Roberto Felicor Coocatrel Estratégias para um manejo sustentável da Broca-do...
02 valmir martin agrocafé 2013 salvado ba
1. Colheita Mecanizada
do Café
Walmi Gomes Martin
Gerente de Produto - Colhedoras
Local: 14º Agrocafé – Salvador/BA
Data: 12/03/2013
2. Breve Histórico do Café
- Introdução no Brasil em 1727 – 1ª Plantação no Estado do Pará;
- 1728 - Estado do Maranhão;
- 1770 - Estado da Bahia;
- 1773 - Estado do Rio de Janeiro;
- 1825 - Vale do Paraíba – SP/MG (Formação da Serra da Mantiqueira);
- 1840 a 1930 - Todo Estado de São Paulo;
- 1940 a 1960 - Estado do Paraná;
- 1970 - Início da mecanização do café ocorreu na década de 70 com
surgimento da Ferrugem do Cafeeiro ,Hemileia vastatrix ;
- Jacto desenvolve seu primeiro turbo- atomizador - Café
3. Breve Histórico do Café
- 1972 - Importação da Colhedora de Blue Berry (Pesquisa);
- 1973 – Jacto inicia os testes para a derriça do café;
- 1975 -“Geadas” - Migração para os Cerrados de Minas Gerais
(altitudes superiores a 850m acima do nível do mar);
- 1979 - Lançamento da “1ª Colhedora de Café do Mundo”;
- 1994 - Forte preparação das lavouras para mecanização total;
- 1996 - Plantios Oeste Baiano – Sistematizados p/a Mecanização;
- 2002 - A crise obrigou a quebra dos “últimos paradigmas”para a
mecanização;
- 2004 - Colheita Mecanizada com grande crescimento e adoção das
técnicas de “colheita seletiva mecanizada” (Jacto/UFLA)
4. Dificuldades no desenvolvimento da colheita
mecanizada do café
- Localização de lavouras aptas para os testes;
- Desenvolvimento do sistema de derriça;
- Durabilidade das hastes vibratórias;
- Geadas 1975 – não haviam lavouras para realizarem os testes;
- Novas tecnologias para a empresa para o desenvolvimento de –
conjuntos vibratórios, hidráulicos, transportadores, limpeza
dentre outros;
- Mudança da mentalidade – “Mudar a Cabeça do Cafeicultor”
6. Dificuldades no desenvolvimento da colheita
mecanizada do café
Plantios em covas Sistema de arruação
Diâmetro dos troncos -Prejudicava a dirigibilidade do
- Quebras constantes das equipamento.
laminas do recolhedor e altos
índices de café no chão.
7. Dificuldades no desenvolvimento da colheita
mecanizada do café
Desenvolvimento das hastes vibratórias
Produto tinha baixa vida útil
8. 1ª Colhedora de Café do Mundo - Lançamento
1979 – Máquinas Agrícolas Jacto S/A.
9. 1ª Colhedora de Café do Mundo - Lançamento
1979 – Presença do Vice-Presidente da República
Aureliano Chaves
10. 1ª Colhedora de Café do Mundo - Lançamento
Demonstrações da Nova Tecnologia
“Mudar a Cabeça do Cafeicultor”
11. Derriçado de Café Unilateral - Lançamento
1983 – Lançamento comercial da Kokinha
“Mudar a Cabeça do Cafeicultor – Diminuir o degrau”
12. Derriçado de Café Bilateral - Lançamento
1986 – Lançamento comercial da Koplex
“Mudar a Cabeça do Cafeicultor – Diminuir o degrau”
15. Evoluções Agronômicas
- Maior e o mais eficiente parque cafeeiro do mundo;
- Pesquisa e desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes a
ferrugem;
- Novas tecnologias de espaçamentos de plantios, nutrição das plantas,
controles fitossanitários, podas e irrigação;
- Mecanização total das lavouras.
22. Evolução dos Produtos – KTR 3500
Reservatório de 1.800 litros;
Descarga “on the go”;
Direção automática;
Comandos de operação no trator.
23. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
- Viabilizou o investimento em grandes áreas de plantio de café;
- Administração facilitada;
- Redução de custos em até 60%;
- O modelo adotado para a colheita mecanizada otimiza todas as outras
operações, adubação, colheita, poda, pulverização e irrigação;
- Aumento da qualidade do café colhido com menores indices de café
no chão;.
- Ganhos de valor agregado com a “Colheita Seletiva Mecanizada” que
reduz a quantidade de café que cai ao chão.
25. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
Exemplos:
- Eduardo Tassinari (Faz. Ipanema/Alfenas/MG)- alguns talhões
com 5% de café no chão, “isto acontece quando chego nos
momentos certos”;
-Francisco Sérgio de Assis (Monte Carmelo/MG) – “já aconteceu
de passar duas vezes a colhedora e só ter 10% do café no chão”;
- Luiz Roberto S Rodrigues (Jacarezinho/PR) – “faz de 2 a 3
passadas e tem em média 10% de café no chão”.
Estes não têm sistemas de alinhamento,
controle de altura e saias preparadas.
26. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
Colheita Seletiva
da Planta Toda
27. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
Colheita das Ponteiras com até
86% de cerejas com 40-50% de
verdes na planta.
28. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
X
-“Colheita Seletiva Mecanizada”. -“Colheita Seletiva Manual”.
Faz. Capetinga – Boa Esperança ano 2000 Guatemala
O Brasil faz mecanicamente a baixo custo o que os outros
países fazem manualmente com alto custo.
Prof. Fábio Moreira da Silva- UFLA
29. A mecanização total garantiu a
sustentabilidade da cafeicultura brasileira
Fungo “Hemileia vastatrix” Planta com Ferrugem (Honduras)
Colômbia Brasil - Mecanizado
30. O que cafeicultura brasileira tem que melhorar?
Nivel de Tecnificação Baixo Médio Alto Inovadores
“Ilhas de Excelência”
Caracterisitcas
Espaçamento 4,0 x 0,8 3,7 x 0,7 3,2 x 0,65 2,5 x 0,5
Produtividade 30 36 52 66
Renda Bruta/hectare R$ 8.625,00 R$ 10.800,00 R$ 16.484,00 R$ 21.780,00
Domínio da Colhedora (ha) 250 150 90 70
Colheita Seletiva Não Sim Sim Sim
Número de passadas 1,5 2 2a3 3
Irrigação Não Sim / Não Sim Sim
31. “Inovadores”
Faz. Morrinho – Patos de Minas/MG
Prop. Roberto Carlos
Área: 220 hectares (Semi-Irrigados)
Plantio: 2,0 a 2,3 m x 0,5 m
Visita: 03/08/2010
Plantio: 2,0 x 0,5 m
Plantio: 2,3 x 0,5 m
32. “Inovadores”
Faz. Júlia – Piumhi/MG
Área: 350 hectares
Plantio: 2,5 m x 0,5 m
Visita: 19/05/2009
“Ilhas de Excelência”
Espaçamento 2 ,5m x 0,5m
Atividades de Adubação e Pulverização necessitam de adaptação (tração animal neste caso)
Colheita com Big Bag no Carreador ou Pendentes (pequenas ruas de apoio)
33. O que cafeicultura brasileira tem que melhorar?
Nivel de Tecnificação Baixo Médio Alto Inovadores
“Ilhas de Excelência”
Caracterisitcas
Espaçamento 4,0 x 0,8 3,7 x 0,7 3,2 x 0,65 2,5 x 0,5
Produtividade 30 36 52 66
Renda Bruta/hectare R$ 8.625,00 R$ 10.800,00 R$ 16.484,00 R$ 21.780,00
Domínio da Colhedora (ha) 250 150 90 70
Colheita Seletiva Não Sim Sim Sim
Número de passadas 1,5 2 2a3 3
Irrigação Não Sim / Não Sim Sim
Operações
Adubadoras
Adubação Adubadoras
/ Fertirrigação
Fertirrigação Fertirrigação
Turboatomizador
Pulverização Turboatomizador Turboatomizador
/ Adaptações
Adaptações
Buscando
Colheita Tradicionais Tradicionais
Inovações
Adaptações
Podadores Podadores Adaptações
Poda / Condução Não Faz Uso
Tratorizados Tratorizados / Colhedoras
Ganho de Lucratividade/Sustentabilidade
35. Necessidades dos Clientes – QFD (2009)
Histograma da renovação de lavouras (anos)
10
Média: 17,9 anos
Desvio padrão: 4,9 anos
8
Frequencia
6
4
2
0
10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
renovação de lavoura (anos)
36. O que cafeicultura brasileira tem que melhorar?
Nivel de Tecnificação Baixo Médio Alto Inovadores
Operação Industrial
Lavador Não Faz Uso Não Faz Uso
Não Faz Uso Alto Custo
Lavador/Separador
Alto Custo Aq. Aquisição
Não Faz Uso Alto Custo
Descascador
Alto Custo Aq. Aquisição
Não Faz Uso Alto Custo Residuos / Residuos /
Desmucilador
Alto Custo Aq. Resíduos Fertilizante Fertilizante
Terreiro Alto Custo Alto Custo Alto Custo Alto Custo
Secador Alto Custo Alto Custo Alto Custo Alto Custo
Não Faz Uso Alto Custo
Tulha
Alto Custo Aq. Aquisição
Não Faz Uso Alto Custo Limitado Cereja Limitado Cereja
Sistema Granfinale Descascado Descascado
Alto Custo Aq. Aquisição
Não Faz Uso
Benefício
Alto Custo Aq.
Sistemas atuais de processamento do café são restrições para Colhedora.
37. O que cafeicultura brasileira tem que melhorar?
“Mudança do modelo do café canephora”
38. Produção - Consumo = Disponibilidade
Produção
Tipo Países 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
AeR Brasil 36.100 46.700 39.100 53.300 44.800 54.500 49.200 55.900
A Colombia 11.953 12.164 12.515 8.664 8.100 8.525 7.500 7.500
A Peru 2.420 4.400 2.800 4.000 3.300 4.100 5.200 4.800
A Honduras 3.204 3.460 3.642 3.225 3.550 3.975 4.600 5.000
A Etiópia 4.500 5.000 5.000 5.500 6.000 6.125 6.300 6.500
R Vietnã 16.335 19.500 18.000 16.980 18.500 19.467 21.000 22.400
R Indonésia 9.450 7.500 8.000 10.000 10.500 9.350 8.300 9.700
Consumo
AeR Brasil 15.915 16.720 17.390 18.030 18.760 19.380 20.060 20.760
A Colombia 1.250 1.200 1.065 1.180 1.120 1.300 1.200
A Peru 200 210 150 160 170 170 170
A Honduras 230 237 200 200 286 265 465
A Etiópia 1.826 2.000 2.300 2.500 2.800 2.860 2.900 3.000
R Vietnã 533 618 950 1.200 1.337 1.665 1.775
R Indonésia 1.695 1.790 1.720 1.890 1.940 1.700 2.355 2.540
Disponibilidade para Exportação
AeR Brasil 20.185 29.980 21.710 35.270 26.040 35.120 29.140 35.140
A Colombia 11.953 10.914 11.315 7.599 6.920 7.405 6.200 6.300
A Peru 2.420 4.200 2.590 3.850 3.140 3.930 5.030 4.630
A Honduras 3.204 3.230 3.405 3.025 3.350 3.689 4.335 4.535
A Etiópia 2.674 3.000 2.700 3.000 3.200 3.265 3.400 3.500
R Vietnã 16.335 18.967 17.382 16.030 17.300 18.130 19.335 20.625
R Indonésia 7.755 5.710 6.280 8.110 8.560 7.650 5.945 7.160
Fonte: USDA – Elaboração Jacto
Arábica Robusta Arábica e Robusta Disponibilidade Sacas de 60kg.
40. Realidade
Brasil 25% da área plantada
Vietnã 50% da produção de café mundial
Brasil: Crescimento da produtividade fundamentado novo
modelo tecnológico com renovação constante do parque cafeeiro
e uso da irrigação, novos materiais genéticos, novos
espaçamentos, poda, mecanização total, dentre outros;
Vietnã: Parque cafeeiro em renovação sendo indispensável o
uso de irrigação que começa a ficar escassa. A sustentabilidade
do modelo se deve basicamente a alta fertilidade do solo e ao
baixo custo de mão de obra (2002 –US$ 1,00/ dia para em 2008
US$ 3,00/dia)
Custos: Lavouras - 20% mão de obra, 40% fertilizantes e 40%
irrigação;
Industria – disponibilidade de matéria prima e mão de
obra.