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Realizou-se no dia 23 de Abril de 2017, na Sala Polivalen-
te em Monforte, o almoço regional comemorativo do 96º
aniversário do Partido Comunista Português, que contou
com a presença do Secretário-Geral Jerónimo de Sousa.
Foi um importante momento de convívio e de discussão,
cujo objectivo principal é reforçar a intervenção do PCP
e da CDU no distrito de Portalegre.
O AlterenseCDU Alter do Chão | Abril a Junho de 2017 | Julho de 2017 | N.º 15 | Ano IV
CDU
Almoço Regional do PCP em Monforte
Pá g in a 2O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
Comemorações do 25 de Abril
A comemoração do 25 de Abril em Alter do Chão
precisa de ser alterada. A democracia e o poder local
democrático são duas das conquistas com maior
significado e mais importantes da Revolução dos
Cravos. A importância do acontecimento e as
transformações operadas no país justificam-na
plenamente.
Depois do hastear da bandeira nacional nos Paços
do Concelho, a Banda Municipal Alterense fez as
habituais actuações nas freguesias. Na Chancelaria e
Cunheira a banda actuou no largo da vila perante
muitos populares.
Em Seda, realizou-se a tradicional arruada, que teve
o acompanhamento da população.
Na reunião da Assembleia Municipal de 28 de Abril
de 2017, os eleitos da CDU apresentaram a seguinte
moção, que foi aprovada por unanimidade:
MOÇÃO
No dia 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças
Armadas devolveu ao povo português a liberdade há muito
esperada e desejada.
A Revolução dos Cravos, um acto de emancipação social e
nacional, constituiu dos acontecimentos mais marcantes da
história de Portugal, pelas transformações sociais que originou
e pela importância que teve na vida dos portugueses.
O Poder Local democrático é uma das grandes conquistas de
Abril que vai resistindo e que demonstra bem a ligação entre o
povo e as suas instituições locais.
A crise económica e social atirou milhares de portugueses para
o desemprego, o que levou ao empobrecimento generalizado da
população. Portugal tornou-se um estado mais desigual.
No entanto, a esperança de continuar Abril permanece bem
viva em cada português e merece ser renovada em cada acto.
O 1º de Maio é igualmente um data importante para milhões
de portugueses. Vamos todos celebrar Maio para continuar
Abril.
A Assembleia Municipal de Alter do Chão, reunida em
sessão ordinária a 28 de Abril de 2017, saúda o 25 de
Abril. Saúda igualmente o 1º de Maio e apela à participação
dos portugueses na celebração do Dia dos Trabalhadores,
jornada de luta em prol de melhores condições de vida social,
económica e cultural para o povo português.
Alter do Chão, 28 de Abril de 2017
Os eleitos da CDU à Assembleia Municipal
ALTER DO CHÃO
CHANÇA
CUNHEIRA
SEDA
Pá g in a 3O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
Intervenção do Presidente da Junta de Freguesia de Seda - CDU
iniciámos em 2013.
Mais projectos e maiores desafios, com o máximo empenho e dedicação, para
conseguir o bem-estar da população, apoiando as crianças, os jovens, os idosos e
os mais carenciados, pondo em prática iniciativas de desenvolvimento e
promoção da nossa freguesia, da nossa terra.
Acredito num Portugal democrático e livre. Acredito que juntos venceremos.
Portugal, o Alentejo e Seda, em liberdade e em democracia, lutaram sempre
pelos ideais da revolução.
Se um cravo dá mais força à liberdade, a luta pelos valores de Abril dá
expressão à Democracia.
Viva a Liberdade,
Viva o 25 de Abril,
Viva Portugal.
Mário Sérgio
Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Exmo. Sr. Presidente do Centro Comunitário Nª Srª do Espinheiro
Exmo. Sr. Presidente da Banda Municipal Alterense
Exmo. Sr. Presidente do GAC
Exmo. Sr. Maestro da Banda
Minhas Senhoras e meus Senhores
Graças à Revolução de Abril de 1974, vivemos num país livre e democrático. Porém,
infelizmente, porque alguns teimaram em sucessivos governos favorecer os que mais
têm e a desprezar consecutivamente os mais pobres e que humildemente trabalham,
Portugal, nestes últimos 43 anos, nem sempre se revelou um país
verdadeiramente democrático e justo, contrariando assim o propósito da revolução.
Em nome da liberdade conseguida pela Revolução dos Cravos e pela firmeza dos
valores de Abril, devemos continuar a lutar com os nossos deveres e a revindicar mais
direitos, melhores condições de trabalho, de saúde e educação ao poder
central, proporcionando a todos os portugueses maior igualdade social.
Um país pobre e carenciado, não é um país verdadeiramente livre, porque mantém a
população refém da pobreza, privando-a dos sonhos e ambições de uma vida plena,
pelo que não devemos baixar os braços e deixar de reivindicar por um Portugal
melhor.
Face à conjuntura política actual, o país mostra pequenos sinais de recuperação, na
sequência de um trabalho conjunto de resgate de uma população privada de direitos e
liberdades, uma população angustiada, triste, desiludida e fortemente penalizada.
Quarenta e três anos depois e sempre Abril vencerá, pois as conquistas da revolução
devem prevalecer, principalmente em regiões como o Alentejo, onde o isolamento e as
carências das populações persistem.
Inverter o despovoamento, aumentar o investimento e promover as potencialidades do
interior são prioridades absolutas pelas quais todos devemos ambicionar e exigir a
quem nos governa.
A Revolução de Abril devolveu a democracia aos portugueses que passaram a exercer
o seu direito de voto, decidindo em liberdade os destinos do país.
No próximo dia 1 de Outubro os portugueses são chamados novamente às urnas
para novas eleições autárquicas, livres e democráticas, pelo que terminarei este
mandato orgulhoso do trabalho desenvolvido em prol da população de Seda,
nomeadamente de dinamização e valorização da freguesia e de minimização dos
efeitos nefastos da profunda crise que assolou o nosso país e que ainda se manifesta
para muitos portugueses.
Orgulhoso, mas não satisfeito, porque os sedenses merecem muito mais e melhor.
Se me considerarem digno da vossa de confiança poderei estar convosco novamente na
linha da frente dos destinos da nossa freguesia, para dar continuidade ao trabalho que
Pá g in a 4O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
Dia do Município
barragem, quando na banca se enterram milhares de milhões cada vez que
entra em dificuldades que não são provocadas pelo povo trabalhador
português?
Há alternativa à barragem? Está planeado para Alter do Chão algum grande
investimento industrial ou agrícola? Se sim, qual ou quais? Se não, porquê?
Seria bom ter uma resposta positiva para alimentarmos a esperança de
podermos continuar vivos, actuantes e não nos sentirmos abandonados.
Sem investimentos, públicos e/ou privados no nosso distrito e no nosso
concelho, esta situação não vai mudar, antes pelo contrário, vai piorar.
É que com mais agricultura e mais indústria há mais trabalho, mais
população e, consequentemente, mais desenvolvimento económico,
social e cultural.
Não haverá aqui uma grande falta de vontade política, relativamente ao nosso
distrito? Ou não pressionamos nós o suficiente e não fazemos um lobby forte?
A redução do défice é muito importante, mas o investimento público para
melhoria das condições de vida das populações é ainda mais importante.
Apesar do anúncio da criação de mais de 100000 postos de trabalho e da
diminuição do número de desempregados (cerca de 10%), cremos que estes
números também se disfarçam com estágios profissionais, acções de formação,
programas de curta duração e muitos ordenados mínimos.
A precaridade existe (o Eurostat aponta para 22% dos trabalhadores) e tem
de ser combatida de modo eficaz, não só na Administração Central como na
Administração Local, quando exista.
No concelho de Alter do Chão, e em 2016, a média mensal de desempregados
foi de cerca 115 para homens, 132 para mulheres e a oferta de emprego total
foi apenas de cerca de 4/mês. Nos primeiros 4 meses de 2017 os números,
entretanto apurados, não são muito diferentes, mulheres 136, homens 117 e
ofertas de trabalho 5. É muito para os desempregados e pouco para as ofertas
de emprego.
Queremos ter esperança em mais trabalho, mas mais trabalho digno,
pois sem isto é a dignidade do HOMEM que está posta em causa.
A transferência de competências do Poder Central para o Poder
Local está na ordem do dia mas, sem as adequadas compensações humanas e
financeiras, o trabalho das autarquias locais fica bastante dificultado.
“A descentralização é para nós uma prioridade, sendo mesmo a base de uma
reforma de Estado”, disse o sr. Ministro Adjunto. Esperamos que o
Plano de Descentralização, tão apregoado pelo Governo e que tem
Decorreu no passado 25 de Maio o Dia do Município, que não
contou, este ano, com a presença de qualquer membro do governo
(talvez falta de tempo ou trabalho a mais).
Nas cerimónias alusivas a este dia, devem salientar-se a entrega de
uma nova ambulância, financiada pela Câmara Municipal, aos
Bombeiros Voluntários, a muito justa homenagem ao prof. Calado
Mendes pela sua dedicação ao ensino e a Alter do Chão e o
espectacular concerto pela Banda Municipal Alterense.
Como vem sendo hábito, na cerimónia oficial, usaram da palavra,
além do Presidente da Câmara, os vereadores da oposição. O
vereador da CDU, Romão Trindade, fez a seguinte intervenção:
Senhores autarcas
Senhores convidados
Caros habitantes do concelho de Alter do Chão
Não tivemos desta vez, a visita de um membro do governo da República na
comemoração do dia do Município, o último deste mandato autárquico.
Estas visitas, que estão habitualmente associadas a festividades ou
inaugurações devem servir, também, para falarmos daquilo que nos aflige, das
nossas dúvidas e, por que não, das nossas esperanças.
O concelho de Alter do Chão tem apenas, de acordo com informação oficial de
2016, 2830 eleitores pois perdeu cerca de 215 desde 2013, ocupando por
isso, o 12º lugar entre os 15 concelhos do distrito de Portalegre, que conta,
também ele, com apenas 99353 eleitores.
São poucos habitantes e o despovoamento do concelho e do distrito não
dá sinais de inversão.
A tão falada e anunciada Barragem do Pisão não se faz porquê? Já
ouvimos o sr. Ministro da Agricultura dizer que com a barragem feita, cuja
execução depende do Ministério do Ambiente, estará disponível para a
realização do plano de rega. Acreditamos que a construção desta barragem é
uma boa solução, e de importância fundamental, para o distrito de
Portalegre e, em particular, para Alter do Chão, quer do ponto de vista de
reserva de água quer do ponto de vista agrícola.
Será assim tão difícil arranjar os cerca de 100 milhões euros para construir a
Intervenção da CDU
Pá g in a 5O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
como objectivo aprofundar a democracia local, melhorar os serviços públicos de
proximidade e atribuir novas competências às autarquias locais seja uma
realidade e não uma mera manobra eleitoralista.
Obviamente que a descentralização é necessária, mas deve basear-se numa
delimitação clara de competências entre os diferentes Poderes, contribuir
para a coesão territorial e ser capaz de responder aos direitos e interesses das
populações. Espera-se assim, que com uma maior e melhor alocação de
recursos se estimule o crescimento económico, com o consequente desenvolvimento
social e cultural. E a coesão territorial também passa pela harmonização
dos preços da água e do lixo, pelo acesso à saúde e à educação, pela melhoria
dos transportes rodoviários e pela renovação do transporte ferroviário, etc. etc.
A título de exemplo, recorda-se que se torna muito difícil aceitar a razão
ou razões que levam a que o preço da água no litoral seja bastante menor que
no interior (o 1º escalão em Alter do Chão é de 80 cêntimos e em Loures é de
52,65 cêntimos), o mesmo se passa com a taxa de recursos hídricos (1,19
cêntimos em Alter do Chão contra 0,45 cêntimos em Loures, para o
saneamento), quando o preço da electricidade é o mesmo em todo país. E
estamos no mesmo país, que não é assim tão grande.
No que diz respeito à educação e à saúde, apesar da municipalização destas
valências ser muito discutível, o que é indiscutível é a necessidade de mais e
melhor instrução para combater o insucesso escolar e fomentar a fixação de
jovens e mais e melhores condições de saúde para melhoria da qualidade
de vida da população em geral e, sobretudo, dos nossos idosos, cada vez em
maior número. O Governo central tem de atender a esta situação.
A pseudo reforma que se quis fazer com extinção de inúmeras freguesias,
e do fecho de inúmeros serviços públicos, contra a vontade das populações, não
ajudou a inverter a situação de desertificação e abandono em que se
encontra o interior alentejano. Esperamos agora que, com as novas
remodelações e reformas, não nos venham também fechar a Caixa Geral
de Depósitos, a Repartição de Finanças ou outro qualquer serviço público.
No que se refere à Coudelaria de Alter, o ex libris de Alter do Chão,
apesar do anúncio feito por 3 ministros, em Novembro de 2016, que seria à
volta do turismo e do Cavalo Alter que se delinearia a estratégia de
desenvolvimento de importância local, distrital, nacional e até internacional, o
seu futuro continua, aparentemente, incerto e à mercê de vontades ou
oportunidades políticas. Quando podemos ter uma resposta positiva?
As relações de Portugal com a União Europeia não podem ser de submissão
aos interesses dos mais fortes e continuarem a ser as de bons e obedientes
alunos. Apesar da já esperada recomendação para Encerramento do
Procedimento por Défice Excessivo, Portugal, com a força do seu
Povo, tem que ser capaz de dizer não, sempre que os interesses dos
portugueses sejam postos em causa. E hoje, já se fala na revisão dos
tratados e na refundação histórica da União Europeia.
Minhas senhoras e meus senhores, estas são algumas das nossas dificuldades e
alguns dos nossos anseios que esperamos venham a ser dissipados rapidamente,
apesar de sabermos que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”.
A CDU de Alter do Chão é uma força política responsável que não é
oposição porque sim ou porque não. Não é essa a sua maneira de estar na
política. Não é obediente, não odeia, não mente, não menospreza e não
maldiz. Quando concorda vota a favor, quando discorda vota contra, apresenta
propostas e bate-se sempre pelo desenvolvimento económico, social e
cultural do concelho de Alter do Chão e dos seus habitantes.
Assim, a CDU do concelho de Alter do Chão fará todos os esforços para que
nas próximas eleições autárquicas as suas listas aos diversos órgãos sejam
fortes, transparentes e possam apresentar propostas que melhor sirvam os
interesses do nosso concelho e das nossas gentes, seguindo o lema Trabalho,
Honestidade e Competência.
Pelo concelho de Alter do Chão e pelo Alto Alentejo
A luta continua
Alter do Chão, 25 de Maio de 2017
O vereador eleito pela CDU
Romão Trindade
Pá g in a 6 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
No período de Janeiro a Abril de 2017,
de acordo com os dados fornecidos
pelo IEFP e por informações recolhi-
das pela USNA, o desemprego no
concelho de Alter do Chão é o que se
apresenta.
Alguns números do concelho de Alter do Chão
H M T O
jan 116 131 247 5
fev 119 139 258 7
mar 119 137 256 2
abr 116 136 252 5
Desemprego no concelho
Habitantes no concelho
De acordo com as estimativas anuais
do Instituto Nacional de Estatística,
nos últimos anos, todos os concelhos
do distrito de Portalegre registaram
uma clara diminuição da sua popula-
ção.
2012 2013 2014 2015
3.501 3.462 3.384 3.308
Candidatos no
Concelho
Eleitores
Candidatos
efectivos
Candidatos
suplentes
Câmara
Municipal
2.826 5 2
Assembleia
Municipal
2.826 15 5
Candidatos nas
Assembleias de Freguesia
Eleitores
Candidatos
efectivos
Candidatos
suplentes
Alter do Chão 1.868 9 3
Chancelaria 385 7 3
Cunheira 279 7 3
Seda 294 7 3
Pá g in a 7 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
Em 1578, o desaparecimento de um Rei (D. Sebastião) na batalha de
Alcácer Quibir deu corpo a uma lenda que nos dizia que numa manhã
de nevoeiro haveria de aparecer esse Rei! Até aos dias de hoje já existi-
ram milhares de manhãs de nevoeiro e o Rei, até hoje, continua por
aparecer... não se sabendo se a culpa é da lenda ou será do Rei
Para mim, desde os tempos de Escola Primaria, o Rei tinha morrido e
nunca qualquer nevoeiro poderá deixar ver a verdade!
Em 1748 por um outro Rei, o D. João V, decretou o início de vida da
Coudelaria de Alter. D. João V pode ser considerado o “Pai” dessa
jóia de Alter do Chão.
Temos uma morte encoberta por nevoeiro e uma vida, que como
todas as vidas, no seu percurso vai encontrar momentos altos e baixos,
sobressaltos e tranquilidade, consoante os interesses em disputa.
Para quem se recorda da Coudelaria, sem os nevoeiros que a assolam
de há uns anos para cá, não necessito de recorrer ao seu Histórico
centenário, reconhecendo aqui, humildemente, que não disponho da
formação académica para o fazer.
Tenho sim a vivência do que representou para a minha terra. Isto é o
suficiente e chega-me para sentir que a Coudelaria não pode continuar
sendo um sorvedouro de dinheiro sem o seu equivalente aproveita-
mento. Nem pode continuar a ser tratada como um doente que não
sente, nem lhe dão melhoras adiando a sua cura.
Convinha não esquecer só a importância Histórica da Coudelaria. É
importante lembrar a valorosa contribuição que durante muitas deze-
nas de anos deu na fixação de postos de trabalho, contribuindo para
fixar residentes em Alter do Chão. Uma terra e sede do Concelho com
uma preocupante perda de população!
Convinha aqui lembrar que a Coudelaria não teve, ou tinha, como
referência só a Raça do Cavalo Alter. A área da Coudelaria permitiu
um aproveitamento enorme de outras culturas de agricultura, tendo
uma barragem, olival, cereal e forragens. Teve gado bovino de raça de
referência, lanígero, suíno, caprino, muares. Milhares de perus e patos
de raça que eram vendidos e transportados na camioneta da Coudela-
ria para Lisboa. Teve oficinas de apoio a todas as necessidades e espé-
cies. Tinha a messe dos funcionários superiores, cantina para os outros
empregados e também uma completa cantina estabelecimento com
géneros alimentícios próprios, até ao vestuário e calçado. Havia lagar
de azeite, padaria e barbearia. Produzia manteiga de alta qualidade.
Havia uma casa na Rua de Santarém conhecida pela Casa da Vila onde
se chegou a vender o leite.
Tudo isto criou centenas de postos de trabalho desde veterinários,
regentes agrícolas, equitadores, tratadores de todas as espécies de ani-
mais e aves, auxiliares, telefonista, muitos empregados amanuenses em
várias repartições, pessoal de limpeza, várias dezenas de outros. Ape-
sar de todo este grande movimento nunca deixou de ser a Sala de
Visitas para as centenas de pessoas que já se deslocavam, até do es-
trangeiro, para conhecer os exemplares da raça Cavalos ALTER e
ainda visitar todo o complexo da Coudelaria.
Agora fica a minha interrogação:
Porquê e quais os interesses que se teriam movido para deixar morrer
esta vida, que sempre deu estabilidade de vida a Alter do Chão? Os
avultados investimentos nas alternativas que se foram sucedendo o
que beneficiou no desenvolvimento e na rentabilidade económica da
Coudelaria? E de Alter do Chão?
Agora com a recente vinda da 2ª deslocação da equipa Ministerial à
Coudelaria, fico muito expectante e aguardo que propagados resulta-
dos possam refazer tudo o que existiu e deu vida à Coudelaria e a
Alter do Chão. Isso é muitíssimo mais importante que uma próxima
Eleição Autárquica.
Em 2017 o nevoeiro dissipou-se e chegou a hora de honrar a obra
iniciada pelo Rei D. João V?
S. Tomé dizia: “VER PARA CRER”.
Eu espero ainda cá estar para ver.
Artigo de Opinião
Era uma vez ...
José Afonso Henriques | CDU Alter do Chão
Coudelaria de Alter | Cavalo Alter Real
Email:
cdualter2013@gmail.com
Facebook:
www.facebook.com/
cdu.alter
Pá g in a 8 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15
Ficha Técnica
Somos candidatos da CDU a todos os órgãos autárquicos do conce-
lho de Alter do Chão, nas eleições de 1 de Outubro de 2017.
A equipa da CDU que aqui nasceu, aqui fez parte da sua vida pessoal
e/ou profissional, não vem à procura de emprego, não quer tirar divi-
dendos, não é oportunista, quer apenas pôr ao serviço da população
do concelho o melhor de si.
Somos candidatos da CDU porque temos uma visão de futuro para o
concelho de Alter do Chão.
Os candidatos da CDU irão trabalhar para promover o desenvolvi-
mento económico, social e cultural necessário à melhoria das condi-
ções de vida dos nossos concidadãos; para melhorar a eficiência dos
serviços municipais prestados à comunidade, dos equipamentos de
saúde, da rede de transportes públicos rodoviários e ferroviários; para
reabilitar habitação degradada e requalificar equipamentos que necessi-
tem.
Pretendemos tornar o nosso concelho mais amigo das famílias criando
condições para atrair empresas, fixar gente jovem e onde seja agradá-
vel trabalhar e viver.
Queremos trabalhar para ajudar todas as colectividades sociais, cultu-
rais e desportivas do concelho de Alter do Chão.
Somos candidatos da CDU porque conhecemos bem o nosso conce-
lho, porque temos a tranquilidade de quem procura cumprir os com-
promissos que assume com a população e porque SOMOS DIFE-
RENTES.
Assumimos estes compromissos e queremos que os cidadãos do con-
celho partilhem deles e nos ajudem nesta caminhada, com o lema de
Trabalho, Honestidade e Competência.
Os candidatos da CDU
João Rodrigues: Assembleia de Freguesia de Cunheira
João Xavier: Assembleia de Freguesia de Alter do Chão
José Falcão: Assembleia de Freguesia de Chancelaria
José Ferreira: Assembleia Municipal de Alter do Chão
Mário Mendes: Assembleia de Freguesia de Seda
Romão Trindade: Câmara Municipal de Alter do Chão
REVOLTA
Eu sei que sempre houve ricos
E que sempre vai haver
Mas dá muito que pensar
Ver tanta gente a crescer
Os pobres a trabalhar
Não saem da cepa torta
Mas crescer sem fazer nada
É isso que me revolta
Os porcos quando engordam
São todos para abater
Serve depois a sua carne
Para toda a gente comer
Há outra raça de porcos
Avarentos e com arte
Comem o deles e o dos outros
Mas nunca vão para abate
Foi com o dinheiro do povo
Que andaram a estudar
Para ficarem mais espertos
Para depois os enganar
Quando vêm grandes crises
Não têm nenhum receio
Eles não são afectados
Têm sempre o bolso cheio
Só quando houver união
Entre a gente que trabalha
Poderemos então dizer
Já chega! A essa canalha
Fabião Heitor Coutinho (Seda)
Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão
ISSN: 2183-4415
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição: Impressa e online (gratuitas)
Director: João Martins
Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17
7440 - 078 Alter do Chão
Telefone: 927 220 200
Email: cdualter2013@gmail.com
Facebook: www.facebook.com/cdu.alter
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  • 1. Realizou-se no dia 23 de Abril de 2017, na Sala Polivalen- te em Monforte, o almoço regional comemorativo do 96º aniversário do Partido Comunista Português, que contou com a presença do Secretário-Geral Jerónimo de Sousa. Foi um importante momento de convívio e de discussão, cujo objectivo principal é reforçar a intervenção do PCP e da CDU no distrito de Portalegre. O AlterenseCDU Alter do Chão | Abril a Junho de 2017 | Julho de 2017 | N.º 15 | Ano IV CDU Almoço Regional do PCP em Monforte
  • 2. Pá g in a 2O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 Comemorações do 25 de Abril A comemoração do 25 de Abril em Alter do Chão precisa de ser alterada. A democracia e o poder local democrático são duas das conquistas com maior significado e mais importantes da Revolução dos Cravos. A importância do acontecimento e as transformações operadas no país justificam-na plenamente. Depois do hastear da bandeira nacional nos Paços do Concelho, a Banda Municipal Alterense fez as habituais actuações nas freguesias. Na Chancelaria e Cunheira a banda actuou no largo da vila perante muitos populares. Em Seda, realizou-se a tradicional arruada, que teve o acompanhamento da população. Na reunião da Assembleia Municipal de 28 de Abril de 2017, os eleitos da CDU apresentaram a seguinte moção, que foi aprovada por unanimidade: MOÇÃO No dia 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas devolveu ao povo português a liberdade há muito esperada e desejada. A Revolução dos Cravos, um acto de emancipação social e nacional, constituiu dos acontecimentos mais marcantes da história de Portugal, pelas transformações sociais que originou e pela importância que teve na vida dos portugueses. O Poder Local democrático é uma das grandes conquistas de Abril que vai resistindo e que demonstra bem a ligação entre o povo e as suas instituições locais. A crise económica e social atirou milhares de portugueses para o desemprego, o que levou ao empobrecimento generalizado da população. Portugal tornou-se um estado mais desigual. No entanto, a esperança de continuar Abril permanece bem viva em cada português e merece ser renovada em cada acto. O 1º de Maio é igualmente um data importante para milhões de portugueses. Vamos todos celebrar Maio para continuar Abril. A Assembleia Municipal de Alter do Chão, reunida em sessão ordinária a 28 de Abril de 2017, saúda o 25 de Abril. Saúda igualmente o 1º de Maio e apela à participação dos portugueses na celebração do Dia dos Trabalhadores, jornada de luta em prol de melhores condições de vida social, económica e cultural para o povo português. Alter do Chão, 28 de Abril de 2017 Os eleitos da CDU à Assembleia Municipal ALTER DO CHÃO CHANÇA CUNHEIRA SEDA
  • 3. Pá g in a 3O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 Intervenção do Presidente da Junta de Freguesia de Seda - CDU iniciámos em 2013. Mais projectos e maiores desafios, com o máximo empenho e dedicação, para conseguir o bem-estar da população, apoiando as crianças, os jovens, os idosos e os mais carenciados, pondo em prática iniciativas de desenvolvimento e promoção da nossa freguesia, da nossa terra. Acredito num Portugal democrático e livre. Acredito que juntos venceremos. Portugal, o Alentejo e Seda, em liberdade e em democracia, lutaram sempre pelos ideais da revolução. Se um cravo dá mais força à liberdade, a luta pelos valores de Abril dá expressão à Democracia. Viva a Liberdade, Viva o 25 de Abril, Viva Portugal. Mário Sérgio Exmo. Sr. Presidente da Câmara Exmo. Sr. Presidente do Centro Comunitário Nª Srª do Espinheiro Exmo. Sr. Presidente da Banda Municipal Alterense Exmo. Sr. Presidente do GAC Exmo. Sr. Maestro da Banda Minhas Senhoras e meus Senhores Graças à Revolução de Abril de 1974, vivemos num país livre e democrático. Porém, infelizmente, porque alguns teimaram em sucessivos governos favorecer os que mais têm e a desprezar consecutivamente os mais pobres e que humildemente trabalham, Portugal, nestes últimos 43 anos, nem sempre se revelou um país verdadeiramente democrático e justo, contrariando assim o propósito da revolução. Em nome da liberdade conseguida pela Revolução dos Cravos e pela firmeza dos valores de Abril, devemos continuar a lutar com os nossos deveres e a revindicar mais direitos, melhores condições de trabalho, de saúde e educação ao poder central, proporcionando a todos os portugueses maior igualdade social. Um país pobre e carenciado, não é um país verdadeiramente livre, porque mantém a população refém da pobreza, privando-a dos sonhos e ambições de uma vida plena, pelo que não devemos baixar os braços e deixar de reivindicar por um Portugal melhor. Face à conjuntura política actual, o país mostra pequenos sinais de recuperação, na sequência de um trabalho conjunto de resgate de uma população privada de direitos e liberdades, uma população angustiada, triste, desiludida e fortemente penalizada. Quarenta e três anos depois e sempre Abril vencerá, pois as conquistas da revolução devem prevalecer, principalmente em regiões como o Alentejo, onde o isolamento e as carências das populações persistem. Inverter o despovoamento, aumentar o investimento e promover as potencialidades do interior são prioridades absolutas pelas quais todos devemos ambicionar e exigir a quem nos governa. A Revolução de Abril devolveu a democracia aos portugueses que passaram a exercer o seu direito de voto, decidindo em liberdade os destinos do país. No próximo dia 1 de Outubro os portugueses são chamados novamente às urnas para novas eleições autárquicas, livres e democráticas, pelo que terminarei este mandato orgulhoso do trabalho desenvolvido em prol da população de Seda, nomeadamente de dinamização e valorização da freguesia e de minimização dos efeitos nefastos da profunda crise que assolou o nosso país e que ainda se manifesta para muitos portugueses. Orgulhoso, mas não satisfeito, porque os sedenses merecem muito mais e melhor. Se me considerarem digno da vossa de confiança poderei estar convosco novamente na linha da frente dos destinos da nossa freguesia, para dar continuidade ao trabalho que
  • 4. Pá g in a 4O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 Dia do Município barragem, quando na banca se enterram milhares de milhões cada vez que entra em dificuldades que não são provocadas pelo povo trabalhador português? Há alternativa à barragem? Está planeado para Alter do Chão algum grande investimento industrial ou agrícola? Se sim, qual ou quais? Se não, porquê? Seria bom ter uma resposta positiva para alimentarmos a esperança de podermos continuar vivos, actuantes e não nos sentirmos abandonados. Sem investimentos, públicos e/ou privados no nosso distrito e no nosso concelho, esta situação não vai mudar, antes pelo contrário, vai piorar. É que com mais agricultura e mais indústria há mais trabalho, mais população e, consequentemente, mais desenvolvimento económico, social e cultural. Não haverá aqui uma grande falta de vontade política, relativamente ao nosso distrito? Ou não pressionamos nós o suficiente e não fazemos um lobby forte? A redução do défice é muito importante, mas o investimento público para melhoria das condições de vida das populações é ainda mais importante. Apesar do anúncio da criação de mais de 100000 postos de trabalho e da diminuição do número de desempregados (cerca de 10%), cremos que estes números também se disfarçam com estágios profissionais, acções de formação, programas de curta duração e muitos ordenados mínimos. A precaridade existe (o Eurostat aponta para 22% dos trabalhadores) e tem de ser combatida de modo eficaz, não só na Administração Central como na Administração Local, quando exista. No concelho de Alter do Chão, e em 2016, a média mensal de desempregados foi de cerca 115 para homens, 132 para mulheres e a oferta de emprego total foi apenas de cerca de 4/mês. Nos primeiros 4 meses de 2017 os números, entretanto apurados, não são muito diferentes, mulheres 136, homens 117 e ofertas de trabalho 5. É muito para os desempregados e pouco para as ofertas de emprego. Queremos ter esperança em mais trabalho, mas mais trabalho digno, pois sem isto é a dignidade do HOMEM que está posta em causa. A transferência de competências do Poder Central para o Poder Local está na ordem do dia mas, sem as adequadas compensações humanas e financeiras, o trabalho das autarquias locais fica bastante dificultado. “A descentralização é para nós uma prioridade, sendo mesmo a base de uma reforma de Estado”, disse o sr. Ministro Adjunto. Esperamos que o Plano de Descentralização, tão apregoado pelo Governo e que tem Decorreu no passado 25 de Maio o Dia do Município, que não contou, este ano, com a presença de qualquer membro do governo (talvez falta de tempo ou trabalho a mais). Nas cerimónias alusivas a este dia, devem salientar-se a entrega de uma nova ambulância, financiada pela Câmara Municipal, aos Bombeiros Voluntários, a muito justa homenagem ao prof. Calado Mendes pela sua dedicação ao ensino e a Alter do Chão e o espectacular concerto pela Banda Municipal Alterense. Como vem sendo hábito, na cerimónia oficial, usaram da palavra, além do Presidente da Câmara, os vereadores da oposição. O vereador da CDU, Romão Trindade, fez a seguinte intervenção: Senhores autarcas Senhores convidados Caros habitantes do concelho de Alter do Chão Não tivemos desta vez, a visita de um membro do governo da República na comemoração do dia do Município, o último deste mandato autárquico. Estas visitas, que estão habitualmente associadas a festividades ou inaugurações devem servir, também, para falarmos daquilo que nos aflige, das nossas dúvidas e, por que não, das nossas esperanças. O concelho de Alter do Chão tem apenas, de acordo com informação oficial de 2016, 2830 eleitores pois perdeu cerca de 215 desde 2013, ocupando por isso, o 12º lugar entre os 15 concelhos do distrito de Portalegre, que conta, também ele, com apenas 99353 eleitores. São poucos habitantes e o despovoamento do concelho e do distrito não dá sinais de inversão. A tão falada e anunciada Barragem do Pisão não se faz porquê? Já ouvimos o sr. Ministro da Agricultura dizer que com a barragem feita, cuja execução depende do Ministério do Ambiente, estará disponível para a realização do plano de rega. Acreditamos que a construção desta barragem é uma boa solução, e de importância fundamental, para o distrito de Portalegre e, em particular, para Alter do Chão, quer do ponto de vista de reserva de água quer do ponto de vista agrícola. Será assim tão difícil arranjar os cerca de 100 milhões euros para construir a Intervenção da CDU
  • 5. Pá g in a 5O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 como objectivo aprofundar a democracia local, melhorar os serviços públicos de proximidade e atribuir novas competências às autarquias locais seja uma realidade e não uma mera manobra eleitoralista. Obviamente que a descentralização é necessária, mas deve basear-se numa delimitação clara de competências entre os diferentes Poderes, contribuir para a coesão territorial e ser capaz de responder aos direitos e interesses das populações. Espera-se assim, que com uma maior e melhor alocação de recursos se estimule o crescimento económico, com o consequente desenvolvimento social e cultural. E a coesão territorial também passa pela harmonização dos preços da água e do lixo, pelo acesso à saúde e à educação, pela melhoria dos transportes rodoviários e pela renovação do transporte ferroviário, etc. etc. A título de exemplo, recorda-se que se torna muito difícil aceitar a razão ou razões que levam a que o preço da água no litoral seja bastante menor que no interior (o 1º escalão em Alter do Chão é de 80 cêntimos e em Loures é de 52,65 cêntimos), o mesmo se passa com a taxa de recursos hídricos (1,19 cêntimos em Alter do Chão contra 0,45 cêntimos em Loures, para o saneamento), quando o preço da electricidade é o mesmo em todo país. E estamos no mesmo país, que não é assim tão grande. No que diz respeito à educação e à saúde, apesar da municipalização destas valências ser muito discutível, o que é indiscutível é a necessidade de mais e melhor instrução para combater o insucesso escolar e fomentar a fixação de jovens e mais e melhores condições de saúde para melhoria da qualidade de vida da população em geral e, sobretudo, dos nossos idosos, cada vez em maior número. O Governo central tem de atender a esta situação. A pseudo reforma que se quis fazer com extinção de inúmeras freguesias, e do fecho de inúmeros serviços públicos, contra a vontade das populações, não ajudou a inverter a situação de desertificação e abandono em que se encontra o interior alentejano. Esperamos agora que, com as novas remodelações e reformas, não nos venham também fechar a Caixa Geral de Depósitos, a Repartição de Finanças ou outro qualquer serviço público. No que se refere à Coudelaria de Alter, o ex libris de Alter do Chão, apesar do anúncio feito por 3 ministros, em Novembro de 2016, que seria à volta do turismo e do Cavalo Alter que se delinearia a estratégia de desenvolvimento de importância local, distrital, nacional e até internacional, o seu futuro continua, aparentemente, incerto e à mercê de vontades ou oportunidades políticas. Quando podemos ter uma resposta positiva? As relações de Portugal com a União Europeia não podem ser de submissão aos interesses dos mais fortes e continuarem a ser as de bons e obedientes alunos. Apesar da já esperada recomendação para Encerramento do Procedimento por Défice Excessivo, Portugal, com a força do seu Povo, tem que ser capaz de dizer não, sempre que os interesses dos portugueses sejam postos em causa. E hoje, já se fala na revisão dos tratados e na refundação histórica da União Europeia. Minhas senhoras e meus senhores, estas são algumas das nossas dificuldades e alguns dos nossos anseios que esperamos venham a ser dissipados rapidamente, apesar de sabermos que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. A CDU de Alter do Chão é uma força política responsável que não é oposição porque sim ou porque não. Não é essa a sua maneira de estar na política. Não é obediente, não odeia, não mente, não menospreza e não maldiz. Quando concorda vota a favor, quando discorda vota contra, apresenta propostas e bate-se sempre pelo desenvolvimento económico, social e cultural do concelho de Alter do Chão e dos seus habitantes. Assim, a CDU do concelho de Alter do Chão fará todos os esforços para que nas próximas eleições autárquicas as suas listas aos diversos órgãos sejam fortes, transparentes e possam apresentar propostas que melhor sirvam os interesses do nosso concelho e das nossas gentes, seguindo o lema Trabalho, Honestidade e Competência. Pelo concelho de Alter do Chão e pelo Alto Alentejo A luta continua Alter do Chão, 25 de Maio de 2017 O vereador eleito pela CDU Romão Trindade
  • 6. Pá g in a 6 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 No período de Janeiro a Abril de 2017, de acordo com os dados fornecidos pelo IEFP e por informações recolhi- das pela USNA, o desemprego no concelho de Alter do Chão é o que se apresenta. Alguns números do concelho de Alter do Chão H M T O jan 116 131 247 5 fev 119 139 258 7 mar 119 137 256 2 abr 116 136 252 5 Desemprego no concelho Habitantes no concelho De acordo com as estimativas anuais do Instituto Nacional de Estatística, nos últimos anos, todos os concelhos do distrito de Portalegre registaram uma clara diminuição da sua popula- ção. 2012 2013 2014 2015 3.501 3.462 3.384 3.308 Candidatos no Concelho Eleitores Candidatos efectivos Candidatos suplentes Câmara Municipal 2.826 5 2 Assembleia Municipal 2.826 15 5 Candidatos nas Assembleias de Freguesia Eleitores Candidatos efectivos Candidatos suplentes Alter do Chão 1.868 9 3 Chancelaria 385 7 3 Cunheira 279 7 3 Seda 294 7 3
  • 7. Pá g in a 7 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 Em 1578, o desaparecimento de um Rei (D. Sebastião) na batalha de Alcácer Quibir deu corpo a uma lenda que nos dizia que numa manhã de nevoeiro haveria de aparecer esse Rei! Até aos dias de hoje já existi- ram milhares de manhãs de nevoeiro e o Rei, até hoje, continua por aparecer... não se sabendo se a culpa é da lenda ou será do Rei Para mim, desde os tempos de Escola Primaria, o Rei tinha morrido e nunca qualquer nevoeiro poderá deixar ver a verdade! Em 1748 por um outro Rei, o D. João V, decretou o início de vida da Coudelaria de Alter. D. João V pode ser considerado o “Pai” dessa jóia de Alter do Chão. Temos uma morte encoberta por nevoeiro e uma vida, que como todas as vidas, no seu percurso vai encontrar momentos altos e baixos, sobressaltos e tranquilidade, consoante os interesses em disputa. Para quem se recorda da Coudelaria, sem os nevoeiros que a assolam de há uns anos para cá, não necessito de recorrer ao seu Histórico centenário, reconhecendo aqui, humildemente, que não disponho da formação académica para o fazer. Tenho sim a vivência do que representou para a minha terra. Isto é o suficiente e chega-me para sentir que a Coudelaria não pode continuar sendo um sorvedouro de dinheiro sem o seu equivalente aproveita- mento. Nem pode continuar a ser tratada como um doente que não sente, nem lhe dão melhoras adiando a sua cura. Convinha não esquecer só a importância Histórica da Coudelaria. É importante lembrar a valorosa contribuição que durante muitas deze- nas de anos deu na fixação de postos de trabalho, contribuindo para fixar residentes em Alter do Chão. Uma terra e sede do Concelho com uma preocupante perda de população! Convinha aqui lembrar que a Coudelaria não teve, ou tinha, como referência só a Raça do Cavalo Alter. A área da Coudelaria permitiu um aproveitamento enorme de outras culturas de agricultura, tendo uma barragem, olival, cereal e forragens. Teve gado bovino de raça de referência, lanígero, suíno, caprino, muares. Milhares de perus e patos de raça que eram vendidos e transportados na camioneta da Coudela- ria para Lisboa. Teve oficinas de apoio a todas as necessidades e espé- cies. Tinha a messe dos funcionários superiores, cantina para os outros empregados e também uma completa cantina estabelecimento com géneros alimentícios próprios, até ao vestuário e calçado. Havia lagar de azeite, padaria e barbearia. Produzia manteiga de alta qualidade. Havia uma casa na Rua de Santarém conhecida pela Casa da Vila onde se chegou a vender o leite. Tudo isto criou centenas de postos de trabalho desde veterinários, regentes agrícolas, equitadores, tratadores de todas as espécies de ani- mais e aves, auxiliares, telefonista, muitos empregados amanuenses em várias repartições, pessoal de limpeza, várias dezenas de outros. Ape- sar de todo este grande movimento nunca deixou de ser a Sala de Visitas para as centenas de pessoas que já se deslocavam, até do es- trangeiro, para conhecer os exemplares da raça Cavalos ALTER e ainda visitar todo o complexo da Coudelaria. Agora fica a minha interrogação: Porquê e quais os interesses que se teriam movido para deixar morrer esta vida, que sempre deu estabilidade de vida a Alter do Chão? Os avultados investimentos nas alternativas que se foram sucedendo o que beneficiou no desenvolvimento e na rentabilidade económica da Coudelaria? E de Alter do Chão? Agora com a recente vinda da 2ª deslocação da equipa Ministerial à Coudelaria, fico muito expectante e aguardo que propagados resulta- dos possam refazer tudo o que existiu e deu vida à Coudelaria e a Alter do Chão. Isso é muitíssimo mais importante que uma próxima Eleição Autárquica. Em 2017 o nevoeiro dissipou-se e chegou a hora de honrar a obra iniciada pelo Rei D. João V? S. Tomé dizia: “VER PARA CRER”. Eu espero ainda cá estar para ver. Artigo de Opinião Era uma vez ... José Afonso Henriques | CDU Alter do Chão Coudelaria de Alter | Cavalo Alter Real
  • 8. Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/ cdu.alter Pá g in a 8 O A lt eren se J u lh o d e 2 0 17 | N. º 15 Ficha Técnica Somos candidatos da CDU a todos os órgãos autárquicos do conce- lho de Alter do Chão, nas eleições de 1 de Outubro de 2017. A equipa da CDU que aqui nasceu, aqui fez parte da sua vida pessoal e/ou profissional, não vem à procura de emprego, não quer tirar divi- dendos, não é oportunista, quer apenas pôr ao serviço da população do concelho o melhor de si. Somos candidatos da CDU porque temos uma visão de futuro para o concelho de Alter do Chão. Os candidatos da CDU irão trabalhar para promover o desenvolvi- mento económico, social e cultural necessário à melhoria das condi- ções de vida dos nossos concidadãos; para melhorar a eficiência dos serviços municipais prestados à comunidade, dos equipamentos de saúde, da rede de transportes públicos rodoviários e ferroviários; para reabilitar habitação degradada e requalificar equipamentos que necessi- tem. Pretendemos tornar o nosso concelho mais amigo das famílias criando condições para atrair empresas, fixar gente jovem e onde seja agradá- vel trabalhar e viver. Queremos trabalhar para ajudar todas as colectividades sociais, cultu- rais e desportivas do concelho de Alter do Chão. Somos candidatos da CDU porque conhecemos bem o nosso conce- lho, porque temos a tranquilidade de quem procura cumprir os com- promissos que assume com a população e porque SOMOS DIFE- RENTES. Assumimos estes compromissos e queremos que os cidadãos do con- celho partilhem deles e nos ajudem nesta caminhada, com o lema de Trabalho, Honestidade e Competência. Os candidatos da CDU João Rodrigues: Assembleia de Freguesia de Cunheira João Xavier: Assembleia de Freguesia de Alter do Chão José Falcão: Assembleia de Freguesia de Chancelaria José Ferreira: Assembleia Municipal de Alter do Chão Mário Mendes: Assembleia de Freguesia de Seda Romão Trindade: Câmara Municipal de Alter do Chão REVOLTA Eu sei que sempre houve ricos E que sempre vai haver Mas dá muito que pensar Ver tanta gente a crescer Os pobres a trabalhar Não saem da cepa torta Mas crescer sem fazer nada É isso que me revolta Os porcos quando engordam São todos para abater Serve depois a sua carne Para toda a gente comer Há outra raça de porcos Avarentos e com arte Comem o deles e o dos outros Mas nunca vão para abate Foi com o dinheiro do povo Que andaram a estudar Para ficarem mais espertos Para depois os enganar Quando vêm grandes crises Não têm nenhum receio Eles não são afectados Têm sempre o bolso cheio Só quando houver união Entre a gente que trabalha Poderemos então dizer Já chega! A essa canalha Fabião Heitor Coutinho (Seda) Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão ISSN: 2183-4415 Periodicidade: Trimestral Tiragem: 250 exemplares Distribuição: Impressa e online (gratuitas) Director: João Martins Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17 7440 - 078 Alter do Chão Telefone: 927 220 200 Email: cdualter2013@gmail.com Facebook: www.facebook.com/cdu.alter Porque somos candidatos Poesia