O documento discute a desigualdade social no Brasil, descrevendo como ela se desenvolveu ao longo da história do país, desde os tempos coloniais até a atualidade, perdurando mesmo com o crescimento econômico. Relata que o Brasil tem um dos piores índices de desigualdade no mundo devido a fatores históricos como a exploração de recursos naturais e mão de obra barata que beneficiaram poucos grupos ao longo do tempo.
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DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL
1.
2. A desigualdade social e a
pobreza são problemas
sociais que afetam a maioria
dos países na atualidade. A
pobreza existe em todos os
países, pobres ou ricos, mas
a desigualdade social é um
fenômeno que ocorre
principalmente em países
não desenvolvidos.
3. Apesar de ser um país rico em recursos naturais e com um PIB
(Produto Interno Bruto) figurando sempre entre os 10 maiores do
mundo, o Brasil é um país extremamente injusto no que diz
respeito à distribuição de seus recursos entre a população. Um
país rico; porém, com muitas pessoas pobres, devido ao
fenômeno da desigualdade social, que é elevado.
Pesquisadores da área social e econômica atribuem essa
elevada desigualdade social no Brasil a um contexto
histórico, que culminou numa crescente evolução do quadro no
país.
Mesmo sendo uma nação de dimensões continentais e
riquíssima em recursos naturais, o Brasil desponta uma triste
contradição, de estar sempre entre os dez países do mundo
com o PIB mais alto e, por outro lado, estar sempre entre os 10
países com maiores índices de disparidade social.
4.
5. Em um relatório da ONU (Organização
das Nações Unidas), que foi divulgado
em julho de 2010, o Brasil aparece com
o terceiro pior índice de desigualdade
no mundo e, em se tratando da
diferença e distanciamento entre ricos e
pobres, fica atrás no ranking apenas de
países muito menores e menos
ricos, como
Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia
e África do Sul.
6. A ONU mostra ainda, nesse estudo, como principais
causas de tanta desproporcionalidade social, a
falta de acesso à educação de qualidade, uma
política fiscal injusta, baixos salários e dificuldade
da população em desfrutar de serviços básicos
oferecidos pelo Estado, como saúde, transporte
público e saneamento básico.
7.
8. Teóricos brasileiros, pessoas e instituições
que estão à frente de iniciativas que
visam diminuir, e quem sabe, acabar
com o problema da desigualdade no
Brasil, apontam uma difícil fórmula que
deve aliar democracia com eficiência
econômica e justiça social como uma
solução viável para o problema.
9. Mesmo com a Constituição Federal e
diversos códigos e estatutos, assegurando
o acesso à
educação, moradia, saúde, segurança
pública, além de autonomias econômicas
e ideológicas, a realidade que se vê ainda
é distante do que se reza nos direitos do
cidadão brasileiro no tocante à
erradicação da desigualdade social neste
país, em constante crescimento
econômico e político.
10. A desigualdade social se dava desde os
tempos do Brasil Colônia, em que Portugal
detinha os recursos advindos do próprio
Brasil (1º - a exploração do pau-brasil: 2º -
da cana-de-açúcar e posteriormente do
ouro, além da produção agrícola da era
do café), administrados por pessoas
designadas pela coroa, cuja relação de
desigualdade dava-se entre os senhores e
os escravos.
11. Com o fim da escravatura no Brasil, a
economia passou a girar em torno da
produção agrícola, e até a década de
1930, era a principal fonte de recursos do
país, que funcionava no sistema de agro
exportação, sistema este que, devido à
grande riqueza do país em ter uma
produção agrícola elevada, foi dando
meios para que o estado fornecesse as
ferramentas políticas e financeiras
necessárias para implantação da indústria
no Brasil.
12. Com a chegada das primeiras
indústrias, ainda na década de 1930, o Brasil
passa a administrar um sistema de capitalismo
mais claro, com o acúmulo muito maior de
capital por parte dos empresários
(principalmente empresas estrangeiras, que
instalavam suas indústrias no Brasil, pelo menor
custo de mão de obra), fazendo, assim, a
economia crescer, e na mesma proporção da
economia, a desigualdade social, cujos
trabalhadores, por baixíssimos salários e quase
sem nenhum direito trabalhista, forneciam a
mão de obra às indústrias, fazendo-as lucrar.
13.
O resultado dessa expansão econômica do
Brasil, mesmo depois de diversos progressos em
relação aos direitos civis e trabalhistas, é o
crescimento empresarial, a evolução tecnológica
dos recursos para o crescimento das diversas
indústrias e segmentos comerciais, um aumento
gradual e contínuo das riquezas geradas pelo país e
ainda, aliados a esses avanços, que são desfrutados
em sua maioria pelos donos de indústria, banqueiros
e pessoas que detêm o capital, uma disparidade
enorme entre ricos e pobres, dentre as primeiras do
mundo.