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Comunicação Não violenta
Gestão NRE Maringá
 Marshall B. Rosenberg, psicólogo
americano, cresceu em um bairro
violento de Detroit e desde cedo se
interessou por questões relacionadas a
violência, por ter presenciado cenas de
violência, geradas por conflitos raciais
e depois ele mesmo ser vítima de
violência na escola. Sua pesquisa
resultou no método de comunicação
denominada COMUNICAÇÃO NÃO –
VIOLENTA.
 Para Rosenberg ( 2006, p. 19) o ser humano é
naturalmente compassivo, por essa razão denominou a
CNV de comunicação compassiva, linguagem do
coração ou linguagem da compaixão.
 Se o ser humano é naturalmente compassivo, o que
acontece que nos desliga de nossa natureza
compassiva, levando nos a um comportamento de
forma violenta e explorar os outros?
 E o que permite que algumas pessoas permanecem
ligada a sua natureza compassiva mesmo nas
circunstâncias penosas?
 Símbolos da Comunicação não –
violenta:
 Girafa- Sua linguagem visa identificar a
necessidade e o sentimento expresso pelo
outro através das palavras e atitudes.
 Chacal ou Lobo- A linguagem chacal ou
lobo, assume forma de julgamentos
moralistas, ela gira em torno de quem está
certo e quem está errado, quem é bom ou
mal. Transfere responsabilidades para os
outros ou assume responsabilidades que não
são suas.
 Segundo Rosenberg, É a maneira como
falamos e ouvimos os outros que está a
chave para o problema das desavenças e
discórdias.
PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO
PAREDES?)
 Sinto-me tão condenada por suas palavras.
 Tão julgada e dispensada.
 Antes de ir, preciso saber:
 Foi isso que você quis dizer?
 Antes que eu me levante em minha defesa,
 Antes que eu fale com mágoa ou medo.
 Antes que eu erga aquela muralha de palavras.
 Responda: eu realmente ouvi isso?
 Palavras são janelas ou são paredes.
 Elas nos condenam ou libertam.
 Quando eu falar e quando eu ouvir,
 Que a luz do amor brilhe através de mim
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 Coisas que significam muito para mim.
 Se minhas palavras não forem claras,
 Você me ajudará a me liberta?
 Se pareci menosprezar você,
 Se você sentir que não me importei,
 Tente escutar por entre as minhas palavras
 Os sentimentos que compartilhamos.
 Ruth Berermeyer – Livro Comunicação não
Violenta
A violência pode ser silenciosa
 Podemos passar uma vida inteira com uma sensação de
vazio, vivendo de forma apática, fria e superficial, mas
completamente crédulos de que está tudo bem.
 Muitas pessoas passam uma vida inteira se comunicando de
maneira desconsiderada ou até mesmo violenta, sem que
se deem conta disso. Acabam, por consequência, não
estabelecendo relações significativas e íntimas e acham que
está tudo bem, que é assim mesmo.
 Como resultado, podem surgir camadas internas de
ressentimento, raiva e frustração, pois a pessoa nunca se
sente realmente parte de algo enriquecedor.
Os quatros componentes da CNV:
 Observação
 Sentimento
 Necessidades
 Pedidos
observação
 Ser capaz de articular essa observação sem
fazer nenhum julgamento, simplesmente
dizer o que nos agrada ou não naquilo que as
pessoas estão fazendo. ( distinção entre
observação e juízo de valor)
 Ex: Pela segunda vez essa semana o Marcelo
chegou atrasado.
sentimento
 Como nos sentimos ao observar aquela ação:
magoados assustados, alegre, divertido,
irritado. Etc. ( Distinção entre sentimento e
opiniões)
 Ex: Eu fico muito irritado, pelo fato de
Marcelo chegar pela segunda vez na
semana atrasado no trabalho.
necessidades
 Reconhecermos quais de nossas
necessidades estão ligadas ao sentimento
que identificamos. (distinção entre
necessidade e estratégias).
 Ex: Eu preciso que Marcelo não chegue
atrasado no trabalho.
pedido
 Diante da nossas necessidades, fazemos o
pedido daquilo que precisamos.
 EX: Marcelo, certamente você tem algum
motivo para chegar atrasado duas vezes na
mesma semana, mas gostaria que você
percebesse que essa atitude me deixa irritado,
pois atrapalha a organização do trabalho. Você
poderia chegar na hora certa, como os demais
funcionários? ( distinção entre pedidos e
exigências e ameaça)
Quando nossas necessidades são atendidas:
agradecidos confiantes inspirados
alegres confortáveis intrigados
alertas contentes orgulhosos
aliviados esperançosos otimistas
cheios de energia estimulados realizados
comovidos surpreso
Quando necessidades não são
atendidas:
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desorientado
s
perturbados
confusos frustrados preocupados
constrangidos impacientes relutantes
desapontados intrigados saturados
desconfortáveis irados solitários
desencorajados irritados tristes
desesperançado
s
nervosos
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 Comunicação que bloqueia a compaixão:

 Julgamentos moralizadores ( julgar o outro expressa nossa necessidade de valores)

 Posso lidar com você me dizendo
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 E posso lidar com
 Com suas interpretações
 Mas por favor não mistura as duas coisas.


 Diga-me que você está decepcionada
 Com as tarefas inacabadas que você vê
 Mas me chamar de “irresponsável”
 Não é um modo de me motivar.
 (…)
 Marshall Rosenberg
 Fazer comparações ( comparar é uma forma
de julgamento ) Ex: Seu irmão é excelente
companheiro de trabalho e você só dá
problemas.
 Negação de Responsabilidade : “ Fiz isso
porque me deu vontade, sou uma pessoa
instintiva” ( personalidade).
 Ofendi ele porque me provocou ( ação do
outro)
 Alguns exemplos nos quais ameaçamos e
chantageamos:
 Eu fiz seu trabalho aquele dia e agora você se
nega a fazer o meu. De verdade, nunca mais peça
nada para mim!
 Eu sou o funcionário mais antigo da escola sei o
que é melhor para os alunos. Se fizer isso causará
uma decepção profunda no meu coração.
 “A CNV nos ajuda a ligarmos uns aos
outros e a nós mesmos, possibilitando
que nossa compaixão natural floresça.
Ela nos guia no processo de reformular
a maneira pela qual nos expressamos e
escutamos o outro, mediante a
concentração em quatro áreas: o que
observamos, o que sentimos, do que
necessitamos e o que pedimos para
enriquecer nossa vida”.
 Muitos dos problemas que
atravessamos nos relacionamentos
pessoais e profissionais poderiam ser
resolvidos se tivéssemos a habilidade
de criar uma comunicação cheia de
empatia e compaixão, fundamentada na
ideia de uma vida mais rica e
harmoniosa com os outros.
Empatia definição:
 Capacidade de compreender o sentimento ou
reação da outra pessoa imaginando-se nas
mesmas circunstâncias.
 Capacidade de se identificar com outra
pessoa; faculdade de compreender
emocionalmente outra pessoa.
Atividade Prática – Árvore dos valores
 A intenção é construir uma árvores, cujas
folhas representarão os valores. Assim, cada
participante receberá uma “folha” e
escreverá um valor/sentimento/emoção
relacionado com a comunicação não violenta
no espaço de trabalho. Ao final, será
montada essa árvore e colocada em local de
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  • 2.  Marshall B. Rosenberg, psicólogo americano, cresceu em um bairro violento de Detroit e desde cedo se interessou por questões relacionadas a violência, por ter presenciado cenas de violência, geradas por conflitos raciais e depois ele mesmo ser vítima de violência na escola. Sua pesquisa resultou no método de comunicação denominada COMUNICAÇÃO NÃO – VIOLENTA.
  • 3.  Para Rosenberg ( 2006, p. 19) o ser humano é naturalmente compassivo, por essa razão denominou a CNV de comunicação compassiva, linguagem do coração ou linguagem da compaixão.  Se o ser humano é naturalmente compassivo, o que acontece que nos desliga de nossa natureza compassiva, levando nos a um comportamento de forma violenta e explorar os outros?  E o que permite que algumas pessoas permanecem ligada a sua natureza compassiva mesmo nas circunstâncias penosas?
  • 4.  Símbolos da Comunicação não – violenta:  Girafa- Sua linguagem visa identificar a necessidade e o sentimento expresso pelo outro através das palavras e atitudes.
  • 5.  Chacal ou Lobo- A linguagem chacal ou lobo, assume forma de julgamentos moralistas, ela gira em torno de quem está certo e quem está errado, quem é bom ou mal. Transfere responsabilidades para os outros ou assume responsabilidades que não são suas.
  • 6.  Segundo Rosenberg, É a maneira como falamos e ouvimos os outros que está a chave para o problema das desavenças e discórdias.
  • 7. PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES?)  Sinto-me tão condenada por suas palavras.  Tão julgada e dispensada.  Antes de ir, preciso saber:  Foi isso que você quis dizer?  Antes que eu me levante em minha defesa,  Antes que eu fale com mágoa ou medo.  Antes que eu erga aquela muralha de palavras.  Responda: eu realmente ouvi isso?  Palavras são janelas ou são paredes.  Elas nos condenam ou libertam.  Quando eu falar e quando eu ouvir,  Que a luz do amor brilhe através de mim
  • 8.  Há coisas que preciso dizer,  Coisas que significam muito para mim.  Se minhas palavras não forem claras,  Você me ajudará a me liberta?  Se pareci menosprezar você,  Se você sentir que não me importei,  Tente escutar por entre as minhas palavras  Os sentimentos que compartilhamos.  Ruth Berermeyer – Livro Comunicação não Violenta
  • 9. A violência pode ser silenciosa  Podemos passar uma vida inteira com uma sensação de vazio, vivendo de forma apática, fria e superficial, mas completamente crédulos de que está tudo bem.  Muitas pessoas passam uma vida inteira se comunicando de maneira desconsiderada ou até mesmo violenta, sem que se deem conta disso. Acabam, por consequência, não estabelecendo relações significativas e íntimas e acham que está tudo bem, que é assim mesmo.  Como resultado, podem surgir camadas internas de ressentimento, raiva e frustração, pois a pessoa nunca se sente realmente parte de algo enriquecedor.
  • 10. Os quatros componentes da CNV:  Observação  Sentimento  Necessidades  Pedidos
  • 11. observação  Ser capaz de articular essa observação sem fazer nenhum julgamento, simplesmente dizer o que nos agrada ou não naquilo que as pessoas estão fazendo. ( distinção entre observação e juízo de valor)  Ex: Pela segunda vez essa semana o Marcelo chegou atrasado.
  • 12. sentimento  Como nos sentimos ao observar aquela ação: magoados assustados, alegre, divertido, irritado. Etc. ( Distinção entre sentimento e opiniões)  Ex: Eu fico muito irritado, pelo fato de Marcelo chegar pela segunda vez na semana atrasado no trabalho.
  • 13. necessidades  Reconhecermos quais de nossas necessidades estão ligadas ao sentimento que identificamos. (distinção entre necessidade e estratégias).  Ex: Eu preciso que Marcelo não chegue atrasado no trabalho.
  • 14. pedido  Diante da nossas necessidades, fazemos o pedido daquilo que precisamos.  EX: Marcelo, certamente você tem algum motivo para chegar atrasado duas vezes na mesma semana, mas gostaria que você percebesse que essa atitude me deixa irritado, pois atrapalha a organização do trabalho. Você poderia chegar na hora certa, como os demais funcionários? ( distinção entre pedidos e exigências e ameaça)
  • 15. Quando nossas necessidades são atendidas: agradecidos confiantes inspirados alegres confortáveis intrigados alertas contentes orgulhosos aliviados esperançosos otimistas cheios de energia estimulados realizados comovidos surpreso
  • 16. Quando necessidades não são atendidas: aborrecidos desorientado s perturbados confusos frustrados preocupados constrangidos impacientes relutantes desapontados intrigados saturados desconfortáveis irados solitários desencorajados irritados tristes desesperançado s nervosos
  • 17.   Comunicação que bloqueia a compaixão:   Julgamentos moralizadores ( julgar o outro expressa nossa necessidade de valores)   Posso lidar com você me dizendo  O que eu fiz ou deixei de fazer  E posso lidar com  Com suas interpretações  Mas por favor não mistura as duas coisas.    Diga-me que você está decepcionada  Com as tarefas inacabadas que você vê  Mas me chamar de “irresponsável”  Não é um modo de me motivar.  (…)  Marshall Rosenberg
  • 18.  Fazer comparações ( comparar é uma forma de julgamento ) Ex: Seu irmão é excelente companheiro de trabalho e você só dá problemas.  Negação de Responsabilidade : “ Fiz isso porque me deu vontade, sou uma pessoa instintiva” ( personalidade).  Ofendi ele porque me provocou ( ação do outro)
  • 19.  Alguns exemplos nos quais ameaçamos e chantageamos:  Eu fiz seu trabalho aquele dia e agora você se nega a fazer o meu. De verdade, nunca mais peça nada para mim!  Eu sou o funcionário mais antigo da escola sei o que é melhor para os alunos. Se fizer isso causará uma decepção profunda no meu coração.
  • 20.  “A CNV nos ajuda a ligarmos uns aos outros e a nós mesmos, possibilitando que nossa compaixão natural floresça. Ela nos guia no processo de reformular a maneira pela qual nos expressamos e escutamos o outro, mediante a concentração em quatro áreas: o que observamos, o que sentimos, do que necessitamos e o que pedimos para enriquecer nossa vida”.
  • 21.  Muitos dos problemas que atravessamos nos relacionamentos pessoais e profissionais poderiam ser resolvidos se tivéssemos a habilidade de criar uma comunicação cheia de empatia e compaixão, fundamentada na ideia de uma vida mais rica e harmoniosa com os outros.
  • 22. Empatia definição:  Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias.  Capacidade de se identificar com outra pessoa; faculdade de compreender emocionalmente outra pessoa.
  • 23.
  • 24. Atividade Prática – Árvore dos valores  A intenção é construir uma árvores, cujas folhas representarão os valores. Assim, cada participante receberá uma “folha” e escreverá um valor/sentimento/emoção relacionado com a comunicação não violenta no espaço de trabalho. Ao final, será montada essa árvore e colocada em local de destaque na escola.
  • 25.
  • 27. Anexos – Sugestão de leitura