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341
Concordância interobservador na análise da TC para urolitíase aguda
Radiol Bras 2006;39(5):341–344
Artigo Original
AVALIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA INTEROBSERVADOR
NA ANÁLISE DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
SEM CONTRASTE NO DIAGNÓSTICO DA UROLITÍASE
EM PACIENTES COM CÓLICA RENAL AGUDA*
Luís Ronan Marquez Ferreira de Souza1
, Salomão Faintuch1
, Daniel Bekhor2
,
Dario Ariel Tiferes1
, Suzan Menasce Goldman3
, Jacob Szejnfeld4
OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade da tomografia computadorizada sem contraste na avaliação da litíase
ureteral e os sinais secundários de obstrução do sistema coletor em pacientes com cólica renal aguda.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo de 52 pacientes com diagnóstico clínico de cólica renal aguda
submetidos a exame de tomografia computadorizada de abdome sem contraste. Os exames foram realiza-
dos com técnica helicoidal e posteriormente analisados por três observadores independentes, com a concor-
dância interobservador avaliada pelo método estatístico kappa (κ
κ
κ
κ
κ). Foram analisados os parâmetros: a) pre-
sença, localização e mensuração dos cálculos ureterais; b) dilatação do sistema coletor intra-renal; c) hete-
rogeneidade da gordura perirrenal; d) dilatação ureteral; e) edema da parede ureteral (sinal do halo). RESUL-
TADOS: Foram encontrados 40 cálculos ureterais na tomografia computadorizada (77%). A concordância
interobservador para a identificação do cálculo ureteral e da dilatação ureteral foi quase perfeita (κ
κ
κ
κ
κ = 0,89
e κ
κ
κ
κ
κ = 0,87, respectivamente), substancial para dilatação do sistema coletor intra-renal (κ
κ
κ
κ
κ = 0,77) e mode-
rada para heterogeneidade da gordura perirrenal e para edema da parede ureteral (κ
κ
κ
κ
κ = 0,55 e κ
κ
κ
κ
κ = 0,56,
respectivamente). CONCLUSÃO: A tomografia computadorizada de abdome sem contraste apresenta elevada
reprodutibilidade na avaliação da litíase ureteral e dos sinais secundários de obstrução do sistema coletor.
Unitermos: Litíase; Cálculos ureterais; Dor no flanco; Tomografia computadorizada.
Interobserver agreement on non-contrast computed tomography interpretation for diagnosis of urolithiasis in
patients with acute flank pain.
OBJECTIVE: To evaluate the interobserver agreement on non-contrast computed tomography interpretation by
a group of experienced abdominal radiologists, for the study of urolithiasis in patients presenting acute flank
pain. MATERIALS AND METHODS: Prospective study of 52 patients submitted to non-contrast enhanced
helical computed tomography. The images were subsequently analyzed by three independent observers, with
the interobserver agreement assessed by means of the kappa (κ
κ
κ
κ
κ) statistical method. The following param-
eters were analyzed: a) presence, localization and measurement of ureteral calculi; b) intrarenal calyceal system
dilatation; c) perirenal fat heterogeneity; d) ureteral dilatation; e) ureteral wall edema (halo sign). RESULTS:
Ureteral calculi were found in 40 of 52 patients (77%). The interobserver agreement was almost perfect as
regards identification of ureteral calculi (κ
κ
κ
κ
κ = 0.89) and ureteral dilatation (κ
κ
κ
κ
κ = 0.87), substantial for ca-
lyceal system dilatation (κ
κ
κ
κ
κ = 0.77), and moderate for perirenal fat heterogeneity (κ
κ
κ
κ
κ = 0.55) and ureteral
wall edema (κ
κ
κ
κ
κ = 0.56). CONCLUSION: Non-contrast-enhanced abdominal computed tomography presents
high reproducibility in the evaluation of urolithiasis and secondary signs of the calyceal system obstruction.
Keywords: Lithiasis; Ureteral calculi; Flank pain; Computed tomography.
Resumo
Abstract
* Trabalho realizado no Departamento de Diagnóstico por
Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista
de Medicina, São Paulo, SP
.
1. Médicos Radiologistas, Doutores em Radiologia pelo De-
partamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal
de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, Membros Titulares
do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
2. Médico Radiologista, Mestre em Radiologia pelo Departa-
mento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de
São Paulo/Escola Paulista de Medicina.
3. Professora Adjunta Doutora, Chefe do Setor de Genituriná-
rio do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade
Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina.
4. Professor Adjunto, Livre-Docente do Departamento de Diag-
nóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Es-
cola Paulista de Medicina.
Endereço para correspondência: Dr. Luís Ronan M. F. de
Souza. Rua Episcopal, 564, ap. J-203, Mercês. Uberaba, MG,
38060-050. E-mail: luisronan@gmail.com
Recebido para publicação em 13/9/2005. Aceito, após revi-
são, em 21/2/2006.
alças abdominais. A TC para o estudo de
litíase apresenta como vantagens a não uti-
lização de meio de contraste, a rápida rea-
lização e a alta sensibilidade no diagnóstico
de litíase urinária(6)
.As únicas exceções co-
nhecidas são os cálculos compostos unica-
mente por inibidores da protease, como In-
dinavir®(1)
.
A TC até hoje mantém a posição de
melhor método na avaliação da litíase ure-
teral, desde o trabalho realizado por Smith
et al. em 1994 e publicado em 1995(7)
. Uti-
lizando-se a técnica adequada, a TC apre-
senta altas sensibilidade (96% até 100%),
INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica que vem sendo
implantada nos equipamentos de tomogra-
fia computadorizada (TC) aumentou sua
precisão diagnóstica e reduziu o tempo de
exame.Aaceitação da TC para pesquisa de
litíase do trato urinário cresceu em virtude
de suprimir muitas das desvantagens que
os outros métodos de imagem, como a uro-
grafia excretora e a ultra-sonografia, apre-
sentavam(1–5)
, entre elas: a utilização de
contraste iônico, a dificuldade para a ava-
liação de todo o ureter e a interposição de
342
Souza LRMF et al.
Radiol Bras 2006;39(5):341–344
especificidade (95% até 100%) e acurácia
(96% até 98%)(1,8)
.
Poucos foram os estudos que demons-
traram a reprodutibilidade da TC em nosso
meio(8)
, analisando o grau de concordância
entre radiologistas experientes na interpre-
tação de TC direcionada para a avaliação
de litíase do trato urinário.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a
reprodutibilidade da TC sem contraste na
avaliação da litíase ureteral e os sinais se-
cundários de obstrução do sistema coletor,
em pacientes com cólica renal aguda.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizado estudo prospectivo de 52
pacientes que procuraram o Pronto-Socor-
ro do Hospital São Paulo – Universidade
Federal de São Paulo/Escola Paulista de
Medicina (Unifesp/EPM), no período de
fevereiro de 2002 a julho de 2002, com
diagnóstico clínico de cólica renal aguda.
A idade dos pacientes variou de 17 anos
a 75 anos (média: 37 anos completos), sen-
do 39 homens (75%) e 13 mulheres (25%).
Todos os pacientes foram submetidos a
exame de TC sem contraste, sendo excluí-
dos todos os pacientes que apresentavam
sintomas clínicos, achados de imagem ou
evidências laboratoriais de outras doenças
crônicas do trato urinário como pielonefri-
te, tuberculose renal e nefrocalcinose. Não
foram incluídos pacientes em utilização de
inibidores da protease (Indinavir®
), devido
à relação dessa medicação com a produção
de cálculos não identificáveis à TC.
Os equipamentos de TC utilizados fo-
ram os modelos Secura Release 1.3 e To-
moscan AV-EV1 da marca Philips (Philips
Medical Systems; Eindhoven, Holanda),
utilizando-se técnica de aquisição helicoi-
dal (colimação e reconstrução: 5 mm; pitch
de 1 a 1,5), do pólo superior do rim até a
sínfise púbica, com moderada repleção
vesical e apnéia respiratória. A aquisição
foi feita com 120 kV e 200 mAs, sem uso
de meio de contraste.
Os exames foram analisados, de modo
aleatório e cego em relação aos achados
clínicos, por três médicos radiologistas in-
dependentes e com mais de cinco anos de
experiência em radiologia do abdome. Fo-
ram analisados os seguintes parâmetros: a)
presença, localização e mensuração dos
cálculos ureterais (Figura 1); b) dilatação
do sistema coletor intra-renal (Figura 2); c)
heterogeneidade da gordura perirrenal; d)
dilatação ureteral; e) edema da parede ure-
teral (sinal do halo – Figura 3).
O sinal tomográfico primário de cálculo
foi considerado a direta visualização de
imagem hiperdensa com densidade calcá-
rea (> 311 UH) dentro do sistema coletor.
A localização do cálculo ao longo do
ureter foi dividida em junção ureteropél-
vica, terço superior/proximal (acima das
articulações sacroilíacas), terço médio (na
região das articulações sacroilíacas), terço
inferior/distal (abaixo das articulações sa-
croilíacas) e na junção ureterovesical(9)
.
As mensurações dos cálculos foram rea-
lizadas em um eixo perpendicular ao ure-
ter, ou seja, no eixo axial dos cortes tomo-
gráficos, em uma estação de trabalho, uti-
lizando parâmetros de janela óssea.
A dilatação do sistema coletor intra-re-
nal foi diagnosticada pela dilatação dos
cálices renais nos três terços renais (supe-
rior, médio e inferior), caracterizada nos
cortes axiais. A dilatação ureteral foi con-
siderada positiva quando o ureter apresen-
tava diâmetro axial maior do que 4 mm(3)
.
Este projeto de pesquisa foi analisado e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesqui-
sa da Unifesp-EPM.
A análise estatística da concordância
interobservador (comparação da variação
entre os três radiologistas), na análise da
TC, foi feita pelo índice kappa (κ)(10)
, con-
forme demonstrado no Quadro 1.
Quadro 1 Categorização da concordância interob-
servador pelo índice kappa(10)
.
Kappa (κ)
0,81–1,00
0,61–0,80
0,41–0,60
0,21–0,40
0–0,20
< 0
Grau de concordância
Quase perfeito
Substancial
Moderado
Mediano
Insignificante
Sem concordância
Figura 1. Heterogeneidade da gordura perirrenal.
Cortes axiais de TC helicoidal sem contraste. A
gordura perirrenal, que normalmente é homoge-
neamente hipodensa, apresenta-se neste caso
com densidade aumentada pela presença de inú-
meros septos relacionados ao processo obstrutivo
do cálculo localizado no ureter superior (seta).
RESULTADOS
Nos 52 pacientes analisados foram en-
contrados 40 cálculos ureterais na TC
(77%) pelo consenso dos três radiologistas,
localizados 30% no terço superior, 5% no
terço médio, 18% no terço inferior e 47%
na junção uretero-vesical. O tamanho mé-
dio dos cálculos ureterais foi de 0,50 cm,
variando de 0,20 cm até 1,40 cm. Dos cál-
culos ureterais identificados, 14 (36%)
eram menores que 0,40 cm.
Dos 12 pacientes com cólica renal agu-
da e sem cálculo ureteral (23% da amostra),
um apresentava cisto renal infectado e qua-
tro foram interpretados como pacientes
analisados após a passagem de cálculo, por
apresentarem, na TC, dilatação unilateral
do sistema coletor no lado referido como
sintomático, sem outros achados no exame
de imagem. Nos sete pacientes restantes,
em cinco o diagnóstico permaneceu inde-
terminado, e em dois outra etiologia não
relacionada ao trato urinário foi identifi-
cada (apendicite e doença ovariana).
A concordância interobservador para a
identificação do cálculo ureteral e da dila-
tação ureteral foi quase perfeita (κ = 0,89
e κ = 0,87, respectivamente), substancial
para dilatação do sistema coletor intra-re-
nal (κ = 0,77) e moderada para heteroge-
neidade da gordura perirrenal e para edema
da parede ureteral (κ = 0,55 e κ = 0,56, res-
pectivamente) (Tabelas 1 e 2).
DISCUSSÃO
A facilidade na identificação do cálculo
ureteral, a não necessidade de utilização de
meio de contraste, o custo relativamente
343
Concordância interobservador na análise da TC para urolitíase aguda
Radiol Bras 2006;39(5):341–344
Tabela 1 Achados de imagem descritos pelos observadores experientes no diagnóstico de litíase ure-
teral.
Parâmetros
Presença de cálculo
Dilatação do sistema coletor
Heterogeneidade da gordura perirrenal
Dilatação ureteral
Edema da parede ureteral
Observador 1
38
31
17
29
23
Observador 2
40
37
13
30
11
Observador 3
41
39
5
34
8
Parâmetros
Presença de cálculo
Dilatação do sistema coletor
Heterogeneidade da gordura perirrenal
Dilatação ureteral
Edema da parede ureteral
Tabela 2 Concordância interobservador (κ) no diagnóstico da litíase ureteral e os sinais secundários
de obstrução.
Observado-
res 1/2
0,90
0,75
0,81
0,96
0,50
Observado-
res 2/3
0,94
0,90
0,48
0,84
0,80
Observado-
res 1/3
0,84
0,66
0,36
0,81
0,37
Médias
0,89
0,77
0,55
0,87
0,56
Figura 3. Edema da parede ureteral. Cortes axiais de TC sem contraste. O halo tecidual (seta) que en-
volve este cálculo no terço ureteral médio pode ser visto neste caso.
Figura 2. Dilatação do siste-
ma coletor. Cortes axiais de TC
sem contraste. A: Dilatação
moderada (seta) de paciente
com cálculo na junção urete-
ro-vesical esquerda (não evi-
denciado nesta imagem). B:
Paciente com rim em ferradu-
ra e cálculo na junção urete-
rovesical esquerda de 3 mm
que promoveu moderada dila-
tação ureteral (seta).
A B
baixo, a rapidez na realização e a boa acei-
tação pelo paciente tornaram a TC o méto-
do preferido na indicação pelos radiologis-
tas americanos, sendo adotada, em seguida,
nos demais países(1–11)
.
Autores como Rosen et al.(11)
defendem
que a utilização do exame de TC em pacien-
tes atendidos em ambiente de emergência
aumenta o nível de segurança do médico
solicitante em sua conduta, além de redu-
zir o tempo de internação e o de cirurgia da
maioria dos pacientes.
Na interpretação do exame tomográfico,
o sinal primário da litíase ureteral é a iden-
tificação do cálculo ureteral. Em relação à
identificação de cálculos ureterais a con-
cordância entre os observadores experien-
tes foi quase perfeita (κ = 0,89).
Os resultados deste trabalho eviden-
ciam maior concordância interobservador
do que no estudo de Freed et al.(12)
, que
avaliou a concordância entre três observa-
dores experientes — um residente de ra-
diologia do último ano e um urologista es-
pecialista em litíase. Nesse estudo foi en-
contrada concordância de κ = 0,67–0,71
entre os observadores (substancial), κ =
0,65–0,67 entre os observadores e o resi-
dente (substancial) e κ = 0,33–0,46 (me-
diano) entre os observadores e o urologista.
Esses autores afirmam, a partir de resulta-
dos semelhantes aos do nosso estudo, que
a TC possui boa acurácia na detecção de
litíase urinária e apresenta excelente con-
cordância entre observadores experientes
em abdome e o residente do último ano, po-
dendo ser aplicada com ótimos resultados
344
Souza LRMF et al.
Radiol Bras 2006;39(5):341–344
em ambiente de ensino (hospital-escola), já
que os achados sugerem baixo nível de
dificuldade para sua interpretação(12)
.
Em relação aos achados secundários de
obstrução do sistema coletor, na análise da
heterogeneidade da gordura perirrenal
houve concordância moderada (κ = 0,55)
entre os observadores. Já em relação à aná-
lise da dilatação do sistema coletor pela TC,
houve concordância substancial (κ = 0,77).
Quanto aos demais sinais secundários
avaliados, no estudo da dilatação ureteral
houve concordância quase perfeita (κ =
0,87), e na análise do edema da parede ure-
teral, concordância moderada (κ = 0,56).
Estes achados refletem uma boa repro-
dutibilidade na prática diária desses sinais
secundários, considerados os mais relevan-
tes e sensíveis, pois obtiveram boa concor-
dância entre os radiologistas experientes
em abdome. Foi identificada uma variação
na concordância entre observadores e o ob-
servador 3, na avaliação em pares cruzados,
que não chegou a interferir nas médias uti-
lizadas para avaliar a reprodutibilidade do
método. Esta variação, quando analisada de
forma isolada, evidenciou uma conceitua-
ção inicial equivocada de um dos radiolo-
gistas quanto ao sinal da heterogeneidade
da gordura perirrenal e do edema da parede
ureteral, refletindo a importância de con-
ceitos sedimentados e terminologia ade-
quada para utilização ideal do método(2)
.
Em análise realizada por Holdgate e
Chan(13)
, em 127 exames de TC com diag-
nóstico de ureterolitíase, foi avaliada a ca-
pacidade de diagnóstico de médicos do
pronto-socorro em comparação com o lau-
do radiológico. Observou-se que o nível de
concordância foi substancial para a avalia-
ção do cálculo e de alterações renais (κ >
0,75), porém com baixa acurácia para a
avaliação dos sinais secundários de obstru-
ção do sistema coletor e para diagnósticos
diferenciais.
O tempo médio decorrido desde a entra-
da do paciente no equipamento de TC até
sua saída, em protocolo tomográfico heli-
coidal direcionado para avaliação de uro-
litíase, é de sete minutos no nosso depar-
tamento (tempo de sala). Este dado conso-
lida ainda mais a indicação da TC como
primeiro exame na avaliação de pacientes
com cólica renal aguda, quando a necessi-
dade de um diagnóstico eficiente e rápido
altera a conduta com o paciente(14–16)
.
Diferentes métodos de imagem estão
disponíveis para o diagnóstico de litíase
ureteral em pacientes com cólica renal agu-
da, no entanto a TC superou todos os de-
mais métodos, em virtude da não utilização
de contraste iônico e da possibilidade de
avaliação de todo o ureter sem a interposi-
ção de alças abdominais, gerando alta acu-
rácia e rapidez diagnósticas, aliadas a uma
elevada reprodutibilidade(17,18)
, como foi
comprovado pelos dados expostos no pre-
sente trabalho.
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unenhanced helical CT for the diagnosis of ure-
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/www.urologiacontemporanea.com.br. Acessado
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ment of acute ureterolithiasis: CT is truth. AJR
Am J Roentgenol 2000;175:3–6.

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  • 1. 341 Concordância interobservador na análise da TC para urolitíase aguda Radiol Bras 2006;39(5):341–344 Artigo Original AVALIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA INTEROBSERVADOR NA ANÁLISE DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SEM CONTRASTE NO DIAGNÓSTICO DA UROLITÍASE EM PACIENTES COM CÓLICA RENAL AGUDA* Luís Ronan Marquez Ferreira de Souza1 , Salomão Faintuch1 , Daniel Bekhor2 , Dario Ariel Tiferes1 , Suzan Menasce Goldman3 , Jacob Szejnfeld4 OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade da tomografia computadorizada sem contraste na avaliação da litíase ureteral e os sinais secundários de obstrução do sistema coletor em pacientes com cólica renal aguda. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo de 52 pacientes com diagnóstico clínico de cólica renal aguda submetidos a exame de tomografia computadorizada de abdome sem contraste. Os exames foram realiza- dos com técnica helicoidal e posteriormente analisados por três observadores independentes, com a concor- dância interobservador avaliada pelo método estatístico kappa (κ κ κ κ κ). Foram analisados os parâmetros: a) pre- sença, localização e mensuração dos cálculos ureterais; b) dilatação do sistema coletor intra-renal; c) hete- rogeneidade da gordura perirrenal; d) dilatação ureteral; e) edema da parede ureteral (sinal do halo). RESUL- TADOS: Foram encontrados 40 cálculos ureterais na tomografia computadorizada (77%). A concordância interobservador para a identificação do cálculo ureteral e da dilatação ureteral foi quase perfeita (κ κ κ κ κ = 0,89 e κ κ κ κ κ = 0,87, respectivamente), substancial para dilatação do sistema coletor intra-renal (κ κ κ κ κ = 0,77) e mode- rada para heterogeneidade da gordura perirrenal e para edema da parede ureteral (κ κ κ κ κ = 0,55 e κ κ κ κ κ = 0,56, respectivamente). CONCLUSÃO: A tomografia computadorizada de abdome sem contraste apresenta elevada reprodutibilidade na avaliação da litíase ureteral e dos sinais secundários de obstrução do sistema coletor. Unitermos: Litíase; Cálculos ureterais; Dor no flanco; Tomografia computadorizada. Interobserver agreement on non-contrast computed tomography interpretation for diagnosis of urolithiasis in patients with acute flank pain. OBJECTIVE: To evaluate the interobserver agreement on non-contrast computed tomography interpretation by a group of experienced abdominal radiologists, for the study of urolithiasis in patients presenting acute flank pain. MATERIALS AND METHODS: Prospective study of 52 patients submitted to non-contrast enhanced helical computed tomography. The images were subsequently analyzed by three independent observers, with the interobserver agreement assessed by means of the kappa (κ κ κ κ κ) statistical method. The following param- eters were analyzed: a) presence, localization and measurement of ureteral calculi; b) intrarenal calyceal system dilatation; c) perirenal fat heterogeneity; d) ureteral dilatation; e) ureteral wall edema (halo sign). RESULTS: Ureteral calculi were found in 40 of 52 patients (77%). The interobserver agreement was almost perfect as regards identification of ureteral calculi (κ κ κ κ κ = 0.89) and ureteral dilatation (κ κ κ κ κ = 0.87), substantial for ca- lyceal system dilatation (κ κ κ κ κ = 0.77), and moderate for perirenal fat heterogeneity (κ κ κ κ κ = 0.55) and ureteral wall edema (κ κ κ κ κ = 0.56). CONCLUSION: Non-contrast-enhanced abdominal computed tomography presents high reproducibility in the evaluation of urolithiasis and secondary signs of the calyceal system obstruction. Keywords: Lithiasis; Ureteral calculi; Flank pain; Computed tomography. Resumo Abstract * Trabalho realizado no Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP . 1. Médicos Radiologistas, Doutores em Radiologia pelo De- partamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, Membros Titulares do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 2. Médico Radiologista, Mestre em Radiologia pelo Departa- mento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. 3. Professora Adjunta Doutora, Chefe do Setor de Genituriná- rio do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. 4. Professor Adjunto, Livre-Docente do Departamento de Diag- nóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo/Es- cola Paulista de Medicina. Endereço para correspondência: Dr. Luís Ronan M. F. de Souza. Rua Episcopal, 564, ap. J-203, Mercês. Uberaba, MG, 38060-050. E-mail: luisronan@gmail.com Recebido para publicação em 13/9/2005. Aceito, após revi- são, em 21/2/2006. alças abdominais. A TC para o estudo de litíase apresenta como vantagens a não uti- lização de meio de contraste, a rápida rea- lização e a alta sensibilidade no diagnóstico de litíase urinária(6) .As únicas exceções co- nhecidas são os cálculos compostos unica- mente por inibidores da protease, como In- dinavir®(1) . A TC até hoje mantém a posição de melhor método na avaliação da litíase ure- teral, desde o trabalho realizado por Smith et al. em 1994 e publicado em 1995(7) . Uti- lizando-se a técnica adequada, a TC apre- senta altas sensibilidade (96% até 100%), INTRODUÇÃO A evolução tecnológica que vem sendo implantada nos equipamentos de tomogra- fia computadorizada (TC) aumentou sua precisão diagnóstica e reduziu o tempo de exame.Aaceitação da TC para pesquisa de litíase do trato urinário cresceu em virtude de suprimir muitas das desvantagens que os outros métodos de imagem, como a uro- grafia excretora e a ultra-sonografia, apre- sentavam(1–5) , entre elas: a utilização de contraste iônico, a dificuldade para a ava- liação de todo o ureter e a interposição de
  • 2. 342 Souza LRMF et al. Radiol Bras 2006;39(5):341–344 especificidade (95% até 100%) e acurácia (96% até 98%)(1,8) . Poucos foram os estudos que demons- traram a reprodutibilidade da TC em nosso meio(8) , analisando o grau de concordância entre radiologistas experientes na interpre- tação de TC direcionada para a avaliação de litíase do trato urinário. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reprodutibilidade da TC sem contraste na avaliação da litíase ureteral e os sinais se- cundários de obstrução do sistema coletor, em pacientes com cólica renal aguda. MATERIAIS E MÉTODOS Foi realizado estudo prospectivo de 52 pacientes que procuraram o Pronto-Socor- ro do Hospital São Paulo – Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), no período de fevereiro de 2002 a julho de 2002, com diagnóstico clínico de cólica renal aguda. A idade dos pacientes variou de 17 anos a 75 anos (média: 37 anos completos), sen- do 39 homens (75%) e 13 mulheres (25%). Todos os pacientes foram submetidos a exame de TC sem contraste, sendo excluí- dos todos os pacientes que apresentavam sintomas clínicos, achados de imagem ou evidências laboratoriais de outras doenças crônicas do trato urinário como pielonefri- te, tuberculose renal e nefrocalcinose. Não foram incluídos pacientes em utilização de inibidores da protease (Indinavir® ), devido à relação dessa medicação com a produção de cálculos não identificáveis à TC. Os equipamentos de TC utilizados fo- ram os modelos Secura Release 1.3 e To- moscan AV-EV1 da marca Philips (Philips Medical Systems; Eindhoven, Holanda), utilizando-se técnica de aquisição helicoi- dal (colimação e reconstrução: 5 mm; pitch de 1 a 1,5), do pólo superior do rim até a sínfise púbica, com moderada repleção vesical e apnéia respiratória. A aquisição foi feita com 120 kV e 200 mAs, sem uso de meio de contraste. Os exames foram analisados, de modo aleatório e cego em relação aos achados clínicos, por três médicos radiologistas in- dependentes e com mais de cinco anos de experiência em radiologia do abdome. Fo- ram analisados os seguintes parâmetros: a) presença, localização e mensuração dos cálculos ureterais (Figura 1); b) dilatação do sistema coletor intra-renal (Figura 2); c) heterogeneidade da gordura perirrenal; d) dilatação ureteral; e) edema da parede ure- teral (sinal do halo – Figura 3). O sinal tomográfico primário de cálculo foi considerado a direta visualização de imagem hiperdensa com densidade calcá- rea (> 311 UH) dentro do sistema coletor. A localização do cálculo ao longo do ureter foi dividida em junção ureteropél- vica, terço superior/proximal (acima das articulações sacroilíacas), terço médio (na região das articulações sacroilíacas), terço inferior/distal (abaixo das articulações sa- croilíacas) e na junção ureterovesical(9) . As mensurações dos cálculos foram rea- lizadas em um eixo perpendicular ao ure- ter, ou seja, no eixo axial dos cortes tomo- gráficos, em uma estação de trabalho, uti- lizando parâmetros de janela óssea. A dilatação do sistema coletor intra-re- nal foi diagnosticada pela dilatação dos cálices renais nos três terços renais (supe- rior, médio e inferior), caracterizada nos cortes axiais. A dilatação ureteral foi con- siderada positiva quando o ureter apresen- tava diâmetro axial maior do que 4 mm(3) . Este projeto de pesquisa foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesqui- sa da Unifesp-EPM. A análise estatística da concordância interobservador (comparação da variação entre os três radiologistas), na análise da TC, foi feita pelo índice kappa (κ)(10) , con- forme demonstrado no Quadro 1. Quadro 1 Categorização da concordância interob- servador pelo índice kappa(10) . Kappa (κ) 0,81–1,00 0,61–0,80 0,41–0,60 0,21–0,40 0–0,20 < 0 Grau de concordância Quase perfeito Substancial Moderado Mediano Insignificante Sem concordância Figura 1. Heterogeneidade da gordura perirrenal. Cortes axiais de TC helicoidal sem contraste. A gordura perirrenal, que normalmente é homoge- neamente hipodensa, apresenta-se neste caso com densidade aumentada pela presença de inú- meros septos relacionados ao processo obstrutivo do cálculo localizado no ureter superior (seta). RESULTADOS Nos 52 pacientes analisados foram en- contrados 40 cálculos ureterais na TC (77%) pelo consenso dos três radiologistas, localizados 30% no terço superior, 5% no terço médio, 18% no terço inferior e 47% na junção uretero-vesical. O tamanho mé- dio dos cálculos ureterais foi de 0,50 cm, variando de 0,20 cm até 1,40 cm. Dos cál- culos ureterais identificados, 14 (36%) eram menores que 0,40 cm. Dos 12 pacientes com cólica renal agu- da e sem cálculo ureteral (23% da amostra), um apresentava cisto renal infectado e qua- tro foram interpretados como pacientes analisados após a passagem de cálculo, por apresentarem, na TC, dilatação unilateral do sistema coletor no lado referido como sintomático, sem outros achados no exame de imagem. Nos sete pacientes restantes, em cinco o diagnóstico permaneceu inde- terminado, e em dois outra etiologia não relacionada ao trato urinário foi identifi- cada (apendicite e doença ovariana). A concordância interobservador para a identificação do cálculo ureteral e da dila- tação ureteral foi quase perfeita (κ = 0,89 e κ = 0,87, respectivamente), substancial para dilatação do sistema coletor intra-re- nal (κ = 0,77) e moderada para heteroge- neidade da gordura perirrenal e para edema da parede ureteral (κ = 0,55 e κ = 0,56, res- pectivamente) (Tabelas 1 e 2). DISCUSSÃO A facilidade na identificação do cálculo ureteral, a não necessidade de utilização de meio de contraste, o custo relativamente
  • 3. 343 Concordância interobservador na análise da TC para urolitíase aguda Radiol Bras 2006;39(5):341–344 Tabela 1 Achados de imagem descritos pelos observadores experientes no diagnóstico de litíase ure- teral. Parâmetros Presença de cálculo Dilatação do sistema coletor Heterogeneidade da gordura perirrenal Dilatação ureteral Edema da parede ureteral Observador 1 38 31 17 29 23 Observador 2 40 37 13 30 11 Observador 3 41 39 5 34 8 Parâmetros Presença de cálculo Dilatação do sistema coletor Heterogeneidade da gordura perirrenal Dilatação ureteral Edema da parede ureteral Tabela 2 Concordância interobservador (κ) no diagnóstico da litíase ureteral e os sinais secundários de obstrução. Observado- res 1/2 0,90 0,75 0,81 0,96 0,50 Observado- res 2/3 0,94 0,90 0,48 0,84 0,80 Observado- res 1/3 0,84 0,66 0,36 0,81 0,37 Médias 0,89 0,77 0,55 0,87 0,56 Figura 3. Edema da parede ureteral. Cortes axiais de TC sem contraste. O halo tecidual (seta) que en- volve este cálculo no terço ureteral médio pode ser visto neste caso. Figura 2. Dilatação do siste- ma coletor. Cortes axiais de TC sem contraste. A: Dilatação moderada (seta) de paciente com cálculo na junção urete- ro-vesical esquerda (não evi- denciado nesta imagem). B: Paciente com rim em ferradu- ra e cálculo na junção urete- rovesical esquerda de 3 mm que promoveu moderada dila- tação ureteral (seta). A B baixo, a rapidez na realização e a boa acei- tação pelo paciente tornaram a TC o méto- do preferido na indicação pelos radiologis- tas americanos, sendo adotada, em seguida, nos demais países(1–11) . Autores como Rosen et al.(11) defendem que a utilização do exame de TC em pacien- tes atendidos em ambiente de emergência aumenta o nível de segurança do médico solicitante em sua conduta, além de redu- zir o tempo de internação e o de cirurgia da maioria dos pacientes. Na interpretação do exame tomográfico, o sinal primário da litíase ureteral é a iden- tificação do cálculo ureteral. Em relação à identificação de cálculos ureterais a con- cordância entre os observadores experien- tes foi quase perfeita (κ = 0,89). Os resultados deste trabalho eviden- ciam maior concordância interobservador do que no estudo de Freed et al.(12) , que avaliou a concordância entre três observa- dores experientes — um residente de ra- diologia do último ano e um urologista es- pecialista em litíase. Nesse estudo foi en- contrada concordância de κ = 0,67–0,71 entre os observadores (substancial), κ = 0,65–0,67 entre os observadores e o resi- dente (substancial) e κ = 0,33–0,46 (me- diano) entre os observadores e o urologista. Esses autores afirmam, a partir de resulta- dos semelhantes aos do nosso estudo, que a TC possui boa acurácia na detecção de litíase urinária e apresenta excelente con- cordância entre observadores experientes em abdome e o residente do último ano, po- dendo ser aplicada com ótimos resultados
  • 4. 344 Souza LRMF et al. Radiol Bras 2006;39(5):341–344 em ambiente de ensino (hospital-escola), já que os achados sugerem baixo nível de dificuldade para sua interpretação(12) . Em relação aos achados secundários de obstrução do sistema coletor, na análise da heterogeneidade da gordura perirrenal houve concordância moderada (κ = 0,55) entre os observadores. Já em relação à aná- lise da dilatação do sistema coletor pela TC, houve concordância substancial (κ = 0,77). Quanto aos demais sinais secundários avaliados, no estudo da dilatação ureteral houve concordância quase perfeita (κ = 0,87), e na análise do edema da parede ure- teral, concordância moderada (κ = 0,56). Estes achados refletem uma boa repro- dutibilidade na prática diária desses sinais secundários, considerados os mais relevan- tes e sensíveis, pois obtiveram boa concor- dância entre os radiologistas experientes em abdome. Foi identificada uma variação na concordância entre observadores e o ob- servador 3, na avaliação em pares cruzados, que não chegou a interferir nas médias uti- lizadas para avaliar a reprodutibilidade do método. Esta variação, quando analisada de forma isolada, evidenciou uma conceitua- ção inicial equivocada de um dos radiolo- gistas quanto ao sinal da heterogeneidade da gordura perirrenal e do edema da parede ureteral, refletindo a importância de con- ceitos sedimentados e terminologia ade- quada para utilização ideal do método(2) . Em análise realizada por Holdgate e Chan(13) , em 127 exames de TC com diag- nóstico de ureterolitíase, foi avaliada a ca- pacidade de diagnóstico de médicos do pronto-socorro em comparação com o lau- do radiológico. Observou-se que o nível de concordância foi substancial para a avalia- ção do cálculo e de alterações renais (κ > 0,75), porém com baixa acurácia para a avaliação dos sinais secundários de obstru- ção do sistema coletor e para diagnósticos diferenciais. O tempo médio decorrido desde a entra- da do paciente no equipamento de TC até sua saída, em protocolo tomográfico heli- coidal direcionado para avaliação de uro- litíase, é de sete minutos no nosso depar- tamento (tempo de sala). Este dado conso- lida ainda mais a indicação da TC como primeiro exame na avaliação de pacientes com cólica renal aguda, quando a necessi- dade de um diagnóstico eficiente e rápido altera a conduta com o paciente(14–16) . Diferentes métodos de imagem estão disponíveis para o diagnóstico de litíase ureteral em pacientes com cólica renal agu- da, no entanto a TC superou todos os de- mais métodos, em virtude da não utilização de contraste iônico e da possibilidade de avaliação de todo o ureter sem a interposi- ção de alças abdominais, gerando alta acu- rácia e rapidez diagnósticas, aliadas a uma elevada reprodutibilidade(17,18) , como foi comprovado pelos dados expostos no pre- sente trabalho. REFERÊNCIAS 1. Tamm EP, Silverman PM, Shuman WP. Evalua- tion of the patient with flank pain and possible ureteral calculus. Radiology 2003;228:319–329. 2. Souza LRMF, Faintuch S, De Nicola H, et al. A tomografia computadorizada helicoidal no diag- nóstico da litíase ureteral. Rev Imagem 2004;26: 315–321. 3. Smith RC, Levine J, Rosenfeld AT. Helical CT of urinary tract stones. Epidemiology, origin, patho- physiology, diagnosis, and management. Radiol Clin North Am 1999;37:911–952. 4. 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