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XIII ENANCIB
  Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação




Estratégias de articulação na produção científica dos autores participantes
dos anais do ENANCIB: um estudo a partir da correlação entre as redes de
         coautoria e redes de participação nos grupos de trabalho
                           GT 7: Produção e Comunicação da Informação em CT&I




                                             Autores:
                                             Dalton Lopes Martins/USP
                                             dmartins@gmail.com

                                             Sueli Mara Soares Pinto Ferreira/USP
Contexto
●   A comunicação científica é um processo
    essencialmente social, envolvendo múltiplas formas de
    relação e níveis de interação entre pesquisadores,
    através do que podemos considerar como relações
    formais ou informais;
●   Comunicação formal e informal permite classificarmos a
    estrutura ou arquitetura de participação
    sabendo que essa arquitetura se consolida de   modo
    integrado, havendo influência da comunicação
    informal naquilo que é produzido na formal e vice-versa
Contexto
●
    “... as comunidades informais de pesquisadores
    que se comunicam, trocam informações e experiências e
    também publicam formalmente seus resultados de
    pesquisa. A afirmação baseou-se em estudos empíricos
    demonstrando que os pesquisadores encontram-se
    em congressos, conferências, reuniões sobre
    suas especialidades e visitam-se por meio de
    intercâmbios institucionais. Nessas oportunidades, os cientistas
    trocam ideias e preprints, discutem projetos de pesquisa, e,
    como consequência da interação, constituem um grupo que
    detém o controle e administração de fundos de pesquisa e
    laboratórios.” (Vanz e Stumpf (2010) falando sobre a visão de
    Solla Price)
Contexto
●   As conversas que ocorrem nos eventos científicos
    onde são realizadas comunicações orais de
    trabalhos acadêmicos possuem inúmeras
    virtudes que são resumidas pelas seguintes
    características (Meadows, 1999):
    –   retroalimentação imediata,
    –   informação adaptada ao receptor,
    –   implicações explicitadas,
    –   e conhecimento prático transmitido junto com
        conhecimento conceitual.
Contexto
●   Temos na proposta de formato desses
    encontros a relação direta entre a comunicação
    científica formal e informal,
    – Coautoria na produção de artigos e posters;
    – Encontros e conversas nos grupos de
      trabalho (Gts);
●   Analisar como essas relações ocorrem é
    observar de um lugar privilegiado o modo como
    um grupo de pesquisadores se
    articula.
Perguntas
●
    Que estratégias de conectividade podem ser
    identificadas entre os pesquisadores participantes de um
    evento científico a partir da análise integrada das redes
    de coautoria dos trabalhos ali aceitos para
    apresentação e das redes de participação em
    grupos de trabalho?
●
    Que possíveis relações existem entre essas duas
    estruturas de redes?
●   E, por fim, que relações podemos estabelecer entre essas
    redes e a arquitetura de participação
    proposta por um evento científico?
O ENANCIB
●   Até o presente momento, existem 11 grupos de trabalho que são construídos pelos
    pesquisadores da área como espaços temáticos e fóruns privilegiados para suas
    discussões, debates e apresentações de resultados de pesquisas dentro do seu contexto
    temático.
●   Os grupos são denominados:
     –   GT 1 - Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação,
     –   GT 2 - Organização e Representação do Conhecimento,
     –   GT 3 - Mediação, Circulação e Apropriação da Informação,
     –   GT 4 - Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações,
     –   GT 5 - Política e Economia da Informação,
     –   GT 6 - Informação, Educação e Trabalho,
     –   GT 7 - Produção e Comunicação da Informação em CT&I,
     –   GT 8 - Informação e Tecnologia,
     –   GT 9 - Museu, Patrimônio e Informação,
     –   GT 10 - Informação e Memória,
     –   GT 11 - Informação & Saúde.
Metodologia
●   Etapas do trabalho:
    –   Extração dos dados dos Anais online do site da
        ANCIB: data, gt, título, nome dos autores;
    –   Construção de uma base de dados para consulta e
        cruzamentos;
    –   Análise descritiva dos dados
    –   Construção das redes de coautoria;
    –   Construção das redes de participação em Gts;
    –   Análise de correlação entre as duas redes: artigos
        publicados, grupos que participou e centralidade na
        rede.
Resultados
●   Dados de 2003 a 2009 (não houve em 2004);
●   845 registros (documentos) foram coletados
    do site ANCIB – 5 registros foram descartados
    por falta de dados;
●   993 nomes identificados – 912 nomes únicos
    (redução de 8,16%);
●   Dos 912, 806 (88,38%) realizaram ao menos
    uma coautoria.
Resultados descritivos da base



                                       Participação de autores em diferentes Gts.

Artigos e autores nos Gts por ano.




 Autores por GT.
                                     Quantidade de artigos publicados pelos autores.
Resultados descritivos da base




      Distribuição de faixas de coautoria.
Rede de coautoria




                                                       - rosa: espalhados em diferentes componentes;
                                                       - azul: concentrados no maior componente.
Rede de coautoria dos anais do ENANCIB. Legenda por número de participações em grupos de trabalho:
               rosa (5 Gts), azul (4 Gts), vermelho (3 Gts), verde (2 Gts), amarelo (1 Gt).
Rede de participação em GTs




                                              67 pesquisadores que estruturalmente são responsáveis
                                              por essa configuração que aqui apresentamos

                      Rede de participação nos grupos de trabalho dos anais do ENANCIB.
Legenda:azul ciano (grupos de trabalho), rosa (5 Gts), azul (4 Gts), vermelho (3 Gts), verde (2 Gts), amarelo (1 Gt).
Correlação




há evidências de correlação em:

- trabalhos e GTS: quanto mais trabalhos, mais participação em Gts;

- centralidade por grau e trabalhos e Gts: quanto mais trabalhos publicados
e maior participação em diferentes Gts, mais central é o pesquisador.
Estratégias de conectividade no
                   ENANCIB
●   a atuação em mais grupos de trabalho não cria necessariamente maior conexão entre um autor e outros
    participantes daquele grupo, ampliando a articulação entre eles;
●
    os autores que mais participam em grupos de trabalho não estão conectados diretamente entre si,
    formando um grupo dos maiores articuladores do evento. Eles estão conectados em diferentes
    componentes distribuídos pela rede, indicando muito mais um nível de articulação local com seus
    colaboradores imediatos
●
    o maior componente da rede conta com aproximadamente metade dos autores que atuaram em mais
    grupos de trabalho, porém mesmo nesse componente esses autores não estão conectados diretamente
    entre si. Ao que tudo indica pela estrutura da imagem, esse maior componente é formado quando autores
    parceiros desses que participaram de mais grupos de trabalho se conectam com outros que se encontram
    na mesma condição;
●
    no entanto, no maior componente da rede, identificamos que no centro deste a rede se mantém integrada
    por poucas conexões, estabelecidas majoritariamente por 3 nós de coloração vermelha, ou seja,
    pesquisadores que participaram de 3 grupos de trabalho. Sem as conexões desses nós no centro do
    componente, o mesmo seria fragmentado em 4 partes.
●
    as relações de coautoria entre dois autores parecem ser mais influenciadas por questões locais de
    articulação, tais como relações entre orientador e orientando, bem como possíveis participações em
    grupos de pesquisa locais de suas instituições de origem.
●
    e, por fim, os autores que publicam mais trabalhos ocupam posições mais centrais na rede do que os
    autores que participam de mais grupos de trabalho onde divulgam sua produção
Obrigado!

dmartins@gmail.com

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Redes de coautoria e participação em grupos de trabalho no ENANCIB

  • 1. XIII ENANCIB Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação Estratégias de articulação na produção científica dos autores participantes dos anais do ENANCIB: um estudo a partir da correlação entre as redes de coautoria e redes de participação nos grupos de trabalho GT 7: Produção e Comunicação da Informação em CT&I Autores: Dalton Lopes Martins/USP dmartins@gmail.com Sueli Mara Soares Pinto Ferreira/USP
  • 2. Contexto ● A comunicação científica é um processo essencialmente social, envolvendo múltiplas formas de relação e níveis de interação entre pesquisadores, através do que podemos considerar como relações formais ou informais; ● Comunicação formal e informal permite classificarmos a estrutura ou arquitetura de participação sabendo que essa arquitetura se consolida de modo integrado, havendo influência da comunicação informal naquilo que é produzido na formal e vice-versa
  • 3. Contexto ● “... as comunidades informais de pesquisadores que se comunicam, trocam informações e experiências e também publicam formalmente seus resultados de pesquisa. A afirmação baseou-se em estudos empíricos demonstrando que os pesquisadores encontram-se em congressos, conferências, reuniões sobre suas especialidades e visitam-se por meio de intercâmbios institucionais. Nessas oportunidades, os cientistas trocam ideias e preprints, discutem projetos de pesquisa, e, como consequência da interação, constituem um grupo que detém o controle e administração de fundos de pesquisa e laboratórios.” (Vanz e Stumpf (2010) falando sobre a visão de Solla Price)
  • 4. Contexto ● As conversas que ocorrem nos eventos científicos onde são realizadas comunicações orais de trabalhos acadêmicos possuem inúmeras virtudes que são resumidas pelas seguintes características (Meadows, 1999): – retroalimentação imediata, – informação adaptada ao receptor, – implicações explicitadas, – e conhecimento prático transmitido junto com conhecimento conceitual.
  • 5. Contexto ● Temos na proposta de formato desses encontros a relação direta entre a comunicação científica formal e informal, – Coautoria na produção de artigos e posters; – Encontros e conversas nos grupos de trabalho (Gts); ● Analisar como essas relações ocorrem é observar de um lugar privilegiado o modo como um grupo de pesquisadores se articula.
  • 6. Perguntas ● Que estratégias de conectividade podem ser identificadas entre os pesquisadores participantes de um evento científico a partir da análise integrada das redes de coautoria dos trabalhos ali aceitos para apresentação e das redes de participação em grupos de trabalho? ● Que possíveis relações existem entre essas duas estruturas de redes? ● E, por fim, que relações podemos estabelecer entre essas redes e a arquitetura de participação proposta por um evento científico?
  • 7. O ENANCIB ● Até o presente momento, existem 11 grupos de trabalho que são construídos pelos pesquisadores da área como espaços temáticos e fóruns privilegiados para suas discussões, debates e apresentações de resultados de pesquisas dentro do seu contexto temático. ● Os grupos são denominados: – GT 1 - Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação, – GT 2 - Organização e Representação do Conhecimento, – GT 3 - Mediação, Circulação e Apropriação da Informação, – GT 4 - Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações, – GT 5 - Política e Economia da Informação, – GT 6 - Informação, Educação e Trabalho, – GT 7 - Produção e Comunicação da Informação em CT&I, – GT 8 - Informação e Tecnologia, – GT 9 - Museu, Patrimônio e Informação, – GT 10 - Informação e Memória, – GT 11 - Informação & Saúde.
  • 8. Metodologia ● Etapas do trabalho: – Extração dos dados dos Anais online do site da ANCIB: data, gt, título, nome dos autores; – Construção de uma base de dados para consulta e cruzamentos; – Análise descritiva dos dados – Construção das redes de coautoria; – Construção das redes de participação em Gts; – Análise de correlação entre as duas redes: artigos publicados, grupos que participou e centralidade na rede.
  • 9. Resultados ● Dados de 2003 a 2009 (não houve em 2004); ● 845 registros (documentos) foram coletados do site ANCIB – 5 registros foram descartados por falta de dados; ● 993 nomes identificados – 912 nomes únicos (redução de 8,16%); ● Dos 912, 806 (88,38%) realizaram ao menos uma coautoria.
  • 10. Resultados descritivos da base Participação de autores em diferentes Gts. Artigos e autores nos Gts por ano. Autores por GT. Quantidade de artigos publicados pelos autores.
  • 11. Resultados descritivos da base Distribuição de faixas de coautoria.
  • 12. Rede de coautoria - rosa: espalhados em diferentes componentes; - azul: concentrados no maior componente. Rede de coautoria dos anais do ENANCIB. Legenda por número de participações em grupos de trabalho: rosa (5 Gts), azul (4 Gts), vermelho (3 Gts), verde (2 Gts), amarelo (1 Gt).
  • 13. Rede de participação em GTs 67 pesquisadores que estruturalmente são responsáveis por essa configuração que aqui apresentamos Rede de participação nos grupos de trabalho dos anais do ENANCIB. Legenda:azul ciano (grupos de trabalho), rosa (5 Gts), azul (4 Gts), vermelho (3 Gts), verde (2 Gts), amarelo (1 Gt).
  • 14. Correlação há evidências de correlação em: - trabalhos e GTS: quanto mais trabalhos, mais participação em Gts; - centralidade por grau e trabalhos e Gts: quanto mais trabalhos publicados e maior participação em diferentes Gts, mais central é o pesquisador.
  • 15. Estratégias de conectividade no ENANCIB ● a atuação em mais grupos de trabalho não cria necessariamente maior conexão entre um autor e outros participantes daquele grupo, ampliando a articulação entre eles; ● os autores que mais participam em grupos de trabalho não estão conectados diretamente entre si, formando um grupo dos maiores articuladores do evento. Eles estão conectados em diferentes componentes distribuídos pela rede, indicando muito mais um nível de articulação local com seus colaboradores imediatos ● o maior componente da rede conta com aproximadamente metade dos autores que atuaram em mais grupos de trabalho, porém mesmo nesse componente esses autores não estão conectados diretamente entre si. Ao que tudo indica pela estrutura da imagem, esse maior componente é formado quando autores parceiros desses que participaram de mais grupos de trabalho se conectam com outros que se encontram na mesma condição; ● no entanto, no maior componente da rede, identificamos que no centro deste a rede se mantém integrada por poucas conexões, estabelecidas majoritariamente por 3 nós de coloração vermelha, ou seja, pesquisadores que participaram de 3 grupos de trabalho. Sem as conexões desses nós no centro do componente, o mesmo seria fragmentado em 4 partes. ● as relações de coautoria entre dois autores parecem ser mais influenciadas por questões locais de articulação, tais como relações entre orientador e orientando, bem como possíveis participações em grupos de pesquisa locais de suas instituições de origem. ● e, por fim, os autores que publicam mais trabalhos ocupam posições mais centrais na rede do que os autores que participam de mais grupos de trabalho onde divulgam sua produção