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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES<br />ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA<br />SÃO PAULO<br />2011 <br />UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES<br />Débora Smid Rozão<br />ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA<br />Trabalho da disciplina de Propaganda Ideológica, curso de Publicidade e Propaganda, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.<br />Professor Doutor Leandro Leonardo Batista<br />SÃO PAULO<br />2011<br />A IGREJA CATÓLICA NO BRASIL E A CAMPANHA DA FRATERNIDADE<br />Introdução<br />Se a abordagem é a ideologia contida em determinadas campanhas, o modo como a mesma veicula a ideia que prega e seus efeitos sobre o público-alvo, uma pauta indiscutível para exemplificação são as campanhas de cunho religioso.<br />Mas antes de qualquer comentário acerca de aspectos ideológicos contidos em determinadas campanhas, é necessário primeiro delimitar os caminhos a serem permeados pela argumentação, assim deve-se ter primordialmente uma definição mesmo que compacta do que vem a ser essa ideologia estudada.<br />O que é ideologia<br />Ideologia, segundo a linha de raciocínio de Bakhtin (1981), é algo que se instaura no ambiente social através da práxis e passa a refletir-se e refratar-se através de determinados signos. Desse modo, todo e qualquer sistema que vigore entre um grupo de indivíduos através de convenções sociais, tal qual o sistema monetário ou o sistema moral, tem por base alguma ideologia. A própria palavra, embora seja considerada signo neutro (BAKHTIN, 1981), por funcionar como “elemento essencial que acompanha toda criação ideológica, seja ela qual for” (idem), dependendo do contexto e a forma em que for utilizada, é carregada de ideologia, como refletem Baccega e Citelli (1999) em seu artigo sobre o uso dos termos “invasão” ou “ocupação” para referência aos Sem-Terra pelos jornais. <br />Abstrai-se daí outro aspecto importante que deve ser considerado neste estudo: a ideia a ser transmitida pelo material ideológico é percebida de maneira diferente por cada indivíduo, pois o mesmo irá recebê-la e interpretá-la com base em seu material ideológico anterior, como a educação que recebeu, a cultura em que foi criado, a crença que lhe foi pregada, o sistema linguístico que incorporou para comunicar-se, entre outros tantos aspectos que podem influir. Por isso a ideologia nazista, embora parecesse tão absurda para alguns, fora tão facilmente aderida por tantos alemães: a crise da Alemanha após a Primeira Guerra e o aviltamento da nação alemã facilitaram a aceitação dos conteúdos argumentativos utilizados nas campanhas por Hitler.<br />Ideologia, portanto, pode ser tudo aquilo que se refere desde a adoção de determinadas ideias até a tomada de certas atitudes, conquanto seja algo aceito por um considerável grupo de indivíduos. Desse modo, depreende-se também que as ideologias são elementos constituintes daquilo a que se chamam “fatos sociais”, ou seja, “maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se impõem a ele” (DURKHEIM, 2007), ou seja, podem fazer-se até mesmo imperceptíveis para o indivíduo desde que esse não as contrarie, senão exercerão certa pressão sobre o mesmo. É o caso da religião, por exemplo, independente das crenças às quais é ligada.<br />A religião e sua força<br />O discurso religioso por sempre ser baseado e parafrasear conceitos pré-formados – como versículos da Bíblia, no Catolicismo, ou do Corão, no Islamismo – é caracteristicamente autoritário, já que o receptor possui “pouca ou nenhuma capacidade de interferir e modificar o que está sendo dito” (CITELLI, 2000), e torna-se simplesmente indiscutível para aqueles tementes à crença ali pregada, já que para eles a palavra dita vem de um Ser superior, como Deus, e não pode ser contestada.<br />Graças a sua força e coerção proporcionada pelo temor à palavra divina por parte dos fieis, a religião, durante muito tempo, foi elemento indissociável da política e da cultura: desde a Grécia, em que tudo era voltado ao Olimpo e aos seus deuses; passando pela Idade Média, em que a Igreja detinha poder sobre a educação e mesmo sobre a monarquia, privando aos indivíduos sua escolha de crenças e impondo-lhes uma única opção; e ainda hoje em alguns países, como os árabes, em que constitui-se a base da sociedade, da política, da educação e de todos os costumes. <br />No Brasil atual, embora cada indivíduo seja livre para optar pela religião de seu agrado, a religião Católica mostra-se ainda a mais forte, sendo o mesmo considerado o país com maior número de católicos do mundo. <br />Brasil católico<br />Mesmo tendo perdido forças devido à segmentação religiosa no país no passar dos anos, a religião Católica mostra-se ainda muito forte e tem muita influência sobre o povo brasileiro. O país por inteiro reflete as heranças dos Jesuítas vindos junto aos portugueses durante sua colonização: são nomes de cidades, estados, lugares, ruas, instituições, festividades e monumentos. Não é por acaso que a maior cidade do país traz o nome de São Paulo e o cartão postal do mesmo é o Cristo Redentor. Até mesmo os que não se dizem crentes à religião católica sofrem sua influência, como quando em uma hora de espanto deixam escapar a expressão “Nossa Senhora!” ou apenas um “Nossa!”, que remete ao mesmo.<br />E é exatamente por essa força perante a nação que se faz possível o lançamento de uma campanha nacional todos os anos durante o período da Quaresma, cujo nome é Campanha da Fraternidade e o objetivo é mobilizar milhões de brasileiros em prol de alguma ideologia específica, sendo esta mesma embasada também na ideologia Cristã. <br />Campanha da Fraternidade<br />Essas campanhas sempre adotam lemas baseados em citações bíblicas, como se se apoiassem nas mesmas para fazer garantida sua aceitação pelos fieis, e constam de uma pluralidade de veículos e meios para sua divulgação como spots de rádio, comerciais televisivos, cartazes, banners e livros, e também hinos de louvor e orações correspondentes a cada tema específico, que serão cantados e proclamados durante todo o período de campanha em paróquias de norte a sul do país. <br />O órgão responsável pela eleição do tema anual, elaboração e distribuição de todo o material relacionado, é a CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), em que se encontram as maiores autoridades nacionais relativas à Igreja Católica, e parte dos materiais, como o cartaz e o hino das campanhas, são produtos de um concurso nacional lançado pela mesma organização e aberto ao público.<br />A temática das campanhas é muito variada e já se direcionou para assuntos universais tais quais a preservação da água, contra o aborto e a eutanásia, a favor do respeito para com as pessoas deficientes; assuntos mais ligados a ideais do Cristianismo em si, como solidariedade e paz, ser missionário da igreja; e por vezes o tema até mesmo permitiu que a campanha se fizesse ecumênica, aderindo-a outras religiões, como aconteceu em 2010, em que o lema adotado era “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (CNBB, 2010), inspirado no versículo 24 do sexto capítulo do livro de Mateus na Bíblia Católica. <br />Campanha da fraternidade 2011: análise temática e ideológica<br />A Campanha da Fraternidade do ano de 2011 apresenta como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” (CNBB, 2011), inspirado em seu lema “A criação geme em dores de parto” (idem), do livro bíblico Romanos. Segundo cita a introdução do livro referente à campanha, seu objetivo é <br />“contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-los a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.” (ibidem)<br />Temática bem metaforizada no cartaz ostentado pela campanha em que se vê no segundo plano a imagem de uma indústria infestando o ar com fumaça, aspecto reforçado no hino no trecho que diz que “gases disseminam morte”, e cercada por um rio em tons de marrom, ou, ainda de acordo com o hino, “rios que agonizam tristes”, ambos símbolos representantes da poluição; isso em contraste com, em primeiro plano, uma árvore nascendo por sobre o concreto, referência ao lema, sendo o fruto da Mãe-Terra a figura do broto de árvore e as dores de parto a dureza e frieza do concreto. <br />Como o objetivo geral da campanha é a mudança de atitude relacionada ao que a mesma expõe, vemos o raciocínio do cartaz e do hino também na oração, porém de maneira antagonista, fazendo com que os fieis ao proclamarem-na assumam o compromisso de mudança, como podemos interpretar no trecho “que nesta quaresma nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto, para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes” (CNBB, 2011). <br />A partir do último excerto pode-se analisar mais detalhadamente os aspectos ideológicos não apenas da campanha, mas da religião em si, pois, como vê-se, o discurso, embora seja pré-formado, encontra-se em primeira pessoa do plural, o que induz o indivíduo a proclamá-lo não somente como se o assumisse como sua própria opinião, mas ao mesmo tempo fizesse parte de um conjunto maior: o “nós”, a comunidade; preceito pelo qual pode-se entender que todos estão de acordo com a ideologia presente no discurso, aspecto que fortalece o mesmo e suprime o “eu”individual. Outro ponto importante a ser notado é a presença de outro Ser durante o discurso, representado pela segunda pessoa do plural, e ao qual o indivíduo se submete, como no trecho “pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra” (idem), ou seja, Deus, que norteia todas as ideologias que possam ser ali identificadas. E como suporte para a verificação dos discursos ainda são notáveis os parafraseios, como a aparição de outras duas passagens bíblicas, uma ligada ao livro do Gênesis e outra ligada ao segundo livro de Pedro, durante o hino; hábito comum em discursos religiosos, como dito anteriormente.<br />E não há na campanha apenas elementos ligados à ideologia Cristã como também signos defendidos por diversas instituições pelo mundo. O tema voltado ao cuidado com a natureza têm-se feito um dos mais presentes em pautas de discussões nos últimos anos, não apenas em instituições, como em Governos, companhias de produtos diversos, congressos científicos: após a divulgação do Aquecimento Global e dos danos ocasionados pelo Efeito Estufa, é frequente a dúvida sobre como agir para que a situação do mundo melhore, já que as consequências de tanta interferência humana na natureza se fazem cada vez mais presentes, como nas mudanças climáticas repentinas, devastação por ondas gigantes, furacões e terremotos em diversas regiões do Globo.<br />Assim, pode-se reunir então um conjunto característico de elementos ideológicos, como o uso de símbolos, o parafraseio, a aproveitamento do cenário mundial, o apelo à crença, e a repetição, pois todas as mídias utilizam-se da mesma argumentação e elementos para divulgar a campanha, o que faz com que uma reforce a outra.<br />Não há como obter números exatos sobre a abrangência real de tal campanha, porém se se considerar que todas as Igrejas Católicas brasileiras, ligadas a uma diocese qualquer, e que são consequentemente ligadas à CNBB, divulgam obrigatoriamente pelo menos parte do material difundido pela mesma, cantam seu hino e rezam sua oração durante pelo menos quarenta dias, fora as vigílias realizadas pelos fieis de acordo com o material do livro temático, os cartazes colados nas residências, e demais indivíduos que mesmo desligados dessa religião são atingidos pelos comerciais em rádio e TV, ter-se-á no mínimo noção de que há um grande número de receptores.<br />Em uma pesquisa do grupo de palavras “Campanha da Fraternidade 2011” no website Google, os resultados aproximaram-se de 580 mil no dia 27 de abril de 2011, além de haverem também comentários de outros países a respeito da campanha brasileira; e ao se acessar o site oficial da CNBB, encontra-se uma série de notícias ligadas à sua campanha, como quando alguns políticos engajados a citam durante sessões no Senado ou na Câmara, sobre movimentos em prol da campanha realizados por paróquias ou grupos de oração, entre outros.<br />Após o final da quaresma, no entanto, embora ainda se lembre do tema, guarde-se suas músicas e orações em mente, já é lançada a proposta para o ano seguinte, dando vida a um processo contínuo de disseminação de ideias com fundamentos em preceitos cristãos, que se faz durante a quaresma mas fica presente no ambiente religioso durante o ano todo para ser trabalhado e interiorizado por milhões de brasileiros.<br />REFERÊNCIAS<br />1. BIBLIOGRÁFICAS <br />BACCEGA, M. A. & CITELLI, A. Retórica da manipulação: os sem-terra nos jornais. In: Comunicação e Artes. São Paulo, (20) 23-29. abril 1999.<br />BAKHTIN, M.M. O Marxismo e a filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.<br />CITELLI, A. Estudos enunciativos do Brasil. São Paulo: Ática, 2000.<br />DURKHEIM, E. Fato social e divisão do trabalho. São Paulo: Ática, 2007. <br />2. INTERNET <br />CNBB. Notícias sobre a Campanha da Franternidade. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.cnbb.org.br/site/campanhas/fraternidade?start=18><br />Comercial da Campanha da Fraternidade 2011: Fraternidade e a Vida do Planeta. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.youtube.com/watch?v=Wm6b1nV0pvo><br />CNBB. Hino da CF 2011. Acesso em: 27 de abril de 2011.<br /><http://www.youtube.com/watch?v=Bm_mzNtb1fs><br />CNBB. Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/1208-cartaz-da-cf-2011> <br />ANEXOS<br />1. TEXTO-BASE DO LIVRO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />Para a Campanha da Fraternidade 2011, a Igreja no Brasil propõe, como Objetivo Geral: contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá -los a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.<br />Para atingir este objetivo, são propostos os seguintes objetivos específicos:<br />Viabilizar meios para a formação da consciência ambiental em relação ao problema do aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas;<br />Promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global;<br />Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário;<br />Trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais relacionados ao aquecimento global.<br />Serão adotadas as seguintes estratégias:<br />Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento.<br />Propor atitudes,comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente;<br />Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.<br />2. ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011 CNBB<br />Senhor Deus, nosso Pai e Criador.<br />A beleza do universo revela a vossa grandeza,<br />A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,<br />E o eterno amor que tendes por todos nós.<br />Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,<br />E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.<br />A beleza está sendo mudada em devastação,<br />E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.<br />Que nesta quaresma nos convertamos<br />E vejamos que a criação geme em dores de parto,<br />Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,<br />Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.<br />E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,<br />Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,<br />Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,<br />O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.<br />Amém.<br />3. HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />Olha, meu povo, este planeta terra:<br />Das criaturas todas, a mais linda!<br />Eu a plasmei com todo amor materno,<br />Pra ser um berço de aconchego e vida. (Gn 1)<br />Nossa mãe terra, Senhor,<br />Geme de dor noite e dia.<br />Será de parto essa dor?<br />Ou simplesmente agonia?!<br />Vai depender só de nós!<br />Vai depender só de nós!<br />A terra é mãe, é criatura viva;<br />Também respira, se alimenta e sofre.<br />É de respeito que ela mais precisa!<br />Sem teu cuidado ela agoniza e morre.<br />Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos...<br />Que a fome mata e a miséria humilha.<br />Eu sonho ver um mundo mais humano,<br />Sem tanto lucro e muito mais partilha!<br />Olha as florestas: pulmão verde e forte!<br />Sente esse ar que te entreguei tão puro...<br />Agora, gases disseminam morte;<br />O aquecimento queima o teu futuro.<br />Contempla os rios que agonizam tristes.<br />Não te incomoda poluir assim?!<br />Vê: tanta espécie já não mais existe!<br />Por mais cuidado implora esse jardim!<br />A humanidade anseia nova terra. (2 Pd 3,13)<br />De dores geme toda a criação. (Rm 8,22)<br />Transforma em Páscoa as dores dessa espera,<br />Quero essa terra em plena gestação!<br />4. RESULTADO AO SE PESQUISAR “CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011” NO GOOGLE EM 27 DE ABRIL DE 2011<br />5. CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />
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Ideologia Católica na Campanha da Fraternidade

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES<br />ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA<br />SÃO PAULO<br />2011 <br />UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES<br />Débora Smid Rozão<br />ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA<br />Trabalho da disciplina de Propaganda Ideológica, curso de Publicidade e Propaganda, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.<br />Professor Doutor Leandro Leonardo Batista<br />SÃO PAULO<br />2011<br />A IGREJA CATÓLICA NO BRASIL E A CAMPANHA DA FRATERNIDADE<br />Introdução<br />Se a abordagem é a ideologia contida em determinadas campanhas, o modo como a mesma veicula a ideia que prega e seus efeitos sobre o público-alvo, uma pauta indiscutível para exemplificação são as campanhas de cunho religioso.<br />Mas antes de qualquer comentário acerca de aspectos ideológicos contidos em determinadas campanhas, é necessário primeiro delimitar os caminhos a serem permeados pela argumentação, assim deve-se ter primordialmente uma definição mesmo que compacta do que vem a ser essa ideologia estudada.<br />O que é ideologia<br />Ideologia, segundo a linha de raciocínio de Bakhtin (1981), é algo que se instaura no ambiente social através da práxis e passa a refletir-se e refratar-se através de determinados signos. Desse modo, todo e qualquer sistema que vigore entre um grupo de indivíduos através de convenções sociais, tal qual o sistema monetário ou o sistema moral, tem por base alguma ideologia. A própria palavra, embora seja considerada signo neutro (BAKHTIN, 1981), por funcionar como “elemento essencial que acompanha toda criação ideológica, seja ela qual for” (idem), dependendo do contexto e a forma em que for utilizada, é carregada de ideologia, como refletem Baccega e Citelli (1999) em seu artigo sobre o uso dos termos “invasão” ou “ocupação” para referência aos Sem-Terra pelos jornais. <br />Abstrai-se daí outro aspecto importante que deve ser considerado neste estudo: a ideia a ser transmitida pelo material ideológico é percebida de maneira diferente por cada indivíduo, pois o mesmo irá recebê-la e interpretá-la com base em seu material ideológico anterior, como a educação que recebeu, a cultura em que foi criado, a crença que lhe foi pregada, o sistema linguístico que incorporou para comunicar-se, entre outros tantos aspectos que podem influir. Por isso a ideologia nazista, embora parecesse tão absurda para alguns, fora tão facilmente aderida por tantos alemães: a crise da Alemanha após a Primeira Guerra e o aviltamento da nação alemã facilitaram a aceitação dos conteúdos argumentativos utilizados nas campanhas por Hitler.<br />Ideologia, portanto, pode ser tudo aquilo que se refere desde a adoção de determinadas ideias até a tomada de certas atitudes, conquanto seja algo aceito por um considerável grupo de indivíduos. Desse modo, depreende-se também que as ideologias são elementos constituintes daquilo a que se chamam “fatos sociais”, ou seja, “maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual esses fatos se impõem a ele” (DURKHEIM, 2007), ou seja, podem fazer-se até mesmo imperceptíveis para o indivíduo desde que esse não as contrarie, senão exercerão certa pressão sobre o mesmo. É o caso da religião, por exemplo, independente das crenças às quais é ligada.<br />A religião e sua força<br />O discurso religioso por sempre ser baseado e parafrasear conceitos pré-formados – como versículos da Bíblia, no Catolicismo, ou do Corão, no Islamismo – é caracteristicamente autoritário, já que o receptor possui “pouca ou nenhuma capacidade de interferir e modificar o que está sendo dito” (CITELLI, 2000), e torna-se simplesmente indiscutível para aqueles tementes à crença ali pregada, já que para eles a palavra dita vem de um Ser superior, como Deus, e não pode ser contestada.<br />Graças a sua força e coerção proporcionada pelo temor à palavra divina por parte dos fieis, a religião, durante muito tempo, foi elemento indissociável da política e da cultura: desde a Grécia, em que tudo era voltado ao Olimpo e aos seus deuses; passando pela Idade Média, em que a Igreja detinha poder sobre a educação e mesmo sobre a monarquia, privando aos indivíduos sua escolha de crenças e impondo-lhes uma única opção; e ainda hoje em alguns países, como os árabes, em que constitui-se a base da sociedade, da política, da educação e de todos os costumes. <br />No Brasil atual, embora cada indivíduo seja livre para optar pela religião de seu agrado, a religião Católica mostra-se ainda a mais forte, sendo o mesmo considerado o país com maior número de católicos do mundo. <br />Brasil católico<br />Mesmo tendo perdido forças devido à segmentação religiosa no país no passar dos anos, a religião Católica mostra-se ainda muito forte e tem muita influência sobre o povo brasileiro. O país por inteiro reflete as heranças dos Jesuítas vindos junto aos portugueses durante sua colonização: são nomes de cidades, estados, lugares, ruas, instituições, festividades e monumentos. Não é por acaso que a maior cidade do país traz o nome de São Paulo e o cartão postal do mesmo é o Cristo Redentor. Até mesmo os que não se dizem crentes à religião católica sofrem sua influência, como quando em uma hora de espanto deixam escapar a expressão “Nossa Senhora!” ou apenas um “Nossa!”, que remete ao mesmo.<br />E é exatamente por essa força perante a nação que se faz possível o lançamento de uma campanha nacional todos os anos durante o período da Quaresma, cujo nome é Campanha da Fraternidade e o objetivo é mobilizar milhões de brasileiros em prol de alguma ideologia específica, sendo esta mesma embasada também na ideologia Cristã. <br />Campanha da Fraternidade<br />Essas campanhas sempre adotam lemas baseados em citações bíblicas, como se se apoiassem nas mesmas para fazer garantida sua aceitação pelos fieis, e constam de uma pluralidade de veículos e meios para sua divulgação como spots de rádio, comerciais televisivos, cartazes, banners e livros, e também hinos de louvor e orações correspondentes a cada tema específico, que serão cantados e proclamados durante todo o período de campanha em paróquias de norte a sul do país. <br />O órgão responsável pela eleição do tema anual, elaboração e distribuição de todo o material relacionado, é a CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), em que se encontram as maiores autoridades nacionais relativas à Igreja Católica, e parte dos materiais, como o cartaz e o hino das campanhas, são produtos de um concurso nacional lançado pela mesma organização e aberto ao público.<br />A temática das campanhas é muito variada e já se direcionou para assuntos universais tais quais a preservação da água, contra o aborto e a eutanásia, a favor do respeito para com as pessoas deficientes; assuntos mais ligados a ideais do Cristianismo em si, como solidariedade e paz, ser missionário da igreja; e por vezes o tema até mesmo permitiu que a campanha se fizesse ecumênica, aderindo-a outras religiões, como aconteceu em 2010, em que o lema adotado era “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (CNBB, 2010), inspirado no versículo 24 do sexto capítulo do livro de Mateus na Bíblia Católica. <br />Campanha da fraternidade 2011: análise temática e ideológica<br />A Campanha da Fraternidade do ano de 2011 apresenta como tema “Fraternidade e a Vida no Planeta” (CNBB, 2011), inspirado em seu lema “A criação geme em dores de parto” (idem), do livro bíblico Romanos. Segundo cita a introdução do livro referente à campanha, seu objetivo é <br />“contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-los a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.” (ibidem)<br />Temática bem metaforizada no cartaz ostentado pela campanha em que se vê no segundo plano a imagem de uma indústria infestando o ar com fumaça, aspecto reforçado no hino no trecho que diz que “gases disseminam morte”, e cercada por um rio em tons de marrom, ou, ainda de acordo com o hino, “rios que agonizam tristes”, ambos símbolos representantes da poluição; isso em contraste com, em primeiro plano, uma árvore nascendo por sobre o concreto, referência ao lema, sendo o fruto da Mãe-Terra a figura do broto de árvore e as dores de parto a dureza e frieza do concreto. <br />Como o objetivo geral da campanha é a mudança de atitude relacionada ao que a mesma expõe, vemos o raciocínio do cartaz e do hino também na oração, porém de maneira antagonista, fazendo com que os fieis ao proclamarem-na assumam o compromisso de mudança, como podemos interpretar no trecho “que nesta quaresma nos convertamos e vejamos que a criação geme em dores de parto, para que possa renascer segundo o vosso plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes” (CNBB, 2011). <br />A partir do último excerto pode-se analisar mais detalhadamente os aspectos ideológicos não apenas da campanha, mas da religião em si, pois, como vê-se, o discurso, embora seja pré-formado, encontra-se em primeira pessoa do plural, o que induz o indivíduo a proclamá-lo não somente como se o assumisse como sua própria opinião, mas ao mesmo tempo fizesse parte de um conjunto maior: o “nós”, a comunidade; preceito pelo qual pode-se entender que todos estão de acordo com a ideologia presente no discurso, aspecto que fortalece o mesmo e suprime o “eu”individual. Outro ponto importante a ser notado é a presença de outro Ser durante o discurso, representado pela segunda pessoa do plural, e ao qual o indivíduo se submete, como no trecho “pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra” (idem), ou seja, Deus, que norteia todas as ideologias que possam ser ali identificadas. E como suporte para a verificação dos discursos ainda são notáveis os parafraseios, como a aparição de outras duas passagens bíblicas, uma ligada ao livro do Gênesis e outra ligada ao segundo livro de Pedro, durante o hino; hábito comum em discursos religiosos, como dito anteriormente.<br />E não há na campanha apenas elementos ligados à ideologia Cristã como também signos defendidos por diversas instituições pelo mundo. O tema voltado ao cuidado com a natureza têm-se feito um dos mais presentes em pautas de discussões nos últimos anos, não apenas em instituições, como em Governos, companhias de produtos diversos, congressos científicos: após a divulgação do Aquecimento Global e dos danos ocasionados pelo Efeito Estufa, é frequente a dúvida sobre como agir para que a situação do mundo melhore, já que as consequências de tanta interferência humana na natureza se fazem cada vez mais presentes, como nas mudanças climáticas repentinas, devastação por ondas gigantes, furacões e terremotos em diversas regiões do Globo.<br />Assim, pode-se reunir então um conjunto característico de elementos ideológicos, como o uso de símbolos, o parafraseio, a aproveitamento do cenário mundial, o apelo à crença, e a repetição, pois todas as mídias utilizam-se da mesma argumentação e elementos para divulgar a campanha, o que faz com que uma reforce a outra.<br />Não há como obter números exatos sobre a abrangência real de tal campanha, porém se se considerar que todas as Igrejas Católicas brasileiras, ligadas a uma diocese qualquer, e que são consequentemente ligadas à CNBB, divulgam obrigatoriamente pelo menos parte do material difundido pela mesma, cantam seu hino e rezam sua oração durante pelo menos quarenta dias, fora as vigílias realizadas pelos fieis de acordo com o material do livro temático, os cartazes colados nas residências, e demais indivíduos que mesmo desligados dessa religião são atingidos pelos comerciais em rádio e TV, ter-se-á no mínimo noção de que há um grande número de receptores.<br />Em uma pesquisa do grupo de palavras “Campanha da Fraternidade 2011” no website Google, os resultados aproximaram-se de 580 mil no dia 27 de abril de 2011, além de haverem também comentários de outros países a respeito da campanha brasileira; e ao se acessar o site oficial da CNBB, encontra-se uma série de notícias ligadas à sua campanha, como quando alguns políticos engajados a citam durante sessões no Senado ou na Câmara, sobre movimentos em prol da campanha realizados por paróquias ou grupos de oração, entre outros.<br />Após o final da quaresma, no entanto, embora ainda se lembre do tema, guarde-se suas músicas e orações em mente, já é lançada a proposta para o ano seguinte, dando vida a um processo contínuo de disseminação de ideias com fundamentos em preceitos cristãos, que se faz durante a quaresma mas fica presente no ambiente religioso durante o ano todo para ser trabalhado e interiorizado por milhões de brasileiros.<br />REFERÊNCIAS<br />1. BIBLIOGRÁFICAS <br />BACCEGA, M. A. & CITELLI, A. Retórica da manipulação: os sem-terra nos jornais. In: Comunicação e Artes. São Paulo, (20) 23-29. abril 1999.<br />BAKHTIN, M.M. O Marxismo e a filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.<br />CITELLI, A. Estudos enunciativos do Brasil. São Paulo: Ática, 2000.<br />DURKHEIM, E. Fato social e divisão do trabalho. São Paulo: Ática, 2007. <br />2. INTERNET <br />CNBB. Notícias sobre a Campanha da Franternidade. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.cnbb.org.br/site/campanhas/fraternidade?start=18><br />Comercial da Campanha da Fraternidade 2011: Fraternidade e a Vida do Planeta. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.youtube.com/watch?v=Wm6b1nV0pvo><br />CNBB. Hino da CF 2011. Acesso em: 27 de abril de 2011.<br /><http://www.youtube.com/watch?v=Bm_mzNtb1fs><br />CNBB. Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011. Acesso em 27 de abril de 2011.<br /><http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/1208-cartaz-da-cf-2011> <br />ANEXOS<br />1. TEXTO-BASE DO LIVRO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />Para a Campanha da Fraternidade 2011, a Igreja no Brasil propõe, como Objetivo Geral: contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá -los a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.<br />Para atingir este objetivo, são propostos os seguintes objetivos específicos:<br />Viabilizar meios para a formação da consciência ambiental em relação ao problema do aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas;<br />Promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global;<br />Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário;<br />Trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais relacionados ao aquecimento global.<br />Serão adotadas as seguintes estratégias:<br />Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento.<br />Propor atitudes,comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente;<br />Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.<br />2. ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011 CNBB<br />Senhor Deus, nosso Pai e Criador.<br />A beleza do universo revela a vossa grandeza,<br />A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,<br />E o eterno amor que tendes por todos nós.<br />Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,<br />E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.<br />A beleza está sendo mudada em devastação,<br />E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.<br />Que nesta quaresma nos convertamos<br />E vejamos que a criação geme em dores de parto,<br />Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,<br />Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.<br />E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,<br />Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,<br />Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,<br />O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.<br />Amém.<br />3. HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />Olha, meu povo, este planeta terra:<br />Das criaturas todas, a mais linda!<br />Eu a plasmei com todo amor materno,<br />Pra ser um berço de aconchego e vida. (Gn 1)<br />Nossa mãe terra, Senhor,<br />Geme de dor noite e dia.<br />Será de parto essa dor?<br />Ou simplesmente agonia?!<br />Vai depender só de nós!<br />Vai depender só de nós!<br />A terra é mãe, é criatura viva;<br />Também respira, se alimenta e sofre.<br />É de respeito que ela mais precisa!<br />Sem teu cuidado ela agoniza e morre.<br />Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos...<br />Que a fome mata e a miséria humilha.<br />Eu sonho ver um mundo mais humano,<br />Sem tanto lucro e muito mais partilha!<br />Olha as florestas: pulmão verde e forte!<br />Sente esse ar que te entreguei tão puro...<br />Agora, gases disseminam morte;<br />O aquecimento queima o teu futuro.<br />Contempla os rios que agonizam tristes.<br />Não te incomoda poluir assim?!<br />Vê: tanta espécie já não mais existe!<br />Por mais cuidado implora esse jardim!<br />A humanidade anseia nova terra. (2 Pd 3,13)<br />De dores geme toda a criação. (Rm 8,22)<br />Transforma em Páscoa as dores dessa espera,<br />Quero essa terra em plena gestação!<br />4. RESULTADO AO SE PESQUISAR “CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011” NO GOOGLE EM 27 DE ABRIL DE 2011<br />5. CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011<br />