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VERSÃO PERSONA X VERSÃO ESPÍRITO
(Raciocínio X Contra-Raciocínio)
Nós, psicoterapeutas reencarnacionistas, trabalhando com
essa Terapia da Reforma Íntima, escutando as histórias de vida e
as infâncias das pessoas em nosso consultório, histórias
permeadas de mágoa, sentimento de rejeição, raiva, crítica, medo,
insegurança, etc., podemos afirmar que elas são as histórias que a
nossa persona criou, a visão que teve dela, a história como nós a
lemos quando éramos crianças, a história que continuamos a ler
quando já adolescentes, adultos ou velhos, são interpretações do
nosso Ego, a maneira limitada como nos vemos e como vemos os
outros, incluindo a nossa família e as demais pessoas que entram
ou passam pela nossa vida.
Explicando melhor: cada um de nós, desde criança, aprende
que é uma certa pessoa, de uma certa família, de um certo gênero
sexual, uma certa cor de pele, de uma lugar, em um país, etc., e
passa a vida inteira acreditando nisso, principalmente porque todas
as demais pessoas acreditam nisso também em relação a si, e em
todos os terapeutas que vamos, eles mesmos acreditam nisso a
seu respeito e então não têm dúvidas disso em relação a seus
pacientes.
Mas o que a quase totalidade das pessoas não percebe, ou
melhor, não recorda, mesmo as pessoas que acreditam na
Reencarnação, é que, se pensarem no tempo anterior a sua
fecundação, onde estavam, quem eram, lá em cima, no Plano
Astral, quando não eram uma pessoa, não eram de nenhuma
família, nenhum gênero sexual, não tinham cor de pele (aliás nem
tinham pele...), não eram de um certo lugar, um certo país, etc., ou
seja, se todos nós pensarmos onde estávamos há 1 ano antes da
nossa fecundação, recordaremos que éramos um Espírito, no
Mundo Espiritual, no chamado período inter-vidas, vindo da nossa
encarnação anterior a essa, nos preparando para retornarmos para
a Terra, encarnarmos novamente, para continuar o nosso caminho
kármico de retorno à Luz, à Perfeição, ao Um, ao Todo.
E se não éramos nada do que pensamos que somos, como
nos conhecemos e vemos, e como conhecemos e vemos os outros,
o raciocínio conseqüente é de que estamos imersos no que os
orientais chamam de Maya, a Ilusão. O que é isso? Significa que
tudo é real, mas é temporário, é tudo verdadeiro mas passageiro,
parece permanente mas é impermanente. Ora, se é temporário, se
é passageiro, se é impermanente, então não pode ser realmente
real e verdadeiro e então é, podemos dizer, uma realidade ilusória
ou uma ilusão aparentemente verdadeira.
Todas as pessoas que acreditam na Reencarnação sabem
disso mas não lembram com a intensidade e a freqüência que o
assunto merece. E por que esse assunto merece um estudo mais
aprofundado e uma atenção mais redobrada do que comumente se
dá a ele? Porque aí está o que chamamos em Psicoterapia
Reencarnacionista de Raciocínio X Contra-Raciocínio, ou seja, o
raciocínio não-reencarnacionista a nosso respeito, da nossa vida,
da nossa infância, e das demais pessoas que fazem parte disso,
incluindo a nossa família de origem e as demais pessoas que
entram na história, e o raciocínio reencarnacionista disso tudo,
totalmente oposto em sua visão e abordagem, em sua interpretação
e resultado.
Vamos, então, explicar melhor: uma pessoa vem à 1ª consulta
para iniciar um tratamento de Psicoterapia Reencarnacionista, que
consta de consultas e sessões de regressão, que tem a finalidade
de ajudar as pessoas a saberem para o que reencarnaram, qual a
sua proposta de Reforma Íntima, e como realmente aproveitarmos
essa encarnação nesse sentido, que nos trará mais evolução
espiritual, e a agradabilíssima sensação de dever cumprido após
desencarnarmos e retornarmos para Casa. Essa pessoa nos fala de
si, da sua vida, vai nos contando o que lhe incomoda, os seus
conflitos, freqüentemente relata a sua infância, e nós vamos
escutando a sua história que é o que chamamos de “A história
ilusória de uma persona”. Ela não está nos contando a versão
verdadeira da história, está relatando como leu a sua infância, como
a entendeu, como lê a sua vida atual, como vê as pessoas, como
sente e interpreta tudo isso, e geralmente o relato vem impregnado
de mágoa, de sentimentos de rejeição, de raiva, etc.
Com bastante freqüência, essa pessoa já consultou outros
profissionais, já contou essa história muitas vezes tanto para eles
como para pessoas amigas, para familiares, e todos escutam e
analisam a sua história exatamente da mesma maneira que ela:
como algo real e verdadeiro.
Mas é ilusório. Basta ir para 1 ano antes da sua fecundação, e
lembrar quem era, onde estava, por que o seu Espírito precisou
dessa infância, necessitou dessa família, por que pediu esse pai,
essa mãe, esses irmãos, ou ser filho(a) único(a), porque veio o(a)
mais velho(a), ou 2º(ª), ou 3º(ª), ou caçula, porque precisou vir
homem ou mulher, bonito(a) ou feio(a), branco(a) ou negro(a),
rico(a) ou pobre, etc. Isso já vai nos tirando do lugar de vítima e nos
colocando no lugar verdadeiro: o de co-criador de nossa infância e
de nossa vida.
Se todos nós fizermos esse exercício de imaginação, no
mínimo, começaremos a nos questionar a esse respeito, a nos
perguntar “Por quê?”, e a partir daí o nosso raciocínio, que até
agora era irrefutável e convicto, começará a questionar-se, a
desmanchar-se, e todas aquelas convicções tipo “Meu pai não
gostava de mim!” ou “Eu sou assim porque vim numa família muito
pobre, muitos filhos, passamos fome...”, permeadas de mágoa e
rejeição, dor e sofrimento, começarão a transformar-se no que
chamamos de Contra-Raciocínio. Ou seja, o raciocínio anterior,
não-reencarnacionista, criado pela persona em conjunto com as
demais personas, numa sociedade de personas, começará a dar
lugar a um novo raciocínio, reencarnacionista, baseado nos
questionamentos de “Por que o nosso Espírito “pediu” por isso?”.
Sempre lembrando que “pediu” significa “necessitou”.
Essa questão Raciocínio X Contra-Raciocínio é a Psicoterapia
Reencarnacionista, a Terapia da Reforma Íntima. Baseando-se na
Reencarnação, ela lida com as Leis Divinas que regem a nossa
encarnação e das demais pessoas que estão em nossa vida: A Lei
da Finalidade, a Lei da Necessidade e a Lei do Merecimento. A
finalidade é para que o nosso Espírito tem de passar por situações
desde a nossa vida gestacional, a necessidade é por que precisa
passar por isso e o merecimento é o que merece receber do Amor
Universal, que sempre está certo e justo, mesmo quando parece
errado e injusto.
A principal tarefa do psicoterapeuta reencarnacionista é ajudar
as pessoas que vêm realizar um tratamento, e acreditam na
Reencarnação, a libertarem-se da versão ilusória da história de sua
persona e iniciarem uma busca da visão verdadeira dela, a visão
espiritual. A primeira, que chamamos de “Raciocínio”, mantém as
pessoas atreladas aos seus sentimentos negativos, de uma
maneira tão forte, que torna-se praticamente impossível uma cura
verdadeira desses sentimentos. A segunda, que chamamos de
“Contra-Raciocínio”, vai fazendo com que, pela mudança da visão
da nossa infância, dos fatos lá ocorridos, da interpretação que
demos a ela quando éramos crianças, e que ainda mantemos em
nossa criança interior, vão diluindo-se os sentimentos negativos,
vão enfraquecendo de uma maneira tão segura e gentil, de um
modo tão profundo e regenerador, que, aos poucos, pela mudança
do pensamento, os sentimentos vão desaparecendo por si só.
No Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista,
os alunos aprendem, primeiramente, a realizar isso em si mesmos,
para capacitarem-se a ajudar as pessoas nessa missão
fundamental, a de colocar o Ego sob comando superior, retirar-lhe a
supremacia, tirar seus distintivos e medalhas e, em seu lugar,
colocar curativos e poções para curar as dores e as tristezas que
lhes mantinham no lugar, sentimentos esses que, na verdade,
criaram esses artifícios. A Psicoterapia Reencarnacionista é a
Terapia da libertação das ilusões, da libertação do domínio do Ego,
da libertação de nós mesmos, como viemos sempre e sempre, vida
após vida, nos vendo e entendendo, para que o nosso Espírito
possa, finalmente, assumir o comando de nossa vida. Mas para isso
é necessário que o Contra-Raciocínio sobrepuje e elimine o
Raciocínio, senão não conseguiremos nos libertar verdadeiramente
do comando egóico, que nos aprisiona e onde está a mágoa, o
sentimento de rejeição, a raiva, o medo, a sensação de
inferioridade, a timidez, ou os seus contrapontos, igualmente
ilusórios, a vaidade, o orgulho, o autoritarismo, a prepotência, a
soberba.
Existem duas Psicoterapias que podem ser realizadas:
1. A tradicional, a Terapia do Ego e suas questões, que é
fadada ao fracasso pois é impossível curar as ilusões de
uma estrutura ilusória.
2. A Terapia da libertação do Ego, e essa é a Psicoterapia
Reencarnacionista, que visa passar o comando para o nosso Eu
Superior, para o nosso Espírito, para os nossos Mentores
Espirituais, e através da qual é possível, e até bem fácil, curar
nossas inferioridades: é só nos libertarmos do Ego e da sua história
ilusória.
OS DOIS TIPOS DE PSICOTERAPIA
Existia até hoje apenas um tipo de Psicoterapia, seguida por
todas as Escolas psicoterápicas, desde as mais ortodoxas até as
mais recentes: a psicoterapia dos sentimentos. Há séculos todos
nós temos utilizado esse paradigma, o de tratar os sentimentos das
pessoas que nos procuram no consultório. O que tem nos
importado é os seus sentimentos, é o nosso foco, onde colocamos
a nossa atenção, o que desejamos que melhorem.
Estamos sempre tentando ajudar as pessoas a melhorarem
os seus sentimentos, amenizarem as suas dores, as suas mágoas,
os seus sentimentos de rejeição, as suas raivas, as suas críticas, na
esperança, de que, quem sabe, com anos e anos de terapia, com
sessões e mais sessões, elas evoluam para um patamar mais
elevado de sentimentos, libertem-se, voem para um lugar onde o ar
seja mais puro, o panorama mais belo e o horizonte mais amplo.
E, realmente, com as terapias, diversas e diversificadas,
ortodoxas ou “modernas”, oficiais ou alternativas, muitas pessoas
melhoram os seus sentimentos, muitas perdoam seus algozes, uma
grande parte consegue amenizar os seus sofrimentos emocionais.
E após anos de terapia, dezenas de sessões, as pessoas
terapeutizadas podem afirmar que estão melhores, que amenizaram
a sua vida, que acalmaram os seus sentimentos subterrâneos ou
vulcônicos, que sentem-se melhores, que convivem melhor com os
demais, até com os causadores dos seus males, que estão vivendo
de uma maneira bem mais satisfatória, trabalhando melhor,
sentindo-se mais leves e felizes. E a nossa missão, a dos
psicoterapeutas, vai-se realizando, e seguindo o nosso trabalho
sentindo que estamos fazendo o possível, e em muitos casos,
estamos conseguindo.
Mas nesse tempo todo, temos fracassado nessa nossa boa
intenção de realmente curar as pessoas de suas feridas, e nos
curarmos das nossas, por um motivo muito simples: a história de
vida que elas nos contam e a nossa própria história de vida não é a
história verdadeira, ela é a história aparente criada por uma
estrutura muito superficial da nossa personalidade: a nossa
persona. Pois a persona, desde a infância, lê as coisas, vê a
realidade à sua volta da maneira como consegue, como é capaz,
com a visão superficial característica de sua própria
superficialidade, e que parece real, mas não é. A persona é uma
ilusão que criamos a nosso respeito e a sua história é, então, a
ilusão da ilusão. E essa história ilusória é a que acreditamos e ela
mimetiza-se em nossos sentimentos e, quando vamos realizar um
tratamento psicoterápico, é essa história que contamos para nosso
terapeuta que, por também acreditar na sua própria história ilusória,
acredita na nossa e resolvemos então em conjunto melhorarmos os
sentimentos que vêm junto com ela, e às vezes conseguimos, às
vezes não, ou seja, temos sucesso ou fracassamos.
Mas, mesmo quando temos sucesso e os sentimentos
amenizam, acalmam-se, suavizam-se, todos fracassamos no
principal, pois a história ilusória permanece a mesma, e ela arrasta-
se a vida toda, até que um dia morremos, desencarnamos, subimos
para o Mundo Espiritual e lá em cima, gradativamente, vamos
recordando a verdadeira interpretação da nossa história e ela
sempre é bem diferente daquela que acreditávamos... Pois a versão
verdadeira é a versão do nosso Espírito e passamos uma vida toda
acreditando numa versão, a da nossa persona, que parecia tão real,
tão coerente, mas que era, na verdade, uma interpretação
superficial, aparente, de uma história bem mais profunda, bem mais
antiga, a verdadeira, a que escondia-se por trás do que chamamos
de “as ilusões dos rótulos das cascas”.
Com o retorno da Reencarnação à memória de mais e mais
pessoas aqui no lado ocidental do nosso planeta, o que antes
parecia ser apenas um conceito religioso, com a chegada da
Psicoterapia Reencarnacionista, adentra o consultório dos
terapeutas e revela-se um assunto psicoterápico. Com o ingresso
da Reencarnação no consultório, as histórias que as personas nos
contam, começam a ser questionadas e mesmo que seja muito
difícil sabermos a interpretação verdadeira da nossa história real e
das pessoas que vêm buscar esse tipo de tratamento, uma coisa
sabemos: aquelas histórias, recheadas de mágoa, de sentimento de
rejeição, de raiva, de crítica, de indignação, não são bem assim,
elas foram lidas dessa maneira, desde a infância, continuaram
sendo lidas assim na adolescência, na vida adulta e na imensa
maioria dos casos até a velhice chegar e até a hora da morte.
E então, nós saímos do nosso corpo falido, subimos para o
Mundo Espiritual e lá, aos poucos, vamos nos libertando dos
nossos rótulos e conseqüentemente de nossa persona anterior e,
na medida que isso vai acontecendo, vamos percebendo que
passamos uma vida toda acreditando em algo, em uma visão da
nossa vida, em uma interpretação de uma história que, agora,
começa a diluir-se, até desaparecer por completo. Aqui embaixo,
éramos o filho ou a filha de alguém, o pai ou a mãe de alguém,
tínhamos um nome e um sobrenome, tínhamos um gênero sexual,
pertencíamos a uma raça, tínhamos uma cor de pele, uma
nacionalidade, e aos poucos, no Mundo Espiritual, vamos deixando
de ser tudo isso, vamos perdendo os nossos rótulos, como se
fossemos nos descascando, descascando, e o que vai surgindo?
Uma Essência, uma estrutura energética, que aqui na Terra
chamamos de Espírito, e que é nós mesmos, o nosso aspecto
verdadeiro. No período inter-vidas vamos encontrando a nossa
história verdadeira, bem diferente daquela história que passamos
décadas acreditando aqui na Terra, tão certinha e coerente, de
mágoa, de rejeição, de raiva, que contávamos para as pessoas,
contávamos para os nossos terapeutas, e nós acreditávamos nela,
e todos acreditavam nela, pois todas as pessoas passam toda a sua
encarnação acreditando em suas histórias, sem perceber que são
apenas as histórias criadas pelas nossas personas e as nossas
personas são cascas temporárias, de rótulos temporários, e que um
dia sucumbem e deixam vir à tona, aos poucos, lá em cima, no local
da libertação, a história verdadeira.
Agregando a Reencarnação à psicoterapia devemos analisar
as nossas mazelas, dramas, sofrimentos, como surgindo a partir da
nossa infância ou devemos pensar por que precisamos dessa
infância? Ou seja, enxergar a infância como o começo da vida, o
início das coisas, o surgimento dos sentimentos, o início da nossa
história ou, sabendo que ela é a continuação da nossa vida aqui na
Terra, interrompida ao final da encarnação anterior, é então uma
estrutura kármica co-criada por nós e pelo Todo (Deus)? Baseada
nas Leis Divinas da Finalidade, da Necessidade e do Merecimento,
a história é invariavelmente uma história muito antiga, que jaz
escondida dentro do nosso Inconsciente, e que a sabedoria do Dr.
Freud intuiu que deveria ser aberto e estudado, mas não foi seguido
por seus seguidores e começa, agora, a ser seguido por nós,
chamados de “alternativos”, “esotéricos” e outros adjetivos não tão
simpáticos, que, simplesmente, resolvemos obedecer ao Mestre
vienense.
É muito difícil uma cura verdadeira de um sentimento que está
atrelado a uma história ilusória e é muito fácil a melhoria de
qualquer sentimento se conseguirmos ajudar as pessoas a
libertarem-se da visão egóica de sua história e encontrarem a visão
espiritual dela. A Psicoterapia Reencarnacionista, sendo uma
psicoterapia que lida com o raciocínio, deixamos os nossos
sentimentos e das pessoas que tratamos um pouquinho de lado e
atentamos para o pensamento, para a interpretação da história de
vida, pois é aí que o sentimento pode ser realmente curado, já que
o sentimento vem do pensamento e esse vem do raciocínio.
A versão ilusória da história mantém aprisionado o
sentimento, enquanto que libertar-se dela e encontrar a visão
espiritual dela vai eliminando, gradativamente, o sentimento, pelo
entendimento que trás, baseado na necessidade dos gatilhos e dos
reencontros. Uma coisa é pensarmos que sentimos mágoa pelo que
nosso pai ou nossa mãe nos fez, outra coisa é descobrirmos que
nosso Espírito “pediu” aquele pai ou aquela mãe para tentar curar
uma antiga mágoa, centenária ou milenar, e que para encontrá-la
necessitava de coadjuvantes em sua trajetória, comumente
chamados de “vilões”, para que ela aflorasse de dentro de si, e que
muito provavelmente em encarnações passadas havia feito a
mesma coisa, ou pior, para aqueles Espíritos ou para outros, e que
agora a Sabedoria Universal lhe presenteava com o que se chama
de Retorno, a oportunidade que Deus nos dá para o resgate e a
cura.
E essa é a meta e a finalidade da Psicoterapia
Reencarnacionista, ajudar as pessoas, através das conversas e das
regressões comandadas pelos seus Mentores, como se fosse o
Telão do Mundo Espiritual, a entenderem para o que reencarnaram,
porque necessitaram daquela infância, porque “pediram” para vir
homem ou mulher, rico ou pobre, o filho mais velho, o 2º, o 3º, ou o
caçula, por que precisaram daquele pai, daquela mãe, encarnar
naquele país, naquela raça, naquela cor de pele, naquela religião
familiar, e por que tudo o que acontece em nossa vida é o que
nosso Espírito anseia e necessita, para que, usando do livre
arbítrio, possa fazer uma de duas coisas: finalmente acertar ou errar
de novo.
A Psicoterapia Reencarnacionista é uma nova maneira de
encarar e tratar as nossas mazelas, não como as antigas
psicoterapias dos sentimentos e, sim, como a psicoterapia do
raciocínio. Questionar as histórias das personas, fazê-las
enfraquecer através dos questionamentos que a Reencarnação trás
consigo, e ajudar as pessoas a encontrar a interpretação superior
de sua história, é a maneira de trabalhar dessa psicoterapia
espiritual, a terapia da libertação, aqui na Terra, para quando
chegarmos lá em cima, de volta para Casa, não nos assustemos e
nos envergonhemos quando nos mostrarem o Telão. E digamos:
“Errei de novo?” E escutemos: “Não se preocupe, terás uma nova
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Brasilia módulo 3

  • 1. VERSÃO PERSONA X VERSÃO ESPÍRITO (Raciocínio X Contra-Raciocínio) Nós, psicoterapeutas reencarnacionistas, trabalhando com essa Terapia da Reforma Íntima, escutando as histórias de vida e as infâncias das pessoas em nosso consultório, histórias permeadas de mágoa, sentimento de rejeição, raiva, crítica, medo, insegurança, etc., podemos afirmar que elas são as histórias que a nossa persona criou, a visão que teve dela, a história como nós a lemos quando éramos crianças, a história que continuamos a ler quando já adolescentes, adultos ou velhos, são interpretações do nosso Ego, a maneira limitada como nos vemos e como vemos os outros, incluindo a nossa família e as demais pessoas que entram ou passam pela nossa vida. Explicando melhor: cada um de nós, desde criança, aprende que é uma certa pessoa, de uma certa família, de um certo gênero sexual, uma certa cor de pele, de uma lugar, em um país, etc., e passa a vida inteira acreditando nisso, principalmente porque todas as demais pessoas acreditam nisso também em relação a si, e em todos os terapeutas que vamos, eles mesmos acreditam nisso a seu respeito e então não têm dúvidas disso em relação a seus pacientes. Mas o que a quase totalidade das pessoas não percebe, ou melhor, não recorda, mesmo as pessoas que acreditam na Reencarnação, é que, se pensarem no tempo anterior a sua fecundação, onde estavam, quem eram, lá em cima, no Plano Astral, quando não eram uma pessoa, não eram de nenhuma família, nenhum gênero sexual, não tinham cor de pele (aliás nem tinham pele...), não eram de um certo lugar, um certo país, etc., ou seja, se todos nós pensarmos onde estávamos há 1 ano antes da nossa fecundação, recordaremos que éramos um Espírito, no Mundo Espiritual, no chamado período inter-vidas, vindo da nossa encarnação anterior a essa, nos preparando para retornarmos para a Terra, encarnarmos novamente, para continuar o nosso caminho kármico de retorno à Luz, à Perfeição, ao Um, ao Todo. E se não éramos nada do que pensamos que somos, como nos conhecemos e vemos, e como conhecemos e vemos os outros, o raciocínio conseqüente é de que estamos imersos no que os orientais chamam de Maya, a Ilusão. O que é isso? Significa que tudo é real, mas é temporário, é tudo verdadeiro mas passageiro, parece permanente mas é impermanente. Ora, se é temporário, se é passageiro, se é impermanente, então não pode ser realmente
  • 2. real e verdadeiro e então é, podemos dizer, uma realidade ilusória ou uma ilusão aparentemente verdadeira. Todas as pessoas que acreditam na Reencarnação sabem disso mas não lembram com a intensidade e a freqüência que o assunto merece. E por que esse assunto merece um estudo mais aprofundado e uma atenção mais redobrada do que comumente se dá a ele? Porque aí está o que chamamos em Psicoterapia Reencarnacionista de Raciocínio X Contra-Raciocínio, ou seja, o raciocínio não-reencarnacionista a nosso respeito, da nossa vida, da nossa infância, e das demais pessoas que fazem parte disso, incluindo a nossa família de origem e as demais pessoas que entram na história, e o raciocínio reencarnacionista disso tudo, totalmente oposto em sua visão e abordagem, em sua interpretação e resultado. Vamos, então, explicar melhor: uma pessoa vem à 1ª consulta para iniciar um tratamento de Psicoterapia Reencarnacionista, que consta de consultas e sessões de regressão, que tem a finalidade de ajudar as pessoas a saberem para o que reencarnaram, qual a sua proposta de Reforma Íntima, e como realmente aproveitarmos essa encarnação nesse sentido, que nos trará mais evolução espiritual, e a agradabilíssima sensação de dever cumprido após desencarnarmos e retornarmos para Casa. Essa pessoa nos fala de si, da sua vida, vai nos contando o que lhe incomoda, os seus conflitos, freqüentemente relata a sua infância, e nós vamos escutando a sua história que é o que chamamos de “A história ilusória de uma persona”. Ela não está nos contando a versão verdadeira da história, está relatando como leu a sua infância, como a entendeu, como lê a sua vida atual, como vê as pessoas, como sente e interpreta tudo isso, e geralmente o relato vem impregnado de mágoa, de sentimentos de rejeição, de raiva, etc. Com bastante freqüência, essa pessoa já consultou outros profissionais, já contou essa história muitas vezes tanto para eles como para pessoas amigas, para familiares, e todos escutam e analisam a sua história exatamente da mesma maneira que ela: como algo real e verdadeiro. Mas é ilusório. Basta ir para 1 ano antes da sua fecundação, e lembrar quem era, onde estava, por que o seu Espírito precisou dessa infância, necessitou dessa família, por que pediu esse pai, essa mãe, esses irmãos, ou ser filho(a) único(a), porque veio o(a) mais velho(a), ou 2º(ª), ou 3º(ª), ou caçula, porque precisou vir homem ou mulher, bonito(a) ou feio(a), branco(a) ou negro(a), rico(a) ou pobre, etc. Isso já vai nos tirando do lugar de vítima e nos colocando no lugar verdadeiro: o de co-criador de nossa infância e
  • 3. de nossa vida. Se todos nós fizermos esse exercício de imaginação, no mínimo, começaremos a nos questionar a esse respeito, a nos perguntar “Por quê?”, e a partir daí o nosso raciocínio, que até agora era irrefutável e convicto, começará a questionar-se, a desmanchar-se, e todas aquelas convicções tipo “Meu pai não gostava de mim!” ou “Eu sou assim porque vim numa família muito pobre, muitos filhos, passamos fome...”, permeadas de mágoa e rejeição, dor e sofrimento, começarão a transformar-se no que chamamos de Contra-Raciocínio. Ou seja, o raciocínio anterior, não-reencarnacionista, criado pela persona em conjunto com as demais personas, numa sociedade de personas, começará a dar lugar a um novo raciocínio, reencarnacionista, baseado nos questionamentos de “Por que o nosso Espírito “pediu” por isso?”. Sempre lembrando que “pediu” significa “necessitou”. Essa questão Raciocínio X Contra-Raciocínio é a Psicoterapia Reencarnacionista, a Terapia da Reforma Íntima. Baseando-se na Reencarnação, ela lida com as Leis Divinas que regem a nossa encarnação e das demais pessoas que estão em nossa vida: A Lei da Finalidade, a Lei da Necessidade e a Lei do Merecimento. A finalidade é para que o nosso Espírito tem de passar por situações desde a nossa vida gestacional, a necessidade é por que precisa passar por isso e o merecimento é o que merece receber do Amor Universal, que sempre está certo e justo, mesmo quando parece errado e injusto. A principal tarefa do psicoterapeuta reencarnacionista é ajudar as pessoas que vêm realizar um tratamento, e acreditam na Reencarnação, a libertarem-se da versão ilusória da história de sua persona e iniciarem uma busca da visão verdadeira dela, a visão espiritual. A primeira, que chamamos de “Raciocínio”, mantém as pessoas atreladas aos seus sentimentos negativos, de uma maneira tão forte, que torna-se praticamente impossível uma cura verdadeira desses sentimentos. A segunda, que chamamos de “Contra-Raciocínio”, vai fazendo com que, pela mudança da visão da nossa infância, dos fatos lá ocorridos, da interpretação que demos a ela quando éramos crianças, e que ainda mantemos em nossa criança interior, vão diluindo-se os sentimentos negativos, vão enfraquecendo de uma maneira tão segura e gentil, de um modo tão profundo e regenerador, que, aos poucos, pela mudança do pensamento, os sentimentos vão desaparecendo por si só. No Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista, os alunos aprendem, primeiramente, a realizar isso em si mesmos, para capacitarem-se a ajudar as pessoas nessa missão
  • 4. fundamental, a de colocar o Ego sob comando superior, retirar-lhe a supremacia, tirar seus distintivos e medalhas e, em seu lugar, colocar curativos e poções para curar as dores e as tristezas que lhes mantinham no lugar, sentimentos esses que, na verdade, criaram esses artifícios. A Psicoterapia Reencarnacionista é a Terapia da libertação das ilusões, da libertação do domínio do Ego, da libertação de nós mesmos, como viemos sempre e sempre, vida após vida, nos vendo e entendendo, para que o nosso Espírito possa, finalmente, assumir o comando de nossa vida. Mas para isso é necessário que o Contra-Raciocínio sobrepuje e elimine o Raciocínio, senão não conseguiremos nos libertar verdadeiramente do comando egóico, que nos aprisiona e onde está a mágoa, o sentimento de rejeição, a raiva, o medo, a sensação de inferioridade, a timidez, ou os seus contrapontos, igualmente ilusórios, a vaidade, o orgulho, o autoritarismo, a prepotência, a soberba. Existem duas Psicoterapias que podem ser realizadas: 1. A tradicional, a Terapia do Ego e suas questões, que é fadada ao fracasso pois é impossível curar as ilusões de uma estrutura ilusória. 2. A Terapia da libertação do Ego, e essa é a Psicoterapia Reencarnacionista, que visa passar o comando para o nosso Eu Superior, para o nosso Espírito, para os nossos Mentores Espirituais, e através da qual é possível, e até bem fácil, curar nossas inferioridades: é só nos libertarmos do Ego e da sua história ilusória.
  • 5. OS DOIS TIPOS DE PSICOTERAPIA Existia até hoje apenas um tipo de Psicoterapia, seguida por todas as Escolas psicoterápicas, desde as mais ortodoxas até as mais recentes: a psicoterapia dos sentimentos. Há séculos todos nós temos utilizado esse paradigma, o de tratar os sentimentos das pessoas que nos procuram no consultório. O que tem nos importado é os seus sentimentos, é o nosso foco, onde colocamos a nossa atenção, o que desejamos que melhorem. Estamos sempre tentando ajudar as pessoas a melhorarem os seus sentimentos, amenizarem as suas dores, as suas mágoas, os seus sentimentos de rejeição, as suas raivas, as suas críticas, na esperança, de que, quem sabe, com anos e anos de terapia, com sessões e mais sessões, elas evoluam para um patamar mais elevado de sentimentos, libertem-se, voem para um lugar onde o ar seja mais puro, o panorama mais belo e o horizonte mais amplo. E, realmente, com as terapias, diversas e diversificadas, ortodoxas ou “modernas”, oficiais ou alternativas, muitas pessoas melhoram os seus sentimentos, muitas perdoam seus algozes, uma grande parte consegue amenizar os seus sofrimentos emocionais. E após anos de terapia, dezenas de sessões, as pessoas terapeutizadas podem afirmar que estão melhores, que amenizaram a sua vida, que acalmaram os seus sentimentos subterrâneos ou vulcônicos, que sentem-se melhores, que convivem melhor com os demais, até com os causadores dos seus males, que estão vivendo de uma maneira bem mais satisfatória, trabalhando melhor, sentindo-se mais leves e felizes. E a nossa missão, a dos psicoterapeutas, vai-se realizando, e seguindo o nosso trabalho sentindo que estamos fazendo o possível, e em muitos casos, estamos conseguindo. Mas nesse tempo todo, temos fracassado nessa nossa boa intenção de realmente curar as pessoas de suas feridas, e nos curarmos das nossas, por um motivo muito simples: a história de vida que elas nos contam e a nossa própria história de vida não é a história verdadeira, ela é a história aparente criada por uma estrutura muito superficial da nossa personalidade: a nossa persona. Pois a persona, desde a infância, lê as coisas, vê a realidade à sua volta da maneira como consegue, como é capaz, com a visão superficial característica de sua própria superficialidade, e que parece real, mas não é. A persona é uma ilusão que criamos a nosso respeito e a sua história é, então, a ilusão da ilusão. E essa história ilusória é a que acreditamos e ela mimetiza-se em nossos sentimentos e, quando vamos realizar um
  • 6. tratamento psicoterápico, é essa história que contamos para nosso terapeuta que, por também acreditar na sua própria história ilusória, acredita na nossa e resolvemos então em conjunto melhorarmos os sentimentos que vêm junto com ela, e às vezes conseguimos, às vezes não, ou seja, temos sucesso ou fracassamos. Mas, mesmo quando temos sucesso e os sentimentos amenizam, acalmam-se, suavizam-se, todos fracassamos no principal, pois a história ilusória permanece a mesma, e ela arrasta- se a vida toda, até que um dia morremos, desencarnamos, subimos para o Mundo Espiritual e lá em cima, gradativamente, vamos recordando a verdadeira interpretação da nossa história e ela sempre é bem diferente daquela que acreditávamos... Pois a versão verdadeira é a versão do nosso Espírito e passamos uma vida toda acreditando numa versão, a da nossa persona, que parecia tão real, tão coerente, mas que era, na verdade, uma interpretação superficial, aparente, de uma história bem mais profunda, bem mais antiga, a verdadeira, a que escondia-se por trás do que chamamos de “as ilusões dos rótulos das cascas”. Com o retorno da Reencarnação à memória de mais e mais pessoas aqui no lado ocidental do nosso planeta, o que antes parecia ser apenas um conceito religioso, com a chegada da Psicoterapia Reencarnacionista, adentra o consultório dos terapeutas e revela-se um assunto psicoterápico. Com o ingresso da Reencarnação no consultório, as histórias que as personas nos contam, começam a ser questionadas e mesmo que seja muito difícil sabermos a interpretação verdadeira da nossa história real e das pessoas que vêm buscar esse tipo de tratamento, uma coisa sabemos: aquelas histórias, recheadas de mágoa, de sentimento de rejeição, de raiva, de crítica, de indignação, não são bem assim, elas foram lidas dessa maneira, desde a infância, continuaram sendo lidas assim na adolescência, na vida adulta e na imensa maioria dos casos até a velhice chegar e até a hora da morte. E então, nós saímos do nosso corpo falido, subimos para o Mundo Espiritual e lá, aos poucos, vamos nos libertando dos nossos rótulos e conseqüentemente de nossa persona anterior e, na medida que isso vai acontecendo, vamos percebendo que passamos uma vida toda acreditando em algo, em uma visão da nossa vida, em uma interpretação de uma história que, agora, começa a diluir-se, até desaparecer por completo. Aqui embaixo, éramos o filho ou a filha de alguém, o pai ou a mãe de alguém, tínhamos um nome e um sobrenome, tínhamos um gênero sexual, pertencíamos a uma raça, tínhamos uma cor de pele, uma nacionalidade, e aos poucos, no Mundo Espiritual, vamos deixando
  • 7. de ser tudo isso, vamos perdendo os nossos rótulos, como se fossemos nos descascando, descascando, e o que vai surgindo? Uma Essência, uma estrutura energética, que aqui na Terra chamamos de Espírito, e que é nós mesmos, o nosso aspecto verdadeiro. No período inter-vidas vamos encontrando a nossa história verdadeira, bem diferente daquela história que passamos décadas acreditando aqui na Terra, tão certinha e coerente, de mágoa, de rejeição, de raiva, que contávamos para as pessoas, contávamos para os nossos terapeutas, e nós acreditávamos nela, e todos acreditavam nela, pois todas as pessoas passam toda a sua encarnação acreditando em suas histórias, sem perceber que são apenas as histórias criadas pelas nossas personas e as nossas personas são cascas temporárias, de rótulos temporários, e que um dia sucumbem e deixam vir à tona, aos poucos, lá em cima, no local da libertação, a história verdadeira. Agregando a Reencarnação à psicoterapia devemos analisar as nossas mazelas, dramas, sofrimentos, como surgindo a partir da nossa infância ou devemos pensar por que precisamos dessa infância? Ou seja, enxergar a infância como o começo da vida, o início das coisas, o surgimento dos sentimentos, o início da nossa história ou, sabendo que ela é a continuação da nossa vida aqui na Terra, interrompida ao final da encarnação anterior, é então uma estrutura kármica co-criada por nós e pelo Todo (Deus)? Baseada nas Leis Divinas da Finalidade, da Necessidade e do Merecimento, a história é invariavelmente uma história muito antiga, que jaz escondida dentro do nosso Inconsciente, e que a sabedoria do Dr. Freud intuiu que deveria ser aberto e estudado, mas não foi seguido por seus seguidores e começa, agora, a ser seguido por nós, chamados de “alternativos”, “esotéricos” e outros adjetivos não tão simpáticos, que, simplesmente, resolvemos obedecer ao Mestre vienense. É muito difícil uma cura verdadeira de um sentimento que está atrelado a uma história ilusória e é muito fácil a melhoria de qualquer sentimento se conseguirmos ajudar as pessoas a libertarem-se da visão egóica de sua história e encontrarem a visão espiritual dela. A Psicoterapia Reencarnacionista, sendo uma psicoterapia que lida com o raciocínio, deixamos os nossos sentimentos e das pessoas que tratamos um pouquinho de lado e atentamos para o pensamento, para a interpretação da história de vida, pois é aí que o sentimento pode ser realmente curado, já que o sentimento vem do pensamento e esse vem do raciocínio. A versão ilusória da história mantém aprisionado o sentimento, enquanto que libertar-se dela e encontrar a visão
  • 8. espiritual dela vai eliminando, gradativamente, o sentimento, pelo entendimento que trás, baseado na necessidade dos gatilhos e dos reencontros. Uma coisa é pensarmos que sentimos mágoa pelo que nosso pai ou nossa mãe nos fez, outra coisa é descobrirmos que nosso Espírito “pediu” aquele pai ou aquela mãe para tentar curar uma antiga mágoa, centenária ou milenar, e que para encontrá-la necessitava de coadjuvantes em sua trajetória, comumente chamados de “vilões”, para que ela aflorasse de dentro de si, e que muito provavelmente em encarnações passadas havia feito a mesma coisa, ou pior, para aqueles Espíritos ou para outros, e que agora a Sabedoria Universal lhe presenteava com o que se chama de Retorno, a oportunidade que Deus nos dá para o resgate e a cura. E essa é a meta e a finalidade da Psicoterapia Reencarnacionista, ajudar as pessoas, através das conversas e das regressões comandadas pelos seus Mentores, como se fosse o Telão do Mundo Espiritual, a entenderem para o que reencarnaram, porque necessitaram daquela infância, porque “pediram” para vir homem ou mulher, rico ou pobre, o filho mais velho, o 2º, o 3º, ou o caçula, por que precisaram daquele pai, daquela mãe, encarnar naquele país, naquela raça, naquela cor de pele, naquela religião familiar, e por que tudo o que acontece em nossa vida é o que nosso Espírito anseia e necessita, para que, usando do livre arbítrio, possa fazer uma de duas coisas: finalmente acertar ou errar de novo. A Psicoterapia Reencarnacionista é uma nova maneira de encarar e tratar as nossas mazelas, não como as antigas psicoterapias dos sentimentos e, sim, como a psicoterapia do raciocínio. Questionar as histórias das personas, fazê-las enfraquecer através dos questionamentos que a Reencarnação trás consigo, e ajudar as pessoas a encontrar a interpretação superior de sua história, é a maneira de trabalhar dessa psicoterapia espiritual, a terapia da libertação, aqui na Terra, para quando chegarmos lá em cima, de volta para Casa, não nos assustemos e nos envergonhemos quando nos mostrarem o Telão. E digamos: “Errei de novo?” E escutemos: “Não se preocupe, terás uma nova oportunidade...”.