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Estudo dos anos 40
A Segunda Guerra Mundial começou na Europa em 1939. Apesar das regras
de racionamento impostas pelo governo, que limitavam a quantidade de
tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda
sobreviveu à guerra.

A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar (ombros quadrados, peças
retas como saia lápis), perdurou até o final dos conflitos em 1945. A
mulher da época era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais
pesados e sérios .

A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas
roupas e utilizar materiais alternativos e fibras sintéticas. Mesmo depois da
guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a
consumidora de classe média que queria estar na moda, mas não tinha
recursos para isso.
Na Grã-Bretanha, o corte também era reto e masculino. As jaquetas e abrigos
tinham ombros acolchoados
angulosos. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o tweed. As saias
eram mais curtas, com pregas finas ou
franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que
imitavam uma saia com casaco, eram
populares.
O livro ‘ Fashion by Decade: The 1940′s ’ cita que por volta de 1941, “A calça já havia-se tornado
uma peça aceitável para a mulher”. Era aceitável do ponto de vista da sociedade em geral, o que
não significava que não houve críticas e resistência. Muitas mulheres se recusaram a usar calças
 compridas, mas em geral as que aderiram a calça usavam-a para facilitar nas atividades diárias
               nas fábricas, campo, funções que antes eram atuadas pelos homens.
Símbolo feminista,
reproduzido até hoje por
movimentos do gênero, mas
na verdade, ele foi um pôster
de propaganda do governo
americano na II Guerra
Mundial (que, por sua vez, era
uma cópia de um pôster
semelhante da União
Soviética). Conhecido como
Rosie The Riveter (algo como
Rosie, a rebitadeira), ele
encorajava as mulheres à irem
para as fábricas, tomar o lugar
dos homens.
O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias calças desaparecessem
do mercado. Elas foram
trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas ou artificialmente bronzeadas
com uma pintura falsa na parte
de trás, imitando as costuras.
Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30.Com a
dificuldade em encontrar cabeleireiros,os grampos eram usados para prendê-los
e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época.

A simplicidade dos cabelos despertou interesse pelos chapéus,que eram muito
criativos com muitos modelos e
adornos. Alguns eram grandes, com flores e véus e outros, menores, de feltro,
em estilo militar.

A maquiagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes
apenas recarregavam as embalagens de
batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica.
Ele foi inventado pelo estilista
francês Louis Réard ,em 1946,
que o batizou com o nome do
pequeno Atol de Bikini, no
Pacífico onde os americanos
haviam realizado uma série de
testes atômicos.
Apesar de toda euforia em
torno do novo traje de banho,
descrito por um jornal da
época como "quatro
triângulos de nada", o biquíni
não emplacou logo de cara.
Apesar de toda euforia em
torno do novo traje de banho,
descrito por um jornal da época
como "quatro triângulos de
nada", o biquíni não emplacou
logo de cara. O primeiro
modelo, todo em algodão com
estamparia imitando a página
de um jornal.
 Para os padrões da época, um
verdadeiro escândalo. Tanto,
que nenhuma modelo quis
participar da divulgação do
pequeno traje. Por isso, em
todas as fotografias do primeiro
biquíni, lá está a corajosa
stripper Micheline Bernardini, a
única a encarar o desafio.
Na década de 40 uma atriz se destacou, Carmen Miranda foi a primeira brasileira a
lançar moda em Hollywood,o Mirandalook. Suas características latinas e visual super
tropical fizeram de Carmen uma celebridade nos EUA, sendo a atriz mais bem paga de
Hollywood.

A Brazilian Bombshell (bombshell é um artista que causa muito impacto) era cantora,
dançarina, atriz e estilista. Costurava e criava suas próprias roupas, algumas de suas
fantasias de palco pesavam até 12 quilos. Mas é engano pensar que Carmen só usava
roupas caricatas.

Ela era muito elegante e avant-garde, abusava de terninhos masculinos, casaquinhos,
calças compridas, chapéus, sapatos, bijuterias e jóias, tudo desenhado por ela
mesma e lançava tendências.
Nos Estados Unidos, inspirou chapeleiros internacionais, lançando a onda dos
turbantes. Carmen era baixinha (media 1,52) e pediu à um sapateiro carioca da Rua
do Catete, para fazer um sapato com 10cm de salto e sola.

Nascia a plataforma, o calçado a livravra dos saltos finos e lhe dava elegância e
originalidade. Algumas de suas plataformas chegavam à 20cm.Essa é a maior criação
de Carmen para a moda, as plataformas influenciam hoje os calçados góticos e
fetichistas com saltos altíssimos e plataformas gigantescas.
Sandálias de plataforma usadas por Carmen Miranda durante suas
apresentações.
O turbante virou adorno indispensável depois da grande influência de Carmen
Miranda ,ícone da década, e devido a escassez de cabeleireiros devivo à Segunda
Guerra.
Na época, os efeitos da Guerra ainda afetavam as famílias. Embora houvesse algo
de genuíno nas críticas ao estilo de Dior por conta do alto preço de suas roupas.

O livro Fashion of a Decade: The 1940s - Patrícia Baker, traz a interessante
informação de que algumas mulheres viam no novo estilo uma maneira de
devolver as mulheres à antiga condição, antes da guerra, ou seja, ao lar.

Elas achavam que o novo padrão de saia estava sendo implantado para “esconder
as pernas das mulheres”, o que para algumas era simplesmente um “atraso”.
No pós-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade.
Entretanto, depois de crises, a moda costuma apresentar tendências para luxo e
nostalgia de eras “seguras”. Então, o francês Christian Dior fez em sua primeira
coleção, apresentada em 1947, que surpreendeu com suas saias rodadas e
compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos.

O estilo baseava-se nas roupas de 1860, e ficou conhecido como o ‘New
Look’.As saias deveriam ser 40cm acima do chão, eram também bastante
amplas.

Um vestido podia exigir até 25 metros s de tecido e o estilo acentuava e
exagerava as formas femininas graças a roupas íntimas com barbatanas,
anáguas e tecidos engomados.
O New Look dominou o mundo por mais 10 anos, se tornando a característica padrão
                           da moda dos anos 50.
“ Mantenham as saias curtas! Protejam as pernas americanas! ”

Estas foram algumas das reivindicações de alguns grupos de mulheres quando, em 1947, quando
  Dior lançou o New Look, nova maneira de se vestir que impôs toda a década de 50 com seus
                                  vestidos amplos e rodados.
A roupa masculina também foi
afetada pela nostalgia.
Os alfaiates agora produziam looks
imitando a Era Eduardiana: paletós
compridos e justos abotoados até o
pescoço, calças apertadas e chapéu
coco com abas
viradas.
Os homens estavam livres das
fardas, os ternos escuros ficaram
menos formais e era permitido
trabalhar com calças mais
esportivas.
No final da década de 40,
a silhueta já estava bem mais
leve e as saias mais rodadas,
influênciadas pelo New Look
Dior e as tão desejadas meias
calças, item fundamental pra
exibir pernas perfeitas com
saias curtas, voltaram ao
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Estudo da década de 40

  • 2. A Segunda Guerra Mundial começou na Europa em 1939. Apesar das regras de racionamento impostas pelo governo, que limitavam a quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra. A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar (ombros quadrados, peças retas como saia lápis), perdurou até o final dos conflitos em 1945. A mulher da época era magra e as suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios . A escassez de tecidos fez com que as mulheres tivessem de reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos e fibras sintéticas. Mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora de classe média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso.
  • 3. Na Grã-Bretanha, o corte também era reto e masculino. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos. Os tecidos eram pesados e resistentes, como o tweed. As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas. As calças compridas se tornaram práticas e os vestidos, que imitavam uma saia com casaco, eram populares.
  • 4. O livro ‘ Fashion by Decade: The 1940′s ’ cita que por volta de 1941, “A calça já havia-se tornado uma peça aceitável para a mulher”. Era aceitável do ponto de vista da sociedade em geral, o que não significava que não houve críticas e resistência. Muitas mulheres se recusaram a usar calças compridas, mas em geral as que aderiram a calça usavam-a para facilitar nas atividades diárias nas fábricas, campo, funções que antes eram atuadas pelos homens.
  • 5. Símbolo feminista, reproduzido até hoje por movimentos do gênero, mas na verdade, ele foi um pôster de propaganda do governo americano na II Guerra Mundial (que, por sua vez, era uma cópia de um pôster semelhante da União Soviética). Conhecido como Rosie The Riveter (algo como Rosie, a rebitadeira), ele encorajava as mulheres à irem para as fábricas, tomar o lugar dos homens.
  • 6. O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias calças desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas ou artificialmente bronzeadas com uma pintura falsa na parte de trás, imitando as costuras.
  • 7. Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30.Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros,os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época. A simplicidade dos cabelos despertou interesse pelos chapéus,que eram muito criativos com muitos modelos e adornos. Alguns eram grandes, com flores e véus e outros, menores, de feltro, em estilo militar. A maquiagem era improvisada com elementos caseiros. Alguns fabricantes apenas recarregavam as embalagens de batom, já que o metal estava sendo utilizado na indústria bélica.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Ele foi inventado pelo estilista francês Louis Réard ,em 1946, que o batizou com o nome do pequeno Atol de Bikini, no Pacífico onde os americanos haviam realizado uma série de testes atômicos. Apesar de toda euforia em torno do novo traje de banho, descrito por um jornal da época como "quatro triângulos de nada", o biquíni não emplacou logo de cara.
  • 11. Apesar de toda euforia em torno do novo traje de banho, descrito por um jornal da época como "quatro triângulos de nada", o biquíni não emplacou logo de cara. O primeiro modelo, todo em algodão com estamparia imitando a página de um jornal. Para os padrões da época, um verdadeiro escândalo. Tanto, que nenhuma modelo quis participar da divulgação do pequeno traje. Por isso, em todas as fotografias do primeiro biquíni, lá está a corajosa stripper Micheline Bernardini, a única a encarar o desafio.
  • 12. Na década de 40 uma atriz se destacou, Carmen Miranda foi a primeira brasileira a lançar moda em Hollywood,o Mirandalook. Suas características latinas e visual super tropical fizeram de Carmen uma celebridade nos EUA, sendo a atriz mais bem paga de Hollywood. A Brazilian Bombshell (bombshell é um artista que causa muito impacto) era cantora, dançarina, atriz e estilista. Costurava e criava suas próprias roupas, algumas de suas fantasias de palco pesavam até 12 quilos. Mas é engano pensar que Carmen só usava roupas caricatas. Ela era muito elegante e avant-garde, abusava de terninhos masculinos, casaquinhos, calças compridas, chapéus, sapatos, bijuterias e jóias, tudo desenhado por ela mesma e lançava tendências.
  • 13.
  • 14. Nos Estados Unidos, inspirou chapeleiros internacionais, lançando a onda dos turbantes. Carmen era baixinha (media 1,52) e pediu à um sapateiro carioca da Rua do Catete, para fazer um sapato com 10cm de salto e sola. Nascia a plataforma, o calçado a livravra dos saltos finos e lhe dava elegância e originalidade. Algumas de suas plataformas chegavam à 20cm.Essa é a maior criação de Carmen para a moda, as plataformas influenciam hoje os calçados góticos e fetichistas com saltos altíssimos e plataformas gigantescas.
  • 15. Sandálias de plataforma usadas por Carmen Miranda durante suas apresentações.
  • 16. O turbante virou adorno indispensável depois da grande influência de Carmen Miranda ,ícone da década, e devido a escassez de cabeleireiros devivo à Segunda Guerra.
  • 17. Na época, os efeitos da Guerra ainda afetavam as famílias. Embora houvesse algo de genuíno nas críticas ao estilo de Dior por conta do alto preço de suas roupas. O livro Fashion of a Decade: The 1940s - Patrícia Baker, traz a interessante informação de que algumas mulheres viam no novo estilo uma maneira de devolver as mulheres à antiga condição, antes da guerra, ou seja, ao lar. Elas achavam que o novo padrão de saia estava sendo implantado para “esconder as pernas das mulheres”, o que para algumas era simplesmente um “atraso”.
  • 18. No pós-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade. Entretanto, depois de crises, a moda costuma apresentar tendências para luxo e nostalgia de eras “seguras”. Então, o francês Christian Dior fez em sua primeira coleção, apresentada em 1947, que surpreendeu com suas saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos. O estilo baseava-se nas roupas de 1860, e ficou conhecido como o ‘New Look’.As saias deveriam ser 40cm acima do chão, eram também bastante amplas. Um vestido podia exigir até 25 metros s de tecido e o estilo acentuava e exagerava as formas femininas graças a roupas íntimas com barbatanas, anáguas e tecidos engomados.
  • 19. O New Look dominou o mundo por mais 10 anos, se tornando a característica padrão da moda dos anos 50.
  • 20. “ Mantenham as saias curtas! Protejam as pernas americanas! ” Estas foram algumas das reivindicações de alguns grupos de mulheres quando, em 1947, quando Dior lançou o New Look, nova maneira de se vestir que impôs toda a década de 50 com seus vestidos amplos e rodados.
  • 21. A roupa masculina também foi afetada pela nostalgia. Os alfaiates agora produziam looks imitando a Era Eduardiana: paletós compridos e justos abotoados até o pescoço, calças apertadas e chapéu coco com abas viradas. Os homens estavam livres das fardas, os ternos escuros ficaram menos formais e era permitido trabalhar com calças mais esportivas.
  • 22. No final da década de 40, a silhueta já estava bem mais leve e as saias mais rodadas, influênciadas pelo New Look Dior e as tão desejadas meias calças, item fundamental pra exibir pernas perfeitas com saias curtas, voltaram ao mercado.