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A DOUTRINA DO PECADO
Nos capítulos sobre "Satã – Sua Origem, O bra e Destino" e "O Estado Original e Q ueda do Homem", ocupamo-nos com
a origem do pecado no universo e também com sua entrada na família humana. P or essa razão estes assuntos não
serão tratados neste capítulo.
É muito importante que tenhamos uma compreensão adequada do pecado. M uitos erros modernos a respeito da
salvação não podem ser sustentados por aqueles que pensam logicamente, se tiverem uma concepção apropriada do
pecado.
I. A NATUREZA DO PECADO
O pecado é uma coisa com cabeça de hidra. Ele apresenta diferentes fases. U m tratamento adequado do pecado deve
jogar com estas diferentes fases:
1. O P EC A DO C O M O U M A T O .
Em 1 João 3:4 temos a definição do pecado como um ato. É um transgredi r, ou um ir contrário à Lei de Deus.
2. O P EC A DO C O M O U M EST A DO .
M uita gente há que não pode ou não quer ver que o pecado vai mais fundo que um ato manifesto. U m pouco de
reflexão mostrará que os nossos atos não são senão expressões dos nossos seres interi ores. A pecaminosidade íntima,
então, deve preceder os atos manifestos do pecado. A s seguintes provas escrituristicas mostram não só que o homem
é pecaminoso na conduta como que ele existe num estado pecaminoso – uma falta de conformidade com Deus na
mente e no coração:
(1) As palavras hebraica e grega traduzidas por "pecado" aplicam-se tanto a disposições e estados como a atos.
(2) O pecado tanto pode consistir de omissão em fazer a coisa justa como de comissão em fazer a coisa errada.
"A o que se sabe fazer o bem e o não faz, ao tal é pecado" (T iago 4:17).
(3) O mal se atribui a pensamentos e afetos.
Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; M ateus 5:22,26; Hebreus 3:12.
(4) O estado da alma que dá expansão a atos manifestos de pecados é chamado pecado, expressamente.
Romanos 7:8,11,13,14,17,20.
(5) Alude-se ao pecado como um princípio reinante na vida.
Romanos 6:21.
3. O P EC A DO C O M O U M P RINC ÍP IO .
O pecado como princípio, é rebelião contra Deus. É recusar fazer a vontade dEle que tem todo o direito de exigir
obediência de nós.
4. O P EC A DO EM ESSÊNC IA .
"P odemos seguir o Dr. E. G. Robinson em dizer que, enquanto o pecado como um estado é dessemelhança de Deus,
como um princípio é oposição a Deus e como um ato é transgressão da Lei de Deus, sua essência é sempre e em toda
a parte egoísmo" (Strong, Systematic T heology, pág. 295).
O pecado pode ser descrito como uma árvore de vontade própria, tendo duas raízes mestras: uma é um "não" para
Deus e Seus mandamentos, a outra é um "sim" para o Eu e interesses do E u. Esta árvore é capaz de dar qualquer
espécie de fruto no catálogo dos pecados. O egoísmo está sempre manifesto no pecador na elevação de "algum afeto
ou desejo inferiores acima da consideração por Deus e Sua Lei" (Strong). Não importa a forma que o pecad o tome;
acha-se sempre ter o egoísmo por sua raiz. O pecado pode tomar as formas de avareza, orgulho, vaidade, ambição,
sensualidade, ciúme, ou mesmo o amor de outrem, em cujo caso outros são amados porque são tidos como estando de
algum modo ligado ao Eu ou contribuindo para o Eu. O pecador pode buscar a verdade, mas sempre por fins
interesseiros, egoísticos. Ele pode dar seus bens para alimentar o pobre, ou mesmo o seu corpo para ser queimado,
mas só por meio de um desejo egoísta de gratificação carnal ou honra ou recompensa. O pecado, como egoísmo, tem
quatro partes: "(1) V ontade própria, em vez de submissão; (2) ambição, em vez de benevolência; (3) justiça própria,
em vez de humildade e reverência; (4) auto-suficiência, em vez de fé" (Harris).
P ara prova do fato que o pecado é essencialmente egoísmo, insistimos nas seguintes considerações:
(1) Na apostasia dos últimos dias está dito que "homens serão amante de si mesmos" e também "amantes dos
prazeres antes que amantes de Deus" ( 2 Timóteo 3:2,4).
(2) Quando se revelar "o homem do pecado", ele será o que "se exaltará contra tudo o que se chama Deus" ( 2
Timóteo 2:4).
(3) A essência da Lei de Deus é amar a Deus supremamente e aos outros como a si mesmo.
O oposto disso, o supremo amor de si mesmo, deve ser a essência do pecado. M ateus 22:37 -39.
(4) A apostasia de Satã consistiu na preferência de si mesmo e de sua ambição egoística a Deus e Sua vontade.
Isaías 14:12 -15; Ezequiel 28:12 -18.
(5) O pecado de Adão e Eva no jardim surgiu de uma preferência de si mes mo e de sua autogratificação a Deus e Sua
vontade.
Eva comeu do fruto proibido porque ela pensou que isso daria a sabedoria almejada. A dão participou do fruto porque
ele preferiu sua esposa a Deus. E a razão porque ele preferiu sua esposa a Deus é que ele concebeu sua esposa como
contribuindo mais do que Deus para a sua autogratificação.
(6) A morte de Abel por Caim foi incitada pelo ciúme, o qual é uma forma de egoísmo.
(7) O egoísmo é a causa da impenitência do pecado.
Deus mandou que todos os homens se arrependam em toda a parte. Recusam os homens fazer isso porque preferem
seus próprios caminhos à vontade de Deus.
V emos, então, que o pecado não é meramente um resultado do desenvolvimento imperfeito do homem: é uma
perversidade da vontade e da disposição. O homem nunca a sobrepujará enquanto ele estiver na carne. A regeneração
põe um entrave sobre ela, mas não a destrói. Nem o pecado é mero resultado da união do Espírito com o corpo: o
espírito mesmo é pecaminoso e seria apenas tão pecaminoso fora do corpo como no corpo se deixado no seu estado
natural. Satanás não tem corpo e contudo é supremamente pecaminoso. Nem o pecado é mera finitude. O s anjos
eleitos no céu são finitos e contudo estão sem pecado. O s santos glorificados ainda serão finitos e no entant o não terão
pecado.
II. A UNIVERSALIDADE DO PECADO NA FAMÍLIA HUMANA
T odos os homens, salvos por única exceção o Deus – homem, C risto Jesus nosso Senhor, são pecaminosos por
natureza e expressam essa pecaminosidade interior em transgressão deliberada tão cedo atinjam a idade de
responsabilidade. Este fato está provado:
1. A NEC ESSIDA DE U NIV ERSA L DE A RREP ENDIM ENT O , FÉ E REGENERA Ç Ã O .
Lucas 13:3; João 8:24; A tos 16:30 -31; Hebreus 11:6; João 3:3,18.
2. DEC LA RA Ç Õ ES C LA RA DA ESC RIT U RA .
1 Reis 8:46; Salmos 143:2; P rovérbios 20:9; Eclesiastes 7:20; Romanos 3:10, 23; Gálatas 3:22.
III. A EXTENSÃO DO PECADO NO SER HUMANO
A s Escrituras ensinam que a extensão do pecado no ser humano é total. Isto é o significado de depravação to tal.
1. A DEP RA V A Ç Ã O T O T A L C O NSIDERA DA NEGA T IV A M ENT E.
A depravação é um assunto muito mal entendido. P or essa razão precisamos de entender que a depravação total não
quer dizer:
(1) Que o homem por natureza está inteiramente privado de consciência.
A té mes mo o pagão tem consciência. Romanos 2:15.
(2) Que o homem por natureza está destituído de todas aquelas qualidades que são louváveis segundo os padrões
humanos.
Jesus reconheceu a presença de tais qualidades num certo homem rico (M arcos 10:21).
(3) Que todo homem está disposto por natureza para toda forma de pecado.
Isto é impossível, porquanto algumas formas de pecado excluem outras. "O pecado de sumiticaria pode excluir o
pecado de ostentação; o de orgulho pode excluir o de sensualidade" (Strong).
(4) Que os homens são por natureza incapazes de se comprometer em atos que são extremamente conformes com a
Lei de Deus.
Romanos 2:14.
(5) Que os homens são tão corruptos como podiam ser.
Eles podem piorar e pioram. 2 T imóteo 3:13.
Esta depravação total não quer dizer que a depravação é total no seu grau. Ela tem que ver com a extensão somente.
2. A DEP RA V A Ç Ã O T O T A L C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E.
A depravação total quer dizer que o pecado permeou cada faculdade do ser humano assim como uma gota de veneno
permeia cada molécula de um corpo de água. O pecado urdiu cada faculdade no homem e assim ele polui todo ato seu.
(1) Prova de depravação total.
A . O homem está depravado na M ente. Gênesis 6:5.
B. No coração. Jeremias 17:9.
C . Nos afetos, de maneira que o homem é oposto a Deus. João 3:19; Romanos 8:7.
D. Na consciência. T ito 1:15; Hebreus 10:22.
E. Na palavra. Salmos 58:3; Jeremias 8:6; Romanos 3:13.
F. Depravado da cabeça aos pés. Salmos 1:5,6; Isaías 1:6.
G. Depravado ao nascer. Salmos 51:5; 58:3.
(2) O efeito da depravação total.
A . Nenhum resquício de Bem Fica no Homem por Natureza. Romanos 7:18.
B. P ortanto, o Homem, por Natureza, não pode sujeitar-se à Lei de Deus ou A gradar a Deus. Romanos 8:7,8.
C . O homem, por Natureza, está Espiritualmente M orto. Romanos 5:12; C olossenses 2:16; 1 João 3:14.
D. Logo, Ele não pode C ompreender as C oisas Espirituais. 1 C oríntios 2:14.
E. Daí, Ele não pode, até que se vivifique pelo Espírito de Deus, voltar do P ecado a Deus em P iedoso A rrependimento e
Fé. Jeremias 13:23; João 6:44,65; 12:39,40.
A base da depravação e da inabilidade espiritual jaz no coração. Ele é enganoso e irremediavelmente perverso
(Jeremias 17:9). Do coração vêem as saídas da vida (P rovérbios 4:23). Ninguém pode tirar u ma coisa limpa de uma
contaminada (Jó 14:4). Daí, nem a santidade nem a fé podem proceder do coração natural. A s boas coisas procedem
de um bom coração e as más de um coração mau (M ateus 7:17,18; Lucas 6:45).

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A doutrina do pecado

  • 1. A DOUTRINA DO PECADO Nos capítulos sobre "Satã – Sua Origem, O bra e Destino" e "O Estado Original e Q ueda do Homem", ocupamo-nos com a origem do pecado no universo e também com sua entrada na família humana. P or essa razão estes assuntos não serão tratados neste capítulo. É muito importante que tenhamos uma compreensão adequada do pecado. M uitos erros modernos a respeito da salvação não podem ser sustentados por aqueles que pensam logicamente, se tiverem uma concepção apropriada do pecado. I. A NATUREZA DO PECADO O pecado é uma coisa com cabeça de hidra. Ele apresenta diferentes fases. U m tratamento adequado do pecado deve jogar com estas diferentes fases: 1. O P EC A DO C O M O U M A T O . Em 1 João 3:4 temos a definição do pecado como um ato. É um transgredi r, ou um ir contrário à Lei de Deus. 2. O P EC A DO C O M O U M EST A DO . M uita gente há que não pode ou não quer ver que o pecado vai mais fundo que um ato manifesto. U m pouco de reflexão mostrará que os nossos atos não são senão expressões dos nossos seres interi ores. A pecaminosidade íntima, então, deve preceder os atos manifestos do pecado. A s seguintes provas escrituristicas mostram não só que o homem é pecaminoso na conduta como que ele existe num estado pecaminoso – uma falta de conformidade com Deus na mente e no coração: (1) As palavras hebraica e grega traduzidas por "pecado" aplicam-se tanto a disposições e estados como a atos. (2) O pecado tanto pode consistir de omissão em fazer a coisa justa como de comissão em fazer a coisa errada. "A o que se sabe fazer o bem e o não faz, ao tal é pecado" (T iago 4:17). (3) O mal se atribui a pensamentos e afetos. Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; M ateus 5:22,26; Hebreus 3:12. (4) O estado da alma que dá expansão a atos manifestos de pecados é chamado pecado, expressamente. Romanos 7:8,11,13,14,17,20. (5) Alude-se ao pecado como um princípio reinante na vida. Romanos 6:21. 3. O P EC A DO C O M O U M P RINC ÍP IO . O pecado como princípio, é rebelião contra Deus. É recusar fazer a vontade dEle que tem todo o direito de exigir obediência de nós. 4. O P EC A DO EM ESSÊNC IA . "P odemos seguir o Dr. E. G. Robinson em dizer que, enquanto o pecado como um estado é dessemelhança de Deus, como um princípio é oposição a Deus e como um ato é transgressão da Lei de Deus, sua essência é sempre e em toda a parte egoísmo" (Strong, Systematic T heology, pág. 295). O pecado pode ser descrito como uma árvore de vontade própria, tendo duas raízes mestras: uma é um "não" para Deus e Seus mandamentos, a outra é um "sim" para o Eu e interesses do E u. Esta árvore é capaz de dar qualquer espécie de fruto no catálogo dos pecados. O egoísmo está sempre manifesto no pecador na elevação de "algum afeto ou desejo inferiores acima da consideração por Deus e Sua Lei" (Strong). Não importa a forma que o pecad o tome; acha-se sempre ter o egoísmo por sua raiz. O pecado pode tomar as formas de avareza, orgulho, vaidade, ambição, sensualidade, ciúme, ou mesmo o amor de outrem, em cujo caso outros são amados porque são tidos como estando de algum modo ligado ao Eu ou contribuindo para o Eu. O pecador pode buscar a verdade, mas sempre por fins interesseiros, egoísticos. Ele pode dar seus bens para alimentar o pobre, ou mesmo o seu corpo para ser queimado, mas só por meio de um desejo egoísta de gratificação carnal ou honra ou recompensa. O pecado, como egoísmo, tem quatro partes: "(1) V ontade própria, em vez de submissão; (2) ambição, em vez de benevolência; (3) justiça própria, em vez de humildade e reverência; (4) auto-suficiência, em vez de fé" (Harris).
  • 2. P ara prova do fato que o pecado é essencialmente egoísmo, insistimos nas seguintes considerações: (1) Na apostasia dos últimos dias está dito que "homens serão amante de si mesmos" e também "amantes dos prazeres antes que amantes de Deus" ( 2 Timóteo 3:2,4). (2) Quando se revelar "o homem do pecado", ele será o que "se exaltará contra tudo o que se chama Deus" ( 2 Timóteo 2:4). (3) A essência da Lei de Deus é amar a Deus supremamente e aos outros como a si mesmo. O oposto disso, o supremo amor de si mesmo, deve ser a essência do pecado. M ateus 22:37 -39. (4) A apostasia de Satã consistiu na preferência de si mesmo e de sua ambição egoística a Deus e Sua vontade. Isaías 14:12 -15; Ezequiel 28:12 -18. (5) O pecado de Adão e Eva no jardim surgiu de uma preferência de si mes mo e de sua autogratificação a Deus e Sua vontade. Eva comeu do fruto proibido porque ela pensou que isso daria a sabedoria almejada. A dão participou do fruto porque ele preferiu sua esposa a Deus. E a razão porque ele preferiu sua esposa a Deus é que ele concebeu sua esposa como contribuindo mais do que Deus para a sua autogratificação. (6) A morte de Abel por Caim foi incitada pelo ciúme, o qual é uma forma de egoísmo. (7) O egoísmo é a causa da impenitência do pecado. Deus mandou que todos os homens se arrependam em toda a parte. Recusam os homens fazer isso porque preferem seus próprios caminhos à vontade de Deus. V emos, então, que o pecado não é meramente um resultado do desenvolvimento imperfeito do homem: é uma perversidade da vontade e da disposição. O homem nunca a sobrepujará enquanto ele estiver na carne. A regeneração põe um entrave sobre ela, mas não a destrói. Nem o pecado é mero resultado da união do Espírito com o corpo: o espírito mesmo é pecaminoso e seria apenas tão pecaminoso fora do corpo como no corpo se deixado no seu estado natural. Satanás não tem corpo e contudo é supremamente pecaminoso. Nem o pecado é mera finitude. O s anjos eleitos no céu são finitos e contudo estão sem pecado. O s santos glorificados ainda serão finitos e no entant o não terão pecado. II. A UNIVERSALIDADE DO PECADO NA FAMÍLIA HUMANA T odos os homens, salvos por única exceção o Deus – homem, C risto Jesus nosso Senhor, são pecaminosos por natureza e expressam essa pecaminosidade interior em transgressão deliberada tão cedo atinjam a idade de responsabilidade. Este fato está provado: 1. A NEC ESSIDA DE U NIV ERSA L DE A RREP ENDIM ENT O , FÉ E REGENERA Ç Ã O . Lucas 13:3; João 8:24; A tos 16:30 -31; Hebreus 11:6; João 3:3,18. 2. DEC LA RA Ç Õ ES C LA RA DA ESC RIT U RA . 1 Reis 8:46; Salmos 143:2; P rovérbios 20:9; Eclesiastes 7:20; Romanos 3:10, 23; Gálatas 3:22. III. A EXTENSÃO DO PECADO NO SER HUMANO A s Escrituras ensinam que a extensão do pecado no ser humano é total. Isto é o significado de depravação to tal. 1. A DEP RA V A Ç Ã O T O T A L C O NSIDERA DA NEGA T IV A M ENT E. A depravação é um assunto muito mal entendido. P or essa razão precisamos de entender que a depravação total não quer dizer: (1) Que o homem por natureza está inteiramente privado de consciência. A té mes mo o pagão tem consciência. Romanos 2:15.
  • 3. (2) Que o homem por natureza está destituído de todas aquelas qualidades que são louváveis segundo os padrões humanos. Jesus reconheceu a presença de tais qualidades num certo homem rico (M arcos 10:21). (3) Que todo homem está disposto por natureza para toda forma de pecado. Isto é impossível, porquanto algumas formas de pecado excluem outras. "O pecado de sumiticaria pode excluir o pecado de ostentação; o de orgulho pode excluir o de sensualidade" (Strong). (4) Que os homens são por natureza incapazes de se comprometer em atos que são extremamente conformes com a Lei de Deus. Romanos 2:14. (5) Que os homens são tão corruptos como podiam ser. Eles podem piorar e pioram. 2 T imóteo 3:13. Esta depravação total não quer dizer que a depravação é total no seu grau. Ela tem que ver com a extensão somente. 2. A DEP RA V A Ç Ã O T O T A L C O NSIDERA DA P O SIT IV A M ENT E. A depravação total quer dizer que o pecado permeou cada faculdade do ser humano assim como uma gota de veneno permeia cada molécula de um corpo de água. O pecado urdiu cada faculdade no homem e assim ele polui todo ato seu. (1) Prova de depravação total. A . O homem está depravado na M ente. Gênesis 6:5. B. No coração. Jeremias 17:9. C . Nos afetos, de maneira que o homem é oposto a Deus. João 3:19; Romanos 8:7. D. Na consciência. T ito 1:15; Hebreus 10:22. E. Na palavra. Salmos 58:3; Jeremias 8:6; Romanos 3:13. F. Depravado da cabeça aos pés. Salmos 1:5,6; Isaías 1:6. G. Depravado ao nascer. Salmos 51:5; 58:3. (2) O efeito da depravação total. A . Nenhum resquício de Bem Fica no Homem por Natureza. Romanos 7:18. B. P ortanto, o Homem, por Natureza, não pode sujeitar-se à Lei de Deus ou A gradar a Deus. Romanos 8:7,8. C . O homem, por Natureza, está Espiritualmente M orto. Romanos 5:12; C olossenses 2:16; 1 João 3:14. D. Logo, Ele não pode C ompreender as C oisas Espirituais. 1 C oríntios 2:14. E. Daí, Ele não pode, até que se vivifique pelo Espírito de Deus, voltar do P ecado a Deus em P iedoso A rrependimento e Fé. Jeremias 13:23; João 6:44,65; 12:39,40. A base da depravação e da inabilidade espiritual jaz no coração. Ele é enganoso e irremediavelmente perverso (Jeremias 17:9). Do coração vêem as saídas da vida (P rovérbios 4:23). Ninguém pode tirar u ma coisa limpa de uma contaminada (Jó 14:4). Daí, nem a santidade nem a fé podem proceder do coração natural. A s boas coisas procedem de um bom coração e as más de um coração mau (M ateus 7:17,18; Lucas 6:45).