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Sinopse
Esta narrativa é uma obra vinda do coração, com o intuito de oferecer ao leitor a
“chave” para alcançar a vitória e a verdadeira felicidade. Pois, o lema é enaltecer Deus e
o seu filho Yeshua (Jesus Cristo), só a partir da sua aceitação como guardador e redentor
nas nossas vidas é que alcançamos a alegria eterna que não é ilusório, ele é o verdadeiro
alimento para a alma. É pela sua sabedoria e não pela nossa! É pela obediência a Cristo e
não pela obediência mundana aos instintos carnais! Que seremos algo para além de
sermos simples transeuntes do tempo e do espaço e “visitantes do universo”…
Ele é o verdadeiro guardião do coração, luz para a alma, tira os restos de lama
num coração quebrado pelas “ventanias” da vida, basta a sujeição à sua palavra ao seu
senhorio, como único Rei do nosso ser …
Não basta atuar só na “soleira da porta” temos que ser com ele, sujeitar o nosso
percurso existencial a ele, e fazê-lo “marujo das nossas águas” sem receio ou temor dos
oponentes, nada é impossível para ele, basta acreditar, mesmo sem ver ou tocar, ele alinha
as veredas na direção da salvação apesar de todo o “calvário”, de toda a frustração, de
toda angústia, ou irritação… O poço de lama onde podemos estar é purificado só pelo
chamamento do seu nome, ele glorifica o fraco e o desprezado, ele dá cura ao paralítico
e ao cego, ele restaura e ressuscita os mortos… Não há barreiras para “ELE”! Basta tocar
nas ordas das suas vestes para sermos curados e purificados.
Todavia, somos seres complexos, consignados à realidade que mentalizamos e
formatamos e esquecemo-nos que ele é que traça os destinos e os caminhos basta procura-
lo e o acharemos…
Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018
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Havia um fumo que antecipava sobre uma ilha que se chamava fantasia…Junto
ao mar Báltico, envolta numa montanha bifurcada e transparente, fazia de cama ao sol
nascente, nela habitava uma mulher de grandes cabelos negros aquém davam o nome de
Johanna, “A brisa do Norte”, de olhos castanho amêndoas brilhantes, pequenas safiras,
portais de uma alma encolhida, escondida, esquiva mas apaziguante. Diz a lenda que ela
descendia de uma tribo das Pérolas do Báltico. Os da tribo desvaleceram devido ao nevão
ártico que assolou a região e não tendo Deus como fé alguns desfaleceram e foram mortos,
Deus espalhou-se como um relampado sem hora de chegada numa noite fria, só os
corações mais dignos e humildes, puros no seu querer foram poupados.
Johanna ou “Joy” (“A brisa do Norte”) como a mãe lhe chamava escondeu-se do
fantasma da morte sob o abrigo de Deus, pediu-lhe misericórdia, que lhe foi concedida.
Permaneceu escondida, longe da vista do fantasma da morte enviado pelo chefe “Lean”,
da tribo da Ilha Branca para lá do rio “Amber”,
O chefe “Lean” era conhecido como o rei do escuro, que fazia magia negra para
amedrontar qualquer um que se atravessasse no seu caminho. Todos os temiam, e não se
atreviam a levantar-lhe a voz ou a rebelarem-se contra os seus atos de crueldade,
desconhecia qualquer tipo de carinho. Órfão de pais, um velho ancião da região que o
encontrou incumbiu-se de cuidar do mesmo sob uma autoridade disciplinar e desprovida
de mimo ou de qualquer tipo de amor solidário.
Mais tarde o seu filho Peter sofria com isto, isolava-se, tinha medo das pessoas, e tinha
dificuldades em fazer amizades com as crianças da sua idade. Preferia brincar sozinho,
mas tinha um amigo especial, o seu cão rocky, que o protegia contra as feras no “bosque
do torpedo”. Era o seu “faroleiro” nas noites frias e escuras, quando se perdia nos seus
passeios de tarde pela densa vegetação, o seu fiel amigo o guiava com segurança ao
caminho certo de regresso a casa, dava-lhe calor nos dias mais frios, nos dias despidos de
coragem ou de sentimentos, ia buscar as forças nele para prosseguir com a sua árdua e
fantástica viagem, cheia de armadilhas e teias contruídas à sua imagem pela aranha
demoníaca “Dimeter” que vivia numa caverna a leste isolada sobre a montanha firme e
pesada que ninguém se atrevia a visitar ou nadar em seu redor, eram dias de paz, apesar
da avareza do tempo cinzento carregado e isento da voz doce da mãe que lhe cantava
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desde a descoberta do feto, para acalmar nos momentos em que sabia que o marido a
enganava e se refugiava no álcool, devido aos maus tratos que recebia no passado por
parte dos amigos, porque tinha uma estatura franzida, esguia e desamparada, servindo de
saco de frustração dos mais velhos que dominavam a partir do medo e da segregação.
Num desses dias que se refugiava no bosque com a fiel companhia do seu cão,
conheceu Johanna que apanhava sozinha frutos do bosque e acácias, flores ricas,
frondosas, reflexos e componentes de uma verdadeira coroa sumptuosa, parecida com a
Coroa de Cristo, feita de espinhos de acácia (lembrava-se ela). Para Johanna a verdadeira
riqueza jaz na simplicidade e na genuína essência de cada ser. Ficaram imediatamente
amigos e íntimos nos seus segredos e preocupações.
Ela era antecessora de Rosamund da família de Clifford de Inglaterra, a rosa do Rei
Henrique II, que viria a mudar o destino de Inglaterra. A coroa de Acácias realçavam os
seus olhos verdes de nostalgia pura, isentos de qualquer ressentimento ou caprichos
impuros de certezas completas efémeras, não reais mas triviais.
Distraído a deslumbrar as flores do bosque, e quais haveria de apanhar para
colocar no jazigo da sua mãe: existiam açucenas brancas (flor de Lis), as preferidas por
simbolizar a pureza do bosque e rosas de pasto.
No bosque existia uma feiticeira morena de longos cabelos negros que se chamava
Andaluz, que foi traída e abandonada pelo seu amado “o príncipe do sul”. Por isso caiu
em amargura, o que fez com que ficasse com um sinal em forma de cruz nas costas, como
um estigma se tratasse, até conseguir “nascer de novo” e livrar-se dos espíritos: “soberba”,
“amargura”, “inveja”, “opressão” e “ciúmes”, pois a sua alma estava impura (cheia de
trevas).
Executava maldições sem sucesso e todo o tipo de feitiços às almas que invejava e que
achava puras ou que ousassem entrar no seu território, mas sem sucesso, Deus tinha-lhe
destituído o poder que outrora possuía, pois os dons devem ser realizados ao serviço e
glorificação de Deus e não para a maldade.
Todavia, num desses dias Johanna entrou de forma inocente no seu território de
domínio, mas a feiticeira já estava preparada para este tipo de acontecimento, pois possuía
uma bola de cristal mágica submetida ao poder das trevas, que consultava diariamente
apesar de estar a desobedecer o seu pai eterno que em sonhos já lhe tinha avisado e
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demonstrado qual o preço da desobediência e o que acontece a quem segue
comportamentos errantes e não se submete à luz branca da paz.
Numa atitude fulgurante de fúria atrelou o seu cavalo e o preparou para chegar à
intrusa e assombra-la com o que restava do seu poder maquiavélico, mas enganou-se,
Deus já tinha planeado a situação muito antes da sua ira dar lugar à frustração. Ao chegar
ao local, desce com toda a fúria do seu cavalo, fazendo que com este assustado fuja dela
para bem longe a alta velocidade, levantando em consonância com o trote uma coluna de
pó e de areia. Ainda mais irritada, parte decidida até encontrar a menina invasora do seu
reino. Dá passos de mansinho para podê-la surpreende-la, vê que a mesma estava a colher
as suas flores (lírios brancos). E Pensa para si: “mas que “rebeldaria” é esta! Mas como
se atreve a isto a colher algo que é meu!” Entretanto Johanna sente que existe alguém a
vigiá-la e ao virar-se dá de caras com a feiticeira, e fica pálida de susto, até o corpo reage
a este imprevisto assustador: quase desmaia de medo e fica paralisada. Até que ganha
forças para se recompor e atreve-se a falar e a olhar diretamente para aqueles olhos
carregados de chamas fulgurantes e de fúria reprimida (assolada ainda com gaguez,
devido a dificuldades respiratórias do momento): -Desculpe, mas não tinha reparado que
estava aí! Eu chamo-me Johanna e você? Estava apanhar flores do bosque para oferecer
aos pobres da aldeia…Tome, ofereço-lhe esta acácia amarela (símbolo da paz), é do
quintal da igreja onde sou voluntária…”
A feiticeira ficou “desarmada” com esta atitude de bondade e apanhada de surpresa, pois
tinha perdido o contacto com pessoas, principalmente com as generosas durante muito
tempo, responde-lhe com um ar “rastejante e abafado”: -Olá! Estou bem! E reitera num
tom de voz agudo e “fininho”: -Como você se atreve a entrar no meu reino sem pedir
autorização prévia e de envio registado!?
Johanna responde com a sua amabilidade de sempre mesmo sentindo-se ofendida:
-Desculpe! Não sabia que este território lhe pertence, como não existem fronteiras
demarcadas sem querer avancei mais para oeste, caso contrário teria pedido
atempadamente a devida autorização para o efeito!
Num tom de coragem, Johanna toma coragem e coloca-lhe a questão: -Podemos ser
amigas? Fico tão feliz por conhecer uma senhora da monarquia tão bela e elegante, e que
por acaso até é minha vizinha com gostos muitos glamorosos ao nível da indumentária e
tudo! Desculpe a curiosidade, mas posso-lhe colocar-lhe uma questão? “
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A feiticeira responde-lhe: -Sim, prossiga e obrigada pela sinceridade (as faces da feiticeira
que eram gélidas ficaram ruborizadas, e ganharam cor e vida).
Johanna pergunta-lhe: -É de que nacionalidade? Francesa?
Andaluz esboça um sorriso incontrolável, há muito tempo que não se sentia assim…e
responde: -Sou Eslovena! Pertenço a uma dinastia real, possuo sangue azul menina!
Johanna sorri e pergunta-lhe de forma impetuosa: -Podemos ser amigas? Fico tão feliz
por conhecer uma senhora tão bem parecida e ainda por cima vive ao pé de mim, podei-
me dar dicas de moda e de boas maneiras eslovenas! Agrada-lhe esta ideia?
Andaluz estava farta de viver nas “darkness lines” do seu âmago e decidiu arriscar,
respondendo: -Aceito, vou-lhe dar um voto de confiança! E comprometeram-se com um
beijo na cara a entreajudarem-se e serem amigas eternas independentemente dos
acontecimentos ou dos “incestos” da vida. Convidou-a a tomar chá na sua casa, e a
Johanna aceitou prontamente, e foram a pé de mãos dadas seguindo o seu destino e
falando sobre as vicissitudes da vida, sendo o momento catártico para Andaluz porque
pode finalmente aliviar-se da dor do seu coração.
Joahanna apresentou-lhe uma solução para a sua tormenta ou desvalorização: converter-
se de corpo e alma a Cristo! Pois ele é o único amor eterno que lhe subsiste!
Andaluz mostrou-se surpresa com a sugestão e desejava intensamente saber quem era
Cristo e qual o seu papel no Mundo. E Joahanna sendo o poço da amabilidade e de
paciência contou-lhe e respondeu-lhe sobre todas as questões que tinha, até ofereceu-lhe
uma bíblia de bolso com que andava sempre com ela e lia sempre na floresta ao som dos
passarinhos…
Andaluz ao ouvir tais feitos e histórias verdadeiras de amor ágape e puro da vida, ganhou
uma nova luz no olhar e decidiu prontamente converter-se ao cristianismo, e ser batizada
logo naquele dia nas águas do lago da sua moradia por Joahanna e fazer o compromisso
de abandonar totalmente as trevas e tudo o que elas acarretam (maledicência
(murmuração), vícios, espirito de vingança, ciúmes, inveja, rebeldia, ódio, a execução de
maldições, o lançamento de pragas alheias, aprendizagem do obscuro e da sorte dos anjos
negros do mal (incluindo o abandono total das práticas de adivinhação e de mediunidade),
etc). Assim como, prometeu que só iria dedicar culto a um só Deus (ao Deus Cristão), o
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único digno de adoração, só ele pode receber louvores e o unigênito Filho de Deus
(Cristo).
Tornaram-se grandes amigas, liam a bíblia juntas e reuniam-se na igreja todas semanas
nos cultos e no auxílio aos pobres: cozinhavam sopa e costuravam vestidos e fatos para a
sua missão de envangelização junto dos oprimidos e dos excluídos da sociedade, a fim de
colmatar esta “sede” universal por Cristo, a partir de doação de afeto, de sabedoria, de
alimento, mediante a vontade e à semelhança do Messias enquanto andou a pregar na
Terra. Eram verdadeiramente irmãs não de sangue mas de afeto e de fé.
Mas no seu íntimo Andaluz sabia que as trevas não cessariam por ali na ilha, pois morava
lá na escuridão de uma gruta um feiticeiro atroz, medonho, egoísta, amargura em pessoa,
invejoso de qualquer beleza natural ou “espontaneidade natural”, e conspirava em segredo
a morte dos seguidores de Cristo, ela sabia que tinha que fazer algo em relação a isto!
Seria um plano de genocídio à escala global, caso não interviesse!
Joahnna reparou que a angústia elanguescia o rosto de Andaluz subitamente, e ficou
preocupada, lançando a pergunta: -Estás bem? O teu semblante mudou! Andaluz
explicou-lhe a situação, Joahanna ficou pálida e reforçou: -Já devias ter-me contado há
mais tempo! Vamos orar, fazer jejum, e pedir sabedoria e espirito de revelação a Deus
para sermos guiadas no caminho do Amor na “oclusão” das trevas e das suas potestades.
Este feiticeiro do gelo como era conhecido já tinha feito muitas vítimas e teria que ser
bloqueado pelo poder da luz branca do amor (luz de Cristo).
Comprometeram-se todos os dias as duas a escrever no seu diário secreto linhas de
orientação divinas concedidas pelo Pai eterno (Deus) sem nada a temer, pois sabiam que
quem tem Deus no seu coração nada lhes acontece, recitavam várias vezes este versículo,
de forma a interiorizá-lo: -“Se Deus é com Jó, quem será contra ele!?”. O mesmo se
sucede para estas duas mulheres de fé, não seriam abaladas nem atentadas pelas hostes
espirituais da maldade…Uma ditadura atroz que condenava milhares de almas ao poço
do fogo perpétuo que não se esgota mas queima de forma eterna sem queimar, dilacerante
no seu tocar e ardente Forjaz.
A ditadura assolava e fazia almas cativas…O diário estava encerrado a sete chaves
diferentes e únicas no Mundo, e só poderia ser aberto sob o toque de um coração puro e
na identificação da voz das verdadeiras "indeléveis".
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Num desses dias, numa tarde solarenga de solstício no bosque, as duas divertiam-
se a tentar apanhar joaninhas, sem as matar, pois tinham compaixão por qualquer ser
terrestre. Peter andava por perto a passear com o seu cão rocky e ouvia de longe os seus
sorrisinhos doces, pareciam vindos do fundo do bosque, pareciam cânticos de amor
entoados pela natureza em seu redor, apressou-se então a segui-los com cautela pois não
sabia o que lhe esperava. Ao chegar não é para seu espanto que avista a sua amiga Johanna
(a sua amiga do outro lado da ilha), radiante e apressadamente dirige-se a ela esboçando
um grande sorriso nem reparando que esta tinha companhia, cumprimenta-a com grande
abraço e pergunta-lhe: -Como estás?
Esta responde que está bem, até que avista Andaluz, ficou atônico com tamanha beleza e
ao mesmo tempo da sua fragilidade, nem conseguiu proferir palavra alguma, Joahnna
apercebeu-se da sua “cristalização” e fez a devida apresentação como mandam as boas
maneiras. Os olhos de ambos brilhavam radiantes como pequenas safiras ao
contemplarem-se um ao outro, foi paixão à primeira vista!
Andaluz um pouco atordoada e trémula face àquela visão, questiona-os num tom afligido:
-Querem vir lanchar a minha casa?” Os dois respondem com um grande:
-Sim! e foram em direção à moradia da mesma, ao chegarem Peter ficou deslumbrado
com o que via, com as divisões luxuosas, com os ornamentos de oiro, as telas barrocas e
renascentistas, com loiça e porcelanas das mais clássicas e ricas, etc. Nunca tinha visto
tanta variedade de comida digno de um banquete senhorial:
Nozes, alfarrobas, castanhas, azeitonas, biscoitos de flor de laranja, pastéis de leite e pão
de ló, farteis (feitos à base de mel), um grande cardápio de frutas à disposição e chá de
gengibre para apaziguar a acidez do estômago.
Maravilhado agradeceu a pompa da circunstância e num gesto inesperado pegou
a mão de Andaluz e beijou-a com carinho, esta ainda atordoada com o gesto agradeceu
envergonhada e perguntou-lhe se desejava pernoitar na casa dela, visto que a hora já era
tarde…
Este aceitou, fervoroso e lembrou-se que possuía no saco um ramo de rosas
vermelhas que tinha apanhado na terra em redor da moradia, iria presentear Andaluz com
as rosas, aproximou-se dela e disse-lhe: -Não fiquei indiferente à tua beleza e ao teu
sorriso! Estou encantado! Queres namorar comigo?. Andaluz quase sem palavras aceitou
prontamente e foi invadida por lágrimas trapaceiras. Os dois fizeram um voto que no
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futuro se iriam casar, selado com um beijo, e que Joahanna seria a sua madrinha de
casamento, esta aceitou prontamente, ficou eufórica com a felicidade e amor dos dois, e
ofereceu-lhes dois anéis de compromissos feitos com a pura seda dos bichos-da-seda do
bosque como simbolismo do compromisso de ambos.
Peter não dormiu a noite toda, o colchão era de lã pura e como estava habituado a
dormir no chão e na terra, o seu corpo estava a estranhar esta “delicadeza” toda, mas para
além disto era a sua inquietação feliz de imaginar como seria a sua vida daqui para a
frente ao lado da sua formosa Andaluz, e estava a preparar mentalmente o discursos de
apresentação da mesma ao seu pai, sentindo um conforto “mágico” no seu coração e uma
felicidade sem descrição. Estava em êxtase!
O sol já espreitava na janela veneziana do seu quarto, decidiu levantar-se num
gesto abrupto que até perdeu os sentidos por momentos, foi aos aposentos de Andaluz, e
viu-a tão serena como uma boneca de porcelana, desejou beijá-la na boca, mas tinha medo
de assustá-la por isso afagou-lhe o rosto com uma festinha. Esta acordou atarantada, pois
estava a sonhar no seu auge, sonhava muito ultimamente, principalmente com gigantes
ferozes, o dessa noite não era exceção, tinha sonhado que fazia parte de uma tripulação
de uma nau templária que rumava à terra santa (Jerusalém), mas no caminho foram
interrompidos por um ser estranho em forma de uma tempestade ventosa, mas que ao se
deparar com a beleza de Andaluz ficou paralisado e fugiu para trás do rochedo da Vida,
isolando-se com medo e proferindo:
-Têm livre passe para passar e descobrir as terras prometidas para lá do atlântico! Não
quero deparar-me nem que seja por segundos novamente com a beleza feminina da vossa
tripulação! Tenho pavor a mulheres e ao que elas me causam, são só dissabores de alma
em forma de favos de mel! Os meus ventos irão vos levar a bom porto seguro e ninguém
poderá assombra-los durante a viagem! Não me ocupem mais! Prossigam sem olhar para
trás! E este desaparece subitamente para o fundo do oceano a chorar das amarguras da
vida, onde viria hibernar até que fosse chamado pelo seu dono (“ Deus Cristão).
Até que esta foi acordada pelo seu amado e confusa e assustada dá um pulo da cama, mas
depressa se recompõe quando vê Peter e fica confortada com a sua presença. Dá-lhe um
grande afago na cabeça entrelaçando os seus cabelos negros fortes, este diz-lhe bom dia
e pergunta se dormiu bem, ela afirma com um sorriso sincero e delicado e confidencia-
lhe o seu sonho ansiosa por não perceber o seu significado, Peter apazigua-a referindo
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que normalmente os gigantes significam novos desafios, mas que se na verdade ocorrerem
ele está lá sempre ao seu lado para confrontá-los sem medo, deixando-a mais sossegada.
Peter lançou-lhe o seguinte desafio: -Queres ir conhecer o meu pai? E contar-lhe
acerca do nosso voto?
Andaluz responde: -Claro que sim! Estou desejosa de conhecê-lo! Ao final da refeição
compartilhada decidiram-se aprontar para ir até ao outro lado da ilha, decidiram ir a
cavalo, aproveitando a situação Andaluz iria para dar as aulas adequadas ao Peter de
hipismo, já que este nunca tinha visto um cavalo antes ou sequer ter tocado num. Ao
chegarem ao estábulo fica maravilhado com o que vê, existiam quatro cavalos de raças
diferentes, Andaluz explica que o primeiro é da raça Appaloosa sendo verdadeiramente
musculado e muito corredor, parece um floco de neve, com uma cor branca linda e pura,
os restantes são da raça Clydesdale, originários do norte, sendo também ativos e fortes,
de temperamento equilibrados. Ele escolhe Appaloosa para a sua primeira lição, e os dois
partem a trote como se fossem dois fidalgos respeitados da nação bem aparentados, um
típico casal de sangue azul seguro e cordial, transmitindo amor no olhar e carinho no
tocar.
Peter avista o pai a cortar lenha junto da casa, apressou-se a saltar do cavalo e
ajudou Andaluz a descer do seu cavalo. O pai de Peter ficou surpreso ao avistar o filho
acompanhado por uma “bella donna” e vai ter com eles, Peter dá um beijo ao pai pergunta-
lhe se está tudo bem, enquanto este olha com admiração para Andaluz, o qual é recebida
com uma vénia por parte do mesmo, e Peter faz as devidas apresentações e conta tudo o
que se passou e os planos que o casal tem para o futuro. Ofereceu-lhes um café e
convidou-os a entrar na sua pacata casa.
À mesa Andaluz contou-lhe toda a sua história, realçando que se tinha tornado cristã há
pouco tempo e ter-se liberto de todas as suas feridas e orgulho do passado, estando com
um espirito leve e em paz. Lean conta-lhe que outrora tinha feito escolhas erradas na sua
vida, e que por isso vivia com remorsos e tinha abandonado há muito a magia negra, pois
era aniquiladora voraz de famílias e de lares, até o próprio sofre as consequências do que
semeou…e vivia isolado com vergonha dos seus feitos.
Andaluz ficou emocionada ao ver a tristeza estampada no rosto daquele senhor, e revela-
lhe que o segredo para acabar com a sua dor era seguir uma nova doutrina cristã, abraçar
a causa do amor e de ajuda humanitária. E de seguida abraça-o num gesto de profundo
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afeto, o qual agradece num choro compulsivo, pois sentia falta de um gesto assim tão
profundo, há muito tempo que não o recebia….E agradece-o de forma fraterna com um
beijo na mão de Andaluz.
Por último, parabeniza a decisão dos dois e dá a respetiva bênção, facultando a ajuda que
for precisa e aceita ser anfitrião da mesma. Mas lembra-lhes que sendo seguidores da luz
branca teriam como inimigo atroz o rei da escuridão (o feiticeiro gelo), que teriam que
travar uma luz espiritual com o mesmo, e vencê-lo com amor messiânico.
Andaluz sabia disso, mas também conhecia os segredos do feiticeiro, sendo possível
desarmá-lo com as escrituras divinas.
Desafiou “Peter ” a estudar a bíblia com ela e a fazer jejuns e cultos ao Deus do altíssimo,
de forma a ganhar a sabedoria para combater o mal. Seriam o “Casal Luz” contra as trevas
taciturnas que assolavam os dias sem arco iris na região, pois há mais de cem anos que o
arco iris tinha adormecido, e ninguém poderia deslumbrá-lo devido a um surto de
bruxaria. Começaram nesse mesmo dia a orar, e aceitou ser batizado por “Joy” no mar
Báltico, aceitando Jesus como seu único senhorio e domínio próprio em seu coração
(comendador primário). Tornaram-se juízes do bem na ilha e ministros dos cultos cristãos,
davam aulas aos que queriam conhecer e entregar sobretudo o seu coração e a sua vida a
Cristo. A sua fé movia milhares, era como uma lamparina acesa diante da tríade maligna,
composta pelas principais potestades dominadoras, ou seja, os espíritos malignos, as
forças espirituais do mal que assolavam e assombravam qualquer ser vivente, eram como
um nevoeiro tóxico assassino, “estuprador” de corações puros ou de qualquer tipo de
essência benevolente. Salteadores natos, oportunistas, com visão raio-X, peritos em
detetar cantos escuros nos corações para os poderem invadir e espargir todo o tipo de
“escaravelhos roedores de alma” que sugam a energia ou como percevejos avassaladores
que “regurgitam” ácido nas vagens e sementes do interior. Como exército negro tinham
como principal missão corromper tudo o que era sadio e luz, à mínima brecha: fontes de
rios poluídos, insalubres, como as mágoas, os desânimos, a soberba, a hipocrisia, a inveja,
o comodismo, o medo, etc, atacavam sem darem qualquer tipo de espaço à penitência,
roedores selvagens” não magnânimos”, comiam os frutos das árvores de época,
assolavam a boa semente, construindo fortes de resistência, de abafo de qualquer “raio de
sol” da transparência, da fidelidade cristã, da autonomia sagrada, da capacidade sensitiva,
da gentileza inata. Ai desses “bifurcadores” de almas! Que comiam as réstias das sagradas
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escrituras nos corações, teriam um fim triste! Teriam que se ajoelhar perante o Criador na
decisão final, e arrastados para o velório das chamas infernais que só oferecem dores em
vez de alegrias, só dão pranto onde não há meio-dia, ou qualquer tipo de luz digna, serão
eternas as amarras do inferno como chagas proliferantes que arrebatam com qualquer som
em uníssono ou qualquer socorro abafado por entre restos de ossários ocos, desventrados,
poluídos com a secura de gratidão e da altivez desmembrada, tornaram-se escravos da sua
própria soberba, achavam-se donos de qualquer tipo de conveniência arbitrária
existencial, e no fim exalam cantos de tristeza amargos como fel, mas o arrependimento
nestes casos chega sempre tarde, já a dor avassala, entranha-se sem qualquer tipo de
defesa física ou contorno intelectual, como chaga intrépida, que faz casa em bocas carnais
e nos seus sons de petulância interior que só espalham desamor invés de encantos, e
perturbam os leigos com os seus fingimentos que mais não são esquemas escuros
mesquinhos com redundâncias e de infinita dor… Esqueciam-se que não eram donos de
nada e que Deus já lhes tinha o destino traçado, esses vis são sempre apanhados nas
armadilhas que traçam e caso não se arrependessem a tempo e solicitassem a misericórdia
consoladora são postos na montra dos falsos e dos pecadores, como retrato dos amargos
que não tem futuro, nem riso pela manhã dourada…
O discipulado da sua amiga “Joy” consistia no derrotar destas forças do mal, pois ela
sabia no fundo do seu coração que restava pouco tempo, seriam os últimos dias da
consolação, do arrependimento verdadeiro, do abandono sincero das más obras, da
dissolução completa do ódio ao próximo e do abandono dos vícios carnais para poderem
caírem na verdadeira graça eterna… Caso contrário, os buracos negros internos dariam
lugar a mazelas físicas e a perturbações mentais, seriam tal como “zombis”, “cisternas”
de amargura e empatia, precários no seu sentir e no seu fazer… depositantes de angústia
arrogante e simpatizante do terror que dilacera e não cicatriza… seriam inundados pela
loucura, pela insensatez primária, onde só reagem para satisfação das necessidades
básicas…ligados ao concreto, sem sede de nada, estigmatários da razão e do desejo sem
vazão.
O portal da graça iria encerrar-se em breve, e já haviam indícios disso: existiam
muitos endemoninhados na ilha, que se isolavam em grutas, não conseguiam conviver em
paz, que ansiavam a cura, e se chegavam a ela implorando pelo apaziguamento das suas
mentes barulhentas, inundadas de pensamentos maus e de confusão mental… E ela na sua
vida de missionária fazia de tudo e pedia a Deus sabedoria para operar contra as raízes do
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mal, conseguindo curar muitas mazelas dos doentes que lhe chegavam à igreja e expulsar
demónios em nome de Jesus Cristo. Sabia que para Deus nada é ilusório ou inexequível,
bastava crer, a fé movia montanhas, conseguia por andar os paralíticos de nascença, e a
curar pessoas com surdez e mudez ou com qualquer tipo de anomalia física, bastava tocar
nos enfermos para eles se curarem com a unção do espirito santo.
Construíram com a restante fortuna de Andaluz um orfanato para apadrinhar todos
os órfãos, crianças, jovens e idosos combalidos pela vida, onde podiam ser restaurados e
“modificados” à imagem e semelhança de Cristo, tratados com respeito e carinho como
mereciam, muitos deles tornaram-se pescadores de homens que brilhavam nas trevas,
traziam as boas novas, mensageiros do bem e do Amor Ágape, médicos do consciente
magoado e das mentes atribuladas, e tal como os seus professores executavam milagres,
eram os magistrados ou vassalos do verdadeiro rei: Cristo. Nómadas, chegavam às regiões
onde havia incredulidade, no “trono” das bruxarias e as feitiçarias, e libertavam com uma
só palavra, com um só toque nas vestes em nome do espirito santo.
A sua sementeira de cada dia dava frutos, as forças do mal não tinham qualquer tipo de
resistência eficaz à palavra de Cristo, o exercito do inferno perdia as suas forças, não
podiam mais sugar a energia dos corações sujos, pois foram todos restaurados em nome
de Cristo, para o servirem verdadeiramente e genuinamente, o feiticeiro do gelo iria
perder o seu solo, o seu poderio, já não conseguia manipular ou enfeitiçar os seus peões
com as suas artimanhas e dissimulações… A sua comitiva de militares do mal converteu-
se em segredo no anonimato a Jesus Cristo e todas as noites se reuniam em oração numa
gruta secreta onde podiam adorar e cultuar a Cristo, onde também havia lugar a batismos
e a novas conversões. E em segredo planearam a prisão do mestre das trevas e o saque
das coisas impuras, dos instrumentos do mal, todos estes foram lançados à fogueira,
restituíram a paz na região e exilaram o Grão-Mestre do mal nas Ilhas Desertas da
Madeira, teria tempo e espaço para refletir sobre as suas ações e planos maquiavélicos e
pela malvadez das suas atitudes…De forma a arrepender-se e a humilhar-se perante
Cristo. Este usurpador de almas já não teria mais poder, o seu elixir mesquinho dissipou-
se, a abominação intrometediça da sua boca desfalecera… Viu-se obrigado a entregar de
“mão-beijada” os seus palácios e as suas riquezas mundanas para serviço do povo e da
paz. Amedrontado agora pedia pela sua vida vezes sem conta, ajoelhando-se e beijando
os pés dos seus outrora escravos… Destituído de qualquer tipo de poder, seja monetário,
social, profano ou segregativo. O monarca do prazer foi obrigado a renunciar totalmente
Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018
13
ao sibarismo, e a submeter-se ao Deus cristão, teria que servi-lo de agora adiante sem
qualquer senão… Despojado da sua soberba infernal tornou-se nova criatura em Cristo,
as suas mãos tomam o lápis para escrever planos de luz e não mais de inferno, manuscritos
da Ordem de Cristo e louvores ao verdadeiro Rei imperial e universal: Cristo. Traçará
canções de glória e louvores ao rei dos Céus, será batizado com um novo nome: Eterno
Servidor de Yeshua (Jesus). Todos os seus cânticos são entoados pelos anjos e pela plebe
em consonância com a majestade de “Cristo”: “O bem vence sempre o mal!” As almas
deturpadas e negras foram tocadas pelo espirito santo e convertidas para o bem comum:
servos de sacerdócio puro e imaculado em detrimento da sua “auto-concretização e auto-
vanglória mundana”
“Nada é impossível para Deus! A sua fé move montanhas! Haverá o tempo em que os
ricos vão dar as suas fortunas aos pobres, haverá o tempo que ”qualquer lágrima será
enxuta, não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porquanto a antiga
ordem está encerrada!” Onde se exalam “rios de alegria” e de amor, a lei será da
repartição do “pão” com os excluídos, com os rejeitados, e os desamparados da sociedade
e os aposentos serão usufruídos pelos forasteiros, com outros credos ou nação, estes serão
bem recebidos, caso procurem proteção e “afago” para a sua alma…
Não serão produzidas mais ferramentas de ódio e de opressão dos mais fracos que
contaminam a sociedade e a inundam de pecado… Os palácios e palacetes serão albergues
dos forasteiros mais necessitados, daqueles que fogem da guerra, da perseguição
religiosa, e dos abusos psicológicos e físicos…
Será formado um “Exército da luz Branca Espiritual” que dissolvia o exército das trevas
com uma só oração a Deus, fieis combatentes contra a corrupção e exploração dos mais
pobres e inocentes…Com uma só palavra de reverência cristã, o anjo do senhor entra no
acampamento do in imigo e aniquila qualquer profecia falsa de dor, de mentira, de cobiça,
de hipocrisia, de inveja, de soberba, de luxuria e dilacera a falsa sementeira.
No solo só irá brotar a semente do verdadeiro Amor de Deus, a eleita de Cristo, como já
teria sido escrito no livro da vida. O reinado dos falsos profetas vai cessar! Esses vis
ressemeiam o pranto e a fome de amor! Nos montes e nos céus ecoa-se o verso de glória:
“Não por nós Senhor! Não por nós! Mas para Glória do teu Nome! (Nom Nobis Domine,
Non Nobis, Sed Nomiti tuo ad Glorium!)”, tal como um “casamento das igrejas”, uma
Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018
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cerimónia de consagração dos membros de Cristo, em que os mesmos fizeram votos de
pobreza pessoal, obediência e castidade.
O diário secreto das duas amigas fora publicado e acessível a qualquer cidadão
deste “Novo Mundo” ou aos forasteiros para consulta grátis e não coartativa. Tal como
um “instrumento” de Amor, e de implantação das sementes do Reino de Cristo, ensinado
nas escolas e nas universidades como apologia ideal da paz e de conversão de novos
elementos ao reino de Deus. E Desta forma implantou-se a paz, a misericórdia e a gratidão
a Deus, não existiam mais almas presas ao passado de dor e à tirania atroz demoníaca do
anjo do inferno chamado tentação.

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Servos da luz

  • 1. Sinopse Esta narrativa é uma obra vinda do coração, com o intuito de oferecer ao leitor a “chave” para alcançar a vitória e a verdadeira felicidade. Pois, o lema é enaltecer Deus e o seu filho Yeshua (Jesus Cristo), só a partir da sua aceitação como guardador e redentor nas nossas vidas é que alcançamos a alegria eterna que não é ilusório, ele é o verdadeiro alimento para a alma. É pela sua sabedoria e não pela nossa! É pela obediência a Cristo e não pela obediência mundana aos instintos carnais! Que seremos algo para além de sermos simples transeuntes do tempo e do espaço e “visitantes do universo”… Ele é o verdadeiro guardião do coração, luz para a alma, tira os restos de lama num coração quebrado pelas “ventanias” da vida, basta a sujeição à sua palavra ao seu senhorio, como único Rei do nosso ser … Não basta atuar só na “soleira da porta” temos que ser com ele, sujeitar o nosso percurso existencial a ele, e fazê-lo “marujo das nossas águas” sem receio ou temor dos oponentes, nada é impossível para ele, basta acreditar, mesmo sem ver ou tocar, ele alinha as veredas na direção da salvação apesar de todo o “calvário”, de toda a frustração, de toda angústia, ou irritação… O poço de lama onde podemos estar é purificado só pelo chamamento do seu nome, ele glorifica o fraco e o desprezado, ele dá cura ao paralítico e ao cego, ele restaura e ressuscita os mortos… Não há barreiras para “ELE”! Basta tocar nas ordas das suas vestes para sermos curados e purificados. Todavia, somos seres complexos, consignados à realidade que mentalizamos e formatamos e esquecemo-nos que ele é que traça os destinos e os caminhos basta procura- lo e o acharemos…
  • 2. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 2 Havia um fumo que antecipava sobre uma ilha que se chamava fantasia…Junto ao mar Báltico, envolta numa montanha bifurcada e transparente, fazia de cama ao sol nascente, nela habitava uma mulher de grandes cabelos negros aquém davam o nome de Johanna, “A brisa do Norte”, de olhos castanho amêndoas brilhantes, pequenas safiras, portais de uma alma encolhida, escondida, esquiva mas apaziguante. Diz a lenda que ela descendia de uma tribo das Pérolas do Báltico. Os da tribo desvaleceram devido ao nevão ártico que assolou a região e não tendo Deus como fé alguns desfaleceram e foram mortos, Deus espalhou-se como um relampado sem hora de chegada numa noite fria, só os corações mais dignos e humildes, puros no seu querer foram poupados. Johanna ou “Joy” (“A brisa do Norte”) como a mãe lhe chamava escondeu-se do fantasma da morte sob o abrigo de Deus, pediu-lhe misericórdia, que lhe foi concedida. Permaneceu escondida, longe da vista do fantasma da morte enviado pelo chefe “Lean”, da tribo da Ilha Branca para lá do rio “Amber”, O chefe “Lean” era conhecido como o rei do escuro, que fazia magia negra para amedrontar qualquer um que se atravessasse no seu caminho. Todos os temiam, e não se atreviam a levantar-lhe a voz ou a rebelarem-se contra os seus atos de crueldade, desconhecia qualquer tipo de carinho. Órfão de pais, um velho ancião da região que o encontrou incumbiu-se de cuidar do mesmo sob uma autoridade disciplinar e desprovida de mimo ou de qualquer tipo de amor solidário. Mais tarde o seu filho Peter sofria com isto, isolava-se, tinha medo das pessoas, e tinha dificuldades em fazer amizades com as crianças da sua idade. Preferia brincar sozinho, mas tinha um amigo especial, o seu cão rocky, que o protegia contra as feras no “bosque do torpedo”. Era o seu “faroleiro” nas noites frias e escuras, quando se perdia nos seus passeios de tarde pela densa vegetação, o seu fiel amigo o guiava com segurança ao caminho certo de regresso a casa, dava-lhe calor nos dias mais frios, nos dias despidos de coragem ou de sentimentos, ia buscar as forças nele para prosseguir com a sua árdua e fantástica viagem, cheia de armadilhas e teias contruídas à sua imagem pela aranha demoníaca “Dimeter” que vivia numa caverna a leste isolada sobre a montanha firme e pesada que ninguém se atrevia a visitar ou nadar em seu redor, eram dias de paz, apesar da avareza do tempo cinzento carregado e isento da voz doce da mãe que lhe cantava
  • 3. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 3 desde a descoberta do feto, para acalmar nos momentos em que sabia que o marido a enganava e se refugiava no álcool, devido aos maus tratos que recebia no passado por parte dos amigos, porque tinha uma estatura franzida, esguia e desamparada, servindo de saco de frustração dos mais velhos que dominavam a partir do medo e da segregação. Num desses dias que se refugiava no bosque com a fiel companhia do seu cão, conheceu Johanna que apanhava sozinha frutos do bosque e acácias, flores ricas, frondosas, reflexos e componentes de uma verdadeira coroa sumptuosa, parecida com a Coroa de Cristo, feita de espinhos de acácia (lembrava-se ela). Para Johanna a verdadeira riqueza jaz na simplicidade e na genuína essência de cada ser. Ficaram imediatamente amigos e íntimos nos seus segredos e preocupações. Ela era antecessora de Rosamund da família de Clifford de Inglaterra, a rosa do Rei Henrique II, que viria a mudar o destino de Inglaterra. A coroa de Acácias realçavam os seus olhos verdes de nostalgia pura, isentos de qualquer ressentimento ou caprichos impuros de certezas completas efémeras, não reais mas triviais. Distraído a deslumbrar as flores do bosque, e quais haveria de apanhar para colocar no jazigo da sua mãe: existiam açucenas brancas (flor de Lis), as preferidas por simbolizar a pureza do bosque e rosas de pasto. No bosque existia uma feiticeira morena de longos cabelos negros que se chamava Andaluz, que foi traída e abandonada pelo seu amado “o príncipe do sul”. Por isso caiu em amargura, o que fez com que ficasse com um sinal em forma de cruz nas costas, como um estigma se tratasse, até conseguir “nascer de novo” e livrar-se dos espíritos: “soberba”, “amargura”, “inveja”, “opressão” e “ciúmes”, pois a sua alma estava impura (cheia de trevas). Executava maldições sem sucesso e todo o tipo de feitiços às almas que invejava e que achava puras ou que ousassem entrar no seu território, mas sem sucesso, Deus tinha-lhe destituído o poder que outrora possuía, pois os dons devem ser realizados ao serviço e glorificação de Deus e não para a maldade. Todavia, num desses dias Johanna entrou de forma inocente no seu território de domínio, mas a feiticeira já estava preparada para este tipo de acontecimento, pois possuía uma bola de cristal mágica submetida ao poder das trevas, que consultava diariamente apesar de estar a desobedecer o seu pai eterno que em sonhos já lhe tinha avisado e
  • 4. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 4 demonstrado qual o preço da desobediência e o que acontece a quem segue comportamentos errantes e não se submete à luz branca da paz. Numa atitude fulgurante de fúria atrelou o seu cavalo e o preparou para chegar à intrusa e assombra-la com o que restava do seu poder maquiavélico, mas enganou-se, Deus já tinha planeado a situação muito antes da sua ira dar lugar à frustração. Ao chegar ao local, desce com toda a fúria do seu cavalo, fazendo que com este assustado fuja dela para bem longe a alta velocidade, levantando em consonância com o trote uma coluna de pó e de areia. Ainda mais irritada, parte decidida até encontrar a menina invasora do seu reino. Dá passos de mansinho para podê-la surpreende-la, vê que a mesma estava a colher as suas flores (lírios brancos). E Pensa para si: “mas que “rebeldaria” é esta! Mas como se atreve a isto a colher algo que é meu!” Entretanto Johanna sente que existe alguém a vigiá-la e ao virar-se dá de caras com a feiticeira, e fica pálida de susto, até o corpo reage a este imprevisto assustador: quase desmaia de medo e fica paralisada. Até que ganha forças para se recompor e atreve-se a falar e a olhar diretamente para aqueles olhos carregados de chamas fulgurantes e de fúria reprimida (assolada ainda com gaguez, devido a dificuldades respiratórias do momento): -Desculpe, mas não tinha reparado que estava aí! Eu chamo-me Johanna e você? Estava apanhar flores do bosque para oferecer aos pobres da aldeia…Tome, ofereço-lhe esta acácia amarela (símbolo da paz), é do quintal da igreja onde sou voluntária…” A feiticeira ficou “desarmada” com esta atitude de bondade e apanhada de surpresa, pois tinha perdido o contacto com pessoas, principalmente com as generosas durante muito tempo, responde-lhe com um ar “rastejante e abafado”: -Olá! Estou bem! E reitera num tom de voz agudo e “fininho”: -Como você se atreve a entrar no meu reino sem pedir autorização prévia e de envio registado!? Johanna responde com a sua amabilidade de sempre mesmo sentindo-se ofendida: -Desculpe! Não sabia que este território lhe pertence, como não existem fronteiras demarcadas sem querer avancei mais para oeste, caso contrário teria pedido atempadamente a devida autorização para o efeito! Num tom de coragem, Johanna toma coragem e coloca-lhe a questão: -Podemos ser amigas? Fico tão feliz por conhecer uma senhora da monarquia tão bela e elegante, e que por acaso até é minha vizinha com gostos muitos glamorosos ao nível da indumentária e tudo! Desculpe a curiosidade, mas posso-lhe colocar-lhe uma questão? “
  • 5. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 5 A feiticeira responde-lhe: -Sim, prossiga e obrigada pela sinceridade (as faces da feiticeira que eram gélidas ficaram ruborizadas, e ganharam cor e vida). Johanna pergunta-lhe: -É de que nacionalidade? Francesa? Andaluz esboça um sorriso incontrolável, há muito tempo que não se sentia assim…e responde: -Sou Eslovena! Pertenço a uma dinastia real, possuo sangue azul menina! Johanna sorri e pergunta-lhe de forma impetuosa: -Podemos ser amigas? Fico tão feliz por conhecer uma senhora tão bem parecida e ainda por cima vive ao pé de mim, podei- me dar dicas de moda e de boas maneiras eslovenas! Agrada-lhe esta ideia? Andaluz estava farta de viver nas “darkness lines” do seu âmago e decidiu arriscar, respondendo: -Aceito, vou-lhe dar um voto de confiança! E comprometeram-se com um beijo na cara a entreajudarem-se e serem amigas eternas independentemente dos acontecimentos ou dos “incestos” da vida. Convidou-a a tomar chá na sua casa, e a Johanna aceitou prontamente, e foram a pé de mãos dadas seguindo o seu destino e falando sobre as vicissitudes da vida, sendo o momento catártico para Andaluz porque pode finalmente aliviar-se da dor do seu coração. Joahanna apresentou-lhe uma solução para a sua tormenta ou desvalorização: converter- se de corpo e alma a Cristo! Pois ele é o único amor eterno que lhe subsiste! Andaluz mostrou-se surpresa com a sugestão e desejava intensamente saber quem era Cristo e qual o seu papel no Mundo. E Joahanna sendo o poço da amabilidade e de paciência contou-lhe e respondeu-lhe sobre todas as questões que tinha, até ofereceu-lhe uma bíblia de bolso com que andava sempre com ela e lia sempre na floresta ao som dos passarinhos… Andaluz ao ouvir tais feitos e histórias verdadeiras de amor ágape e puro da vida, ganhou uma nova luz no olhar e decidiu prontamente converter-se ao cristianismo, e ser batizada logo naquele dia nas águas do lago da sua moradia por Joahanna e fazer o compromisso de abandonar totalmente as trevas e tudo o que elas acarretam (maledicência (murmuração), vícios, espirito de vingança, ciúmes, inveja, rebeldia, ódio, a execução de maldições, o lançamento de pragas alheias, aprendizagem do obscuro e da sorte dos anjos negros do mal (incluindo o abandono total das práticas de adivinhação e de mediunidade), etc). Assim como, prometeu que só iria dedicar culto a um só Deus (ao Deus Cristão), o
  • 6. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 6 único digno de adoração, só ele pode receber louvores e o unigênito Filho de Deus (Cristo). Tornaram-se grandes amigas, liam a bíblia juntas e reuniam-se na igreja todas semanas nos cultos e no auxílio aos pobres: cozinhavam sopa e costuravam vestidos e fatos para a sua missão de envangelização junto dos oprimidos e dos excluídos da sociedade, a fim de colmatar esta “sede” universal por Cristo, a partir de doação de afeto, de sabedoria, de alimento, mediante a vontade e à semelhança do Messias enquanto andou a pregar na Terra. Eram verdadeiramente irmãs não de sangue mas de afeto e de fé. Mas no seu íntimo Andaluz sabia que as trevas não cessariam por ali na ilha, pois morava lá na escuridão de uma gruta um feiticeiro atroz, medonho, egoísta, amargura em pessoa, invejoso de qualquer beleza natural ou “espontaneidade natural”, e conspirava em segredo a morte dos seguidores de Cristo, ela sabia que tinha que fazer algo em relação a isto! Seria um plano de genocídio à escala global, caso não interviesse! Joahnna reparou que a angústia elanguescia o rosto de Andaluz subitamente, e ficou preocupada, lançando a pergunta: -Estás bem? O teu semblante mudou! Andaluz explicou-lhe a situação, Joahanna ficou pálida e reforçou: -Já devias ter-me contado há mais tempo! Vamos orar, fazer jejum, e pedir sabedoria e espirito de revelação a Deus para sermos guiadas no caminho do Amor na “oclusão” das trevas e das suas potestades. Este feiticeiro do gelo como era conhecido já tinha feito muitas vítimas e teria que ser bloqueado pelo poder da luz branca do amor (luz de Cristo). Comprometeram-se todos os dias as duas a escrever no seu diário secreto linhas de orientação divinas concedidas pelo Pai eterno (Deus) sem nada a temer, pois sabiam que quem tem Deus no seu coração nada lhes acontece, recitavam várias vezes este versículo, de forma a interiorizá-lo: -“Se Deus é com Jó, quem será contra ele!?”. O mesmo se sucede para estas duas mulheres de fé, não seriam abaladas nem atentadas pelas hostes espirituais da maldade…Uma ditadura atroz que condenava milhares de almas ao poço do fogo perpétuo que não se esgota mas queima de forma eterna sem queimar, dilacerante no seu tocar e ardente Forjaz. A ditadura assolava e fazia almas cativas…O diário estava encerrado a sete chaves diferentes e únicas no Mundo, e só poderia ser aberto sob o toque de um coração puro e na identificação da voz das verdadeiras "indeléveis".
  • 7. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 7 Num desses dias, numa tarde solarenga de solstício no bosque, as duas divertiam- se a tentar apanhar joaninhas, sem as matar, pois tinham compaixão por qualquer ser terrestre. Peter andava por perto a passear com o seu cão rocky e ouvia de longe os seus sorrisinhos doces, pareciam vindos do fundo do bosque, pareciam cânticos de amor entoados pela natureza em seu redor, apressou-se então a segui-los com cautela pois não sabia o que lhe esperava. Ao chegar não é para seu espanto que avista a sua amiga Johanna (a sua amiga do outro lado da ilha), radiante e apressadamente dirige-se a ela esboçando um grande sorriso nem reparando que esta tinha companhia, cumprimenta-a com grande abraço e pergunta-lhe: -Como estás? Esta responde que está bem, até que avista Andaluz, ficou atônico com tamanha beleza e ao mesmo tempo da sua fragilidade, nem conseguiu proferir palavra alguma, Joahnna apercebeu-se da sua “cristalização” e fez a devida apresentação como mandam as boas maneiras. Os olhos de ambos brilhavam radiantes como pequenas safiras ao contemplarem-se um ao outro, foi paixão à primeira vista! Andaluz um pouco atordoada e trémula face àquela visão, questiona-os num tom afligido: -Querem vir lanchar a minha casa?” Os dois respondem com um grande: -Sim! e foram em direção à moradia da mesma, ao chegarem Peter ficou deslumbrado com o que via, com as divisões luxuosas, com os ornamentos de oiro, as telas barrocas e renascentistas, com loiça e porcelanas das mais clássicas e ricas, etc. Nunca tinha visto tanta variedade de comida digno de um banquete senhorial: Nozes, alfarrobas, castanhas, azeitonas, biscoitos de flor de laranja, pastéis de leite e pão de ló, farteis (feitos à base de mel), um grande cardápio de frutas à disposição e chá de gengibre para apaziguar a acidez do estômago. Maravilhado agradeceu a pompa da circunstância e num gesto inesperado pegou a mão de Andaluz e beijou-a com carinho, esta ainda atordoada com o gesto agradeceu envergonhada e perguntou-lhe se desejava pernoitar na casa dela, visto que a hora já era tarde… Este aceitou, fervoroso e lembrou-se que possuía no saco um ramo de rosas vermelhas que tinha apanhado na terra em redor da moradia, iria presentear Andaluz com as rosas, aproximou-se dela e disse-lhe: -Não fiquei indiferente à tua beleza e ao teu sorriso! Estou encantado! Queres namorar comigo?. Andaluz quase sem palavras aceitou prontamente e foi invadida por lágrimas trapaceiras. Os dois fizeram um voto que no
  • 8. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 8 futuro se iriam casar, selado com um beijo, e que Joahanna seria a sua madrinha de casamento, esta aceitou prontamente, ficou eufórica com a felicidade e amor dos dois, e ofereceu-lhes dois anéis de compromissos feitos com a pura seda dos bichos-da-seda do bosque como simbolismo do compromisso de ambos. Peter não dormiu a noite toda, o colchão era de lã pura e como estava habituado a dormir no chão e na terra, o seu corpo estava a estranhar esta “delicadeza” toda, mas para além disto era a sua inquietação feliz de imaginar como seria a sua vida daqui para a frente ao lado da sua formosa Andaluz, e estava a preparar mentalmente o discursos de apresentação da mesma ao seu pai, sentindo um conforto “mágico” no seu coração e uma felicidade sem descrição. Estava em êxtase! O sol já espreitava na janela veneziana do seu quarto, decidiu levantar-se num gesto abrupto que até perdeu os sentidos por momentos, foi aos aposentos de Andaluz, e viu-a tão serena como uma boneca de porcelana, desejou beijá-la na boca, mas tinha medo de assustá-la por isso afagou-lhe o rosto com uma festinha. Esta acordou atarantada, pois estava a sonhar no seu auge, sonhava muito ultimamente, principalmente com gigantes ferozes, o dessa noite não era exceção, tinha sonhado que fazia parte de uma tripulação de uma nau templária que rumava à terra santa (Jerusalém), mas no caminho foram interrompidos por um ser estranho em forma de uma tempestade ventosa, mas que ao se deparar com a beleza de Andaluz ficou paralisado e fugiu para trás do rochedo da Vida, isolando-se com medo e proferindo: -Têm livre passe para passar e descobrir as terras prometidas para lá do atlântico! Não quero deparar-me nem que seja por segundos novamente com a beleza feminina da vossa tripulação! Tenho pavor a mulheres e ao que elas me causam, são só dissabores de alma em forma de favos de mel! Os meus ventos irão vos levar a bom porto seguro e ninguém poderá assombra-los durante a viagem! Não me ocupem mais! Prossigam sem olhar para trás! E este desaparece subitamente para o fundo do oceano a chorar das amarguras da vida, onde viria hibernar até que fosse chamado pelo seu dono (“ Deus Cristão). Até que esta foi acordada pelo seu amado e confusa e assustada dá um pulo da cama, mas depressa se recompõe quando vê Peter e fica confortada com a sua presença. Dá-lhe um grande afago na cabeça entrelaçando os seus cabelos negros fortes, este diz-lhe bom dia e pergunta se dormiu bem, ela afirma com um sorriso sincero e delicado e confidencia- lhe o seu sonho ansiosa por não perceber o seu significado, Peter apazigua-a referindo
  • 9. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 9 que normalmente os gigantes significam novos desafios, mas que se na verdade ocorrerem ele está lá sempre ao seu lado para confrontá-los sem medo, deixando-a mais sossegada. Peter lançou-lhe o seguinte desafio: -Queres ir conhecer o meu pai? E contar-lhe acerca do nosso voto? Andaluz responde: -Claro que sim! Estou desejosa de conhecê-lo! Ao final da refeição compartilhada decidiram-se aprontar para ir até ao outro lado da ilha, decidiram ir a cavalo, aproveitando a situação Andaluz iria para dar as aulas adequadas ao Peter de hipismo, já que este nunca tinha visto um cavalo antes ou sequer ter tocado num. Ao chegarem ao estábulo fica maravilhado com o que vê, existiam quatro cavalos de raças diferentes, Andaluz explica que o primeiro é da raça Appaloosa sendo verdadeiramente musculado e muito corredor, parece um floco de neve, com uma cor branca linda e pura, os restantes são da raça Clydesdale, originários do norte, sendo também ativos e fortes, de temperamento equilibrados. Ele escolhe Appaloosa para a sua primeira lição, e os dois partem a trote como se fossem dois fidalgos respeitados da nação bem aparentados, um típico casal de sangue azul seguro e cordial, transmitindo amor no olhar e carinho no tocar. Peter avista o pai a cortar lenha junto da casa, apressou-se a saltar do cavalo e ajudou Andaluz a descer do seu cavalo. O pai de Peter ficou surpreso ao avistar o filho acompanhado por uma “bella donna” e vai ter com eles, Peter dá um beijo ao pai pergunta- lhe se está tudo bem, enquanto este olha com admiração para Andaluz, o qual é recebida com uma vénia por parte do mesmo, e Peter faz as devidas apresentações e conta tudo o que se passou e os planos que o casal tem para o futuro. Ofereceu-lhes um café e convidou-os a entrar na sua pacata casa. À mesa Andaluz contou-lhe toda a sua história, realçando que se tinha tornado cristã há pouco tempo e ter-se liberto de todas as suas feridas e orgulho do passado, estando com um espirito leve e em paz. Lean conta-lhe que outrora tinha feito escolhas erradas na sua vida, e que por isso vivia com remorsos e tinha abandonado há muito a magia negra, pois era aniquiladora voraz de famílias e de lares, até o próprio sofre as consequências do que semeou…e vivia isolado com vergonha dos seus feitos. Andaluz ficou emocionada ao ver a tristeza estampada no rosto daquele senhor, e revela- lhe que o segredo para acabar com a sua dor era seguir uma nova doutrina cristã, abraçar a causa do amor e de ajuda humanitária. E de seguida abraça-o num gesto de profundo
  • 10. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 10 afeto, o qual agradece num choro compulsivo, pois sentia falta de um gesto assim tão profundo, há muito tempo que não o recebia….E agradece-o de forma fraterna com um beijo na mão de Andaluz. Por último, parabeniza a decisão dos dois e dá a respetiva bênção, facultando a ajuda que for precisa e aceita ser anfitrião da mesma. Mas lembra-lhes que sendo seguidores da luz branca teriam como inimigo atroz o rei da escuridão (o feiticeiro gelo), que teriam que travar uma luz espiritual com o mesmo, e vencê-lo com amor messiânico. Andaluz sabia disso, mas também conhecia os segredos do feiticeiro, sendo possível desarmá-lo com as escrituras divinas. Desafiou “Peter ” a estudar a bíblia com ela e a fazer jejuns e cultos ao Deus do altíssimo, de forma a ganhar a sabedoria para combater o mal. Seriam o “Casal Luz” contra as trevas taciturnas que assolavam os dias sem arco iris na região, pois há mais de cem anos que o arco iris tinha adormecido, e ninguém poderia deslumbrá-lo devido a um surto de bruxaria. Começaram nesse mesmo dia a orar, e aceitou ser batizado por “Joy” no mar Báltico, aceitando Jesus como seu único senhorio e domínio próprio em seu coração (comendador primário). Tornaram-se juízes do bem na ilha e ministros dos cultos cristãos, davam aulas aos que queriam conhecer e entregar sobretudo o seu coração e a sua vida a Cristo. A sua fé movia milhares, era como uma lamparina acesa diante da tríade maligna, composta pelas principais potestades dominadoras, ou seja, os espíritos malignos, as forças espirituais do mal que assolavam e assombravam qualquer ser vivente, eram como um nevoeiro tóxico assassino, “estuprador” de corações puros ou de qualquer tipo de essência benevolente. Salteadores natos, oportunistas, com visão raio-X, peritos em detetar cantos escuros nos corações para os poderem invadir e espargir todo o tipo de “escaravelhos roedores de alma” que sugam a energia ou como percevejos avassaladores que “regurgitam” ácido nas vagens e sementes do interior. Como exército negro tinham como principal missão corromper tudo o que era sadio e luz, à mínima brecha: fontes de rios poluídos, insalubres, como as mágoas, os desânimos, a soberba, a hipocrisia, a inveja, o comodismo, o medo, etc, atacavam sem darem qualquer tipo de espaço à penitência, roedores selvagens” não magnânimos”, comiam os frutos das árvores de época, assolavam a boa semente, construindo fortes de resistência, de abafo de qualquer “raio de sol” da transparência, da fidelidade cristã, da autonomia sagrada, da capacidade sensitiva, da gentileza inata. Ai desses “bifurcadores” de almas! Que comiam as réstias das sagradas
  • 11. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 11 escrituras nos corações, teriam um fim triste! Teriam que se ajoelhar perante o Criador na decisão final, e arrastados para o velório das chamas infernais que só oferecem dores em vez de alegrias, só dão pranto onde não há meio-dia, ou qualquer tipo de luz digna, serão eternas as amarras do inferno como chagas proliferantes que arrebatam com qualquer som em uníssono ou qualquer socorro abafado por entre restos de ossários ocos, desventrados, poluídos com a secura de gratidão e da altivez desmembrada, tornaram-se escravos da sua própria soberba, achavam-se donos de qualquer tipo de conveniência arbitrária existencial, e no fim exalam cantos de tristeza amargos como fel, mas o arrependimento nestes casos chega sempre tarde, já a dor avassala, entranha-se sem qualquer tipo de defesa física ou contorno intelectual, como chaga intrépida, que faz casa em bocas carnais e nos seus sons de petulância interior que só espalham desamor invés de encantos, e perturbam os leigos com os seus fingimentos que mais não são esquemas escuros mesquinhos com redundâncias e de infinita dor… Esqueciam-se que não eram donos de nada e que Deus já lhes tinha o destino traçado, esses vis são sempre apanhados nas armadilhas que traçam e caso não se arrependessem a tempo e solicitassem a misericórdia consoladora são postos na montra dos falsos e dos pecadores, como retrato dos amargos que não tem futuro, nem riso pela manhã dourada… O discipulado da sua amiga “Joy” consistia no derrotar destas forças do mal, pois ela sabia no fundo do seu coração que restava pouco tempo, seriam os últimos dias da consolação, do arrependimento verdadeiro, do abandono sincero das más obras, da dissolução completa do ódio ao próximo e do abandono dos vícios carnais para poderem caírem na verdadeira graça eterna… Caso contrário, os buracos negros internos dariam lugar a mazelas físicas e a perturbações mentais, seriam tal como “zombis”, “cisternas” de amargura e empatia, precários no seu sentir e no seu fazer… depositantes de angústia arrogante e simpatizante do terror que dilacera e não cicatriza… seriam inundados pela loucura, pela insensatez primária, onde só reagem para satisfação das necessidades básicas…ligados ao concreto, sem sede de nada, estigmatários da razão e do desejo sem vazão. O portal da graça iria encerrar-se em breve, e já haviam indícios disso: existiam muitos endemoninhados na ilha, que se isolavam em grutas, não conseguiam conviver em paz, que ansiavam a cura, e se chegavam a ela implorando pelo apaziguamento das suas mentes barulhentas, inundadas de pensamentos maus e de confusão mental… E ela na sua vida de missionária fazia de tudo e pedia a Deus sabedoria para operar contra as raízes do
  • 12. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 12 mal, conseguindo curar muitas mazelas dos doentes que lhe chegavam à igreja e expulsar demónios em nome de Jesus Cristo. Sabia que para Deus nada é ilusório ou inexequível, bastava crer, a fé movia montanhas, conseguia por andar os paralíticos de nascença, e a curar pessoas com surdez e mudez ou com qualquer tipo de anomalia física, bastava tocar nos enfermos para eles se curarem com a unção do espirito santo. Construíram com a restante fortuna de Andaluz um orfanato para apadrinhar todos os órfãos, crianças, jovens e idosos combalidos pela vida, onde podiam ser restaurados e “modificados” à imagem e semelhança de Cristo, tratados com respeito e carinho como mereciam, muitos deles tornaram-se pescadores de homens que brilhavam nas trevas, traziam as boas novas, mensageiros do bem e do Amor Ágape, médicos do consciente magoado e das mentes atribuladas, e tal como os seus professores executavam milagres, eram os magistrados ou vassalos do verdadeiro rei: Cristo. Nómadas, chegavam às regiões onde havia incredulidade, no “trono” das bruxarias e as feitiçarias, e libertavam com uma só palavra, com um só toque nas vestes em nome do espirito santo. A sua sementeira de cada dia dava frutos, as forças do mal não tinham qualquer tipo de resistência eficaz à palavra de Cristo, o exercito do inferno perdia as suas forças, não podiam mais sugar a energia dos corações sujos, pois foram todos restaurados em nome de Cristo, para o servirem verdadeiramente e genuinamente, o feiticeiro do gelo iria perder o seu solo, o seu poderio, já não conseguia manipular ou enfeitiçar os seus peões com as suas artimanhas e dissimulações… A sua comitiva de militares do mal converteu- se em segredo no anonimato a Jesus Cristo e todas as noites se reuniam em oração numa gruta secreta onde podiam adorar e cultuar a Cristo, onde também havia lugar a batismos e a novas conversões. E em segredo planearam a prisão do mestre das trevas e o saque das coisas impuras, dos instrumentos do mal, todos estes foram lançados à fogueira, restituíram a paz na região e exilaram o Grão-Mestre do mal nas Ilhas Desertas da Madeira, teria tempo e espaço para refletir sobre as suas ações e planos maquiavélicos e pela malvadez das suas atitudes…De forma a arrepender-se e a humilhar-se perante Cristo. Este usurpador de almas já não teria mais poder, o seu elixir mesquinho dissipou- se, a abominação intrometediça da sua boca desfalecera… Viu-se obrigado a entregar de “mão-beijada” os seus palácios e as suas riquezas mundanas para serviço do povo e da paz. Amedrontado agora pedia pela sua vida vezes sem conta, ajoelhando-se e beijando os pés dos seus outrora escravos… Destituído de qualquer tipo de poder, seja monetário, social, profano ou segregativo. O monarca do prazer foi obrigado a renunciar totalmente
  • 13. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 13 ao sibarismo, e a submeter-se ao Deus cristão, teria que servi-lo de agora adiante sem qualquer senão… Despojado da sua soberba infernal tornou-se nova criatura em Cristo, as suas mãos tomam o lápis para escrever planos de luz e não mais de inferno, manuscritos da Ordem de Cristo e louvores ao verdadeiro Rei imperial e universal: Cristo. Traçará canções de glória e louvores ao rei dos Céus, será batizado com um novo nome: Eterno Servidor de Yeshua (Jesus). Todos os seus cânticos são entoados pelos anjos e pela plebe em consonância com a majestade de “Cristo”: “O bem vence sempre o mal!” As almas deturpadas e negras foram tocadas pelo espirito santo e convertidas para o bem comum: servos de sacerdócio puro e imaculado em detrimento da sua “auto-concretização e auto- vanglória mundana” “Nada é impossível para Deus! A sua fé move montanhas! Haverá o tempo em que os ricos vão dar as suas fortunas aos pobres, haverá o tempo que ”qualquer lágrima será enxuta, não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porquanto a antiga ordem está encerrada!” Onde se exalam “rios de alegria” e de amor, a lei será da repartição do “pão” com os excluídos, com os rejeitados, e os desamparados da sociedade e os aposentos serão usufruídos pelos forasteiros, com outros credos ou nação, estes serão bem recebidos, caso procurem proteção e “afago” para a sua alma… Não serão produzidas mais ferramentas de ódio e de opressão dos mais fracos que contaminam a sociedade e a inundam de pecado… Os palácios e palacetes serão albergues dos forasteiros mais necessitados, daqueles que fogem da guerra, da perseguição religiosa, e dos abusos psicológicos e físicos… Será formado um “Exército da luz Branca Espiritual” que dissolvia o exército das trevas com uma só oração a Deus, fieis combatentes contra a corrupção e exploração dos mais pobres e inocentes…Com uma só palavra de reverência cristã, o anjo do senhor entra no acampamento do in imigo e aniquila qualquer profecia falsa de dor, de mentira, de cobiça, de hipocrisia, de inveja, de soberba, de luxuria e dilacera a falsa sementeira. No solo só irá brotar a semente do verdadeiro Amor de Deus, a eleita de Cristo, como já teria sido escrito no livro da vida. O reinado dos falsos profetas vai cessar! Esses vis ressemeiam o pranto e a fome de amor! Nos montes e nos céus ecoa-se o verso de glória: “Não por nós Senhor! Não por nós! Mas para Glória do teu Nome! (Nom Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomiti tuo ad Glorium!)”, tal como um “casamento das igrejas”, uma
  • 14. Servos da Luz 1 De Dezembro de 2018 14 cerimónia de consagração dos membros de Cristo, em que os mesmos fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade. O diário secreto das duas amigas fora publicado e acessível a qualquer cidadão deste “Novo Mundo” ou aos forasteiros para consulta grátis e não coartativa. Tal como um “instrumento” de Amor, e de implantação das sementes do Reino de Cristo, ensinado nas escolas e nas universidades como apologia ideal da paz e de conversão de novos elementos ao reino de Deus. E Desta forma implantou-se a paz, a misericórdia e a gratidão a Deus, não existiam mais almas presas ao passado de dor e à tirania atroz demoníaca do anjo do inferno chamado tentação.