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A trote
O sangue jorra
Como se uma fonte se tratasse,
A alma está depurada,
Pede-lhes o Livramento
Da imundice
Que o mundo guarda e seduz.
Ouve-se o trote
Dos cavalos
De olhares ferozes,
Vermelhos interiores.
Que cegam com a sua luz
Superior
De uma anarquia que se anseia mas não se conduz.
Firmes a galope
Acompanhando o som de trombetas
Majestosas, exalam letras de melodias
Singulares que conquistam com um frenesim macabro,
Mas esbelto,
Que atrai os receptores mais abrigados.
O sino toca de forma requisitante
Sem moléstias à parte,
Espalha-se como um trovão,
Filho do vivo Poseidon,
Gerador daquilo que não cessa e dói,
Anunciante da entrada dos
Cavaleiros com a chave da vida ou da morte,
Representantes
Da justiça
Que tardou,
Mas chegou.
Os espíritos dignos
Enchem-se de esperança...
(continua)
A Trote (continuação do poema anterior)
Saturados dos augúrios
De um mundo exausto
Saturante,
Colhido por caprichos
Surreais de uma nação
Que não se faz pela gente,
Mas por
Ideais individuais
Banais,
Que não provam da
Água da vida.
Vivem na exploração
Da servidão de outros,
Não prestam vassalagem
Ao seu Amo.
São irreverentes no sentir,
Anseiam bloquear os sentimentos,
Esquecem o amor e lançam
As decepções na fogueira,
São fracos no experimentar
Das emoções,
Querem ser rígidos no pensar
E no actuar
Isentos de qualquer dose de amargura
Ou de exuberância intelectual da razão que perdura.
São verdadeiros anfíbios do afecto
Não sabem dar, mas só receber...
Perseguidores natos da inquisição...
Torturam os corações mais puros,
Abafam qualquer réstia de benevolência,
São sugadores de almas...
Sugam os néctares da compaixão,
Extraídos pelos poros
Mais escondidos da razão.
Estão Fisicamente desesperados
Pelo toque do amor eterno
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  • 2. A Trote (continuação do poema anterior) Saturados dos augúrios De um mundo exausto Saturante, Colhido por caprichos Surreais de uma nação Que não se faz pela gente, Mas por Ideais individuais Banais, Que não provam da Água da vida. Vivem na exploração Da servidão de outros, Não prestam vassalagem Ao seu Amo. São irreverentes no sentir, Anseiam bloquear os sentimentos, Esquecem o amor e lançam As decepções na fogueira, São fracos no experimentar Das emoções, Querem ser rígidos no pensar E no actuar Isentos de qualquer dose de amargura Ou de exuberância intelectual da razão que perdura. São verdadeiros anfíbios do afecto Não sabem dar, mas só receber... Perseguidores natos da inquisição... Torturam os corações mais puros, Abafam qualquer réstia de benevolência, São sugadores de almas... Sugam os néctares da compaixão, Extraídos pelos poros Mais escondidos da razão. Estão Fisicamente desesperados
  • 3. Pelo toque do amor eterno E não pelo homicídio das vontades primas Internas fugazes.