SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
ADMINISTRAÇÃO ECLESIASTICA
I. O QUE É ADMINISTRAR?
a. Administrar é:
1.Gerir (negócios públicos ou particulares).
2.Reger com autoridade suprema; governar; dirigir:
3.Dirigir qualquer instituição.
4.Conferir, ministrar (sacramento).
5.Dar a tomar, ministrar (medicamento).
6.Manter sob controle um grupo, uma situação, etc. a fim de obter o melhor resultado.
A palavra administração vem do latim ad(direção, tendência para) eminister (subordinação ou
obediência), designa o desempenho de tarefas.
Administrar não é fazer mil coisas. É a ciência de gerar um organismo retirando-o da inércia,
levando-o a melhor funcionalização dos recursos que justificaram sua criação, com o menor gasto e
sem lhe comprometer o futuro.
É distribuir as responsabilidades e não executar todas as tarefas sozinho. É fazer com que todos
participem do trabalho.
A administrar já foi chamado de “a arte de fazer as coisas através depessoas” -
Mary Parker Follet.
Jesus sempre procurou obter ajuda de outras pessoas. Quando as talhas estavam vazias, Ele disse:
Enchei as talhas – Jo 2.7. Quando a pedra cobria o túmulo de Lázaro, Ele disse: Tirai a pedra – Lc
11.39. Quando alimentou as cinco mil pessoas, pediu aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que
sobejaram – Jo 6.12.
Pesquisadores hodiernos dizem que pelo menos 20 profetas apocalípticos disputavam a atenção
das massas no primeiro século da Era Cristão. Mas Jesus se destacou. Por quê? Eis alguns motivos:
abertura, flexibilidade, comunicação equidade, caridade, misericórdia, espiritualidade, ineditismo e
misticismo (relatos de milagres).
b. A Administração de Pessoas
Na administração secular a administração de pessoas é chamada de DRH – Departamento de
Recursos Humanos, onde se cuida da admissão, da disciplina, da integração, do treinamento, da
produtividade, das férias, da remuneração, da substituição e a demissão de pessoas.
No ambiente eclesiástico a administração de pessoas não parte de um relacionamento trabalhista,
calculista e frio. Pois, o líder eclesiástico lida com vidas, almas, emoções, sentimentos. Trabalha-se
com pessoas nas suas mais diversas particularidades.
É preciso ter em mente os DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS:
1. FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma saudação, particularmente hoje em dia
quando precisamos mais de sorrisos amáveis.
2. SORRIA para as pessoas.Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e apenas 14 para sorrir.
3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome.
4. SEJA amigo e prestativo.Se você quiser ter amigos, seja amigo.
5. SEJA, cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer.
6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você não sabe o que
os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.
7. SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar
os outros.
8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lado numa controvérsia: o seu, o do outro e o lado
de quem está certo.
9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba
elogiar.
10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para
os outros.
c. A estatística não deve ser a maior prioridade da administração eclesiástica
Líderes que só se preocupam com estatísticas nem chegam perto do estilo de liderança de Jesus.
Ele conhece intimamente suas ovelhas.
Seu amor por elas não é um conceito abstrato nem pode ser substituído por clichês do tipo “eu
amo meu povo”. Seu amor pelas ovelhas, embora coletivo, é, também, individualizado; ele conhece
seu rebanho porque conhece cada membro individualmente.
Como é que as ovelhas de Jesus o conhecem? Não é através de um encontro casual, não é apenas
intelectualmente, nem é por entenderem algumas verdades sobre sua liderança — mas por sentirem
o amor que o Bom Pastor tem por elas. Na qualidade de ovelha, Posso ter dúvidas e sentir medo;
mas quando vejo o Líder, o Pastor, minhas dúvidas e receios se dissipam. Correspondo ao amor e ao
cuidado que o Pastor tem por mim.
Vejamos como eram os pastores e as ovelhas do tempo de Jesus. Os pastores da Palestina
punham a segurança de suas ovelhas acima da sua.
No Velho Testamento, por exemplo, Davi matou um leão com suas próprias mãos quando esse
predador tentou atacar suas ovelhas.
Conhecendo esse cuidado e esse compromisso dos pastores com seus rebanhos, podemos
compreender melhor a metáfora que Jesus usou ao chamar-se de O Bom Pastor.
O Bom Pastor colocou as necessidades das suas ovelhas em primeiro lugar, chegando ao
extremo de dar sua vida por elas. Jesus citou Zacarias 13.7 quando predisse sua morte a seus
discípulos. “Esta noite todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito”: Ferirei o pastor,
e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mt 26.31). Mas, contraditoriamente, foi a morte do Bom
Pastor que garantiu a segurança de suas ovelhas.
II. QUE SIGNIFICA “ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA”?
Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que
tange a sua função de líder ou administrador principal da igreja a que serve.
Lembremo-nos de que a igreja é, simultaneamente, ORGANISMO e ORGANIZAÇÃO. É o povo
de Deus organizado num tríplice aspecto: ESPIRITUAL, SOCIAL E ECONÔMICO.
Com base na definição acima e diante dos desafios de conduzir a Igreja do Senhor, com seus
diversos ramos e departamentos, mentalidades e desafios, metas e um mundo em constante
mudança, o assunto em pauta torna-se de suma relevância e primordial para o sucesso no
desempenho ministerial.
O desafio é grande, pois “solenes são as responsabilidades que repousam sobre os que são
chamados a agir como dirigentes na igreja de Deus na Terra”.
Princípios de administração eclesiástica podem ser encontrados nas Escrituras Sagradas e não
existe uma fonte melhor para sua análise.
III. A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA SOB O PONTO DE VISTA BÍBLICO
Em muitos casos, a Bíblia tem sido citada por sua demonstração de princípios administrativos.
Um dos exemplos mais notórios é a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atenção ao
conselho de Jetro, seu sogro, cerca de mil e quinhentos anos antes do nascimento de Jesus Cristo.
Vejamos algumas verdades extraídas de Êxodo 18. 13 – 27:
Instruções Bíblicas Conceitos Atuais
13 E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-
se para julgar o povo; e o povo estava em pé,
diante de Moisés, desde a manhã até à tarde.
Observação e Inspeção pessoal
14 Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele
fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao
povo? Por que te assentas só, e todo o povo está
em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?
Interrogatório – Investigação Perspicaz
16 Quando tem algum negócio, vem a mim, para
que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os
estatutos de Deus, e as suas leis.
Resolução de Conflitos - correção
17 O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é
bom o que fazes.
Julgamento
18 Totalmente desfalecerás, assim tu, como este
povo que está contigo: porque este negócio é mui
difícil para ti; tu, só, não o podes fazer.
Avaliação do efeito sobre o líder e sobre o
povo
19 Ouve, agora, a minha voz; eu te aconselharei, e
Deus será contigo: Sê tu pelo povo diante de Deus,
e leva tu as coisas a Deus;
Instrução Técnica. Aconselhamento.
Representação Determinação de
Procedimentos.
20 E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes
saber o caminho em que devem andar, e a obra que
devem fazer.
Ensino. Trabalho de Demonstração.
Delegação da Especificação. Seleção.
Estabelecimento. Qualificações. Atribuição
de Responsabilidades.
21 E tu, dentre todo o povo, procura homens
capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por
maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de
cinquenta, e maiorais de dez;
Cadeia de Comando
22 Para que julguem este povo, em todo o tempo; e
seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo
o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti
mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão
contigo.
Extensão do controle. Julgamento.
Avaliação. Limites para tomar decisão.
Administração por exceção
23 Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás,
então, subsistir; assim, também, todo este povo em
paz virá ao seu lugar.
Explicação dos Benefícios
24 E Moisés deu ouvidos à voz do seu sogro, e fez
tudo quanto tinha dito;
Ouvindo. Pondo em Prática
25 E escolheu Moisés homens capazes, de todo o
Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais
Escolha. Seleção. Atribuição de
Responsabilidades. Extensão do controle
de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e
maiorais de dez.
Outros exemplos são vistos como no sacerdócio aarônico, que foi instituído com um sumo
sacerdote e ordens de sacerdotes sob sua direção, numa variação de categorias. (Davi dividiu os
sacerdotes em vinte e quatro turnos – maiorais do santuário e maiorais da casa de Deus – 1 Crônicas
24).
Segundo o plano de Deus, a autoridade vem dos níveis mais altos para os inferiores. Ela traz consigo grande
responsabilidade, e as pessoas investidas de autoridade são divinamente ordenadas a usá-la responsavelmente, para os
propósitos celestiais.
Assim, a organização é bíblica, é universal; é tão antiga quanto a própria humanidade. A Arqueologia o tem
comprovado. Desde o princípio, os homens sentiram necessidade de se organizarem em sociedades ou grupos, a fim de
proverem os meios de subsistência e sobrevivência.
No A.T, há ainda muitos outros exemplos de organização e técnica administrativa, como a administração de José, do
Egito, a reconstrução de Jerusalém por Esdras e Neemias, etc.
Salomão recebeu do Senhor todos os dados necessários para a construção do primeiro templo e para a organização
do seu reinado (2 Cr 3).
No período neotestamentário, encontramos Jesus, ao iniciar o seu ministério terreno, convocando os seus discípulos e
auxiliares. Após instruí-los cuidadosamente, outorgou-lhes autoridade e poder, e os enviou ao campo. Primeiramente, os
doze, "às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10.1). Depois, mais setenta, "de dois em dois", a todas as cidades e
lugares aonde Ele havia de ir"(Lc 10.1). Antes de multiplicar os cinco pães, ordenou a seus discípulos que mandassema
multidão assentar-se emgrupos de cem e de cinquenta,naturalmente para lhes facilitar o trabalho.
Na igreja apostólica, os líderes propuseram à "multidão dos discípulos" a instituição dos diáconos, para "servirem às
mesas", a fim de que os apóstolos tivessemtempo para se dedicarem "à oração e ao ministério da Palavra" (At 6.1-4).
Em certa ocasião, Jesus censurou umhomem que iniciou a construção de uma torre sem verificar se possuía recursos
para concluí-la (Lc 14.30). Isto é falta de planejamento. Outro fez grandes planos para encher os seus celeiros (obras
seculares) e esqueceu-se da salvação de sua alma (trabalho espiritual). É importante realizar aquelas, mas sem esquecer
esta - a principal.
O apóstolo Paulo, por onde passava, em suas viagens missionárias, organizava novas igrejas e a cada uma enviava
um obreiro capaz e cheio do Espírito Santo.
O mesmo apóstolo, escrevendo aos coríntios, disse que "o nosso Deus não é Deus de confusão", ou de
desorganização (1Co 14.33), e recomendou: "Faça-se tudo decentemente e com ordem" (1Co 14.40).
Assim deve ser em todos os tempos e em qualquer lugar, para que em todas as igrejas dos santos
haja muita paz e prosperidade.
Uma boa administração não impede a necessária operação do Espírito Santo. Pelo contrário, o
Executivo divino deve ser consultado em primeiro lugar, antes de qualquer planejamento ou
deliberação, pois Ele é o maior interessado no progresso do reino de Deus na terra.
IV. FUNÇÃO PASTORAL NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA IGREJA
1. O Pastor como Administrador
Gerenciar a igreja de Deus é algo de grande responsabilidade, e administrar é:
Prever: É preparar-se para o futuro, com antecedência, com programas de ação. É
predeterminar um curso de ação.
Organizar: Reunir meios e recursos materiais e humanos, distribuindo racionalmente e de
uma maneira harmoniosa e funcionando como um todo.
Comandar: Determinando as providências, para que toda a organização venha funcionar da
maneira correta e dentro das normas estabelecidas, tomando decisões, comunicando,
motivando e ajudando as pessoas a melhorarem suas atividades e habilidades.
Coordenar: Mantendo o organismo em funcionamento homogêneo, proporcionando o perfeito
equilíbrio do sistema operacional e do desenvolvimento. Assim, evita-se perda de tempo e
complicações indesejáveis.
Controlar: avaliando, regularizando o trabalho em andamento e acabado. Estabelecendo
padrões de execução e correção do desempenho.
2. O Pastor como Capacitador
Administrar não é a capacidade de fazer muitas coisas e sim a “ciência de gerar um organismo”, é
distribuir as responsabilidades e não “executar todas as tarefas”, fazendo com que
todos participem do trabalho. Muitos líderes querem tratar pessoalmente dos detalhes mínimos da
organização da igreja e se esquecem que o trabalho do administrador é ajudar no crescimento das
pessoas, capacitando-as para executar as tarefas e motivando outras pessoas para o trabalho.
Evidências de um Autêntico Líder Cristão
a. O líder não faz tudo sozinho, mas delega poderes e distribui tarefas;
b. O líder não só manda, mas vai na frente para que seus liderados o tomem como exemplo;
c. O líder não tem porque considerar alguém uma ameaça para sua liderança, desde que esteja sob a
direção Divina;
d. O líder não usa de subterfúgios nas suas ações, mas permite que as mesmas sejam examinadas a
qualquer hora por quem interessar;
e. O líder deve estar ocupado não só na aquisição e conservação do patrimônio material da igreja, mas,
sobretudo, do bem estar espiritual da mesma;
f. O líder respeita o seu liderado e o trata como co-herdeiro da mesma esperança.
g. O líder precisa ter projetos objetivos. E quais são as características determinantes de um objetivo?
Há uma fórmula bastante conhecida e empregada na esfera empresarial. A mesma foi baseada
nas iniciais de uma palavra inglesa - SMART– e pode ajudar a definir, de maneira lúcida, direta,
concreta o objetivo de um projeto.
ESPECÍFICO – Deve mostrar com clareza as ações que serão executadas e os
resultados que você (e a igreja) deseja alcançar com a realização de tal objetivo.
MENSURÁVEL (Que se pode medir) – Cada resultado além de ser medido com
rigorosa precisão, deve ser passível de avaliação. É averiguar se a equipe está ou não obtendo
êxito na tarefa que foi confiada.
ATINGÍVEL – O objetivo dever ser realizável, e de certa forma, se ajustar aos recursos
materiais e humanos disponíveis à sua concretização. Precisamos crer em Deus para realizar
todos os nossos projetos, mas, é preciso ter cuidado para não colocar “o carro na frente dos
bois”.
RELEVANTE (Aquilo que importa ou é necessário) – O objetivo deve ter real
importância.
TEMPORAL – Cada etapa deve se referir a um período de tempo específico. Alguns
projetos jamais se realizam porque o líder não define prazos, não sabe quanto tempo gastará
em cada etapa, não fixa datas limites para início e fim das execuções e dos resultados.
É preciso ter Determinação e Metodologia para a concretização dos projetos. Somente querer
não resolve. É preciso saber como chegar lá, descrever com objetividade, as ações que serão
desenvolvidas para realizar os projetos.
3. O Pastor como “delegador” de poder
Observando a ordem do grande mestre Jesus, quando enviou os seus discípulos na grande missão
de levar a sua palavra e o seu Nome a todos os lugares da terra, encontramos nesta ordem, uma
delegação de poder para em seu Nome pregar o evangelho, curar os enfermos e, de cidade em
cidade, fazerem discípulos. Fundamental para delegar poder aos outros é acreditar firmemente nas
pessoas.
a. Por que alguns líderes se recusam a delegar poder?
Hans Finzel apresenta algumas razões:
Medo de perder a autoridade.
Medo de que o trabalho seja feito precariamente.
Medo de que o trabalho seja feito melhor.
Medo de depender dos outros.
Hans Finzel também apresenta algumas razões para se delegar tarefas/poderes de maneira limpa:
Escolha pessoas qualificadas.
Demonstre confiança.
Torne claro os deveres delas.
Delegue a autoridade adequada.
Não lhes diga como fazer o trabalho.
Estabeleça pontos de responsabilidade.
Supervisione.
Dê-lhes espaço para falhar de vez em quando.
Dê elogios e créditos para o trabalho bem feito.
b. Alguns prejuízos causados pela centralização de poder:
Excesso de atividades – Ele sobrecarrega-se.
Má qualidade – Não consegue desenvolver todas as tarefas com qualidade.
Inibição de potencial – impede que outros líderes surjam.
4. O Pastor como Agente de Continuidade e Mudança
Um líder sem uma estratégia é como um soldado que vai para a guerra sem um plano de combate:
logo percebe que será derrotado pelo inimigo.
O Pastor, como agente de continuidade da obra de Deus, precisa ser consciente das mudanças
necessárias para o crescimento sadio da igreja e da organização, sabendo que não existe nenhum
valor em ser líder apenas para ser uma foto na galeria de “ex-líderes” de sua organização. É
necessário marcar época e coragem para enfrentar e fazer as mudanças.
Os líderes inconformados, inovadores e que estão realmente preocupados com as necessidades
das pessoas, serão capazes de marcar época. São pastores que não querem apenas ver o tempo
passar para entregar o cargo a outra pessoa. São aqueles que dominam o tempo e fazem com que
seus projetos ultrapassem barreiras e fronteiras
Às vezes para se marcar época é necessários fazer mudanças, e o nosso mestre Jesus Cristo não
aceitou as tradições, foi um grande inovador e criou um impacto espiritual na vida das pessoas,
deixando marcas profundas nas pessoas no seu tempo e nos dias de hoje.
O Pastor não pode ser apenas mais um líder, entre tantos que existem, ele precisa ser um líder que
marque época, que tenha coragem para dar continuidade no que é necessário e mais coragem ainda
de realizar as mudanças que marcarão para sempre a sua época.
5. O Pastor como mordomo
Administrar também faz parte dos préstimos sacerdotais. Pastor algum pode negar tal fato: Deus
o constituiu como mordomo, ou seja, como administrador. É preciso está consciente que o líder não
é mero gestor, igreja não é empresa nem crente é cliente. Mordomo é aquele que cuida com
excelência dos negócios do seu Senhor.
Vários termos gregos foram empregados para definir e conceituar o mordomo.
Epitropos: “administrador”, “procurador”, “curador” (Mt 20.8; Lc 8.3; Gl 4.2), ou seja, alguém
a cujos cuidados de guardião a propriedade alheia foi confiada;
“dispensar ou gerir”, que significa administrador, despenseiro, mordomo, tesoureiro e tutor,
que segundo a própria Bíblia refere-se a gerente/superintendente (Lc 16.2,3; 1 Co 4.1,2; Tt 1.7;
1 Pe 4.10).
LEMBRETES:
- Quem quiser enriquecer ou ganhar muito dinheiro deve procurar outra função;
- Não explorar e nem deixar ninguém explorar a igreja;
- O que é da igreja é da igreja, o que é nosso é nosso.
V. A IGREJA E A SUA ADMINISTRAÇÃO
1. A IGREJA LOCAL E A IGREJA UNIVERSAL
A. A Igreja invisível ou universal - a reunião de todos os verdadeiros crentes em Jesus Cristo
(Ef. 2:19-22; 3:21; I Co. 3:16; Hb. 12:22-23).
B. A Igreja visível ou local:
Grupo de crentes de uma certa localidade (Mt. 18:20)
Reunidos para adoração a Deus (João 4:24)
Distinguidos por uma confissão de fé (Rm. 10:9-10)
Vivendo uma vida disciplinada (Mt. 28:19-20)
Sob a supervisão de ministérios dotados de dons espirituais (Ef. 4:11-13)
Estabelecida nos princípios da doutrina de Cristo (At. 2:42; Hb. 6:1-2)
Comemorando a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (I Co. 11:23-34)
Governada localmente, mas mantendo comunhão com outros grupos de crentes de outras
localidades (Ap. 1:11; Fl. 1:1)
2. OS MEMBROS DA IGREJA
a. O Novo Testamento estabelece as seguintes condições para os membros da igreja:
Fé implícita no Evangelho e confiança sincera e de coração em Cristo como o único e divino
Salvador (Atos 16:31);
Submeter-se ao batismo nas águas como testemunho simbólico da fé em Cristo; e
Confessar verbalmente essa fé. (Rom.10:9,10.)
No princípio, praticamente todos os membros da igreja eram verdadeiramente regenerados. "E
todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (Atos 2:47). Entrar
na igreja não era uma questão de unir-se a uma organização, mas de tornar-se membro de Cristo,
assim como o ramo é enxertado na árvore. No transcurso do tempo, entretanto, conforme a
igreja aumentou em número e em popularidade, o batismo nas águas e a catequese tomaram o lugar
da conversão. O resultado foi um influxo na igreja de grande número de pessoas que não
eram cristãs de coração. E desde então, essa tem sido mais ou menos a condição da cristandade.
b. O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS
O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá em três direções:
1) crescimento vertical (para com Deus); 2) crescimento horizontal (uns para com os outros), e 3)
crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros). Os dois primeiros podem ser
denominados de crescimento qualitativo. Eles representam os três primeiros objetivos da
Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus, ministrar ao próximo e ensinar a
obediência. O crescimento quantitativo corresponde aos dois últimos objetivos da mesma
declaração: batizar e fazer discípulos. Uma igreja que cresce em qualidade o resultado será o
crescimento quantitativo. Uma coisa chama a outra. Assim, há algumas maneiras de se receberem
novos membros na igreja:
Pelo batismo - Os que se convertem devem ser preparados e levados ao batismo, para assim,
tomarem conhecimento de seus deveres e privilégios como membros do Corpo de Cristo.
Por carta de transferência - Aqui se refere àqueles que vêm com carta de transferência de
outras igrejas. É conveniente que essas pessoas não sejam logo recebidas, mas passem por um
"tempo sabático", conheçam primeiro a igreja para a qual estão se transferindo.
Por aclamação - Aprovação ou reconhecimento pela assembleia.
Recebimento de desviados - Neste caso, há duas considerações a fazer: se ele foi membro da
mesma igreja e agora está de retorno, precisa renovar seus compromissos para ser recebido e
dar claro testemunho de sua decisão. Mas se sua origem é diferente, é recomendável informar
a sua nova condição à igreja de onde se desviou para que então possa ser livremente recebido.
c. Disciplina e exclusão de membros nas igrejas
O Senhor Deus deu-nos três sinais principais pelos quais podemos conhecer sua igreja; a Palavra,os
sacramentos e a disciplina. John Hooper
SOB O PONTO DE VISTA DA LEI:
O artigo 57 do novo código Civil concede direitos ao associado (membro da igreja) que está para ser excluído. A
exclusão só é admitida "havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poderá também
ocorrer, se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos
presentes à assembleia-geral, especialmente convocada para este fim". Em outras palavras, antes de excluir algum de
seus membros, as igrejas devem observaragora três coisas:
- O motivo da exclusão deve estar expressamente previsto.
- Definir com clareza as penalidades que poderão ser aplicadas e em que casos deverão ser aplicadas, devendo sempre
ser observado o princípio da proporcionalidade.
A desproporção de uma penalidade pode ser questionada nos tribunais. Porém, isso não significa que caso um
membro pratique uma transgressão que não seja prevista no estatuto e constitua-se uma infração à sã doutrina, ele não
possa ser disciplinado. Será preciso, no entanto, que haja uma assembleia -geral especialmente convocada para este fim
e que a maioria absoluta da assembleia seja favorável à disciplina. Se aprovada, ainda será necessário instaurar-se um
processo legal, com a oportunidade para que o acusado possa se defender.
- O Novo Código Civil prevê a possibilidade de recurso à assembleia -geral sempre que for decretada a exclusão. Em
outras palavras, é instituído o direito de defesa ao excluído.
A questão da exclusão
O Pr Humberto Schmitt, da justiça federal no Rio Grande do Sul e membro da Assembleia de Deus gaúcha, chama
atenção para as más interpretações que alguns irmãos fizeram do texto da lei. "A gente ouve muitos boatos, frutos de
uma leitura apressada e de má interpretação. Dentre elas está a ideia de que, a partir da vigência do novo Código Civil,
as igrejas não mais poderiam excluir o membro apóstata",destaca.
É oportuno lembrar que, acima da lei, está a Constituição Federal. Toda lei que contraria r a Constituição poderá ser
declarada inconstitucional. Antes de analisar a legislação que nos afeta como membros de uma igreja, é preciso ver o
que a Constituição nos garante. Esse assunto é tratado no seu artigo 5°, que fala dos direitos individuais e co letivos
fundamentais", argumenta o PastorSchimitt.
"É vedada a interferência estatal no funcionamento de qualquer associação religiosa. A impossibilidade da exclusão
do membro apóstata, ferindo a liberdade de crença da coletividade, estaria interferindo diretamente no funcionamento
da associação religiosa, caracterizando-se como reprovável interferência estatal. Se a igreja é uma associação de pessoas
que comungam da mesma crença, vedar que essa associação desligue o indivíduo que não compartilha dos mesmos
princípios seria negar o próprio direito de associação, que é pleno, nos dizeres do inciso 15 do artigo 5° da
Constituição", conclui Schimitt.
SOB O PONTO DE VISTA BÍBLICO:
OS PASSOS DA DISCIPLINA NA IGREJA:
Passo 1 – Contato individual, pessoa a pessoa. Em Mt 18.15, lemos: "Se teu irmão pecar contra ti,
vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão".
Passo 2 – Contato com dois ou três. O versículo 16 aprofunda o contato e o envolvimento
corporativo no processo de disciplina. Ele deve ocorrer se o contato individual for infrutífero, se o
irmão ou irmã não der ouvidos à abordagem prescrita anteriormente. O v. 16 diz: "Se, porém, não te
ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três
testemunhas, toda palavra se estabeleça".
Passo 3 – Contato com a Igreja. O versículo 17 apresenta uma mudança enorme no
encaminhamento da questão. O faltoso recusou a admoestação individual e a conjunta de dois ou
três membros. Jesus, então, determina: "... se ele não os atender, dize-o à igreja...". O "dizer à
igreja", em uma estrutura congregacional, relatar à Assembleia.
Passo 4 – Exclusão. No final do versículo 17 Jesus diz "...se recusar ouvir também a igreja,
considera-o como gentio e publicano". A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de
arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8, devem levar o faltoso à
exclusão da igreja visível.
3. O GOVERNO DA IGREJA
a. O Governo Presbiteriano – Aqui o poder emana das assembleias, sínodos, presbitérios e sessões,
como acontece na igreja escocesa, luterana e nas igrejas presbiterianas.
b. O Governo Congregacional – Neste modelo sobressai o autogoverno, ou seja, cada igreja se
administra mediante a voz da maioria de seus membros, como sucede entre os batistas, os
congregacionais e alguns outros grupos evangélicos.
c. O Governo Episcopal – No sistema episcopal o poder pertence aos bispos diocesanos e ao clero
mais alto, como acontece nas igrejas romana, grega, anglicana e na maior parte das igrejas
orientais.
d. O Governo Representativo - Essa forma de governo, é caracterizada pela eleição de delegados,
para voto em assembleias, para escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo. Essa
é a forma de governo adotada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.
e. Interação entre Instituições – O sistema de governo adotado pela Assembleia de Deus na Bahia
está relacionado com o sistema congregacional, onde as decisões são tomadas em Assembleia Geral,
respeitando a vontade da maioria dos seus membros. No entanto, a igreja se submete a decisão
convencional, além da influência convencional na estrutura de governo e na manutenção e
uniformidade doutrinária.
4. O ministério ou liderança da igreja.
A melhor passagem bíblica (ainda que trate dos dons ministeriais) para definir conceitualmente
como atua essa liderança e qual o seu objetivo encontra-se em Efésios 4.11-16:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos...”
Este é não só o padrão universal de liderança que Deus estabeleceu para sua Igreja. É também a
descrição dos propósitos, definidos e mensuráveis, que Ele propôs para serem alcançados. É, por
assim dizer, o plano de voo que o piloto da aeronave tem em mãos para chegar ao destino.
Os dons ministeriais são, portanto, a constituição do legítimo exercício da liderança eclesiástica
para conduzir o corpo de Cristo aos verdadeiros propósitos para os quais ele veio à existência.
Qualquer outra liderança em outros departamentos da igreja deve seguir o mesmo padrão. Quais são,
todavia, esses propósitos?
1) Treinamento, v. 12
2) Realização, v. 12
3) Edificação, 12
4) Unidade, v. 13
5) Conhecimento, v. 13
5) Similitude, v. 13
6) Firmeza, v. 14
7) Crescimento, vv. 15, 16
QUALIDADES DO EXERCÍCIO DA LIDERANÇA ECLESIÁSTICA
Vejamos algumas qualificações da liderança eclesiástica:
1) Convicção – É preciso acreditar naquilo que prega.
2) Poder de agregação – Em sentido figurado, o líder é um “vendedor” de ideias.
3) Poder de articulação – Uma ideia só terá funcionalidade se o grupo estiver
articulado para esse fim.
4) Clareza de propósitos – “De onde eu vim, o que eu estou fazendo aqui e para onde
eu vou”.
5) Visão da coletividade – Em outras palavras, conhecer os seus liderados.
6) Capacidade de ser imitado – Ele é um exemplo para os que o cercam.
7) Capacidade estratégica – As estratégias são vitais para o exercício da liderança.
8) Capacidade de ouvir – Quem pouco ouve, muito erra.
9) Capacidade de dialogar – O diálogo esclarece e unifica a linguagem.
10) Capacidade de decidir – Há tempo para todas as coisas, inclusive para decidir.
Por que fracassa a liderança cristã?
Pelas seguintes razões:
Incapacidade de organizar detalhes – não consegue gerenciar as mínimas coisas. Por
falta de administrar pequenos detalhes, o líder deixa de fazer a coisa certa, na hora certa, pela
razão certa, levando o grupo a fracassos desnecessários.
Falta de exemplo – Grupo algum vai seguir fiel e sistematicamente um líder que fala e
não faz, promete e não cumpre, assume compromisso e não honra-o. Tal líder segue o modelo
farisaico: exige envolvimento, porém sua vida não condiz com suas pregações (Mt 23.3). O
líder é o modelador de caminhos!
Medo de competição – O medo de perder a vaga tem levado muitos líderes à ruína. Ora,
o líder cristão deve entender, que na igreja sempre vai ter alguém que prega, canta, ensina e
organiza muitas das vezes até melhor que ele; e isto não é ruim; pode ser uma bênção, basta
que o líder veja-o não como seu rival, mas seu parceiro.
Ausência de pensamento criativo – é a falta de criatividade. Permanência na mesmice.
Não cria, não inventa. É sempre a mesma coisa: nada muda; a música é a de sempre –
entediante; o “sermãozinho” é o de sempre – falta poder e saber!
Síndrome do “EU” – Esta é uma das piores doenças que está infectando a liderança cristã.
Há líder que só sabe dizer o tempo todo: Eu sou, eu penso, eu faço, eu desejo, eu determino, eu,
eu, eu... Jesus Cristo dificilmente aparece, mas o “eu” está sempre em evidência.
A síndrome do EU é também conhecida com a Síndrome de Lúcifer, vejamos:
Isaías 14: 12Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que
debilitavas as nações! 13Tu dizias no teu coração:(Eu) subirei ao céu; acima das estrelas de Deus (EU) exaltarei
o meu trono e no monte da congregação (EU) me assentarei, nas extremidades do Norte; 14 (EU)subirei acima
das mais altas nuvens e (EU) serei semelhante ao Altíssimo.
Falta de Caráter– Caráter é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um
indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento.
A reputação é preciosa, mas o caráter não tem preço. Reputação é o que os homens pensam
que você é; caráter é o que Deus sabe que você é.
Caráter é o que o homem é no escuro. - D. L. Moody
Ênfase demasiada na autoridade (poder) – Há líder cristão que conduz as pessoas com
tirania, impondo sua vontade, forçando as pessoas a lhe obedecer. Tal líder não aprendeu a
liderar segundo Jesus. Está fadado à derrota!
Ênfase demasiada no “título” – o título vem em primeiro lugar: pastor-crente e não
crente-pastor; músico-crente e não crente-músico. Alguns quando recebem uma função, logo
criam um título para diferenciar dos demais.
5. ADMINISTRAÇÃO DE FINANÇAS
Cuidados:
a. Não arrecadar dinheiro para uma finalidade e desviar para outra;
b. Prestar relatório de todas as campanhas;
c. Autorizar e acompanhar os gastos na igreja;
d. Ser transparente com o dinheiro da igreja, pois a transparência evita murmurações;
e. Evitar sobrecarregar o povo com tantos “tributos” eclesiásticos;
f. Aquisição de bens ou serviços deve ser feita, rigorosamente, dentro da capacidade financeira da
igreja. Portanto, é necessário prudência na hora de comprar;
g. Cuide da boa apresenta do prédio ou dependências da igreja;
h. Jamais colocar mulher, filhos ou parentes para assumir a tesouraria da igreja.
6. O LÍDER E O SEU CONHECIMENTO SOBRE ARTIGOS DE FÉ OU CREDO DA
IGREJA
CREDO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL
CREMOS:
1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt
6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o
caráter cristão (2 Tm 3.14-17).
3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal
dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o
arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus
(Rm 3.23 e At 3.19).
5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito
Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos
gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm
10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).
7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl
2.12).
8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e
redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito
Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).
9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo,
com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46;
19.1-7).
10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação,
conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).
11. Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo,
para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal,
com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54;
Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).
12.Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus
feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
13.No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14.E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt
25.46).
VI. DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA IGREJA
Principais departamentos da igreja:
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Serviços Gerais e Material
Pessoal
Economia e Finanças
Secretaria e Obras
DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL
Alimentação e Roupas
Amparo
DEPARTAMENTO DE MÚSICA
Treinamento
Som e Grupos Musicais
DEPARTAMENTO DE EVANGELISMO E
MISSÕES
Material
Planejamento
Áreas de Atuação
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO Biblioteca
Escola Dominical
Ensino e Aprendizagem
Ensino Teológico
Ensino Secular
OUTROS DEPARTAMENTOS SENHORAS
JOVENS E ADOLESCENTES
SENHORES
CRIANÇAS
O ORGANOGRAMA DA IGREJA
PASTOR -
PRESIDENTE
DIRETORIA
MINISTÉRIO
ASSIST. SOCIAL
MÚSICA
EVANGELISMO E MISSÕES
EDUCA-ÇÃO
ADMINIS-TRAÇÃO
OUTROS
DEPARTAMENTOSS
IGREJA
VII. A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA
“... a igreja como instituição civil, está subordinada às leis do país.”
1. O Estado
A igreja é vista pelo Governo, como uma associação religiosa sem fins lucrativos, sendo que o
objetivo é a proclamação do evangelho de Jesus Cristo (igrejas evangélicas). Deve ser representada
por uma diretoria (no caso da nossa igreja, essa diretoria é composta por presidente, vice-presidente,
tesoureiro e secretário), que responderá civil e criminalmente pelo seus atos.
Para se tornar uma pessoa jurídica, é necessário que os documentos abaixo sejam providenciados:
Estatuto e Ata de Inauguração (registrada em cartório de títulos e documentos);
· Inscrição no ministério da Fazenda (CNPJ);
· Inscrição na Prefeitura (CCM);
· Inscrição no INSS (caso a igreja venha a ter funcionários).
Estes documentos são básicos para qualquer associação, entidade religiosa ou empresa.
2. O Estatuto
Estatuto é a Lei orgânica que expressa formalmente os princípios que regem a organização de
um Estado, sociedade ou associação. É o primeiro documento a ser providenciado, pois nele irá
constar a constituição, as regras e o regulamento da igreja (associação).
Muitos irmãos espiritualizam quando dizem que suas regras são as palavras de Jesus, mas, para o
Estado, o que realmente interessa é o estatuto da igreja, devendo ser claro para que possa haver
idoneidade no proceder, pois, diante de diversos conceitos de interpretação da palavra, é o estatuto
que define as nossas intenções.
MODELO DE ESTATUTO:
Igreja Assembleia de Deus (Capítulos)
CAPÍTULO I
Denominação, Seus Fins, Sede, Duração e Foro.
CAPÍTULO II
Principais Atividades
CAPÍTULO III
Dos Requisitos para a Admissão do Associado-Membro
CAPÍTULO IV
Dos Membros, Seus Direitos e Deveres
CAPÍTULO V
Do Procedimento Disciplinar
CAPÍTULO VI
Dos Recursos, Aplicações e Patrimônio.
CAPÍTULO VII
Das Assembléias
CAPÍTULO VIII
Da Administração
CAPÍTULO IX
Da Separação de Obreiros
CAPÍTULO X
Da Jurisdição e das Igrejas e Congregações Filiadas
CAPITULO XI
Das Disposições Gerais
Todo membro deve conhecer o estatuto de sua igreja, que deve ser cumprido, mantendo assim
suas regras. Por ele serão julgadas as nossas realizações, como por exemplo: alugar, comprar,
vender, etc.
É preciso conscientizar os membros da igreja de que:
· A Igreja é uma instituição que precisa cumprir as suas obrigações perante Governo;
· É dever do membro fazer com que essas obrigações sejam cumpridas;
· É preciso muita maturidade, tanto espiritual quanto emocional, para perceber que fazemos parte
de uma instituição que leva o nome do Senhor Jesus, e por isso, deve ser honrada.
- Por que uma igreja deve ter um estatuto?
a. Uma igreja sem estatuto é como uma igreja fantasma, não existe juridicamente e está sujeita a
muitos perigos;
b. Uma igreja sem estatuto não pode ser representada juridicamente. Não pode ser proprietária de
nada, nem reclamar quaisquer direitos. Ficará sempre dependente de outras entidades para
representá-la juridicamente;
c. Trata-se da necessidade de inscrever-se a igreja no CNPJ (CADASTRO NACIONAL DE
PESSOAL JURÍDICA), para efeito de inscrição como contribuinte do INSS. Os empregados da
igreja, como seres humanos que são, precisam ser amparados pela Previdência Social. E mais: no
caso de acidente, doença ou invalidez, qualquer empregado da igreja poderá procurar os seus
direitos, e a falta de inscrição no INSS será agravante e não atenuante;
d. Um estatuto bem elaborado é uma segurança para a igreja. Sem estatuto a igreja corre risco de
desvios doutrinários e patrimoniais e fica mais sujeita a caprichos de lideranças mal intencionadas
ou mal informadas.
- Quando uma igreja não tem um Estatuto ela está sujeita a:
a. Problema de confusão patrimonial – são igrejas que tem contas bancárias, contas de energia e
água, imóveis registrados em nome de um de seus membros. Isso gerar dificuldades e poderá
gerar maiores complicações para o futuro.
b. Perda de patrimônio – em caso de divisão da igreja, um estatuto bem redigido é um valioso
instrumento para evitar perda de patrimônio.
- Benefícios da Igreja como pessoa jurídica
A igreja sem Estatuto e, consequentemente, sem inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), enfrentará uma série de dificuldades, visto que o cartão de inscrição no CNPJ
deve ser obrigatoriamente exibido:
Na abertura de contas bancárias;
Na apresentação de qualquer documento perante o Ministério da Fazendo;
Na lavratura de atas em cartórios;
No licenciamento de veículos automotores;
Sempre que solicitado para fiscalização;
Na relação com terceiros, sempre que eles exigirem a comprovação do número
declarado.
3. A Igreja e os Tributos
A imunidade constitucional da igreja diz respeito tão somente ao pagamento de impostos. Essa
imunidade não libera a igreja de atender outras obrigações previstas em lei, como a seguir veremos:
a. Obrigações junto a Receita Federal
A Igreja é obrigada a prestar anualmente à Receita Federal aDeclaração de Informações
Econômico-Fiscais (DIPJ). E também, aDeclaração de Imposto Retido na Fonte à Secretaria da
Receita Federal.
b. Obrigações junto ao INSS
A Igreja além de pagar INSS, parte do empregador, é obrigada também a reter essa
contribuição sobre os pagamentos de salário de seus empregados.
c. Obrigações Contábeis
A Igreja pode ser equiparada à empresa, deve manter escrituração contábil, com livros revestidos
de formalidades legais (Razão e diário).
Ao contrário do que se pensa, as obrigações contábeis, fiscais e trabalhistas da igreja são
revestidas de certa complexidade e, por isso, difíceis de serem executadas sem a assessoria de um
contabilista.
d. Obrigações Trabalhistas
O Dr. Rui Rayol (Revista Obreiro nº 23) informa-nos que o judiciário é unânime em entender
que não existe vínculo empregatício entre o pastor e a igreja, enquanto personalidade jurídica. No
entanto, é preciso separar muito bem o que significa atividade vocacional com atividade comum.
Exercem atividades comuns às zeladoras, os motoristas, os vigilantes, os secretários de tempo
integral, etc... Dificilmente essas funções comuns serão consideradas vocacionais.
Porém não é qualquer pessoa que realizou atividade comum em um determinado dia, uma
determinada função que terá direito de ir ao tribunal reclamar direitos trabalhistas contra a igreja.
É necessário que satisfaça o que pressupõe o artigo 2º da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho)
que aponta três elementos para que haja vínculo empregatício: A HABITUALIDADE, A
SUBORDINAÇÃO E A REMUNERAÇÃO.
Há a possibilidade do trabalho não vocacionado (atividade comum) ser classificado como
trabalho voluntário com base na lei 9.608 de 18 de fevereiro de 1998. Essa lei dá direito as
entidades sem fins lucrativos que explorem atividades assistenciais, recreativas e culturais a
celebrar contrato de prestação de serviço voluntário sem incorrer em responsabilidades
trabalhistas.
Obs.: A igreja que não cumpre com suas obrigações legais, está cometendo crime de apropriação
indébita e o presidente da igreja responde por esse crime.
REFERÊNCIAS
1. KESLLER, Nemuel. CÂMARA, Samuel. Administração Eclesiástica: Pastorear é muito mais que
presidir. É administrar com eficiência os negócios do Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
2. Novo Dicionário Aurélio. Versão Eletrônica. Positivo Informática.
Apostila editada e redigida pelo professor Nocivaldo Costa em 26 de julho de 2011, para uso
do Seminário Teológico da Assembleia de Deus em Irecê.
3. Wikipédia, A Enciclopédia Livre. (Internet)
4. PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1997.
5. CHAGAS, José Roberto Oliveira. Noções de Gestão Ministerial: Como fazer projetos eficientes e
eficazes para gerar receitas na igreja. Campo Grande (MS): Gênesis, 2009.
6. CHAGAS, José Roberto Oliveira. Noções de Liderança Cristã: Análise Bíblica da Filosofia
Ministerial de Liderança Cristã. Campo Grande (MS): Gênesis, 2009.
7. GARCIA, Dr. Gilberto. O Novo Código Civil e as Igrejas. São Paulo: Editora Vida, 2003.
8. FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmicas de Grupos e de Relações Humanas. 1º
vol. Ed. Vozes,32ª ed.).
9. Apostila de Administração Eclesiástica. Antônio Rodigues Martins e Cleudson Carlos de Souza.
SETADI - Seminário teológico da Assembleia de Deus em Irecê. Irecê, 2006.
10. YOUSSEF, Michael. O Estilo de Liderança de Jesus: Como desenvolver as qualidades de liderança
do bom Pastor. Editora Betânia.
11. Bíblia Digital: Ilúmina Gold. Sociedade Bíblica do Brasil.
12. Apostila de Administração Eclesiástica. Seminário Presbiteriano: Rev. José Manoel Conceição.
Gildásio Jesus B. dos Reis. 2006.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Principios del poder de dios escrito
Principios del poder de dios escritoPrincipios del poder de dios escrito
Principios del poder de dios escritoshedorleiken
 
Liderando a célula com paixão
Liderando a célula com paixãoLiderando a célula com paixão
Liderando a célula com paixãoFernando Balthar
 
Batismo no espírito santo
Batismo no espírito santoBatismo no espírito santo
Batismo no espírito santoEmpreededor
 
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos Grupos
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos GruposApostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos Grupos
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos GruposChristian Lepelletier
 
LIÇÃO 12 – O DIACONATO
LIÇÃO 12 – O DIACONATOLIÇÃO 12 – O DIACONATO
LIÇÃO 12 – O DIACONATOIsmael Isidio
 
Aula 1 questões iniciais
Aula 1   questões iniciaisAula 1   questões iniciais
Aula 1 questões iniciaisIago Rodrigues
 
Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgiambsilva1971
 
58723691 curso-de-diacono-doc
58723691 curso-de-diacono-doc58723691 curso-de-diacono-doc
58723691 curso-de-diacono-docAnapaula Ribeiro
 
Curso de formação de diáconos
Curso de formação de diáconosCurso de formação de diáconos
Curso de formação de diáconosCleiton Azevedo
 
Transição e Implantação de Células nas Igrejas
Transição e Implantação de Células nas IgrejasTransição e Implantação de Células nas Igrejas
Transição e Implantação de Células nas IgrejasEdinéia Almeida
 
Disciplina Administração Eclesiástica
Disciplina Administração EclesiásticaDisciplina Administração Eclesiástica
Disciplina Administração Eclesiásticafaculdadeteologica
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisMoisés Sampaio
 
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONAL
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONALDISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONAL
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONALJoary Jossué Carlesso
 
Visão Celular
Visão CelularVisão Celular
Visão CelularAndré rug
 

Mais procurados (20)

Principios del poder de dios escrito
Principios del poder de dios escritoPrincipios del poder de dios escrito
Principios del poder de dios escrito
 
Liderando a célula com paixão
Liderando a célula com paixãoLiderando a célula com paixão
Liderando a célula com paixão
 
Salvação I
Salvação ISalvação I
Salvação I
 
33
3333
33
 
Batismo no espírito santo
Batismo no espírito santoBatismo no espírito santo
Batismo no espírito santo
 
O chamado ministerial
O chamado ministerialO chamado ministerial
O chamado ministerial
 
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos Grupos
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos GruposApostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos Grupos
Apostila Treinamento de Líderes de Células - Pequenos Grupos
 
LIÇÃO 12 – O DIACONATO
LIÇÃO 12 – O DIACONATOLIÇÃO 12 – O DIACONATO
LIÇÃO 12 – O DIACONATO
 
O que é missão
O que é missãoO que é missão
O que é missão
 
Aula 1 questões iniciais
Aula 1   questões iniciaisAula 1   questões iniciais
Aula 1 questões iniciais
 
O diaconato
O diaconatoO diaconato
O diaconato
 
Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgia
 
58723691 curso-de-diacono-doc
58723691 curso-de-diacono-doc58723691 curso-de-diacono-doc
58723691 curso-de-diacono-doc
 
Curso de formação de diáconos
Curso de formação de diáconosCurso de formação de diáconos
Curso de formação de diáconos
 
Transição e Implantação de Células nas Igrejas
Transição e Implantação de Células nas IgrejasTransição e Implantação de Células nas Igrejas
Transição e Implantação de Células nas Igrejas
 
Disciplina Administração Eclesiástica
Disciplina Administração EclesiásticaDisciplina Administração Eclesiástica
Disciplina Administração Eclesiástica
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituais
 
A visao-do-mda
A visao-do-mdaA visao-do-mda
A visao-do-mda
 
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONAL
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONALDISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONAL
DISCIPULADO NA ESCOLA DOMINICAL: O DESAFIO DE UMA EBD RELACIONAL
 
Visão Celular
Visão CelularVisão Celular
Visão Celular
 

Semelhante a Administração eclesiastica

O Especialista da Toalha - Curso de Liderança Cristã
O Especialista da Toalha - Curso de Liderança CristãO Especialista da Toalha - Curso de Liderança Cristã
O Especialista da Toalha - Curso de Liderança CristãMárcio Melânia
 
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdf
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdfAPOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdf
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdfevanil2
 
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...Daniel Faria Jr.
 
"Sejais sábios para o bem"
"Sejais sábios para o bem""Sejais sábios para o bem"
"Sejais sábios para o bem"JUERP
 
Servindo a deus_em_troca_de_que
Servindo a deus_em_troca_de_queServindo a deus_em_troca_de_que
Servindo a deus_em_troca_de_queEnaldo Ribeiro
 
Ceijo jornal set e out
Ceijo   jornal set e outCeijo   jornal set e out
Ceijo jornal set e outfrangel2012
 
# O papel do superintendente na administração da ebd
# O papel do superintendente na administração da ebd# O papel do superintendente na administração da ebd
# O papel do superintendente na administração da ebdNewton Brasil
 
Corpo espiritual e religiões
Corpo espiritual e religiõesCorpo espiritual e religiões
Corpo espiritual e religiõesAmanda Torres
 
Estudo do livro Roteiro lição 20
Estudo do livro Roteiro lição 20Estudo do livro Roteiro lição 20
Estudo do livro Roteiro lição 20Candice Gunther
 
APRESENTAÇÃO OFICIAL
APRESENTAÇÃO OFICIALAPRESENTAÇÃO OFICIAL
APRESENTAÇÃO OFICIALMarkson Cézar
 
D 14 Caridade e o Centro Espírita
D 14   Caridade e o Centro EspíritaD 14   Caridade e o Centro Espírita
D 14 Caridade e o Centro EspíritaJPS Junior
 

Semelhante a Administração eclesiastica (20)

O Especialista da Toalha - Curso de Liderança Cristã
O Especialista da Toalha - Curso de Liderança CristãO Especialista da Toalha - Curso de Liderança Cristã
O Especialista da Toalha - Curso de Liderança Cristã
 
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdf
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdfAPOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdf
APOSTILA DE GESTÃO ECLESIÁSTICA 2012.pdf
 
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...
Encontrando seu Lugar na Comunidade dos Discípulos: Um Princípio, Duas Disf...
 
Estudo Levitico Ministerial
Estudo Levitico Ministerial Estudo Levitico Ministerial
Estudo Levitico Ministerial
 
15
1515
15
 
Liderança
LiderançaLiderança
Liderança
 
Mudança de mente
Mudança de menteMudança de mente
Mudança de mente
 
"Sejais sábios para o bem"
"Sejais sábios para o bem""Sejais sábios para o bem"
"Sejais sábios para o bem"
 
DISCIPULADO UM A UM.-phpapp02
DISCIPULADO UM A UM.-phpapp02DISCIPULADO UM A UM.-phpapp02
DISCIPULADO UM A UM.-phpapp02
 
Servindo a deus_em_troca_de_que
Servindo a deus_em_troca_de_queServindo a deus_em_troca_de_que
Servindo a deus_em_troca_de_que
 
liderança
liderançaliderança
liderança
 
Ceijo jornal set e out
Ceijo   jornal set e outCeijo   jornal set e out
Ceijo jornal set e out
 
# O papel do superintendente na administração da ebd
# O papel do superintendente na administração da ebd# O papel do superintendente na administração da ebd
# O papel do superintendente na administração da ebd
 
Corpo espiritual e religiões
Corpo espiritual e religiõesCorpo espiritual e religiões
Corpo espiritual e religiões
 
Estudo do livro Roteiro lição 20
Estudo do livro Roteiro lição 20Estudo do livro Roteiro lição 20
Estudo do livro Roteiro lição 20
 
APRESENTAÇÃO OFICIAL
APRESENTAÇÃO OFICIALAPRESENTAÇÃO OFICIAL
APRESENTAÇÃO OFICIAL
 
Pim
PimPim
Pim
 
D 14 Caridade e o Centro Espírita
D 14   Caridade e o Centro EspíritaD 14   Caridade e o Centro Espírita
D 14 Caridade e o Centro Espírita
 
Crisesnavidacrista pg
Crisesnavidacrista pgCrisesnavidacrista pg
Crisesnavidacrista pg
 
Os apóstolos de cristo
Os apóstolos de cristoOs apóstolos de cristo
Os apóstolos de cristo
 

Último

Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 

Último (20)

Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 

Administração eclesiastica

  • 1. ADMINISTRAÇÃO ECLESIASTICA I. O QUE É ADMINISTRAR? a. Administrar é: 1.Gerir (negócios públicos ou particulares). 2.Reger com autoridade suprema; governar; dirigir: 3.Dirigir qualquer instituição. 4.Conferir, ministrar (sacramento). 5.Dar a tomar, ministrar (medicamento). 6.Manter sob controle um grupo, uma situação, etc. a fim de obter o melhor resultado. A palavra administração vem do latim ad(direção, tendência para) eminister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas. Administrar não é fazer mil coisas. É a ciência de gerar um organismo retirando-o da inércia, levando-o a melhor funcionalização dos recursos que justificaram sua criação, com o menor gasto e sem lhe comprometer o futuro. É distribuir as responsabilidades e não executar todas as tarefas sozinho. É fazer com que todos participem do trabalho. A administrar já foi chamado de “a arte de fazer as coisas através depessoas” - Mary Parker Follet. Jesus sempre procurou obter ajuda de outras pessoas. Quando as talhas estavam vazias, Ele disse: Enchei as talhas – Jo 2.7. Quando a pedra cobria o túmulo de Lázaro, Ele disse: Tirai a pedra – Lc 11.39. Quando alimentou as cinco mil pessoas, pediu aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram – Jo 6.12. Pesquisadores hodiernos dizem que pelo menos 20 profetas apocalípticos disputavam a atenção das massas no primeiro século da Era Cristão. Mas Jesus se destacou. Por quê? Eis alguns motivos: abertura, flexibilidade, comunicação equidade, caridade, misericórdia, espiritualidade, ineditismo e misticismo (relatos de milagres). b. A Administração de Pessoas Na administração secular a administração de pessoas é chamada de DRH – Departamento de Recursos Humanos, onde se cuida da admissão, da disciplina, da integração, do treinamento, da produtividade, das férias, da remuneração, da substituição e a demissão de pessoas. No ambiente eclesiástico a administração de pessoas não parte de um relacionamento trabalhista, calculista e frio. Pois, o líder eclesiástico lida com vidas, almas, emoções, sentimentos. Trabalha-se com pessoas nas suas mais diversas particularidades. É preciso ter em mente os DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS: 1. FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de sorrisos amáveis. 2. SORRIA para as pessoas.Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e apenas 14 para sorrir. 3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome.
  • 2. 4. SEJA amigo e prestativo.Se você quiser ter amigos, seja amigo. 5. SEJA, cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer. 6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros. 8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lado numa controvérsia: o seu, o do outro e o lado de quem está certo. 9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar. 10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. c. A estatística não deve ser a maior prioridade da administração eclesiástica Líderes que só se preocupam com estatísticas nem chegam perto do estilo de liderança de Jesus. Ele conhece intimamente suas ovelhas. Seu amor por elas não é um conceito abstrato nem pode ser substituído por clichês do tipo “eu amo meu povo”. Seu amor pelas ovelhas, embora coletivo, é, também, individualizado; ele conhece seu rebanho porque conhece cada membro individualmente. Como é que as ovelhas de Jesus o conhecem? Não é através de um encontro casual, não é apenas intelectualmente, nem é por entenderem algumas verdades sobre sua liderança — mas por sentirem o amor que o Bom Pastor tem por elas. Na qualidade de ovelha, Posso ter dúvidas e sentir medo; mas quando vejo o Líder, o Pastor, minhas dúvidas e receios se dissipam. Correspondo ao amor e ao cuidado que o Pastor tem por mim. Vejamos como eram os pastores e as ovelhas do tempo de Jesus. Os pastores da Palestina punham a segurança de suas ovelhas acima da sua. No Velho Testamento, por exemplo, Davi matou um leão com suas próprias mãos quando esse predador tentou atacar suas ovelhas. Conhecendo esse cuidado e esse compromisso dos pastores com seus rebanhos, podemos compreender melhor a metáfora que Jesus usou ao chamar-se de O Bom Pastor. O Bom Pastor colocou as necessidades das suas ovelhas em primeiro lugar, chegando ao extremo de dar sua vida por elas. Jesus citou Zacarias 13.7 quando predisse sua morte a seus discípulos. “Esta noite todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito”: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas” (Mt 26.31). Mas, contraditoriamente, foi a morte do Bom Pastor que garantiu a segurança de suas ovelhas. II. QUE SIGNIFICA “ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA”? Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange a sua função de líder ou administrador principal da igreja a que serve. Lembremo-nos de que a igreja é, simultaneamente, ORGANISMO e ORGANIZAÇÃO. É o povo de Deus organizado num tríplice aspecto: ESPIRITUAL, SOCIAL E ECONÔMICO. Com base na definição acima e diante dos desafios de conduzir a Igreja do Senhor, com seus diversos ramos e departamentos, mentalidades e desafios, metas e um mundo em constante mudança, o assunto em pauta torna-se de suma relevância e primordial para o sucesso no desempenho ministerial. O desafio é grande, pois “solenes são as responsabilidades que repousam sobre os que são chamados a agir como dirigentes na igreja de Deus na Terra”.
  • 3. Princípios de administração eclesiástica podem ser encontrados nas Escrituras Sagradas e não existe uma fonte melhor para sua análise. III. A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA SOB O PONTO DE VISTA BÍBLICO Em muitos casos, a Bíblia tem sido citada por sua demonstração de princípios administrativos. Um dos exemplos mais notórios é a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atenção ao conselho de Jetro, seu sogro, cerca de mil e quinhentos anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Vejamos algumas verdades extraídas de Êxodo 18. 13 – 27: Instruções Bíblicas Conceitos Atuais 13 E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou- se para julgar o povo; e o povo estava em pé, diante de Moisés, desde a manhã até à tarde. Observação e Inspeção pessoal 14 Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde? Interrogatório – Investigação Perspicaz 16 Quando tem algum negócio, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de Deus, e as suas leis. Resolução de Conflitos - correção 17 O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Julgamento 18 Totalmente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo: porque este negócio é mui difícil para ti; tu, só, não o podes fazer. Avaliação do efeito sobre o líder e sobre o povo 19 Ouve, agora, a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo: Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as coisas a Deus; Instrução Técnica. Aconselhamento. Representação Determinação de Procedimentos. 20 E declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. Ensino. Trabalho de Demonstração. Delegação da Especificação. Seleção. Estabelecimento. Qualificações. Atribuição de Responsabilidades. 21 E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez; Cadeia de Comando 22 Para que julguem este povo, em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Extensão do controle. Julgamento. Avaliação. Limites para tomar decisão. Administração por exceção 23 Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás, então, subsistir; assim, também, todo este povo em paz virá ao seu lugar. Explicação dos Benefícios 24 E Moisés deu ouvidos à voz do seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito; Ouvindo. Pondo em Prática 25 E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais Escolha. Seleção. Atribuição de Responsabilidades. Extensão do controle
  • 4. de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez. Outros exemplos são vistos como no sacerdócio aarônico, que foi instituído com um sumo sacerdote e ordens de sacerdotes sob sua direção, numa variação de categorias. (Davi dividiu os sacerdotes em vinte e quatro turnos – maiorais do santuário e maiorais da casa de Deus – 1 Crônicas 24). Segundo o plano de Deus, a autoridade vem dos níveis mais altos para os inferiores. Ela traz consigo grande responsabilidade, e as pessoas investidas de autoridade são divinamente ordenadas a usá-la responsavelmente, para os propósitos celestiais. Assim, a organização é bíblica, é universal; é tão antiga quanto a própria humanidade. A Arqueologia o tem comprovado. Desde o princípio, os homens sentiram necessidade de se organizarem em sociedades ou grupos, a fim de proverem os meios de subsistência e sobrevivência. No A.T, há ainda muitos outros exemplos de organização e técnica administrativa, como a administração de José, do Egito, a reconstrução de Jerusalém por Esdras e Neemias, etc. Salomão recebeu do Senhor todos os dados necessários para a construção do primeiro templo e para a organização do seu reinado (2 Cr 3). No período neotestamentário, encontramos Jesus, ao iniciar o seu ministério terreno, convocando os seus discípulos e auxiliares. Após instruí-los cuidadosamente, outorgou-lhes autoridade e poder, e os enviou ao campo. Primeiramente, os doze, "às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10.1). Depois, mais setenta, "de dois em dois", a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir"(Lc 10.1). Antes de multiplicar os cinco pães, ordenou a seus discípulos que mandassema multidão assentar-se emgrupos de cem e de cinquenta,naturalmente para lhes facilitar o trabalho. Na igreja apostólica, os líderes propuseram à "multidão dos discípulos" a instituição dos diáconos, para "servirem às mesas", a fim de que os apóstolos tivessemtempo para se dedicarem "à oração e ao ministério da Palavra" (At 6.1-4). Em certa ocasião, Jesus censurou umhomem que iniciou a construção de uma torre sem verificar se possuía recursos para concluí-la (Lc 14.30). Isto é falta de planejamento. Outro fez grandes planos para encher os seus celeiros (obras seculares) e esqueceu-se da salvação de sua alma (trabalho espiritual). É importante realizar aquelas, mas sem esquecer esta - a principal. O apóstolo Paulo, por onde passava, em suas viagens missionárias, organizava novas igrejas e a cada uma enviava um obreiro capaz e cheio do Espírito Santo. O mesmo apóstolo, escrevendo aos coríntios, disse que "o nosso Deus não é Deus de confusão", ou de desorganização (1Co 14.33), e recomendou: "Faça-se tudo decentemente e com ordem" (1Co 14.40). Assim deve ser em todos os tempos e em qualquer lugar, para que em todas as igrejas dos santos haja muita paz e prosperidade. Uma boa administração não impede a necessária operação do Espírito Santo. Pelo contrário, o Executivo divino deve ser consultado em primeiro lugar, antes de qualquer planejamento ou deliberação, pois Ele é o maior interessado no progresso do reino de Deus na terra. IV. FUNÇÃO PASTORAL NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA IGREJA 1. O Pastor como Administrador Gerenciar a igreja de Deus é algo de grande responsabilidade, e administrar é: Prever: É preparar-se para o futuro, com antecedência, com programas de ação. É predeterminar um curso de ação. Organizar: Reunir meios e recursos materiais e humanos, distribuindo racionalmente e de uma maneira harmoniosa e funcionando como um todo.
  • 5. Comandar: Determinando as providências, para que toda a organização venha funcionar da maneira correta e dentro das normas estabelecidas, tomando decisões, comunicando, motivando e ajudando as pessoas a melhorarem suas atividades e habilidades. Coordenar: Mantendo o organismo em funcionamento homogêneo, proporcionando o perfeito equilíbrio do sistema operacional e do desenvolvimento. Assim, evita-se perda de tempo e complicações indesejáveis. Controlar: avaliando, regularizando o trabalho em andamento e acabado. Estabelecendo padrões de execução e correção do desempenho. 2. O Pastor como Capacitador Administrar não é a capacidade de fazer muitas coisas e sim a “ciência de gerar um organismo”, é distribuir as responsabilidades e não “executar todas as tarefas”, fazendo com que todos participem do trabalho. Muitos líderes querem tratar pessoalmente dos detalhes mínimos da organização da igreja e se esquecem que o trabalho do administrador é ajudar no crescimento das pessoas, capacitando-as para executar as tarefas e motivando outras pessoas para o trabalho. Evidências de um Autêntico Líder Cristão a. O líder não faz tudo sozinho, mas delega poderes e distribui tarefas; b. O líder não só manda, mas vai na frente para que seus liderados o tomem como exemplo; c. O líder não tem porque considerar alguém uma ameaça para sua liderança, desde que esteja sob a direção Divina; d. O líder não usa de subterfúgios nas suas ações, mas permite que as mesmas sejam examinadas a qualquer hora por quem interessar; e. O líder deve estar ocupado não só na aquisição e conservação do patrimônio material da igreja, mas, sobretudo, do bem estar espiritual da mesma; f. O líder respeita o seu liderado e o trata como co-herdeiro da mesma esperança. g. O líder precisa ter projetos objetivos. E quais são as características determinantes de um objetivo? Há uma fórmula bastante conhecida e empregada na esfera empresarial. A mesma foi baseada nas iniciais de uma palavra inglesa - SMART– e pode ajudar a definir, de maneira lúcida, direta, concreta o objetivo de um projeto. ESPECÍFICO – Deve mostrar com clareza as ações que serão executadas e os resultados que você (e a igreja) deseja alcançar com a realização de tal objetivo. MENSURÁVEL (Que se pode medir) – Cada resultado além de ser medido com rigorosa precisão, deve ser passível de avaliação. É averiguar se a equipe está ou não obtendo êxito na tarefa que foi confiada.
  • 6. ATINGÍVEL – O objetivo dever ser realizável, e de certa forma, se ajustar aos recursos materiais e humanos disponíveis à sua concretização. Precisamos crer em Deus para realizar todos os nossos projetos, mas, é preciso ter cuidado para não colocar “o carro na frente dos bois”. RELEVANTE (Aquilo que importa ou é necessário) – O objetivo deve ter real importância. TEMPORAL – Cada etapa deve se referir a um período de tempo específico. Alguns projetos jamais se realizam porque o líder não define prazos, não sabe quanto tempo gastará em cada etapa, não fixa datas limites para início e fim das execuções e dos resultados. É preciso ter Determinação e Metodologia para a concretização dos projetos. Somente querer não resolve. É preciso saber como chegar lá, descrever com objetividade, as ações que serão desenvolvidas para realizar os projetos. 3. O Pastor como “delegador” de poder Observando a ordem do grande mestre Jesus, quando enviou os seus discípulos na grande missão de levar a sua palavra e o seu Nome a todos os lugares da terra, encontramos nesta ordem, uma delegação de poder para em seu Nome pregar o evangelho, curar os enfermos e, de cidade em cidade, fazerem discípulos. Fundamental para delegar poder aos outros é acreditar firmemente nas pessoas. a. Por que alguns líderes se recusam a delegar poder? Hans Finzel apresenta algumas razões: Medo de perder a autoridade. Medo de que o trabalho seja feito precariamente. Medo de que o trabalho seja feito melhor. Medo de depender dos outros. Hans Finzel também apresenta algumas razões para se delegar tarefas/poderes de maneira limpa: Escolha pessoas qualificadas. Demonstre confiança. Torne claro os deveres delas. Delegue a autoridade adequada. Não lhes diga como fazer o trabalho. Estabeleça pontos de responsabilidade. Supervisione. Dê-lhes espaço para falhar de vez em quando. Dê elogios e créditos para o trabalho bem feito. b. Alguns prejuízos causados pela centralização de poder:
  • 7. Excesso de atividades – Ele sobrecarrega-se. Má qualidade – Não consegue desenvolver todas as tarefas com qualidade. Inibição de potencial – impede que outros líderes surjam. 4. O Pastor como Agente de Continuidade e Mudança Um líder sem uma estratégia é como um soldado que vai para a guerra sem um plano de combate: logo percebe que será derrotado pelo inimigo. O Pastor, como agente de continuidade da obra de Deus, precisa ser consciente das mudanças necessárias para o crescimento sadio da igreja e da organização, sabendo que não existe nenhum valor em ser líder apenas para ser uma foto na galeria de “ex-líderes” de sua organização. É necessário marcar época e coragem para enfrentar e fazer as mudanças. Os líderes inconformados, inovadores e que estão realmente preocupados com as necessidades das pessoas, serão capazes de marcar época. São pastores que não querem apenas ver o tempo passar para entregar o cargo a outra pessoa. São aqueles que dominam o tempo e fazem com que seus projetos ultrapassem barreiras e fronteiras Às vezes para se marcar época é necessários fazer mudanças, e o nosso mestre Jesus Cristo não aceitou as tradições, foi um grande inovador e criou um impacto espiritual na vida das pessoas, deixando marcas profundas nas pessoas no seu tempo e nos dias de hoje. O Pastor não pode ser apenas mais um líder, entre tantos que existem, ele precisa ser um líder que marque época, que tenha coragem para dar continuidade no que é necessário e mais coragem ainda de realizar as mudanças que marcarão para sempre a sua época. 5. O Pastor como mordomo Administrar também faz parte dos préstimos sacerdotais. Pastor algum pode negar tal fato: Deus o constituiu como mordomo, ou seja, como administrador. É preciso está consciente que o líder não é mero gestor, igreja não é empresa nem crente é cliente. Mordomo é aquele que cuida com excelência dos negócios do seu Senhor. Vários termos gregos foram empregados para definir e conceituar o mordomo. Epitropos: “administrador”, “procurador”, “curador” (Mt 20.8; Lc 8.3; Gl 4.2), ou seja, alguém a cujos cuidados de guardião a propriedade alheia foi confiada; “dispensar ou gerir”, que significa administrador, despenseiro, mordomo, tesoureiro e tutor, que segundo a própria Bíblia refere-se a gerente/superintendente (Lc 16.2,3; 1 Co 4.1,2; Tt 1.7; 1 Pe 4.10). LEMBRETES: - Quem quiser enriquecer ou ganhar muito dinheiro deve procurar outra função; - Não explorar e nem deixar ninguém explorar a igreja; - O que é da igreja é da igreja, o que é nosso é nosso. V. A IGREJA E A SUA ADMINISTRAÇÃO 1. A IGREJA LOCAL E A IGREJA UNIVERSAL A. A Igreja invisível ou universal - a reunião de todos os verdadeiros crentes em Jesus Cristo (Ef. 2:19-22; 3:21; I Co. 3:16; Hb. 12:22-23).
  • 8. B. A Igreja visível ou local: Grupo de crentes de uma certa localidade (Mt. 18:20) Reunidos para adoração a Deus (João 4:24) Distinguidos por uma confissão de fé (Rm. 10:9-10) Vivendo uma vida disciplinada (Mt. 28:19-20) Sob a supervisão de ministérios dotados de dons espirituais (Ef. 4:11-13) Estabelecida nos princípios da doutrina de Cristo (At. 2:42; Hb. 6:1-2) Comemorando a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (I Co. 11:23-34) Governada localmente, mas mantendo comunhão com outros grupos de crentes de outras localidades (Ap. 1:11; Fl. 1:1) 2. OS MEMBROS DA IGREJA a. O Novo Testamento estabelece as seguintes condições para os membros da igreja: Fé implícita no Evangelho e confiança sincera e de coração em Cristo como o único e divino Salvador (Atos 16:31); Submeter-se ao batismo nas águas como testemunho simbólico da fé em Cristo; e Confessar verbalmente essa fé. (Rom.10:9,10.) No princípio, praticamente todos os membros da igreja eram verdadeiramente regenerados. "E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar" (Atos 2:47). Entrar na igreja não era uma questão de unir-se a uma organização, mas de tornar-se membro de Cristo, assim como o ramo é enxertado na árvore. No transcurso do tempo, entretanto, conforme a igreja aumentou em número e em popularidade, o batismo nas águas e a catequese tomaram o lugar da conversão. O resultado foi um influxo na igreja de grande número de pessoas que não eram cristãs de coração. E desde então, essa tem sido mais ou menos a condição da cristandade. b. O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá em três direções: 1) crescimento vertical (para com Deus); 2) crescimento horizontal (uns para com os outros), e 3) crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros). Os dois primeiros podem ser denominados de crescimento qualitativo. Eles representam os três primeiros objetivos da Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus, ministrar ao próximo e ensinar a obediência. O crescimento quantitativo corresponde aos dois últimos objetivos da mesma declaração: batizar e fazer discípulos. Uma igreja que cresce em qualidade o resultado será o crescimento quantitativo. Uma coisa chama a outra. Assim, há algumas maneiras de se receberem novos membros na igreja: Pelo batismo - Os que se convertem devem ser preparados e levados ao batismo, para assim, tomarem conhecimento de seus deveres e privilégios como membros do Corpo de Cristo. Por carta de transferência - Aqui se refere àqueles que vêm com carta de transferência de outras igrejas. É conveniente que essas pessoas não sejam logo recebidas, mas passem por um "tempo sabático", conheçam primeiro a igreja para a qual estão se transferindo. Por aclamação - Aprovação ou reconhecimento pela assembleia. Recebimento de desviados - Neste caso, há duas considerações a fazer: se ele foi membro da mesma igreja e agora está de retorno, precisa renovar seus compromissos para ser recebido e dar claro testemunho de sua decisão. Mas se sua origem é diferente, é recomendável informar a sua nova condição à igreja de onde se desviou para que então possa ser livremente recebido. c. Disciplina e exclusão de membros nas igrejas O Senhor Deus deu-nos três sinais principais pelos quais podemos conhecer sua igreja; a Palavra,os sacramentos e a disciplina. John Hooper SOB O PONTO DE VISTA DA LEI:
  • 9. O artigo 57 do novo código Civil concede direitos ao associado (membro da igreja) que está para ser excluído. A exclusão só é admitida "havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poderá também ocorrer, se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembleia-geral, especialmente convocada para este fim". Em outras palavras, antes de excluir algum de seus membros, as igrejas devem observaragora três coisas: - O motivo da exclusão deve estar expressamente previsto. - Definir com clareza as penalidades que poderão ser aplicadas e em que casos deverão ser aplicadas, devendo sempre ser observado o princípio da proporcionalidade. A desproporção de uma penalidade pode ser questionada nos tribunais. Porém, isso não significa que caso um membro pratique uma transgressão que não seja prevista no estatuto e constitua-se uma infração à sã doutrina, ele não possa ser disciplinado. Será preciso, no entanto, que haja uma assembleia -geral especialmente convocada para este fim e que a maioria absoluta da assembleia seja favorável à disciplina. Se aprovada, ainda será necessário instaurar-se um processo legal, com a oportunidade para que o acusado possa se defender. - O Novo Código Civil prevê a possibilidade de recurso à assembleia -geral sempre que for decretada a exclusão. Em outras palavras, é instituído o direito de defesa ao excluído. A questão da exclusão O Pr Humberto Schmitt, da justiça federal no Rio Grande do Sul e membro da Assembleia de Deus gaúcha, chama atenção para as más interpretações que alguns irmãos fizeram do texto da lei. "A gente ouve muitos boatos, frutos de uma leitura apressada e de má interpretação. Dentre elas está a ideia de que, a partir da vigência do novo Código Civil, as igrejas não mais poderiam excluir o membro apóstata",destaca. É oportuno lembrar que, acima da lei, está a Constituição Federal. Toda lei que contraria r a Constituição poderá ser declarada inconstitucional. Antes de analisar a legislação que nos afeta como membros de uma igreja, é preciso ver o que a Constituição nos garante. Esse assunto é tratado no seu artigo 5°, que fala dos direitos individuais e co letivos fundamentais", argumenta o PastorSchimitt. "É vedada a interferência estatal no funcionamento de qualquer associação religiosa. A impossibilidade da exclusão do membro apóstata, ferindo a liberdade de crença da coletividade, estaria interferindo diretamente no funcionamento da associação religiosa, caracterizando-se como reprovável interferência estatal. Se a igreja é uma associação de pessoas que comungam da mesma crença, vedar que essa associação desligue o indivíduo que não compartilha dos mesmos princípios seria negar o próprio direito de associação, que é pleno, nos dizeres do inciso 15 do artigo 5° da Constituição", conclui Schimitt. SOB O PONTO DE VISTA BÍBLICO: OS PASSOS DA DISCIPLINA NA IGREJA: Passo 1 – Contato individual, pessoa a pessoa. Em Mt 18.15, lemos: "Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão". Passo 2 – Contato com dois ou três. O versículo 16 aprofunda o contato e o envolvimento corporativo no processo de disciplina. Ele deve ocorrer se o contato individual for infrutífero, se o irmão ou irmã não der ouvidos à abordagem prescrita anteriormente. O v. 16 diz: "Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça".
  • 10. Passo 3 – Contato com a Igreja. O versículo 17 apresenta uma mudança enorme no encaminhamento da questão. O faltoso recusou a admoestação individual e a conjunta de dois ou três membros. Jesus, então, determina: "... se ele não os atender, dize-o à igreja...". O "dizer à igreja", em uma estrutura congregacional, relatar à Assembleia. Passo 4 – Exclusão. No final do versículo 17 Jesus diz "...se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano". A recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e desafio às autoridades, retratada em 2 Pe 2.10-11 e Judas 7-8, devem levar o faltoso à exclusão da igreja visível. 3. O GOVERNO DA IGREJA a. O Governo Presbiteriano – Aqui o poder emana das assembleias, sínodos, presbitérios e sessões, como acontece na igreja escocesa, luterana e nas igrejas presbiterianas. b. O Governo Congregacional – Neste modelo sobressai o autogoverno, ou seja, cada igreja se administra mediante a voz da maioria de seus membros, como sucede entre os batistas, os congregacionais e alguns outros grupos evangélicos. c. O Governo Episcopal – No sistema episcopal o poder pertence aos bispos diocesanos e ao clero mais alto, como acontece nas igrejas romana, grega, anglicana e na maior parte das igrejas orientais. d. O Governo Representativo - Essa forma de governo, é caracterizada pela eleição de delegados, para voto em assembleias, para escolha dos dirigentes por um determinado período de tempo. Essa é a forma de governo adotada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. e. Interação entre Instituições – O sistema de governo adotado pela Assembleia de Deus na Bahia está relacionado com o sistema congregacional, onde as decisões são tomadas em Assembleia Geral, respeitando a vontade da maioria dos seus membros. No entanto, a igreja se submete a decisão convencional, além da influência convencional na estrutura de governo e na manutenção e uniformidade doutrinária. 4. O ministério ou liderança da igreja. A melhor passagem bíblica (ainda que trate dos dons ministeriais) para definir conceitualmente como atua essa liderança e qual o seu objetivo encontra-se em Efésios 4.11-16: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos...” Este é não só o padrão universal de liderança que Deus estabeleceu para sua Igreja. É também a descrição dos propósitos, definidos e mensuráveis, que Ele propôs para serem alcançados. É, por assim dizer, o plano de voo que o piloto da aeronave tem em mãos para chegar ao destino. Os dons ministeriais são, portanto, a constituição do legítimo exercício da liderança eclesiástica para conduzir o corpo de Cristo aos verdadeiros propósitos para os quais ele veio à existência. Qualquer outra liderança em outros departamentos da igreja deve seguir o mesmo padrão. Quais são, todavia, esses propósitos? 1) Treinamento, v. 12 2) Realização, v. 12 3) Edificação, 12 4) Unidade, v. 13 5) Conhecimento, v. 13 5) Similitude, v. 13 6) Firmeza, v. 14 7) Crescimento, vv. 15, 16 QUALIDADES DO EXERCÍCIO DA LIDERANÇA ECLESIÁSTICA Vejamos algumas qualificações da liderança eclesiástica:
  • 11. 1) Convicção – É preciso acreditar naquilo que prega. 2) Poder de agregação – Em sentido figurado, o líder é um “vendedor” de ideias. 3) Poder de articulação – Uma ideia só terá funcionalidade se o grupo estiver articulado para esse fim. 4) Clareza de propósitos – “De onde eu vim, o que eu estou fazendo aqui e para onde eu vou”. 5) Visão da coletividade – Em outras palavras, conhecer os seus liderados. 6) Capacidade de ser imitado – Ele é um exemplo para os que o cercam. 7) Capacidade estratégica – As estratégias são vitais para o exercício da liderança. 8) Capacidade de ouvir – Quem pouco ouve, muito erra. 9) Capacidade de dialogar – O diálogo esclarece e unifica a linguagem. 10) Capacidade de decidir – Há tempo para todas as coisas, inclusive para decidir. Por que fracassa a liderança cristã? Pelas seguintes razões: Incapacidade de organizar detalhes – não consegue gerenciar as mínimas coisas. Por falta de administrar pequenos detalhes, o líder deixa de fazer a coisa certa, na hora certa, pela razão certa, levando o grupo a fracassos desnecessários. Falta de exemplo – Grupo algum vai seguir fiel e sistematicamente um líder que fala e não faz, promete e não cumpre, assume compromisso e não honra-o. Tal líder segue o modelo farisaico: exige envolvimento, porém sua vida não condiz com suas pregações (Mt 23.3). O líder é o modelador de caminhos! Medo de competição – O medo de perder a vaga tem levado muitos líderes à ruína. Ora, o líder cristão deve entender, que na igreja sempre vai ter alguém que prega, canta, ensina e organiza muitas das vezes até melhor que ele; e isto não é ruim; pode ser uma bênção, basta que o líder veja-o não como seu rival, mas seu parceiro. Ausência de pensamento criativo – é a falta de criatividade. Permanência na mesmice. Não cria, não inventa. É sempre a mesma coisa: nada muda; a música é a de sempre – entediante; o “sermãozinho” é o de sempre – falta poder e saber! Síndrome do “EU” – Esta é uma das piores doenças que está infectando a liderança cristã. Há líder que só sabe dizer o tempo todo: Eu sou, eu penso, eu faço, eu desejo, eu determino, eu, eu, eu... Jesus Cristo dificilmente aparece, mas o “eu” está sempre em evidência. A síndrome do EU é também conhecida com a Síndrome de Lúcifer, vejamos: Isaías 14: 12Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13Tu dizias no teu coração:(Eu) subirei ao céu; acima das estrelas de Deus (EU) exaltarei o meu trono e no monte da congregação (EU) me assentarei, nas extremidades do Norte; 14 (EU)subirei acima das mais altas nuvens e (EU) serei semelhante ao Altíssimo. Falta de Caráter– Caráter é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento. A reputação é preciosa, mas o caráter não tem preço. Reputação é o que os homens pensam que você é; caráter é o que Deus sabe que você é. Caráter é o que o homem é no escuro. - D. L. Moody
  • 12. Ênfase demasiada na autoridade (poder) – Há líder cristão que conduz as pessoas com tirania, impondo sua vontade, forçando as pessoas a lhe obedecer. Tal líder não aprendeu a liderar segundo Jesus. Está fadado à derrota! Ênfase demasiada no “título” – o título vem em primeiro lugar: pastor-crente e não crente-pastor; músico-crente e não crente-músico. Alguns quando recebem uma função, logo criam um título para diferenciar dos demais. 5. ADMINISTRAÇÃO DE FINANÇAS Cuidados: a. Não arrecadar dinheiro para uma finalidade e desviar para outra; b. Prestar relatório de todas as campanhas; c. Autorizar e acompanhar os gastos na igreja; d. Ser transparente com o dinheiro da igreja, pois a transparência evita murmurações; e. Evitar sobrecarregar o povo com tantos “tributos” eclesiásticos; f. Aquisição de bens ou serviços deve ser feita, rigorosamente, dentro da capacidade financeira da igreja. Portanto, é necessário prudência na hora de comprar; g. Cuide da boa apresenta do prédio ou dependências da igreja; h. Jamais colocar mulher, filhos ou parentes para assumir a tesouraria da igreja. 6. O LÍDER E O SEU CONHECIMENTO SOBRE ARTIGOS DE FÉ OU CREDO DA IGREJA CREDO DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL CREMOS: 1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). 2. Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17). 3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). 4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). 5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). 6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). 7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12). 8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).
  • 13. 9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12). 11. Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14). 12.Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). 13.No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). 14.E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46). VI. DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA IGREJA Principais departamentos da igreja: DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO Serviços Gerais e Material Pessoal Economia e Finanças Secretaria e Obras DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Alimentação e Roupas Amparo DEPARTAMENTO DE MÚSICA Treinamento Som e Grupos Musicais DEPARTAMENTO DE EVANGELISMO E MISSÕES Material Planejamento Áreas de Atuação DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO Biblioteca Escola Dominical Ensino e Aprendizagem Ensino Teológico Ensino Secular OUTROS DEPARTAMENTOS SENHORAS JOVENS E ADOLESCENTES SENHORES CRIANÇAS O ORGANOGRAMA DA IGREJA PASTOR - PRESIDENTE DIRETORIA MINISTÉRIO ASSIST. SOCIAL MÚSICA
  • 14. EVANGELISMO E MISSÕES EDUCA-ÇÃO ADMINIS-TRAÇÃO OUTROS DEPARTAMENTOSS IGREJA VII. A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA “... a igreja como instituição civil, está subordinada às leis do país.” 1. O Estado A igreja é vista pelo Governo, como uma associação religiosa sem fins lucrativos, sendo que o objetivo é a proclamação do evangelho de Jesus Cristo (igrejas evangélicas). Deve ser representada por uma diretoria (no caso da nossa igreja, essa diretoria é composta por presidente, vice-presidente, tesoureiro e secretário), que responderá civil e criminalmente pelo seus atos. Para se tornar uma pessoa jurídica, é necessário que os documentos abaixo sejam providenciados: Estatuto e Ata de Inauguração (registrada em cartório de títulos e documentos); · Inscrição no ministério da Fazenda (CNPJ); · Inscrição na Prefeitura (CCM); · Inscrição no INSS (caso a igreja venha a ter funcionários). Estes documentos são básicos para qualquer associação, entidade religiosa ou empresa. 2. O Estatuto Estatuto é a Lei orgânica que expressa formalmente os princípios que regem a organização de um Estado, sociedade ou associação. É o primeiro documento a ser providenciado, pois nele irá constar a constituição, as regras e o regulamento da igreja (associação).
  • 15. Muitos irmãos espiritualizam quando dizem que suas regras são as palavras de Jesus, mas, para o Estado, o que realmente interessa é o estatuto da igreja, devendo ser claro para que possa haver idoneidade no proceder, pois, diante de diversos conceitos de interpretação da palavra, é o estatuto que define as nossas intenções. MODELO DE ESTATUTO: Igreja Assembleia de Deus (Capítulos) CAPÍTULO I Denominação, Seus Fins, Sede, Duração e Foro. CAPÍTULO II Principais Atividades CAPÍTULO III Dos Requisitos para a Admissão do Associado-Membro CAPÍTULO IV Dos Membros, Seus Direitos e Deveres CAPÍTULO V Do Procedimento Disciplinar CAPÍTULO VI Dos Recursos, Aplicações e Patrimônio. CAPÍTULO VII Das Assembléias CAPÍTULO VIII Da Administração CAPÍTULO IX Da Separação de Obreiros CAPÍTULO X Da Jurisdição e das Igrejas e Congregações Filiadas CAPITULO XI Das Disposições Gerais
  • 16. Todo membro deve conhecer o estatuto de sua igreja, que deve ser cumprido, mantendo assim suas regras. Por ele serão julgadas as nossas realizações, como por exemplo: alugar, comprar, vender, etc. É preciso conscientizar os membros da igreja de que: · A Igreja é uma instituição que precisa cumprir as suas obrigações perante Governo; · É dever do membro fazer com que essas obrigações sejam cumpridas; · É preciso muita maturidade, tanto espiritual quanto emocional, para perceber que fazemos parte de uma instituição que leva o nome do Senhor Jesus, e por isso, deve ser honrada. - Por que uma igreja deve ter um estatuto? a. Uma igreja sem estatuto é como uma igreja fantasma, não existe juridicamente e está sujeita a muitos perigos; b. Uma igreja sem estatuto não pode ser representada juridicamente. Não pode ser proprietária de nada, nem reclamar quaisquer direitos. Ficará sempre dependente de outras entidades para representá-la juridicamente; c. Trata-se da necessidade de inscrever-se a igreja no CNPJ (CADASTRO NACIONAL DE PESSOAL JURÍDICA), para efeito de inscrição como contribuinte do INSS. Os empregados da igreja, como seres humanos que são, precisam ser amparados pela Previdência Social. E mais: no caso de acidente, doença ou invalidez, qualquer empregado da igreja poderá procurar os seus direitos, e a falta de inscrição no INSS será agravante e não atenuante; d. Um estatuto bem elaborado é uma segurança para a igreja. Sem estatuto a igreja corre risco de desvios doutrinários e patrimoniais e fica mais sujeita a caprichos de lideranças mal intencionadas ou mal informadas. - Quando uma igreja não tem um Estatuto ela está sujeita a: a. Problema de confusão patrimonial – são igrejas que tem contas bancárias, contas de energia e água, imóveis registrados em nome de um de seus membros. Isso gerar dificuldades e poderá gerar maiores complicações para o futuro. b. Perda de patrimônio – em caso de divisão da igreja, um estatuto bem redigido é um valioso instrumento para evitar perda de patrimônio. - Benefícios da Igreja como pessoa jurídica A igreja sem Estatuto e, consequentemente, sem inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), enfrentará uma série de dificuldades, visto que o cartão de inscrição no CNPJ deve ser obrigatoriamente exibido: Na abertura de contas bancárias; Na apresentação de qualquer documento perante o Ministério da Fazendo; Na lavratura de atas em cartórios; No licenciamento de veículos automotores; Sempre que solicitado para fiscalização;
  • 17. Na relação com terceiros, sempre que eles exigirem a comprovação do número declarado. 3. A Igreja e os Tributos A imunidade constitucional da igreja diz respeito tão somente ao pagamento de impostos. Essa imunidade não libera a igreja de atender outras obrigações previstas em lei, como a seguir veremos: a. Obrigações junto a Receita Federal A Igreja é obrigada a prestar anualmente à Receita Federal aDeclaração de Informações Econômico-Fiscais (DIPJ). E também, aDeclaração de Imposto Retido na Fonte à Secretaria da Receita Federal. b. Obrigações junto ao INSS A Igreja além de pagar INSS, parte do empregador, é obrigada também a reter essa contribuição sobre os pagamentos de salário de seus empregados. c. Obrigações Contábeis A Igreja pode ser equiparada à empresa, deve manter escrituração contábil, com livros revestidos de formalidades legais (Razão e diário). Ao contrário do que se pensa, as obrigações contábeis, fiscais e trabalhistas da igreja são revestidas de certa complexidade e, por isso, difíceis de serem executadas sem a assessoria de um contabilista. d. Obrigações Trabalhistas O Dr. Rui Rayol (Revista Obreiro nº 23) informa-nos que o judiciário é unânime em entender que não existe vínculo empregatício entre o pastor e a igreja, enquanto personalidade jurídica. No entanto, é preciso separar muito bem o que significa atividade vocacional com atividade comum. Exercem atividades comuns às zeladoras, os motoristas, os vigilantes, os secretários de tempo integral, etc... Dificilmente essas funções comuns serão consideradas vocacionais. Porém não é qualquer pessoa que realizou atividade comum em um determinado dia, uma determinada função que terá direito de ir ao tribunal reclamar direitos trabalhistas contra a igreja. É necessário que satisfaça o que pressupõe o artigo 2º da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) que aponta três elementos para que haja vínculo empregatício: A HABITUALIDADE, A SUBORDINAÇÃO E A REMUNERAÇÃO. Há a possibilidade do trabalho não vocacionado (atividade comum) ser classificado como trabalho voluntário com base na lei 9.608 de 18 de fevereiro de 1998. Essa lei dá direito as entidades sem fins lucrativos que explorem atividades assistenciais, recreativas e culturais a celebrar contrato de prestação de serviço voluntário sem incorrer em responsabilidades trabalhistas. Obs.: A igreja que não cumpre com suas obrigações legais, está cometendo crime de apropriação indébita e o presidente da igreja responde por esse crime. REFERÊNCIAS 1. KESLLER, Nemuel. CÂMARA, Samuel. Administração Eclesiástica: Pastorear é muito mais que presidir. É administrar com eficiência os negócios do Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. 2. Novo Dicionário Aurélio. Versão Eletrônica. Positivo Informática. Apostila editada e redigida pelo professor Nocivaldo Costa em 26 de julho de 2011, para uso do Seminário Teológico da Assembleia de Deus em Irecê.
  • 18. 3. Wikipédia, A Enciclopédia Livre. (Internet) 4. PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1997. 5. CHAGAS, José Roberto Oliveira. Noções de Gestão Ministerial: Como fazer projetos eficientes e eficazes para gerar receitas na igreja. Campo Grande (MS): Gênesis, 2009. 6. CHAGAS, José Roberto Oliveira. Noções de Liderança Cristã: Análise Bíblica da Filosofia Ministerial de Liderança Cristã. Campo Grande (MS): Gênesis, 2009. 7. GARCIA, Dr. Gilberto. O Novo Código Civil e as Igrejas. São Paulo: Editora Vida, 2003. 8. FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmicas de Grupos e de Relações Humanas. 1º vol. Ed. Vozes,32ª ed.). 9. Apostila de Administração Eclesiástica. Antônio Rodigues Martins e Cleudson Carlos de Souza. SETADI - Seminário teológico da Assembleia de Deus em Irecê. Irecê, 2006. 10. YOUSSEF, Michael. O Estilo de Liderança de Jesus: Como desenvolver as qualidades de liderança do bom Pastor. Editora Betânia. 11. Bíblia Digital: Ilúmina Gold. Sociedade Bíblica do Brasil. 12. Apostila de Administração Eclesiástica. Seminário Presbiteriano: Rev. José Manoel Conceição. Gildásio Jesus B. dos Reis. 2006.