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1
1
A vinda da família real e a
independência
Amaury Gremaud
Formação Econômica e Social do Brasil I
Independência:
uma historia de 3 décadas
 1808 – abertura dos Portos
 1815 – elevação à reino Unido
 1817 – coroação d. João VI
 1822 – proclamação da Independência
 1824 – outorga da Constituição
 1831 – renuncia de D. Pedro I
 1840 – coroação de D. Pedro II
 Longo e cumulativo processo
2
Independência
brasileira faz
parte
Até que ponto
o Brasil foi
diferente ?
•Da crise do
antigo regime
•Das
independências
americanas
•Processo
•Resultados
3
Independência da América
um assunto incestuoso
 Brasil e América: +/- 300 anos de
colonização
 Enraizamento, miscigenação e persistência
colonial diferente das colonizações da África-
Ásia no XX
 Independência diferente
 Sempre saída/expulsão de alguém
 mas de quem contra quem?
 Africa/Asia – expulsão dos outros:
“colonizadores brancos”
 América: colono expulsando colonizador
4
A crise do Antigo Regime e do
Antigo Sistema Colonia
 Independência dentro da
 Passagem do capitalismo mercantil para o industrial
 Crise do Absolutismo e da política mercantilista
 Revolução Industrial – Inglaterra tem consequências importantes:
impõe fim das relações coloniais e dos exclusivismo – ampliação
dos mercados
 GB: dois grupos em disputa:
 Exportadores de têxteis laníferos (associados importadores de
vinhos) interesse em manter regime
 Exportadores de têxteis de algodão – ligação com o Brasil (Ne) -
interesse no livre comércio
 Adam Smith – critica mercantilismo –defesa do livre comércio
 Revoluções: questionam o poder absoluto e a importância política
da nobreza
- constitucionalistas e republicanas
 Portugal e Espanha
 Situação marginal e persistência dos sistemas tradicionais
5
 América portuguesa: até 1808 mantida isolada
 Analfabeta, controlada (diferente dos EUA):
 Proibição de manufaturas incluía a indústria gráfica e a
publicação de jornais
 Circulação de livros submetida a três instancias de censura
 Direito à reunião era vigiado
 Educação limitada aos níveis mais básicos e para pequena
parcela da população
 Idéias revolucionárias chegam ao Brasil
geralmente de forma clandestina
 Publicações contrabandeadas
 Reuniões de sociedades secretas (maçonaria)
 Ou na bagagem da elite que fora estudar na Europa
Esta por trás de movimentos rebeldes
A Colônia e as novas ideias
A face interna da crise do sistema
colonial
 Movimento nativista dentro da colônia cresce,
especialmente depois do reforço das regras
metropolitanas
 Contrabando
 Revolta de Beckman no Maranhão; mascates em
Pernambuco e rebeliões em Minas Gerais
 Oposição à regras como
 Exclusivismos e monopólios
 Disputa entre produtores e comerciantes oficiais
 Proibições de atividades
 Problemas com funcionários
 Interferências nas determinações internas
(camaras)
7
Liberalismo até onde ?
Portugal:
imposição de
limites ao poder
real - regras
constitucionais
Fim de
monopólios e
exclusivismo,
mas
Brasil: fim de
monopólios e do
exclusivismo
metropolitiano
liberalismo
= abolição
da
escravidão
?
Liberalismo
=
democracia
?
8
Brasil e suas particularidades
 1807 – invasão das tropas napoleônicas de Junot
(3 invasões – resistência portuguesa e inglesa)
 Vinda da família real: experiência única
 Idéia Antiga: 1580 / 1640 / 1755
 Comitiva de D. João VI: 15.000 pessoas
 Esquadra inglesa: vários anos na Guanabara
 Mudanças importantes:
1) Abertura dos Portos às nações amigas
Motivações ideológicas (Visconde de cairu) ou questão pragmática
2) Instalação de uma máquina administrativa
Imprensa Regia
Banco do Brasil – emissão de notas (lastro joias da Coroa)
3) Liberdade de fundação de fábricas
4) Tratados de comércio com a Inglaterra 9
10
Tratados de 1810
 Consequências duradouras para o Brasil:
 15% para os produtos ingleses
 16% para produtos portugueses
 24 % para outros
 Rápido aumento das importações inglesas
 Já antes do acordo – único fornecedor
 Fim do surto manufatureiro que ocorria a partir de 1808
 Sem reciprocidade
 Açúcar e café brasileiros são discriminados em favor da
produção das colônias inglesas
 Favorecimentos anteriores: vinhos, azeites, algodão e
paus de tinturaria
 Grandes déficits na Balança Comercial
11
Outros Pontos do Acordo
1) Autorização para comprar e cortar madeira de construção
2) Navios de guerra poderiam entrar nos portos
3) Não à Inquisição
4) Portugal: monopólio na venda de marfim, madeira tintorial,
urzela, diamantes, ouro em pó, pólvora e tabaco
manufatureiro
5) Porto de Santa Catarina como porto franco
6) Abolição gradual do tráfico de escravos e limites para o
tráfico nas costas da África
 Portugal recebia tratamento “platônico” de nação
mais favorecida, mas Inglaterra recebia vantagens
concretas
 Necessidade de equilibrar autonomia e apoio militar e
político
 Afeta Brasil e depois Brasil terá o mesmo problema -
preço do reconhecimento da independência em 1825 foi o
mesmo
12
Tratados de 1810
 1818: Governo português altera alguns termos:
 Imposto de Importação de mercadorias portuguesas: de
16% para 15%
 Manufaturas portuguesas: 10%
 1826: 15% para os produtos franceses
 1828: Demais nações
 Dois efeitos econômicos mais importantes:
 Barateamento inicial do custo de vida
 Déficit comercial
 Liberalismo inapropriado (?)
 Nações hegemônicas – nem sempre apregoam aquilo que
praticaram
 Smith: o que se deve fazer, ou o que se fez ?
 Não recomendação aos norte-americanos
EUA e A. Hamilton: protegem sua industria desde 1816
 Contrariamente ao que pregavam e
recomendavam os teóricos liberais como A.
Smith que viam o país fadado a depender da
agricultura como a Polônia
“Se os americanos, seja mediante boicote, seja por
meio de qualquer outro tipo de violência,
suspenderem a importação de manufaturas
européias e, assim, concederem um monopólio
aos seus compatriotas capazes de fabricar os
mesmos bens, desviando uma parcela considerável
do capital para esse fim, estarão retardando o
futuro crescimento do valor de seu produto anual,
em vez de acelerá-lo, e estarão obstruindo o
progresso do país rumo à riqueza e à grandeza
verdadeira, em vez de promovê-lo”
Adam Smith, A
Riqueza das
Nações, 1776
Nem tudo no acordo vai para frente
 Questão do tráfico
 Tratados de 1810, 1825, 1830
 Apesar de alguma apoio interno anti-escravista (sul
– antes do café)
 José Bonifácio:
 efeito econômicos perversos da escravidão: baixo
dinamismo tecnológico e baixo efeito multiplicador de
economia escrava
 Risco de convulsão social
 racismo
 forças internas resistem durante 40 anos
 Não consenso na Inglaterra
 demandantes de matéria prima (algodão) e wage goods
(café e açúcar)
 Investidores no tráfico
 Não claro entre economistas liberais 14
 Maioria no Brasil defendia a manutenção do
“Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve”
criado por D. João em 16.12.1815
 Defendia nova posição brasileira
 S.B. Holanda:
 Independência foi resultado de uma guerra civil entre
os portugueses desencadeada pela Revolução Liberal
do Porto de 1820 e do ressentimento de alguns
setores metropolitanos em relação vantagens obtidas
pela colônia nos anos anteriores
 Pedido de volta de D. João VI e Pedro
 Volta da condição colonial
 Durante a Revolução do Porto e a reunião das Cortes
– alguns setores metropolitanas defenderam a volta
do Brasil ao status de colônia
Conflitos internos em Portugal
Independência de quem?
 Maxwell: Brasil se tornou independente de 1808 e 22
 “Proclamação da Independência” é manutenção da
independência
 1820: Portugal (Cortes) proclamam a independência (em relação ao
Brasil ?)
 Teria ocorrido movimento de independência sem passo das cortes
portuguesas ?
 Brasil não precisa de Portugal: O que esta em jogo é:
 Estabilidade
 Monarquia
 Integridade territorial
 Brasil pleitearia a independência contra a monarquia; iríamos para uma
república ?
 Até onde movimentos republicanos são representativos ?
 Existem posições regionais diferentes
 O Problema dinástico e a figura de D. Pedro I
 Independência: golpe dinástico
16
 Presença institucional desde 1808:
 Unificação inicial de uma colônia desunida
 S. B. Holanda: Sentimento de medo fez com que
elite colonial nas diferentes províncias se mantivesse
unida em torno da coroa, em torno de D. Pedro
 Riscos do processo de ruptura grandes: guerra civil, guerra
étnica- sentimento de medo (Haiti)
 Maxwell:Solução republicana arriscada para elite
 Predisposição a republica mais forte em Portugal que no
Brasil
 Brasil: elite liberdade sim, mas não se pode exagerar na
igualdade
 Elites preservam seus interesses e acabam por
constituir uma país singular na América (uma flor
exótica na América: um Império unificado)
A unificação e a independencia
 Independência – vai além de um negociata entre pai e
filho
 Houve uma Guerra da Independência – longa (21
meses) e desgastante
 Bahia 16.000 brasileiros x 5.000 portugueses (mais que
América Espanhola)
 Exercito e Marinha brasileiros eram fracos/inferiores, recorre-
se a mercenários
 Estima-se 2/3 mil vitimas
 Batalha de Jenipapo (Campo Maior - Pi)
 Maior batalha da independência (13.3.1823) – fortes perdas
brasileiras
 Duas frentes:
 Sul – resistência na Cisplatina, vencida em 18.11.23 por
Frederic Lecor – Barão de Laguna)
 N/Ne : Cochrane e Marinha acabam por expulsar portugueses
 Divisões nas regiões
 Pa, Ma – aderem às corte portuguesas
 Ce, RN e Pe – hesitam mas aderem a D. Pedro
 Ba – posição estratégica – usado por Portugal como pólo de resistência
A Guerra da Independência
 Alexander Thomas Cochrane
 Fundador e primeiro almirante da Marinha de Guerra
brasileira
 Participa da Guerra de independência e expulsa tropas
portuguesas do Norte e Nordeste
Mas
 saqueia os habitantes de São Luiz do Maranhão
 Rouba um navio brasileiro
 Acreditava que merecia mais $ que D. Pedro fosse pagá-lo
 Na verdade era um mercenário
 Escocês, foi combatente de Napoleão e depois
deputado no Parlamento inglês
 Problemas na Bolsa de Londres – foge e se vende para
independência brasileira, peruana, chilena e grega
Lorde Cochrane – herói maldito
 Independência sem rompimento com a ordem
social vigente
 Abolição da escravidão impraticável pelo menos a
curto prazo
 País foi edificado de cima para baixo
 Pequena elite imperial conduz processo ao longo do
XIX de modo a evitar que a ampliação da
participação política resultasse em caos e em
rupturas temáticas
 Não era a única independência possível
 Nem todos ficaram satisfeitos
 Debates internos e revoltas não devem ser
subestimadas
Independência: saída conservadora
 Brasil: de herói a
vilão
 Herói - D. Pedro I
 independência
brasileira
 Vilão
 Autoritarismo
 Pensamento em
Portugal
 Portugal: de vilão
a herói
 Vilão
 Independência
brasileira
 Herói – D Pedro IV
 Liberalismo
(constituição
liberal)
 Luta contra
despotismo do
irmão
D Pedro: Portugal e Brasil
 Nasce no Palácio de Queluz – 12.10.1798
 Herdeiro da Coroa portuguesa, deixado no Rio
de Janeiro com 22 anos para governar o Brasil
 Inicialmente assustado, acaba aceitando o
projeto de independência e aglutina em seu
entorno interesses antes dispersos
Jovem príncipe romântico e aventureiro – herói
marcial, sem vacilações ou defeitos
X
Inculto, mulherengo, boêmio e arbitrário
D Pedro I: de herói a vilão (1)
 Cavalgadas (Ouro Preto e São Paulo) o ajudaram a
ter a lealdade do centro sul passa a ter a mítica do
herói da independência
 Um ano depois já inicio dos problemas que o levam
a abdicação (07.04.31):
 Escândalos da vida privada em um país moralista, católico e
conservador
 Marquesa de Santos x Imperatriz Leopoldina
 Oscilações entre interesses portugueses e nacionais
 Aceitação da indenização para o reconhecimento
 Custo alto demais
 Discussões em torno do Trono português
 Longa guerra com Argentina pela Província de Cisplatina
 Custo e derrota (1828)
 Instabilidade Política do reino
D Pedro I: de herói a vilão (3)
 Instabilidade as vezes atribuída ao gênio
impulsivo e autoritário de D. Pedro I -
mina apoio inicial
 Dissolução da Constituinte de 1823
 Censura à imprensa
 perseguição aos jornalistas, maçons e
adversários políticos
 Cruel tratamento ao revoltosos da
Confederação do Equador
 Em 9 anos foram 11 gabinetes (45
ministros)
 Oposição crescente
D Pedro I: de herói a vilão (3)
 Desde 1822 – D. Pedro situação dúbia
 Imperador do Brasil e herdeiro do trono português
 Com a morte de D. João VI (20.3.26)- vira rei de
Portugal como D Pedro IV (29º)
 Aceita o trono em 26.04.26
 Abdica do trono em nome de sua filha Maria da Gloria em
(2.5.26)
 No período outorga uma nova constituição para Portugal
(constituição liberal)
 Passa a ser avalista da sorte da filha em Portugal
 Pelo menos até que esta fosse maior de idade
 Problemas com D Miguel seu irmão que toma o trono da sobrinha
 Depois da abdicação – trava batalha em Portugal em nome da filha
 D Pedro
equilibrista entre Portugal e o Brasil
Restos mortais divididos (Petrópolis e Porto)
D Pedro I e os interesses em Portugal
 Existem divergências sobre a forma de
organizar o país pós independência - o mais
grave dos confronto com o poder central
ocorreu em Pernambuco (com adesão de
outras províncias) – Confederação do
Equador
 Conseqüência da dissolução da Constituinte
 Confirma visão autoritária de D. Pedro
 Pernambuco – já tinha muitas desconfianças com relação
ao autoritarismo do Imperador
 Posições federalistas eram marcantes:autonomia das
províncias que se organizam numa federação
 Posições se chocavam com as de Bonifácio p.ex.
A Confederação do Equador
 Quando noticia chega em Pernambuco o Grande conselho
(colégio eleitoral formado por fazendeiros, comerciantes,
padres e intelectuais) se reúne na catedral de Olinda e
substitui governo local (Junta dos Matutos) por outra
assembléia presidida por Manuel de Carvalho Paes de
Andrade,
 Conflita com D Pedro que nomeara Francisco Paes Barreto
(futuro Marques de Recife)
 Rebelião oficialmente se inicia em 2.7.24 – Paes de
Andrade convoca províncias do Norte para formarem um
país como os EUA
 Da margem esquerda do S Francisco (Alagoas) até o Maranhão
 Reação de D Pedro rápida e devastadora
 Tropas por Mar (Cochrane) e terra (Caxias – pai)
 12.9.24 – capital é tomada, Pernambuco perde 60% do
território para a Bahia
 Paes de Andrade se refugia em fragata inglesa
 Frei Caneca (vira o símbolo da revolução) e outros fogem pelo interior –
interceptados e fuzilados
A Confederação do Equador
Consolidação
 Afastamento de questões Portuguesas
 1831
 Centralização e fim das questões
separatistas regionais
 1840
 Monarquia, centralizadora
 Pais unitário
 Escravidão
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  • 1. 1 1 A vinda da família real e a independência Amaury Gremaud Formação Econômica e Social do Brasil I
  • 2. Independência: uma historia de 3 décadas  1808 – abertura dos Portos  1815 – elevação à reino Unido  1817 – coroação d. João VI  1822 – proclamação da Independência  1824 – outorga da Constituição  1831 – renuncia de D. Pedro I  1840 – coroação de D. Pedro II  Longo e cumulativo processo 2
  • 3. Independência brasileira faz parte Até que ponto o Brasil foi diferente ? •Da crise do antigo regime •Das independências americanas •Processo •Resultados 3
  • 4. Independência da América um assunto incestuoso  Brasil e América: +/- 300 anos de colonização  Enraizamento, miscigenação e persistência colonial diferente das colonizações da África- Ásia no XX  Independência diferente  Sempre saída/expulsão de alguém  mas de quem contra quem?  Africa/Asia – expulsão dos outros: “colonizadores brancos”  América: colono expulsando colonizador 4
  • 5. A crise do Antigo Regime e do Antigo Sistema Colonia  Independência dentro da  Passagem do capitalismo mercantil para o industrial  Crise do Absolutismo e da política mercantilista  Revolução Industrial – Inglaterra tem consequências importantes: impõe fim das relações coloniais e dos exclusivismo – ampliação dos mercados  GB: dois grupos em disputa:  Exportadores de têxteis laníferos (associados importadores de vinhos) interesse em manter regime  Exportadores de têxteis de algodão – ligação com o Brasil (Ne) - interesse no livre comércio  Adam Smith – critica mercantilismo –defesa do livre comércio  Revoluções: questionam o poder absoluto e a importância política da nobreza - constitucionalistas e republicanas  Portugal e Espanha  Situação marginal e persistência dos sistemas tradicionais 5
  • 6.  América portuguesa: até 1808 mantida isolada  Analfabeta, controlada (diferente dos EUA):  Proibição de manufaturas incluía a indústria gráfica e a publicação de jornais  Circulação de livros submetida a três instancias de censura  Direito à reunião era vigiado  Educação limitada aos níveis mais básicos e para pequena parcela da população  Idéias revolucionárias chegam ao Brasil geralmente de forma clandestina  Publicações contrabandeadas  Reuniões de sociedades secretas (maçonaria)  Ou na bagagem da elite que fora estudar na Europa Esta por trás de movimentos rebeldes A Colônia e as novas ideias
  • 7. A face interna da crise do sistema colonial  Movimento nativista dentro da colônia cresce, especialmente depois do reforço das regras metropolitanas  Contrabando  Revolta de Beckman no Maranhão; mascates em Pernambuco e rebeliões em Minas Gerais  Oposição à regras como  Exclusivismos e monopólios  Disputa entre produtores e comerciantes oficiais  Proibições de atividades  Problemas com funcionários  Interferências nas determinações internas (camaras) 7
  • 8. Liberalismo até onde ? Portugal: imposição de limites ao poder real - regras constitucionais Fim de monopólios e exclusivismo, mas Brasil: fim de monopólios e do exclusivismo metropolitiano liberalismo = abolição da escravidão ? Liberalismo = democracia ? 8
  • 9. Brasil e suas particularidades  1807 – invasão das tropas napoleônicas de Junot (3 invasões – resistência portuguesa e inglesa)  Vinda da família real: experiência única  Idéia Antiga: 1580 / 1640 / 1755  Comitiva de D. João VI: 15.000 pessoas  Esquadra inglesa: vários anos na Guanabara  Mudanças importantes: 1) Abertura dos Portos às nações amigas Motivações ideológicas (Visconde de cairu) ou questão pragmática 2) Instalação de uma máquina administrativa Imprensa Regia Banco do Brasil – emissão de notas (lastro joias da Coroa) 3) Liberdade de fundação de fábricas 4) Tratados de comércio com a Inglaterra 9
  • 10. 10 Tratados de 1810  Consequências duradouras para o Brasil:  15% para os produtos ingleses  16% para produtos portugueses  24 % para outros  Rápido aumento das importações inglesas  Já antes do acordo – único fornecedor  Fim do surto manufatureiro que ocorria a partir de 1808  Sem reciprocidade  Açúcar e café brasileiros são discriminados em favor da produção das colônias inglesas  Favorecimentos anteriores: vinhos, azeites, algodão e paus de tinturaria  Grandes déficits na Balança Comercial
  • 11. 11 Outros Pontos do Acordo 1) Autorização para comprar e cortar madeira de construção 2) Navios de guerra poderiam entrar nos portos 3) Não à Inquisição 4) Portugal: monopólio na venda de marfim, madeira tintorial, urzela, diamantes, ouro em pó, pólvora e tabaco manufatureiro 5) Porto de Santa Catarina como porto franco 6) Abolição gradual do tráfico de escravos e limites para o tráfico nas costas da África  Portugal recebia tratamento “platônico” de nação mais favorecida, mas Inglaterra recebia vantagens concretas  Necessidade de equilibrar autonomia e apoio militar e político  Afeta Brasil e depois Brasil terá o mesmo problema - preço do reconhecimento da independência em 1825 foi o mesmo
  • 12. 12 Tratados de 1810  1818: Governo português altera alguns termos:  Imposto de Importação de mercadorias portuguesas: de 16% para 15%  Manufaturas portuguesas: 10%  1826: 15% para os produtos franceses  1828: Demais nações  Dois efeitos econômicos mais importantes:  Barateamento inicial do custo de vida  Déficit comercial  Liberalismo inapropriado (?)  Nações hegemônicas – nem sempre apregoam aquilo que praticaram  Smith: o que se deve fazer, ou o que se fez ?  Não recomendação aos norte-americanos
  • 13. EUA e A. Hamilton: protegem sua industria desde 1816  Contrariamente ao que pregavam e recomendavam os teóricos liberais como A. Smith que viam o país fadado a depender da agricultura como a Polônia “Se os americanos, seja mediante boicote, seja por meio de qualquer outro tipo de violência, suspenderem a importação de manufaturas européias e, assim, concederem um monopólio aos seus compatriotas capazes de fabricar os mesmos bens, desviando uma parcela considerável do capital para esse fim, estarão retardando o futuro crescimento do valor de seu produto anual, em vez de acelerá-lo, e estarão obstruindo o progresso do país rumo à riqueza e à grandeza verdadeira, em vez de promovê-lo” Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776
  • 14. Nem tudo no acordo vai para frente  Questão do tráfico  Tratados de 1810, 1825, 1830  Apesar de alguma apoio interno anti-escravista (sul – antes do café)  José Bonifácio:  efeito econômicos perversos da escravidão: baixo dinamismo tecnológico e baixo efeito multiplicador de economia escrava  Risco de convulsão social  racismo  forças internas resistem durante 40 anos  Não consenso na Inglaterra  demandantes de matéria prima (algodão) e wage goods (café e açúcar)  Investidores no tráfico  Não claro entre economistas liberais 14
  • 15.  Maioria no Brasil defendia a manutenção do “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve” criado por D. João em 16.12.1815  Defendia nova posição brasileira  S.B. Holanda:  Independência foi resultado de uma guerra civil entre os portugueses desencadeada pela Revolução Liberal do Porto de 1820 e do ressentimento de alguns setores metropolitanos em relação vantagens obtidas pela colônia nos anos anteriores  Pedido de volta de D. João VI e Pedro  Volta da condição colonial  Durante a Revolução do Porto e a reunião das Cortes – alguns setores metropolitanas defenderam a volta do Brasil ao status de colônia Conflitos internos em Portugal
  • 16. Independência de quem?  Maxwell: Brasil se tornou independente de 1808 e 22  “Proclamação da Independência” é manutenção da independência  1820: Portugal (Cortes) proclamam a independência (em relação ao Brasil ?)  Teria ocorrido movimento de independência sem passo das cortes portuguesas ?  Brasil não precisa de Portugal: O que esta em jogo é:  Estabilidade  Monarquia  Integridade territorial  Brasil pleitearia a independência contra a monarquia; iríamos para uma república ?  Até onde movimentos republicanos são representativos ?  Existem posições regionais diferentes  O Problema dinástico e a figura de D. Pedro I  Independência: golpe dinástico 16
  • 17.  Presença institucional desde 1808:  Unificação inicial de uma colônia desunida  S. B. Holanda: Sentimento de medo fez com que elite colonial nas diferentes províncias se mantivesse unida em torno da coroa, em torno de D. Pedro  Riscos do processo de ruptura grandes: guerra civil, guerra étnica- sentimento de medo (Haiti)  Maxwell:Solução republicana arriscada para elite  Predisposição a republica mais forte em Portugal que no Brasil  Brasil: elite liberdade sim, mas não se pode exagerar na igualdade  Elites preservam seus interesses e acabam por constituir uma país singular na América (uma flor exótica na América: um Império unificado) A unificação e a independencia
  • 18.  Independência – vai além de um negociata entre pai e filho  Houve uma Guerra da Independência – longa (21 meses) e desgastante  Bahia 16.000 brasileiros x 5.000 portugueses (mais que América Espanhola)  Exercito e Marinha brasileiros eram fracos/inferiores, recorre- se a mercenários  Estima-se 2/3 mil vitimas  Batalha de Jenipapo (Campo Maior - Pi)  Maior batalha da independência (13.3.1823) – fortes perdas brasileiras  Duas frentes:  Sul – resistência na Cisplatina, vencida em 18.11.23 por Frederic Lecor – Barão de Laguna)  N/Ne : Cochrane e Marinha acabam por expulsar portugueses  Divisões nas regiões  Pa, Ma – aderem às corte portuguesas  Ce, RN e Pe – hesitam mas aderem a D. Pedro  Ba – posição estratégica – usado por Portugal como pólo de resistência A Guerra da Independência
  • 19.  Alexander Thomas Cochrane  Fundador e primeiro almirante da Marinha de Guerra brasileira  Participa da Guerra de independência e expulsa tropas portuguesas do Norte e Nordeste Mas  saqueia os habitantes de São Luiz do Maranhão  Rouba um navio brasileiro  Acreditava que merecia mais $ que D. Pedro fosse pagá-lo  Na verdade era um mercenário  Escocês, foi combatente de Napoleão e depois deputado no Parlamento inglês  Problemas na Bolsa de Londres – foge e se vende para independência brasileira, peruana, chilena e grega Lorde Cochrane – herói maldito
  • 20.  Independência sem rompimento com a ordem social vigente  Abolição da escravidão impraticável pelo menos a curto prazo  País foi edificado de cima para baixo  Pequena elite imperial conduz processo ao longo do XIX de modo a evitar que a ampliação da participação política resultasse em caos e em rupturas temáticas  Não era a única independência possível  Nem todos ficaram satisfeitos  Debates internos e revoltas não devem ser subestimadas Independência: saída conservadora
  • 21.  Brasil: de herói a vilão  Herói - D. Pedro I  independência brasileira  Vilão  Autoritarismo  Pensamento em Portugal  Portugal: de vilão a herói  Vilão  Independência brasileira  Herói – D Pedro IV  Liberalismo (constituição liberal)  Luta contra despotismo do irmão D Pedro: Portugal e Brasil
  • 22.  Nasce no Palácio de Queluz – 12.10.1798  Herdeiro da Coroa portuguesa, deixado no Rio de Janeiro com 22 anos para governar o Brasil  Inicialmente assustado, acaba aceitando o projeto de independência e aglutina em seu entorno interesses antes dispersos Jovem príncipe romântico e aventureiro – herói marcial, sem vacilações ou defeitos X Inculto, mulherengo, boêmio e arbitrário D Pedro I: de herói a vilão (1)
  • 23.  Cavalgadas (Ouro Preto e São Paulo) o ajudaram a ter a lealdade do centro sul passa a ter a mítica do herói da independência  Um ano depois já inicio dos problemas que o levam a abdicação (07.04.31):  Escândalos da vida privada em um país moralista, católico e conservador  Marquesa de Santos x Imperatriz Leopoldina  Oscilações entre interesses portugueses e nacionais  Aceitação da indenização para o reconhecimento  Custo alto demais  Discussões em torno do Trono português  Longa guerra com Argentina pela Província de Cisplatina  Custo e derrota (1828)  Instabilidade Política do reino D Pedro I: de herói a vilão (3)
  • 24.  Instabilidade as vezes atribuída ao gênio impulsivo e autoritário de D. Pedro I - mina apoio inicial  Dissolução da Constituinte de 1823  Censura à imprensa  perseguição aos jornalistas, maçons e adversários políticos  Cruel tratamento ao revoltosos da Confederação do Equador  Em 9 anos foram 11 gabinetes (45 ministros)  Oposição crescente D Pedro I: de herói a vilão (3)
  • 25.  Desde 1822 – D. Pedro situação dúbia  Imperador do Brasil e herdeiro do trono português  Com a morte de D. João VI (20.3.26)- vira rei de Portugal como D Pedro IV (29º)  Aceita o trono em 26.04.26  Abdica do trono em nome de sua filha Maria da Gloria em (2.5.26)  No período outorga uma nova constituição para Portugal (constituição liberal)  Passa a ser avalista da sorte da filha em Portugal  Pelo menos até que esta fosse maior de idade  Problemas com D Miguel seu irmão que toma o trono da sobrinha  Depois da abdicação – trava batalha em Portugal em nome da filha  D Pedro equilibrista entre Portugal e o Brasil Restos mortais divididos (Petrópolis e Porto) D Pedro I e os interesses em Portugal
  • 26.  Existem divergências sobre a forma de organizar o país pós independência - o mais grave dos confronto com o poder central ocorreu em Pernambuco (com adesão de outras províncias) – Confederação do Equador  Conseqüência da dissolução da Constituinte  Confirma visão autoritária de D. Pedro  Pernambuco – já tinha muitas desconfianças com relação ao autoritarismo do Imperador  Posições federalistas eram marcantes:autonomia das províncias que se organizam numa federação  Posições se chocavam com as de Bonifácio p.ex. A Confederação do Equador
  • 27.  Quando noticia chega em Pernambuco o Grande conselho (colégio eleitoral formado por fazendeiros, comerciantes, padres e intelectuais) se reúne na catedral de Olinda e substitui governo local (Junta dos Matutos) por outra assembléia presidida por Manuel de Carvalho Paes de Andrade,  Conflita com D Pedro que nomeara Francisco Paes Barreto (futuro Marques de Recife)  Rebelião oficialmente se inicia em 2.7.24 – Paes de Andrade convoca províncias do Norte para formarem um país como os EUA  Da margem esquerda do S Francisco (Alagoas) até o Maranhão  Reação de D Pedro rápida e devastadora  Tropas por Mar (Cochrane) e terra (Caxias – pai)  12.9.24 – capital é tomada, Pernambuco perde 60% do território para a Bahia  Paes de Andrade se refugia em fragata inglesa  Frei Caneca (vira o símbolo da revolução) e outros fogem pelo interior – interceptados e fuzilados A Confederação do Equador
  • 28. Consolidação  Afastamento de questões Portuguesas  1831  Centralização e fim das questões separatistas regionais  1840  Monarquia, centralizadora  Pais unitário  Escravidão 29