SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 87
Baixar para ler offline
Tópicos de Estatística Espacial
Areas
Anderson Castro Soares de Oliveira
Notes
Análise de dados de area
Em algumas situações práticas a localização geográfica
dos eventos (pontos) não está disponível.
Mas pode-se encontrar dados aglomerados por de área,
como um estado, município, bairro, distrito, setor censitário,
etc.
Nestes casos os dados em geral, são contagens por uni-
dade de área tais como: número de nascimentos, número
de crimes, número de arvores, etc.
Os dados de área também podem ser expressos em forma
de taxas, médias, medianas, por exemplo: taxa de morta-
lidade, percentual de adultos analfabetos; renda média do
chefe da familia, mediana etária em mulheres.
Notes
Análise de dados de area
A forma usual de apresentação de dados de áreas é por
meio dos mapas temáticas,
Figura 1: Renda média mensal dos municípios de Mato Grosso
(Fonte: IBGE)
Notes
Análise de dados de area
Os mapas temáticos representam padrão espacial do fenô-
meno nas areas
A análise estatística permite além de visualizar o fenômeno
nas areas:
definir se o padrão é aleatório ou não
verificar se existe tendência
Notes
Análise de dados de area
Para analisar dados de area em geral utiliza-se o modelo
de variação espacial discreta.
Considere-se a existência de um processo estocástico Zi
i = 1, ..., n , em que:
Zi é a realização do processo espacial na área i e
n é o total de áreas (A1, ...An
O objetivo principal da análise é construir uma aproxima-
ção para a distribuição conjunta de variáveis aleatórias Z =
{Z1, ...Zn}.
Em geral supões que Zi segue uma distribuição Poisson,
mas quando a variável é taxas ou médias, pode-se supor
que Zi segue uma distribuição normal
Notes
Análise de dados de area
Um dos problemas básicos com dados agregados por área
é que, para uma mesma população estudada, a definição
espacial das fronteiras das áreas afeta os resultados obti-
dos.
As estimativas obtidas dentro de um sistema de unidades
de área são função das diversas maneiras segundo as quais
essas unidades podem ser agrupadas.
Pode-se obter resultados diferentes simplesmente alterando
as fronteiras entre essas áreas.
Este problema é conhecido como "problema da unidade de
área modificável"
Notes
Vizinhança
É importante estabelecer quais áreas estão conectadas en-
tre si;
Tipos de vizinhança
Notes
Vizinhança
Inicialmente deve-se escolher o critério de vizinhança a ser
utilizado;
Em seguida deve-se atribuir pesos para a ligações entre os
vizinhos identificados.
Notes
Vizinhança
A vizinhança é representada por uma matriz de proximi-
dade espacial, também chamada matriz de vizinhança.
Dado um conjunto de n áreas (A1, ..., An), a matriz de vi-
zinhança de primeira ordem é represetando porW
(1)
(nxn), e
cada um dos elementos wij representa uma medida de pro-
ximidade entre Ai e Aj.
Existem vários critérios para escolha de wij
wij = 1 se Ai faz fronteira com Aj e wij = 0 caso contrário
wij = 1 se Ai está a uma certa distância de Aj e wij = 0
caso contrário
wij = 1/d representa inverso da distância d entre Ai e Aj
wij = 1/d2
representa inverso do quadrado da distância d
entre Ai e Aj
Notes
Vizinhança
Considere um gride regular com 9 observações em x e y
são as coordenadas de cada área
y x
0,2 0,5 1,2
0,5 Z1 = 1 Z4 = 3 Z7 = 3
1,5 Z2 = 3 Z5 = 10 Z8 = 1
2,5 Z3 = 5 Z6 = 8 Z9 = 3
Notes
Vizinhança
Como temos 9 áreas a matrix W terá ordem 9
Considerando como vizinhos apenas as areas que fazem
fronteiras norte, sul, leste e oeste
Assim, teriamos por exemplo:
A1 tem como vizinhos A2 e A4
A5 tem como vizinhos A2, A4, A6 e A8
Matriz de pesos
W =














0 1 0 1 0 0 0 0 0
1 0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 1 0 1 0 0
0 1 0 1 0 1 0 1 0
0 0 1 0 1 0 0 0 1
0 0 0 1 0 0 0 1 0
0 0 0 0 1 0 1 0 1
0 0 0 0 0 1 0 1 0














Notes
Vizinhança
Para utilizar a distância para definir vizinhança é necessário
obter a matriz de distâncias,
A matriz de distância é uma matriz simétrica em que cada
dij pode ser obtido pela distância euclidiana entre as áreas
Temos a seguinte matriz de distância
D =














0, 00 1, 00 2, 00 0, 50 1, 12 2, 06 1, 00 1, 00 1, 41
1, 00 0, 00 1, 00 1, 12 0, 50 1, 12 1, 41 1, 41 1, 00
2, 00 1, 00 0, 00 2, 06 1, 12 0, 50 2, 24 2, 24 1, 41
0, 50 1, 12 2, 06 0, 00 1, 00 2, 00 0, 50 0, 50 1, 12
1, 12 0, 50 1, 12 1, 00 0, 00 1, 00 1, 12 1, 12 0, 50
2, 06 1, 12 0, 50 2, 00 1, 00 0, 00 2, 06 1, 12 0, 50
1, 00 1, 41 2, 24 0, 50 1, 12 2, 06 0, 00 1, 00 2, 00
1, 00 1, 41 2, 24 0, 50 1, 12 1, 12 1, 00 0, 00 1, 00
1, 41 1, 00 1, 41 1, 12 0, 50 0, 50 2, 00 1, 00 0, 00














Notes
Vizinhança
Considerando como vizinhos apenas as areas que tem dis-
tância menor que 1, 5
Assim, a matrix de vizinhança é dada por:
W =














0 1 0 1 1 0 1 1 1
1 0 1 1 1 1 1 1 1
0 1 0 0 1 1 0 0 1
1 1 0 0 1 0 1 1 1
1 1 1 1 0 1 1 1 1
0 1 1 0 1 0 0 1 1
1 1 0 1 1 0 0 1 0
1 1 0 1 1 1 1 0 1
1 1 1 1 1 1 0 1 0














Notes
Vizinhança
Considerando todos como vizinhos e os pesos dados pelo
inverso da distância
A matrix de vizinhança é dada por:
W =














0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 0, 89 0, 49 1, 00 1, 00 0, 71
1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 2, 00 0, 89 0, 71 0, 71 1, 00
0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 0, 45 0, 45 0, 71
2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 2, 00 0, 89
0, 89 2, 00 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 0, 89 2, 00
0, 49 0, 89 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00
1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50
1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00
0, 71 1, 00 0, 71 0, 89 2, 00 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00














Notes
Vizinhança
A matriz W é conhecida como matriz de vizinhança não
normalizada, pode-se trabalhar com matrizes normalizadas
em que os todos os elementos estão entre 0 e 1
A matriz W∗, designada de matriz normalizada por linha
Esta matriz é construída a partir da matriz W original, dividindo-
se todos os elementos de cada linha de W pela soma da
linha
Portanto, a matriz W∗
possui todas as linhas com a soma
igual a 1 e não é simétrica
Notes
Vizinhança
A matriz Wn, designada de matriz normalizada global
Esta matriz é construída a partir da matriz W original:
Wn =
n
n
i=1
n
j=1
wij
W
em que n é o numero de áreas e wij são os pesos da matrix
W
Wn esta matriz é simétrica
Notes
Média Movel Espacial
A média móvel espacial pode ser utilizada para analisar a
existência de tendência espacial
Para calcular a média móvel espacial utiliza-se a expres-
são:
µi =
n
j=1
wijzi
n
j=1
wij
em que
wij são os pesos da matriz de vizinhança
zi é o valor da variável na area i
Notes
Média Movel Espacial
Zi
n
j=1
wij


























1 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 0, 89 0, 49 1, 00 1, 00 0, 71 7, 6
3 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 2, 00 0, 89 0, 71 0, 71 1, 00 8, 2
5 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 0, 45 0, 45 0, 71 6, 5
3 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 2, 00 0, 89 9, 8
10 0, 89 2, 00 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 0, 89 2, 00 9, 6
8 0, 49 0, 89 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 8, 3
3 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 7, 0
1 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 7, 9
3 0, 71 1, 00 0, 71 0, 89 2, 00 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 8, 8
Notes
Média Movel Espacial
wi1z1 wi2z2 wi3z3 wi4z4 wi5z5 wi6z6 wi7z7 wi8z8 wi9z9
n
j=1
wij zi
0, 00 3, 00 2, 50 6, 00 8, 93 3, 88 3, 00 1, 00 2, 13 30, 44
1, 00 0, 00 5, 00 2, 68 20, 00 7, 14 2, 13 0, 71 3, 00 41, 66
0, 50 3, 00 0, 00 1, 46 8, 93 16, 00 1, 34 0, 45 2, 13 33, 80
2, 00 2, 68 2, 43 0, 00 10, 00 4, 00 6, 00 2, 00 2, 68 31, 78
0, 89 6, 00 4, 46 3, 00 0, 00 8, 00 2, 68 0, 89 6, 00 31, 93
0, 49 2, 68 10, 00 1, 50 10, 00 0, 00 1, 46 0, 89 6, 00 33, 01
1, 00 2, 13 2, 23 6, 00 8, 93 3, 88 0, 00 1, 00 1, 50 26, 67
1, 00 2, 13 2, 23 6, 00 8, 93 7, 14 3, 00 0, 00 3, 00 33, 43
0, 71 3, 00 3, 55 2, 68 20, 00 16, 00 1, 50 1, 00 0, 00 48, 43
Notes
Média Movel Espacial
Zi
n
j=1
wijzi
n
j=1
wij ˆµi
1 30,44 7,59 4,01
3 41,66 8,20 5,08
5 33,80 6,48 5,22
3 31,78 9,77 3,25
10 31,93 9,57 3,34
8 33,01 8,26 4,00
3 26,67 7,03 3,79
1 33,43 7,94 4,21
3 48,43 8,81 5,50
Notes
Média Movel Espacial
Figura 2: Taxa de homicídio por 1000 habitantes do estado de mato
grosso. À esquerda valores observados. À direita média móvel local,
considerando uma vizinhança do tipo Queen.
Notes
Dependência Espacial
Na análise de dados de area um dos objetivos é verifica o
tipo de interação entre as áreas, surgindo questões do tipo
Se em uma área existe um alto numero de ocorrências de
um evento, em uma área vizinha a ocorrência também será
alta?
Se em uma área existe um alto numero de ocorrências de
um evento, em uma área vizinha a ocorrência será baixa?
Neste contexto é importante estudar a dependência espa-
cial, mostrando como os valores estão correlacionados no
espaço
Notes
Dependência Espacial
A dependência espacial pode ser expressa pela autocor-
relação espacial que indica quanto uma variável varia em
função dos seus vizinhos
Para estimar a dependencia espacial pode-se utilizar dois
indices
Indice de Moran
Indice de Geary
Notes
Índice de Moran
O Índice de Moran é um coeficiente muito útil para medir a
correlação espacial.
Este índice mede a relação do desvio padronizado de uma
variável Z numa área i com o desvio padronizado das
áreas vizinhas para a mesma variável Z.
I =
n
n
i=1
n
j=1
wij(zi − ¯z)(zj − ¯z)
S0(zi − ¯z)2
n é total de áreas;
zi e zj os valores da variável nas áreas i e j;
¯z é média geral ;
wij é a matriz de pesos
S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de pesos
Notes
Índice de Moran
A interpretação deste índice é:
I > 0 correlação positiva indicando presença de conglome-
rados ou agrupamentos.
I = 0 ausência de correlação indicando que a distribuição
espacial é aleatória
I < 0 correlação negativa indicando a existência de regula-
ridade
Notes
Índice de Moran
Após calcular o índice de Moran é importante testar as se-
guintes hipóteses
H0 : I = 0 não existe correlação espacial
H1 : I = 0 existe correlação espacial
A significância do índice de Moran por duas suposições bá-
sicas
Normalidade
Aletadoriedade
Notes
Índice de Moran
Sob a suposição de normalidade temos que
µI é o valor esperado do índice de Moran dado por:
µI = −
1
n − 1
σ2
I é a variância do índice de Moran dada por:
σ2
I =
n3
− n2
S1 + n − n2
S2 + (2 − 4n) S2
0
(n3 − n2 − n + 1) S2
0
em que
S1 =
1
2
n
i=1
n
j=1
(wij + wji )
2
S2 =
n
i=1
(wi. + w.i )
2
wi. =
n
j=1
wij
Notes
Índice de Moran
Sob hipótese de aleatoriedade a distribuição de probabili-
dade é desconhecida e assim, temos que:
µIR
é o valor esperado do índice de Moran dado por:
µIR
= −
1
n − 1
σ2
I é a variância do índice de Moran dada por:
σ
2
IR
=
n 3S0
2
+ n2
− 3n + 3 S1 − nS2 − k 6S0
2
+ n2
− n S1 − 2nS2
(n − 3) (n − 2) (n − 1) S0
2
−
1
(n − 1)2
em que
k =
n
i=1
(zi − z)
4
n
n
i=1
(zi − z)
2
2
Notes
Índice de Moran
Em ambos os casos a significância do índice de Moran uti-
lizado a estatística
zc =
I − µ
√
σ2
em que µ e σ2 são o valor esperando e variância
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é
obtido da distribuição normal padrão
Notes
Índice de Geary
O índice de Geary é utilizado para medir a correlação es-
pacial
Este índice se baseia na diferença entre os pares de áreas
C =
(n − 1)
n
i=1
n
j=1
wij(zi − zj)2
S0
n
i=1
z2
i
n é total de áreas;
zi e zj os valores da variável nas áreas i e j;
wij é a matriz de pesos
S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de pesos
Notes
Índice de Geary
A interpretação deste índice é:
I < 1 correlação positiva indicando presença de conglome-
rados ou agrupamentos.
I = 1 ausência de correlação indicando que a distribuição
espacial é aleatória
I > 1 correlação negativa indicando a existência de regula-
ridade
Notes
Índice de Geary
Para verificar a significância do índice de Geary pode-se
utilizar duas suposições básicas
Normalidade
Aletadoriedade
Notes
Índice de Geary
Para ambas as suposições temos que µc = 1
Sob suposição de normalidade temos que
σ2
C =
(n − 1)(2S1 + S2)) − 4S2
0
2(n + 1)S2
0
Sob suposição de alaetoriedade temos que
σ
2
C =
(n − 1)S1(n2
− 3n + 3 − (n − 1)k − 1
4
(n − 1)S2(n2
+ 3n − 6 − (n2
− n + 2)k) + S2
0 (n2
− 3 − (n − 1)2
k)
n(n − 2)(n − 3)S2
0
Notes
Índice de Geary
Em ambos os casos a significância do índice de Moran uti-
lizado a estatística
zc =
I − 1
√
σ2
em que µ e σ2 são o valor esperando e variância
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é
obtido da distribuição normal padrão
Notes
Exemplo
Utilizando taxa homicídios no ano de 2012 em mato grosso,
e considerando vizinhança tipo Queen
Índice de Moran
I=0,0027, suposição normal valor-p=0.4228, suposição de
aleatoriedade valor-p=0,4240
Como valor-p>0,05 temos evidências de que não existe
correlação entre as areas.
Índice de Grey
I=0,9559, suposição normal valor-p=0,2514, suposição de
aleatoriedade valor-p=0,2173
Como valor-p>0,05 temos evidências de que não existe
correlação entre as areas.
Notes
Correlograma Espacial
Os índices de Moran e Geary são utilizados para estimar a
dependência espacial
Para cada classe de distância d pode-se estabelecer uma
matriz de vizinhança W(d) permitindo o cálculo diferentes
valores destes índices para a mesma variável.
Isso permite avaliar o comportamento de autocorrelação
espacial como uma função de distância, em um gráfico cha-
mado de correlograma espacial, que fornece um descritor
do padrão espacial nos dados.
Notes
Correlograma Espacial
O número e o tipo de classes de distância a ser condisera-
das são em principio, arbitrários e podem ser consideradas
diferentes possibilidades a partir de um mesmo conjunto de
dados.
Pode-se utilizar a fórmula de Sturges para determinar o nú-
mero k de classe de distância, em que
k = 1 + log2n
sendo n é numero de distâncias na área amostral.
Notes
Correlograma Espacial
Neste caso, os valores obtidos pelo correlograma podem
ser considerados significativos a um determinado nível de
significância α, utilizando o critério de correção de Bonfer-
roni
Esta correção consiste em ajustar o nível de probabilidade
α em que se avalia a significância, dividindo pelo numero
de classes de distância k de maneira que α = α/k.
Notes
Correlograma Espacial
Figura 3: Correlograma de Moran (circulos em preto correspondem a
correlações significativas)
Notes
Correlograma Espacial
Figura 4: Padrão de dados com gradiente linear - Correlograma apre-
senta correlações positiva em distâncias curtas e correlações negati-
vos em grandes distâncias
Notes
Correlograma Espacial
Figura 5: Padrão de grandes manchas - Correlograma apresenta cor-
relações positiva em pequenas e grandes distâncias e correlações
negativos distâncias intermediárias
Notes
Correlograma Espacial
Figura 6: Padrão de pequenas manchas e regulares - Correlograma
apresenta correlações positiva e negativas significativas oscilando em
função das distâncias
Notes
Correlograma Espacial
Figura 7: Padrão aleatório - Correlograma apresenta a maioria das
correlações não significativas oscilando em torno de zero
Notes
Correlograma Espacial
Vários outros padrões podem ser encontrados no correlo-
gramas
Notes
Correlograma Espacial
Figura 8: Renda média mensal dos municípios de Mato Grosso e cor-
relogramas de Moran e Geary
Notes
Correlograma Espacial
Figura 9: Taxa de homicídio por 1000 habitantes do estado de mato
grosso e correlogramas de Moran e Geary
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
O diagrama de espalhamento de Moran é uma maneira adi-
cional de visualizar a dependência espacial.
Para construir esse gráfico utiliza-se os valores normaliza-
dos da variável
a =
z − µ
σ
Em seguida é plotado os valores normalizados a da variável
com a média do seu vizinho com a média dos seus vizinhos
Wa
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
O diagrama de espalhamento de Moran é é dividido em
quatro quadrantes, que são interpretados da seguinte forma
Áreas que que encontram-se no Q1 (valores positivos, mé-
dias positivas) e Q2 (valores negativos, médias negativas)
apresentam associação espacial positiva, no sentido que
uma localização possui vizinhos com valores semelhantes.
Áreas que que encontram-se no Q3 (valores positivos, mé-
dias negativas) e Q4 (valores negativos, médias positivas)
apresentam associação espacial negativa, no sentido que
uma localização possui vizinhos com valores distintos
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
Figura 10: Diagrama de Espalhamento de Moran
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
O diagrama reflete a estrutura espacial nas duas escalas
de análise: vizinhança e tendência
O índice de Moran I e equivalente ao coeficiente de regres-
são linear entre a e Wa
A regressão linear entre a e Wa permite identificar valo-
res extremos (outliers), para isso localiza-se pontos no dia-
grama de Moran que são extremos em relação à tendência
central, refletida pela inclinação da reta de regressão.
A presença de valores extremos pode significar:
problemas com a especificação da matriz de proximidade
ou com a escala espacial de observação dos dados.
a existência de regiões de transição entre regimes
espaciais distintos, os quais geralmente pertencem aos
quadrantes Q3 e Q4
O diagrama de espalhamento de Moran também pode ser
apresentado na forma de um mapa temático, no qual cada
area é apresentada com a cor do respectivo quadrante
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
O diagrama de espalhamento de Moran também pode ser
apresentado na forma de um mapa temático, no qual cada
area é apresentada com a cor do respectivo quadrante
As areas que se encontram nos quadrantes 3 e 4 (correla-
ção negativa), podem podem ser entendidos como regiões
de transição entre as áreas que se encontram nos quadran-
tes 1 e 2 (correlação positiva)
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
Figura 11: Diagrama de Espalhamento de Moran para renda média
mensal dos municípios de Mato Grosso
Notes
Diagrama de Espalhamento de Moran
Figura 12: Diagrama de Espalhamento de Moran para taxa de homi-
cídio por 1000 habitantes dos municípios de Mato Grosso
Notes
Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA)
A estatística espacial local quantifica o grau de associação
espacial a que cada localização está submetida em função
de um modelo de vizinhança preestabelecido
Para este tipo de análise utilizas-e os Indicadores Locais
de Associação Espacial (LISA)
O LISA para cada observação dá uma indicação da exten-
são da aglomeração espacial significativa de valores simi-
lares em torno de que a observação
Um LISA será qualquer estatística que satifaça a dois crité-
rio:
Um indicador LISA deve possuir, para cada observação,
uma indicação de clusters espaciais significantes de valo-
res similares em torno da observação (e.g. região)
O somatório dos LISAs, para todas as regiões, é proporcio-
nal ao indicador de autocorrelação espacial global.
Notes
Índice local de Moran
O índice local de Moran é um indicador LISA baseado na
índice de Moran.
Ii =
(zi − ¯z)
S2
i
n
j=1
wij(zj − ¯z)
n é total de áreas;
zi e zj os valores da variável nas áreas i e j;
¯z é média geral ;
wij é a matriz de pesos
S2
i =
n
j=1,i=j
wij
n−1 − ¯z2
Notes
Índice local de Moran
O valor esperado para o índice local de Moran
µIi
= −
n
j=1
wij
n − 1
A variância é dada por:
σ2
Ii
=
(n − k)
n
j=1,i=j
w2
ij
n − 1
+
(2k − n)
n
j=1,i=j
n
k=1,i=j,j=k
wij wik
(n − 1)(n − 2)
−





n
j=1
wij
n − 1





2
Notes
Índice local de Moran
A significância do índice local de Moran é testada utilizado
a estatística
zc =
Ii − µIi
σ2
Ii
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é
obtido da distribuição normal padrão
Notes
Índice local de Moran
A análise do índice local de Moran é muito semelhante ao
do índice de Moran.
I > µIi
correlação positiva
I = µIi
ausência de correlação
I < µIi
correlação negativa
Determinada a significância estatística do índice local de
Moran, em geral é apresentado um mapa temático indi-
cando as regiões que apresentam correlação local signi-
ficativamente diferente do resto do dados
Notes
Índice local de Moran
Figura 13: Indice local de Moran para renda média mensal dos muni-
cípios de Mato Grosso
Notes
Índice local de Moran
Figura 14: Indice local de Moran para taxa de homicídio por 1000
habitantes dos municípios de Mato Grosso
Notes
Regressão Espacial
A análise de regressão é uma técnica que estuda a relação
entre duas ou mais variáveis quantitativas estabelecendo
uma equação matemática
Por meio do modelos de regressão é possível o investigar o
efeito de variáveis explicativas (X) na mudança da variável
resposta (Y)
Existem diversos modelos de regressão
regressão linear
regressão linear múltipla
regressão não linear
Notes
Regressão Espacial
Quando é ajustado um modelo de regressão tem-se a pres-
suposição são:
Os erros tem distribuição normal
Os erros tem variância constante
Os erros são independentes
Quando os dados são distribuídos espacialmente em areas,
em geral a hipótese de independência dos erros não é aten-
dida
Notes
Regressão Espacial
Em dados distribuídos espacialmente em areas deve-se ve-
rificar a presença da autocorrelação espacial no resíduos
da regressão
A autocorrelação ou dependência espacial pode afetar o
erro, a variável dependente ou ambos
Notes
Regressão Espacial
Quando detectada a presença de autocorrelação espacial,
é necessário ajustar modelos de regressão espacial
Os principais modelos de regressão espacial são:
Modelo SAR
Modelo SEM
Modelo SARMA
Notes
Modelo SAR
O modelo autorregressivo espacial (SAR) é utilizado para
modelar o efeito a interação espacial entre uma área e seus
vizinhos
É um modelo que considera o efeito de defasagem espacial
ou lag espacial.
O modelo SAR é dada por:
y = ρWy + Xβ +
em que:y é o vetor de observações
ρ é o coeficiente de autocorrelação espacial
W é a matriz de vizinhança
X é matriz de regressão
β é vetor de covariáveis
é o vetor de erros, em que i são independentes e
identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2
)
Notes
Modelo SAR
A estimação do modelo SAR é feita assumindo que o vetor
de erros tem distribuição normal multivariada com média
zero e covariância σ2I
O modelo SAR pode ser escrito da seguinte forma:
y = (I − ρW)−1
Xβ + (I − ρW)−1
O vetor de observações y possui distribuição condicional a
X normal multivariada, com média e variância condicional,
dadas por:
E[Y|X] = (I − ρW)−1
Xβ
Σ[Y|X] = σ2
(I − ρW)−1
(I − ρW)−1
Notes
Modelo SAR
A partir da distribuição de y obtém-se a verosimilhança
condicional e estimação dos parâmetros (ρ, β, σ2) é feita
por método iterativos.
Notes
Modelo SEM
O modelo de erro espacial (SEM) considera um processo
espacial autoregressivo em termo de erro
O modelo SEM é dada por:
y = Xβ + u
u = λWu +
em que:
y é o vetor de observações
λ é o coeficiente de autocorrelação espacial de erro
W é a matriz de vizinhança
X é matriz de regressão
β é vetor de covariáveis
é o vetor de erros, em que i são independentes e
identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2
)
Notes
Modelo SEM
A variável u é uma variável latente não observada
Essa variável latente pode representar uma observação não
medida como por exemplo: cultura, capital social, violência,
etc
A variável u também pode se entendida como uma variável
que expressa a heterogeneidade espacial
Notes
Modelo SEM
O modelo SEM pode ser escrito da seguinte forma
y = Xβ + (I − ρW)−1
A estimação do modelo SEM é feita assumindo que o vetor
de erros tem distribuição normal multivariada com média
zero e covariância σ2I
Notes
Modelo SEM
O vetor de observações y possui distribuição condicional a
X normal multivariada, com média e variância condicional,
dadas por:
E[Y|X] = Xβ
Σ[Y|X] = σ2
(I − ρW)−1
(I − ρW)−1
A estimação é feita por maxima verosimilhança condicional
Notes
Modelo SARMA
O modelo de autoregressivo de médias móveis espcial (SARMA)
é uma combinação dos modelos SAR e SEM
O modelo SARMA é dada por:
y = ρW1yXβ + u
u = λW2u +
em que:
y é o vetor de observações
ρ λ são coeficientes de autocorrelação espacial de
defasagem e de erro
W1 e W2 é a matriz de vizinhança, em que W1 pode ser
diferente de W2
X é matriz de regressão
β é vetor de covariáveis
é o vetor de erros, em que i são independentes e
identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2
)
Notes
Modelo SARMA
A estimação do modelo é feita por máxima verossimilhança,
assumindo que o ∼ N(0, σ2I), e reescrevendo o modelo
y = (I − ρW1)−1
Xβ + (I − ρW1)−1
(I − λW2)−1
O vetor de observações y possui distribuição condicional a
X normal multivariada, com média e variância condicional,
dadas por:
E[Y|X] = (I − ρW1)−1
Xβ
Σ[Y|X] = σ2
(I − ρW)−1
(I − λW2)−1
(I − ρW)−1
(I − λW2)−1
Notes
Teste de Autocorrelação Espacial
Os principais testes utilizados para detectar a autocorrela-
ção espacial são:
1. Teste de Moran
2. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência
espacial de erro (LMe)
3. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência
espacial de defasagem (LMlag)
4. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência
espacial de defasagem e erro (LMsarma)
Notes
Teste de Moran
O teste de Moran consiste em aplicar o indice de Moran
aos resíduos da regressão
O problema deste teste é que ele não identifica o tipo de
efeito (erro ou defasagem espacial)
A estatística do teste é dada por
I =
n
S0
e We
e e
em que
n é total de áreas;
e é o vetor de erros
W á matriz de vizinhança ;
S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de vizinhança
Notes
Teste de Moran
Sob a suposição de normalidade temos que
µI é o valor esperado do índice de Moran dado por:
µI = −
tr(MW)
n − k
σ2
I é a variância do índice de Moran dada por:
σ2
I =
tr(MWMW ) + tr(MWMW) + (tr(MW))2
(n − k)(n − k + 2)
− µ2
I
em que
M = I − X(X X)−1
X
sendo X a matriz do modelo
Notes
Teste de Moran
A significância do índice de Moran pode ser testada utili-
zando a estatística
zc =
I − µI
σ2
I
em que µ e σ2 são o valor esperando e variância
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é
obtido da distribuição normal padrão
Notes
Teste de Moran
A significância do índice de Moran pode ser testada utili-
zando a estatística
zc =
I − µI
σ2
I
em que µ e σ2 são o valor esperando e variância
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é
obtido da distribuição normal padrão
Notes
Teste de LMe
O Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência
espacial de erro (LMe) é utilizado para detectar efeitos de
autocorrelação espacial no termo no erro do modelo
Este teste verifica a existência de componente λ que ex-
pressa a dependência espacial
As hipóteses do teste são
H0 : λ = 0 não existe correlação espacial no erro
H1 : λ = 0 existe correlação espacial no erro
Notes
Teste de LMe
A significância pode ser testada utilizando a estatística
LMe =
e We
S2
2
tr(W W + W2)
em que
n é total de áreas;
e é o vetor de erros
W á matriz de vizinhança ;
S2
=
e e
n
A estatística LMe tem distribuição assintótica χ2
(1)
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2
c > χ2
α
Notes
Teste de LMlag
O teste de Multiplicador de Lagrange para a dependên-
cia espacial de defasagem (LMlag) é utilizado para detectar
efeitos de autocorrelação espacial é proveniente da variá-
vel observada
Este teste verifica a existência de componente ρ que ex-
pressa a dependência espacial
As hipóteses do teste são
H0 : ρ = 0 não existe correlação espacial
H1 : ρ = 0 existe correlação espacial
Notes
Teste de LMlag
A significância pode ser testada utilizando a estatística
LMlag =
e Wz
S2
2
(WX ˆβ) MWX ˆβ
S2 + tr(W W + W2)
em que
n é total de áreas;
e é o vetor de erros
z é o vetor de observações
W á matriz de vizinhança ;
S2
=
e e
n
M = I − X(X X)−1
X sendo X a matriz do modelo
ˆβ são os coeficientes estimados no modelo de regressão
Notes
Teste de LMlag
A estatística LMlag tem distribuição assintótica χ2
(1)
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2
c > χ2
α
Notes
Teste de LMSARMA
O teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência
espacial de defasagem e erro (LMSARMA) é utilizado para
detectar efeitos de autocorrelação espacial é no erro e na
variável observada
Este teste verifica a existência de duas componentes λ evρ
que expressa a dependência espacial
As hipóteses do teste são
H0 : λ = 0 ρ = 0 não existe correlação espacial
H1 : λ = 0 ρ = 0 existe correlação espacial
Notes
Teste de LMSARMA
A significância pode ser testada utilizando a estatística
LMSARMA =
e Wz−e We
S2
2
(WX ˆβ) MWX ˆβ
S2 + tr(W W + W2)
+
e We
S2
2
tr(W W + W2)
em que
n é total de áreas;
e é o vetor de erros
z é o vetor de observações
W á matriz de vizinhança ;
S2
=
e e
n
M = I − X(X X)−1
X sendo X a matriz do modelo
ˆβ são os coeficientes estimados no modelo de regressão
Notes
Teste de LMlag
A estatística LMSARMA tem distribuição assintótica χ2
(2)
Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2
c > χ2
α
Notes
Procedimento para Regressão Espacial
Para ajustar uma regressão de dados distribuídos espaci-
almente deve-se seguir os seguintes passos:
1. Ajustar o modelo de regressão
2. Estabelecer uma matriz de vizinhança
3. Testar a presença da autocorrelação espacial utilizando o
teste de Moran
4. Se for detectada a presença da autocorrelação espacial ajus-
tar um novo modelo SAR, SEM ou SARMA
Para escolha do modelo a ser ajustado utilizar os testes LM
Quando mais de um teste LM for significativo, ajustar os mo-
delos e escolher o melhor modelo pelos critérios de Akaike
ou Schwartz.
Notes

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Questione di Feedback
Questione di FeedbackQuestione di Feedback
Questione di FeedbackGreta89
 
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعی
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعیبازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعی
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعیMilad Ghane
 
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADE
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADEESCOLA ESTADO E SOCIEDADE
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADEHudson Frota
 
Marketing Automation Process - Presentation
Marketing Automation Process - PresentationMarketing Automation Process - Presentation
Marketing Automation Process - PresentationDharmesh Singh
 
Daniel Hogan's Resume
Daniel Hogan's ResumeDaniel Hogan's Resume
Daniel Hogan's ResumeDaniel Hogan
 
Caixa Empreender Award 2016| Bon Mignom
Caixa Empreender Award 2016| Bon MignomCaixa Empreender Award 2016| Bon Mignom
Caixa Empreender Award 2016| Bon MignomCaixa Geral Depósitos
 

Destaque (8)

Questione di Feedback
Questione di FeedbackQuestione di Feedback
Questione di Feedback
 
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعی
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعیبازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعی
بازاریابی سیاسی و شبکه های اجتماعی
 
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADE
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADEESCOLA ESTADO E SOCIEDADE
ESCOLA ESTADO E SOCIEDADE
 
Marketing Automation Process - Presentation
Marketing Automation Process - PresentationMarketing Automation Process - Presentation
Marketing Automation Process - Presentation
 
Daniel Hogan's Resume
Daniel Hogan's ResumeDaniel Hogan's Resume
Daniel Hogan's Resume
 
Caixa Empreender Award 2016| Bon Mignom
Caixa Empreender Award 2016| Bon MignomCaixa Empreender Award 2016| Bon Mignom
Caixa Empreender Award 2016| Bon Mignom
 
EFPoster
EFPosterEFPoster
EFPoster
 
Journee portes ouvertes 6 5 4
Journee portes ouvertes 6 5 4Journee portes ouvertes 6 5 4
Journee portes ouvertes 6 5 4
 

Semelhante a Iv areas

Doc estatistica _687118434
Doc estatistica _687118434Doc estatistica _687118434
Doc estatistica _687118434Eliabe Denes
 
Aula de distribuição de probabilidade[1]
Aula de distribuição de probabilidade[1]Aula de distribuição de probabilidade[1]
Aula de distribuição de probabilidade[1]Tuane Paixão
 
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1]   cópiaAula de distribuição de probabilidade[1]   cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópiaTuane Paixão
 
Algebra linear i cunha; figueiredo
Algebra linear i   cunha; figueiredoAlgebra linear i   cunha; figueiredo
Algebra linear i cunha; figueiredolucio-vicente
 
Distribuicaonormal
DistribuicaonormalDistribuicaonormal
Distribuicaonormalthiagoufal
 
Distribuicao normal2.0
Distribuicao normal2.0Distribuicao normal2.0
Distribuicao normal2.0Ronne Seles
 

Semelhante a Iv areas (11)

Spss 05 Estimando
Spss 05 EstimandoSpss 05 Estimando
Spss 05 Estimando
 
Doc estatistica _687118434
Doc estatistica _687118434Doc estatistica _687118434
Doc estatistica _687118434
 
Aula Oral 06
Aula Oral 06Aula Oral 06
Aula Oral 06
 
Geoestatística
GeoestatísticaGeoestatística
Geoestatística
 
Aula de distribuição de probabilidade[1]
Aula de distribuição de probabilidade[1]Aula de distribuição de probabilidade[1]
Aula de distribuição de probabilidade[1]
 
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1]   cópiaAula de distribuição de probabilidade[1]   cópia
Aula de distribuição de probabilidade[1] cópia
 
Algebra linear i cunha; figueiredo
Algebra linear i   cunha; figueiredoAlgebra linear i   cunha; figueiredo
Algebra linear i cunha; figueiredo
 
Princípios de Estatística Inferencial - I
Princípios de Estatística Inferencial - IPrincípios de Estatística Inferencial - I
Princípios de Estatística Inferencial - I
 
Distribuicaonormal
DistribuicaonormalDistribuicaonormal
Distribuicaonormal
 
Distribuicao normal2.0
Distribuicao normal2.0Distribuicao normal2.0
Distribuicao normal2.0
 
Aula 07 de estatística
Aula 07 de estatísticaAula 07 de estatística
Aula 07 de estatística
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 

Último (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

Iv areas

  • 1. Tópicos de Estatística Espacial Areas Anderson Castro Soares de Oliveira Notes
  • 2. Análise de dados de area Em algumas situações práticas a localização geográfica dos eventos (pontos) não está disponível. Mas pode-se encontrar dados aglomerados por de área, como um estado, município, bairro, distrito, setor censitário, etc. Nestes casos os dados em geral, são contagens por uni- dade de área tais como: número de nascimentos, número de crimes, número de arvores, etc. Os dados de área também podem ser expressos em forma de taxas, médias, medianas, por exemplo: taxa de morta- lidade, percentual de adultos analfabetos; renda média do chefe da familia, mediana etária em mulheres. Notes
  • 3. Análise de dados de area A forma usual de apresentação de dados de áreas é por meio dos mapas temáticas, Figura 1: Renda média mensal dos municípios de Mato Grosso (Fonte: IBGE) Notes
  • 4. Análise de dados de area Os mapas temáticos representam padrão espacial do fenô- meno nas areas A análise estatística permite além de visualizar o fenômeno nas areas: definir se o padrão é aleatório ou não verificar se existe tendência Notes
  • 5. Análise de dados de area Para analisar dados de area em geral utiliza-se o modelo de variação espacial discreta. Considere-se a existência de um processo estocástico Zi i = 1, ..., n , em que: Zi é a realização do processo espacial na área i e n é o total de áreas (A1, ...An O objetivo principal da análise é construir uma aproxima- ção para a distribuição conjunta de variáveis aleatórias Z = {Z1, ...Zn}. Em geral supões que Zi segue uma distribuição Poisson, mas quando a variável é taxas ou médias, pode-se supor que Zi segue uma distribuição normal Notes
  • 6. Análise de dados de area Um dos problemas básicos com dados agregados por área é que, para uma mesma população estudada, a definição espacial das fronteiras das áreas afeta os resultados obti- dos. As estimativas obtidas dentro de um sistema de unidades de área são função das diversas maneiras segundo as quais essas unidades podem ser agrupadas. Pode-se obter resultados diferentes simplesmente alterando as fronteiras entre essas áreas. Este problema é conhecido como "problema da unidade de área modificável" Notes
  • 7. Vizinhança É importante estabelecer quais áreas estão conectadas en- tre si; Tipos de vizinhança Notes
  • 8. Vizinhança Inicialmente deve-se escolher o critério de vizinhança a ser utilizado; Em seguida deve-se atribuir pesos para a ligações entre os vizinhos identificados. Notes
  • 9. Vizinhança A vizinhança é representada por uma matriz de proximi- dade espacial, também chamada matriz de vizinhança. Dado um conjunto de n áreas (A1, ..., An), a matriz de vi- zinhança de primeira ordem é represetando porW (1) (nxn), e cada um dos elementos wij representa uma medida de pro- ximidade entre Ai e Aj. Existem vários critérios para escolha de wij wij = 1 se Ai faz fronteira com Aj e wij = 0 caso contrário wij = 1 se Ai está a uma certa distância de Aj e wij = 0 caso contrário wij = 1/d representa inverso da distância d entre Ai e Aj wij = 1/d2 representa inverso do quadrado da distância d entre Ai e Aj Notes
  • 10. Vizinhança Considere um gride regular com 9 observações em x e y são as coordenadas de cada área y x 0,2 0,5 1,2 0,5 Z1 = 1 Z4 = 3 Z7 = 3 1,5 Z2 = 3 Z5 = 10 Z8 = 1 2,5 Z3 = 5 Z6 = 8 Z9 = 3 Notes
  • 11. Vizinhança Como temos 9 áreas a matrix W terá ordem 9 Considerando como vizinhos apenas as areas que fazem fronteiras norte, sul, leste e oeste Assim, teriamos por exemplo: A1 tem como vizinhos A2 e A4 A5 tem como vizinhos A2, A4, A6 e A8 Matriz de pesos W =               0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0               Notes
  • 12. Vizinhança Para utilizar a distância para definir vizinhança é necessário obter a matriz de distâncias, A matriz de distância é uma matriz simétrica em que cada dij pode ser obtido pela distância euclidiana entre as áreas Temos a seguinte matriz de distância D =               0, 00 1, 00 2, 00 0, 50 1, 12 2, 06 1, 00 1, 00 1, 41 1, 00 0, 00 1, 00 1, 12 0, 50 1, 12 1, 41 1, 41 1, 00 2, 00 1, 00 0, 00 2, 06 1, 12 0, 50 2, 24 2, 24 1, 41 0, 50 1, 12 2, 06 0, 00 1, 00 2, 00 0, 50 0, 50 1, 12 1, 12 0, 50 1, 12 1, 00 0, 00 1, 00 1, 12 1, 12 0, 50 2, 06 1, 12 0, 50 2, 00 1, 00 0, 00 2, 06 1, 12 0, 50 1, 00 1, 41 2, 24 0, 50 1, 12 2, 06 0, 00 1, 00 2, 00 1, 00 1, 41 2, 24 0, 50 1, 12 1, 12 1, 00 0, 00 1, 00 1, 41 1, 00 1, 41 1, 12 0, 50 0, 50 2, 00 1, 00 0, 00               Notes
  • 13. Vizinhança Considerando como vizinhos apenas as areas que tem dis- tância menor que 1, 5 Assim, a matrix de vizinhança é dada por: W =               0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0               Notes
  • 14. Vizinhança Considerando todos como vizinhos e os pesos dados pelo inverso da distância A matrix de vizinhança é dada por: W =               0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 0, 89 0, 49 1, 00 1, 00 0, 71 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 2, 00 0, 89 0, 71 0, 71 1, 00 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 0, 45 0, 45 0, 71 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 2, 00 0, 89 0, 89 2, 00 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 0, 89 2, 00 0, 49 0, 89 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 0, 71 1, 00 0, 71 0, 89 2, 00 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00               Notes
  • 15. Vizinhança A matriz W é conhecida como matriz de vizinhança não normalizada, pode-se trabalhar com matrizes normalizadas em que os todos os elementos estão entre 0 e 1 A matriz W∗, designada de matriz normalizada por linha Esta matriz é construída a partir da matriz W original, dividindo- se todos os elementos de cada linha de W pela soma da linha Portanto, a matriz W∗ possui todas as linhas com a soma igual a 1 e não é simétrica Notes
  • 16. Vizinhança A matriz Wn, designada de matriz normalizada global Esta matriz é construída a partir da matriz W original: Wn = n n i=1 n j=1 wij W em que n é o numero de áreas e wij são os pesos da matrix W Wn esta matriz é simétrica Notes
  • 17. Média Movel Espacial A média móvel espacial pode ser utilizada para analisar a existência de tendência espacial Para calcular a média móvel espacial utiliza-se a expres- são: µi = n j=1 wijzi n j=1 wij em que wij são os pesos da matriz de vizinhança zi é o valor da variável na area i Notes
  • 18. Média Movel Espacial Zi n j=1 wij                           1 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 0, 89 0, 49 1, 00 1, 00 0, 71 7, 6 3 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 2, 00 0, 89 0, 71 0, 71 1, 00 8, 2 5 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 0, 45 0, 45 0, 71 6, 5 3 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 2, 00 2, 00 0, 89 9, 8 10 0, 89 2, 00 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 0, 89 0, 89 2, 00 9, 6 8 0, 49 0, 89 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 0, 49 0, 89 2, 00 8, 3 3 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 49 0, 00 1, 00 0, 50 7, 0 1 1, 00 0, 71 0, 45 2, 00 0, 89 0, 89 1, 00 0, 00 1, 00 7, 9 3 0, 71 1, 00 0, 71 0, 89 2, 00 2, 00 0, 50 1, 00 0, 00 8, 8 Notes
  • 19. Média Movel Espacial wi1z1 wi2z2 wi3z3 wi4z4 wi5z5 wi6z6 wi7z7 wi8z8 wi9z9 n j=1 wij zi 0, 00 3, 00 2, 50 6, 00 8, 93 3, 88 3, 00 1, 00 2, 13 30, 44 1, 00 0, 00 5, 00 2, 68 20, 00 7, 14 2, 13 0, 71 3, 00 41, 66 0, 50 3, 00 0, 00 1, 46 8, 93 16, 00 1, 34 0, 45 2, 13 33, 80 2, 00 2, 68 2, 43 0, 00 10, 00 4, 00 6, 00 2, 00 2, 68 31, 78 0, 89 6, 00 4, 46 3, 00 0, 00 8, 00 2, 68 0, 89 6, 00 31, 93 0, 49 2, 68 10, 00 1, 50 10, 00 0, 00 1, 46 0, 89 6, 00 33, 01 1, 00 2, 13 2, 23 6, 00 8, 93 3, 88 0, 00 1, 00 1, 50 26, 67 1, 00 2, 13 2, 23 6, 00 8, 93 7, 14 3, 00 0, 00 3, 00 33, 43 0, 71 3, 00 3, 55 2, 68 20, 00 16, 00 1, 50 1, 00 0, 00 48, 43 Notes
  • 20. Média Movel Espacial Zi n j=1 wijzi n j=1 wij ˆµi 1 30,44 7,59 4,01 3 41,66 8,20 5,08 5 33,80 6,48 5,22 3 31,78 9,77 3,25 10 31,93 9,57 3,34 8 33,01 8,26 4,00 3 26,67 7,03 3,79 1 33,43 7,94 4,21 3 48,43 8,81 5,50 Notes
  • 21. Média Movel Espacial Figura 2: Taxa de homicídio por 1000 habitantes do estado de mato grosso. À esquerda valores observados. À direita média móvel local, considerando uma vizinhança do tipo Queen. Notes
  • 22. Dependência Espacial Na análise de dados de area um dos objetivos é verifica o tipo de interação entre as áreas, surgindo questões do tipo Se em uma área existe um alto numero de ocorrências de um evento, em uma área vizinha a ocorrência também será alta? Se em uma área existe um alto numero de ocorrências de um evento, em uma área vizinha a ocorrência será baixa? Neste contexto é importante estudar a dependência espa- cial, mostrando como os valores estão correlacionados no espaço Notes
  • 23. Dependência Espacial A dependência espacial pode ser expressa pela autocor- relação espacial que indica quanto uma variável varia em função dos seus vizinhos Para estimar a dependencia espacial pode-se utilizar dois indices Indice de Moran Indice de Geary Notes
  • 24. Índice de Moran O Índice de Moran é um coeficiente muito útil para medir a correlação espacial. Este índice mede a relação do desvio padronizado de uma variável Z numa área i com o desvio padronizado das áreas vizinhas para a mesma variável Z. I = n n i=1 n j=1 wij(zi − ¯z)(zj − ¯z) S0(zi − ¯z)2 n é total de áreas; zi e zj os valores da variável nas áreas i e j; ¯z é média geral ; wij é a matriz de pesos S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de pesos Notes
  • 25. Índice de Moran A interpretação deste índice é: I > 0 correlação positiva indicando presença de conglome- rados ou agrupamentos. I = 0 ausência de correlação indicando que a distribuição espacial é aleatória I < 0 correlação negativa indicando a existência de regula- ridade Notes
  • 26. Índice de Moran Após calcular o índice de Moran é importante testar as se- guintes hipóteses H0 : I = 0 não existe correlação espacial H1 : I = 0 existe correlação espacial A significância do índice de Moran por duas suposições bá- sicas Normalidade Aletadoriedade Notes
  • 27. Índice de Moran Sob a suposição de normalidade temos que µI é o valor esperado do índice de Moran dado por: µI = − 1 n − 1 σ2 I é a variância do índice de Moran dada por: σ2 I = n3 − n2 S1 + n − n2 S2 + (2 − 4n) S2 0 (n3 − n2 − n + 1) S2 0 em que S1 = 1 2 n i=1 n j=1 (wij + wji ) 2 S2 = n i=1 (wi. + w.i ) 2 wi. = n j=1 wij Notes
  • 28. Índice de Moran Sob hipótese de aleatoriedade a distribuição de probabili- dade é desconhecida e assim, temos que: µIR é o valor esperado do índice de Moran dado por: µIR = − 1 n − 1 σ2 I é a variância do índice de Moran dada por: σ 2 IR = n 3S0 2 + n2 − 3n + 3 S1 − nS2 − k 6S0 2 + n2 − n S1 − 2nS2 (n − 3) (n − 2) (n − 1) S0 2 − 1 (n − 1)2 em que k = n i=1 (zi − z) 4 n n i=1 (zi − z) 2 2 Notes
  • 29. Índice de Moran Em ambos os casos a significância do índice de Moran uti- lizado a estatística zc = I − µ √ σ2 em que µ e σ2 são o valor esperando e variância Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é obtido da distribuição normal padrão Notes
  • 30. Índice de Geary O índice de Geary é utilizado para medir a correlação es- pacial Este índice se baseia na diferença entre os pares de áreas C = (n − 1) n i=1 n j=1 wij(zi − zj)2 S0 n i=1 z2 i n é total de áreas; zi e zj os valores da variável nas áreas i e j; wij é a matriz de pesos S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de pesos Notes
  • 31. Índice de Geary A interpretação deste índice é: I < 1 correlação positiva indicando presença de conglome- rados ou agrupamentos. I = 1 ausência de correlação indicando que a distribuição espacial é aleatória I > 1 correlação negativa indicando a existência de regula- ridade Notes
  • 32. Índice de Geary Para verificar a significância do índice de Geary pode-se utilizar duas suposições básicas Normalidade Aletadoriedade Notes
  • 33. Índice de Geary Para ambas as suposições temos que µc = 1 Sob suposição de normalidade temos que σ2 C = (n − 1)(2S1 + S2)) − 4S2 0 2(n + 1)S2 0 Sob suposição de alaetoriedade temos que σ 2 C = (n − 1)S1(n2 − 3n + 3 − (n − 1)k − 1 4 (n − 1)S2(n2 + 3n − 6 − (n2 − n + 2)k) + S2 0 (n2 − 3 − (n − 1)2 k) n(n − 2)(n − 3)S2 0 Notes
  • 34. Índice de Geary Em ambos os casos a significância do índice de Moran uti- lizado a estatística zc = I − 1 √ σ2 em que µ e σ2 são o valor esperando e variância Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é obtido da distribuição normal padrão Notes
  • 35. Exemplo Utilizando taxa homicídios no ano de 2012 em mato grosso, e considerando vizinhança tipo Queen Índice de Moran I=0,0027, suposição normal valor-p=0.4228, suposição de aleatoriedade valor-p=0,4240 Como valor-p>0,05 temos evidências de que não existe correlação entre as areas. Índice de Grey I=0,9559, suposição normal valor-p=0,2514, suposição de aleatoriedade valor-p=0,2173 Como valor-p>0,05 temos evidências de que não existe correlação entre as areas. Notes
  • 36. Correlograma Espacial Os índices de Moran e Geary são utilizados para estimar a dependência espacial Para cada classe de distância d pode-se estabelecer uma matriz de vizinhança W(d) permitindo o cálculo diferentes valores destes índices para a mesma variável. Isso permite avaliar o comportamento de autocorrelação espacial como uma função de distância, em um gráfico cha- mado de correlograma espacial, que fornece um descritor do padrão espacial nos dados. Notes
  • 37. Correlograma Espacial O número e o tipo de classes de distância a ser condisera- das são em principio, arbitrários e podem ser consideradas diferentes possibilidades a partir de um mesmo conjunto de dados. Pode-se utilizar a fórmula de Sturges para determinar o nú- mero k de classe de distância, em que k = 1 + log2n sendo n é numero de distâncias na área amostral. Notes
  • 38. Correlograma Espacial Neste caso, os valores obtidos pelo correlograma podem ser considerados significativos a um determinado nível de significância α, utilizando o critério de correção de Bonfer- roni Esta correção consiste em ajustar o nível de probabilidade α em que se avalia a significância, dividindo pelo numero de classes de distância k de maneira que α = α/k. Notes
  • 39. Correlograma Espacial Figura 3: Correlograma de Moran (circulos em preto correspondem a correlações significativas) Notes
  • 40. Correlograma Espacial Figura 4: Padrão de dados com gradiente linear - Correlograma apre- senta correlações positiva em distâncias curtas e correlações negati- vos em grandes distâncias Notes
  • 41. Correlograma Espacial Figura 5: Padrão de grandes manchas - Correlograma apresenta cor- relações positiva em pequenas e grandes distâncias e correlações negativos distâncias intermediárias Notes
  • 42. Correlograma Espacial Figura 6: Padrão de pequenas manchas e regulares - Correlograma apresenta correlações positiva e negativas significativas oscilando em função das distâncias Notes
  • 43. Correlograma Espacial Figura 7: Padrão aleatório - Correlograma apresenta a maioria das correlações não significativas oscilando em torno de zero Notes
  • 44. Correlograma Espacial Vários outros padrões podem ser encontrados no correlo- gramas Notes
  • 45. Correlograma Espacial Figura 8: Renda média mensal dos municípios de Mato Grosso e cor- relogramas de Moran e Geary Notes
  • 46. Correlograma Espacial Figura 9: Taxa de homicídio por 1000 habitantes do estado de mato grosso e correlogramas de Moran e Geary Notes
  • 47. Diagrama de Espalhamento de Moran O diagrama de espalhamento de Moran é uma maneira adi- cional de visualizar a dependência espacial. Para construir esse gráfico utiliza-se os valores normaliza- dos da variável a = z − µ σ Em seguida é plotado os valores normalizados a da variável com a média do seu vizinho com a média dos seus vizinhos Wa Notes
  • 48. Diagrama de Espalhamento de Moran O diagrama de espalhamento de Moran é é dividido em quatro quadrantes, que são interpretados da seguinte forma Áreas que que encontram-se no Q1 (valores positivos, mé- dias positivas) e Q2 (valores negativos, médias negativas) apresentam associação espacial positiva, no sentido que uma localização possui vizinhos com valores semelhantes. Áreas que que encontram-se no Q3 (valores positivos, mé- dias negativas) e Q4 (valores negativos, médias positivas) apresentam associação espacial negativa, no sentido que uma localização possui vizinhos com valores distintos Notes
  • 49. Diagrama de Espalhamento de Moran Figura 10: Diagrama de Espalhamento de Moran Notes
  • 50. Diagrama de Espalhamento de Moran O diagrama reflete a estrutura espacial nas duas escalas de análise: vizinhança e tendência O índice de Moran I e equivalente ao coeficiente de regres- são linear entre a e Wa A regressão linear entre a e Wa permite identificar valo- res extremos (outliers), para isso localiza-se pontos no dia- grama de Moran que são extremos em relação à tendência central, refletida pela inclinação da reta de regressão. A presença de valores extremos pode significar: problemas com a especificação da matriz de proximidade ou com a escala espacial de observação dos dados. a existência de regiões de transição entre regimes espaciais distintos, os quais geralmente pertencem aos quadrantes Q3 e Q4 O diagrama de espalhamento de Moran também pode ser apresentado na forma de um mapa temático, no qual cada area é apresentada com a cor do respectivo quadrante Notes
  • 51. Diagrama de Espalhamento de Moran O diagrama de espalhamento de Moran também pode ser apresentado na forma de um mapa temático, no qual cada area é apresentada com a cor do respectivo quadrante As areas que se encontram nos quadrantes 3 e 4 (correla- ção negativa), podem podem ser entendidos como regiões de transição entre as áreas que se encontram nos quadran- tes 1 e 2 (correlação positiva) Notes
  • 52. Diagrama de Espalhamento de Moran Figura 11: Diagrama de Espalhamento de Moran para renda média mensal dos municípios de Mato Grosso Notes
  • 53. Diagrama de Espalhamento de Moran Figura 12: Diagrama de Espalhamento de Moran para taxa de homi- cídio por 1000 habitantes dos municípios de Mato Grosso Notes
  • 54. Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA) A estatística espacial local quantifica o grau de associação espacial a que cada localização está submetida em função de um modelo de vizinhança preestabelecido Para este tipo de análise utilizas-e os Indicadores Locais de Associação Espacial (LISA) O LISA para cada observação dá uma indicação da exten- são da aglomeração espacial significativa de valores simi- lares em torno de que a observação Um LISA será qualquer estatística que satifaça a dois crité- rio: Um indicador LISA deve possuir, para cada observação, uma indicação de clusters espaciais significantes de valo- res similares em torno da observação (e.g. região) O somatório dos LISAs, para todas as regiões, é proporcio- nal ao indicador de autocorrelação espacial global. Notes
  • 55. Índice local de Moran O índice local de Moran é um indicador LISA baseado na índice de Moran. Ii = (zi − ¯z) S2 i n j=1 wij(zj − ¯z) n é total de áreas; zi e zj os valores da variável nas áreas i e j; ¯z é média geral ; wij é a matriz de pesos S2 i = n j=1,i=j wij n−1 − ¯z2 Notes
  • 56. Índice local de Moran O valor esperado para o índice local de Moran µIi = − n j=1 wij n − 1 A variância é dada por: σ2 Ii = (n − k) n j=1,i=j w2 ij n − 1 + (2k − n) n j=1,i=j n k=1,i=j,j=k wij wik (n − 1)(n − 2) −      n j=1 wij n − 1      2 Notes
  • 57. Índice local de Moran A significância do índice local de Moran é testada utilizado a estatística zc = Ii − µIi σ2 Ii Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é obtido da distribuição normal padrão Notes
  • 58. Índice local de Moran A análise do índice local de Moran é muito semelhante ao do índice de Moran. I > µIi correlação positiva I = µIi ausência de correlação I < µIi correlação negativa Determinada a significância estatística do índice local de Moran, em geral é apresentado um mapa temático indi- cando as regiões que apresentam correlação local signi- ficativamente diferente do resto do dados Notes
  • 59. Índice local de Moran Figura 13: Indice local de Moran para renda média mensal dos muni- cípios de Mato Grosso Notes
  • 60. Índice local de Moran Figura 14: Indice local de Moran para taxa de homicídio por 1000 habitantes dos municípios de Mato Grosso Notes
  • 61. Regressão Espacial A análise de regressão é uma técnica que estuda a relação entre duas ou mais variáveis quantitativas estabelecendo uma equação matemática Por meio do modelos de regressão é possível o investigar o efeito de variáveis explicativas (X) na mudança da variável resposta (Y) Existem diversos modelos de regressão regressão linear regressão linear múltipla regressão não linear Notes
  • 62. Regressão Espacial Quando é ajustado um modelo de regressão tem-se a pres- suposição são: Os erros tem distribuição normal Os erros tem variância constante Os erros são independentes Quando os dados são distribuídos espacialmente em areas, em geral a hipótese de independência dos erros não é aten- dida Notes
  • 63. Regressão Espacial Em dados distribuídos espacialmente em areas deve-se ve- rificar a presença da autocorrelação espacial no resíduos da regressão A autocorrelação ou dependência espacial pode afetar o erro, a variável dependente ou ambos Notes
  • 64. Regressão Espacial Quando detectada a presença de autocorrelação espacial, é necessário ajustar modelos de regressão espacial Os principais modelos de regressão espacial são: Modelo SAR Modelo SEM Modelo SARMA Notes
  • 65. Modelo SAR O modelo autorregressivo espacial (SAR) é utilizado para modelar o efeito a interação espacial entre uma área e seus vizinhos É um modelo que considera o efeito de defasagem espacial ou lag espacial. O modelo SAR é dada por: y = ρWy + Xβ + em que:y é o vetor de observações ρ é o coeficiente de autocorrelação espacial W é a matriz de vizinhança X é matriz de regressão β é vetor de covariáveis é o vetor de erros, em que i são independentes e identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2 ) Notes
  • 66. Modelo SAR A estimação do modelo SAR é feita assumindo que o vetor de erros tem distribuição normal multivariada com média zero e covariância σ2I O modelo SAR pode ser escrito da seguinte forma: y = (I − ρW)−1 Xβ + (I − ρW)−1 O vetor de observações y possui distribuição condicional a X normal multivariada, com média e variância condicional, dadas por: E[Y|X] = (I − ρW)−1 Xβ Σ[Y|X] = σ2 (I − ρW)−1 (I − ρW)−1 Notes
  • 67. Modelo SAR A partir da distribuição de y obtém-se a verosimilhança condicional e estimação dos parâmetros (ρ, β, σ2) é feita por método iterativos. Notes
  • 68. Modelo SEM O modelo de erro espacial (SEM) considera um processo espacial autoregressivo em termo de erro O modelo SEM é dada por: y = Xβ + u u = λWu + em que: y é o vetor de observações λ é o coeficiente de autocorrelação espacial de erro W é a matriz de vizinhança X é matriz de regressão β é vetor de covariáveis é o vetor de erros, em que i são independentes e identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2 ) Notes
  • 69. Modelo SEM A variável u é uma variável latente não observada Essa variável latente pode representar uma observação não medida como por exemplo: cultura, capital social, violência, etc A variável u também pode se entendida como uma variável que expressa a heterogeneidade espacial Notes
  • 70. Modelo SEM O modelo SEM pode ser escrito da seguinte forma y = Xβ + (I − ρW)−1 A estimação do modelo SEM é feita assumindo que o vetor de erros tem distribuição normal multivariada com média zero e covariância σ2I Notes
  • 71. Modelo SEM O vetor de observações y possui distribuição condicional a X normal multivariada, com média e variância condicional, dadas por: E[Y|X] = Xβ Σ[Y|X] = σ2 (I − ρW)−1 (I − ρW)−1 A estimação é feita por maxima verosimilhança condicional Notes
  • 72. Modelo SARMA O modelo de autoregressivo de médias móveis espcial (SARMA) é uma combinação dos modelos SAR e SEM O modelo SARMA é dada por: y = ρW1yXβ + u u = λW2u + em que: y é o vetor de observações ρ λ são coeficientes de autocorrelação espacial de defasagem e de erro W1 e W2 é a matriz de vizinhança, em que W1 pode ser diferente de W2 X é matriz de regressão β é vetor de covariáveis é o vetor de erros, em que i são independentes e identicamente distribuídos com i ∼ N(0, σ2 ) Notes
  • 73. Modelo SARMA A estimação do modelo é feita por máxima verossimilhança, assumindo que o ∼ N(0, σ2I), e reescrevendo o modelo y = (I − ρW1)−1 Xβ + (I − ρW1)−1 (I − λW2)−1 O vetor de observações y possui distribuição condicional a X normal multivariada, com média e variância condicional, dadas por: E[Y|X] = (I − ρW1)−1 Xβ Σ[Y|X] = σ2 (I − ρW)−1 (I − λW2)−1 (I − ρW)−1 (I − λW2)−1 Notes
  • 74. Teste de Autocorrelação Espacial Os principais testes utilizados para detectar a autocorrela- ção espacial são: 1. Teste de Moran 2. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência espacial de erro (LMe) 3. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência espacial de defasagem (LMlag) 4. Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência espacial de defasagem e erro (LMsarma) Notes
  • 75. Teste de Moran O teste de Moran consiste em aplicar o indice de Moran aos resíduos da regressão O problema deste teste é que ele não identifica o tipo de efeito (erro ou defasagem espacial) A estatística do teste é dada por I = n S0 e We e e em que n é total de áreas; e é o vetor de erros W á matriz de vizinhança ; S0 é o somatório dos elementos wij da matriz de vizinhança Notes
  • 76. Teste de Moran Sob a suposição de normalidade temos que µI é o valor esperado do índice de Moran dado por: µI = − tr(MW) n − k σ2 I é a variância do índice de Moran dada por: σ2 I = tr(MWMW ) + tr(MWMW) + (tr(MW))2 (n − k)(n − k + 2) − µ2 I em que M = I − X(X X)−1 X sendo X a matriz do modelo Notes
  • 77. Teste de Moran A significância do índice de Moran pode ser testada utili- zando a estatística zc = I − µI σ2 I em que µ e σ2 são o valor esperando e variância Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é obtido da distribuição normal padrão Notes
  • 78. Teste de Moran A significância do índice de Moran pode ser testada utili- zando a estatística zc = I − µI σ2 I em que µ e σ2 são o valor esperando e variância Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou zc > zα, em que zα é obtido da distribuição normal padrão Notes
  • 79. Teste de LMe O Teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência espacial de erro (LMe) é utilizado para detectar efeitos de autocorrelação espacial no termo no erro do modelo Este teste verifica a existência de componente λ que ex- pressa a dependência espacial As hipóteses do teste são H0 : λ = 0 não existe correlação espacial no erro H1 : λ = 0 existe correlação espacial no erro Notes
  • 80. Teste de LMe A significância pode ser testada utilizando a estatística LMe = e We S2 2 tr(W W + W2) em que n é total de áreas; e é o vetor de erros W á matriz de vizinhança ; S2 = e e n A estatística LMe tem distribuição assintótica χ2 (1) Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2 c > χ2 α Notes
  • 81. Teste de LMlag O teste de Multiplicador de Lagrange para a dependên- cia espacial de defasagem (LMlag) é utilizado para detectar efeitos de autocorrelação espacial é proveniente da variá- vel observada Este teste verifica a existência de componente ρ que ex- pressa a dependência espacial As hipóteses do teste são H0 : ρ = 0 não existe correlação espacial H1 : ρ = 0 existe correlação espacial Notes
  • 82. Teste de LMlag A significância pode ser testada utilizando a estatística LMlag = e Wz S2 2 (WX ˆβ) MWX ˆβ S2 + tr(W W + W2) em que n é total de áreas; e é o vetor de erros z é o vetor de observações W á matriz de vizinhança ; S2 = e e n M = I − X(X X)−1 X sendo X a matriz do modelo ˆβ são os coeficientes estimados no modelo de regressão Notes
  • 83. Teste de LMlag A estatística LMlag tem distribuição assintótica χ2 (1) Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2 c > χ2 α Notes
  • 84. Teste de LMSARMA O teste de Multiplicador de Lagrange para a dependência espacial de defasagem e erro (LMSARMA) é utilizado para detectar efeitos de autocorrelação espacial é no erro e na variável observada Este teste verifica a existência de duas componentes λ evρ que expressa a dependência espacial As hipóteses do teste são H0 : λ = 0 ρ = 0 não existe correlação espacial H1 : λ = 0 ρ = 0 existe correlação espacial Notes
  • 85. Teste de LMSARMA A significância pode ser testada utilizando a estatística LMSARMA = e Wz−e We S2 2 (WX ˆβ) MWX ˆβ S2 + tr(W W + W2) + e We S2 2 tr(W W + W2) em que n é total de áreas; e é o vetor de erros z é o vetor de observações W á matriz de vizinhança ; S2 = e e n M = I − X(X X)−1 X sendo X a matriz do modelo ˆβ são os coeficientes estimados no modelo de regressão Notes
  • 86. Teste de LMlag A estatística LMSARMA tem distribuição assintótica χ2 (2) Rejeita-se H0 se valor − p ≤ α ou χ2 c > χ2 α Notes
  • 87. Procedimento para Regressão Espacial Para ajustar uma regressão de dados distribuídos espaci- almente deve-se seguir os seguintes passos: 1. Ajustar o modelo de regressão 2. Estabelecer uma matriz de vizinhança 3. Testar a presença da autocorrelação espacial utilizando o teste de Moran 4. Se for detectada a presença da autocorrelação espacial ajus- tar um novo modelo SAR, SEM ou SARMA Para escolha do modelo a ser ajustado utilizar os testes LM Quando mais de um teste LM for significativo, ajustar os mo- delos e escolher o melhor modelo pelos critérios de Akaike ou Schwartz. Notes