Hardware e Adaptadores de Conexão de Fibra; • Cordões de Fibra e Formas de Transição; • Especificação de Desempenho. ANSI/TIA-568-C.4: Cabo Coaxial Broadband e Componente – essa norma consolida informações das normas Residencial (RG-6 & RG-59) e Padrões de Data Center (Tipo 734 & 735). Essa norma define: • Topologia de Conexão Coaxial Broadband; • Subsistemas de Cabeamento 1, 2, e 3; • Série 6 e Série 11 Performance de Ligação; • Hardware e Cabo de Conexão Coaxial; • Requerimentos de Instalação; • Requisitos de Teste de Campo. ANSI/TIA-569-C: Caminhos e Espaços de Telecomunicação para Padrão de Cabeamento Comercial. Substitui a norma TIA-569-B dirigida a edifícios co- merciais. Essa última versão inclui a adição de requisitos de climatização baseado HVAC, práticas recomendadas de temperatura e umidade relativa do ar, diretrizes de alimentação em ambientes e requisitos de iluminação. O padrão inclui: • Compatibilidade Ambiental; • Instalações de Telecomunicações; • Espaços de Construção; • Provedor de Acesso e Espaços do Provedor de Acesso. 14
  • 15. 15 ANSI/TIA-606-B: Padrão de Administração para Infraestrutura de Teleco- municações Comercial. A administração de uma planta de cabeamento é cada vez mais importante em um edifício que pode ter muitos usuários e aplicações de redes ao longo do seu tempo de vida útil. Esse padrão especifica quatro clas- ses de administração com base na complexidade da planta de cabeamento a ser administrada. Ele também inclui um adendo para instalações em Data Center e informações técnicas adicionais. ANSI/TIA-607-B: Telecommunications Grounding – Ligação de Aterramento de Instalações de Telecomunicações. Esse padrão especifica a ligação a terra e a ligação de telecomunicações uniforme para edifícios comerciais. ANSI/TIA-942-A: Padrão de Infraestrutura de Telecomunicações para Data Centers. Esta norma fornece requisitos e orientações para a concepção e instala- ção de centros de dados simples. A versão mais recente recomenda cobre Cat6a e fibra OM4 como o mínimo para cabeamento de data center. Também aprova o conector MPO para fibra multifilar e o conector LC como o preferido para fibra de duas cadeias. Ele também remove CAT3 e CAT5 do cabeamento horizontal (so- mente backbone de voz). As diretrizes também incorporaram mais especificações de cabos coaxiais, protocolo de iluminação de 3 níveis e limites de temperatura/ humidade revistos. Esse padrão especifica: • Design de Centro de Dados; • Sistemas de Cabeamento e infraestrutura; • Espaços e Topologias Relacionados; • Caminhos do Cabeamento; • Redundância Física. Os anexos incluem: considerações de projeto de cabeamento, informações do provedor de acesso, coordenação de planos de equipamento com outros engenhei- ros, seleção do local do centro de dados e considerações de projeto de construção, bem como exemplos de construção em data centers. Ambiente de Conexão A estrutura do sistema de cabeamento de telecomunicações, como foi dito an- teriormente, baseia-se na norma ANSI/TIAS/EIA-568-C.0 e ANSI/TIA/EIA-568- -C.1, que fornece uma representação dos elementos funcionais que compreendem um sistema de cabeamento genérico. Na próxima figura, são apresentados os ele- mentos funcionais descritos em um sistema de construção de cabeamento comer- cial. Como os seguintes ambientes: • Instalações de Entrada; • Salas de Equipamento; • Quarto de Telecomunicações ou em algumas implementações, recintos de te- lecomunicações; 15
  • 16. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão • Cabeamento de Backbone; • Cabeamento Horizontal; • Área de Trabalho. Building 1 Building 2 Legend Access provider Entrance facility Equipment room Main cross-connect (Distributor C) Telecommunications room Telecommunications enclosure Work area Cross-connect Telecommunications outlet/connector (equipment outlet) Horizontal cross-connect (Distributor A) Intermediate cross-connect (Distributor B) Backbone (Cabling Subsystem 3) Backbone (Cabling Subsystem 2) Horizontal (Cabling Subsystem 1) WA WA HC TE TR IC MC ER EF AP WA WA WA WA WA WA HC TR AP EF ER MC WA ER IC TR TE HC HC Figura 1 – Subsistemas de Cabeamento Estruturado (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) A instalação de entrada (EF) consiste nos cabos, hardware de conexão, dispositi- vos de proteção e outros equipamentos que se conectam ao cabeamento do prove- dor de acesso (AP). Ou seja, a instalação de entrada seria o ponto de consolidação do cabo que vem do ISP para o edifício comercial. As salas de equipamentos (ERs) são consideradas distintas das salas de teleco- municações (TRs) e dos gabinetes de telecomunicações (TEs) devido à natureza ou complexidade dos equipamentos que elas contêm. Um ER pode fornecer uma ou todas as funções de um TR ou de um TE. A principal conexão cruzada (MC) de um edifício comercial está localizada em um ER. Interconexões intermediárias (ICs), in- terconexões horizontais (HCs), ou ambos, de um edifício comercial também podem estar localizados em um ER. É muito importante observar que em uma infraestru- tura de cabeamento, podemos ter apenas um MC que age como o concentrador principal do meio físico na rede. Podemos ter vários ICs, que agem como uma 16
  • 17. 17 espécie de concentrador em edifícios ligados ao MC e vários HCs, que seriam os pontos de ligação com a conectividade horizontal, ou seja, ela geralmente cobre o andar em que está posicionada e tem como função fazer a ligação dos usuários daquele ambiente (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). As Salas de Telecomunicações (TRs) e gabinetes de telecomunicações (TEs) for- necem um ponto de acesso comum para backbones e vias de construção. Os TRs e TEs também podem conter o cabeamento usado para conexão cruzada. A conexão horizontal cruzada (HC) de um edifício comercial está localizada em um TR ou TE. A conexão cruzada principal (MC) e as conexões cruzadas intermediárias (IC) de um edifício comercial também podem estar localizadas em um TR. O TR e qualquer TE devem estar localizados no mesmo andar das áreas de trabalho atendidas, com a finalidade de ligação de seus usuários. As conexões cruzadas e interconexões horizontais e de backbone (espinha dorsal da rede) devem ser terminadas em um hardware de conexão que atenda aos requi- sitos das normas ANSI/TIA/EIA-568-C.2 (para cabo de par trançado) ou ANSI/ TIA-568-C.3 (para cabo de fibra óptica). Essas terminações de cabo não devem ser realocadas para implementar movimentações, adições e alterações no sistema de cabeamento (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Topologia Física de Rede Uma topologia de rede é o meio pelo qual os dispositivos de rede estão interco- nectados aos equipamentos de intermediários de consolidação de uma infraestru- tura de TIC. As topologias podem ser descritas fisicamente ou logicamente. Como estamos tratando do assunto de cabeamento estruturado nesta unidade, vamos tratar de topologia física de rede. A topologia física de uma rede é a verdadeira forma para observarmos de que como a rede foi construída (layout físico). Nela conseguimos verificar como os meios físicos de rede (cabos metálicos e fibras ópticas) estão realmente conectados, o que facilita para o administrador de rede saber os locais e até mesmo identificar pontos necessários para a escalabilidade da rede e/ou resolução de problemas. Topologia Física em Estrela O cabeamento de backbone deve atender aos requisitos de topologia em estrela hierárquica do ANSI/TIA-568-C.0. Não haverá mais de dois níveis hierárquicos de conexões cruzadas no cabeamento de backbone. A partir da conexão cruzada hori- zontal (HC), não mais do que uma conexão cruzada deve ser passada para alcançar o MC. Portanto, as conexões entre quaisquer dois HCs devem passar por três ou menos instalações de conexão cruzada (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). A topologia requerida por esta norma foi selecionada devido a sua aceitação e flexibilidade em atender a uma variedade de requisitos de aplicação. A limitação a 17
  • 18. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão dois níveis de conexões cruzadas é imposta para limitar a degradação de sinal para sistemas passivos e para simplificar movimentação, acréscimos e mudanças dos meios físicos. Essa limitação pode não ser adequada para instalações que tenham um grande número de edifícios ou que cubram uma grande área geográfica. O ca- beamento de fibra óptica centralizado foi projetado como uma alternativa para a conexão cruzada localizada em um TR ou TE. Podemos entender melhor obser- vando a próxima figura: Horizontal cabling Horizontal cabling Horizontal cabling Backbone cabling Backbone cabling Backbone cabling Horizontal cabling Backbone cabling Legend: TO HC IC MC Telecommunications outlet (equipment outlet) Horizontal cross-connect (Distributor A) Intermediate cross-connect (Distributor B) Main cross-connect (Distributor C) Optional cabling Optional consolidation point MC IC HC HC HC MC IC TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO Figura 2 –Topologia de Estrela Hierárquica (ANSI/TIA/EIA-568-C.1 Cabos de Backbone e Cabeamento Horizontal Os termos cabos horizontais e de backbone (às vezes chamado de cabo vertical) não têm nada a ver com a orientação física do cabo em direção ao horizonte ou verticalmente. Os cabos horizontais passam entre um painel de conexão cruzada em um armário de fiação (rack) e uma tomada de telecomunicações de parede que tem como objetivo a ligação de clientes da rede. Cabos de backbone correm entre os armários de fiação e o ponto principal de conexão cruzada de um edifício 18
  • 19. 19 (geralmente chamado de sala de equipamentos). É muito importante lembrar que, como os cabos de backbone geralmente interligam os racks horizontais e interme- diários à sala de equipamentos principal, ele se torna a espinha dorsal da rede, que geralmente é o meio por onde os dados precisam passar por maiores velocidade e geralmente possuem sistemas de redundância, para evitar eventuais problemas de conectividade, pois se um backbone der problema, certamente um pedaço da rede, ou a rede toda, será comprometida. Os componentes típicos encontrados em um ambiente de cabeamento estruturado, incluindo o cabo horizontal, o cabo de back- bone, as tomadas de telecomunicação e os cabos de conexão (PINHEIRO, 2015). Podemos verificar isso na próxima figura: • Cabos Horizontais: Os trechos horizontais são implementados com mais fre- quência com cabos de condutores sólidos de 100 ohms, quatro pares e de par trançado não blindado (UTP), conforme especificado no padrão ANSI/TIA/ EIA-568 para edifícios comerciais. O Padrão também prevê o cabeamento ho- rizontal a ser implementado usando fibra óptica multimodo de 62,5/125-mí- cron ou 50/125-mícron. O padrão reconhece o cabo de par trançado blinda- do 150 ohm (STP), mas não o recomenda para novas instalações, e espera-se que seja removido da próxima revisão do padrão. Se desejar utilizar um cabo com blindagem recomendada, orienta-se a utilização do cabo do tipo ScTP. Já cabo coaxial não é mais um tipo de cabo horizontal reconhecido para instala- ções de voz ou dados. Figura 3 – Cabeamento Horizontal e Conexão de Área deTrabalho (DUKDA, S. 2000) • Cabos de Backbone: Os cabos de backbone podem ser implementados usando UTP de 100 ohms, Fibra Óptica Multimodo de 62,5/125-micron ou 50/125 microns ou Cabo Óptico Singlemode de 8,3/125 micron. Nem 150 ohm STP nem cabo coaxial são mais permitidos para o backbone. A fibra 19
  • 20. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão óptica é o meio de instalação preferido pelos administradores de rede por cau- sa das limitações de distância associadas à fiação de cobre (as fibras alcançam distâncias muito maiores). Outra vantagem de se usar em um backbone as fi- bras ópticas é que o vidro não conduz eletricidade e, portanto, não está sujeito à interferência eletromagnética (EMI), como nos cabos de cobre. Figura 4 – Conexão entre Salas de Equipamentos e Backbone (DUKDA, S. 2000) Subsistema de Cabeamento de Backbone O cabeamento de backbone é a parte do sistema de cabeamento de telecomuni- cações do edifício comercial que fornece interconexões entre instalações de entra- da (EFs), espaços de provedores de acesso (AP), espaços de provedores de serviços (SP), salas de equipamentos comuns (CERs), salas de telecomunicações comuns (CTRs) salas de equipamentos (ERs), salas de telecomunicações (TRs) e gabinetes de telecomunicações (TEs). É considerada a espinha dorsal de uma rede que interli- ga todos os outros subsistemas em uma infraestrutura física. O cabeamento de ba- ckbone deve atender aos requisitos da norma ANSI/TIA-568 e consiste nos cabos de backbone, cross-connects intermediários e principais (ICs e MCs), terminações mecânicas e patch cables ou jumpers utilizados para conexão dos vários ambientes dentro da rede. Em algumas literaturas, podemos encontrar o termo backbone como conexão vertical, por geralmente ser instalado interligando verticalmente vários andares em um edifício (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). 20
  • 21. 21 Subsistema Central de Fibra Óptica O cabeamento de fibra óptica centralizado deve atender aos requisitos da norma ANSI/TIA-568-C.0 e é projetado como uma alternativa para a conexão cruzada localizado no TR ou TE. Apesar de o sistema de cabeamento de fibra óptica ser usado com mais frequência no backbone da rede, por causa das suas características e maior alcance, ele também pode fornecer conexões de áreas de trabalho (WAs), que têm como função acomodar e interligar os usuários da rede. A distância má- xima permitida para um cabo de passagem (também conhecido como canal, que interliga em uma conexão horizontal a área de trabalho) é de 90 m (295 pés). Já as distâncias de interligação do backbone dentro de um ambiente local podem variar entre 2.000 m a 3.000 m, isso depende de qual tipo de fibra utilizado no projeto de infraestrutura. Podemos ver o layout desse tipo de conexão na próxima figura: WA WA WA ER TR TR TE Horizontal cable Horizontal cable Horizontal cable Backbone cable Backbone cable (Pull-through cable) (Splice or interconnect) (Splice or interconnect) Telecommunications outlet/connectors Telecommunications outlet/connectors Centralized cross-connect Legend: ER TR TE WA Eqipment room Telecommunications room Telecommunications enclosure Work area Backbone cable Horizontal cable Telecommunications outlet/connectors Equipment Figura 5 – Subsistema Central de Fibra Óptica (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) Distâncias de Fibra em Backbone (MC para HC) em ambientes locais: • Fibra Monomodo (8/125): 3000m (9.840 pés); • Fibra Multimodo (62,5/125): 2000m (6560 pés). 21
  • 22. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão Cabeamento Horizontal O cabeamento horizontal inclui cabo horizontal, tomadas/conectores de teleco- municações na área de trabalho (WA), terminações mecânicas (path panels) e patch cables ou jumpers localizados em uma sala de telecomunicações (TR) ou gabinete de telecomunicações (TE) e pode incorporar conjuntos de tomadas de telecomuni- cações do usuário (MUTOAs) e pontos de consolidação (CPs). O cabeamento deve ser planejado para acomodar futuras necessidades de equi- pamentos, diversas aplicações do usuário, manutenção contínua, mudanças de re- locação e serviço. O tempo, o esforço e as habilidades necessárias para mudanças são muito significativas e tornam a escolha e o layout do design do cabeamento horizontal muito importantes para os ocupantes do prédio e para a manutenção da infraestrutura de telecomunicações. Portanto, cabe ao projetista acomodar as necessidades do usuário e reduzir ou eliminar a probabilidade de exigir alterações no cabeamento horizontal à medida que os requisitos do usuário evoluem (ANSI/ TIA/EIA-568-C.1). Cada cabo metálico de 4 pares (UTP) na tomada do equipamento deve ser termi- nado em um conector modular de oito vias (conector fêmea) ou em caso de conexão de fibras ópticas, devem ser terminadas em uma tomada de fibra duplex (geralmente uma fibra multimodo que é muito usada em ambientes locais) e que atendam aos requisitos das normas para esse fim. HC WA WA Laptop computer Telephone Laptop computer Telephone CP Legend: Work area WA HC Horizontal cross-connect Consolidation point Telecommunications outlet Horizontal cabling (Cabling Subsystem 1) CP Figura 6 – Cabeamento horizontal e Conexão de Área deTrabalho (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) As distâncias definidas por norma aplicadas em cabeamento estruturado defi- nem o canal de rede (que seria o maio que interliga um TC a uma WA) utilizando o cabeamento metálico de 4 pares (UTP) como sendo no máximo de 90 metros. 22
  • 23. 23 O excedente de 10 metros para os patch cords que tem como função fazer a liga- ção entre o patch panel que interliga os dispositivos intermediários de rede ativos (como por exemplo um switch) e o patch cord que tem como função interligar a tomada de telecomunicações da WA ao computador do cliente da rede (usuários). A soma total do tamanho máximo do canal e dos patches cords não pode ser su- perior a 100 metros, que é o tamanho máximo que um cabo de par trançado pode suportar sem dispositivo de repetição de sinal (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Área deTrabalho Como já foi dito os componentes da área de trabalho (WA) estendem-se desde a saída de telecomunicações/extremidade do conector do sistema de cabeamento horizontal até a tomada posicionada em WA, que geralmente é uma conexão metá- lica do tipo UTP e/ou uma conexão óptica do tipo multimodo. É possível também utilizar um dispositivo passivo de rede conhecido como MUTOA (Multi-user Tele- communications Outlet Assembly), que age como um ponto múltiplo de conexão física (por exemplo, pode interligar 5 dispositivos), como podemos verificar na próxima figura: HC TR/TE Backbone cable Equipment cords Patch cords/jumpers Horizontal cables Telecommunications outlet/connectors WA Legend: WA TR TE HC MUTOA Work Area Telecommunications room Telecommunications enclosure Horizontal cross-connect Multi-user telecommunications outlet assembly Telephone Laptop computer Work area cords MUTOA Figura 7 – Cabeamento horizontal e MUTOA (ANSI/TIA/EIA-568-C.1) As normas de cabeamento estruturado especificam o mínimo de 2 pontos de conexão de rede na tomada de telecomunicações. Sendo que um dos pontos deve ser metálico do tipo UTP e o outro pode ser ou um outro ponto UTP, um STP (ScTP) ou de fibra Óptica do tipo multimodo (ANSI/TIA/EIA-568-C.1). Resumo de Estrutura de Cabeamento Padrão (ANSI/EIA 568) em Inglês, no endereço: https://youtu.be/NRE6O_mvFus Explor 23
  • 24. UNIDADE Cabeamento Estruturado e Ambiente de Conexão Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:  Livros Introduction to Structured Cabling Livro Texto: DUKDA, S. Introduction to Structured Cabling. EUA: Division IT Ministry of Communication, 2000. Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à Instalação Livro Texto: MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado - Desvendando Cada Passo: Do Projeto à Instalação, v. 1. São Paulo: Erica, 2008.  Leitura ANSI/TIA/EIA-568-C.0 Generic Telecommunications Cabling for Customer Premises. EUA: Telecommu- nications Industry Association, 2009. ANSI/TIA/EIA-568-C.1 Commercial Building Telecommunications Cabling Standard. EUA: Telecommu- nications Industry Association, 2009. 24
  • 25. 25 Referências COELHO, P. E. Projetos de Redes Locais Com Cabeamento Estruturado. Belo Horizonte: Instituto Online, 2003. FILHO, E. C. L Fundamentos de Redes e Cabeamento Estruturado. São Paulo: Pearson, 2015. PINHEIRO, J. M. Guia Completo de Cabeamento de Redes. 2. ed. São Paulo: Elsevier, 2015. 25