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Registos de
Língua
Cada emissor utiliza o
registo de língua segundo:
► a situação em que se encontra;
► o receptor da sua mensagem;
► a sua cultura;
► a sua idade.
- desvios semânticos e sintácticos
intencionados;
Registo Literário
Registo cuidado
(registo corrente,
linguagem padrão)
Registo familiar
Registo popular
- figuras de estilo;
- conotação;
- polissemia;
- a representação pela imagem;
- o aproveitamento significativo do ritmo e das
sonoridades;
- vocabulário rebuscado, concreto e abstracto;
- sintaxe de complexidade elaborada;
- frases sentenciosas;
- citações eruditas...; (..)
- vocabulário reduzido;
- sintaxe simplificada;
- expressões pitorescas;
- uso frequente de interjeições;
- dicção usual.
- vocabulário corrente, afectivo e pouco
abstracto;
- sintaxe simplificada, directa;
- frases curtas, inacabadas;
- interjeições, apartes frequentes, vocativos...;
- frases de tipo exclamativo e/ou interrogativo;
- expressões sugestivas;
- explicitação da intimidade; (…)
- vocabulário muito escasso e concreto;
- sintaxe descuidada;
- frases inacabadas; (...)
A gíria é uma variedade linguística própria de certos grupos
socioprofissionais.
Gíria
Calão
Regionalismos
Linguagens
socioprofissionais
È uma forma exagerada do uso familiar confinado a certos meios
sociais.
Pode considerar-se um caso particular de gíria. Apresenta-se
como reflexo de uma situação particular e marginalizada, com
utilização de palavras mais ou menos grosseiras.
Nos dicionários, designam-se como regionalismos os vocábulos e
expressões que se confinam a variantes regionais.
Alguns exemplos de regionalismos portugueses: morcão =
indivíduo bisonho; aigue = águia-real; abondar = ser suficiente; adua =
rebanho de animais de vários donos, pastagem comum, quinhão de
águas de rega.
É utilizada por aqueles que estão ligados a uma actividade
profissional ou cultural (médicos, marinheiros, operários
especializados, advogados, etc.). É uma linguagem caracterizada por
uma terminologia própria, precisa e exacta.
Identifica os registos de língua predominantes no excerto apresentado,
fazendo o levantamento das respectivas marcas.
"Apontou o armário e pediu que o
abríssemos. Bem para além do espanto,
se revelavam os vestidos envelhecidos
que meu pai lhe ofertara. Bastou, porém, a
brisa da porta se abrindo para que os
vestidos se desfizessem em pó e, como
cinzas, se enevoassem pelo chão. Apenas
os cabides balançavam, esqueletos sem
corpo.”
Mia Couto, "Inundação" in Pública, n°. 331
"Na quarta-feira passada, o
correspondente da Focus em Los
Angeles, Nuno Guerreiro, telefonou-me
para ler um curto telegrama da agência
de notícias UPI: um filme mexicano,
com estreia prevista para dias depois,
estava a causar um grande escândalo
no México, com a Igreja Católica
ameaçando boicote. (...) 'Sabes como se
chama o filme? El Crimen dei Padre
Amaro.”
In Focus, n° 149
"Era uma vez um rapaz que foi embarcar não sei agora para onde; chegou a uma
estalagem; perguntou se havia que comer; a dona da estalagem disse-lhe que não tinha
senão ovos cozidos e ele respondeu-lhe: «Pois ponha cá um vintém deles». Comeu os ovos;
deu-lhe um pinto para trocar; ela disse-lhe que não tinha troco: «Quando você por aqui
passar me pagará».
In Contos Populares Portugueses

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Registos de língua e suas marcas em diferentes contextos

  • 2. Cada emissor utiliza o registo de língua segundo: ► a situação em que se encontra; ► o receptor da sua mensagem; ► a sua cultura; ► a sua idade.
  • 3. - desvios semânticos e sintácticos intencionados; Registo Literário Registo cuidado (registo corrente, linguagem padrão) Registo familiar Registo popular - figuras de estilo; - conotação; - polissemia; - a representação pela imagem; - o aproveitamento significativo do ritmo e das sonoridades; - vocabulário rebuscado, concreto e abstracto; - sintaxe de complexidade elaborada; - frases sentenciosas; - citações eruditas...; (..) - vocabulário reduzido; - sintaxe simplificada; - expressões pitorescas; - uso frequente de interjeições; - dicção usual. - vocabulário corrente, afectivo e pouco abstracto; - sintaxe simplificada, directa; - frases curtas, inacabadas; - interjeições, apartes frequentes, vocativos...; - frases de tipo exclamativo e/ou interrogativo; - expressões sugestivas; - explicitação da intimidade; (…) - vocabulário muito escasso e concreto; - sintaxe descuidada; - frases inacabadas; (...)
  • 4. A gíria é uma variedade linguística própria de certos grupos socioprofissionais. Gíria Calão Regionalismos Linguagens socioprofissionais È uma forma exagerada do uso familiar confinado a certos meios sociais. Pode considerar-se um caso particular de gíria. Apresenta-se como reflexo de uma situação particular e marginalizada, com utilização de palavras mais ou menos grosseiras. Nos dicionários, designam-se como regionalismos os vocábulos e expressões que se confinam a variantes regionais. Alguns exemplos de regionalismos portugueses: morcão = indivíduo bisonho; aigue = águia-real; abondar = ser suficiente; adua = rebanho de animais de vários donos, pastagem comum, quinhão de águas de rega. É utilizada por aqueles que estão ligados a uma actividade profissional ou cultural (médicos, marinheiros, operários especializados, advogados, etc.). É uma linguagem caracterizada por uma terminologia própria, precisa e exacta.
  • 5. Identifica os registos de língua predominantes no excerto apresentado, fazendo o levantamento das respectivas marcas. "Apontou o armário e pediu que o abríssemos. Bem para além do espanto, se revelavam os vestidos envelhecidos que meu pai lhe ofertara. Bastou, porém, a brisa da porta se abrindo para que os vestidos se desfizessem em pó e, como cinzas, se enevoassem pelo chão. Apenas os cabides balançavam, esqueletos sem corpo.” Mia Couto, "Inundação" in Pública, n°. 331 "Na quarta-feira passada, o correspondente da Focus em Los Angeles, Nuno Guerreiro, telefonou-me para ler um curto telegrama da agência de notícias UPI: um filme mexicano, com estreia prevista para dias depois, estava a causar um grande escândalo no México, com a Igreja Católica ameaçando boicote. (...) 'Sabes como se chama o filme? El Crimen dei Padre Amaro.” In Focus, n° 149 "Era uma vez um rapaz que foi embarcar não sei agora para onde; chegou a uma estalagem; perguntou se havia que comer; a dona da estalagem disse-lhe que não tinha senão ovos cozidos e ele respondeu-lhe: «Pois ponha cá um vintém deles». Comeu os ovos; deu-lhe um pinto para trocar; ela disse-lhe que não tinha troco: «Quando você por aqui passar me pagará». In Contos Populares Portugueses