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CAPÍTULO
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS
AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 2
CAPÍTULO 13
Povos pré-colombianos e colonização da América
por espanhóis e ingleses
POVOS PRÉ-
-COLOMBIANOS
E COLONIZAÇÃO
DA AMÉRICA POR
ESPANHÓIS E INGLESES
13
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PARTE 2
CAPÍTULO 13
Civilizações agrícolas na Mesoamérica e
nos Andes
n No século XVI, numerosas sociedades, com distintos modos de organização
política e social, habitavam o território hoje chamado de América.
Mesoamérica
(região dos atuais México
e América Central)
Maias e astecas
Região Andina
(território dos atuais Equador, Peru,
Bolívia, norte do Chile e oeste da
Argentina)
Incas

PARTE 2
CAPÍTULO 13
OCEANO PACÍFICO
MAR DAS
ANTILHAS
Golfo do México
20º N
100º O
Lago Chapala
CHICHIMECA
Aridoamérica
HUASTECA
MAIA-TOLTECA
TOLTECA
MAIA
ASTECA
OLMECA
MIXTECA
ZAPOTECA
MAIA
MAIA
Chichén-Itzá
Uxmal
Teotihuacán
Tehuacán
La Venta
Três Zapotes
Tenochtitlán
Tikal
Palenque
Bonampak
Piedras
Negras
Copán
Península de Yucatán
Tula
Lago
Texcoco
OCEANO PACÍFICO
MAR DAS
ANTILHAS
MÉXICO
BELIZE
GUATEMALA
HONDURAS
EL SALVADOR
NICARÁGUA
COSTA RICA
A Mesoamérica atual (2016)
Hidalgo
Tabasco
Guerrero
Oaxaca
Chiapas
Veracruz Yucatán
Civilizações da Mesoamérica
Fontes: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 67;
DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 236.
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
120 km

PARTE 2
CAPÍTULO 13
EQUADOR
0º
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
60º O
Extensão do Império Inca
Cordilheira dos Andes
Lago Titicaca
Lago Poopó
OCEANO
PACÍFICO OCEANO
ATLÂNTICO
MAR DAS ANTILHAS
Istmo do Panamá
Rio Amazonas
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Rio
Ancasmayo
Rio Maranón
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Rio Maule
Cocle
Quito
Túmbez
Cajamarca
Chan-Chan
Chavín de
Huantar
Paramonga
Supe
Pachacamac
Huari
Machu Picchu
Cuzco
Tiahuanaco
MOCHICA
CHIMU
NAZCA
TIAHUANACO
C
H
A
VÍN
Povos dos Andes Centrais
Fonte: DUBY, Georges.
Atlas historique mondial.
Paris: Larousse, 2003. p. 238.
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
480 km

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Maias
n A civilização maia desenvolveu-se entre os séculos IV e X no território
correspondente ao do atual sul do México e ao da América Central.
n Organizava-se em cidades-Estado independentes.
n A sociedade era dividida principalmente em: população comum (formada
pelos camponeses) e camadas privilegiadas (constituídas por governantes,
guerreiros e sacerdotes).
n A economia era baseada na agricultura, com destaque para o cultivo do
milho.
n Os maias desenvolveram complexos conhecimentos de matemática e
astronomia, que lhes permitiram elaborar um sofisticado calendário.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Astecas
n A civilização asteca formou-se em terras correspondentes às do atual
México. Absorveu a cultura dos maias e dos olmecas, civilizações
anteriores.
n Os astecas submeteram outros povos por meio de guerras e alianças,
assimilando suas culturas e cobrando impostos na forma de mercadorias.
n No século XVI, quando os espanhóis chegaram à região, os astecas
formavam um poderoso império, cuja capital era Tenochtitlán.
n A sociedade era dividida em estratos sociais: integrantes da nobreza
(chefes militares, altos funcionários do Estado e sacerdotes), comerciantes,
artesãos, camponeses, escravos e prisioneiros de guerra.
n Os astecas desenvolveram uma agricultura bastante sofisticada, utilizando
técnicas como a das chinampas para converter áreas inférteis em canteiros
produtivos.
n O comércio tinha função importante na economia asteca. Papéis, roupas e
objetos de luxo eram alguns dos produtos comercializados.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Incas
n Constituído no século XII, o Império Inca era o mais extenso da América
pré-colombiana e agregava diversos povos.
n O império era governado por uma monarquia teocrática: o governante,
considerado descendente do Sol e adorado como um deus, era o legislador
e comandante supremo do exército.
n A agricultura era a principal atividade econômica e estava ligada ao ayllu,
forma de organização tradicional na qual pessoas unidas por laços sociais,
religiosos ou de parentesco cultivavam a terra coletivamente.
n Durante o Império Inca, cada ayllu era dividido entre o imperador, o
Estado e os camponeses. Estes deviam cultivar as terras do Estado para
sustentar os integrantes dos demais setores sociais, além de trabalhar em
construções públicas, como canais de irrigação e estradas.
n Os incas tinham noções de astronomia e matemática e desenvolveram o
quipo, instrumento feito de cordões no qual se registravam informações
quantitativas.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Conquista da América
n Em 1492, chegou à América a frota espanhola comandada por Cristóvão
Colombo, em busca de rotas marítimas para o Oriente.
n Os espanhóis estabeleceram contatos e alianças com povos indígenas,
como os tainos.
•
Às comunidades ameríndias interessava o apoio na luta contra grupos
rivais.
•
Os espanhóis cobiçavam as riquezas extraídas da terra e desejavam
controlar os territórios e explorar a força de trabalho local.
n Logo as alianças foram substituídas por guerras contra os nativos, tomada
de seus territórios, trabalho compulsório e escravização.
n A imposição de pesados regimes de trabalho e as doenças levadas
pelos espanhóis provocaram grande declínio demográfico e extinção de
populações em toda a região.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Fim do Império Asteca
n Liderados por Hernán Cortés, os espanhóis contataram os astecas em 1519.
n Cortés uniu-se a povos locais inimigos dos astecas, como os tlaxcaltecas,
para tomar Tenochtitlán, que foi destruída em menos de três anos.
Resistência de maias e chichimecas
n Os espanhóis utilizaram a rivalidade entre os diversos povos maias para
conquistar territórios.
n Os chichimecas resistiram às investidas espanholas, deslocando-se para o
interior do continente ou atacando assentamentos espanhóis.
n A tentativa de conquista espanhola foi instável e incompleta nos territórios
maia e chichimeca até o fim do período colonial.
Queda do Império Inca
n Francisco Pizarro aproveitou-se da rivalidade entre os incas e outros
povos dos Andes e de uma disputa dinástica para aprisionar e executar o
imperador Atahualpa, submetendo todo o império.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Administração colonial
Coroa espanhola
Espanha
Conselho das Índias
Formado por nobres espanhóis,
auxiliava o rei na administração
das colônias.
Casa de contratação
Órgão encarregado do comércio
e de arrecadação de impostos nas
colônias americanas.
Governadoria
Autoridade
militar, jurídica
e administrativa
anterior aos
vice-reinos.
Alcaldía mayor
Subdivisão
administrativa
dos vice-reinos
em grupos de
vilas ou cidades.
Cabildo
Governo
municipal que
regulava o uso dos
espaços públicos,
o abastecimento e
a segurança locais.
Audiência
Tribunal
judicial
supremo que
acumulava
poderes
administrati-
vos.
República
dos índios
Conjunto de
cidades, vilas
e povoados
indígenas
submetidos
aos espanhóis.
América – vice-reinos
Fonte: CHAUNU, Pierre. História da América Latina.
São Paulo: Difel, 1971. p. 28-33.
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PARTE 2
CAPÍTULO 13
Grupos sociais
n Na região correspondente à do Caribe e às das atuais Venezuela e
Colômbia, onde o declínio da população indígena foi grande, foi utilizada
mão de obra de africanos escravizados.
Chapetones
(nascidos na Espanha)
Ocupavam os cargos
importantes da
colônia.
Chapetones
Criollos
Mestiços
Indígenas
Indígenas
Formavam o maior
grupo social da
América espanhola.
Mestiços
(filhos de espanhóis com
indígenas)
Não tinham direitos políticos
e trabalhavam como artesãos,
administradores ou capatazes
de propriedades.
Criollos
(filhos de espanhóis
nascidos na América)
Em geral, eram proprietários
de terras e de minas e
criadores de gado. Podiam
exercer cargo público nos
cabildos.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Atividades econômicas
n A mineração era a principal e mais lucrativa atividade econômica da
colônia, explorada por grupos financeiros metropolitanos.
•
Inicialmente, extraiu-se ouro de aluvião na região do Caribe e da América
Central.
•
No século XVI, a exploração de prata em Potosí, no Alto Peru (atual
Bolívia), passou a ser a atividade predominante.
n As atividades agrícolas e pecuárias foram desenvolvidas em grandes
propriedades rurais: as haciendas.
n O comércio era exclusivo da metrópole: os produtos podiam ser exportados
para outros países ou consumidos na Espanha.
n Pequenos comerciantes podiam vender produtos oriundos das obrajes,
unidades produtoras de tecidos e outros artigos, que empregavam
principalmente mão de obra indígena.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Trabalho
n Na maior parte do território colonial, os nativos eram submetidos a regimes
de trabalho forçado:
n No Caribe e no norte da América do Sul, predominou a mão de obra de
africanos escravizados. As condições de trabalho foram marcadas por alto
grau de violência dos espanhóis e resistência dos escravizados.
Encomienda
Repartimiento
(adaptação da mita inca e
do cuatequil asteca)
Encomenderos: eram
colonos espanhóis que
assumiam o controle de
uma ou mais comunidades
indígenas, oferecendo-lhes
instrução cristã.
Nativos: eram
selecionados pelos curacas
(líderes das comunidades)
para trabalhar em obras
públicas ou minas de
ouro e prata por tempo
determinado, em qualquer
região da colônia, como
forma de tributo à Coroa.
Nativos: eram obrigados
a trabalhar nas terras
desses colonos ou pagar
tributos a eles.
Costumavam
não cumprir
suas
obrigações e
usurpar terras
dos nativos.
Os indígenas
resistiram à
brutalidade e
à exploração
desses
sistemas de
trabalho e
foram vio-
lentamente
reprimidos.
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PARTE 2
CAPÍTULO 13
Ingleses na América
n Em 1584, a Inglaterra fez a primeira tentativa de ocupar territórios na
América do Norte, mas a fome, as doenças e os ataques indígenas levaram-
-na a desistir.
n Em 1620, algumas famílias deixaram a Inglaterra, no navio Mayflower, em
busca de liberdade religiosa e prosperidade na América.
•
Órfãos, miseráveis e degredados foram enviados à América pelas
autoridades inglesas. Trabalhavam para os colonos em regime de
servidão temporária para custear sua viagem e conquistavam a liberdade
entre quatro e sete anos depois.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
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40° N
80° O
OCEANO
ATLÂNTICO
Lago
Huron
Lago
Michigan
Lago
Erie
Lago
Ontário
Colônias do norte
(Nova Inglaterra)
Colônias do centro
Colônias do sul
A
p
a
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a
c
h
e
s
NOVA
HAMPSHIRE
NOVA
YORK
PENSILVÂNIA
VIRGÍNIA
MARYLAND
DELAWARE
NOVA JERSEY
CONNECTICUT
RHODE
ISLAND
TERRITÓRIOS
FRANCESES
TERRITÓRIOS
ESPANHÓIS
GEÓRGIA
CAROLINA
DO SUL
CAROLINA
DO NORTE
M
A
S
S
A
C
H
U
S
E
T
T
S
As Treze Colônias inglesas
Fonte: Atlas histórico escolar.
Rio de Janerio: FAE, 1991. p. 62.
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
170 km

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Fundação das Treze Colônias
n A Inglaterra não conseguiu se impor completamente nas colônias e grande
parte das decisões permaneceu na esfera local, reforçando o sentimento de
autonomia política e religiosa dos colonos.
Norte
n Maior presença de
puritanos.
n Trabalho familiar.
n Policultura, pecuária,
pesca, produção
manufatureira.
n Sociedade dividida
em: empresários
urbanos, pequenos
proprietários rurais,
comerciantes, artesãos
e trabalhadores braçais.
Centro
n Predominância dos
quakers, integrantes de
grupo religioso inglês,
na Filadélfia.
n População de diversas
origens e diferentes
crenças.
n Agricultura familiar.
n Manufaturas e comércio.
Sul
n Maioria de anglicanos e
católicos.
n Grandes propriedades
monocultoras.
n Plantation – cultivo de
tabaco, arroz, índigo e
algodão.
n Domínio da vida pública
por ricos fazendeiros.
n Emprego de mão de obra
africana escravizada.

PARTE 2
CAPÍTULO 13
EQUADOR
40° O
TRÓPICO DE CÂNCER
AMÉRICA
DO NORTE
CUBA
PORTO
RICO
JAMAICA
AMÉRICA
DO SUL
EUROPA
ÁFRICA
Boston
Newport
OCEANO
ATLÂNTICO
Nova York
Filadélfia
Norfolk
Charleston
rum
, arm
as e
tecidos
escravos e ouro
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v
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Treze Colônias para a África
África para a América Central
América Central para as Treze
Colônias
Área de colonização inglesa
(Treze Colônias)
Principais portos
AMÉRICA
AMÉRICA
Comércio triangular
Fonte: NARO, Nancy Priscilla S. A formação dos Estados Unidos.
São Paulo: Atual; Campinas: Editora da Unicamp, 1987. p. 15.
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
Antilhas e
colônias do
sul: produção
de açúcar,
melaço e
gêneros
subtropicais.
África: troca
de rum por
escravos,
que eram
levados para as
Antilhas.
Nova Inglaterra:
compra de
açúcar e do
melaço para
fabricação de
rum.
Colonos da Nova Inglaterra:
comando do comércio
790 km

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Administração das Treze Colônias
n As Treze Colônias mantinham certa autonomia em relação à Coroa inglesa:
autogoverno.
Governo:
o governador era eleito (norte e centro)
ou nomeado pelo rei (sul).
Conselho ou Câmara Alta:
era formado por indivíduos nomeados pela
elite colonial que assessoravam o governador.
Câmaras Legislativas ou dos Representantes:
eleitas pelos homens livres e proprietários, elaboravam leis e fixavam tributos. Os colonos,
fazendo parte da administração, acabaram desenvolvendo a noção de participação política e de
cidadania.
Principais órgãos
administrativos

PARTE 2
CAPÍTULO 13
Povos indígenas
n Antes da chegada dos europeus, habitavam a região povos como os
pequots, os cherokees, os iroqueses e os apaches.
n Invasão de terras, extermínio e escravização foram práticas correntes dos
ingleses contra os nativos.
n Milhares de indígenas morreram em decorrência de guerras, epidemias e
deslocamentos forçados a que foram submetidos. Apesar disso, a luta dos
nativos por seu território continuou por todo o período colonial.
Africanos escravizados nas Treze Colônias
n Estima-se que, entre 1619 e 1860, cerca de 400 mil africanos foram levados
aos Estados Unidos como mão de obra escrava.
n Mesmo separados de suas famílias, sofrendo castigos corporais e violência
de diferentes ordens, eles resistiram a essa situação por meio de ações
como fugas e revoltas.

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