O documento discute os tipos e dimensionamento de parafusos. Descreve os tipos de cabeça e roscas de parafusos e suas padronizações. Explica como dimensionar parafusos considerando a elasticidade do parafuso e das peças unidas, e como determinar as constantes elásticas envolvidas. Apresenta também relações empíricas entre a carga inicial de aperto e a carga de abertura da união.
12. NOMENCLATURA DE PARAFUSOS
NOMENCLATURA DE PARAFUSOS
Número de filetes por polegada:
Número de filetes por polegada: usado no Sistema Inglês
pol.
/
filetes
no.
1
=
P
13. NOMENCLATURA DE PARAFUSOS
NOMENCLATURA DE PARAFUSOS
Avanço:
Avanço: é a distância medida axialmente que um
parafuso avança em uma volta.
Avanço = Passo Avanço = no
entradas X Passo
14. ROSCAS PADRONIZADAS
ROSCAS PADRONIZADAS
SÉRIE DE ROSCAS GROSSAS
SÉRIE DE ROSCAS GROSSAS
Uso geral;
Montagem e desmontagem freqüentes;
Materiais diferentes do aço.
SÉRIE DE ROSCAS FINAS
SÉRIE DE ROSCAS FINAS
Ocorrência de choques e vibrações;
Indústria aeronáutica e automobilística;
Material: aço.
15. ROSCAS PADRONIZADAS
ROSCAS PADRONIZADAS
SÉRIE DE ROSCAS EXTRA-FINAS
SÉRIE DE ROSCAS EXTRA-FINAS
Ocorrência de vibração excessiva;
Materiais de pequena espessura;
Equipamentos aeronáuticos;
Material: aço liga, tratamento térmico.
SÉRIE 8N
SÉRIE 8N
8 fios/polegada;
Alta tensão inicial;
Cabeçotes de cilindros;
Tubulação de alta pressão.
SÉRIE 12N
SÉRIE 12N
12 fios/polegada;
Vedação a alta pressão.
18. ROSCAS PADRONIZADAS
ROSCAS PADRONIZADAS
Séries Especiais
Séries Especiais: 8N, 12N, 16N
No
. de fios / polegada independe do diâmetro
P
D ↑
⇒
↓
⇒
↑
polegada
fios
de
no
Extra-fina:
8N, 12N : constante
=
⇒
∀ P
D
rosca
a
com
atrito
hélice ↑
⇒
↓
∠
21. DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
1
1a
a
Fase:
Fase: Aperto do parafuso. Pressão interna
do vaso não atua nessa fase.
Hipótese: regime elástico Validade da Lei de Hooke.
Aperto do parafuso: carga de tração alongamento
F
δ
22. DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
1
1a
a
Fase:
Fase: Análise das partes unidas
Aperto do parafuso: a mesma força que atua no parafuso
atua também nas partes unidas, porém a deformação é de
compressão. (alongamento “negativo”)
F
δ
aperto
de
inicial
Tensão
valor
o
atingir
até =
↑ i
F
F
24. DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
2
2a
a
Fase:
Fase: Atuação da pressão interna no vaso.
Corresponde admitir que uma carga
externa seja aplicada ao parafuso.
Hipótese: Carga somente de tração no parafuso e na
tampa, não havendo flexão.
Atuação de FEXT. no parafuso: age no sentido de alongar o
parafuso ainda mais.
δ
∆
↑
⇒
∆
↑ F
26. CARGA DE ABERTURA DA UNIÃO (F
CARGA DE ABERTURA DA UNIÃO (FO
O):
): Aumento da Fext
causa alongamento do parafuso ao longo de OM, ao mesmo
tempo que a deformação por compressão decresce ao longo
de AC. A junção estará no limite de abertura quando a
deformação das partes unidas torna-se zero (ponto C).
Dimensionamento de parafusos
OCM
OGA ∆
≈
∆
27. DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
+
=
+
=
i
c
i
i
i
c
i
i
F
F
F
F
δ
δ
δ
δ
δ
δ
0
0
ainda
ou
Parafusos e partes unidas = molas.
Lei de Hooke:
Partes unidas:
Parafusos:
P
i
i
K
F
=
δ
C
i
C
K
F
=
δ
KP = Constante elástica do
parafuso.
KC = Constante elástica das
partes unidas.
28. DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
ou
0
+
=
+
=
C
P
C
o
i
C
C
P
i
K
K
K
F
F
K
K
K
F
F
F0: carga de abertura da união tendo Fi como carga inicial
de aperto.
Condição de projeto:
EXT
F
F > >
0 EXT
F
C
F .
0 = 2,0
a
2
,
1
:
C
ou com
.
.
+
=
C
P
C
EXT
i
K
K
K
F
C
F
29. CÁLCULO DA CARGA TOTAL SOBRE O PARAFUSO
CÁLCULO DA CARGA TOTAL SOBRE O PARAFUSO
Dimensionamento de parafusos
C
EXT
P K
F
F
K
F ∆
−
=
∆
=
∆ δ
F
F
F i
T ∆
+
=
.
F
+
=
∆
C
P
P
E
K
K
K
F
.
+
+
=
C
P
P
E
i
T
K
K
K
F
F
F
30. ANÁLISE DAS CONSTANTES ELÁSTICAS
ANÁLISE DAS CONSTANTES ELÁSTICAS
Dimensionamento de parafusos
31. DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES ELÁSTICAS
DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES ELÁSTICAS
K
KP
P E K
E KC
C
Dimensionamento de parafusos
Dentro do regime elástico vale a relação:
L
E
E
A
F δ
ε
σ .
. =
=
= δ
δ .
.
.
K
L
A
E
F =
=
⇒
K
KP
P:
:
L
A
E
KP
.
=
K
KP
P:
: Constante elástica de um parafuso que tem
comprimento inicial L, seção transversal A e material cujo
módulo de elasticidade é E.
32. DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA K
DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA KC
C
Dimensionamento de parafusos
L
A
E
K C
C
.
=
Hipótese:
Hipótese: AC = área projetada pela cabeça do parafuso.
4
.
4
. 2
2
D
D
A E
C
π
π
−
=
D
D = diâmetro nominal do parafuso ou do furo;
DE = abertura da chave ;
33. DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA K
DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA KC
C
Dimensionamento de parafusos
4
.
4
. 2
2
D
D
A E
C
π
π
−
=
D
D = diâmetro nominal do parafuso
ou do furo;
DE = abertura da chave;
34. DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA K
DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE ELÁSTICA KC
C
Dimensionamento de parafusos
Se as partes unidas forem de materiais diferentes (ex.
junta de cobre entre chapas de aço) a constante elástica
da união será calculada através de uma “mola” equivalente
em série.
L
A
E
K C
C
.
=
n
C K
K
K
K
1
...
1
1
1
2
1
+
+
+
=
35. ANÁLISE DE FADIGA EM PARAFUSOS
ANÁLISE DE FADIGA EM PARAFUSOS
2
min
max σ
σ
σ
+
=
média
2
min
max
var
σ
σ
σ
−
=
iável
36. σn/N
DIAGRAMA DE SODEBERG
DIAGRAMA DE SODEBERG
Tensão Estática,
σm
Tensão Variável,
σv
σr
A
T
D
P
B
E V
C
G
M
Q
σe
σe/N
σm
σn
n
v
e
m
N σ
σ
σ
σ
+
=
1
O
n
v
e
m Kf
N σ
σ
σ
σ .
1
+
=
X
X
X
X
COT
BED ∆
≈
∆
Pontos de Falha
X
X
37. RELAÇÃO ENTRE O CONJUGADO DE ABERTO (T) E
RELAÇÃO ENTRE O CONJUGADO DE ABERTO (T) E
TENSÃO INICIAL (F
TENSÃO INICIAL (Fi
i)
)
Dificuldade de modelagem analítica devido à grande
quantidade de variáveis e circunstâncias envolvidas:
A carga não é uniformemente
distribuída entre todos os
filetes do parafuso: tendência
dos primeiros filetes
suportarem a maior parte da
carga.
Eixo da rosca não é
perpendicular à face de
assentamento da
38. RELAÇÃO ENTRE (T) E (F
RELAÇÃO ENTRE (T) E (Fi
i)
)
A superfície de apoio das
peças unidas pode não ser plana;
Furos podem não ser
perpendiculares à superfície de
apoio, tampouco paralelos ao
eixo do parafuso;
Furos desalinhados;
Superfície de apoio da cabeça do parafuso pode não
ser perpendicular ao eixo;
Modo de aplicação da carga pode resultar em flexão
do parafuso.
EMPÍRICA
EMPÍRICA
39. RELAÇÃO EMPÍRICA ENTRE (T) E (F
RELAÇÃO EMPÍRICA ENTRE (T) E (Fi
i)
)
T:
T: Torque [lbf.in];
F
Fi
i :
: Carga inicial de aperto [lbf];
C
Cm
m :
: Coeficiente experimental;
D
D :
: Diâmetro nominal do parafuso [in].
i
m F
D
C
T .
.
=
C
Cm
m Montagem
Montagem
0,20 Roscas UN sem lubrificação
0,18 Roscas UM com lubrificação
0,17 Roscas 8N com lubrificação
40. FORMAS DE APLICAÇÃO DO TORQUE DE APERTO (T)
FORMAS DE APLICAÇÃO DO TORQUE DE APERTO (T)
TORQUÍMETRO
MANUAL
41. FORMAS DE APLICAÇÃO DO TORQUE DE APERTO (T)
FORMAS DE APLICAÇÃO DO TORQUE DE APERTO (T)
TORQUÍMETRO ELETRÔNICO
42. Versão Original
Luís Gonzaga Trabasso
Luís Gonzaga Trabasso
e
e
Lindolfo Araújo Moreira Filho
Lindolfo Araújo Moreira Filho