2. Entre preferencialmente com todo o grupo no útero. Se não couber pedir para uma
parte do grupo aguardar um pouco. Não há necessidade de falar nada neste
ambiente, o seu jeito de corpo tranquilo e sereno pode auxiliar o visitante a se
manter também calmo. Se precisar acalmar ou orientar o grupo, se for preciso, você
pode dizer: “Vocês estão prontos para nascer? “ Ouça, sinta, desfrute desse
momento”. “ Pode assentar no sofá-placenta e se enrolar no cordão umbilical se
quiser”.
3.2.5 Nascimento (mesmo mediador da Sessão Controvérsias)
3. Ali, no quentinho do útero, acolhido e aconchegado na placenta e envolto
no cordão umbilical, o visitante revive sensações profundas. Enquanto
passa pela canal do nascimento, além do pulsar forte do coração da mãe,
ouve a voz do bebê:
“Oi mamãe, vou chegar ao mundo por agora, meu pulmão está se
preparando para respirar. Todo o meu corpo está se aprontando pra vida lá
fora. No trabalho de parto eu amadureço e fico mais forte. Eu preciso deste
tempo. Eu e você, a gente sabe, a gente sente quando é o momento. Por que
ter pressa? Você pode me esperar?....”
3.2.5 Nascimento
4. Já houve casos de nos depararmos com pessoas muito tocadas no útero.
Algumas vezes as pessoas querem ficar lá, tirando foto, curtindo, mas isso
pode prejudicar o fluxo. O que dizer para alguém que se recusa a sair do
útero?
Atentar novamente ao casos de deficientes, proporcionar a eles a melhor
experiência possível, o (a) cadeirante consegue entrar parcialmente no
útero e sentir a diferença de temperatura, a coloração, sentir a textura do
sofá-placenta e, se não tiver condições de entrar no canal de parto,
redirecioná-lo(a) para sair pela rampa de entrada.
3.2.5 Nascimento
6. Ponto de atuação de um mediador
O mediador deve estar atento por que a cada 15 minutos um grupo vai
“nascer” e ele vai receber os visitantes no final da rampa. Aqui é outro
local de sensibilidade, de acolhimento, de percepção do outro como sai do
nascimento, algumas vezes brincando, rindo, às vezes e com muita
frequência, muito tocado e emocionado, chorando. Um abraço, dar a mão,
com sensibilidade e delicadeza podemos fazer esta oferta...Sentar junto e
conversar. Algumas sugestões: “O que você achou?”, “Então, gostou de
ter renascido?”
3.2.6 Conversas
7. Aqui é nosso espaço de convivência, com mais informações sobre o parto
e nascimento. É a hora de puxar conversa sobre temas da exposição:
“Você já sabia que as taxas de cesarianas desnecessárias eram tão altas?
Como fazer para mudar essa cultura?”
“Se você puder registrar suas impressões no livro de depoimentos será
ótimo” (apontar para o local).
3.2.6 Conversas
8. Convide o visitante para a programação prevista: “Teremos uma roda de
conversa com um convidado e outras atividades. Oferecer lugar para
sentar, dando prioridade para gestante, idosos, pessoas com crianças de
colo.
Circular pelo local, acolher, oferecer ajuda às pessoas e entreter, animar
mesmo. Convidar para ver mais filmes, conversar, tirar fotos.. Ficar atento
para a dinâmica dos filmes e mudar sempre que necessário para os
expectadores entediados, cansados de esperar….. Neste local o mediador
deve se certificar que cada visitante está aguardando e tem senha, chegou
agora ou já está esperando, para ninguém ficar “perdido” ou sem
atendimento
3.2.6 Conversas
9. Solicitar a avaliação no torem à saída. Explicar para facilitar o uso: “ Avalie aqui
por favor sua opinião sobre o parto normal antes (opções de 1 a 5 na parte de
cima) e depois (opções de 1 a 5 na parte de baixo) de visitar a exposição.
3.2.6 Conversas
10. À saída, o mediador:
• Incentiva o visitante a escrever um depoimento no livro da Sentidos do
Nascer
• Verifica e entrega o material para o visitante: Folder BH pelo Parto Normal,
folder das ONGs, material de divulgação, cartão postal da exposição, outros
Na área em frente à exposição, após a saída do visitante, o mediador da
entrada/recepção também atua e finaliza a abordagem: agradece e estimula o
visitante a interagir com os totens dispostos na frente da exposição
• Para leitura: “ Parto normal e cesariana: mitos e verdades”
• Para tirar fotos (totem “ Eu apoio o parto normal”) e colocar nas redes
sociais com as hashtags: #sentidosdonascer #euapoiopartonormal
• Para deixar um depoimento, um recado nos post-it.
3.2.6 Conversas
12. PARTO NORMAL
Mitos sobre o parto normal
“O PARTO NORMAL DEMORA MUITO”
Dura em média 8 a 12 horas, começa devagar e depois acelera. Se a mulher
interna precocemente no hospital, a impressão é que o trabalho de parto está
prolongado.
“O PARTO NORMAL ALARGA A VAGINA E ATRAPALHA A VIDA SEXUAL”
Exercíciosparafortalecerosmúsculosdavaginasãoimportantes,emespecial
na gestação, seja para o parto normal ou para a cesariana. E o corte da vagina
não é indicado na maioria das vezes.
“A DOR DO PARTO NORMAL É PIOR QUE A DA CESARIANA”
A dor do parto tem uma finalidade: significa saúde, o poder de dar à luz e não
sofrimento; não é contínua e existem técnicas de conforto. A dor da cesariana
é de uma cirurgia e dura mais tempo.
"A CESARIANA É MAIS SEGURA"
Ao contrário: na cesariana programada sem indicação, há maior risco de
hemorragia, infecção e complicações anestésica para a mãe. Para o bebê,
maiorriscodeinternação,problemasrespiratórios,prematuridade,imaturidade
e dificuldade no aleitamento materno.
Vantagens do parto normal
Recuperação mais rápida
Menos complicações (como hemorragia, infecção,
complicações anestésicas)
Menos dor após o parto
Mãe e filho juntos
Amamentação mais fácil
Menor risco de problemas respiratórios e internação do bebê
Menor risco de prematuridade ou imaturidade do bebê
Menos tempo de internação
Menor risco de obesidade, asma, hipertensão, diabetes,
alergias e outras doenças no futuro
Mitos e Fatos
CESARIANA
Cesarianas desnecessárias
Placenta “velha”
Pressão alta ou pressão baixa
Inchaço nas pernas ou no corpo
Cordão umbilical enrolado no
pescoço do bebê
“Não teve dilatação” antes do
trabalho de parto
“Não teve passagem” ou
desproporção entre o bebê e mãe
antes do trabalho de parto
Bebê grande demais
Bebê “alto” antes do trabalho de
parto
Bacia “estreita”
Excesso ou pouco líquido
amniótico
Mãe obesa ou desnutrida
Mãe com diabetes
Mãe adolescente ou > 40 anos
Gravidez muito desejada
Gravidez não desejada
Gravidez por reprodução assistida
Gestação de 40, 41 ou 42 semanas
Doença cardíaca materna: prolapso
de válvula mitral, prótese valvar etc.
Fratura prévia no cóccix ou na bacia
Cirurgia no colo do útero prévia
Constipação (prisão de ventre)
Hemorróidas
Grumos no líquido amniótico
Quando pode ser necessária
Bebê sentado (pélvico)
Parto prolongado ou "parada de
progressão" do trabalho de parto,
diagnosticado por profissional
com o uso do partograma
Três ou mais cesarianas
anteriores
Doença materna grave (como
pré-‐eclâmpsia ou eclâmpsia)
Bebê pequeno demais (em
casos raros de doença grave do
bebê)
Bebê grande demais com
“parada de progressão” durante
o trabalho de parto
Alteração dos batimentos
do bebê durante o trabalho
de parto (se houver estado
fetal não tranquilizador após
monitorização contínua)
Quando é necessária (indicação absoluta)
Descolamento de placenta (hemorragia grave durante o parto)
Prolapso de cordão (o cordão sai antes do bebê)
Placenta prévia (placenta que “nasce” antes do bebê)
Tumor uterino que obstrui a passagem do bebê no parto
Bebê atravessado
Herpes genital ativa
Mitos e Fatos
13. Para dar prosseguimento ao diálogo, provocações e desdobramentos, muitos
museus trabalham hoje em dia com a ideia de “território expandido”. Isso é,
se valem de outros recursos e espaços virtuais como sites e Facebook para
continuar a conversa, disponibilizar materiais (vídeos e textos) e lançar
questões, divulgar eventos etc.
É fundamental que os mediadores conheçam bem o site, a página e o perfil
no Facebook. O ideal é que, como multiplicadores, vocês possam contribuir
com postagens, comentários etc. Tirar fotos ao longo do dia e postar,
registrando os momentos mais interessantes.
3.2.6 Ampliando a conversa:
Sentidos do Nascer nas redes sociais