O documento discute o uso de tecnologias imersivas para melhorar o letramento financeiro de estudantes brasileiros. Atualmente, o nível de letramento financeiro no Brasil é baixo e iniciativas existentes não têm sido eficazes. As tecnologias imersivas podem fornecer experiências financeiras que precedam o conhecimento. O autor propõe desenvolver e avaliar soluções de realidade virtual para educar financeiramente estudantes.
2. Conceitos
Letramento Financeiro: diferentes definições na literatura (2008 a 2013):
Conhecimento Financeiro
Habilidades Financeiras (aplicação do conhecimento)
Comportamento Financeiro (tomada de decisão)
Experiência Financeira (participação na vida econômica)
Combinação de uma ou mais dessas definições
Para a OECD/INFE (2015): “conhecimento e o entendimento de conceitos de
finanças e riscos e a capacidade, motivação e segurança para aplicar esse
conhecimento para tomar decisões em diferentes contextos financeiros, para
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade e para permitir a
participação na vida econômica”
Educação Financeira: processo educacional que provê o letramento financeiro.
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3. Motivação
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O brasileiro não entende como o letramento financeiro poderia melhorar a sua
qualidade de vida. Em pesquisas da Ilumeo (2018):
Mas a mesma
pesquisa indica
que apenas 25%
dos entrevistados
conhecem a
rentabilidade
anual da poupança
Ou seja, não sabe
quanto pode
ganhar e quanto já
está perdendo
A maioria dos
brasileiros não
sabem quanto
pagam de juros
4. Motivação
O futuro não é promissor!
Brasil possui o pior resultado em letramento financeiro no PISA 2015
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Mais da metade dos estudantes (53,3%) está abaixo
do nível mínimo aceitável de letramento financeiro
Eles sabem no máximo diferenciar um boleto de um
outro documento não-financeiro
Apenas 2,6% dos
alunos atingiram
o nível máximo
Apenas eles
seriam capazes de
entender os
custos ou ganhos
de uma operação
5. Objetivos
Tecnologias imersivas podem contribuir com o aumento do nível de
letramento financeiro dos brasileiros?
A) Levantar o que já existe, o que está funcionando e os gaps que podem
ser explorados
B) Propor a utilização de tecnologias imersivas que se mostrem eficazes
para serem usadas em iniciativas de Educação Financeira
C) Aferir o nível de aprendizado e experiência dos alunos após as iniciativas
de educação financeira com tecnologias imersivas
Foco: alunos de ensino básico
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6. Os resultados
das
intervenções
que existem
hoje
(Mandell, 2009) As intervenções de educação financeira, não aumentam o nível
de letramento financeiro dos indivíduos (ex: resultados da Jump$tart Coalition
nos EUA) – o foco normalmente é em fornecer apenas conhecimento;
(Lusardi e Mitchell, 2011) Fatores demográficos (sexo, raça, idade, região) e
socioeconômicos influenciam diretamente o letramento financeiro dos
indivíduos daquela demografia.
(Clark, 2013) O ambiente em que vive influencia diretamente as experiências e
comportamentos financeiros do individuo.
(Moore, 2003) A hipótese é inverter a lógica: primeiro providenciar experiência
financeira e depois e/ou paralelamente fornecer o conhecimento.
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7. Características
das
tecnologias
imersivas úteis
para a
Educação
Financeira
(Freeman, 2014) Metodologias ativas funcionam bem para prover experiência
(Mikropoulos e Natsis, 2011) Revisões sistemáticas apontam forte relação entre
MetodologiasAtivas eTecnologias Imersivas
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Características das
Tecnologias Imersivas
Características das MetodologiasAtivas
(Jonassen apud Mikropoulos, 2011)
Necessidades da Educação Financeira que
podem ser endereçadas
Experiências de Primeira
Ordem
Providenciar múltiplas representações da
realidade
Fatores demográficos
Fatores sócioeconômicos
Senso de presença
Suportar construção colaborativa de
conhecimento através de negociação social
Aprender com recompensas e sanções
Fatores socioeconômicos
Transdução e Adaptação
de tamanho/escala
Habilitar contexto e conteúdo
Reificação
Contextualizar ao invés de instruções
abstratas
Traduzir o “economês” para a realidade de
cada indivíduo
Semântica natural
Prover o mundo real ao invés de instruções
sequenciais
Autonomia
Foco em construir conhecimento, não em
reproduzir
Motivação e experiência financeira
8. xxxx
xxxxxx
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Nível de
letramento
baixo
Iniciativas não
funcionam
Letramento financeiro
impacta a qualidade de
vida das pessoas
Experiência precede
conhecimento
Desenvolver solução
de experiência
financeira-
Tecnologias imersivas
podem endereçar
Pensar em métodos e
tecnologias que
possam ser úteis
Dissertação de
Mestrado
Artigos publicados
Divulgações para
órgãos responsáveis
(CVM, B3, Anbima etc)
Aplicar em grupos de
alunos do Básico
Alunos com
intervenções de
tecnologia imersiva e
sem tecnologia
Avaliação da
autopercepção dos
alunos
Observação dos
instrutores
9. Relação de
atividades
durante o
mestrado
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Atividades
1° Ano 2° Ano 3°Ano
1°Q 2°Q 3°Q 1°Q 2°Q 3°Q 1°Q 2°Q 3°Q
1. Aulas
2. Revisão da Literatura
3. Eventos, conferências
4. Modelagem Problema
5. Requisitos e Benchmarking
6. Desenvolver a solução
7. Demonstrar a solução
8. Avaliar os resultados
9. Qualificação
10. Escrita e defesa
Atividades baseados nos quadrimestres da Escola Politécnica da USP, para ser
concluído em dois anos: um como alunos especial e depois como aluno regular
10. Referências
CLARK, G. L. Mapping financial literacy: cognition and the environment. Geograska Annaler:
Series B, Human Geography, Elsevier, v. 95, n. 2, p. Corrected Proof, November 2013.
FREEMAN, S. et al. Active learning increases student performance in science, engineering,
and mathematics. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, PNAS, v. 111,
n. 23,April 2014.
KOZMA, R. B. Will Media Influence Learning?. Educational Technology Research and
Development, Springer, v. 42, n. 2, p. 7{19, June 1994. Disponvel
em:<https://link.springer.com/article/10.1007/BF02299087>.
LUSARDI, A.; MITCHELL, O. Financial literacy around the world: an overview. Journal of
Pension Economics and Finance, Cambridge University Press, v. 10, n. 4, p. 497 - 508, October
2011.
MANDELL, L. The Impact of Financial Education in High School and College On Financial
Literacy and Subsequent Financial Decision Making. American Economic Association
Meetings, 2009.
MIKROPOULOS, T. A.; NATSIS, A. Educational virtual environments: A ten-year review of
empirical research (1999-2009). Computers and Education, Elsevier, v. 56, n. 3, p. 769 - 780,
April 2017.
MOORE, D. Survey of financial literacy in Washington State : knowledge, behavior,
attitudes, and experiences. Technical Report, Social and Economic Sciences Research Center,
Washington State Dept. of Financial Institutions, p. 3{39, December 2003.
OECD/INFE. Core Competencies Framework on Financial Literacy for Youth. OECD, 2015.
Disponvel em: <https://www.oecd.org/daf/n/nancialeducation/Core-Competencies-
Framework-Youth.pdf>.
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