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Teve lugar no passado dia 1 de Julho, no Espaço Robinson, em Portale-
gre, o Acto Público de apresentação do cabeça de lista pelo nosso distri-
to, às eleições para a Assembleia da República de 2015.
A candidata pelo círculo eleitoral de Portalegre da coligação entre o Par-
tido Comunista Português, o Partido Ecologista «Os Verdes» e a Inter-
venção Democrática, é Maria Manuela dos Santos Ferreira Cunha, ani-
madora cultural, membro do Conselho Nacional e da Comissão Executi-
va do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Os outros candidatos são o Joel Moriano, 23 anos, licenciado em Direito
a frequentar o Mestrado em Direito do Trabalho e ligado ao movimento
associativo estudantil, a Sílvia Feliz, 39 anos, Técnica de Recursos Hu-
manos e dirigente sindical e o Vítor Martins, 38 anos, Técnico Superior
do Serviço Distrital de Portalegre da Segurança Social.
O AlterenseCDU Alter do Chão | Julho a Setembro de 2015 | Setembro de 2015 | N.º 8 | Ano II
CDU
Eleições Legislativas 2015
Desde esta data, a candidatura da CDU percorreu o dis-
trito, contactando/reunindo com a população e com
inúmeras entidades, no intuito de se inteirar, detalhada-
mente, das potencialidades e riquezas da região e dos
problemas que mais afectam o dia a dia de quem aqui
reside, em áreas como a saúde, a educação e a cultura.
Na abertura oficial da campanha, ocorrida a 17 de Setem-
bro, sob o plátano do Rossio, em Portalegre, a CDU
apresentou o seu compromisso pelo distrito.
No âmbito do périplo levado acabo na região, a candida-
tura da CDU esteve em Alter do Chão a 8 de Agosto,
onde estabeleceu contactos com a população, distribuiu
comunicados e apelou ao voto nas eleições de 4 de Outu-
bro. Numa segunda deslocação ao nosso concelho, a 14
de Setembro, marcou presença em diversos serviços da
Câmara Municipal, designadamente na Casa do Álamo,
Arqueologia e Parque de Máquinas.
Os actos públicos e os contactos efectuados contaram
sempre com a presença de inúmeros militantes e apoian-
tes da CDU.
Pá g in a 2O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
As Eleições Legislativas
Num ano de seca severa ou extrema (meteorológica,
hidrológica e agrícola), das maiores dos últimos 70 anos,
há eleições legislativas em Portugal.
No dia 4 de Outubro, estaremos, provavelmente, a pedir
ao S. Pedro que nos traga água, não que arrase açudes e
pontes, mas que nos encha as fontes.
Como é habitual, e 10 anos da seca de 2004/2005, não
existem planos B ou C no que se refere à prevenção/
remediação da cíclica falta de água que assola o território
nacional e que tanto afecta a agricultura, a pecuária e a
economia do país.
Vem tudo isto a propósito da mais que prometida, e não
concretizada, Barragem do Pisão. É nestes tempos de
seca que se torna ainda mais notória a necessidade e a
falta da referida barragem. Com ela estaríamos bem
melhor.
É inadmissível o desprezo a que o Poder Central tem
votado o Alto Alentejo pois aqui, não aparecem
investimentos significativos há muitos anos.
A CDU entende que é um dever reivindicar e apoiar a
sua construção, porque é necessário, imperioso e urgente:
BArrAgem Do PISãO
 Dotar o distrito de Portalegre de uma reserva
estratégica de água que possa garantir o
abastecimento das populações;
 Aumentar substancialmente a área de regadio,
apoiando assim inúmeros agricultores e
explorações agrícolas;
 Evitar e inverter o processo de desertificação em
curso no nosso distrito;
 Estimular o aparecimento de novos agricultores e
de novas culturas;
 Manter a água como um bem público.
Assim, quaisquer que sejam os deputados eleitos pelo
distrito de Portalegre é sua missão, obrigação e dever
lutar com todas as suas forças e fazer pressão junto do
poder político saído das eleições para que a Barragem do
Pisão seja uma realidade a muito curto prazo.
Por tudo isto, no dia 4 de Outubro, vota em consciência.
Vota CDU.
A Comissão Concelhia da CDU de Alter do Chão Vota
CDU.
A Comissão Concelhia da CDU de Alter do Chão.
Festas de Verão em Seda
Como já vem sendo habitual realizaram-se, nos dias 31 de
Julho, 1 e 2 de Agosto as tradicionais Festas de Verão, em
Seda.
As festas, organizadas pela, também já habitual grupo
“Um por todos e todos por Seda”, tiveram por objecti-
vo principal a angariação de fundos para o Lar de Nossa
Sra.do Espinheiro.
A população acorreu em grande número e, entre frangos
e música, reviu amigos, conviveu e divertiu-se nesse fim
de semana.
No final, a Comissão, não contabilizando a contribuição
da Câmara Municipal de Alter do Chão e da Junta de Fre-
guesia de Seda, apresentou os seguintes resultados:
O lucro das festas, 4.017,15 euros, foi entregue à Comis-
são de Melhoramentos da Freguesia de Seda.
Receitas
Bar 7.463,80
Peditório da Colcha 957,73
Donativos 750,00
Total 9.171,53
Despesas
Bebidas 2.497,85
Frangos + Serviço 1.589,01
T-Shirts 234,00
Carvão 220,00
Material descartável 293,30
Outros Géneros Alimentícios 320,22
Total 5.154,38
Pá g in a 3O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
Actividades Autárquicas
No âmbito das actividades autárquicas desenvolvidas pela
CDU salientam-se a apresentação, em reunião de Câmara, de
uma declaração sobre dois eventos, “Alter Abril – Cavalos e
Toiros II” e “Programa – Somos Portugal – TVI, realizados
em Alter do Chão e uma proposta sobre a utilização dos
autocarros. Assim, no que se refere aos dois eventos, a CDU
apresentou, em reunião de 19 de Junho, a seguinte declaração:
DECLARAÇÃO
Relativamente ao relatório sobre “Alter Abril – Cavalos e
Toiros II”, verifica-se que na sua Introdução os verbos
utilizados aparecem em tempos diferentes, ou seja, presente,
passado e futuro, o que não é sinal de bem escrever.
Numa leitura atenta do programa verifica-se que não houve
uma única actividade realizada fora da sede do concelho e não
se percebe bem porquê. O objectivo principal talvez devesse
ser a divulgação do concelho.
Foram entregues 2335 pulseiras das quais apenas foram
vendidas 1670 (≈72%). A média de utilização diária (4 dias) foi
de cerca 418, e o dia da tourada foi o melhor dia (702) e sendo
o dia 11, o pior (206). Tudo isto se traduziu numa receita de
3340 euros, que não se diz a quem pertence.
As associações que exploraram os bares tiveram neste período,
em conjunto, uma receita de 7637,77 euros. Como nada é dito
sobre as suas despesas, não se consegue saber se tiveram lucro
ou prejuízo.
Uma certeza existe, os custos associados a este evento são de
16134,35 euros e, deduz-se, foram suportados pela Câmara
Municipal. Com a Câmara a pagar tudo é fácil trazer
futebolistas solidários, aprendizes de forcados e de toureiros,
artistas solidários, aficionados de todo o mundo, etc., etc. Até a
alguns agentes económicos locais quem pagou foi a Câmara.
Onde está a solidariedade e/ou o investimento dos outros
agentes económicos da freguesia?
Como o próprio relatório reconhece “O investimento
realizado foi, de facto, elevado” e não aparece claro, neste
relatório, um eventual retorno económico/turístico para a
freguesia de Alter do Chão.
Não parece haver motivos para deixar a “organização muito
orgulhosa”, apesar dos auto-elogios que se encontram ao
longo do relatório.
Sobre o evento “Programa – Somos Portugal – TVI” pouco
há a dizer, apesar das 6 horas de emissão. A qualidade do
programa fala por si e não se percebe como é que os alterenses
“regressaram à história e à tradição, à festa e à feira” com
espectáculos como estes.
Mais uma vez as freguesias não existiram e, fala-se, que apenas
cerca de 15 habitantes das freguesias utilizaram os transportes
que a Câmara pôs à sua disposição.
O único resultado conhecido é o de 20839,42 euros associados
a este evento e que foram, mais uma vez, suportados pela
Câmara Municipal.
Gastaram-se 36973,77 euros nestes dois eventos que em nada
trazem ou marcam uma diferença positiva para o concelho de
Alter do Chão.
Estes dois relatórios desenvolvem-se à volta da palavra
“potenciar” e seus derivados, uma vez que são referidos doze
(12) vezes.
De facto, parece ser um dado adquirido, todo concelho de
Alter do Chão tem as suas potencialidades e não apenas a
freguesia de Alter do Chão.
A expressão “ é isto que o meu povo quer e é disto que o
meu povo gosta” não pode continuar a ser o lema dos
eventos realizados no concelho de Alter do Chão.
Assim, nunca se sairá da cepa torta.
Alter do Chão, 19 de Junho de 2015
O vereador eleito pela CDU
Romão Trindade
PROPOSTA
O nº 1 do art.º 4º do Regulamento de Utilização dos
Autocarros Municipais atribui à Câmara Municipal a
competência para decidir sobre os pedidos de utilização dos
autocarros.
Em reunião de Câmara de 15 de Outubro de 2013 foi discutida
e aprovada, por maioria, uma proposta sobre a delegação dessa
competência no Presidente da Câmara. Esta decisão consta na
Deliberação nº 003 publicada na acta dessa mesma reunião.
Na mesma reunião discutiu-se a necessidade de promover
alterações ao Regulamento de modo a actualizá-lo e a resolver
casos omissos.
Ora, tendo em consideração que:
 Passaram quase dois anos e ainda não houve quaisquer
alterações ao Regulamento de Utilização dos Autocarros
Municipais;
 O número solicitações para cedência de autocarros
municipais, por parte das colectividades do concelho e
das Juntas de Freguesia, tem vindo a aumentar;
 O número de motoristas existentes é manifestamente
insuficiente para satisfação de todas as solicitações;
 Há um mal estar visível entre os motoristas dos
autocarros devido à sobrecarga de trabalho sem as justas
compensações;
 Parte executivo camarário não tem conhecimento, à
priori, da utilização dos autocarros;
 Há dúvidas no cumprimento do nº 1 do art.º 2º do
Regulamento;
 Várias colectividades se têm vindo a queixar dos
elevados encargos que têm de suportar com a cedência.
proponho que, até à completa revisão do Regulamento de
Utilização dos Autocarros Municipais, se dê cumprimento
integral ao estipulado no nº1 do art.º 4º do referido
Regulamento e seja anulada a Deliberação nº 003 no que, a este
assunto, lhe diz respeito.
Alter do Chão, 26 de Agosto de 2015
O vereador eleito pela CDU
Romão Trindade
Após análise e discussão, esta proposta foi aprovada por
maioria (CDU+2 PS) com um voto contra (PSD) e uma
abstenção (PSD).
Pá g in a 4O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
Se é verdade que alguns povos se opu-
seram à ideia de democracia ocidental,
também é verdade que alguns líderes
entretanto aparecidos, mais não foram
do que uns meros títeres nas mãos dos
“democratas” que os suportaram, apoi-
aram e manipularam enquanto serviram
fielmente os seus interesses.
Mas, há sempre um dia em que os títe-
res e tiranos querem deixar de ser ape-
nas a voz do dono e passar a ter voz
própria e a querer conduzir os seus pró-
prios destinos. Nessas alturas, os
“democratas” fazem florescer primave-
ras, fomentam guerras locais, criam
divisões, impõem sanções, apoiam sub-
versões, criam embargos, fazem inter-
venções militares cirúrgicas e sempre
tudo em nome da paz, da democracia e
da ordem. E aparecem os ditadores
amigos e os ditadores inimigos.
O que se tem visto nos últimos anos,
mais não é do que o ocidente, suporta-
do pelos Estados Unidos e União Euro-
peia e apoiado militarmente pela NA-
TO, a querer reaver o controlo político
e económico desses países e a posse das
suas riquezas naturais. Nem com o des-
membramento da União Soviética/
Bloco de Leste e a queda do malfadado
muro de Berlim, se caminhou para a
paz e para o progresso, como se espera-
va e era desejável.
Relativamente ao Médio Oriente, a
guerra dos 6 Dias, a guerra entre o Irão
e o Iraque, a guerra civil no Líbano, a
invasão do Iraque foram o início de
uma nova era que prosseguiu no Afega-
nistão, continuou na Síria e que ainda
não se sabe como vai terminar. No que
se refere a África, as primaveras árabes
da Líbia, Tunísia e Egipto deu os resul-
tados sobejamente conhecidos de todos
e não se prevê uma solução rápida que
resolva os conflitos entretanto criados.
As consequências dessas acções realiza-
das, sempre em nome da democracia e
dos direitos do homem, surgem agora
com a falência de estados e com o apa-
As reportagens publicadas nos órgãos
de comunicação social sobre a actual
crise dos refugiados e migrantes não são
diferentes daquelas que vimos durante a
guerra dos grandes lagos africanos entre
hutus e tutsis, entre outras, e são muito
reveladoras do sofrimento, da angústia
e do desespero que seres humanos pas-
sam para fugir dos horrores das guerras
e das más condições de vida que asso-
lam os seus países.
Esta crise, que é principalmente huma-
nitária, tem provocado milhares de
mortos e a transformar o Mar Mediter-
râneo num gigantesco cemitério.
A fotografia recentemente publicada
nos jornais, a criança branca morta tra-
zida pelo mar, não é nem mais nem
menos chocante ou terrível do que uma
outra publicada há uns anos e que tinha
uma criança negra a morrer e um abutre
a olhá-la. Ambas são indicadoras da
crueldade humana e da “besta” em que
o homem parece querer transformar-se.
Nos últimos cem anos, as conferências
que dividiram o mundo, em particular o
Médio Oriente e África, quase a regra e
esquadro e de acordo com os interesses
(petróleo e outras riquezas) das potên-
cias colonizadoras e vencedoras das
duas guerras mundiais (Estados Unidos,
França, Inglaterra e União Soviética)
não ajudaram em nada a resolução dos
problemas que foram surgindo.
A manutenção e apoio pela força, dos
regimes e países entretanto criados, deu
origem, anos mais tarde, ao aparecimen-
to de élites locais que conduziram, de
várias formas e ideologias, os seus po-
vos às lutas de libertação e à sua inde-
pendência.
recimento de movimentos nacionalistas
e terroristas cada vez mais violentos,
com o aparecimento de novas oligarqui-
as e o crescimento dos valores de extre-
ma-direita. Os países ricos tornaram-se
mais ricos, os países pobres ficaram
mais pobres e o mundo tornou-se mais
violento e menos seguro apesar da
construção de novos, físicos e não só
(novos muros foram construídos na
Húngria, em Israel e nos Estados Uni-
dos)
E hoje, pode perguntar-se quem criou,
armou e apoiou os talibãs, a Al Qaeda,e
o ISIS? Como se faz o contrabando de
armas, uma vez que os países em guerra
não são fabricantes de armamento mili-
tar? Quem espalhou o povo curdo e
porque não se criou já o Curdistão?
Onde estão os generais sunitas do exér-
cito de Sadam Hussein? Porque se inici-
ou a guerra entre Israel e a Palestina, no
Líbano e na Síria? Porque se apoiam
rebeldes e/ou governos em função dos
interesses dos apoiantes? Que aconte-
ceu às Primaveras Árabes? Porque não
ajudam e recebem os países árabes ricos
(Arábia Saudita, Qatar, Dubai e outros)
os seus concidadãos em dificuldades e
ajudam a resolver os conflitos existen-
tes? Porquê?
São perguntas como estas às quais os
governantes e dirigentes políticos de
todo o mundo devem procurar respon-
der claramente e não escudarem-se em
formalismos e declarações bonitas, mas
apenas de circunstância.
E os povos, cansados das guerras e das
miseráveis condições de vida que vêm
tendo, tornaram-se, obrigatoriamente e
naturalmente, refugiados e migrantes a
caminho da terra prometida europeia.
Como vai ser futuro?
A Europa está velha e carente de reno-
vação da população. A integração des-
tes refugiados e migrantes pode ser uma
boa solução para a renovação europeia,
pois parece ser uma população jovem e
qualificada aquela que procura refúgio
Artigo de Opinião
Causas e consequências da crise
Romão Trindade | CDU Alter do Chão
dos refugiados e
dos migrantes:
uma interpretação
Pá g in a 5O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
ristas, ditadores e tiranetes.
A entrada em massa destes e doutros
refugiados e migrantes, além de poder
renovar a população europeia, pode
tornar disponível mão de obra mais
barata, com a consequente precarização
e diminuição do custo do trabalho, para
os restantes europeus. A sua manuten-
ção em campo de refugiados e sem tra-
balho pode ser um foco criador de ten-
sões que, aproveitadas por alguém, se
pode tornar ambiente explosivo e ser
um polo aliciador de futuros integrantes
do ISIS.
A integração dos refugiados não pode
ter em atenção o seu credo religioso,
mas a comunidade europeia deve per-
manecer alerta contra todos os fenóme-
nos e tentativas de islamização da Euro-
pa que, naturalmente, vão aparecer.
A extrema direita europeia vai querer
aproveitar esta crise de refugiados e
migrantes para atiçar o ódio contra os
estrangeiros e diferentes e alargar a sua
influência junto das comunidades locais.
As manifestações xenófobas podem
aparecer
Até nas pequenas comunidades do inte-
rior de países como Portugal, onde o
no continente europeu. Obviamente
que nem todos os refugiados e migran-
tes são pessoas de bem, que querem
fugir à guerra e que aspiram apenas a ter
melhores condições de vida. Haverá
seguramente, entre eles, muitos indese-
jáveis, muitos oportunistas e talvez ter-
roristas. A sua integração na Europa e
no resto do mundo (os Estados Unidos
devem ser chamados para ajudar a re-
solver uma situação que ajudaram a
criar), embora desejável, levanta, com
certeza, muitos e variados problemas
para os quais não há soluções rápidas e
fáceis.
Sem uma integração adequada e sem a
resolução real dos problemas existentes
nos países que estão na origem desta
debandada de cidadãos não se consegui-
rá travar o ameaçador e bárbaro estado
islâmico, os talibãs ou o Boko Haram
que vêm destroçando, impunemente,
famílias, nações e países, e destruindo o
passado histórico/arqueológico, patri-
mónio da humanidade, de modo inqua-
lificável e injustificável. Só com a reso-
lução dos problemas reais daqueles po-
vos se poderá acabar com as guerras
locais generalizadas, os atentados terro-
trabalho o escasseia e a população resi-
dente é idosa mas, de um modo geral,
acolhedora, a integração de estrangeiros
pode levantar desconfianças e proble-
mas, pelo que é necessário agir com
muito cuidado e bom senso.
Não há qualquer dúvida de que a tarefa
que espera a actual e as próximas gera-
ções é ciclópica e aparece numa altura
de crise económica e social igualmente
muito grave.
É nestas alturas que a fraternidade e a
solidariedade são mais necessárias.
Serão a Europa e o resto do mundo
capazes de responder a mais este gigan-
tesco desafio? A resposta tem que ser
global e não é aceitável o que se passa
no interior da União Europeia. Ter paí-
ses a reclamar ajuda dos fundos comu-
nitários e, os mesmos países, a fechar a
porta a quem está a precisar de ajuda
humanitária é inqualificável.
Os dirigentes políticos e os governantes
têm o dever arranjar soluções e dar uma
resposta a esta gente que vive um dra-
ma terrível. Felizmente há povos que
querem ajudar outros povos.
E o inverno está a chegar.
Romão Trindade | CDU Alter do ChãoJoão Fonseca | Perito Avaliador de Imóveis
Pá g in a 6O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
eficiência... Financeira! Assim, se o
número de docentes reais for menor
que o número de docentes necessá-
rios, o MEC partilha 50% do diferen-
cial do n.º de docentes em valor
(referencial do valor docente - índice
151: 25.000 €), dividindo os lucros
dos despedimentos dos professores
com as Câmaras. E mais: a câmara
pode prescindir até 5% dos docentes
que se estima, até agora, como sendo
necessários. Ora, todos nós sabemos
que já são poucos os professores nas
escolas!
Todos nós sabemos que as escolas
precisam de mais professores.
Os atuais já estão sobrecarregados
com turmas até 30 alunos, com ca-
sos de necessidades educativas especi-
ais, muita burocracia e indisciplina,
sendo impossível a aplicação de um
ensino diferenciado. Para temos uma
noção mais exata, temos países como
o Chile, em que a municipalização
educacional foi promovida em simul-
tâneo com a
privatização do
sistema, ou
ainda o Brasil,
em que a con-
tratação dos
docentes dei-
xou de ser por
concurso públi-
co para ser feita
pela
“prefeitura”,
com contratos
precários e do-
centes com
medo de reivin-
dicarem direi-
tos e de serem
despedidos!
Resumindo,
mais despedi-
mento, mais
desemprego,
turmas maio-
res, menos su-
cesso educati-
vo. Promoção
do
“clientelismo”
e da desres-
ponsabilização
do Estado em termos sociais.
Destrói-se a escola pública e privilegia
-se o privado. Só falta a cereja no to-
po do bolo: o Cheque ensino!
Artigo de Opinião
Municipalização do ensino
Noel Roldão | Presidente da Assembleia Municipal de Seda
O Ministério da Educação e Ciência
(MEC) prepara-se para, neste ano
letivo 2015/2016, descentralizar a
educação e o ensino municipalizando-
o.
Assim, reuniu com mais de uma dúzia
de autarquias com o objetivo
de avançar com a descentralização de
competências na área da educação, ao
nível do ensino
básico e secun-
dário, criando as
“escolas munici-
pais” incluindo
o corpo docen-
te, as quais se-
rão geridas a
partir das câma-
ras.
Este processo,
tão importante
para o país, no-
meadamente
para os pais,
alunos, docentes
e não docentes,
tem sido feito
sem participa-
ção da comuni-
dade educativa,
num absoluto
secretismo.
A estratégia do
Ministério da
Educação e Ci-
ência assenta
em princípios
economicistas
absolutamente
incompatíveis
com valores que deveriam reger um
estado democrático, nomeadamente a
democratização do ensino, o sucesso
educativo para todos, a dignidade pro-
fissional, entre outros.
O Ministério da Educação e Ciência
irá premiar as câmaras com maior
Pá g in a 7O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
 Promessas
nunca cumpri-
das de cons-
trução da bar-
ragem do Pi-
são, que só é
assunto do
poder central
em vésperas
de eleições;
 Falta de
concertação
entre as obras do Estado e as
obras Municipais, aliada ao acesso
fácil dos fundos comunitários. Exem-
plo elucidativo foi a construção da
Zona Industrial. Para a Zona Indus-
trial funcionar, o IC 13 deveria ter
estado pronto na mesma altura e não
dez anos depois.
Ou seja, quando existia investimento
privado mas não havia IC13, para facili-
tar o acesso e aumentar a sua atrativida-
de. Quando apareceu a IC13, muitos
anos depois, já não existia investimento
privado;
 Aposta dos sucessivos executivos
camarários na execução de habitação
nova, ao longo dos anos 90 e início
do novo século, só tardiamente inver-
tida. É certo que as questões da reabi-
litação urbana só nos últimos anos
foram moda;
 Estratégia inexistente de promoção
turística do concelho.
Como inverter a situação?
 Despolitização das questões que gra-
Numa das três vias que ligavam Olisipo
(Lisboa) a Augusta Emerita (Mérida),
situa-se Abelterium (Alter do Chão),
edificada pelos romanos.
Os seus ex-libris são o Castelo, manda-
do erigir por D. Pedro I, os exemplares
arquitetónicos do renascimento, as ca-
sas apalaçadas e edifícios do estilo bar-
roco, a Coudelaria de Alter, fundada
por D. João V e dinamizada por D. José
I. Aliás, era daqui o cavalo “Gentil” que
serviu de modelo à estátua no Terreiro
do Paço. Mais recentemente, a Estação
Arqueológica de Ferragial D’El Rei.
E o seu imobiliário?
São casas abandonadas, de traça carac-
terística do Alentejo, com portas e jane-
las tapadas com tijolo, e uma zona in-
dustrial desocupada!
Como foi possível chegar a este ponto?
Por razões que não estão diretamente
ligadas ao imobiliário:
 Politicas públicas enganosas que leva-
ram à destruição da Coudelaria de
Alter;
vitam à volta da Coudelaria de Alter e
investimento na sua reorganização e
gestão. Investir na Coudelaria Nacio-
nal não é um investimento keynesia-
no. Representa vendas, representa
internacionalização, representa turis-
mo. Porque não a sua concessão a
privados, por um período de tempo
que assegure a sua rentabilidade, com
um caderno de encargos exaustivo e
exigente?;
 Construção da barragem do Pisão e
irrigação das terras do norte alenteja-
no. A freguesia de Seda, no concelho
de Alter do Chão, é um exemplo de
que a água é um fator de promoção
da agricultura. Existem extensões
imensas de olivais e de vinhas, tam-
bém acompanhadas de uma unidade
produtora de leite de nível internacio-
nal;
 Promoção de uma verdadeira estraté-
gia para o turismo, conceção de even-
tos culturais que possam ter um efei-
to “âncora” e acabar com as festinhas
de artistas de gosto duvidoso. É pre-
ciso procurar os turistas, chamá-los, e
não esperar que estes se lembrem que
Alter do Chão existe;
 Reabilitação do património imobiliá-
rio virada para o alojamento local.
E assim o imobiliário em Abelterium
agradecerá!
http://avaliarpatrimonio.blogspot.pt/
Romão Trindade | CDU Alter do Chão
Artigo de Opinião
E assim definhou abelterivm
João Fonseca | Perito Avaliador de Imóveis
Email:
cdualter2013@gmail.com
Facebook:
www.facebook.com/
cdu.alter
Pá g in a 8 O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8
Ficha Técnica
As próximas eleições legislativas são a
oportunidade para, com o seu voto,
melhorar o futuro deste país e deste
distrito. No próximo dia 4 de Outu-
bro, iremos eleger os deputados que
irão compor a futura Assembleia da
República e que determinarão com as
suas opções e com o seu trabalho o
futuro de todos nós. Na última déca-
da, a vida não tem sido fácil para a
grande maioria dos portugueses. A
instabilidade e as grandes dificuldades
geradas pelo desemprego, pelo traba-
lho precário ou por baixos salários
bateram à porta de milhares de famí-
lias.
No distrito de Portalegre, a falta de
condições de vida dignas é ainda mais
gritante, devido às décadas de aban-
dono e de desinvestimento ao qual o
Alto Alentejo foi votado pelos três
partidos que têm estado no governo
PS, PSD e CDS. Muitas pessoas, no-
meadamente os jovens em idade ativa,
viram se obrigadas a procurarem fora
do distrito o que aqui lhes era negado,
agravando ainda mais o problema de
despovoamento e de envelhecimento
que se vinha a fazer sentir nos últimos
15 anos. Entre 2001 e 2015, o distrito
perdeu cerca de 22 000 residentes, o
equivalente da população do Conce-
lho de Elvas, e perto de metade da
sua população tem mais de 65 anos.
Esta situação não é uma fatalidade.
Pode ser travada. Existem alternati-
vas, o distrito tal como o país têm
potencialidades! O seu voto será de-
terminante para mudar esta situação.
O Alto Alentejo, não tem tido voz,
nem força na Assembleia da Repúbli-
ca para defender os seus problemas
específicos, e confrontar os sucessivos
Governos (PS, PSD e CDS) com as
politicas que levaram a este declínio,
pelo facto, dos deputados eleitos por
este distrito serem dos mesmos parti-
dos e defenderem as mesmas politicas
que os Governos que as impuseram.
Para mudar esta realidade, a CDU é a
força que faz falta ao distrito de
Portalegre!
1º Candidata da CDU pelo
Distrito de Portalegre
Artigo de Opinião
O voto que pode mudar o distrito!
Manuela Cunha | Membro da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”
Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão
ISSN: 2183-4415
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição: Impressa e online (gratuitas)
Director: João Martins
Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17
7440 - 078 Alter do Chão
Telefone: 927 220 200
Email: cdualter2013@gmail.com
Facebook: www.facebook.com/cdu.alter

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Apresentação da candidata da CDU às eleições legislativas de 2015 em Portalegre

  • 1. Teve lugar no passado dia 1 de Julho, no Espaço Robinson, em Portale- gre, o Acto Público de apresentação do cabeça de lista pelo nosso distri- to, às eleições para a Assembleia da República de 2015. A candidata pelo círculo eleitoral de Portalegre da coligação entre o Par- tido Comunista Português, o Partido Ecologista «Os Verdes» e a Inter- venção Democrática, é Maria Manuela dos Santos Ferreira Cunha, ani- madora cultural, membro do Conselho Nacional e da Comissão Executi- va do Partido Ecologista “Os Verdes”. Os outros candidatos são o Joel Moriano, 23 anos, licenciado em Direito a frequentar o Mestrado em Direito do Trabalho e ligado ao movimento associativo estudantil, a Sílvia Feliz, 39 anos, Técnica de Recursos Hu- manos e dirigente sindical e o Vítor Martins, 38 anos, Técnico Superior do Serviço Distrital de Portalegre da Segurança Social. O AlterenseCDU Alter do Chão | Julho a Setembro de 2015 | Setembro de 2015 | N.º 8 | Ano II CDU Eleições Legislativas 2015 Desde esta data, a candidatura da CDU percorreu o dis- trito, contactando/reunindo com a população e com inúmeras entidades, no intuito de se inteirar, detalhada- mente, das potencialidades e riquezas da região e dos problemas que mais afectam o dia a dia de quem aqui reside, em áreas como a saúde, a educação e a cultura. Na abertura oficial da campanha, ocorrida a 17 de Setem- bro, sob o plátano do Rossio, em Portalegre, a CDU apresentou o seu compromisso pelo distrito. No âmbito do périplo levado acabo na região, a candida- tura da CDU esteve em Alter do Chão a 8 de Agosto, onde estabeleceu contactos com a população, distribuiu comunicados e apelou ao voto nas eleições de 4 de Outu- bro. Numa segunda deslocação ao nosso concelho, a 14 de Setembro, marcou presença em diversos serviços da Câmara Municipal, designadamente na Casa do Álamo, Arqueologia e Parque de Máquinas. Os actos públicos e os contactos efectuados contaram sempre com a presença de inúmeros militantes e apoian- tes da CDU.
  • 2. Pá g in a 2O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 As Eleições Legislativas Num ano de seca severa ou extrema (meteorológica, hidrológica e agrícola), das maiores dos últimos 70 anos, há eleições legislativas em Portugal. No dia 4 de Outubro, estaremos, provavelmente, a pedir ao S. Pedro que nos traga água, não que arrase açudes e pontes, mas que nos encha as fontes. Como é habitual, e 10 anos da seca de 2004/2005, não existem planos B ou C no que se refere à prevenção/ remediação da cíclica falta de água que assola o território nacional e que tanto afecta a agricultura, a pecuária e a economia do país. Vem tudo isto a propósito da mais que prometida, e não concretizada, Barragem do Pisão. É nestes tempos de seca que se torna ainda mais notória a necessidade e a falta da referida barragem. Com ela estaríamos bem melhor. É inadmissível o desprezo a que o Poder Central tem votado o Alto Alentejo pois aqui, não aparecem investimentos significativos há muitos anos. A CDU entende que é um dever reivindicar e apoiar a sua construção, porque é necessário, imperioso e urgente: BArrAgem Do PISãO  Dotar o distrito de Portalegre de uma reserva estratégica de água que possa garantir o abastecimento das populações;  Aumentar substancialmente a área de regadio, apoiando assim inúmeros agricultores e explorações agrícolas;  Evitar e inverter o processo de desertificação em curso no nosso distrito;  Estimular o aparecimento de novos agricultores e de novas culturas;  Manter a água como um bem público. Assim, quaisquer que sejam os deputados eleitos pelo distrito de Portalegre é sua missão, obrigação e dever lutar com todas as suas forças e fazer pressão junto do poder político saído das eleições para que a Barragem do Pisão seja uma realidade a muito curto prazo. Por tudo isto, no dia 4 de Outubro, vota em consciência. Vota CDU. A Comissão Concelhia da CDU de Alter do Chão Vota CDU. A Comissão Concelhia da CDU de Alter do Chão. Festas de Verão em Seda Como já vem sendo habitual realizaram-se, nos dias 31 de Julho, 1 e 2 de Agosto as tradicionais Festas de Verão, em Seda. As festas, organizadas pela, também já habitual grupo “Um por todos e todos por Seda”, tiveram por objecti- vo principal a angariação de fundos para o Lar de Nossa Sra.do Espinheiro. A população acorreu em grande número e, entre frangos e música, reviu amigos, conviveu e divertiu-se nesse fim de semana. No final, a Comissão, não contabilizando a contribuição da Câmara Municipal de Alter do Chão e da Junta de Fre- guesia de Seda, apresentou os seguintes resultados: O lucro das festas, 4.017,15 euros, foi entregue à Comis- são de Melhoramentos da Freguesia de Seda. Receitas Bar 7.463,80 Peditório da Colcha 957,73 Donativos 750,00 Total 9.171,53 Despesas Bebidas 2.497,85 Frangos + Serviço 1.589,01 T-Shirts 234,00 Carvão 220,00 Material descartável 293,30 Outros Géneros Alimentícios 320,22 Total 5.154,38
  • 3. Pá g in a 3O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 Actividades Autárquicas No âmbito das actividades autárquicas desenvolvidas pela CDU salientam-se a apresentação, em reunião de Câmara, de uma declaração sobre dois eventos, “Alter Abril – Cavalos e Toiros II” e “Programa – Somos Portugal – TVI, realizados em Alter do Chão e uma proposta sobre a utilização dos autocarros. Assim, no que se refere aos dois eventos, a CDU apresentou, em reunião de 19 de Junho, a seguinte declaração: DECLARAÇÃO Relativamente ao relatório sobre “Alter Abril – Cavalos e Toiros II”, verifica-se que na sua Introdução os verbos utilizados aparecem em tempos diferentes, ou seja, presente, passado e futuro, o que não é sinal de bem escrever. Numa leitura atenta do programa verifica-se que não houve uma única actividade realizada fora da sede do concelho e não se percebe bem porquê. O objectivo principal talvez devesse ser a divulgação do concelho. Foram entregues 2335 pulseiras das quais apenas foram vendidas 1670 (≈72%). A média de utilização diária (4 dias) foi de cerca 418, e o dia da tourada foi o melhor dia (702) e sendo o dia 11, o pior (206). Tudo isto se traduziu numa receita de 3340 euros, que não se diz a quem pertence. As associações que exploraram os bares tiveram neste período, em conjunto, uma receita de 7637,77 euros. Como nada é dito sobre as suas despesas, não se consegue saber se tiveram lucro ou prejuízo. Uma certeza existe, os custos associados a este evento são de 16134,35 euros e, deduz-se, foram suportados pela Câmara Municipal. Com a Câmara a pagar tudo é fácil trazer futebolistas solidários, aprendizes de forcados e de toureiros, artistas solidários, aficionados de todo o mundo, etc., etc. Até a alguns agentes económicos locais quem pagou foi a Câmara. Onde está a solidariedade e/ou o investimento dos outros agentes económicos da freguesia? Como o próprio relatório reconhece “O investimento realizado foi, de facto, elevado” e não aparece claro, neste relatório, um eventual retorno económico/turístico para a freguesia de Alter do Chão. Não parece haver motivos para deixar a “organização muito orgulhosa”, apesar dos auto-elogios que se encontram ao longo do relatório. Sobre o evento “Programa – Somos Portugal – TVI” pouco há a dizer, apesar das 6 horas de emissão. A qualidade do programa fala por si e não se percebe como é que os alterenses “regressaram à história e à tradição, à festa e à feira” com espectáculos como estes. Mais uma vez as freguesias não existiram e, fala-se, que apenas cerca de 15 habitantes das freguesias utilizaram os transportes que a Câmara pôs à sua disposição. O único resultado conhecido é o de 20839,42 euros associados a este evento e que foram, mais uma vez, suportados pela Câmara Municipal. Gastaram-se 36973,77 euros nestes dois eventos que em nada trazem ou marcam uma diferença positiva para o concelho de Alter do Chão. Estes dois relatórios desenvolvem-se à volta da palavra “potenciar” e seus derivados, uma vez que são referidos doze (12) vezes. De facto, parece ser um dado adquirido, todo concelho de Alter do Chão tem as suas potencialidades e não apenas a freguesia de Alter do Chão. A expressão “ é isto que o meu povo quer e é disto que o meu povo gosta” não pode continuar a ser o lema dos eventos realizados no concelho de Alter do Chão. Assim, nunca se sairá da cepa torta. Alter do Chão, 19 de Junho de 2015 O vereador eleito pela CDU Romão Trindade PROPOSTA O nº 1 do art.º 4º do Regulamento de Utilização dos Autocarros Municipais atribui à Câmara Municipal a competência para decidir sobre os pedidos de utilização dos autocarros. Em reunião de Câmara de 15 de Outubro de 2013 foi discutida e aprovada, por maioria, uma proposta sobre a delegação dessa competência no Presidente da Câmara. Esta decisão consta na Deliberação nº 003 publicada na acta dessa mesma reunião. Na mesma reunião discutiu-se a necessidade de promover alterações ao Regulamento de modo a actualizá-lo e a resolver casos omissos. Ora, tendo em consideração que:  Passaram quase dois anos e ainda não houve quaisquer alterações ao Regulamento de Utilização dos Autocarros Municipais;  O número solicitações para cedência de autocarros municipais, por parte das colectividades do concelho e das Juntas de Freguesia, tem vindo a aumentar;  O número de motoristas existentes é manifestamente insuficiente para satisfação de todas as solicitações;  Há um mal estar visível entre os motoristas dos autocarros devido à sobrecarga de trabalho sem as justas compensações;  Parte executivo camarário não tem conhecimento, à priori, da utilização dos autocarros;  Há dúvidas no cumprimento do nº 1 do art.º 2º do Regulamento;  Várias colectividades se têm vindo a queixar dos elevados encargos que têm de suportar com a cedência. proponho que, até à completa revisão do Regulamento de Utilização dos Autocarros Municipais, se dê cumprimento integral ao estipulado no nº1 do art.º 4º do referido Regulamento e seja anulada a Deliberação nº 003 no que, a este assunto, lhe diz respeito. Alter do Chão, 26 de Agosto de 2015 O vereador eleito pela CDU Romão Trindade Após análise e discussão, esta proposta foi aprovada por maioria (CDU+2 PS) com um voto contra (PSD) e uma abstenção (PSD).
  • 4. Pá g in a 4O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 Se é verdade que alguns povos se opu- seram à ideia de democracia ocidental, também é verdade que alguns líderes entretanto aparecidos, mais não foram do que uns meros títeres nas mãos dos “democratas” que os suportaram, apoi- aram e manipularam enquanto serviram fielmente os seus interesses. Mas, há sempre um dia em que os títe- res e tiranos querem deixar de ser ape- nas a voz do dono e passar a ter voz própria e a querer conduzir os seus pró- prios destinos. Nessas alturas, os “democratas” fazem florescer primave- ras, fomentam guerras locais, criam divisões, impõem sanções, apoiam sub- versões, criam embargos, fazem inter- venções militares cirúrgicas e sempre tudo em nome da paz, da democracia e da ordem. E aparecem os ditadores amigos e os ditadores inimigos. O que se tem visto nos últimos anos, mais não é do que o ocidente, suporta- do pelos Estados Unidos e União Euro- peia e apoiado militarmente pela NA- TO, a querer reaver o controlo político e económico desses países e a posse das suas riquezas naturais. Nem com o des- membramento da União Soviética/ Bloco de Leste e a queda do malfadado muro de Berlim, se caminhou para a paz e para o progresso, como se espera- va e era desejável. Relativamente ao Médio Oriente, a guerra dos 6 Dias, a guerra entre o Irão e o Iraque, a guerra civil no Líbano, a invasão do Iraque foram o início de uma nova era que prosseguiu no Afega- nistão, continuou na Síria e que ainda não se sabe como vai terminar. No que se refere a África, as primaveras árabes da Líbia, Tunísia e Egipto deu os resul- tados sobejamente conhecidos de todos e não se prevê uma solução rápida que resolva os conflitos entretanto criados. As consequências dessas acções realiza- das, sempre em nome da democracia e dos direitos do homem, surgem agora com a falência de estados e com o apa- As reportagens publicadas nos órgãos de comunicação social sobre a actual crise dos refugiados e migrantes não são diferentes daquelas que vimos durante a guerra dos grandes lagos africanos entre hutus e tutsis, entre outras, e são muito reveladoras do sofrimento, da angústia e do desespero que seres humanos pas- sam para fugir dos horrores das guerras e das más condições de vida que asso- lam os seus países. Esta crise, que é principalmente huma- nitária, tem provocado milhares de mortos e a transformar o Mar Mediter- râneo num gigantesco cemitério. A fotografia recentemente publicada nos jornais, a criança branca morta tra- zida pelo mar, não é nem mais nem menos chocante ou terrível do que uma outra publicada há uns anos e que tinha uma criança negra a morrer e um abutre a olhá-la. Ambas são indicadoras da crueldade humana e da “besta” em que o homem parece querer transformar-se. Nos últimos cem anos, as conferências que dividiram o mundo, em particular o Médio Oriente e África, quase a regra e esquadro e de acordo com os interesses (petróleo e outras riquezas) das potên- cias colonizadoras e vencedoras das duas guerras mundiais (Estados Unidos, França, Inglaterra e União Soviética) não ajudaram em nada a resolução dos problemas que foram surgindo. A manutenção e apoio pela força, dos regimes e países entretanto criados, deu origem, anos mais tarde, ao aparecimen- to de élites locais que conduziram, de várias formas e ideologias, os seus po- vos às lutas de libertação e à sua inde- pendência. recimento de movimentos nacionalistas e terroristas cada vez mais violentos, com o aparecimento de novas oligarqui- as e o crescimento dos valores de extre- ma-direita. Os países ricos tornaram-se mais ricos, os países pobres ficaram mais pobres e o mundo tornou-se mais violento e menos seguro apesar da construção de novos, físicos e não só (novos muros foram construídos na Húngria, em Israel e nos Estados Uni- dos) E hoje, pode perguntar-se quem criou, armou e apoiou os talibãs, a Al Qaeda,e o ISIS? Como se faz o contrabando de armas, uma vez que os países em guerra não são fabricantes de armamento mili- tar? Quem espalhou o povo curdo e porque não se criou já o Curdistão? Onde estão os generais sunitas do exér- cito de Sadam Hussein? Porque se inici- ou a guerra entre Israel e a Palestina, no Líbano e na Síria? Porque se apoiam rebeldes e/ou governos em função dos interesses dos apoiantes? Que aconte- ceu às Primaveras Árabes? Porque não ajudam e recebem os países árabes ricos (Arábia Saudita, Qatar, Dubai e outros) os seus concidadãos em dificuldades e ajudam a resolver os conflitos existen- tes? Porquê? São perguntas como estas às quais os governantes e dirigentes políticos de todo o mundo devem procurar respon- der claramente e não escudarem-se em formalismos e declarações bonitas, mas apenas de circunstância. E os povos, cansados das guerras e das miseráveis condições de vida que vêm tendo, tornaram-se, obrigatoriamente e naturalmente, refugiados e migrantes a caminho da terra prometida europeia. Como vai ser futuro? A Europa está velha e carente de reno- vação da população. A integração des- tes refugiados e migrantes pode ser uma boa solução para a renovação europeia, pois parece ser uma população jovem e qualificada aquela que procura refúgio Artigo de Opinião Causas e consequências da crise Romão Trindade | CDU Alter do Chão dos refugiados e dos migrantes: uma interpretação
  • 5. Pá g in a 5O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 ristas, ditadores e tiranetes. A entrada em massa destes e doutros refugiados e migrantes, além de poder renovar a população europeia, pode tornar disponível mão de obra mais barata, com a consequente precarização e diminuição do custo do trabalho, para os restantes europeus. A sua manuten- ção em campo de refugiados e sem tra- balho pode ser um foco criador de ten- sões que, aproveitadas por alguém, se pode tornar ambiente explosivo e ser um polo aliciador de futuros integrantes do ISIS. A integração dos refugiados não pode ter em atenção o seu credo religioso, mas a comunidade europeia deve per- manecer alerta contra todos os fenóme- nos e tentativas de islamização da Euro- pa que, naturalmente, vão aparecer. A extrema direita europeia vai querer aproveitar esta crise de refugiados e migrantes para atiçar o ódio contra os estrangeiros e diferentes e alargar a sua influência junto das comunidades locais. As manifestações xenófobas podem aparecer Até nas pequenas comunidades do inte- rior de países como Portugal, onde o no continente europeu. Obviamente que nem todos os refugiados e migran- tes são pessoas de bem, que querem fugir à guerra e que aspiram apenas a ter melhores condições de vida. Haverá seguramente, entre eles, muitos indese- jáveis, muitos oportunistas e talvez ter- roristas. A sua integração na Europa e no resto do mundo (os Estados Unidos devem ser chamados para ajudar a re- solver uma situação que ajudaram a criar), embora desejável, levanta, com certeza, muitos e variados problemas para os quais não há soluções rápidas e fáceis. Sem uma integração adequada e sem a resolução real dos problemas existentes nos países que estão na origem desta debandada de cidadãos não se consegui- rá travar o ameaçador e bárbaro estado islâmico, os talibãs ou o Boko Haram que vêm destroçando, impunemente, famílias, nações e países, e destruindo o passado histórico/arqueológico, patri- mónio da humanidade, de modo inqua- lificável e injustificável. Só com a reso- lução dos problemas reais daqueles po- vos se poderá acabar com as guerras locais generalizadas, os atentados terro- trabalho o escasseia e a população resi- dente é idosa mas, de um modo geral, acolhedora, a integração de estrangeiros pode levantar desconfianças e proble- mas, pelo que é necessário agir com muito cuidado e bom senso. Não há qualquer dúvida de que a tarefa que espera a actual e as próximas gera- ções é ciclópica e aparece numa altura de crise económica e social igualmente muito grave. É nestas alturas que a fraternidade e a solidariedade são mais necessárias. Serão a Europa e o resto do mundo capazes de responder a mais este gigan- tesco desafio? A resposta tem que ser global e não é aceitável o que se passa no interior da União Europeia. Ter paí- ses a reclamar ajuda dos fundos comu- nitários e, os mesmos países, a fechar a porta a quem está a precisar de ajuda humanitária é inqualificável. Os dirigentes políticos e os governantes têm o dever arranjar soluções e dar uma resposta a esta gente que vive um dra- ma terrível. Felizmente há povos que querem ajudar outros povos. E o inverno está a chegar. Romão Trindade | CDU Alter do ChãoJoão Fonseca | Perito Avaliador de Imóveis
  • 6. Pá g in a 6O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 eficiência... Financeira! Assim, se o número de docentes reais for menor que o número de docentes necessá- rios, o MEC partilha 50% do diferen- cial do n.º de docentes em valor (referencial do valor docente - índice 151: 25.000 €), dividindo os lucros dos despedimentos dos professores com as Câmaras. E mais: a câmara pode prescindir até 5% dos docentes que se estima, até agora, como sendo necessários. Ora, todos nós sabemos que já são poucos os professores nas escolas! Todos nós sabemos que as escolas precisam de mais professores. Os atuais já estão sobrecarregados com turmas até 30 alunos, com ca- sos de necessidades educativas especi- ais, muita burocracia e indisciplina, sendo impossível a aplicação de um ensino diferenciado. Para temos uma noção mais exata, temos países como o Chile, em que a municipalização educacional foi promovida em simul- tâneo com a privatização do sistema, ou ainda o Brasil, em que a con- tratação dos docentes dei- xou de ser por concurso públi- co para ser feita pela “prefeitura”, com contratos precários e do- centes com medo de reivin- dicarem direi- tos e de serem despedidos! Resumindo, mais despedi- mento, mais desemprego, turmas maio- res, menos su- cesso educati- vo. Promoção do “clientelismo” e da desres- ponsabilização do Estado em termos sociais. Destrói-se a escola pública e privilegia -se o privado. Só falta a cereja no to- po do bolo: o Cheque ensino! Artigo de Opinião Municipalização do ensino Noel Roldão | Presidente da Assembleia Municipal de Seda O Ministério da Educação e Ciência (MEC) prepara-se para, neste ano letivo 2015/2016, descentralizar a educação e o ensino municipalizando- o. Assim, reuniu com mais de uma dúzia de autarquias com o objetivo de avançar com a descentralização de competências na área da educação, ao nível do ensino básico e secun- dário, criando as “escolas munici- pais” incluindo o corpo docen- te, as quais se- rão geridas a partir das câma- ras. Este processo, tão importante para o país, no- meadamente para os pais, alunos, docentes e não docentes, tem sido feito sem participa- ção da comuni- dade educativa, num absoluto secretismo. A estratégia do Ministério da Educação e Ci- ência assenta em princípios economicistas absolutamente incompatíveis com valores que deveriam reger um estado democrático, nomeadamente a democratização do ensino, o sucesso educativo para todos, a dignidade pro- fissional, entre outros. O Ministério da Educação e Ciência irá premiar as câmaras com maior
  • 7. Pá g in a 7O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8  Promessas nunca cumpri- das de cons- trução da bar- ragem do Pi- são, que só é assunto do poder central em vésperas de eleições;  Falta de concertação entre as obras do Estado e as obras Municipais, aliada ao acesso fácil dos fundos comunitários. Exem- plo elucidativo foi a construção da Zona Industrial. Para a Zona Indus- trial funcionar, o IC 13 deveria ter estado pronto na mesma altura e não dez anos depois. Ou seja, quando existia investimento privado mas não havia IC13, para facili- tar o acesso e aumentar a sua atrativida- de. Quando apareceu a IC13, muitos anos depois, já não existia investimento privado;  Aposta dos sucessivos executivos camarários na execução de habitação nova, ao longo dos anos 90 e início do novo século, só tardiamente inver- tida. É certo que as questões da reabi- litação urbana só nos últimos anos foram moda;  Estratégia inexistente de promoção turística do concelho. Como inverter a situação?  Despolitização das questões que gra- Numa das três vias que ligavam Olisipo (Lisboa) a Augusta Emerita (Mérida), situa-se Abelterium (Alter do Chão), edificada pelos romanos. Os seus ex-libris são o Castelo, manda- do erigir por D. Pedro I, os exemplares arquitetónicos do renascimento, as ca- sas apalaçadas e edifícios do estilo bar- roco, a Coudelaria de Alter, fundada por D. João V e dinamizada por D. José I. Aliás, era daqui o cavalo “Gentil” que serviu de modelo à estátua no Terreiro do Paço. Mais recentemente, a Estação Arqueológica de Ferragial D’El Rei. E o seu imobiliário? São casas abandonadas, de traça carac- terística do Alentejo, com portas e jane- las tapadas com tijolo, e uma zona in- dustrial desocupada! Como foi possível chegar a este ponto? Por razões que não estão diretamente ligadas ao imobiliário:  Politicas públicas enganosas que leva- ram à destruição da Coudelaria de Alter; vitam à volta da Coudelaria de Alter e investimento na sua reorganização e gestão. Investir na Coudelaria Nacio- nal não é um investimento keynesia- no. Representa vendas, representa internacionalização, representa turis- mo. Porque não a sua concessão a privados, por um período de tempo que assegure a sua rentabilidade, com um caderno de encargos exaustivo e exigente?;  Construção da barragem do Pisão e irrigação das terras do norte alenteja- no. A freguesia de Seda, no concelho de Alter do Chão, é um exemplo de que a água é um fator de promoção da agricultura. Existem extensões imensas de olivais e de vinhas, tam- bém acompanhadas de uma unidade produtora de leite de nível internacio- nal;  Promoção de uma verdadeira estraté- gia para o turismo, conceção de even- tos culturais que possam ter um efei- to “âncora” e acabar com as festinhas de artistas de gosto duvidoso. É pre- ciso procurar os turistas, chamá-los, e não esperar que estes se lembrem que Alter do Chão existe;  Reabilitação do património imobiliá- rio virada para o alojamento local. E assim o imobiliário em Abelterium agradecerá! http://avaliarpatrimonio.blogspot.pt/ Romão Trindade | CDU Alter do Chão Artigo de Opinião E assim definhou abelterivm João Fonseca | Perito Avaliador de Imóveis
  • 8. Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/ cdu.alter Pá g in a 8 O A lt eren se S et emb ro de 20 15 | N. º 8 Ficha Técnica As próximas eleições legislativas são a oportunidade para, com o seu voto, melhorar o futuro deste país e deste distrito. No próximo dia 4 de Outu- bro, iremos eleger os deputados que irão compor a futura Assembleia da República e que determinarão com as suas opções e com o seu trabalho o futuro de todos nós. Na última déca- da, a vida não tem sido fácil para a grande maioria dos portugueses. A instabilidade e as grandes dificuldades geradas pelo desemprego, pelo traba- lho precário ou por baixos salários bateram à porta de milhares de famí- lias. No distrito de Portalegre, a falta de condições de vida dignas é ainda mais gritante, devido às décadas de aban- dono e de desinvestimento ao qual o Alto Alentejo foi votado pelos três partidos que têm estado no governo PS, PSD e CDS. Muitas pessoas, no- meadamente os jovens em idade ativa, viram se obrigadas a procurarem fora do distrito o que aqui lhes era negado, agravando ainda mais o problema de despovoamento e de envelhecimento que se vinha a fazer sentir nos últimos 15 anos. Entre 2001 e 2015, o distrito perdeu cerca de 22 000 residentes, o equivalente da população do Conce- lho de Elvas, e perto de metade da sua população tem mais de 65 anos. Esta situação não é uma fatalidade. Pode ser travada. Existem alternati- vas, o distrito tal como o país têm potencialidades! O seu voto será de- terminante para mudar esta situação. O Alto Alentejo, não tem tido voz, nem força na Assembleia da Repúbli- ca para defender os seus problemas específicos, e confrontar os sucessivos Governos (PS, PSD e CDS) com as politicas que levaram a este declínio, pelo facto, dos deputados eleitos por este distrito serem dos mesmos parti- dos e defenderem as mesmas politicas que os Governos que as impuseram. Para mudar esta realidade, a CDU é a força que faz falta ao distrito de Portalegre! 1º Candidata da CDU pelo Distrito de Portalegre Artigo de Opinião O voto que pode mudar o distrito! Manuela Cunha | Membro da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes” Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão ISSN: 2183-4415 Periodicidade: Trimestral Tiragem: 250 exemplares Distribuição: Impressa e online (gratuitas) Director: João Martins Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17 7440 - 078 Alter do Chão Telefone: 927 220 200 Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/cdu.alter