SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Manobra de pressão expiratória
final positiva-pressão expiratória
final zero (PEEP-ZEEP)
Alan de Andrade da Silva
PEEP-ZEEP
Teoricamente, ao elevarmos a PEEP, o
gás é redistribuído através da ventilação
colateral, alcançando alvéolos adjacentes
previamente colapsados por muco.
Essa redistribuição propicia a reabertura
de pequenas vias aéreas deslocando o muco
aderido em sua parede.
Posteriormente, ao diminuir a PEPP para
0 cmH2O, modifica-se o padrão de fluxo
expiratório auxiliando o transporte das
secreções que estão nas vias aéreas de menor
calibre para as centrais.
Manobra de PEEP-ZEEP
Fase 1 - Inspiratória
Na fase inspiratória
do ciclo ventilatório a
PEEP é aumentada a
15cmH2O, limitando o
pico de pressão
inspiratória (PPI) em
40cmH2O.
Fase 2 - Expiratória
Após o paciente realizar
5 (cinco) ciclos ventilatórios,
na fase expiratória, a PEEP é
reduzida bruscamente até 0
(zero) de pressão, podendo
ser associada a compressão
torácica bilateral.
Na fase inspiratória após
a fase 2, retorna-se a PEEP
para os valores anteriormente
ajustados. Aguarda-se 2 (dois)
a 5 (cinco) ciclos ventilatórios e
pode-se repetir a manobra
durante 10 minutos ou 3 vezes
mantendo o intervalo entre as
incursões.
Na manobra o fluxo inspiratório se mantém inalterado e ocorre elevação
significante do fluxo expiratório no momento da redução da PEEP para zero
(ZEEP). Este efeito ocorre, pela súbita despressurização da via aérea
associada a compressão torácica manual, o que gera um aumento do
volume corrente exalado em um menor tempo expiratório. Esta técnica tem
características peculiares em relação a outras, principalmente pela
manutenção da conexão paciente/ventilador, bem como, o controle preciso
das variáveis de fluxos e pressões impostas ao sistema respiratório durante
sua execução. (RODRIGUES, 2007)
Referências
Efeitos da compressão torácica manual versus a manobra de PEEP-
ZEEP na complacência do sistema respiratório e na oxigenação de
pacientes submetidos à ventilação invasiva. Disponível em
https://www.scielo.br/j/rbti/a/xtLrpsbG4FC9h84vQpcwW7v/?lang=pt
MANOBRAS DE HIPERINSUFLAÇÃO MECÂNICA E PEEP-ZEEP:
EFEITOS NA MECÂNICA PULMONAR. Disponível em
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24769/5/ManobraHiperinsu
flacaoMecanica.pdf
Técnicas de higiene brônquica empregadas em pacientes ventilados
mecanicamente: inquérito com fisioterapeutas. Disponível em
https://assobrafirciencia.org/article/5de011cf0e8825ac304ce1d5/pdf/asso
brafir-5-2-35.pdf
Rodrigues, M. V. H. Estudo do comportamento hemodinâmico, da
troca gasosa, da mecânica respiratória e da análise do muco
brônquico na aplicação de remoção de secreção brônquica em
pacientes sob ventilação mecânica. São Paulo, 2007. Disponível em
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10032008-
132615/publico/TESE_MARCUS.PDF
Kaneko M, Murakami SH, Silva AB. Fisioterapia na ventilação mecânica
convencional. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2a ed. São
Paulo: Atheneu; c1999.p. 1599-609.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a PEEP-ZEEP.pptx

Zb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanicaZb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanicaterezinha1932
 
Vmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iVmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iterezinha1932
 
Vmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iVmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iterezinha1932
 
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdfLuizPiedade1
 
Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Renato Bastos
 
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de EnfermagemVentilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagempryloock
 
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva Gilmar Roberto Batista
 
05 NOÇOES BASICAS VM.pptx
05 NOÇOES BASICAS VM.pptx05 NOÇOES BASICAS VM.pptx
05 NOÇOES BASICAS VM.pptxThyagoSouza17
 
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPP
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPPOxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPP
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPPIvanilson Gomes
 
Aula de ventilação mecânica
Aula de ventilação mecânicaAula de ventilação mecânica
Aula de ventilação mecânicaJaime Fernandes
 
VENTILADORES PULMONARES - INCUBADORAS.pdf
VENTILADORES PULMONARES  - INCUBADORAS.pdfVENTILADORES PULMONARES  - INCUBADORAS.pdf
VENTILADORES PULMONARES - INCUBADORAS.pdfCASA
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaFábio Falcão
 

Semelhante a PEEP-ZEEP.pptx (20)

Zb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanicaZb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanica
 
Vmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iVmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo i
 
Vmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo iVmatempofigueiredo i
Vmatempofigueiredo i
 
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf
42ª Sessão Cientifica - VNI-Ventilação não invasiva.pdf
 
Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm
 
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de EnfermagemVentilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
 
Zb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanicaZb ventilacao mecanica
Zb ventilacao mecanica
 
Iv curso teórico prático vm i
Iv curso teórico prático vm iIv curso teórico prático vm i
Iv curso teórico prático vm i
 
Vm
VmVm
Vm
 
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
VMNI-Ventilação Mecânica Nao Invasiva
 
05 NOÇOES BASICAS VM.pptx
05 NOÇOES BASICAS VM.pptx05 NOÇOES BASICAS VM.pptx
05 NOÇOES BASICAS VM.pptx
 
Recrutamento
RecrutamentoRecrutamento
Recrutamento
 
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPP
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPPOxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPP
Oxigenoterapia, Ventilação Mecânica, UPP
 
Liga de Terapia Intensiva
Liga de Terapia IntensivaLiga de Terapia Intensiva
Liga de Terapia Intensiva
 
Aula de ventilação mecânica
Aula de ventilação mecânicaAula de ventilação mecânica
Aula de ventilação mecânica
 
VENTILADORES PULMONARES - INCUBADORAS.pdf
VENTILADORES PULMONARES  - INCUBADORAS.pdfVENTILADORES PULMONARES  - INCUBADORAS.pdf
VENTILADORES PULMONARES - INCUBADORAS.pdf
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
 
Ezpap® sistema de pressão positiva nas vias
Ezpap® sistema de pressão positiva nas viasEzpap® sistema de pressão positiva nas vias
Ezpap® sistema de pressão positiva nas vias
 
Ezpap® sistema de pressão positiva nas vias
Ezpap® sistema de pressão positiva nas viasEzpap® sistema de pressão positiva nas vias
Ezpap® sistema de pressão positiva nas vias
 
Recrutamento
RecrutamentoRecrutamento
Recrutamento
 

Último

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (9)

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

PEEP-ZEEP.pptx

  • 1. Manobra de pressão expiratória final positiva-pressão expiratória final zero (PEEP-ZEEP) Alan de Andrade da Silva
  • 2. PEEP-ZEEP Teoricamente, ao elevarmos a PEEP, o gás é redistribuído através da ventilação colateral, alcançando alvéolos adjacentes previamente colapsados por muco. Essa redistribuição propicia a reabertura de pequenas vias aéreas deslocando o muco aderido em sua parede. Posteriormente, ao diminuir a PEPP para 0 cmH2O, modifica-se o padrão de fluxo expiratório auxiliando o transporte das secreções que estão nas vias aéreas de menor calibre para as centrais.
  • 3. Manobra de PEEP-ZEEP Fase 1 - Inspiratória Na fase inspiratória do ciclo ventilatório a PEEP é aumentada a 15cmH2O, limitando o pico de pressão inspiratória (PPI) em 40cmH2O. Fase 2 - Expiratória Após o paciente realizar 5 (cinco) ciclos ventilatórios, na fase expiratória, a PEEP é reduzida bruscamente até 0 (zero) de pressão, podendo ser associada a compressão torácica bilateral. Na fase inspiratória após a fase 2, retorna-se a PEEP para os valores anteriormente ajustados. Aguarda-se 2 (dois) a 5 (cinco) ciclos ventilatórios e pode-se repetir a manobra durante 10 minutos ou 3 vezes mantendo o intervalo entre as incursões.
  • 4. Na manobra o fluxo inspiratório se mantém inalterado e ocorre elevação significante do fluxo expiratório no momento da redução da PEEP para zero (ZEEP). Este efeito ocorre, pela súbita despressurização da via aérea associada a compressão torácica manual, o que gera um aumento do volume corrente exalado em um menor tempo expiratório. Esta técnica tem características peculiares em relação a outras, principalmente pela manutenção da conexão paciente/ventilador, bem como, o controle preciso das variáveis de fluxos e pressões impostas ao sistema respiratório durante sua execução. (RODRIGUES, 2007)
  • 5. Referências Efeitos da compressão torácica manual versus a manobra de PEEP- ZEEP na complacência do sistema respiratório e na oxigenação de pacientes submetidos à ventilação invasiva. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbti/a/xtLrpsbG4FC9h84vQpcwW7v/?lang=pt MANOBRAS DE HIPERINSUFLAÇÃO MECÂNICA E PEEP-ZEEP: EFEITOS NA MECÂNICA PULMONAR. Disponível em https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/24769/5/ManobraHiperinsu flacaoMecanica.pdf Técnicas de higiene brônquica empregadas em pacientes ventilados mecanicamente: inquérito com fisioterapeutas. Disponível em https://assobrafirciencia.org/article/5de011cf0e8825ac304ce1d5/pdf/asso brafir-5-2-35.pdf Rodrigues, M. V. H. Estudo do comportamento hemodinâmico, da troca gasosa, da mecânica respiratória e da análise do muco brônquico na aplicação de remoção de secreção brônquica em pacientes sob ventilação mecânica. São Paulo, 2007. Disponível em https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10032008- 132615/publico/TESE_MARCUS.PDF Kaneko M, Murakami SH, Silva AB. Fisioterapia na ventilação mecânica convencional. In: Knobel E. Condutas no paciente grave. 2a ed. São Paulo: Atheneu; c1999.p. 1599-609.