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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
São Paulo
2
2006
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
Monografia apresentada como exigência
parcial para obtenção do título de pós-
graduação Lato Sensu no Curso de Gestão
de Tecnologia da Informação.
São Paulo
3
2006
JULIANA MARIA LOPES
ADRIANO CODONHO
FABIO ROBERTO PIERRE
FERNANDO DELAGO
MARCOS ANTONIO LINS
MILTON TERRA
JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
Monografia apresentada como exigência
parcial para obtenção do título de pós-
graduação Lato Sensu no Curso de Gestão
de Tecnologia da Informação.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
4
Prof.(o
) Gutenberg de Araújo Silveira
RESUMO
Este trabalho procura realizar uma revisão da teoria de Schumpeter destacando as
principais contribuições desse autor à teoria econômica, mostrando sua visão de
desenvolvimento econômico notadamente para análise do processo de inovação
tecnológica. Em seguida, apresenta a importância da difusão tecnológica e o papel
da P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e outras atividades tecnológicas para
concepção da inovação e reciclagem de idéias. Na finalização deste ensaio, é
comentado como a teoria de Schumpeter ainda influência a economia mundial e
críticas de economistas tradicionais. É também feita uma prévia do destino do
capitalismo sob o olhar schumpeteriano.
Palavras-chave: Joseph Schumpeter; Desenvolvimento Tecnológico; Inovação
Tecnológica.
5
ABSTRACT
This work wants to carry out a revision of Schumpeter's Theory, detaching the main
contributions of this author to economic theory, showing your vision of economic
development for analysis of technological innovation process. After that, this presents
the importance of technological diffusion and the role of the R&D (Research &
Development) and other technological activities for innovation conception and
recycling of ideas. At the finishing of this attempt, it's commented how the
Schumpeter's Theory still matters the world-wide economy and critical of traditional
economists. Also, it’s make a previous of the destination capitalism under look of
Schumpeterism.
Key-words: Joseph Schumpeter; Technological Development; Technological
Innovation.
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Fluxo Circular da Renda .......................................................................... 16
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
1. BIOGRAFIA 09
2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 12
3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA 15
4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E
CRITICAS A TEORIA DE SCHUMPETER 19
5. O PAPEL DE P&D E FUTURO 22
CONCLUSÃO 26
REFERÊNCIAS 28
8
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, observaremos as contribuições do economista Joseph Schumpeter à
sociedade contemporânea com sua teoria de Desenvolvimento Econômico e o
conceito de inovação tecnológica.
Também, serão ressaltadas a importância da Inovação Tecnológica no modelo
econômico atual e formas de obtenção da mesma por meio de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D). Neste ensaio, foram incluídas diversas visões e criticas de
economistas e autores sobre Schumpeter.
A visão do futuro de acordo com as organizações e governos é apresentada neste,
como forma de apoio a futuros investimentos em Inovação.
Este trabalho visa contribuir com uma explicação de como poderá ser obtida a
Inovação Tecnológica por meio de Pesquisas e Desenvolvimento por meio da visão
Schumpeteriana.
Para a elaboração do mesmo foram utilizados conceitos teóricos obtidos por
pesquisas bibliográficas a diversos autores e a própria obra de Joseph Schumpeter.
9
DESENVOLVIMENTO
1. BIOGRAFIA
Segundo (WIKIPEDIA, 2006) Joseph Alois Schumpeter foi um dos mais importantes
economistas do século XX.
Nasceu na cidade de Triesch, em 1883, no mesmo ano da morte de Karl Marx e do
nascimento de John Maynard Keynes. Começou a lecionar antropologia em 1909 na
Universidade de Czernovitz (hoje na Ucrânia) e, três anos mais tarde, na
Universidade de Graz.
Em março de 1919, assumiu o posto de Ministro das Finanças da República
Austríaca, permanecendo por poucos meses nesta função. Em seguida, assumiu a
presidência de um banco privado, o Bidermannbank de Viena, que faliu em 1924. A
experiência custou a Schumpeter toda a sua fortuna pessoal e deixou-o endividado
por alguns anos. Depois desta passagem desastrosa pela administração pública e
pelo setor privado, decidiu voltar a lecionar, desta vez na Universidade de Bonn,
Alemanha, de 1925 a 1932. Com a ascensão do Nazismo, teve que deixar a Europa,
e assim sendo, viajou pelos Estados Unidos e pelo Japão, mudando-se, em 1932,
para Cambridge (Massachusetts, EUA), onde assumiu uma posição docente na
Universidade de Harvard. Permaneceu ali até sua morte em 08/01/1950.
10
De acordo com (NET SABER, 2006) Schumpeter é uma das figuras mais
destacadas da teoria econômica moderna. Depois de estudar Direito em Viena
(1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Internacional do Cairo. Em 1909,
graduou-se em Viena com um estudo sobre a metodologia sistemática da ciência
econômica. Ficou famoso em 1912 com a sua "teoria do desenvolvimento
econômico". Schumpeter considerava que as crises conjunturais não obedeciam
apenas a fatores externos (guerras, más colheitas), mas estavam igualmente
relacionadas com a atividade empresarial, com o sistema de créditos e com a
tecnologia que, em sua opinião, eram causas diretas do desenvolvimento
econômico. Após ser professor em Graz, entre 1919 e 1920, foi ministro das
Finanças da Áustria. De 1925 até 1932, quando emigrou para os Estados Unidos,
ministrou aulas em Bonn e, a partir de 1932, na Universidade de Harvard. Em seus
escritos Sobre as Formas Econômicas e Sociais do Capitalismo, Os Ciclos
Econômicos (1939) e Capitalismo, Socialismo e Democracia (1934), prognosticou a
transição em longo prazo para um socialismo marxista não-dogmático, por força da
crescente monopolização, que acabaria por debilitar a capacidade de inovação das
empresas. Deixou inacabada a sua obra História da Análise Econômica.
Apesar de Schumpeter ter encorajado alguns jovens economistas matemáticos, e ter
sido presidente-fundador da Sociedade de Econometria (1933), ele não foi um
matemático, mas um economista que sempre foi um entusiasta da integração da
Sociologia como uma forma de entendimento de suas teorias econômicas. Das
correntes de pensamentos atuais é discutido que as idéias de Schumpeter sobre
ciclos econômicos e desenvolvimento econômico não podiam ser assimiladas com a
11
matemática de seu tempo - elas precisam de uma linguagem de sistemas dinâmicos
não-lineares para serem parcialmente formalizadas.
Suas principais obras foram:
• A natureza e a essência da economia política (Das Wesen und der
Hauptinhalt der Nationaloekonomie), de 1908;
• Teoria do desenvolvimento econômico (Die Theorie der Wirschaftlichen
Entwicklung), de 1911;
• Ciclos econômicos (Business cycles), de 1939;
• Capitalismo, socialismo e democracia (Capitalism, socialism and democracy),
de 1942;
• História da análise econômica (History of economic analysis), publicado
postumamente em 1954.
Schumpeter esteve em Harvard durante o período da "grande depressão" de 1930 a
1940, quando Samuelson, Tobin, Tsuru, Heilbroner, Bergson e Metzler, foram seus
alunos.
12
2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
A teoria do Desenvolvimento Econômico consiste na observação de que as longas
ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da
combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo
paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia.
(SCHUMPETER, 1984) define que o impulso fundamental que inicia e mantém o
movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos
métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de
organização industrial que a empresa capitalista cria.
(SCHUMPETER, 1984) ainda complementa que a abertura de novos mercados —
estrangeiros ou domésticos — e o desenvolvimento organizacional, da oficina
artesanal aos conglomerados ilustram o mesmo processo de mutação industrial que
incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro,
incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova. Esse
processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo. É nisso que
consiste o capitalismo, é assim que têm de viver todas as empresas capitalistas.
Para Schumpeter, o capitalismo desenvolvia-se em razão de sempre estimular o
surgimento dos empreendedores, isto é, de capitalista ou inventores extremamente
criativos - os inovadores - que eram os responsáveis por todas as ondas de
prosperidade que o sistema conhecia.
13
O pensamento econômico de Schumpeter parece ter sido bastante influenciado por
Marx e pelas descobertas que marcaram época na história econômica.
O fato de ter sido o primeiro neoclássico a tentar uma explicação para o processo da
variação econômica, distingue-o dos demais economistas da época. Por essas
formulações revolucionárias, o pensamento schumpeteriano tem uma enorme visão
contemporânea.
Na formulação de sua teoria, Schumpeter discorda dos economistas tradicionais,
onde desses consideram apenas as determinantes imediatas da produção de uma
economia.
Para os pensadores econômicos da época, o nível tecnológico, a quantidade e
qualidade da força de trabalho, a quantidade e composição do estoque de capitais e
a natureza das condições dos recursos naturais são os quatro pilares de suporte ao
desenvolvimento econômico. Conseqüentemente se pensava que o ritmo de
desenvolvimento depende do grau de utilização e de taxa de aumento desses vários
tipos de fatores produtivos. Esta conclusão, porem, acarretou algumas dificuldades
como, por exemplo, o problema da quantificação de muitas características dos
fatores produtivos, considerados relevantes no processo de produção. Essa
dificuldade aumenta ao se tentar determinar as causas das variações entre os
diferentes fatores produtivos.
14
Segundo (MORICOCHI, 1994) Schumpeter caracteriza o processo de produção
como uma combinação de forças produtivas que incluem coisas em parte materiais
e imateriais. No nível material, têm-se os fatores originais da produção, isto é, terra e
trabalho de onde procedem todos os bens. As forças imateriais seriam "fatos
técnicos" e "fatos de organização social" ou meio ambiente sócio-cultural. Mais
especificamente, o meio ambiente sócio-cultural representaria todo o complexo
social, cultural e institucional da sociedade do ponto de vista econômico, esse "meio
ambiente" especifica as regras dos jogos institucionais que devem ser observadas
na alocação e distribuição. “Isso indica, por exemplo, se a economia é
principalmente competitiva ou monopolista, capitalista ou socialista”.
Ainda Segundo (MORICOCHI, 1994) para Schumpeter esses cinco fatores não
teriam os mesmos efeitos sobre a produção: os três primeiros termos seriam para
Schumpeter os "componentes de crescimento" que apresentam não somente uma
variação contínua no sentido matemático como também que essa variação ocorre a
uma taxa que se modifica lentamente. Os dois últimos fatores, S e U, são os
"componentes de desenvolvimento" que são responsáveis pelos "saltos" e
"repentes" que se verificam no sistema econômico, sendo, portanto, os fatores mais
importantes na concepção Schumpeteriana de desenvolvimento econômico.
15
3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA
A Teoria da Inovação vincula-se, enquanto legado teórico, a Joseph Schumpeter.
Foi dele a observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no
capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um
setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o
crescimento rápido dessa economia (KLEINKNECHT, 1990).
Segundo ele, os investimentos nas novas combinações de produtos e processos
produtivos de uma empresa repercutem diretamente em seu desempenho
financeiro, de modo que o moderno empresário capitalista deve ocupar ao mesmo
tempo um papel de liderança econômica e tecnológica. O comportamento
empreendedor, com a introdução e a ampliação de inovações tecnológicas e
organizacionais nas empresas, constitui um fator essencial para as transformações
na esfera econômica e seu desenvolvimento no longo prazo (SCHUMPETER, 1982).
Em 1936, Schumpeter, além de refinar e aprofundar a Teoria do Investimento do
Capital de Kondratieff (HALL, 1985), analisou a depressão de 1930, baseando-se
nas depressões ocorridas em 1825 e 1873, e formulou uma Teoria sobre os Ciclos
dos Negócios, lapidando-a a partir dos conceitos de: inovação, revoluções técnicas,
setor líder da economia, novas firmas, novas formas organizacionais, mudanças
institucionais, oceano competitivo, destruição criativa, racionalização do trabalho
(PIRES, 1996).
16
Segundo (CAMPANARIO, 2002) as abordagens tradicionais incorporam importantes
contribuições para o entendimento da tecnologia como fator que interfere na
estrutura dos mercados. Uma representação dessa contribuição pode ser
visualizada através do Fluxo Circular da Renda, representado no diagrama a seguir.
Figura 1 – Fluxo Circular da Renda
Fonte: CAMPANARIO, MILTON DE ABREU. Tecnologia, Inovação e Sociedade. [S.I]: 2002.
Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/milton.htm. Acesso em 22/04/2006
Por esse esquema analítico, os mercados de bens e serviços e de fatores de
produção caminham para um equilíbrio de fluxos de recursos, com padrões pré-
definidos de consumo, gastos de governo, alocação de recursos ou fatores
produtivos e tecnologia. Esse fluxo é um padrão não dinâmico de produção e
distribuição da renda. Não existem incertezas ou riscos, estando o comportamento
dos agentes rotinizado. Schumpeter denomina esses fluxos de norma. A inovação
17
tecnológica é uma quebra dessa norma, pois ela interfere na dinâmica de geração
de renda das empresas, afetando diretamente a estrutura dos processos produtivos,
a rentabilidade das operações e a aceitabilidade de produtos pelo mercado. A rigor
essa norma é quebrada pela importância que o empresário deposita na inovação
tecnológica como meio de atingir maiores ganhos em seu empreendimento.
Ainda de acordo com (CAMPANARIO, 2002) as inovações geram fenômenos
dinâmicos na economia, tanto nos seus aspectos macro quanto microeconômicos.
No plano macroeconômico, as inovações para serem efetivadas demandam a
aplicação de recursos para investimentos produtivos. A implementação de novos
processos de produção exige a realização de investimentos na esfera da produção.
Portanto, uma nova onda de inovações gera uma onda de investimentos em
tecnologia que ocorrem ao longo do tempo. Também é verdade que esse
comportamento dos investimentos tecnológicos não é linear, mas sim oscilante,
embora haja uma tendência de crescimento no longo prazo.
Schumpeter, considerado o pai da inovação, a categorizava como a “introdução de
um novo produto ou um novo método de produção; a abertura de um novo mercado;
a descoberta ou conquista de uma nova fonte de matéria-prima ou a introdução de
uma nova estrutura de mercado” (apud BERNARDES; ALMEIDA, 1999). O que se
observa é que existem duas ramificações: área mercadológica – foco do usuário – e
área produtiva – novidades nos processos, produtos e serviços.
O que parece ser consenso é que inovação é a inserção de um novo produto,
serviço ou processo no mercado, independente da inserção de tecnologia. (KIM E
18
NELSON, 2005) argumentam que a inovação é uma “atividade precursora,
originalmente enraizada nas competências internas da empresa, para desenvolver e
introduzir um novo produto no mercado pela primeira vez”. É uma realização original
de natureza econômica, um termo que ainda está em transição para a consolidação.
19
4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E
CRÍTICAS A TEORIA DE SCHUMPETER
Para (MARTÍNEZ E ALBORNOZ, 1998) difusão tecnológica é o processo de
propagação de uma inovação técnica entre usuários potenciais (adoção de uma
nova técnica) e seu melhoramento e adaptação contínua. Os processos de inovação
e difusão, particularmente de novas tecnologias, são interdependentes e se
determinam simultaneamente estimulados pela interação de usuário e produtor.
(ROGERS, 1995) afirma que difusionismo tecnológico é o processo pelo qual uma
inovação é comunicada através de certos canais ao longo do tempo entre os
membros de um sistema social. É um tipo especial de comunicação, em que as
mensagens são relacionadas a novas idéias.
De acordo com (WIKIPEDIA, 2006) difusionismo é a teoria que trata do
desenvolvimento de culturas e tecnologias, particularmente na história antiga. A
teoria sustenta que uma determinada inovação foi iniciada numa cultura específica,
para só então ser difundida de várias maneiras a partir desse ponto inicial.
No difusionismo, presume-se que uma inovação maior (como por exemplo, a
invenção da roda) foi criada num tempo e local particular para então ser passada
para populações vizinhas através de imitação, negociação, conquista militar ou
outras maneiras. Dessa forma, a inovação irradia lentamente de seu ponto de
partida.
20
O conceito de inovação tecnológica e difusionismo tecnológico são sinônimos. Sua
importância e relevância podem ser amplamente observadas por meio de pesquisas
e desenvolvimento.
(MEIER & BALDWIN, 1968) e (BARAN & SWEEZY, 1966) criticam o fato de
Schumpeter considerar as inovações como a principal causa das crises. (MEIER &
BALDWIN, 1968) consideram a explicação de Schumpeter inadequada e
argumentam que nos últimos anos têm ocorrido inovações que, quantitativamente,
talvez tenham sido mais importantes do que as inovações que, ocorreram nos
últimos 200 anos, e que parecem ter contribuído para a formação do pensamento
Schumpeteriano. No entanto, o impacto econômico foi bem menor, porque as
empresas modernas são bem maiores e subdivididas em várias unidades
econômicas que conseguem assim amortecer os efeitos destruidores da inovação.
Para (FURTADO, 1961) a teoria de Schumpeter seria mais uma teoria do lucro do
que uma explicação do progresso econômico. Schumpeter ao afirmar que o
crescimento é gradual enquanto que o desenvolvimento se faz por saltos, dá uma
idéia um pouco vaga do desenvolvimento. É mais uma teoria do lucro porque explica
que o mesmo aparece no deslocamento do sistema de um plano para o outro
através das inovações. Por outro lado, não é muito claro o conceito de "novas
combinações ou inovações", uma vez que considera uma situação de monopólio
como uma "nova combinação". Portanto, não é um conceito envolvendo
necessariamente a idéia de redução de custos, aumento de produtividade, inovação
tecnológica, etc.
21
(BARAW & SWEEZY, 1966) também afirmam que no capitalismo monopolista existe
pouco da "destruição criadora" de Schumpeter: "... no capitalismo monopolista o
ritmo pelo qual as novas técnicas substituirão as velhas será mais lento do que a
teoria econômica tradicional nos leva a supor... Há muito pouco da destruição
criadora" que Schumpeter considera a principal força dinâmica da economia
capitalista".
22
5. O PAPEL DE P&D E FUTURO
(WIKIPEDIA, 2006) define que a frase pesquisa e desenvolvimento (ou P&D) têm
um significado comercial importante que é independente da associação tradicional
com pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Em geral, atividades de P&D são
conduzidas por unidades especializadas ou centros de pesquisa de empresas,
universidades ou agências do Estado.
No âmbito comercial, "pesquisa e desenvolvimento" normalmente se referem a
atividades de longo prazo e/ou orientadas ao futuro, relacionadas à ciência ou
tecnologia, usando técnicas similares ao método científico sem que haja resultados
pré-determinados, mas com previsões gerais de algum benefício comercial
(WIKIPEDIA, 2006).
O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais
importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a
forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e
desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação.
Segundo (SHIMIZU, 2006) o ministro Luiz Fernando Furlan afirma que a inovação
tecnológica é o caminho para chegar ao mercado mundial e as empresas que
decidirem investir seus esforços nesse caminho terão forte apoio do BNDES.
23
De acordo com o BNDES, as políticas operacionais foram definidas com base nas
diretrizes estabelecidas pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior.
Lançada pelo MDIC em março de 2004, trata-se de um plano de ação para
aumentar a eficiência da estrutura produtiva, incrementar a capacidade de inovação
das empresas brasileiras e expandir as exportações (SHIMIZU, 2006).
Na afirmação da tendência de alta do movimento de apoio a P&D, no ano de 2005,
foi lançada a Iniciativa Nacional para Inovação (INI) pelo governo brasileiro.
De acordo com (SANTOS, 2005) O objetivo do novo mecanismo é fortalecer a
interação entre as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a
indústria, a partir de um planejamento de longo prazo que mobilize a sociedade em
prol do avanço industrial e tecnológico do país.
A Iniciativa Nacional para Inovação visa estruturar um sistema articulado de
inovação, integrando os atores das esferas públicas e privada em torno de políticas
capazes de promover a melhoria do patamar competitivo da indústria brasileira.
A INI foi criada nos moldes da National Innovation Iniciative (Innovate América),
criada pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, e da iniciativa de
inovação da União Européia.
Com o incentivo do governo federal, algumas leis que apóiam a inovação
tecnológica foram sancionadas.
24
(INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) cita a afirmação do Presidente da Republica
Luiz Ignácio Lula da Silva referente ao desenvolvimento das Ciências e Tecnologia.
"Certamente, o Brasil será outro daqui para frente, sobretudo na área de
Ciência e Tecnologia. A inovação é a palavra-chave dos nossos tempos".
Ainda de acordo com (INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) houve também o
comentário do Ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
"A Lei da Inovação passa a vigorar em um contexto de desafios e de
esperanças. Com ela, avançam a ciência, a tecnologia e a inovação
brasileira. E o governo cumpre, mais uma vez, o seu compromisso de
mudar esse País, na perspectiva de suas maiorias excluídas e da
construção de um desenvolvimento soberano, com justiça social", declarou.
O aumento da preocupação com a Pesquisa e Desenvolvimento a fim de promover a
Inovação, também é observada como uma tendência mundial. Em 2005, a ONU
reuniu-se em uma Conferência para discutir sobre o relatório denominado
"Investindo no Desenvolvimento: Um Plano Prático para Atingir os Objetivos de
Desenvolvimento Millennium".
Segundo (BIOETHICS, 2005) o relatório apresentado recomenda aos países que:
• Criar e ampliar instituições de aconselhamento em ciência e tecnologia em
níveis nacionais e internacionais;
• Utilizar instituições avançadas de ensino, como as universidades, diretamente
a serviço do desenvolvimento da comunidade;
• Reforçar os programas nacionais que tenham por objetivo promover o
desenvolvimento de negócios;
25
• Criar projetos de infra-estrutura como uma forma de promover a inovação
tecnológica;
26
CONCLUSÃO
Neste trabalho, observamos que a teoria do Desenvolvimento Econômico, criada por
Joseph Schumpeter, consiste na observação de que longas ondas dos ciclos do
desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de
inovações, criando um setor líder na economia, ou um novo paradigma, passando a
impulsionar o crescimento rápido dessa.
As observações de longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo
resultam da conjugação ou da combinação de inovações, surgindo então o conceito
de inovação tecnológica.
Conclui-se, portanto que o economista Joseph Schumpeter foi um pioneiro na
definição das teorias de desenvolvimento econômico e no conceito de inovação
tecnológica. Graças a sua moderna contribuição, uma tendência de alta em
pesquisas e desenvolvimento foi iniciada.
O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais
importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a
forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e
desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação.
27
Ações de incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento já estão sendo tomadas por parte
de governos e da ONU (Organização das Nações Unidas) contribuindo assim para o
alcanço da Inovação como um todo.
28
REFERÊNCIAS
BARAN, Paul A. & SWEEZY, Paul M. Capitalismo monopolista. Rio de Janeiro,
1966.
BERNARDES, R.; ALMEIDA, E. S. de. Nova função empresarial na coordenação
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010175050114.
Acesso em 24/04/2006.
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http://www.dgz.org.br/fev06/Ind_rec.htm. Acesso em 03/04/2006.
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29
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30
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1998.
SCHUMPETER, Joseph. Empresários, Inovação, Ciclos de Ensaios. 1 ed. Celta
Editora, 1997.
SCHUMPETER, Joseph. Business Cycles. 1 ed. Porcupine Press, 1989.
SCHUMPETER, Joseph. Diez Grandes Economistas - De Marx a Keynes. 1 ed.
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SHIMIZU, HEITOR. Inovação Tecnológica como prioridade nº 1. [S.I]: 2006.
Disponível em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?
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TERRA EDUCAÇÃO. As teorias da crise econômica. [S.I]: 2005. Disponível em
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/crise_economia5.htm. Acesso em
12/04/2006.
UNIFAE INTELLIGENTIA. Joseph Alois Schumpeter. [S.I]: 2003. Disponível em
http://www.fae.edu/intelligentia/pensadores/schumpeter.asp. Acesso em 12/04/2006.
WIKIPEDIA. Joseph Alois Schumpeter. [S.I]: 2006. Disponível em
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WIKIPEDIA. Difusionismo. [S.I]: 2006. Disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Difusionismo. Acesso em 22/04/2006.
WIKIPEDIA. Pesquisa e Desenvolvimento. [S.I]: 2006. Disponível em
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Joseph Schumpeter e a inovação tecnológica

  • 1. FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO JULIANA MARIA LOPES ADRIANO CODONHO FABIO ROBERTO PIERRE FERNANDO DELAGO MARCOS ANTONIO LINS MILTON TERRA JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO São Paulo
  • 2. 2 2006 JULIANA MARIA LOPES ADRIANO CODONHO FABIO ROBERTO PIERRE FERNANDO DELAGO MARCOS ANTONIO LINS MILTON TERRA JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de pós- graduação Lato Sensu no Curso de Gestão de Tecnologia da Informação. São Paulo
  • 3. 3 2006 JULIANA MARIA LOPES ADRIANO CODONHO FABIO ROBERTO PIERRE FERNANDO DELAGO MARCOS ANTONIO LINS MILTON TERRA JOSEPH SCHUMPETER: INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de pós- graduação Lato Sensu no Curso de Gestão de Tecnologia da Informação. BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________
  • 4. 4 Prof.(o ) Gutenberg de Araújo Silveira RESUMO Este trabalho procura realizar uma revisão da teoria de Schumpeter destacando as principais contribuições desse autor à teoria econômica, mostrando sua visão de desenvolvimento econômico notadamente para análise do processo de inovação tecnológica. Em seguida, apresenta a importância da difusão tecnológica e o papel da P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e outras atividades tecnológicas para concepção da inovação e reciclagem de idéias. Na finalização deste ensaio, é comentado como a teoria de Schumpeter ainda influência a economia mundial e críticas de economistas tradicionais. É também feita uma prévia do destino do capitalismo sob o olhar schumpeteriano. Palavras-chave: Joseph Schumpeter; Desenvolvimento Tecnológico; Inovação Tecnológica.
  • 5. 5 ABSTRACT This work wants to carry out a revision of Schumpeter's Theory, detaching the main contributions of this author to economic theory, showing your vision of economic development for analysis of technological innovation process. After that, this presents the importance of technological diffusion and the role of the R&D (Research & Development) and other technological activities for innovation conception and recycling of ideas. At the finishing of this attempt, it's commented how the Schumpeter's Theory still matters the world-wide economy and critical of traditional economists. Also, it’s make a previous of the destination capitalism under look of Schumpeterism. Key-words: Joseph Schumpeter; Technological Development; Technological Innovation.
  • 6. 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Fluxo Circular da Renda .......................................................................... 16
  • 7. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 1. BIOGRAFIA 09 2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 12 3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 15 4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E CRITICAS A TEORIA DE SCHUMPETER 19 5. O PAPEL DE P&D E FUTURO 22 CONCLUSÃO 26 REFERÊNCIAS 28
  • 8. 8 INTRODUÇÃO Neste trabalho, observaremos as contribuições do economista Joseph Schumpeter à sociedade contemporânea com sua teoria de Desenvolvimento Econômico e o conceito de inovação tecnológica. Também, serão ressaltadas a importância da Inovação Tecnológica no modelo econômico atual e formas de obtenção da mesma por meio de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Neste ensaio, foram incluídas diversas visões e criticas de economistas e autores sobre Schumpeter. A visão do futuro de acordo com as organizações e governos é apresentada neste, como forma de apoio a futuros investimentos em Inovação. Este trabalho visa contribuir com uma explicação de como poderá ser obtida a Inovação Tecnológica por meio de Pesquisas e Desenvolvimento por meio da visão Schumpeteriana. Para a elaboração do mesmo foram utilizados conceitos teóricos obtidos por pesquisas bibliográficas a diversos autores e a própria obra de Joseph Schumpeter.
  • 9. 9 DESENVOLVIMENTO 1. BIOGRAFIA Segundo (WIKIPEDIA, 2006) Joseph Alois Schumpeter foi um dos mais importantes economistas do século XX. Nasceu na cidade de Triesch, em 1883, no mesmo ano da morte de Karl Marx e do nascimento de John Maynard Keynes. Começou a lecionar antropologia em 1909 na Universidade de Czernovitz (hoje na Ucrânia) e, três anos mais tarde, na Universidade de Graz. Em março de 1919, assumiu o posto de Ministro das Finanças da República Austríaca, permanecendo por poucos meses nesta função. Em seguida, assumiu a presidência de um banco privado, o Bidermannbank de Viena, que faliu em 1924. A experiência custou a Schumpeter toda a sua fortuna pessoal e deixou-o endividado por alguns anos. Depois desta passagem desastrosa pela administração pública e pelo setor privado, decidiu voltar a lecionar, desta vez na Universidade de Bonn, Alemanha, de 1925 a 1932. Com a ascensão do Nazismo, teve que deixar a Europa, e assim sendo, viajou pelos Estados Unidos e pelo Japão, mudando-se, em 1932, para Cambridge (Massachusetts, EUA), onde assumiu uma posição docente na Universidade de Harvard. Permaneceu ali até sua morte em 08/01/1950.
  • 10. 10 De acordo com (NET SABER, 2006) Schumpeter é uma das figuras mais destacadas da teoria econômica moderna. Depois de estudar Direito em Viena (1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Internacional do Cairo. Em 1909, graduou-se em Viena com um estudo sobre a metodologia sistemática da ciência econômica. Ficou famoso em 1912 com a sua "teoria do desenvolvimento econômico". Schumpeter considerava que as crises conjunturais não obedeciam apenas a fatores externos (guerras, más colheitas), mas estavam igualmente relacionadas com a atividade empresarial, com o sistema de créditos e com a tecnologia que, em sua opinião, eram causas diretas do desenvolvimento econômico. Após ser professor em Graz, entre 1919 e 1920, foi ministro das Finanças da Áustria. De 1925 até 1932, quando emigrou para os Estados Unidos, ministrou aulas em Bonn e, a partir de 1932, na Universidade de Harvard. Em seus escritos Sobre as Formas Econômicas e Sociais do Capitalismo, Os Ciclos Econômicos (1939) e Capitalismo, Socialismo e Democracia (1934), prognosticou a transição em longo prazo para um socialismo marxista não-dogmático, por força da crescente monopolização, que acabaria por debilitar a capacidade de inovação das empresas. Deixou inacabada a sua obra História da Análise Econômica. Apesar de Schumpeter ter encorajado alguns jovens economistas matemáticos, e ter sido presidente-fundador da Sociedade de Econometria (1933), ele não foi um matemático, mas um economista que sempre foi um entusiasta da integração da Sociologia como uma forma de entendimento de suas teorias econômicas. Das correntes de pensamentos atuais é discutido que as idéias de Schumpeter sobre ciclos econômicos e desenvolvimento econômico não podiam ser assimiladas com a
  • 11. 11 matemática de seu tempo - elas precisam de uma linguagem de sistemas dinâmicos não-lineares para serem parcialmente formalizadas. Suas principais obras foram: • A natureza e a essência da economia política (Das Wesen und der Hauptinhalt der Nationaloekonomie), de 1908; • Teoria do desenvolvimento econômico (Die Theorie der Wirschaftlichen Entwicklung), de 1911; • Ciclos econômicos (Business cycles), de 1939; • Capitalismo, socialismo e democracia (Capitalism, socialism and democracy), de 1942; • História da análise econômica (History of economic analysis), publicado postumamente em 1954. Schumpeter esteve em Harvard durante o período da "grande depressão" de 1930 a 1940, quando Samuelson, Tobin, Tsuru, Heilbroner, Bergson e Metzler, foram seus alunos.
  • 12. 12 2. A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO A teoria do Desenvolvimento Econômico consiste na observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia. (SCHUMPETER, 1984) define que o impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria. (SCHUMPETER, 1984) ainda complementa que a abertura de novos mercados — estrangeiros ou domésticos — e o desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados ilustram o mesmo processo de mutação industrial que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova. Esse processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo. É nisso que consiste o capitalismo, é assim que têm de viver todas as empresas capitalistas. Para Schumpeter, o capitalismo desenvolvia-se em razão de sempre estimular o surgimento dos empreendedores, isto é, de capitalista ou inventores extremamente criativos - os inovadores - que eram os responsáveis por todas as ondas de prosperidade que o sistema conhecia.
  • 13. 13 O pensamento econômico de Schumpeter parece ter sido bastante influenciado por Marx e pelas descobertas que marcaram época na história econômica. O fato de ter sido o primeiro neoclássico a tentar uma explicação para o processo da variação econômica, distingue-o dos demais economistas da época. Por essas formulações revolucionárias, o pensamento schumpeteriano tem uma enorme visão contemporânea. Na formulação de sua teoria, Schumpeter discorda dos economistas tradicionais, onde desses consideram apenas as determinantes imediatas da produção de uma economia. Para os pensadores econômicos da época, o nível tecnológico, a quantidade e qualidade da força de trabalho, a quantidade e composição do estoque de capitais e a natureza das condições dos recursos naturais são os quatro pilares de suporte ao desenvolvimento econômico. Conseqüentemente se pensava que o ritmo de desenvolvimento depende do grau de utilização e de taxa de aumento desses vários tipos de fatores produtivos. Esta conclusão, porem, acarretou algumas dificuldades como, por exemplo, o problema da quantificação de muitas características dos fatores produtivos, considerados relevantes no processo de produção. Essa dificuldade aumenta ao se tentar determinar as causas das variações entre os diferentes fatores produtivos.
  • 14. 14 Segundo (MORICOCHI, 1994) Schumpeter caracteriza o processo de produção como uma combinação de forças produtivas que incluem coisas em parte materiais e imateriais. No nível material, têm-se os fatores originais da produção, isto é, terra e trabalho de onde procedem todos os bens. As forças imateriais seriam "fatos técnicos" e "fatos de organização social" ou meio ambiente sócio-cultural. Mais especificamente, o meio ambiente sócio-cultural representaria todo o complexo social, cultural e institucional da sociedade do ponto de vista econômico, esse "meio ambiente" especifica as regras dos jogos institucionais que devem ser observadas na alocação e distribuição. “Isso indica, por exemplo, se a economia é principalmente competitiva ou monopolista, capitalista ou socialista”. Ainda Segundo (MORICOCHI, 1994) para Schumpeter esses cinco fatores não teriam os mesmos efeitos sobre a produção: os três primeiros termos seriam para Schumpeter os "componentes de crescimento" que apresentam não somente uma variação contínua no sentido matemático como também que essa variação ocorre a uma taxa que se modifica lentamente. Os dois últimos fatores, S e U, são os "componentes de desenvolvimento" que são responsáveis pelos "saltos" e "repentes" que se verificam no sistema econômico, sendo, portanto, os fatores mais importantes na concepção Schumpeteriana de desenvolvimento econômico.
  • 15. 15 3. SURGIMENTO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A Teoria da Inovação vincula-se, enquanto legado teórico, a Joseph Schumpeter. Foi dele a observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia (KLEINKNECHT, 1990). Segundo ele, os investimentos nas novas combinações de produtos e processos produtivos de uma empresa repercutem diretamente em seu desempenho financeiro, de modo que o moderno empresário capitalista deve ocupar ao mesmo tempo um papel de liderança econômica e tecnológica. O comportamento empreendedor, com a introdução e a ampliação de inovações tecnológicas e organizacionais nas empresas, constitui um fator essencial para as transformações na esfera econômica e seu desenvolvimento no longo prazo (SCHUMPETER, 1982). Em 1936, Schumpeter, além de refinar e aprofundar a Teoria do Investimento do Capital de Kondratieff (HALL, 1985), analisou a depressão de 1930, baseando-se nas depressões ocorridas em 1825 e 1873, e formulou uma Teoria sobre os Ciclos dos Negócios, lapidando-a a partir dos conceitos de: inovação, revoluções técnicas, setor líder da economia, novas firmas, novas formas organizacionais, mudanças institucionais, oceano competitivo, destruição criativa, racionalização do trabalho (PIRES, 1996).
  • 16. 16 Segundo (CAMPANARIO, 2002) as abordagens tradicionais incorporam importantes contribuições para o entendimento da tecnologia como fator que interfere na estrutura dos mercados. Uma representação dessa contribuição pode ser visualizada através do Fluxo Circular da Renda, representado no diagrama a seguir. Figura 1 – Fluxo Circular da Renda Fonte: CAMPANARIO, MILTON DE ABREU. Tecnologia, Inovação e Sociedade. [S.I]: 2002. Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/milton.htm. Acesso em 22/04/2006 Por esse esquema analítico, os mercados de bens e serviços e de fatores de produção caminham para um equilíbrio de fluxos de recursos, com padrões pré- definidos de consumo, gastos de governo, alocação de recursos ou fatores produtivos e tecnologia. Esse fluxo é um padrão não dinâmico de produção e distribuição da renda. Não existem incertezas ou riscos, estando o comportamento dos agentes rotinizado. Schumpeter denomina esses fluxos de norma. A inovação
  • 17. 17 tecnológica é uma quebra dessa norma, pois ela interfere na dinâmica de geração de renda das empresas, afetando diretamente a estrutura dos processos produtivos, a rentabilidade das operações e a aceitabilidade de produtos pelo mercado. A rigor essa norma é quebrada pela importância que o empresário deposita na inovação tecnológica como meio de atingir maiores ganhos em seu empreendimento. Ainda de acordo com (CAMPANARIO, 2002) as inovações geram fenômenos dinâmicos na economia, tanto nos seus aspectos macro quanto microeconômicos. No plano macroeconômico, as inovações para serem efetivadas demandam a aplicação de recursos para investimentos produtivos. A implementação de novos processos de produção exige a realização de investimentos na esfera da produção. Portanto, uma nova onda de inovações gera uma onda de investimentos em tecnologia que ocorrem ao longo do tempo. Também é verdade que esse comportamento dos investimentos tecnológicos não é linear, mas sim oscilante, embora haja uma tendência de crescimento no longo prazo. Schumpeter, considerado o pai da inovação, a categorizava como a “introdução de um novo produto ou um novo método de produção; a abertura de um novo mercado; a descoberta ou conquista de uma nova fonte de matéria-prima ou a introdução de uma nova estrutura de mercado” (apud BERNARDES; ALMEIDA, 1999). O que se observa é que existem duas ramificações: área mercadológica – foco do usuário – e área produtiva – novidades nos processos, produtos e serviços. O que parece ser consenso é que inovação é a inserção de um novo produto, serviço ou processo no mercado, independente da inserção de tecnologia. (KIM E
  • 18. 18 NELSON, 2005) argumentam que a inovação é uma “atividade precursora, originalmente enraizada nas competências internas da empresa, para desenvolver e introduzir um novo produto no mercado pela primeira vez”. É uma realização original de natureza econômica, um termo que ainda está em transição para a consolidação.
  • 19. 19 4. A IMPORTÂNCIA DA DIFUSÃO TECNOLÓGICA E CRÍTICAS A TEORIA DE SCHUMPETER Para (MARTÍNEZ E ALBORNOZ, 1998) difusão tecnológica é o processo de propagação de uma inovação técnica entre usuários potenciais (adoção de uma nova técnica) e seu melhoramento e adaptação contínua. Os processos de inovação e difusão, particularmente de novas tecnologias, são interdependentes e se determinam simultaneamente estimulados pela interação de usuário e produtor. (ROGERS, 1995) afirma que difusionismo tecnológico é o processo pelo qual uma inovação é comunicada através de certos canais ao longo do tempo entre os membros de um sistema social. É um tipo especial de comunicação, em que as mensagens são relacionadas a novas idéias. De acordo com (WIKIPEDIA, 2006) difusionismo é a teoria que trata do desenvolvimento de culturas e tecnologias, particularmente na história antiga. A teoria sustenta que uma determinada inovação foi iniciada numa cultura específica, para só então ser difundida de várias maneiras a partir desse ponto inicial. No difusionismo, presume-se que uma inovação maior (como por exemplo, a invenção da roda) foi criada num tempo e local particular para então ser passada para populações vizinhas através de imitação, negociação, conquista militar ou outras maneiras. Dessa forma, a inovação irradia lentamente de seu ponto de partida.
  • 20. 20 O conceito de inovação tecnológica e difusionismo tecnológico são sinônimos. Sua importância e relevância podem ser amplamente observadas por meio de pesquisas e desenvolvimento. (MEIER & BALDWIN, 1968) e (BARAN & SWEEZY, 1966) criticam o fato de Schumpeter considerar as inovações como a principal causa das crises. (MEIER & BALDWIN, 1968) consideram a explicação de Schumpeter inadequada e argumentam que nos últimos anos têm ocorrido inovações que, quantitativamente, talvez tenham sido mais importantes do que as inovações que, ocorreram nos últimos 200 anos, e que parecem ter contribuído para a formação do pensamento Schumpeteriano. No entanto, o impacto econômico foi bem menor, porque as empresas modernas são bem maiores e subdivididas em várias unidades econômicas que conseguem assim amortecer os efeitos destruidores da inovação. Para (FURTADO, 1961) a teoria de Schumpeter seria mais uma teoria do lucro do que uma explicação do progresso econômico. Schumpeter ao afirmar que o crescimento é gradual enquanto que o desenvolvimento se faz por saltos, dá uma idéia um pouco vaga do desenvolvimento. É mais uma teoria do lucro porque explica que o mesmo aparece no deslocamento do sistema de um plano para o outro através das inovações. Por outro lado, não é muito claro o conceito de "novas combinações ou inovações", uma vez que considera uma situação de monopólio como uma "nova combinação". Portanto, não é um conceito envolvendo necessariamente a idéia de redução de custos, aumento de produtividade, inovação tecnológica, etc.
  • 21. 21 (BARAW & SWEEZY, 1966) também afirmam que no capitalismo monopolista existe pouco da "destruição criadora" de Schumpeter: "... no capitalismo monopolista o ritmo pelo qual as novas técnicas substituirão as velhas será mais lento do que a teoria econômica tradicional nos leva a supor... Há muito pouco da destruição criadora" que Schumpeter considera a principal força dinâmica da economia capitalista".
  • 22. 22 5. O PAPEL DE P&D E FUTURO (WIKIPEDIA, 2006) define que a frase pesquisa e desenvolvimento (ou P&D) têm um significado comercial importante que é independente da associação tradicional com pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Em geral, atividades de P&D são conduzidas por unidades especializadas ou centros de pesquisa de empresas, universidades ou agências do Estado. No âmbito comercial, "pesquisa e desenvolvimento" normalmente se referem a atividades de longo prazo e/ou orientadas ao futuro, relacionadas à ciência ou tecnologia, usando técnicas similares ao método científico sem que haja resultados pré-determinados, mas com previsões gerais de algum benefício comercial (WIKIPEDIA, 2006). O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação. Segundo (SHIMIZU, 2006) o ministro Luiz Fernando Furlan afirma que a inovação tecnológica é o caminho para chegar ao mercado mundial e as empresas que decidirem investir seus esforços nesse caminho terão forte apoio do BNDES.
  • 23. 23 De acordo com o BNDES, as políticas operacionais foram definidas com base nas diretrizes estabelecidas pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Lançada pelo MDIC em março de 2004, trata-se de um plano de ação para aumentar a eficiência da estrutura produtiva, incrementar a capacidade de inovação das empresas brasileiras e expandir as exportações (SHIMIZU, 2006). Na afirmação da tendência de alta do movimento de apoio a P&D, no ano de 2005, foi lançada a Iniciativa Nacional para Inovação (INI) pelo governo brasileiro. De acordo com (SANTOS, 2005) O objetivo do novo mecanismo é fortalecer a interação entre as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a indústria, a partir de um planejamento de longo prazo que mobilize a sociedade em prol do avanço industrial e tecnológico do país. A Iniciativa Nacional para Inovação visa estruturar um sistema articulado de inovação, integrando os atores das esferas públicas e privada em torno de políticas capazes de promover a melhoria do patamar competitivo da indústria brasileira. A INI foi criada nos moldes da National Innovation Iniciative (Innovate América), criada pelo Conselho de Competitividade dos Estados Unidos, e da iniciativa de inovação da União Européia. Com o incentivo do governo federal, algumas leis que apóiam a inovação tecnológica foram sancionadas.
  • 24. 24 (INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) cita a afirmação do Presidente da Republica Luiz Ignácio Lula da Silva referente ao desenvolvimento das Ciências e Tecnologia. "Certamente, o Brasil será outro daqui para frente, sobretudo na área de Ciência e Tecnologia. A inovação é a palavra-chave dos nossos tempos". Ainda de acordo com (INOVAÇÃO TECNOLOGICA, 2004) houve também o comentário do Ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. "A Lei da Inovação passa a vigorar em um contexto de desafios e de esperanças. Com ela, avançam a ciência, a tecnologia e a inovação brasileira. E o governo cumpre, mais uma vez, o seu compromisso de mudar esse País, na perspectiva de suas maiorias excluídas e da construção de um desenvolvimento soberano, com justiça social", declarou. O aumento da preocupação com a Pesquisa e Desenvolvimento a fim de promover a Inovação, também é observada como uma tendência mundial. Em 2005, a ONU reuniu-se em uma Conferência para discutir sobre o relatório denominado "Investindo no Desenvolvimento: Um Plano Prático para Atingir os Objetivos de Desenvolvimento Millennium". Segundo (BIOETHICS, 2005) o relatório apresentado recomenda aos países que: • Criar e ampliar instituições de aconselhamento em ciência e tecnologia em níveis nacionais e internacionais; • Utilizar instituições avançadas de ensino, como as universidades, diretamente a serviço do desenvolvimento da comunidade; • Reforçar os programas nacionais que tenham por objetivo promover o desenvolvimento de negócios;
  • 25. 25 • Criar projetos de infra-estrutura como uma forma de promover a inovação tecnológica;
  • 26. 26 CONCLUSÃO Neste trabalho, observamos que a teoria do Desenvolvimento Econômico, criada por Joseph Schumpeter, consiste na observação de que longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, criando um setor líder na economia, ou um novo paradigma, passando a impulsionar o crescimento rápido dessa. As observações de longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitalismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, surgindo então o conceito de inovação tecnológica. Conclui-se, portanto que o economista Joseph Schumpeter foi um pioneiro na definição das teorias de desenvolvimento econômico e no conceito de inovação tecnológica. Graças a sua moderna contribuição, uma tendência de alta em pesquisas e desenvolvimento foi iniciada. O papel da área de Pesquisa e Desenvolvimento a cada dia torna-se mais importante e já é tomado como um fator crítico de sucesso. Podemos perceber a forte tendência do mercado para investimentos futuros em pesquisa e desenvolvimento, o que conseqüentemente, promove a inovação.
  • 27. 27 Ações de incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento já estão sendo tomadas por parte de governos e da ONU (Organização das Nações Unidas) contribuindo assim para o alcanço da Inovação como um todo.
  • 28. 28 REFERÊNCIAS BARAN, Paul A. & SWEEZY, Paul M. Capitalismo monopolista. Rio de Janeiro, 1966. BERNARDES, R.; ALMEIDA, E. S. de. Nova função empresarial na coordenação de redes de inovação. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, Rio de Janeiro, 1999. BIOETHICS, JOINT CENTRE FOR. Ciência, Tecnologia e Inovação como motores do desenvolvimento. [S.I]: 2005. Disponível em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010175050114. Acesso em 24/04/2006. BRAGA, WILLIAM DIAS. Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico, Revista DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação. [S.I]: 2006. Disponível em: http://www.dgz.org.br/fev06/Ind_rec.htm. Acesso em 03/04/2006. CAMPANARIO, MILTON DE ABREU. Tecnologia, Inovação e Sociedade.[S.I]: 2002. Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/milton.htm. Acesso em 22/04/2006. FUCK, MARCOS PAULO. Investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. [S.I]: 2004. Disponível em: http://www.comciencia.br/resenhas/2004/08/resenha1.htm. Acesso em 15/02/2006. FURTADO, Celso. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro, 1961. HALL, Peter. The geography of the fifth Kondratieff. In: HALL, P. & MARKUSEN, A. (eds.) Silicon Landscapes. Boston, 1985. INOVAÇÃO TECNOLOGICA. Promulgada a Lei da Inovação Tecnológica. [S.I]: 2004. Disponível em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php? artigo=010175041203. Acesso em 24/04/2006. KLEINKNECHT, A. Are there Schumpeterian waves of innovations?. Cambridge Journal of Economics, 1990. KIM, L.; NELSON, R. R.. Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas, SP: UNICAMP, 2005. KURTZ, ROBERTO. O Torpor do Capitalismo. [S.I]: 1996. Disponível em: http://www.unicamp.br/nipe/fkurtz.htm. Acesso em 05/02/2006.
  • 29. 29 MARTÍNEZ, Eduardo & ALBORNOZ, Mário. Indicadores de ciência y tecnología: Estado del arte y perspectivas. Unesco, 1998. MEIER, Gerald M. & BALDWIN, Robert E. Desenvolvimento econômico: teoria histórica, política. São Paulo, 1968. MIRICOCHI, ROBERTO. Teoria do Desenvolvimento Econômico de Schumpeter: Uma Revisão Crítica. [S.I]: 1994. Disponível em ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/tec3- 0894.pdf. Acesso em 20/04/2006. NAIDITCH, SUZANA. Como se faz gente que faz?. [S.I]: 2004. Disponível em: http://www.incubadora-santos.com.br/empreendedorismo_integra.asp?codigo=26. Acesso em 13/04/2006. NET SABER. Joseph Alois Schumpeter. [S.I]: 2006. Disponível em http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia.php?c=1014. Acesso em 17/03/2006. NYQUIST, JEFFREY. O Colapso do Capitalismo.[S.I]: 2005. Disponível em http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3976. Acesso em 23/03/2006. PIRES, Hindenburgo F. "Ethos" e mitos do pensamento único globaltotalitário. São Paulo, 2001. PIRES, HINDENBURGO FRANCISCO. Inovação Tecnológica e Desenvolvimento da Cibercidade: O Advento da Cibercidade. [S.I]: 2003. Disponível em http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo13c.htm. Acesso em 14/03/2006. ROGERS, Everett M. Diffusion of innovations. 4 ed. New York: Free Press, 1995. SANTOS, FABIANA. Lançada Iniciativa Nacional para Inovação. [S.I]: 2006. Disponível em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php? artigo=010175051122. Acesso em 24/04/2006. SCHUMPETER, Joseph. Economic Doctrine and Method - An Historical Sketch. 1 ed. Routlegde-USA, 2003. SCHUMPETER, Joseph. ESSAYS – On Entrepreneurs, Innovations, Business. 1 ed. Transaction Pub, 1989. SCHUMPETER, Joseph. Capitalism, Socialism and Democracy. 1 ed. Harper USA, 1984. SCHUMPETER, Joseph; TAKATA, Yasuma; MORISHIMA, Michio. Pure or Power Economics ?. 1 ed. Macmillan UK, 1998. SCHUMPETER, Joseph. History of Economic Analysis. 1 ed. Routledge, 1994.
  • 30. 30 SCHUMPETER, Joseph; PERLMAN, Mark. Ten Great Economists. 1 ed. USA, 1998. SCHUMPETER, Joseph. Empresários, Inovação, Ciclos de Ensaios. 1 ed. Celta Editora, 1997. SCHUMPETER, Joseph. Business Cycles. 1 ed. Porcupine Press, 1989. SCHUMPETER, Joseph. Diez Grandes Economistas - De Marx a Keynes. 1 ed. Alianza, 1999. SHIMIZU, HEITOR. Inovação Tecnológica como prioridade nº 1. [S.I]: 2006. Disponível em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php? artigo=010175060216. Acesso em 24/04/2006. TERRA EDUCAÇÃO. As teorias da crise econômica. [S.I]: 2005. Disponível em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/crise_economia5.htm. Acesso em 12/04/2006. UNIFAE INTELLIGENTIA. Joseph Alois Schumpeter. [S.I]: 2003. Disponível em http://www.fae.edu/intelligentia/pensadores/schumpeter.asp. Acesso em 12/04/2006. WIKIPEDIA. Joseph Alois Schumpeter. [S.I]: 2006. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Schumpeter. Acesso em 12/04/2006. WIKIPEDIA. Difusionismo. [S.I]: 2006. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Difusionismo. Acesso em 22/04/2006. WIKIPEDIA. Pesquisa e Desenvolvimento. [S.I]: 2006. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa_e_Desenvolvimento. Acesso em 24/04/2006.