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Protocolos de Comunicação
Homem-Máquina
02/02/2012
Bruno Silva de Oliveira– DSSI/CTI
Introdução
• Conteúdo baseado na unidade do curso de
especialização em Gestão da Segurança da
Informação e Comunicações na Universidade
de Brasília
• Será usada a mesma organização de conteúdo
das aulas, aproveitando em alguns pontos
para acrescentar outros autores
Introdução
• Autor do curso foi Tiago Barros Pontes e Silva
• Graduado em Design nas habilitações de
Projeto de Produto e Programação Visual,
com mestrado em Psicologia com ênfase na
área de Ergonomia Cognitiva aplicada a
ambientes e interfaces pela UnB
• Professor do curso de Desenho Industrial da
Universidade de Brasília
Resumo
• Esta apresentação usa uma abordagem
ergonômica para avaliação de comportamentos
inseguros nas instituições públicas brasileiras.
• São apresentados elementos de contextualização
acerca da concepção das políticas de segurança
da informação, os principais conceitos e
pressupostos ergonômicos e a abordagem
metodológica da ergonomia denominada Análise
Ergonômica do Trabalho – AET.
Fator Humano
• Apesar do processo sistematizado de elaboração das políticas
e normas de segurança da informação e das comunicações, as
informações institucionais são expostas a ameaças.
• Em muitos casos, o comportamento inseguro dos
funcionários é o fator principal associado à quebra dos
procedimentos de segurança.
• A dificuldade em seguir os protocolos de segurança prescritos
advém do processo de concepção da política institucional.
LIMITES DA GESTÃO DA
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Prevenir o comportamento inseguro dos funcionários que manipulam,
registram e recuperam informações ainda é um desafio. Nesse sentido,
são apresentadas questões relativas ao processo de concepção das
políticas de gestão da informação institucional, visando explorar o
aspecto da segurança sob a ótica do trabalhador.
Processo de Concepção das
Políticas, Normas e
Procedimentos• Geralmente são concebidas por grupos de especialistas em
questões de segurança, externos aos setores que realizam as
atividades cotidianas da instituição, e com base nas normas
propostas.
• Nesse sentido, é imprescindível que sejam considerados fatores
relacionados ao cotidiano de trabalho das pessoas, suas
condições e organização do trabalho. O afastamento dos
procedimentos de segurança propostos do contexto real de
trabalho pode favorecer os comportamentos inseguros,
expondo as vulnerabilidades da informação institucional a
riscos e ameaças.
Processo de Concepção das
Políticas, Normas e
ProcedimentosPONTO 1
• Identificar as normas de segurança da informação e das
comunicações vigentes no seu contexto de trabalho, assim como o
processo que a originou, como a equipe responsável, o referencial
adotado, o seu processo de formulação e de sensibilização dos
funcionários.
PONTO 2
• Levantar os incidentes de segurança ocorridos no seu contexto de
trabalho recentemente. Identificar os casos relacionados ao
comportamento inseguro, assim como os controles e sanções
previstos pelas normas de segurança para esses casos e as
consequências ocorridas para os funcionários.
Controles e Sanções
• Os controles e monitoramentos são necessários para o
acompanhamento dos procedimentos de segurança da
informação e das comunicações. Também são necessários em
casos de incidentes de segurança, que podem requerer
avaliações precisas que auxiliem o processo de atribuição de
responsabilidades.
• O uso de controles para responsabilizar e punir as pessoas,
nesses casos, não resolve o foco do problema de segurança,
originado pela própria incoerência das prescrições de trabalho.
Engenharia Social
• Os controles e monitoramentos são necessários para o
acompanhamento dos procedimentos de segurança da
informação e das comunicações. Também são necessários em
casos de incidentes de segurança, que podem requerer
avaliações precisas que auxiliem o processo de atribuição de
responsabilidades.
• O uso de controles para responsabilizar e punir as pessoas,
nesses casos, não resolve o foco do problema de segurança,
originado pela própria incoerência das prescrições de trabalho.
A ABORDAGEM ERGONÔMICA
São apresentados neste capítulo os principais conceitos relacionados à
abordagem ergonômica de avaliação do trabalho, iniciando pela sua
origem, a compreensão da situação de trabalho, as características do
trabalho para a ergonomia, a diferença entre a tarefa e a atividade, o
pressuposto de variabilidade e a organização do trabalho
Histórico
• A ergonomia foi originada logo após a Segunda Grande Guerra.
• Profissionais das áreas de engenharia, psicologia e fisiologia se
reuniram com o propósito comum de compreender a relação
das pessoas com os painéis e controles de aviões, visando
diminuir os erros e acidentes dos pilotos.
• No entanto, a ergonomia continuou evoluindo ao responder
demandas físicas e organizacionais em fábricas e indústrias.
Histórico
• Acreditava-se que o trabalho poderia ser fragmentado, de
maneira a aproveitar ao máximo o potencial físico humano.
• Assim, os operários tinham um trabalho simples e repetitivo,
em um contexto de esteiras de fábricas totalmente voltado
para a otimização da produção.
• Todas as ações dos trabalhadores era planejada e ajustada de
maneira a favorecer o uso de alavancas musculares humanas
para a carga de trabalho físico a ser executada.
Histórico
• Em seguida, os padrões da indústria foram se modificando de
acordo com os processos de automação e robotização da
produção.
• Nesse contexto, os principais focos da Ergonomia foram as
adequações de postos de trabalho.
• A organização desses dispositivos às zonas de alcance humano,
a adequação de controles ao formato da mão humana, os
ajustes de legibilidade de visores são exemplos de objetos
estudados pela Ergonomia nesse contexto.
Histórico
• A Ergonomia é, portanto, uma disciplina relacionada
ao entendimento das interações entre os seres
humanos e outros elementos ou sistemas, e à
aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a
projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o
desempenho global do sistema (ABERGO, 2000).
Situação de Trabalho
• Durante o cotidiano de trabalho, as pessoas vivenciam
situações que fogem às prescrições de suas tarefas, de maneira
que precisam elaborar estratégias próprias para a manutenção
do fluxo de trabalho.
• Portanto, para a ergonomia, o conceito de trabalho resulta de
uma dialética entre o conjunto de prescrições e ações efetivas,
que pressupõem um investimento individual ou coletivo na sua
gestão.
Situação de Trabalho
• Durante o processo de trabalho, visando cumprir as metas
institucionais diante da variabilidade do cotidiano, as
estratégias elaboradas pelas pessoas podem não estar de
acordo com as recomendações de segurança da informação.
• Muitas vezes, quando confrontados com essas situações, em
um contexto de pressão temporal, os trabalhadores adotam a
estratégia com maior benefício imediato, relacionadas aos
objetivos do trabalho.
• Assim o comportamento inseguro pode ocorrer, originado pelo
conflito existente entre as metas de trabalho e o próprio
suporte organizacional.
Organização do Trabalho
• A organização da produção, os arranjos físicos, os critérios de
qualidade e produtividade são fatores influentes na
organização do trabalho.
• Eles refletem a natureza da atividade a ser realizada,
determinando, por exemplo, a frequência de ações específicas,
como os deslocamentos.
• A depender da situação vivenciada, como contextos de pressão
temporal, as pessoas podem elaborar estratégias que visam
reduzir a sua carga física e cognitiva de trabalho, ou mesmo
superar obstáculos existentes para a sua realização.
Variabilidade
• O organismo humano possui limites e especificidades que
influenciam a forma pela qual compreendemos e agimos sobre
o mundo.
• Nesse sentido, existe uma variabilidade na forma de agir de
cada indivíduo, denominada variabilidade inter-individual.
• Portanto, ao planejar uma situação de trabalho, incluindo os
procedimentos de segurança da informação, deve-se
considerar que o trabalhador não se comporta sempre da
mesma maneira, como um homem médio.
Variabilidade
• Para a Ergonomia, a variabilidade é um pressuposto e
deve ser considerado sempre, no contexto socio-
técnico da instituição, nas demandas de trabalho, nos
insumos, nos ambientes e equipamentos, nos
produtos e serviços gerados, entre os indivíduos ou no
mesmo indivíduo ao longo do tempo.
A Tarefa e a Atividade
Tarefa
• A tarefa pode ser entendida como a dimensão prescrita do
trabalho, i.e., o conjunto de prescrições acerca do que o
trabalhador deve fazer, utilizando equipamentos e ferramentas
determinadas, segundo padrões específicos de qualidade e
quantidade.
Atividade
• A atividade é a dimensão real do trabalho, i.e., compreende o
conjunto de ações dos trabalhadores diante de situações reais de
seu cotidiano que visam atingir os objetivos de sua tarefa.
A Tarefa e a Atividade
• É somente por meio da análise da atividade que os
motivos reais dos comportamentos inseguros podem
surgir.
• Não basta questionar os funcionários acerca das
dificuldades de seu trabalho cotidiano. É necessário
observar os comportamentos para inferir as
estratégias por eles elaboradas para lidar com a
variabilidade e atingir seus objetivos.
ERGONOMIA COGNITIVA
Esta seção aborda a forma como as pessoas adquirem e produzem
informação e conhecimentos
Cognição Humana
• Cognição é um conjunto de processos mentais que
permite às pessoas buscar, tratar, armazenar e utilizar
diferentes tipos de informações do ambiente.
• É a partir dos processos cognitivos que o indivíduo é
capaz de adquirir e produzir informações e
conhecimentos, necessários ao trabalho e ao mesmo
tempo aos seus determinantes.
Competências para Ação
• As competências são entendidas como o
conhecimento necessário para a realização de uma
ação, assim como a habilidade utilizada para agir.
• A competência remete à noção de experiência prévia
e à construção de estratégias pessoais na gestão dos
seus recursos materiais, temporais e cognitivos.
• As competências para ação são compostas pelas
representações para ação, pelas estratégias
operatórias e pelos modos operatórios, apresentados
a seguir.
Representação para Ação
• São processos mentais ativos para apropriação das
situações em um processo voluntário de conhecer,
uma apropriação psicológica produto da atividade.
• As representações são traços de memória evocados
mais (ou menos) facilmente diante de determinados
estímulos (Silvino, 2004)
• As associações com experiências anteriores permitem
às pessoas evocarem na memória informações a partir
das quais elaboram estratégias ou planos de ação.
Estratégias Operatórias
• As estratégias operatórias são processos de regulação
que envolvem mecanismos cognitivos como a
categorização, a resolução de problemas e a tomada
de decisão, que resultam em um modo operatório.
• Ou seja, enquanto os modos operatórios consistem
em uma sequência de ações e operações, em uma
ação propriamente dita, as estratégias operatórias são
planos de ações, estratégias elaboradas para resolver
determinados problemas em um contexto específico
(SILVINO e ABRAHÃO, 2003).
Estratégias Operatórias
• As estratégias são formuladas a partir da
interpretação das informações do ambiente e da
utilização de conhecimentos e experiências oriundos
da memória.
• De um lado as representações permitem ao
trabalhador resgatar os conhecimentos necessários
para entender a situação e, de outro, as estratégias
operatórias resultam de planejamentos que as
pessoas fazem e reelaboram para a realização do
trabalho.
MÉTODO
Em ergonomia não há um modelo pré-determinado de intervenção. O
que existe são princípios comuns, oriundos de conhecimentos gerais.
Cada demanda apresenta elementos que nos permitem compreendê-la à
luz de trabalhos anteriores
Análise Ergonômica do Trabalho
• A abordagem metodológica proposta pela ergonomia,
a Análise Ergonômica do Trabalho – AET, é
estruturada em várias etapas que se encadeiam com o
objetivo de compreender e transformar o trabalho
(GUÉRIN et al., 2001).
• Podemos dizer que ela constitui um método bastante
aberto, uma vez que as ferramentas usuais da coleta
dos dados podem variar, e que a sua escolha é feita
em função da natureza dos problemas colocados no
momento da demanda.
Análise Ergonômica do Trabalho
• Uma ação ergonômica aborda os seguintes passos:
• A) Análise da Demanda
– a compreensão dos indicadores diretos e indiretos
utilizados pelo demandante para justificar a análise
devem ser o eixo inicial das investigações a serem
realizadas.
• B) Coleta de Informações
– o contexto socio-técnico e o sistema de trabalho da
instituição devem ser compreendidos
Análise Ergonômica do Trabalho
• C) Levantamento de características
– O ambiente do sistema de trabalho deve ser
identificado com todas as variáveis externas ao
controle da instituição
• D) Escolha das situações
– Geralmente são escolhidas situações nos quais se
acredita que há um problema a ser investigado e
compreendido
Análise Ergonômica do Trabalho
• E) Análise do processo técnico e da tarefa
– Antes de inferir sobre a situação real de trabalho, o
pesquisador deve compreender todas as
prescrições acerca da tarefa a ser observada
(instruções, suporte, ambiente, perfil das pessoas..)
• F) Observações Globais
– A situação real de trabalho deve ser observada, de
maneira geral e aberta
Análise Ergonômica do Trabalho
• G) Pré-diagnóstico
– Há a reformulação ou reforço da hipótese inicial,
para sua verificação sistemática
• H) Observações Sistemáticas
– é feito um recorte da situação para análise com o
objetivo de demonstrar e validar a hipótese de
segundo nível(pré-diagnóstico)
Análise Ergonômica do Trabalho
• I) Validação
– Consiste em fazer uma devolução dos dados
pesquisados às pessoas que realizaram o trabalho.
• H) Diagnóstico
– Fornece subsídios em relação ao planejamento e à
operacionalização das transformações necessárias à
situação de trabalho.
Referências
PONTES. T. “Protocolos de Comunicação Homem-Máquina”. Curso de
Especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações. UnB
– Universidade de Brasília. 2009 a 2011.

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Pensando comunicação homem máquina (em termos de ergonomia)

  • 1. Bruno S. Oliveira Bolsista bruno.oliveira@cti.gov.br Tel.: +55 11 3746-6000 - Fax: +55 19 3746-6028 www.cti.gov.br
  • 3. Introdução • Conteúdo baseado na unidade do curso de especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações na Universidade de Brasília • Será usada a mesma organização de conteúdo das aulas, aproveitando em alguns pontos para acrescentar outros autores
  • 4. Introdução • Autor do curso foi Tiago Barros Pontes e Silva • Graduado em Design nas habilitações de Projeto de Produto e Programação Visual, com mestrado em Psicologia com ênfase na área de Ergonomia Cognitiva aplicada a ambientes e interfaces pela UnB • Professor do curso de Desenho Industrial da Universidade de Brasília
  • 5. Resumo • Esta apresentação usa uma abordagem ergonômica para avaliação de comportamentos inseguros nas instituições públicas brasileiras. • São apresentados elementos de contextualização acerca da concepção das políticas de segurança da informação, os principais conceitos e pressupostos ergonômicos e a abordagem metodológica da ergonomia denominada Análise Ergonômica do Trabalho – AET.
  • 6. Fator Humano • Apesar do processo sistematizado de elaboração das políticas e normas de segurança da informação e das comunicações, as informações institucionais são expostas a ameaças. • Em muitos casos, o comportamento inseguro dos funcionários é o fator principal associado à quebra dos procedimentos de segurança. • A dificuldade em seguir os protocolos de segurança prescritos advém do processo de concepção da política institucional.
  • 7. LIMITES DA GESTÃO DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Prevenir o comportamento inseguro dos funcionários que manipulam, registram e recuperam informações ainda é um desafio. Nesse sentido, são apresentadas questões relativas ao processo de concepção das políticas de gestão da informação institucional, visando explorar o aspecto da segurança sob a ótica do trabalhador.
  • 8. Processo de Concepção das Políticas, Normas e Procedimentos• Geralmente são concebidas por grupos de especialistas em questões de segurança, externos aos setores que realizam as atividades cotidianas da instituição, e com base nas normas propostas. • Nesse sentido, é imprescindível que sejam considerados fatores relacionados ao cotidiano de trabalho das pessoas, suas condições e organização do trabalho. O afastamento dos procedimentos de segurança propostos do contexto real de trabalho pode favorecer os comportamentos inseguros, expondo as vulnerabilidades da informação institucional a riscos e ameaças.
  • 9. Processo de Concepção das Políticas, Normas e ProcedimentosPONTO 1 • Identificar as normas de segurança da informação e das comunicações vigentes no seu contexto de trabalho, assim como o processo que a originou, como a equipe responsável, o referencial adotado, o seu processo de formulação e de sensibilização dos funcionários. PONTO 2 • Levantar os incidentes de segurança ocorridos no seu contexto de trabalho recentemente. Identificar os casos relacionados ao comportamento inseguro, assim como os controles e sanções previstos pelas normas de segurança para esses casos e as consequências ocorridas para os funcionários.
  • 10. Controles e Sanções • Os controles e monitoramentos são necessários para o acompanhamento dos procedimentos de segurança da informação e das comunicações. Também são necessários em casos de incidentes de segurança, que podem requerer avaliações precisas que auxiliem o processo de atribuição de responsabilidades. • O uso de controles para responsabilizar e punir as pessoas, nesses casos, não resolve o foco do problema de segurança, originado pela própria incoerência das prescrições de trabalho.
  • 11. Engenharia Social • Os controles e monitoramentos são necessários para o acompanhamento dos procedimentos de segurança da informação e das comunicações. Também são necessários em casos de incidentes de segurança, que podem requerer avaliações precisas que auxiliem o processo de atribuição de responsabilidades. • O uso de controles para responsabilizar e punir as pessoas, nesses casos, não resolve o foco do problema de segurança, originado pela própria incoerência das prescrições de trabalho.
  • 12. A ABORDAGEM ERGONÔMICA São apresentados neste capítulo os principais conceitos relacionados à abordagem ergonômica de avaliação do trabalho, iniciando pela sua origem, a compreensão da situação de trabalho, as características do trabalho para a ergonomia, a diferença entre a tarefa e a atividade, o pressuposto de variabilidade e a organização do trabalho
  • 13. Histórico • A ergonomia foi originada logo após a Segunda Grande Guerra. • Profissionais das áreas de engenharia, psicologia e fisiologia se reuniram com o propósito comum de compreender a relação das pessoas com os painéis e controles de aviões, visando diminuir os erros e acidentes dos pilotos. • No entanto, a ergonomia continuou evoluindo ao responder demandas físicas e organizacionais em fábricas e indústrias.
  • 14. Histórico • Acreditava-se que o trabalho poderia ser fragmentado, de maneira a aproveitar ao máximo o potencial físico humano. • Assim, os operários tinham um trabalho simples e repetitivo, em um contexto de esteiras de fábricas totalmente voltado para a otimização da produção. • Todas as ações dos trabalhadores era planejada e ajustada de maneira a favorecer o uso de alavancas musculares humanas para a carga de trabalho físico a ser executada.
  • 15. Histórico • Em seguida, os padrões da indústria foram se modificando de acordo com os processos de automação e robotização da produção. • Nesse contexto, os principais focos da Ergonomia foram as adequações de postos de trabalho. • A organização desses dispositivos às zonas de alcance humano, a adequação de controles ao formato da mão humana, os ajustes de legibilidade de visores são exemplos de objetos estudados pela Ergonomia nesse contexto.
  • 16. Histórico • A Ergonomia é, portanto, uma disciplina relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema (ABERGO, 2000).
  • 17. Situação de Trabalho • Durante o cotidiano de trabalho, as pessoas vivenciam situações que fogem às prescrições de suas tarefas, de maneira que precisam elaborar estratégias próprias para a manutenção do fluxo de trabalho. • Portanto, para a ergonomia, o conceito de trabalho resulta de uma dialética entre o conjunto de prescrições e ações efetivas, que pressupõem um investimento individual ou coletivo na sua gestão.
  • 18. Situação de Trabalho • Durante o processo de trabalho, visando cumprir as metas institucionais diante da variabilidade do cotidiano, as estratégias elaboradas pelas pessoas podem não estar de acordo com as recomendações de segurança da informação. • Muitas vezes, quando confrontados com essas situações, em um contexto de pressão temporal, os trabalhadores adotam a estratégia com maior benefício imediato, relacionadas aos objetivos do trabalho. • Assim o comportamento inseguro pode ocorrer, originado pelo conflito existente entre as metas de trabalho e o próprio suporte organizacional.
  • 19. Organização do Trabalho • A organização da produção, os arranjos físicos, os critérios de qualidade e produtividade são fatores influentes na organização do trabalho. • Eles refletem a natureza da atividade a ser realizada, determinando, por exemplo, a frequência de ações específicas, como os deslocamentos. • A depender da situação vivenciada, como contextos de pressão temporal, as pessoas podem elaborar estratégias que visam reduzir a sua carga física e cognitiva de trabalho, ou mesmo superar obstáculos existentes para a sua realização.
  • 20. Variabilidade • O organismo humano possui limites e especificidades que influenciam a forma pela qual compreendemos e agimos sobre o mundo. • Nesse sentido, existe uma variabilidade na forma de agir de cada indivíduo, denominada variabilidade inter-individual. • Portanto, ao planejar uma situação de trabalho, incluindo os procedimentos de segurança da informação, deve-se considerar que o trabalhador não se comporta sempre da mesma maneira, como um homem médio.
  • 21. Variabilidade • Para a Ergonomia, a variabilidade é um pressuposto e deve ser considerado sempre, no contexto socio- técnico da instituição, nas demandas de trabalho, nos insumos, nos ambientes e equipamentos, nos produtos e serviços gerados, entre os indivíduos ou no mesmo indivíduo ao longo do tempo.
  • 22. A Tarefa e a Atividade Tarefa • A tarefa pode ser entendida como a dimensão prescrita do trabalho, i.e., o conjunto de prescrições acerca do que o trabalhador deve fazer, utilizando equipamentos e ferramentas determinadas, segundo padrões específicos de qualidade e quantidade. Atividade • A atividade é a dimensão real do trabalho, i.e., compreende o conjunto de ações dos trabalhadores diante de situações reais de seu cotidiano que visam atingir os objetivos de sua tarefa.
  • 23. A Tarefa e a Atividade • É somente por meio da análise da atividade que os motivos reais dos comportamentos inseguros podem surgir. • Não basta questionar os funcionários acerca das dificuldades de seu trabalho cotidiano. É necessário observar os comportamentos para inferir as estratégias por eles elaboradas para lidar com a variabilidade e atingir seus objetivos.
  • 24. ERGONOMIA COGNITIVA Esta seção aborda a forma como as pessoas adquirem e produzem informação e conhecimentos
  • 25. Cognição Humana • Cognição é um conjunto de processos mentais que permite às pessoas buscar, tratar, armazenar e utilizar diferentes tipos de informações do ambiente. • É a partir dos processos cognitivos que o indivíduo é capaz de adquirir e produzir informações e conhecimentos, necessários ao trabalho e ao mesmo tempo aos seus determinantes.
  • 26. Competências para Ação • As competências são entendidas como o conhecimento necessário para a realização de uma ação, assim como a habilidade utilizada para agir. • A competência remete à noção de experiência prévia e à construção de estratégias pessoais na gestão dos seus recursos materiais, temporais e cognitivos. • As competências para ação são compostas pelas representações para ação, pelas estratégias operatórias e pelos modos operatórios, apresentados a seguir.
  • 27. Representação para Ação • São processos mentais ativos para apropriação das situações em um processo voluntário de conhecer, uma apropriação psicológica produto da atividade. • As representações são traços de memória evocados mais (ou menos) facilmente diante de determinados estímulos (Silvino, 2004) • As associações com experiências anteriores permitem às pessoas evocarem na memória informações a partir das quais elaboram estratégias ou planos de ação.
  • 28. Estratégias Operatórias • As estratégias operatórias são processos de regulação que envolvem mecanismos cognitivos como a categorização, a resolução de problemas e a tomada de decisão, que resultam em um modo operatório. • Ou seja, enquanto os modos operatórios consistem em uma sequência de ações e operações, em uma ação propriamente dita, as estratégias operatórias são planos de ações, estratégias elaboradas para resolver determinados problemas em um contexto específico (SILVINO e ABRAHÃO, 2003).
  • 29. Estratégias Operatórias • As estratégias são formuladas a partir da interpretação das informações do ambiente e da utilização de conhecimentos e experiências oriundos da memória. • De um lado as representações permitem ao trabalhador resgatar os conhecimentos necessários para entender a situação e, de outro, as estratégias operatórias resultam de planejamentos que as pessoas fazem e reelaboram para a realização do trabalho.
  • 30. MÉTODO Em ergonomia não há um modelo pré-determinado de intervenção. O que existe são princípios comuns, oriundos de conhecimentos gerais. Cada demanda apresenta elementos que nos permitem compreendê-la à luz de trabalhos anteriores
  • 31. Análise Ergonômica do Trabalho • A abordagem metodológica proposta pela ergonomia, a Análise Ergonômica do Trabalho – AET, é estruturada em várias etapas que se encadeiam com o objetivo de compreender e transformar o trabalho (GUÉRIN et al., 2001). • Podemos dizer que ela constitui um método bastante aberto, uma vez que as ferramentas usuais da coleta dos dados podem variar, e que a sua escolha é feita em função da natureza dos problemas colocados no momento da demanda.
  • 32. Análise Ergonômica do Trabalho • Uma ação ergonômica aborda os seguintes passos: • A) Análise da Demanda – a compreensão dos indicadores diretos e indiretos utilizados pelo demandante para justificar a análise devem ser o eixo inicial das investigações a serem realizadas. • B) Coleta de Informações – o contexto socio-técnico e o sistema de trabalho da instituição devem ser compreendidos
  • 33. Análise Ergonômica do Trabalho • C) Levantamento de características – O ambiente do sistema de trabalho deve ser identificado com todas as variáveis externas ao controle da instituição • D) Escolha das situações – Geralmente são escolhidas situações nos quais se acredita que há um problema a ser investigado e compreendido
  • 34. Análise Ergonômica do Trabalho • E) Análise do processo técnico e da tarefa – Antes de inferir sobre a situação real de trabalho, o pesquisador deve compreender todas as prescrições acerca da tarefa a ser observada (instruções, suporte, ambiente, perfil das pessoas..) • F) Observações Globais – A situação real de trabalho deve ser observada, de maneira geral e aberta
  • 35. Análise Ergonômica do Trabalho • G) Pré-diagnóstico – Há a reformulação ou reforço da hipótese inicial, para sua verificação sistemática • H) Observações Sistemáticas – é feito um recorte da situação para análise com o objetivo de demonstrar e validar a hipótese de segundo nível(pré-diagnóstico)
  • 36. Análise Ergonômica do Trabalho • I) Validação – Consiste em fazer uma devolução dos dados pesquisados às pessoas que realizaram o trabalho. • H) Diagnóstico – Fornece subsídios em relação ao planejamento e à operacionalização das transformações necessárias à situação de trabalho.
  • 37. Referências PONTES. T. “Protocolos de Comunicação Homem-Máquina”. Curso de Especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações. UnB – Universidade de Brasília. 2009 a 2011.