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1
ÍNDICE
Unidade 1 3
Unidade 2 23
Unidade 3 43
Unidade 4 67
2
Unidade 1
• Povos indígenas na América: astecas, maias, incas e
tupis.
• Povos e culturas africanas: malineses, bantos e
iorubás.
3
Os astecas
Viveram em Aztlán,
no norte da América,
até por volta do
século XII.
Chegaram ao Vale
do México no início
do século seguinte e,
em 1325, fundaram
a cidade de
Tenochtitlán.
Os astecas
dominaram diversos
povos da região,
fundando o Império
Asteca.
Tenochtitlán,
localizada à beira do
lago Texcoco, foi a
capital desse
Império.
Além de pagar
impostos, os povos
dominados eram
obrigados a cultuar
deuses astecas.
4
Saberes e técnicas astecas
Em Tenochtitlán, destacavam-se as chinampas, ilhas
artificiais feitas sobre estacas fixadas no fundo do lago.
A fertilidade das terras pantanosas garantia a produção de
alimentos.
Nessas ilhas, os astecas cultivavam flores, verduras e plantas
medicinais, entre outros.
Tenochtitlán era também cortada por canais e aquedutos,
ruas largas e retas.
5
Os maias
• Os ancestrais maias viviam nas montanhas da atual Guatemala desde
2500 a.C.
• Domesticaram o milho, a pimenta e o feijão e se estabeleceram na
Península de Yucatán.
• Viviam em cidades-Estado e nunca chegaram a constituir um império.
• Em caso de guerra contra um inimigo comum, as cidades se
organizavam em confederações.
6
Civilização maia
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique
mondial. Paris: Larousse, 2011. p. 236.
Desenvolveu-se na área que corresponde ao atual sul do México, quase toda a
Guatemala, parte de El Salvador, parte de Honduras e Belize.
7
Esteio para os templos
religiosos.
Algumas tinham mais de 60
metros de altura.
Muitas cidades surgiram em
torno de centros religiosos.
As pirâmides
Sociedade maia
Nobres e sacerdotes ajudavam o governante máximo de
cada cidade a dirigi-la.
Abaixo deles vinham os artesãos e os trabalhadores
livres, agricultores em sua maioria.
Camponeses pagavam impostos entregando parte do
que produziam e com trabalhos gratuitos.
8
Os incas
Acredita-se que os incas chegaram à Cordilheira dos Andes por volta do
século XIII.
• Começaram como camponeses e pastores e ergueram a cidade de
Cuzco.
Aos poucos, ampliaram seus domínios, aliando-se aos povos da região ou
submetendo-os.
• Em 1438, fundaram o Império Inca, dividido em várias regiões
administrativas.
9
Inca
Sacerdotes e chefes
militares
Artesãos, soldados, projetistas e
funcionários públicos
Camponeses
Sociedade inca
Imperador era visto como semidivino e possuía
enormes poderes.
Eram provenientes da nobreza.
Viviam em cidades e eram
sustentados pelo governo.
Constituíam a maior
parcela da população.
10
Técnica e trabalho incas
Produção agrícola
Sistema de terraços:
• nos degraus mais altos, cultivo de
vegetais resistentes ao frio;
• nos do meio, cultivo de milho, abóbora
e feijão;
• nos mais baixos, plantio de árvores
frutíferas.
Pastoreio
Criação de lhama e alpaca:
• animais usados no transporte;
• dos quais se obtinha o leite e a lã.
11
Os tupis
Calcula-se que, em 1500, a
população tupi era de 1
milhão de pessoas.
Origem comum dos
povos tupis: a atual
Floresta Amazônica.
Por volta de 500 a.C.,
eles começaram a se
expandir.
Também obtinham
alimento por meio da
caça e da pesca.
Praticavam a agricultura,
com destaque para o
cultivo da mandioca.
Entre os tupis que
habitavam o litoral
estavam: os tupinambás.
12
África: aspectos físicos
Fonte: SOUZA,
Marina de Mello
e. África e Brasil
africano. São
Paulo: Ática,
2006. p. 13.
• Saara: viviam povos nômades,
chamados berberes.
• Sahel: viviam povos negros
chamados, genericamente, de
sudaneses (bambaras, fulas,
mandingas, hauçás).
13
Império do Mali
Localizado no
Sudão
Ocidental, entre
os rios Senegal
e Níger.
O que se sabe
sobre esse
Império provém
dos griôs.
Fundado por
Sundiata Keita,
que venceu os
sossos em 1235
e outros povos
vizinhos.
Sundiata Keita
converteu-se ao
islamismo.
No Mali, o
imperador era a
maior
autoridade, mas
ele ouvia seus
auxiliares. 14
Tombuctu
Situada às
margens do rio
Níger.
No século XIV,
tornou-se
também um
importante
centro
intelectual do
mundo.
Ponto de
chegada e de
partida das
caravanas
comerciais que
atravessavam o
deserto.
15
A força e o declínio do Império do Mali
O Império do Mali
chegou a ter cerca de
45 milhões de
habitantes e durou 230
anos.
Entrou em declínio
devido a conflitos entre
seus líderes e ao
surgimento de novos
centros de poder.
Motivos que podem
explicar a longa duração
do Império do Mali
Poderoso exército.
Controle de áreas de extração do ouro.
Estrutura administrativa eficiente.
Consulta aos povos dominados e respeito às suas
tradições e religiões.
16
Os bantos
Viviam e vivem ao sul
do deserto do Saara.
Possuíam uma origem
comum e falavam
línguas aparentadas
(línguas bantas).
Deslocaram-se de
onde hoje é a
República dos
Camarões para o
centro, o leste e o sul
da África.
Os bantos eram
povos agricultores e
tinham domínio sobre
a produção de ferro.
17
Reino do Congo
A bacia do rio Zaire era habitada por grupos bantos, como o bacongo, o luba, o
lunda e o quicongo.
Segundo uma tradição, no final do século XIII, os bacongos dominaram
grupos menores falantes do umbundo e do quicongo.
Nimi-a-Lukeni recebeu o título de manicongo e passou a ser considerado o
herói fundador do Reino do Congo.
O Reino do Congo passou a controlar um amplo território, sendo intenso o
comércio nesse reino.
18
Bantos no Brasil
 Maioria dos africanos que
entraram como escravos no
Brasil, entre os séculos XVI e XIX,
era falante de línguas bantas.
 Influência das línguas bantas no
português brasileiro.
Berimbau
Moleque
Quiabo
Palavras de origem banta
19
Os iorubás
Construíram uma civilização marcadamente urbana.
Cidades de ruas e avenidas retas e mercados
movimentados.
Principais cidades: Ifé, Keto e Oió (capital política).
Os iorubás não chegaram a compor um Estado
centralizado.
Ifé era considerada a cidade sagrada dos iorubás.
20
Política e economia
• Capital política.
• Nela havia bairros especializados em curtume,
serralheria e fundição.
Cidade de Oió
• Esplendor entre os séculos XII e XV.
• Cidade sagrada dos iorubás.
• Em Ifé, o poder político era exercido pelo oni.
Ifé
 Economia baseada no comércio.
 Comerciantes circulavam por terra e pelos rios em canoas
carregadas de produtos.
21
Iorubás no Brasil
Música
Olodum
Ilê Aiyê
Margareth Menezes
Artes plásticas
Emanoel Araújo
Mestre Didi
Carybé
Menelaw Sete
Herdeiros da influência iorubá
 Trazidos ao Brasil principalmente após a destruição da cidade de Oió
em 1830.
 Grande número entrou pelo porto de Salvador.
22
Unidade 2
• O revigoramento do comércio e das cidades.
• As Cruzadas.
• Renascimento.
• Humanismo.
• Reforma e contrarreforma.
23
Mudanças na Europa feudal
Mudanças significativas pelas quais passou a Europa feudal a partir do
século XI
Expansão da área de cultivo Inovações técnicas
Charrua
Sistema de
rotação
trienal
Novo modo
de atrelar o
cavalo
Difusão de
moinhos
Inovações técnicas
24
Ilustração atual de uma charrua feita com base
em pesquisa
Sistema de rotação trienal
25
Com o aumento
da oferta de
alimentos, menos
pessoas
precisavam
trabalhar na
agricultura.
Muitos
camponeses
deixaram o
campo em busca
de outro meio de
vida.
Os moradores
do campo
passaram a
trocar o que
produziam por
artigos
produzidos nas
cidades.
Isso estimulou
o artesanato, o
comércio local
e a vida urbana.
O revigoramento do comércio e das
cidades
26
Comércio de longa distância
A partir do século XI, o comércio europeu de longa distância
também se intensificou.
Algumas rotas
- Cidades italianas ao
Oriente.
- Sul ao norte da
Europa por terra.
- Cidade do norte da
Europa.
Feiras
- Surgidas com o
aumento do comércio.
- Duravam de 15 a 60
dias.
- Nelas, surgem os
cambistas, que faziam a
troca de moedas.
Novas cidades
- Surgem com o aumento
do comércio e do
artesanato.
- Algumas cidades
nascem ao redor das
feiras, outras próximas de
rios ou de castelos.
27
As Cruzadas
Fonte: DUBY,
Georges. Atlas
historique
mondial. Paris:
Larousse,
2001. p. 66-68.
Em 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, a fim de
reconquistar a Terra Santa, conquistada pelos turcos em 1071. Assim, iniciaram-se as
Cruzadas.
28
Motivos das Cruzadas
- Os dirigentes da Igreja queriam deslocar os
combates para fora da Europa.
- Mercadores ambicionavam aumentar o
comércio com o Oriente.
- Nobres esperavam obter terras.
- Pessoas esperavam obter a salvação eterna.
Primeira Cruzada
(1096-1099)
Segunda Cruzada
(1147-1149)
Terceira Cruzada
(1189-1192)
Quarta Cruzada
(1201-1204)
29
Fome e epidemia
Crise prolongada na Europa, marcada por fome, doenças, guerra e revoltas
sociais, nas primeiras décadas do século XIV.
Fome: crise ocorrida
entre 1315 e 1317
Oferta de alimento
insuficiente.
Chuvas torrenciais.
Más colheitas.
Áreas agrícolas usadas
para criação de animais.
Epidemia: crise ocorrida
entre 1347 e 1350
Péssimas condições de
higiene.
Ausência de esgoto e
de coleta de lixo.
Doença transmitida
pela pulga dos ratos.
30
Revoltas e guerras
• Contribuiu para a crise do século
XIV.
• Envolveu a França e a Inglaterra.
• Motivo: disputa pela rica região de
Flandres e o rei inglês queria se
tornar rei da França.
• Aumento do controle da nobreza
sobre os camponeses.
• Elevação de impostos cobrados
pelos reis.
• Na França: Jacquerie (1358). Na
Inglaterra, Revolta de Wat Tyler
(1381).
Guerra dos Cem Anos
(1337-1453)
Revoltas
31
Renascimento
Renascimento foi um movimento cultural intenso que começou no século
XIV nas cidades italianas, propagando-se pela Europa.
Algumas características
Valorização do passado greco-
romano.
Antropocentrismo.
Individualismo.
Uma nova visão de tempo.
32
O humanismo
Movimento intelectual que propunha o estudo dos autores antigos
(gregos e romanos) para construir um novo conhecimento do ser
humano e do mundo.
Humanistas Eram cristãos que queriam reinterpretar a Bíblia.
Traduziram e divulgaram textos dos antigos.
Aprofundaram o conhecimento de línguas, literatura,
filosofia, história e matemática.
Opuseram-se às verdades da Igreja.
Propuseram o uso da razão e da experiência para se chegar
à verdade. 33
Técnicas do Renascimento
Os artistas do Renascimento introduziram inovações técnicas que marcaram
a história da arte.
O realismo nas
representação
A iniciativa
de o artista
pintar a si
próprio
O domínio
da
perspectiva
34
Fases do Renascimento
O Renascimento italiano pode ser dividido em três fases:
• Período de transição para a arte renascentista.
• Dante Alighieri e Giotto di Bondone.
Trecento (século XIV)
• Florença tornou-se o principal centro da arte
renascentista.
• Brunelleschi, Donatello e Botticelli.
Quattrocento (século
XV)
• Roma passou a ser o principal polo cultural do
Renascimento.
• Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e
Rafael Sanzio.
Cinquecento (século
XVI)
35
A expansão do Renascimento
Grandes nomes do Renascimento se destacaram em outros países europeus.
Portugal
• Luís Vaz de Camões
(1524-1580).
• Obra: Os Lusíadas.
Espanha
• Miguel de Cervantes
(1547-1616).
• Obra: Dom Quixote de
La Mancha.
Inglaterra
• Thomas Morus (1478-
1535).
• Obra: Utopia.
• William Shakespeare
(1564-1616).
• Obra: Hamlet, Romeu e
Julieta e outras.
36
Reforma
A Reforma foi a maior divisão já verificada no interior do cristianismo.
Motivos da
Reforma
O poder universal
do papa.
Corrupção e
despreparo do
clero.
A venda de
indulgências e
falsas relíquias.
Primeiros
reformadores
- Wycliffe (1320-1384)
- Jan Huss (1369-1415)
37
A Reforma de Lutero
Em 1517, o papa prometeu indulgência plena para quem
contribuísse para construir a nova Basílica de São Pedro.
Indignado, Martinho Lutero pregou na porta de sua
paróquia as 95 teses.
Por insistir nas suas ideias, Lutero foi expulso da Igreja
pelo papa.
Refugiado no castelo de um nobre, traduziu a Bíblia para
o alemão.
Lutero fundou uma nova Igreja e criou uma nova
doutrina.
38
João Calvino
Com Lutero, Calvino
defendia:
A Salvação pela fé.
Apenas dois sacramentos:
o Batismo e a Eucaristia.
O fim do culto às
imagens.
Diferente de Lutero, Calvino acreditava na predestinação absoluta.
39
A Reforma na Inglaterra
Conduzida pelo rei Henrique VIII, que desejava o fim da interferência do
papa e dos impostos cobrados pela Igreja Católica.
Estopim
• O rei pediu a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão.
• O papa não concedeu a anulação.
• Henrique VIII rompeu com a Igreja e casou-se com Ana Bolena.
• O papa anulou o casamento e excomungou o rei.
• O Parlamento reagiu apoiando o rei e aprovou o Ato de Supremacia
(1534).
40
A Reforma Católica
Realizada para conter o avanço do protestantismo e fortalecer o catolicismo.
Reforma impulsionada pelos jesuítas e pelo Concílio de Trento.
Fez uso do Tribunal do Santo Ofício, também chamado de Inquisição, para
reprimir e punir seus adversários.
• Fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola.
• Dedicaram-se a divulgar o catolicismo na Europa e a evangelizar os
povos da Ásia, da África e da América.
• Também atuaram na educação.
Ordem dos
Jesuítas
41
Concílio de Trento
Ocorreu de 1545 a 1563,
tendo sido interrompido
diversas vezes devido a
guerras e a uma peste.
Rejeitou as doutrinas de
Lutero e de Calvino.
Considerou crime a
venda de indulgências e
reafirmou o poder do
papa.
Conservou os sete
sacramentos e o culto à
Virgem e aos santos.
Propôs a criação de
seminários e reeditou o
Index.
42
Unidade 3
• O fortalecimento do poder dos reis
• O absolutismo
• Característica do mercantilismo
• As monarquias ibéricas
• O comércio de especiarias
• As Grandes Navegações
• A conquista das terras astecas
• A conquista das terras incas
• Novo olhar sobre as razões da conquista espanhola
• América portuguesa: colonização
• As disputas pela nova terra
• O Governo-Geral
• A economia colonial
43
O fortalecimento do poder real
O rei protegeu o
comércio e concedeu aos
burgueses cargos
públicos.
A burguesia passa a
apoiar o rei por meio de
doações e empréstimos.
Os reis pagam pensões e
oferecem altos postos no
exército real à nobreza.
Nobreza se aproxima do
rei, visando manter
privilégios.
Os camponeses passam a
ver o rei como protetor.
Aos poucos, o rei obteve
recursos para montar um
exército e pagar
funcionários reais.
44
A monarquia inglesa
Guilherme I
(século XI)
- Instituiu que os senhores feudais deveriam prestar juramento apenas
ao rei.
- Dividiu as terras inglesas em condados e nomeou funcionários para
administrá-las.
- Proibiu guerras particulares entre a nobreza.
Henrique II
(1154-1189)
- Acelerou o processo de fortalecimento do poder real.
- Exigiu que todas as questões fossem julgadas por tribunais reais.
João Sem-
-Terra
(1199-1216)
Henrique III
(1216-1272)
- Determinou sucessivos aumentos de impostos para custear gastos militares.
- Foi obrigado pela nobreza a assinar a Magna Carta (1215), limitando seu
poder.
- Impôs novos impostos.
- Burguesia ganhou o direito de participar do Grande Conselho, que passou a se
chamar Parlamento em 1265.
45
A monarquia francesa
Felipe Augusto
(1180-1223)
- Permitiu a todos que fossem condenados por um tribunal da nobreza
recorrerem a um tribunal do rei.
- Impôs uma moeda única para toda a França.
Luís IX (1226-
1270)
- Conquistou feudos imensos casando-se por interesse.
- Comprou terras dos nobres e usou o exército para fortalecer seu
poder.
Felipe IV (1285-
1314)
- Exigiu que o clero também pagasse impostos.
- O papa se negou e o rei convocou os Estados Gerais, que, em 1302,
aprovaram sua decisão.
46
O absolutismo
Regime caracterizado por uma grande concentração de poder nas mãos do
rei.
Rei
• Podia convocar o
exército.
• Criar e cobrar
impostos.
• Fazer leis.
Limites do poder do
rei
• Costumes da época.
• Tradição.
• Existência de
ministros fortes.
Fatores que contribuíram
ao absolutismo
• Evolução da imprensa.
• A Reforma Protestante.
• Política de caça às
bruxas.
47
Mercantilismo
As monarquias absolutistas europeias adotaram um conjunto de ideias e práticas
econômicas, chamadas mercantilismo.
Principais
características
Metalismo
Balança
comercial
favorável
Protecionismo
Exclusivismo
colonial
48
Tanto a monarquia portuguesa
quanto a monarquia
espanhola se formaram
durante as lutas dos cristãos
para expulsar os árabes
muçulmanos da Península
Ibérica.
A formação das monarquias ibéricas
Fonte: HILGEMANN, W.; KINDER,
H. Atlas historique. Paris: Perrin,
1992. p. 182.
49
Reino de Portugal
No século XI, o Condado Portucalense passa a pertencer ao nobre
Henrique de Borgonha.
• Em 1139, Afonso Henriques rompeu com o reino de Leão e Castela e
proclamou a independência do condado, fundando o Reino de
Portugal.
Afonso Henriques sagrou-se rei e deu início à dinastia de Borgonha.
• Em 1249, foram incorporadas as terras de Algarve, na região sul,
completando a formação do Reino de Portugal.
50
A formação da Espanha
Luta dos cristãos contra os árabes era liderada pelos reis de Aragão e Castela.
• Em 1469, os reis cristãos Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casaram
e uniram suas terras.
Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel reconquistaram Granada, último
reduto árabe na Península Ibérica.
• Anos depois, com a conquista de Navarra, completou-se a formação do
Reino da Espanha.
51
O comércio de especiarias
As especiarias passaram a ser cada vez mais consumidas na Europa no século XIV.
Além delas, os europeus também passaram a usar artigos de luxo orientais.
Especiarias
- Pimenta-do-reino.
- Cravo.
- Canela.
- Gengibre.
- Noz-moscada.
Uso das especiarias
- Conservar a carne.
- Tonar o sabor dos
alimentos mais
agradável.
- Preparar remédios e
perfumes.
52
Portugal e as Grandes Navegações
Motivos de Portugal ter
sido o pioneiro:
A centralização do poder.
A Revolução de Avis.
A experiência na navegação no mar aberto.
O desenvolvimento de técnicas e
conhecimentos necessários.
53
As navegações espanholas
 Colombo, a serviço dos reis espanhóis Fernando e Isabel, saiu do porto de
Palos com três caravelas.
 Depois de viajar por cerca de dois meses, ele chegou à América em 12 de
outubro de 1492.
Fonte: ATLAS
da história do
mundo. São
Paulo: Folha
de S.Paulo/Times
Books, 1995.
p. 154-155. 54
Cabral toma
posse das terras
brasileiras
Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa em 9 de março de
1500.
Ele comandava uma esquadra formada por 13 navios e cerca
de 1 500 pessoas.
O rei encarregou Cabral de tomar posse das terras que
encontrasse pelo caminho.
Depois de 43 dias no mar, os tripulantes avistaram pássaros
e algas marinhas.
Em 22 de abril de 1500, avistaram um monte, que recebeu o
nome Monte Pascoal.
Cabral tomou posse da terra e celebrou a primeira missa no
território. 55
Outros europeus
Ingleses, franceses e holandeses também cobiçavam as especiarias
orientais. Para chegar a elas, navegaram em direção ao Oriente por
diversos caminhos.
Mudanças provocadas pelas Grandes Navegações
• Extraordinário crescimento do volume e do valor do comércio mundial.
• O Atlântico passou a ser mais importante do que o Mediterrâneo.
• Declínio das cidades italianas e ascensão dos países banhados pelo Atlântico.
• Construção de vastos impérios coloniais pelos europeus.
• Consciência da diversidade de povos e culturas.
56
A conquista das terras astecas
Espanhóis iniciaram a conquista das terras astecas pelo Caribe.
Esgotado o ouro das ilhas, eles partiram para a conquista do
continente.
Em 1519, Hernán Cortez desembarcou onde hoje está o México
com 508 soldados.
Ajudados pelos tlaxcaltecas e por outros aliados indígenas,
Cortez e seus soldados conquistaram Tenochtitlán em 1521.
57
A conquista das terras incas
Acompanhado de apenas 180 homens, Pizarro
partiu do Panamá e chegou à cidade inca de
Tumbez.
Depois, em 1532, conquistou a cidade de
Cajamarca.
Então, instalou-se nessa cidade e convidou o inca
Atahualpa para um encontro reservado.
Pizarro mandou prender Atahualpa e atirar nos
incas de surpresa.
Depois de tomar Cuzco, em 1533, Pizarro fundou a
Ciudad de los Reyes, atual Lima. 58
Razões da conquista espanhola
Segundo o historiador Matthew Restall, a conquista espanhola da
América deveu-se a quatro fatores principais.
• O mais determinante: as doenças.
Primeiro
• Os espanhóis aproveitaram a rivalidade entre os
ameríndios.
Segundo
• As armas dos conquistadores.
Terceiro
• O conhecimento dos conquistadores sobre os
astecas e incas.
Quarto
59
Economia colonial
Mineração
O rei distribuiu lotes
auríferos àqueles que
tivessem dinheiro para
iniciar sua exploração.
A extração da prata deveria
ser feita pelos indígenas,
por meio da mita e da
encomienda.
Agropecuária
A agropecuária ocorria em
grandes propriedades,
denominadas plantations.
A mão de obra utilizada era
africanos escravizados.
60
A administração espanhola
 Inicialmente, o governo da Espanha transferiu a particulares o direito
de explorar e de administrar as terras americanas.
 Mais tarde, o governo cancelou essas concessões e criou os vice-
reinados.
Classes sociais na
América hispânica
Criação dos Vice-
-Reinados
Vice-Reinado de Nova Espanha (1535)
Vice-Reinado do Peru (1542)
Vice-Reinado de Nova Granada (séc. XVIII)
Vice-Reinado do Rio da Prata (séc. XVIII)
Chapetones
Criollos
Mestiços
61
Expedições, feitorias e pau-brasil
Os portugueses não encontraram ouro ou prata, mas o pau-brasil.
Essa árvore era usada na Europa para tingir tecidos e construir
móveis e casas.
O rei de Portugal autorizou a construção de feitorias para armazenar
e comercializar a valiosa madeira.
Para a extração do pau-brasil, os portugueses e indígenas realizaram o
escambo.
62
As capitanias hereditárias
 Para dar continuidade à colonização da América,
D. João III dividiu o território em quinze capitanias hereditárias.
 Doze donatários receberam essas terras.
Obrigação dos donatários
• Desenvolver o cultivo da cana-de-açúcar.
• Expandir a fé cristã.
• Organizar a defesa militar.
• Estimular a ocupação portuguesa da terra.
• Retirar para si a vintena.
• Cobrar impostos em rios e portos.
• Conceder sesmaria.
• Ter uma grande sesmaria. 63
O Governo-Geral
Diante do fracasso das capitanias hereditárias, o rei criou o Governo-Geral
em 1548.
Auxiliares do
governador-geral
Capitão-mor
Ouvidor-
mor
Provedor-
-mor
• Tomé de Souza, que chegou ao Brasil em 1549.
Primeiro governador-geral
• Duarte da Costa (1553-1558).
Segundo governador-geral
• Mem de Sá (1558-1572).
Terceiro governador-geral
64
Economia colonial
Para dar início à exploração da América portuguesa, o rei de Portugal escolheu o açúcar
de cana.
• A monarquia autorizou o Governo-Geral a promover guerras justas contra os
indígenas a fim de escravizá-los.
Na passagem do século XVI para o XVII, no Nordeste, os senhores de engenho
começaram a comprar africanos escravizados para substituir os indígenas.
• Além do açúcar, no Brasil eram produzidos muitos outros gêneros. Além disso,
também se praticava a pecuária.
65
A sociedade colonial
Além dos senhores de engenho, na sociedade colonial havia comerciantes,
lavradores de cana, roceiros, vaqueiros, trabalhadores assalariados e
escravizados.
Senhor de engenho
“Lavradores de cana”
Comerciantes de escravo
Trabalhadores assalariados
Escravizados
66
Unidade 4
• Havia escravos na África antes dos europeus?
• Guerra e tráfico atlântico
• A travessia
• O trabalho
• Alimentação e violência
• Resistências
• Remanescentes de quilombos
• União Ibérica
• A invasão da Bahia e de Pernambuco
• Nassau no Brasil holandês
• A Restauração
• Os bandeirantes
• Os jesuítas
• As novas fronteiras da América portuguesa
67
Havia escravidão na África antes dos
europeus?
Na África, antes da chegada dos europeus (século XV), também havia
escravos.
- A guerra.
- A fome.
- A punição judicial.
- A penhora humana.
Causas da escravização
- Os escravos eram minorias.
- Posteriormente, eles eram
integrados à sociedade
como pessoas livres.
- O filho de homem livre
com mulher escrava era
considerado livre.
Aspecto da escravidão na
África
68
Guerra e tráfico atlântico
Com a chegada dos
portugueses ao
continente africano, a
escravidão se avolumou e
as guerras se
multiplicaram.
Na África começaram a
acontecer guerras com o
objetivo de conseguir
prisioneiros.
O comércio de escravos
envolveu pessoas e
produtos de diversos
continentes, sendo
chamado de tráfico
atlântico.
Mais de dez milhões de
africanos foram trazidos
da África para a América.
Desses, quase cinco
milhões foram destinados
ao Brasil.
69
A travessia
- Homens, mulheres e crianças
eram forçados a embarcar em
navios conhecidos como navios
negreiros.
- A viagem da África Ocidental
para o Brasil durava de 30 a 45
dias.
- Os negreiros iam superlotados.
- O lucro dos traficantes era
grande.
70
O trabalho
Os africanos vieram ao Brasil à força para realizar diversos
trabalhos.
No Brasil, eles trabalhavam de doze a quinze horas por dia.
Por vezes, as manhãs de domingos e feriados eram usadas para
conserto de cercas, estradas e outros serviços.
Os homens trabalhavam como agricultores, carpinteiros, ferreiros,
pescadores etc. As mulheres cultivavam a terra, lavavam, passavam
etc. 71
Alimentação e violência
Alimentação dos
escravizados
Recebiam uma cuia de
feijão e uma porção de
farinha.
Eventualmente recebiam
rapadura e carne-seca.
De modo geral, a
alimentação era insuficiente.
Castigos
Os escravizados recebiam
castigo por qualquer falta.
Era comum o uso de
instrumentos para castigar
os escravizados.
Entre os instrumentos,
usavam-se a palmatória e a
máscara de flandres. 72
Resistências
No Brasil, os escravizados se rebelaram de diversas formas.
Entre as formas de
resistência, estavam:
• A prática de religiões de origem africana.
• O jogo de capoeira, a realização de festejos e a fundação de
irmandades.
• O boicote ao trabalho e a destruição de ferramentas.
• A queima de plantações.
• O suicídio.
• Os ataques a feitores e senhores.
• A negociação por melhores condições de vida e de trabalho.
• A fuga e a formação de quilombos.
73
Remanescentes de quilombos
No Brasil, hoje existem povoações habitadas pelos descendentes dos antigos
quilombolas.
• Espalhadas por todo o território nacional, essas comunidades são
chamadas de remanescentes de quilombos.
São mais de oitenta mil pessoas vivendo de um jeito parecido com o de seus
antepassados.
• Em algumas comunidades, a língua falada conserva termos africanos.
A Constituição brasileira reconheceu a propriedade definitiva das terras
ocupadas por comunidades quilombolas.
74
União Ibérica
No século XVI, o Império espanhol era imenso e possuía
diversas colônias, entre elas os Países Baixos Espanhóis.
Em 1580, o rei de Portugal D. Henrique morreu sem deixar
herdeiros.
O rei da Espanha Felipe II, parente do rei morto, tornou-se
também rei de Portugal.
O domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias ficou
conhecido como União Ibérica.
Nesse período, os adversários da Espanha tornaram-se
também inimigos de Portugal. 75
A invasão da Bahia e de Pernambuco
Em 1581, os Países Baixos declararam sua independência em
relação à Espanha.
O rei espanhol Felipe II proibiu Portugal e suas colônias de
comercializarem com os holandeses.
Depois disso, em 1621, os holandeses criaram a Companhia das
Índias Ocidentais para invadir as colônias portuguesas na América
e na África.
Primeiro os holandeses tentaram invadir a Bahia em 1624, mas
foram derrotados.
Em 1630, os holandeses conquistaram Olinda e Recife.
76
Nassau no Brasil holandês
A Companhia das Índias Ocidentais enviou João Maurício de Nassau para
governar o Brasil Holandês.
Pontos da política de Nassau
- Empréstimos aos senhores de engenho.
- Melhoramentos em Recife.
- Tolerância religiosa.
- Conquista de pontos de fornecimento de escravos na
África.
- Dominação holandesa de Sergipe ao Maranhão.
- Trouxe consigo para o Nordeste cientistas e pintores. 77
A Restauração Em 1640, Portugal conseguiu libertar-se do domínio
espanhol.
O rei D. João IV assumiu o trono português e firmou
com a Holanda um acordo de paz.
Exigências da Companhia das Índias Ocidentais fizeram
Nassau deixar o Brasil em 1644.
Os holandeses confiscaram as terras dos senhores de
engenho, que reagiram juntando-se à resistência luso-
brasileira.
Após muitas lutas, os holandeses deixaram o Brasil em
1654.
78
Os bandeirantes
As bandeiras eram expedições particulares que geralmente partiam
de São Paulo.
Quem formava as bandeiras
- Um ou dois bandeirantes
experientes.
- Alguns jovens de origem
portuguesa.
- Vários mestiços.
- Centenas de indígenas.
Objetivos das bandeiras
- Caça ao índio.
- A busca de ouro e de
diamante.
- Sertanismo de contrato.
79
Os jesuítas
Os jesuítas vieram para o Brasil em 1549 e dedicaram-se
ao ensino da religião cristã e à formação de crianças.
Para isso, fundaram colégios nas principais vilas e cidades
do litoral brasileiro.
Os jesuítas também foram para o interior e lá criaram as
missões (grandes aldeamentos indígenas).
80
A criação de gado
A criação de gado foi a atividade mais importante para o povoamento dos sertões do
Nordeste e das campinas do Sul.
Introduzido no Nordeste
por Tomé de Souza, o
gado era usado para
mover moendas e
transportar cana.
Com o crescimento
dos rebanhos, os
animais passaram a ser
vistos como estorvos.
Em 1701, o rei de
Portugal proibiu a
criação de gado no
litoral.
Isso contribuiu para o
avanço do gado pelo
sertão.
81
As novas fronteiras da América
portuguesa
O governo português buscou legalizar os territórios conquistados por meio
de uma série de acordos internacionais.
Principais tratados
Tratado de Madri
(1750)
Tratado de Santo
Ildefonso (1777)
Tratado de Badajós
(1801) 82

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7º ano - HISTÓRIA 1 - Slides. smileleiva

  • 1. 1
  • 2. ÍNDICE Unidade 1 3 Unidade 2 23 Unidade 3 43 Unidade 4 67 2
  • 3. Unidade 1 • Povos indígenas na América: astecas, maias, incas e tupis. • Povos e culturas africanas: malineses, bantos e iorubás. 3
  • 4. Os astecas Viveram em Aztlán, no norte da América, até por volta do século XII. Chegaram ao Vale do México no início do século seguinte e, em 1325, fundaram a cidade de Tenochtitlán. Os astecas dominaram diversos povos da região, fundando o Império Asteca. Tenochtitlán, localizada à beira do lago Texcoco, foi a capital desse Império. Além de pagar impostos, os povos dominados eram obrigados a cultuar deuses astecas. 4
  • 5. Saberes e técnicas astecas Em Tenochtitlán, destacavam-se as chinampas, ilhas artificiais feitas sobre estacas fixadas no fundo do lago. A fertilidade das terras pantanosas garantia a produção de alimentos. Nessas ilhas, os astecas cultivavam flores, verduras e plantas medicinais, entre outros. Tenochtitlán era também cortada por canais e aquedutos, ruas largas e retas. 5
  • 6. Os maias • Os ancestrais maias viviam nas montanhas da atual Guatemala desde 2500 a.C. • Domesticaram o milho, a pimenta e o feijão e se estabeleceram na Península de Yucatán. • Viviam em cidades-Estado e nunca chegaram a constituir um império. • Em caso de guerra contra um inimigo comum, as cidades se organizavam em confederações. 6
  • 7. Civilização maia Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2011. p. 236. Desenvolveu-se na área que corresponde ao atual sul do México, quase toda a Guatemala, parte de El Salvador, parte de Honduras e Belize. 7
  • 8. Esteio para os templos religiosos. Algumas tinham mais de 60 metros de altura. Muitas cidades surgiram em torno de centros religiosos. As pirâmides Sociedade maia Nobres e sacerdotes ajudavam o governante máximo de cada cidade a dirigi-la. Abaixo deles vinham os artesãos e os trabalhadores livres, agricultores em sua maioria. Camponeses pagavam impostos entregando parte do que produziam e com trabalhos gratuitos. 8
  • 9. Os incas Acredita-se que os incas chegaram à Cordilheira dos Andes por volta do século XIII. • Começaram como camponeses e pastores e ergueram a cidade de Cuzco. Aos poucos, ampliaram seus domínios, aliando-se aos povos da região ou submetendo-os. • Em 1438, fundaram o Império Inca, dividido em várias regiões administrativas. 9
  • 10. Inca Sacerdotes e chefes militares Artesãos, soldados, projetistas e funcionários públicos Camponeses Sociedade inca Imperador era visto como semidivino e possuía enormes poderes. Eram provenientes da nobreza. Viviam em cidades e eram sustentados pelo governo. Constituíam a maior parcela da população. 10
  • 11. Técnica e trabalho incas Produção agrícola Sistema de terraços: • nos degraus mais altos, cultivo de vegetais resistentes ao frio; • nos do meio, cultivo de milho, abóbora e feijão; • nos mais baixos, plantio de árvores frutíferas. Pastoreio Criação de lhama e alpaca: • animais usados no transporte; • dos quais se obtinha o leite e a lã. 11
  • 12. Os tupis Calcula-se que, em 1500, a população tupi era de 1 milhão de pessoas. Origem comum dos povos tupis: a atual Floresta Amazônica. Por volta de 500 a.C., eles começaram a se expandir. Também obtinham alimento por meio da caça e da pesca. Praticavam a agricultura, com destaque para o cultivo da mandioca. Entre os tupis que habitavam o litoral estavam: os tupinambás. 12
  • 13. África: aspectos físicos Fonte: SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 13. • Saara: viviam povos nômades, chamados berberes. • Sahel: viviam povos negros chamados, genericamente, de sudaneses (bambaras, fulas, mandingas, hauçás). 13
  • 14. Império do Mali Localizado no Sudão Ocidental, entre os rios Senegal e Níger. O que se sabe sobre esse Império provém dos griôs. Fundado por Sundiata Keita, que venceu os sossos em 1235 e outros povos vizinhos. Sundiata Keita converteu-se ao islamismo. No Mali, o imperador era a maior autoridade, mas ele ouvia seus auxiliares. 14
  • 15. Tombuctu Situada às margens do rio Níger. No século XIV, tornou-se também um importante centro intelectual do mundo. Ponto de chegada e de partida das caravanas comerciais que atravessavam o deserto. 15
  • 16. A força e o declínio do Império do Mali O Império do Mali chegou a ter cerca de 45 milhões de habitantes e durou 230 anos. Entrou em declínio devido a conflitos entre seus líderes e ao surgimento de novos centros de poder. Motivos que podem explicar a longa duração do Império do Mali Poderoso exército. Controle de áreas de extração do ouro. Estrutura administrativa eficiente. Consulta aos povos dominados e respeito às suas tradições e religiões. 16
  • 17. Os bantos Viviam e vivem ao sul do deserto do Saara. Possuíam uma origem comum e falavam línguas aparentadas (línguas bantas). Deslocaram-se de onde hoje é a República dos Camarões para o centro, o leste e o sul da África. Os bantos eram povos agricultores e tinham domínio sobre a produção de ferro. 17
  • 18. Reino do Congo A bacia do rio Zaire era habitada por grupos bantos, como o bacongo, o luba, o lunda e o quicongo. Segundo uma tradição, no final do século XIII, os bacongos dominaram grupos menores falantes do umbundo e do quicongo. Nimi-a-Lukeni recebeu o título de manicongo e passou a ser considerado o herói fundador do Reino do Congo. O Reino do Congo passou a controlar um amplo território, sendo intenso o comércio nesse reino. 18
  • 19. Bantos no Brasil  Maioria dos africanos que entraram como escravos no Brasil, entre os séculos XVI e XIX, era falante de línguas bantas.  Influência das línguas bantas no português brasileiro. Berimbau Moleque Quiabo Palavras de origem banta 19
  • 20. Os iorubás Construíram uma civilização marcadamente urbana. Cidades de ruas e avenidas retas e mercados movimentados. Principais cidades: Ifé, Keto e Oió (capital política). Os iorubás não chegaram a compor um Estado centralizado. Ifé era considerada a cidade sagrada dos iorubás. 20
  • 21. Política e economia • Capital política. • Nela havia bairros especializados em curtume, serralheria e fundição. Cidade de Oió • Esplendor entre os séculos XII e XV. • Cidade sagrada dos iorubás. • Em Ifé, o poder político era exercido pelo oni. Ifé  Economia baseada no comércio.  Comerciantes circulavam por terra e pelos rios em canoas carregadas de produtos. 21
  • 22. Iorubás no Brasil Música Olodum Ilê Aiyê Margareth Menezes Artes plásticas Emanoel Araújo Mestre Didi Carybé Menelaw Sete Herdeiros da influência iorubá  Trazidos ao Brasil principalmente após a destruição da cidade de Oió em 1830.  Grande número entrou pelo porto de Salvador. 22
  • 23. Unidade 2 • O revigoramento do comércio e das cidades. • As Cruzadas. • Renascimento. • Humanismo. • Reforma e contrarreforma. 23
  • 24. Mudanças na Europa feudal Mudanças significativas pelas quais passou a Europa feudal a partir do século XI Expansão da área de cultivo Inovações técnicas Charrua Sistema de rotação trienal Novo modo de atrelar o cavalo Difusão de moinhos Inovações técnicas 24
  • 25. Ilustração atual de uma charrua feita com base em pesquisa Sistema de rotação trienal 25
  • 26. Com o aumento da oferta de alimentos, menos pessoas precisavam trabalhar na agricultura. Muitos camponeses deixaram o campo em busca de outro meio de vida. Os moradores do campo passaram a trocar o que produziam por artigos produzidos nas cidades. Isso estimulou o artesanato, o comércio local e a vida urbana. O revigoramento do comércio e das cidades 26
  • 27. Comércio de longa distância A partir do século XI, o comércio europeu de longa distância também se intensificou. Algumas rotas - Cidades italianas ao Oriente. - Sul ao norte da Europa por terra. - Cidade do norte da Europa. Feiras - Surgidas com o aumento do comércio. - Duravam de 15 a 60 dias. - Nelas, surgem os cambistas, que faziam a troca de moedas. Novas cidades - Surgem com o aumento do comércio e do artesanato. - Algumas cidades nascem ao redor das feiras, outras próximas de rios ou de castelos. 27
  • 28. As Cruzadas Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2001. p. 66-68. Em 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, a fim de reconquistar a Terra Santa, conquistada pelos turcos em 1071. Assim, iniciaram-se as Cruzadas. 28
  • 29. Motivos das Cruzadas - Os dirigentes da Igreja queriam deslocar os combates para fora da Europa. - Mercadores ambicionavam aumentar o comércio com o Oriente. - Nobres esperavam obter terras. - Pessoas esperavam obter a salvação eterna. Primeira Cruzada (1096-1099) Segunda Cruzada (1147-1149) Terceira Cruzada (1189-1192) Quarta Cruzada (1201-1204) 29
  • 30. Fome e epidemia Crise prolongada na Europa, marcada por fome, doenças, guerra e revoltas sociais, nas primeiras décadas do século XIV. Fome: crise ocorrida entre 1315 e 1317 Oferta de alimento insuficiente. Chuvas torrenciais. Más colheitas. Áreas agrícolas usadas para criação de animais. Epidemia: crise ocorrida entre 1347 e 1350 Péssimas condições de higiene. Ausência de esgoto e de coleta de lixo. Doença transmitida pela pulga dos ratos. 30
  • 31. Revoltas e guerras • Contribuiu para a crise do século XIV. • Envolveu a França e a Inglaterra. • Motivo: disputa pela rica região de Flandres e o rei inglês queria se tornar rei da França. • Aumento do controle da nobreza sobre os camponeses. • Elevação de impostos cobrados pelos reis. • Na França: Jacquerie (1358). Na Inglaterra, Revolta de Wat Tyler (1381). Guerra dos Cem Anos (1337-1453) Revoltas 31
  • 32. Renascimento Renascimento foi um movimento cultural intenso que começou no século XIV nas cidades italianas, propagando-se pela Europa. Algumas características Valorização do passado greco- romano. Antropocentrismo. Individualismo. Uma nova visão de tempo. 32
  • 33. O humanismo Movimento intelectual que propunha o estudo dos autores antigos (gregos e romanos) para construir um novo conhecimento do ser humano e do mundo. Humanistas Eram cristãos que queriam reinterpretar a Bíblia. Traduziram e divulgaram textos dos antigos. Aprofundaram o conhecimento de línguas, literatura, filosofia, história e matemática. Opuseram-se às verdades da Igreja. Propuseram o uso da razão e da experiência para se chegar à verdade. 33
  • 34. Técnicas do Renascimento Os artistas do Renascimento introduziram inovações técnicas que marcaram a história da arte. O realismo nas representação A iniciativa de o artista pintar a si próprio O domínio da perspectiva 34
  • 35. Fases do Renascimento O Renascimento italiano pode ser dividido em três fases: • Período de transição para a arte renascentista. • Dante Alighieri e Giotto di Bondone. Trecento (século XIV) • Florença tornou-se o principal centro da arte renascentista. • Brunelleschi, Donatello e Botticelli. Quattrocento (século XV) • Roma passou a ser o principal polo cultural do Renascimento. • Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti e Rafael Sanzio. Cinquecento (século XVI) 35
  • 36. A expansão do Renascimento Grandes nomes do Renascimento se destacaram em outros países europeus. Portugal • Luís Vaz de Camões (1524-1580). • Obra: Os Lusíadas. Espanha • Miguel de Cervantes (1547-1616). • Obra: Dom Quixote de La Mancha. Inglaterra • Thomas Morus (1478- 1535). • Obra: Utopia. • William Shakespeare (1564-1616). • Obra: Hamlet, Romeu e Julieta e outras. 36
  • 37. Reforma A Reforma foi a maior divisão já verificada no interior do cristianismo. Motivos da Reforma O poder universal do papa. Corrupção e despreparo do clero. A venda de indulgências e falsas relíquias. Primeiros reformadores - Wycliffe (1320-1384) - Jan Huss (1369-1415) 37
  • 38. A Reforma de Lutero Em 1517, o papa prometeu indulgência plena para quem contribuísse para construir a nova Basílica de São Pedro. Indignado, Martinho Lutero pregou na porta de sua paróquia as 95 teses. Por insistir nas suas ideias, Lutero foi expulso da Igreja pelo papa. Refugiado no castelo de um nobre, traduziu a Bíblia para o alemão. Lutero fundou uma nova Igreja e criou uma nova doutrina. 38
  • 39. João Calvino Com Lutero, Calvino defendia: A Salvação pela fé. Apenas dois sacramentos: o Batismo e a Eucaristia. O fim do culto às imagens. Diferente de Lutero, Calvino acreditava na predestinação absoluta. 39
  • 40. A Reforma na Inglaterra Conduzida pelo rei Henrique VIII, que desejava o fim da interferência do papa e dos impostos cobrados pela Igreja Católica. Estopim • O rei pediu a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. • O papa não concedeu a anulação. • Henrique VIII rompeu com a Igreja e casou-se com Ana Bolena. • O papa anulou o casamento e excomungou o rei. • O Parlamento reagiu apoiando o rei e aprovou o Ato de Supremacia (1534). 40
  • 41. A Reforma Católica Realizada para conter o avanço do protestantismo e fortalecer o catolicismo. Reforma impulsionada pelos jesuítas e pelo Concílio de Trento. Fez uso do Tribunal do Santo Ofício, também chamado de Inquisição, para reprimir e punir seus adversários. • Fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola. • Dedicaram-se a divulgar o catolicismo na Europa e a evangelizar os povos da Ásia, da África e da América. • Também atuaram na educação. Ordem dos Jesuítas 41
  • 42. Concílio de Trento Ocorreu de 1545 a 1563, tendo sido interrompido diversas vezes devido a guerras e a uma peste. Rejeitou as doutrinas de Lutero e de Calvino. Considerou crime a venda de indulgências e reafirmou o poder do papa. Conservou os sete sacramentos e o culto à Virgem e aos santos. Propôs a criação de seminários e reeditou o Index. 42
  • 43. Unidade 3 • O fortalecimento do poder dos reis • O absolutismo • Característica do mercantilismo • As monarquias ibéricas • O comércio de especiarias • As Grandes Navegações • A conquista das terras astecas • A conquista das terras incas • Novo olhar sobre as razões da conquista espanhola • América portuguesa: colonização • As disputas pela nova terra • O Governo-Geral • A economia colonial 43
  • 44. O fortalecimento do poder real O rei protegeu o comércio e concedeu aos burgueses cargos públicos. A burguesia passa a apoiar o rei por meio de doações e empréstimos. Os reis pagam pensões e oferecem altos postos no exército real à nobreza. Nobreza se aproxima do rei, visando manter privilégios. Os camponeses passam a ver o rei como protetor. Aos poucos, o rei obteve recursos para montar um exército e pagar funcionários reais. 44
  • 45. A monarquia inglesa Guilherme I (século XI) - Instituiu que os senhores feudais deveriam prestar juramento apenas ao rei. - Dividiu as terras inglesas em condados e nomeou funcionários para administrá-las. - Proibiu guerras particulares entre a nobreza. Henrique II (1154-1189) - Acelerou o processo de fortalecimento do poder real. - Exigiu que todas as questões fossem julgadas por tribunais reais. João Sem- -Terra (1199-1216) Henrique III (1216-1272) - Determinou sucessivos aumentos de impostos para custear gastos militares. - Foi obrigado pela nobreza a assinar a Magna Carta (1215), limitando seu poder. - Impôs novos impostos. - Burguesia ganhou o direito de participar do Grande Conselho, que passou a se chamar Parlamento em 1265. 45
  • 46. A monarquia francesa Felipe Augusto (1180-1223) - Permitiu a todos que fossem condenados por um tribunal da nobreza recorrerem a um tribunal do rei. - Impôs uma moeda única para toda a França. Luís IX (1226- 1270) - Conquistou feudos imensos casando-se por interesse. - Comprou terras dos nobres e usou o exército para fortalecer seu poder. Felipe IV (1285- 1314) - Exigiu que o clero também pagasse impostos. - O papa se negou e o rei convocou os Estados Gerais, que, em 1302, aprovaram sua decisão. 46
  • 47. O absolutismo Regime caracterizado por uma grande concentração de poder nas mãos do rei. Rei • Podia convocar o exército. • Criar e cobrar impostos. • Fazer leis. Limites do poder do rei • Costumes da época. • Tradição. • Existência de ministros fortes. Fatores que contribuíram ao absolutismo • Evolução da imprensa. • A Reforma Protestante. • Política de caça às bruxas. 47
  • 48. Mercantilismo As monarquias absolutistas europeias adotaram um conjunto de ideias e práticas econômicas, chamadas mercantilismo. Principais características Metalismo Balança comercial favorável Protecionismo Exclusivismo colonial 48
  • 49. Tanto a monarquia portuguesa quanto a monarquia espanhola se formaram durante as lutas dos cristãos para expulsar os árabes muçulmanos da Península Ibérica. A formação das monarquias ibéricas Fonte: HILGEMANN, W.; KINDER, H. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 182. 49
  • 50. Reino de Portugal No século XI, o Condado Portucalense passa a pertencer ao nobre Henrique de Borgonha. • Em 1139, Afonso Henriques rompeu com o reino de Leão e Castela e proclamou a independência do condado, fundando o Reino de Portugal. Afonso Henriques sagrou-se rei e deu início à dinastia de Borgonha. • Em 1249, foram incorporadas as terras de Algarve, na região sul, completando a formação do Reino de Portugal. 50
  • 51. A formação da Espanha Luta dos cristãos contra os árabes era liderada pelos reis de Aragão e Castela. • Em 1469, os reis cristãos Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casaram e uniram suas terras. Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel reconquistaram Granada, último reduto árabe na Península Ibérica. • Anos depois, com a conquista de Navarra, completou-se a formação do Reino da Espanha. 51
  • 52. O comércio de especiarias As especiarias passaram a ser cada vez mais consumidas na Europa no século XIV. Além delas, os europeus também passaram a usar artigos de luxo orientais. Especiarias - Pimenta-do-reino. - Cravo. - Canela. - Gengibre. - Noz-moscada. Uso das especiarias - Conservar a carne. - Tonar o sabor dos alimentos mais agradável. - Preparar remédios e perfumes. 52
  • 53. Portugal e as Grandes Navegações Motivos de Portugal ter sido o pioneiro: A centralização do poder. A Revolução de Avis. A experiência na navegação no mar aberto. O desenvolvimento de técnicas e conhecimentos necessários. 53
  • 54. As navegações espanholas  Colombo, a serviço dos reis espanhóis Fernando e Isabel, saiu do porto de Palos com três caravelas.  Depois de viajar por cerca de dois meses, ele chegou à América em 12 de outubro de 1492. Fonte: ATLAS da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo/Times Books, 1995. p. 154-155. 54
  • 55. Cabral toma posse das terras brasileiras Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa em 9 de março de 1500. Ele comandava uma esquadra formada por 13 navios e cerca de 1 500 pessoas. O rei encarregou Cabral de tomar posse das terras que encontrasse pelo caminho. Depois de 43 dias no mar, os tripulantes avistaram pássaros e algas marinhas. Em 22 de abril de 1500, avistaram um monte, que recebeu o nome Monte Pascoal. Cabral tomou posse da terra e celebrou a primeira missa no território. 55
  • 56. Outros europeus Ingleses, franceses e holandeses também cobiçavam as especiarias orientais. Para chegar a elas, navegaram em direção ao Oriente por diversos caminhos. Mudanças provocadas pelas Grandes Navegações • Extraordinário crescimento do volume e do valor do comércio mundial. • O Atlântico passou a ser mais importante do que o Mediterrâneo. • Declínio das cidades italianas e ascensão dos países banhados pelo Atlântico. • Construção de vastos impérios coloniais pelos europeus. • Consciência da diversidade de povos e culturas. 56
  • 57. A conquista das terras astecas Espanhóis iniciaram a conquista das terras astecas pelo Caribe. Esgotado o ouro das ilhas, eles partiram para a conquista do continente. Em 1519, Hernán Cortez desembarcou onde hoje está o México com 508 soldados. Ajudados pelos tlaxcaltecas e por outros aliados indígenas, Cortez e seus soldados conquistaram Tenochtitlán em 1521. 57
  • 58. A conquista das terras incas Acompanhado de apenas 180 homens, Pizarro partiu do Panamá e chegou à cidade inca de Tumbez. Depois, em 1532, conquistou a cidade de Cajamarca. Então, instalou-se nessa cidade e convidou o inca Atahualpa para um encontro reservado. Pizarro mandou prender Atahualpa e atirar nos incas de surpresa. Depois de tomar Cuzco, em 1533, Pizarro fundou a Ciudad de los Reyes, atual Lima. 58
  • 59. Razões da conquista espanhola Segundo o historiador Matthew Restall, a conquista espanhola da América deveu-se a quatro fatores principais. • O mais determinante: as doenças. Primeiro • Os espanhóis aproveitaram a rivalidade entre os ameríndios. Segundo • As armas dos conquistadores. Terceiro • O conhecimento dos conquistadores sobre os astecas e incas. Quarto 59
  • 60. Economia colonial Mineração O rei distribuiu lotes auríferos àqueles que tivessem dinheiro para iniciar sua exploração. A extração da prata deveria ser feita pelos indígenas, por meio da mita e da encomienda. Agropecuária A agropecuária ocorria em grandes propriedades, denominadas plantations. A mão de obra utilizada era africanos escravizados. 60
  • 61. A administração espanhola  Inicialmente, o governo da Espanha transferiu a particulares o direito de explorar e de administrar as terras americanas.  Mais tarde, o governo cancelou essas concessões e criou os vice- reinados. Classes sociais na América hispânica Criação dos Vice- -Reinados Vice-Reinado de Nova Espanha (1535) Vice-Reinado do Peru (1542) Vice-Reinado de Nova Granada (séc. XVIII) Vice-Reinado do Rio da Prata (séc. XVIII) Chapetones Criollos Mestiços 61
  • 62. Expedições, feitorias e pau-brasil Os portugueses não encontraram ouro ou prata, mas o pau-brasil. Essa árvore era usada na Europa para tingir tecidos e construir móveis e casas. O rei de Portugal autorizou a construção de feitorias para armazenar e comercializar a valiosa madeira. Para a extração do pau-brasil, os portugueses e indígenas realizaram o escambo. 62
  • 63. As capitanias hereditárias  Para dar continuidade à colonização da América, D. João III dividiu o território em quinze capitanias hereditárias.  Doze donatários receberam essas terras. Obrigação dos donatários • Desenvolver o cultivo da cana-de-açúcar. • Expandir a fé cristã. • Organizar a defesa militar. • Estimular a ocupação portuguesa da terra. • Retirar para si a vintena. • Cobrar impostos em rios e portos. • Conceder sesmaria. • Ter uma grande sesmaria. 63
  • 64. O Governo-Geral Diante do fracasso das capitanias hereditárias, o rei criou o Governo-Geral em 1548. Auxiliares do governador-geral Capitão-mor Ouvidor- mor Provedor- -mor • Tomé de Souza, que chegou ao Brasil em 1549. Primeiro governador-geral • Duarte da Costa (1553-1558). Segundo governador-geral • Mem de Sá (1558-1572). Terceiro governador-geral 64
  • 65. Economia colonial Para dar início à exploração da América portuguesa, o rei de Portugal escolheu o açúcar de cana. • A monarquia autorizou o Governo-Geral a promover guerras justas contra os indígenas a fim de escravizá-los. Na passagem do século XVI para o XVII, no Nordeste, os senhores de engenho começaram a comprar africanos escravizados para substituir os indígenas. • Além do açúcar, no Brasil eram produzidos muitos outros gêneros. Além disso, também se praticava a pecuária. 65
  • 66. A sociedade colonial Além dos senhores de engenho, na sociedade colonial havia comerciantes, lavradores de cana, roceiros, vaqueiros, trabalhadores assalariados e escravizados. Senhor de engenho “Lavradores de cana” Comerciantes de escravo Trabalhadores assalariados Escravizados 66
  • 67. Unidade 4 • Havia escravos na África antes dos europeus? • Guerra e tráfico atlântico • A travessia • O trabalho • Alimentação e violência • Resistências • Remanescentes de quilombos • União Ibérica • A invasão da Bahia e de Pernambuco • Nassau no Brasil holandês • A Restauração • Os bandeirantes • Os jesuítas • As novas fronteiras da América portuguesa 67
  • 68. Havia escravidão na África antes dos europeus? Na África, antes da chegada dos europeus (século XV), também havia escravos. - A guerra. - A fome. - A punição judicial. - A penhora humana. Causas da escravização - Os escravos eram minorias. - Posteriormente, eles eram integrados à sociedade como pessoas livres. - O filho de homem livre com mulher escrava era considerado livre. Aspecto da escravidão na África 68
  • 69. Guerra e tráfico atlântico Com a chegada dos portugueses ao continente africano, a escravidão se avolumou e as guerras se multiplicaram. Na África começaram a acontecer guerras com o objetivo de conseguir prisioneiros. O comércio de escravos envolveu pessoas e produtos de diversos continentes, sendo chamado de tráfico atlântico. Mais de dez milhões de africanos foram trazidos da África para a América. Desses, quase cinco milhões foram destinados ao Brasil. 69
  • 70. A travessia - Homens, mulheres e crianças eram forçados a embarcar em navios conhecidos como navios negreiros. - A viagem da África Ocidental para o Brasil durava de 30 a 45 dias. - Os negreiros iam superlotados. - O lucro dos traficantes era grande. 70
  • 71. O trabalho Os africanos vieram ao Brasil à força para realizar diversos trabalhos. No Brasil, eles trabalhavam de doze a quinze horas por dia. Por vezes, as manhãs de domingos e feriados eram usadas para conserto de cercas, estradas e outros serviços. Os homens trabalhavam como agricultores, carpinteiros, ferreiros, pescadores etc. As mulheres cultivavam a terra, lavavam, passavam etc. 71
  • 72. Alimentação e violência Alimentação dos escravizados Recebiam uma cuia de feijão e uma porção de farinha. Eventualmente recebiam rapadura e carne-seca. De modo geral, a alimentação era insuficiente. Castigos Os escravizados recebiam castigo por qualquer falta. Era comum o uso de instrumentos para castigar os escravizados. Entre os instrumentos, usavam-se a palmatória e a máscara de flandres. 72
  • 73. Resistências No Brasil, os escravizados se rebelaram de diversas formas. Entre as formas de resistência, estavam: • A prática de religiões de origem africana. • O jogo de capoeira, a realização de festejos e a fundação de irmandades. • O boicote ao trabalho e a destruição de ferramentas. • A queima de plantações. • O suicídio. • Os ataques a feitores e senhores. • A negociação por melhores condições de vida e de trabalho. • A fuga e a formação de quilombos. 73
  • 74. Remanescentes de quilombos No Brasil, hoje existem povoações habitadas pelos descendentes dos antigos quilombolas. • Espalhadas por todo o território nacional, essas comunidades são chamadas de remanescentes de quilombos. São mais de oitenta mil pessoas vivendo de um jeito parecido com o de seus antepassados. • Em algumas comunidades, a língua falada conserva termos africanos. A Constituição brasileira reconheceu a propriedade definitiva das terras ocupadas por comunidades quilombolas. 74
  • 75. União Ibérica No século XVI, o Império espanhol era imenso e possuía diversas colônias, entre elas os Países Baixos Espanhóis. Em 1580, o rei de Portugal D. Henrique morreu sem deixar herdeiros. O rei da Espanha Felipe II, parente do rei morto, tornou-se também rei de Portugal. O domínio da Espanha sobre Portugal e suas colônias ficou conhecido como União Ibérica. Nesse período, os adversários da Espanha tornaram-se também inimigos de Portugal. 75
  • 76. A invasão da Bahia e de Pernambuco Em 1581, os Países Baixos declararam sua independência em relação à Espanha. O rei espanhol Felipe II proibiu Portugal e suas colônias de comercializarem com os holandeses. Depois disso, em 1621, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais para invadir as colônias portuguesas na América e na África. Primeiro os holandeses tentaram invadir a Bahia em 1624, mas foram derrotados. Em 1630, os holandeses conquistaram Olinda e Recife. 76
  • 77. Nassau no Brasil holandês A Companhia das Índias Ocidentais enviou João Maurício de Nassau para governar o Brasil Holandês. Pontos da política de Nassau - Empréstimos aos senhores de engenho. - Melhoramentos em Recife. - Tolerância religiosa. - Conquista de pontos de fornecimento de escravos na África. - Dominação holandesa de Sergipe ao Maranhão. - Trouxe consigo para o Nordeste cientistas e pintores. 77
  • 78. A Restauração Em 1640, Portugal conseguiu libertar-se do domínio espanhol. O rei D. João IV assumiu o trono português e firmou com a Holanda um acordo de paz. Exigências da Companhia das Índias Ocidentais fizeram Nassau deixar o Brasil em 1644. Os holandeses confiscaram as terras dos senhores de engenho, que reagiram juntando-se à resistência luso- brasileira. Após muitas lutas, os holandeses deixaram o Brasil em 1654. 78
  • 79. Os bandeirantes As bandeiras eram expedições particulares que geralmente partiam de São Paulo. Quem formava as bandeiras - Um ou dois bandeirantes experientes. - Alguns jovens de origem portuguesa. - Vários mestiços. - Centenas de indígenas. Objetivos das bandeiras - Caça ao índio. - A busca de ouro e de diamante. - Sertanismo de contrato. 79
  • 80. Os jesuítas Os jesuítas vieram para o Brasil em 1549 e dedicaram-se ao ensino da religião cristã e à formação de crianças. Para isso, fundaram colégios nas principais vilas e cidades do litoral brasileiro. Os jesuítas também foram para o interior e lá criaram as missões (grandes aldeamentos indígenas). 80
  • 81. A criação de gado A criação de gado foi a atividade mais importante para o povoamento dos sertões do Nordeste e das campinas do Sul. Introduzido no Nordeste por Tomé de Souza, o gado era usado para mover moendas e transportar cana. Com o crescimento dos rebanhos, os animais passaram a ser vistos como estorvos. Em 1701, o rei de Portugal proibiu a criação de gado no litoral. Isso contribuiu para o avanço do gado pelo sertão. 81
  • 82. As novas fronteiras da América portuguesa O governo português buscou legalizar os territórios conquistados por meio de uma série de acordos internacionais. Principais tratados Tratado de Madri (1750) Tratado de Santo Ildefonso (1777) Tratado de Badajós (1801) 82