SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Baixar para ler offline
André Luís da Silva Pessoa
alsppibr@gmail.com(e-mail)/alsp1991(skype)


Referências
[1] Bhag Guru , Huseyin R. Hiziroglu, Eletromagnetic: Field Theory
    Fundamentals, Cambridge, 2 ed.
[2] William H. Hayt Jr., John A. Buck, Eletromagnetismo, Livros
    Téc. e Cient. Editora, 6 ed., 2003.
[3] Sadiku, Matthew N. O., Elementos de Eletromagnetismo , Bo-
    okmann, 2004.
[4] D. J. Griffiths, Eletrodinâmica, Pearson..
[5] Kraus, J. D. e Carver, K. R, Eletromagnetismo, Guanabara Dois,
    6 ed.
[6] David K. Cheng Field and Wave Eletromagnetics, ADDISON-
    WESLEY PUBLISHING COMPANY, 2 ed.




                                    1
Sumário
1 Síntese das equações de Maxwell                                                3
  1.1 Equações na forma discreta: . . . . . . .      .   .   .   .   .   .   .   3
  1.2 Equações de Maxwell na forma fasorial: .       .   .   .   .   .   .   .   5
       1.2.1 A fórmula de Euler: . . . . . . . .     .   .   .   .   .   .   .   5
       1.2.2 conclusões finais para esta seção:       .   .   .   .   .   .   .   6

2 A condição de Lorentz para potenciais:                                         7
  2.1 Potenciais variantes no tempo e a obtenção da con-
      dição de Lorentz para potenciais:[3] e [5] . . . . . . .                   7
                                         2
  2.2 Resolvendo a equação 2 V − εµ ∂ 2V = − ρε e discu-
                                        ∂ t
                                                 V

      tindo o significado de seu resultado:[5] . . . . . . . .                    9

3 A onda eletromagnética :                                          10
  3.1 Exercício 01: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
  3.2 Considerações necessárias para cada meio:[3] . . . . . 12
  3.3 Equações da Onda para o vácuo: . . . . . . . . . . . 12
      3.3.1 Equações de Maxwell para o vácuo: . . . . . . 12
      3.3.2 Deduzindo as equações da onda eletromagné-
               tica no vácuo:[2] . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
  3.4 Equações da onda para um meio dielétrico(isolante)
      :[2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
  3.5 Equação da onda em meio condutor:[1] . . . . . . . . 15
  3.6 Exercício 02: [1], [2] e [3] . . . . . . . . . . . . . . . . 16
  3.7 Exemplo 03: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
  3.8 Estudo da potência de uma OPU: . . . . . . . . . . . 20
      3.8.1 Calculando a potência da onda[2] e [3]: . . . . 20
      3.8.2 Calculando a densidade de potência média em
               um dielétrico[2] e [3]: . . . . . . . . . . . . . . 21
      3.8.3 Cálculo Densidade de potência média em um
               meio bom condutor[2]: . . . . . . . . . . . . . 21
      3.8.4 Potência total [2] e [3]: . . . . . . . . . . . . . 22
      3.8.5 Ondas polarizadas linearmente: . . . . . . . . 22
  3.9 Exemplo 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22




                                  2
1       Síntese das equações de Maxwell
1.1      Equações na forma discreta:
1.1.1      .E= ρV
    •   Divergente do vetor intensidade de campo elétrico é igual à
        razão entre a densidade volumétrica pela permissividade do
        dielétrico;
    •   Justificativa:
Pela lei de Gauss:
                         ˆ                ˆ
                                 D.dS =        ρV .dV             (1)
                             S
                                          V

Pelo teorema de Gauss-Ostrovsky:
                   ˆ             ˆ
                        .D.dV = ρV .dV                            (2)
                         V
                                              V

Derivando ambos os lados e simplificando:

                                    .D = ρV                       (3)
    Substituindo D por E, fica:
                                              ρV
                                    .E =                          (4)

1.1.2      × E = −µ ∂H
                    ∂t

    •   O rotacional do vetor intensidade de campo elétrico é igual
        ao oposto do produto entre a permeabilidade magnética e a
        derivada parcial do vetor intensidade de campo magnético pelo
        tempo;
    •   Justificativa:
Analisando a Lei de Faraday-Neumann-Lenz:
                        ˆ
                                     dΦ
                            E.dl = −                              (5)
                          C          dt
Utilizando o teorema de Stokes ou teorema da divergência:

                                      3
ˆ                         ´
                                          d       S B.dS
                             × E.dS = −                      (6)
                     S                   dt
Colocando a derivada para o interior da integração:
                  ˆ                  ˆ
                                        ∂B
                       × E.dS = −           .dS              (7)
                   S                  S ∂t
Derivando ambos os lados,substituindo B por µ.H e simplificando:
                                          ∂H
                               × E = −µ                          (8)
                                          ∂t
1.1.3    .H=0
  •   O divergente do vertor densidade de fluxo magnético é 0(zero);
  •   Jsutificativa: Pois as linhas de força magnéticas são fechadas;
                    ∂E
1.1.4    ×H = J+    ∂t
                       [3]
  •   O rotacional do vetor intensidade de campo magnético é igual
      à soma da densidade de corrente elétrico pelo produto entre
      a permissividade do dielétrico pela derivada parcial do vetor
      intensidade campo elétrico em relação ao tempo;
  •   Justificativa:
      Analisando a lei de Ampère, temos:
       ˆ                      ´         ˆ           ˆ
                       dQ    d S D.dS      ∂D
           B.dl = I =      =          =       .dS =    J.dS   (9)
         C             dt       dt       S ∂t        S

 ´ I representa corrente elétrica e pode ser expressa como sendo
                         ´
d S D.dS
   dt
          ou como sendo S J.dS.
   Logo desenvolvendo, derivando e substituindo D por E, fica:

                                 ×H=J                           (10)

                                   ∂E
                                ×H=                       (11)
                                    ∂t
   Se aplicarmos a operação de divergência nos dois membros da
equação 10,fica:


                                   4
∂ρV
        .(    × H) =    .J ∧    .(   × H) = 0 ⇒        .J = −       =0    (12)
                                                                 ∂t
     .J = − ∂ρV é conhecida como a equação da continuidade.
             ∂t
   Como em situações variantes no tempo a equação 12 não ocorre,
pois ∂ρV é distinta de zero, então faz-se o seguinte ajuste:
      ∂t

                                     ×H=J+J                               (13)

   Executando a operação de divergência em ambos os membros da
equação 13, obtêm-se a seguinte situação:
                                                                    ∂ρV
         .(    × H) =    .J +      .J = 0 ⇒      .J = − .J = −(−        )
                                                                     ∂t
                               ∂ρV   ∂( .D)           ∂D
                           =       =        =     .                         (14)
                                ∂t     ∂t             ∂t
   Logo,
                                            ∂D
                                     J =                                  (15)
                                            ∂t
   Conclui-se então, que:
                                        ∂D     ∂E
                          ×H=J+            =J+                            (16)
                                        ∂t     ∂t
1.2      Equações de Maxwell na forma fasorial:
O campo elétrico por exemplo pode ser colocado na forma fasorial,
que é determinada analisando incialmente a sua forma variante no
tempo, que é:
                        −
                        →
                        Ex = E(x, y, z) cos(ωt + ψ)ˆx
                                                   a                      (17)

1.2.1        A fórmula de Euler:
                          eα+jβ = eα [cos(β) + jsen(β)]                     (18)

   • Justificativa: Usando as séries de potência, teremos as seguintes identida-
     des:




                                        5
x2   x3
                                 ex = 1 + x +           +    + ...            (19)
                                                     2!   3!

                                                    x2   x4  x6
                               cos(x) = 1 −            +    − ...             (20)
                                                    2!   4!  6!

                                    x3    x5   x7
                              sin(x) = x −
                                        +    −    + ...                       (21)
                                     3!   5!   7!
   Se atribuirmos a x o valor βj, fica:

                     (βj)2   (βj)3                  β2   jβ 3   β4   jβ 5
 eβj = 1 + βj +            +       + ... = 1 + βj −    −      +    +      + ... =
                       2!      3!                   2!    3!    4!    5!
            β2       β4                    β3       β5
   = (1 −   2!   +   4!   + ...) + j(β −   3!   +   5! )   = cosβ + jsenβ.

1.2.2   conclusões finais para esta seção:
    Ex = Re[E(x, y, z).ej(ωt+ψ) ] = Re[|E(x, y, z)|∠(ωt + ψ)]                (22)
   Onde fica claro que estamos considerando apenas a parte real
desta operação, que possui também uma parte imaginária; a equação
18 pode também ser expressada comos:

                              Ex = Re[E(x, y, z).ejψ ].ejwt                  (23)
                                                          →
                                                          −
   Na equação 23, Re[E(x, y, z).ejψ ] a forma fasorial de E x e será
representada por E S ; teremos agora que:
                                    −→
                                     −
                                    EXS = ES .ejwt ax
                                                   ˆ                         (24)
   Derivando E XS teremos que :
                      ∂EXS
                             = jwES ejwt                                     (25)
                        ∂t
   Em tempos instantâneos, a equação 21 fica:
                         ∂EXS
                              ≈ jwES                                         (26)
                          ∂t
   Assim, as equações de Maxwell serão reescritas assim:
       .EXS =        ρV
       .HXS =         0
      × EXS = −jwµHS
      × HXS = J + jw ES



                                                    6
2     A condição de Lorentz para potenciais:
2.1    Potenciais variantes no tempo e a obtenção da condi-
       ção de Lorentz para potenciais:[3] e [5]
O potencial elétrico escalar e o potencial magnético vetorial são modelados res-
pectivamente:
                                      ˆ
                                          ρV .dv
                                  V =                                      (27)
                                        V 4πεR
                                      ˆ
                                          µ.J.dv
                                  A=                                       (28)
                                       V 4πR
    Considerando a identidade:
                                     → →
                                     −  −
                                    ×A =B                                 (29)
                                                                         →
                                                                         −
    Podemos desenvolver a equação de Maxwell na forma discreta,         ×E =
   →
   −
   B
− ∂∂t e obter a seguinte igualdade:

                      →
                      −                    →
                                           −                   →
                                                               −
       →
       −    ∂       ×A        → ∂
                              −          ×A                → ∂A
                                                           −
      ×E =−             ⇒    ×E+             =0⇒        × (E +    ) = 0 (30)
                   ∂t                   ∂t                     ∂t
   Como o rotacional de um campo escalar é nulo, podemos inferir que a igual-
dade 30 poder ser reescrita da seginte forma:
                                    →
                                    −
                             → ∂A
                             −
                          × (E +      )=     × (− V )                      (31)
                                   ∂t
    que poderá ser simplificado para:
                                 →
                                 −
                              → ∂A
                              −
                              E+    =− V                                   (32)
                                 ∂t
             →
             −
    Isolando E :
                                        →
                                        −
                              →
                              −        ∂A
                              E =− V −                                     (33)
                                       ∂t
                                                                      →
                                                                      −
   Conforme as equações de Maxwell na forma discreta, sabe-se que × H =
→
−      →
       −                                 →−    →
                                               −        →
                                                        −          →
                                                                   −    →
                                                                        −
       E                                                E
 J +ε ∂∂t o que pode ser reescrito como × B = µ J +εµ ∂∂t , já que B = µ H ;
logo:
                                                    →
                                                    −
                             →
                             −        →
                                      −    →
                                           −       ∂E
                       ×    ×A =    × B = µ J + εµ                         (34)
                                                   ∂t
    Aplicando a equação 33 na equação 34:




                                       7
→
                                                               −
                                                                A
                                                      ∂(− V − ∂∂t )
                         →
                         −               →
                                         −    →
                                              −
                  ×     ×A =           × B = µ J + εµ                          (35)
                                                           ∂t
 Como existe a identidade :
                                        →
                                        −            →
                                                     −          2→
                                                                 −
                              ×        ×A =       ( .A) −        A             (36)
 Então :

                                   →
                                   −                               →
                                                                   −
                                   A
                         ∂(− V − ∂∂t )            ∂(− V )           A
                                                               ∂( ∂∂t )
   →
   −         2→
              −   →
                  −                       →
                                          −
( .A) −    A = µ J + εµ                = µ J + εµ         − εµ
                                ∂t                   ∂t           ∂t
                                                                   (37)
 Reescrevendo a equação 37, fica:
                                                               −
                                                               →
                      →
                      −            2→
                                    −       →
                                            −       ∂(V )     ∂2A
                   ( .A) −             A = µ J − εµ       − εµ 2               (38)
                                                     ∂t       ∂ t
 ou
                                   −
                                   →
                        2→
                         −        ∂2A    →
                                         −              →
                                                        −       ∂(V )
               −        A + εµ        = µJ −         ( . A + εµ       )        (39)
                                  ∂2t                            ∂t
 ou
                                −
                                →
                   2→
                    −         ∂2A        →
                                         −              →
                                                        −       ∂(V )
                      A − εµ 2 = −µ J +              ( . A + εµ       )        (40)
                              ∂ t                                ∂t
                       →
                       −
 Considerando         . A + εµ ∂(V ) = 0 ⇒
                                ∂t

                             →
                             −        ∂(V )
                            . A = −εµ                                          (41)
                                        ∂t
 A equação 41 é chama de condição de Lorentz para potenciais.
 Aplicando a equação 41 na equação 40, obtem-se:
                                       −
                                       →
                                   2→
                                    −∂2A         →
                                                 −
                               A − εµ 2 = −µ J                                 (42)
                                      ∂ t
             →
             −            →
                          −          →
                                     −
 Como       .E =   ρV                 A
                        e E = − V − ∂∂t , então:
                    ε


                                          →
                                          −                      →
                                                                 −                         →
                                                                                           −
 →
 −       →
         −   ρV                          ∂A    ρV               ∂A             2        ∂ .A
.E =    .E ⇒    =            .(− V −        )⇒    = − .( V )− .    )=−             V−
              ε                          ∂t     ε               ∂t                       ∂t
                                                                               (43)
 Aplicando a equação 41 na equação 43:

              ρV                       ∂(−εµ ∂(V ) )                     ∂2V
                 =−          2
                                 V −          ∂t
                                                     =−     2
                                                                V + εµ         (44)
               ε                           ∂t                            ∂2t
 ou seja:


                                              8
∂2V       ρV
                                      2
                                       2t
                                          V − εµ
                                          =−                                (45)
                                     ∂         ε
   As equações 42 e 45 são as equações de onda!

                                                               2
2.2       Resolvendo a equação 2 V − εµ ∂ 2V = − ρε e discutindo
                                          ∂ t
                                                  V

          o significado de seu resultado:[5]
Como o operador laplaciano em coordenadas esféricas de V é definido por:


                1 ∂(R2 ∂V )        1   ∂(senθ ∂V )        1     ∂2V
      2
          V =     2
                       ∂R
                            aR + 2
                            ˆ                 ∂θ
                                                   aθ + 2
                                                   ˆ                a
                                                                    ˆ
                                                             2θ ∂2ϕ ϕ
                                                                            (46)
                R   ∂R          R senθ     ∂θ          R sen
   O laplaciano será analisado em coordenadas esféricas por que a melhor si-
metria para analisar a situação fica em simetria esférica.
   Como a única direção em que é relevante analisar o problema é na direção do
versor aR , então as demais componentes ai ,para i∈ {θ, ϕ},serão desconsideradas.
       ˆ                                ˆ
   então, se ρV = 0:

                       ∂2V         1 ∂(R2 ∂V )       ∂2V
                    2
                        V − εµ
                           =0⇒ 2            ∂R
                                                 − εµ 2 = 0                 (47)
                       ∂2t        R      ∂R          ∂ t
   onde V está dependendo de R e de t, ou seja, V∝ (R, t).
   Se chamar V(R,t) de (1/R)U(R,t), ficará:

                             ∂2U      ∂2U
                               2R
                                  − εµ 2 = 0                        (48)
                             ∂        ∂ t
                                                  √
   Resolvendo, ou a solução será em função de (t+R εµ) ou será em função
de (t-R εµ);mas seguindo uma modelagem mais fiel ao que ocorre na prática,
fica:
                                             √
                          U (R, t) = f (t − R εµ)                     (49)
                                  √
   Na equação 49 constata-se que εµ é a velocidade de propagação e pode-se
constatar que:
                                                                  √
                           U (R +         R, t +     t) = f (t − R εµ)      (50)
   e a equação 50 sendo reescrita em função de V(R,t) é:
                                                   1         √
                                  V (R, t) =         f (t − R εµ)           (51)
                                                   R
   A equação 27 diz que dV =              ρV .dv
                                           4πεR    , então:

                                                     ρ(t − R/c).dv
                                 df (t − R/c) =                             (52)
                                                          4πε



                                                    9
integrando, fica:
                                           ˆ
                                                 ρ(t − R/c).dv
                        f (t − R/c) =                                       (53)
                                            V         4πε
    logo,
                                       ˆ
                                               ρ(t − R/c).dv
                          V (R, t) =                                        (54)
                                        V           4πεR
   A equação 54 nos informa que para a onda, os valores futuros estão relacio-
nados com os valores pretéritos.


3     A onda eletromagnética :
Considerando que a onda eletromagnética é formada pelos campos elétrico e
magnético, que estão dispostos como segue:
    Segundo os esclarecimentos dados sobre a forma fasorial das funções varian-
tes no podemos escrever o campo elétrico e magnético, como sendo:

                                 Ex = ES ejωt                               (55)


                                 Hy = HS ejωt                               (56)
   Agora, cabe a nós demonstrarmos uma expressão mais expressiva para os
campos elétrico e magnético utilizando as equações de Maxwell na forma fasorial
como elementos de apoio; Mas antes vale ressaltar uma pequena observação
quanto às ondas:
    1. A velocidade angular(ω) = 2πf , onde f é a frequência e [w]=rad/s;
    2. A velocidade de fase(Vp )é dada como sendo         ∂t ;
                                                          ∂z




                                            10
3.1    Exercício 01:
                      −→
                       −                             −→
                                                     −
Considerando as ondas Ey1 = E01 cos(ωt + βz + θ)ˆy e Ex2 = E02 cos(ωt − βz +
                                                a
θ)ˆx , determine
  a
  1. As velocidade de fase em ambas as ondas;
  2. O versor que corresponde à propagação de ambas as ondas;
  3. o versor que corresponde ao crescimento de ambas as ondas;

  4. O versor correspondente ao vetor intensidade de campo magnético;
Solução:
    Se M = ωt ± βz + θ ⇒ z = ωt+θ−M e como Vp (velocidade de fase)= ∂z ,
                                     ±β                                       ∂t
então:             ωt+θ−M
                ∂(        )
    Vp = ∂z =
           ∂t
                      β
                     ∂t     = ±ω
                               β
    O sinal negativo ou positivo da velocidade está relacionado com o sentido de
propagação;
    Se fizermos um gráfico para ter uma idéia sobre a relação entre o sentido de
propagação e o sinal em ±βz, veja os seguintes gráficos:
    A)sen(t)
    B)sen(t + π)
    C)sen(t − π)
    Onde poderemos concluir que com +βz a onda se propaga no sentido de −ˆz    a
e que com −βz a onda se propaga no sentido de +ˆz .  a
    Uma constante na análise dos versores correspondentes à onda eletromagné-
tica é que:
    aE × aH = ak , onde ak é o versor que corresponde ao sentido de propagação
    ˆ    ˆ      ˆ         ˆ
da onda eletromagnética.
                    →
                    −
    Considerando E y1 para exemplificar:
    Se aE × aH = ak e
       ˆ      ˆ     ˆ
    aE = ay
    ˆ     ˆ
    ak = −ˆz
    ˆ       a
    então:
                                   →
                                   −
    ay × (−ˆz ) = ak =ˆx , ou seja H y varia sua amplitude segundo o versor ax .
    ˆ        a     ˆ    a                                                    ˆ




                                      11
3.2     Considerações necessárias para cada meio:[3]
   • No vácuo σ(condutividade) = 0,             =       0   e µ =µ0 ;
                               sem perdas : σ = 0;
   • Em meio dielétrico
                               com perdas : σ = 0;
   • Em bons condutores σ → ∞;

3.3     Equações da Onda para o vácuo:
3.3.1       Equações de Maxwell para o vácuo:
            →
            −     →
                  −
  1.       . E = .H = 0
              →
              −        →
                       −      −
                              →        −
                                       →
  2.                   H
            × E = −µ0 ∂∂t ⇒ × ES = −jω Hs

            →
            −        →
                     −           −→     −
                                        →
                   ∂E
  3.       ×H =   0 ∂t   ⇒     × HS = jwES

3.3.2  Deduzindo as equações da onda eletromagnética no vácuo:[2]
                               −→              −→
                         × × Es = −jωµ0 × HS                        (57)
                                      −→
   Substituindo na equação 57 em × HS pela sua respectiva identidade, se-
gundo a equações de Maxwell na forma fasorial:
                           −
                           →                −→              −
                                                            →
                     ×   × Es = −jωµ0 (jω 0 HS ) = ω 2 0 µ0 ES =                          (58)
    Onde ko é conhecido como o número de onda e segundo o exposto vale
  √
ω µ0 ε0 .
                                           →
                                           −         −→      →
                                                             −
    Sabendo a existência da identidade × × E S = ( .ES )− 2 E S , infe-
rimos que:

                        −
                        →                                    2−→                   2−→
       ×    × ES =   ( .ES ) −      2
                                        ES= −       2
                                                        ES= k0 ES ⇒     2
                                                                            ES= − k0 ES   (59)

    Na equação 59 existe uma operação vetorial que é conhecida como laplaciano
              −→
e é o termo ²ES ;

                         2−
                          →        ∂ 2 Es ˆ ∂ 2 Es ˆ ∂ 2 Es ˆ
                          ES   =          i+ 2 j+ 2 k                                     (60)
                                   ∂ 2x      ∂ y      ∂ z
   Como ES varia em funçao apenas de z, então :
    2−
     → ∂Ez    2
     ES = ∂ 2 z ;
   Com as informações acima podemos concluir que :

                                    ∂ 2 Es     2
                                           = −ko Es                                       (61)
                                     ∂2z



                                           12
Resolvendo a equação 61, que é uma equação diferencial de segunda ordem,
obtem-se que:

                                  Es = E0 e−jko z                                          (62)
   OBS:A resolução da equação 61 irá ofertar dois termos, porém apenas o
apresentado na equação 62 melhor modela a onda.
   Voltando para a equação 17, fica que Ex = Re[ES ]ejωt = Re[E0 e−jk0 z ejωt ] =
Re[E0 ej(ωt−k0 z) ] = E 0 cos(ωt − k0 z).

                              Ex = E0 cos(ωt − k0 z)                                       (63)
                                                                      e−jko z )
    Como xES = −jωµ0 HS ⇒ ∂ES . −jµ0 ω = HS ⇒ ∂(E0 ∂z
                                  ∂z
                                         1                            1
                                                                  . −jw = HS ⇒-
jk0 E0 e −jk0 z
                . −jµ0 ω ⇒
                    1

                                √                      √
    ⇒ HS = k0 ωµ0 E0 e−jk0 z = ω 0 µ0 ωµ0 E0 e−jk0 z =
                     1                 1                      1
                                                         0 µ0 µ0 E0 e
                                                                      −jk0 z
                                                                             = µ0 E0 e−jk0 z .
                                                                               ε
                                                                                 0

   Se multiplicarmos HS por ejωt e retirarmos a parte real, obteremos :
                                     E0
                              Hy =      cos(ωt − k0 z)                                     (64)
                                     η
   Onde η é a impedância intrínsica que é calculada pela expressão                    µ
                                                                                      ε   e tem
como unidade [η] = Ω.
  1. Se φ = ωt − k0 z, então ω =     ∂φ
                                     ∂t   = 2πf(f: frequência) e [ω] = 1rad/s;
  2. V p (velocidade de f ase) =ω/k0 =        √ω
                                             ω µ 0 ε0    =   √ 1
                                                              µ0 ε0      = c(velocidade da luz
     no vácuo)= 3 × 108 m/s;
  3. λ(comprimento de onda)= 2π =
                             k0
                                            √2π
                                           ω µ0 ε0   =   2πf
                                                               2π
                                                               √
                                                                 µ0 ε0
                                                                           c
                                                                         = f;

  4.   Ex
       Hy   =   ε0 ;
                µ0




3.4    Equações da onda para um meio dielétrico(isolante)
       :[2]
    Considerando um ambiente dielétrico que diferentemente de um ambiente
como o vácuo, possui perdas e essas perdas irão afetar visivelmente o compor-
tamento da onda no meio dielétrico em que se encontre.
   No meio dielétrico ε = − jε , ou seja, será detentor de uma parte real e
de uma parte imaginária.
   Se considerar-mos jk=α + jβ, teremos que :

            ES = Re[E0 e−jkz ] = Re[E0 e−z(α+jβ) ] = Re[E0 e−αz e−jβz ]                    (65)
   Multiplicando a equação 65 por ejωt ,fica :

            Ex = ES ejωt = Re[E0 e−αz ej(ωt−βz) ] = E0 e−αz cos(ωt − βz)                   (66)


                                           13
α > 0, ele ser´ chamado de coef iciente de atenua¸ ao
                                           a                                  c˜
    Na equação 38 quando
                               α < 0, ele ser´ chamado de coef iciente de ganho
                                             a
e
    β é chamado de constante de fase.
    Como k, no meio dielétrico é :

                    √                                              ε
               k = ω µε = ω      µ(ε − jε ) = ω         µε   1−j          (67)
                                                                   ε

Nota: raiz quadrada de um número complexo:


                                 α + jβ = a + jb                          (68)

Elevando ambos os membros ao quadrado:

                           α + jβ = a2 − b2 + 2abj                        (69)
    Logo: α = a2 − b2 eβ = 2abj;
                            √
    Se α = a2 −b2 , etão a = α + b2 ; susbsttuindo a igualdade obtida em β,fica:

                              β = 2 α + b2 × bj                           (70)
    Elevando os dois membros da equação 42 ao quadrado:

                       β 2 = −4(α + b2 )b2 = −4αb2 − 4b4                  (71)
    Organizando a equação 43, obtemos:

                             4b4 + 4αb2 + β 2 = 0                         (72)
    Se chamarmos b² de γ, teremos:

                                 4γ 2 + αγ + β 2                          (73)
    resolvendo essa equação do segundo grau, obtem-se:

                             γ = −α ±        α2 + β 2                     (74)
    Como γ = b², então:

                                   −α ± α2 + β 2
                            b=         √                                  (75)
                                         2
    e sabendo que α = a2 + b2 , obtem − seque :

                                   +α ± α2 + β 2
                            a=         √                                  (76)
                                         2



                                        14
Pela equação 67 temos o valor de k, ao multiplicar esta equação por j, tere-
mos:

                        √                                                               ε
        jk = α + jβ = jω µε = jω                 µ(ε − jε ) = jω            µε   1−j         (77)
                                                                                        ε
   desenvolvendo a raiz complexa:
              √                 √ √                                          √
   α + jβ = jω µε 1 − j ε = −1ω µε
                           ε                                      1 − j ε = ω µε
                                                                        ε              −1 + j ε =
                                                                                              ε

    √         −1+    1+( ε )2
                         ε
                                      1+   1+( ε )2
                                               ε
   ω µε (           √
                      2
                                +j         √
                                             2
                                                    ).
   Logo,

                                                −1 +          1 + ( ε )2
                                                                    ε
                           α=ω        µε                  √                                  (78)
                                                              2

                                                 1+        1 + ( ε )2
                                                                 ε
                             β=ω          µε              √                                  (79)
                                                            2
   • Se um material for dielétrico e sem perdas, subentende-se que
     ε = 0,e portanto:

                                                                0
                                               −1 +       1 + ( ε )2
                         α=ω         µε               √                =0                    (80)
                                                          2

                                1+           0
                                       1 + ( ε )2                     √
                                                                        2
              β=ω       µε            √           =ω               µε √ = ω      µε          (81)
                                        2                               2

3.5     Equação da onda em meio condutor:[1]
Em um meio condutor considera-se σ = 0, o que irá permitir uma remodelagem
das equações obtidas anteriormente considerando agora a condutividade como
termo útil para a análise da situação.
   Com σ = 0, pode-se reescrever a seguinte equação:
                                                    →
                                                    −
                                            →
                                            −      ∂H
                                          × E = −µ                                           (82)
                                                    ∂t
   ou


                         →
                         −                          →
                                                    −       →
                                                            −
            ∂          ×H                                   E
                                                 ∂(σ E + ε ∂∂t )
    →
    −                                 2→
                                       −                                         2−
                                                                                  →
 × × E = −µ                ⇒−             E = −µ                 ⇒                ES   = jωµσES +jωµε(jωES )
                      ∂t                               ∂t
                                                                                             (83)
   ou seja,


                                                15
2→
                             −
                             E = (jωµσ − ω 2 µε)ES                        (84)
   também é possível encontrar:
                            2→
                             −
                             H = (jωµσ − ω 2 µε)HS                        (85)
    Reajustando a expressão jωµσ − ω µε, fica:
                                       2

    jωµ(σ+jωε) = −ω 2 µε[1−j ωε ] = −ω 2 µˆ, onde ε = ε[1−j ωε ] = ε −jε ∧ ε =
                              σ
                                          ε       ˆ         σ

εR ε0 .
    Concluímos então que:
  1. ε =   ω;
           σ


  2. ω × ε = σ;
  3. tg(δ) = ωε é chamada de tangente de perdas e δ é o ângulo da tangente
             σ

     de perdas;
  4. ε = ε[1 − jtg(δ)]
     ˆ

A figura abaixo foi retirada de [1] é importante para a compreensão do proposto:

3.6    Exercício 02: [1], [2] e [3]
        a)Considerando que em um meio mau condutor tg(δ) << 1 e que em um
meio bom condutor tg(θ) >> 1, demonstrar expressões aproximadas para α, β
e η para cada um destes meios.
    b)Demonstre que o ângulo da impedância intrínsenca(θη ) é 2δ.
    c)Demonstrar uma expressão que coloque α e β em função de δ.
    Solução:
    a)
    1 - Propagação em um mau condutor:
    Tendo já conhecimento de que:
                     √                 √
    jk = α + jβ = jω µε 1 − j ε = jω µε 1 − j ωε ;
                                ε
                                                    σ

                                                                   2
   Poderemos usar a expansão binomial (1 + x)n = 1 + nx + n(n−1)x + ... , que
                                                             1!
é válida para x<‌<1, em 1 − j ωε = (1 − j ωε )1/2 ,onde n=1/2 e x=−j ωε ,
                               σ            σ                              σ

devido à tg(δ) = ωε << 1;
                  σ

   √ desenvolver a expansão binomial, multiplicar o resultado da mesma por
   Ao
jω µε e igualar a α + jβ, obtem-se:

                                       σ    µ
                                  α=                                      (86)
                                       2    ε
                                          1 σ
                           β=ω     µε [1 + (   )]                         (87)
                                          8 ωε
   Como,



                                       16
µ          µ            µ        1                    µ     ε             µ       σ −1/2
η=      =            =                              =         (1−j )−1/2 =        (1−j    )
      ε       ε − jε          ε    1−      jε               ε     ε             ε      ωε
                                            ε


poderemos fazer uso novamente da expansão binomial em (1 − j ωε )−1/2 , onde
                                                              σ

dessa vez será atribuído à x o valor de −j ωε e a n o valor de -1/2; após
                                             σ

multiplicar o resultado da expansão binomial por ε , obteremos:
                                                 µ


                                           µ         σ
                                  η=         [1 + j     ]                              (88)
                                           ε        2ωε
   2 - Propagação em Bom condutor:                          √
   Como em um bom condutor tg(δ) >> 1, a expressão jk=jω µε 1 − j ωεσ
                              √                              √ √
poderá ser simplificada para jω µε −j ωε = j ω 2 ε µ( −jσ ) = −1 −jσωµ =
                                      σ
                                                     ωε
√         √ √
  jσωµ = j σωµ;
   Como

                   j = 0 + 1j =        02 + 12 ∠tan−1 (0) = 1∠90◦

   , temos que
                        √                    1     1
                            1∠90◦ = 1∠45◦ = √ + j √
                                              2     2
   e que
                    1     1                            1     1   √
   jk = α + jβ = ( √ + j √ ) ×             2πf σµ = ( √ + j √ ) × 2 ×              πf σµ
                     2     2                            2     2
   ou seja:

                                       α=           πf σµ                              (89)

                                       β=           πf σµ                              (90)
   OBS: O inverso de α é conhecido como profundidade de penetração(∆) e
indica até que ponto a onda penetra em determinado meio.
   Para calcular a impedância intrínseca em um bom condutor vale analisar a
sua fórmula geral, onde ressaltaremos a presença da condutividade:

              µ         1                        µ                  µ           jωµ
       η=       ×            σ
                               =                     σ   =             σ
                                                                  ε −j ω   =   σ+jωε
              ε       1 − j ωε             ε (1 − j ωε )

   como tg(δ) >> 1 ⇒      σ
                         ωε     >> 1 ⇒ σ >> ωε , poderemos continuar a desen-
volver as igualdades:

                                                        ωµ           ωµ × σ
                                    σ =                    = ∠45◦
                      µ            jωµ
              η=    σ+jωε   =                   j                           =
                                                        σ            σ×σ

                                             17
√                 √
                                  ◦       ωµσ               2πf µσ
                          = ∠45               = ∠45◦
                                          σ                  σ
     continuando√ desenvolver, obteremos:
              √
                 a      √     ◦
     η = ∠45◦ 2 σ µσ = 2∠45 = ∆σ × ( √2 + j √2 ) =
                 πf
                          ∆σ
                                    1     1 1                         1
                                                                     ∆×σ   + j ∆×σ .
                                                                                1

     Logo,
                                    1         1
                                η=      +j                                  (91)
                                 ∆×σ        ∆×σ
    OBS: Alguns livros chamam a profundidade de penetração com o símbolo
”δ”, porém como esse símbolo já foi aqui usado em outro contexto será utilizada
a simbologia “∆” para o representar.
    b)Como η = σ+jωε , se colocarmos no denominador em evidência jωε e
                    jωµ

no numerador retirarmos j do radicando, teremos:
             √ √            √                                  √ √
              j× ωµ           µ                                 µ/ ε
    η = √j×√ωε ×√1−j σ = √ε × 4 √        σ  2
                                              1
                                               1  −1   σ  = 4√      σ  2
                                                                         ∠[− 2 tan−1 (− ωε )];
                                                                              1          σ
                         ωε
                                             1+( ωε ) ∠ 2 tan   (− ωε )        1+( ωε )
   Como a função tangente é função ímpar, temos que tan−1 (−x) = −tan−1 (x)
e que:
              √ √                            √ √
                µ/ ε       1    −1 σ           µ/ ε        1
                         ∠ tan (
            4 1 + ( σ )2 2
                                       )= 4          σ 2
                                                         ∠( θη )
                    ωε
                                    ωε        1 + ( ωε )   2

     Como tan−1 ( ωµ ) = δ e 2 tan−1 ( ωε ) = θη , então δ = 2 × θη !
                  σ          1          σ


                                          δ = 2 × θη                                           (92)
     c)Segundo a figura 1, temos as seguintes identidades:                         √
     sen(δ) = √σ2 +ω2 ε2 , cos(δ) = √σ2ωε 2 ε2 , tg(δ) = ωε e sec(δ) =
                  σ
                                       +ω
                                                         σ                            σ 2 +ω 2 ε2
                                                                                         ωε         =
√
    σ 2 /ω 2 +ε2
         ε     √ .
     Como jk=jω µˆ = α + jβ e ε = ε[1 − j ωε ], temos que:
                 ε            ˆ           σ

                                  σ                       j
     jk = α+jβ = jω      µε(1 − j ωε ) = ω         −µε(− ωε )(σ + jωε) =         jωµ(σ + jωε);
     Logo,

                              α + jβ =        jωµ(σ + jωε)                                     (93)
     Elevando ambos os membros de (93) ao quadrado, teremos:

                          jωµσ − ω 2 µε = α2 − β 2 + 2αβj                                      (94)
     Logo,

                                          α = −ω 2 µε                                          (95)

                                           β = ωµσ                                             (96)


                                              18
De (96):

                                   ωµσ        ω 2 µ2 σ 2
                              β=       ⇒ β2 =                                   (97)
                                    2α          4α2
   Aplicando (97) em (95):

                                      ω 2 µ2 σ 2
                               α2 −              = −ω 2 µε
                                        4α2


                             4α2 − ω 2 µ2 σ 2 = −4ω 2 µ2 εα2

   Atribuindo, α2 = X :

                              4X 2 + 4ω 2 µεX − ω 2 µ2 σ 2

   O discriminante da equaçao do segundo grau acima será:

                                          σ2
                            4ω 2 µ ε2 +      = 4ω 2 µεsec(δ)
                                          ω2
   Resolvendo a equação obtem-se:

      √        −4ω 2 µε ± 4ω 2 µεsec(δ)          −ω 2 µε ± ω 2 µsen(δ)      µεsec(δ)(1 − cos(δ))
α=        X=                            =                              =ω                        =
                          8                                2                         2

                                                   δ
                                =ω     µεsec(δ)sen( )
                                                   2

                                                    δ
                               α=ω      µεsec(δ)sen( )                          (98)
                                                    2
   Como α2 − β 2 = −ω 2 µε, ao substituirmos a equação (98) no respectivo valor
de α, teremos:
                                          δ
                       [ω     µεsec(δ)sen( )]2 − β 2 = ω 2 µε
                                          2
   Desenvolvendo esta equação, obtem-se:
                                                      δ
                               β=ω        µεsec(δ)cos( )                        (99)
                                                      2

3.7       Exemplo 03:
Leia o material presente em:
   http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cientista-
desafia-matematica-microrrobo-medico&id=010180120223


                                            19
3.8        Estudo da potência de uma OPU:
3.8.1       Calculando a potência da onda[2] e [3]:
           Sabendo que
                             →
                             −                       →
                                                     −
                 → → ∂D
                 →
                 −
                 −     −           → → → → → → ∂D
                                   − − −     − − −
              ×H = J +          ⇒ E. × H = E.J + E.
                            ∂t                       ∂t
   Conhecendo as identidades vetoriais
                 → → →
                 − − −            →→ → →→ →
                                  − − − − − −
                    .( A × B ) = − A . × B + B . × A
   e
                                                     →
                                                     −
         →→ → → → −
         − − −       − −     →     → → →
                                   − − −     → → →∂D
                                             − − −
         A . × B = ( A × B) ⇒ .( E x H ) = E . J + E
                                                     ∂t
        → →
        − −        →
                   −
   Como            B
          × E = − ∂∂t , podemos inferir que:
    →
    −                          →
                               −                             →
                                                             −     →
                                                                   −
 →∂B → → →
 −      − − −        → → →∂D
                     − − −           → → →
                                     − − −         → → →∂D →∂B
                                                   − − −         −
−H    − .( E × H ) = J . E + E    ⇒ − .( E × H ) = J . E + E    +H
   ∂t                          ∂t                            ∂t    ∂t
  Logo,
                   → → →
                   − − −         → → ∂(εE 2 /2) ∂(µH 2 /2)
                                 − −
                  − .( E × H ) = J . E +       +           =
                                         ∂t        ∂t

                                → → ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2)
                                − −
                              = J .E +
                                             ∂t
   Concluímos que:

                     → → →
                     − − −           → → ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2)
                                     − −
                      .( E × H ) == − J . E −                                         (100)
                                                  ∂t
   Onde:
   → → →
   − − −
     .( E × H ) : representa a potencia total dissipada;
   →−
   − →
   J .E : representa a energia perdida pelo efeito joule;
   ∂(εE 2 /2+µH 2 /2)
           ∂t         : representa as perdas capacitivas e indutivas;
   O resultado (100) pode ser expresso como sendo:
   ˛                             ˛                   ˛
         →
         −      → → →
                − − −                   →→ →
                                        − − −              ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) →−
             × ( E × H ).d S =          J . E .d V +                           d. V
    V ol                           V ol               V ol          ∂t
   Fazendo teorema de Gauss de forma inversa, teremos:

       ˛                      ˛                     ˛
             → → →
             − − −                   →→ →
                                     − − −                 ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) →−
            ( E × H ).d S =          J . E .d V +                              d. V   (101)
        S                     V ol                  V ol            ∂t
   Ou seja,
                                         → → →
                                         −   − −
                                         P = E ×H                                     (102)


                                               20
3.8.2   Calculando a densidade de potência média em um dielétrico[2]
        e [3]:
Tendo cochecimento de que,

                                  Ex = Ex0 e−αz cos(ωt − βz)                                (103)
   e que
                                     Hy0 −αz
                          Hy =          e    cos(ωt − βz + θη )                             (104)
                                      η
   Então poderemos inferir que como a potência é calculado usando (100),
obteremos o resultado abaixo:
                                       2
                                      Ex0 −2αz 2
                              Pz =       e    cos (ωt − βz)                                 (105)
                                       η
   Em funções periódicos faz-se possível o cálculo de seu valor médio usando a
expressão abaixo:
                                                ˆ   T
                                            1
                                  RAV =                  R(x, y, z)dt                       (106)
                                            T   0
   onde T é o período.
   Utilizando a equação (106) em (105), obeteremos:
                          ˆ   T    2
                      1           Ex0 −2αz
            PAV,Z =                  e     cos(ωt − βz)cos(ωt − βz + θη )dt                 (107)
                      T   0        η
   Resolvendo essa integral fica fácil ver que,
                                              2
                                            Ex0 −2αz
                                  Pz,av =        e   cos(θη )                               (108)
                                            2|η|
   Observação:


           1              1                                         1   E 2 e−αz ejθη
Pz,AV =      Re[ES ×HS ] = Re[Ex0 e−αz e−jβz ×Ex0 e−αz ejβz ejθη ] = Re[ x0
                     ∗
                                                                                      ]
           2              2                                         2        |η|
                                                                         (109)

3.8.3   Cálculo Densidade de potência média em um meio bom con-
        dutor[2]:
Como ∆ = α , então α = ∆ ; utilizando estas identidas e utilizando a apróxi-
              1            1

mação de η para bons condutores teremos que a intensidade de campo magnético
será reescrito conforme abaixo:
                   Ex0 −αz                                 Ex0        z              z
            Hy =      e    cos(ωt − βz) =                 √        e− δ z cos(ωt −     z)
                    η                                      2∠45◦                     ∆
                                                            σ∆



                                                    21
e portanto a potência média, será reescrita como,

            2 σ∆     z         z          z  π     2 σ∆     z     π
  P z,av = Ex0 √ e−2 ∆ cos(ωt − )cos(ωt −   − ) = Ex0 √ e−2 ∆ cos( )
                2              ∆          ∆  4         2          4

                                            σ∆ −2 z
                                       2
                             P z,av = Ex0      e δ                        (110)
                                             4

   Observação:
   Quando z=∆, então apenas 13,5% da potência ainda permanece.

3.8.4  Potência total [2] e [3]:
                           →
                           −          →
                                      −        →
                                               −
                           P T otal = P AV,Z × S                          (111)
        →
        −
   onde S representa a área.

3.8.5   Ondas polarizadas linearmente:

3.9     Exemplo 4
Uma onda com frequência de 2GHz, propaga-se em meio não-magnético que
possui constante do dielétrico valendo 94. Sabendo que o campo elétrico da
mesma tem como lei de formação

        −→
         −                        4π                            94π
        Ez,t = −e5z sen(ωt + βz +     )ˆx − 50e5z cos(ωt + βz +
                                       a                            )ˆy
                                                                     a
                                  180                           180
    Determine:
    a)Tangente de perdas;
    b)Se o material é dielétrico, mau condutor ou bom condutor;
    c)ω
    d)β
    e)λ
    f)η
      →
      −
    g) E S
       →
       −
    h) H S
    i)Se é linearmente polarizada, elipticamente polarizada ou circularmente po-
larizada;
    j)A densidade de potência média;
    l)Considerando que a densidade de potência média passa por uma área de
50cm2 do plano z=2x, determite a potência total;




                                      22

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoLucas Guimaraes
 
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...Vinicius Elias
 
Aula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAdriano Silva
 
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabarito
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabaritoUfpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabarito
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabaritoRafaantz
 
Algebra Linear cap 04
Algebra Linear cap 04Algebra Linear cap 04
Algebra Linear cap 04Andrei Bastos
 
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...JÚLIO PEIXOTO
 
Aula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAdriano Silva
 
Campo EléTrico
Campo EléTricoCampo EléTrico
Campo EléTricodalgo
 
Redes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRedes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRenato Vicente
 
DinâMica De PartíCulas
DinâMica De PartíCulasDinâMica De PartíCulas
DinâMica De PartíCulasguestf9bbf1
 
Redes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRedes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRenato Vicente
 
Fisica cn2 parte4 tipos de força
Fisica cn2 parte4 tipos de forçaFisica cn2 parte4 tipos de força
Fisica cn2 parte4 tipos de força2marrow
 

Mais procurados (19)

Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
 
Capitulo1
Capitulo1Capitulo1
Capitulo1
 
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...
Análise Dinâmica de uma Viga do tipo biapoiada utilizando o Método dos Elemen...
 
Aula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônicoAula 15: O oscilador harmônico
Aula 15: O oscilador harmônico
 
Apostila ESTRUTURAS
Apostila ESTRUTURAS Apostila ESTRUTURAS
Apostila ESTRUTURAS
 
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabarito
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabaritoUfpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabarito
Ufpe 2011-0-prova-completa-2a-etapa-c-gabarito
 
Cad(2)
 Cad(2) Cad(2)
Cad(2)
 
Algebra Linear cap 04
Algebra Linear cap 04Algebra Linear cap 04
Algebra Linear cap 04
 
7 slides
7 slides7 slides
7 slides
 
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
FORMA ANALÍTICA E MÉTODOS DAS DIFERENÇAS FINITAS APLICADO AO POTENCIAL DENTRO...
 
Aula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angularAula 19: O operador momento angular
Aula 19: O operador momento angular
 
Vestufpe -fisica
Vestufpe -fisicaVestufpe -fisica
Vestufpe -fisica
 
Campo EléTrico
Campo EléTricoCampo EléTrico
Campo EléTrico
 
Redes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRedes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de Densidades
 
DinâMica De PartíCulas
DinâMica De PartíCulasDinâMica De PartíCulas
DinâMica De PartíCulas
 
Redes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRedes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressão
 
Capitulo15
Capitulo15Capitulo15
Capitulo15
 
Ap1
Ap1Ap1
Ap1
 
Fisica cn2 parte4 tipos de força
Fisica cn2 parte4 tipos de forçaFisica cn2 parte4 tipos de força
Fisica cn2 parte4 tipos de força
 

Destaque

Production Company details...
Production Company details...Production Company details...
Production Company details...Louise Adams
 
2 surah a'la ghasiah
2 surah a'la  ghasiah2 surah a'la  ghasiah
2 surah a'la ghasiahWan Noriah
 
Gautam Jain Resume
Gautam Jain ResumeGautam Jain Resume
Gautam Jain ResumeGautam Jain
 
Undangan sarasehan adiwiyata
Undangan sarasehan adiwiyataUndangan sarasehan adiwiyata
Undangan sarasehan adiwiyataBos PerPus
 
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)pohtee
 
Compassion and the Cancer Diagnosis
Compassion and the Cancer DiagnosisCompassion and the Cancer Diagnosis
Compassion and the Cancer DiagnosisGeorge Nicolas Batty
 
Hari kantin
Hari kantinHari kantin
Hari kantinImmztl94
 
Adab –adab di sekolah slide
Adab –adab di sekolah slideAdab –adab di sekolah slide
Adab –adab di sekolah slideLiza Ahmat
 
Tugasan Edmodo
Tugasan EdmodoTugasan Edmodo
Tugasan Edmododiknor
 
1. sijil penghargaan
1. sijil penghargaan1. sijil penghargaan
1. sijil penghargaanazimejin
 
Andrew powerpointwhoami
Andrew powerpointwhoamiAndrew powerpointwhoami
Andrew powerpointwhoamizasever
 
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1elanggo19
 

Destaque (20)

Production Company details...
Production Company details...Production Company details...
Production Company details...
 
2 surah a'la ghasiah
2 surah a'la  ghasiah2 surah a'la  ghasiah
2 surah a'la ghasiah
 
Tagalog Vocabulary Set 1 "Alamat ng mga Daliri"
Tagalog Vocabulary Set 1 "Alamat ng mga Daliri"Tagalog Vocabulary Set 1 "Alamat ng mga Daliri"
Tagalog Vocabulary Set 1 "Alamat ng mga Daliri"
 
Gautam Jain Resume
Gautam Jain ResumeGautam Jain Resume
Gautam Jain Resume
 
Menu!
Menu!Menu!
Menu!
 
Undangan sarasehan adiwiyata
Undangan sarasehan adiwiyataUndangan sarasehan adiwiyata
Undangan sarasehan adiwiyata
 
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)
Nota guru dan cabaran semasa (edu 3093)
 
Prota ips vi
Prota ips viProta ips vi
Prota ips vi
 
Compassion and the Cancer Diagnosis
Compassion and the Cancer DiagnosisCompassion and the Cancer Diagnosis
Compassion and the Cancer Diagnosis
 
Cancer de pulmon(1)
Cancer de pulmon(1)Cancer de pulmon(1)
Cancer de pulmon(1)
 
Hari kantin
Hari kantinHari kantin
Hari kantin
 
Adab –adab di sekolah slide
Adab –adab di sekolah slideAdab –adab di sekolah slide
Adab –adab di sekolah slide
 
Rpt science frm4
Rpt science frm4Rpt science frm4
Rpt science frm4
 
Tugasan Edmodo
Tugasan EdmodoTugasan Edmodo
Tugasan Edmodo
 
1. sijil penghargaan
1. sijil penghargaan1. sijil penghargaan
1. sijil penghargaan
 
Tahap 1 2015
Tahap 1 2015Tahap 1 2015
Tahap 1 2015
 
Contaminación
ContaminaciónContaminación
Contaminación
 
Andres silva. seccion 2
Andres silva. seccion 2Andres silva. seccion 2
Andres silva. seccion 2
 
Andrew powerpointwhoami
Andrew powerpointwhoamiAndrew powerpointwhoami
Andrew powerpointwhoami
 
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1
Minit mesyuarat pengurusan bilik apd ke 1
 

Semelhante a Eletromag2

Semelhante a Eletromag2 (20)

Eletromagnetismo
EletromagnetismoEletromagnetismo
Eletromagnetismo
 
2011física
2011física2011física
2011física
 
Exercícios resolvidos
Exercícios resolvidosExercícios resolvidos
Exercícios resolvidos
 
Equacionamento das ondas planas - Eletromag.
Equacionamento das ondas planas - Eletromag.Equacionamento das ondas planas - Eletromag.
Equacionamento das ondas planas - Eletromag.
 
potencial elétrico.
potencial elétrico.potencial elétrico.
potencial elétrico.
 
Física 2009
Física 2009Física 2009
Física 2009
 
Professor helanderson sousa
Professor helanderson sousaProfessor helanderson sousa
Professor helanderson sousa
 
Atômica e molecular lista1
Atômica e molecular lista1Atômica e molecular lista1
Atômica e molecular lista1
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
euclides primos
euclides primoseuclides primos
euclides primos
 
Aula 16: Exercícios
Aula 16: ExercíciosAula 16: Exercícios
Aula 16: Exercícios
 
Exercicio 3 lista 7
Exercicio 3   lista 7Exercicio 3   lista 7
Exercicio 3 lista 7
 
Flexão pura ii
Flexão pura iiFlexão pura ii
Flexão pura ii
 
Aula5
Aula5Aula5
Aula5
 
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrauAula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
Aula 9: O degrau de potencial. Caso II: Energia maior que o degrau
 
Campo EléTrico
Campo EléTricoCampo EléTrico
Campo EléTrico
 
Aula10
Aula10Aula10
Aula10
 
Fis mat resolucao comentada 001
Fis mat resolucao comentada   001Fis mat resolucao comentada   001
Fis mat resolucao comentada 001
 
Estr mat i
Estr mat iEstr mat i
Estr mat i
 
Aula 13: O poço de potencial finito
Aula 13: O poço de potencial finitoAula 13: O poço de potencial finito
Aula 13: O poço de potencial finito
 

Eletromag2

  • 1. André Luís da Silva Pessoa alsppibr@gmail.com(e-mail)/alsp1991(skype) Referências [1] Bhag Guru , Huseyin R. Hiziroglu, Eletromagnetic: Field Theory Fundamentals, Cambridge, 2 ed. [2] William H. Hayt Jr., John A. Buck, Eletromagnetismo, Livros Téc. e Cient. Editora, 6 ed., 2003. [3] Sadiku, Matthew N. O., Elementos de Eletromagnetismo , Bo- okmann, 2004. [4] D. J. Griffiths, Eletrodinâmica, Pearson.. [5] Kraus, J. D. e Carver, K. R, Eletromagnetismo, Guanabara Dois, 6 ed. [6] David K. Cheng Field and Wave Eletromagnetics, ADDISON- WESLEY PUBLISHING COMPANY, 2 ed. 1
  • 2. Sumário 1 Síntese das equações de Maxwell 3 1.1 Equações na forma discreta: . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Equações de Maxwell na forma fasorial: . . . . . . . . 5 1.2.1 A fórmula de Euler: . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2.2 conclusões finais para esta seção: . . . . . . . 6 2 A condição de Lorentz para potenciais: 7 2.1 Potenciais variantes no tempo e a obtenção da con- dição de Lorentz para potenciais:[3] e [5] . . . . . . . 7 2 2.2 Resolvendo a equação 2 V − εµ ∂ 2V = − ρε e discu- ∂ t V tindo o significado de seu resultado:[5] . . . . . . . . 9 3 A onda eletromagnética : 10 3.1 Exercício 01: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.2 Considerações necessárias para cada meio:[3] . . . . . 12 3.3 Equações da Onda para o vácuo: . . . . . . . . . . . 12 3.3.1 Equações de Maxwell para o vácuo: . . . . . . 12 3.3.2 Deduzindo as equações da onda eletromagné- tica no vácuo:[2] . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3.4 Equações da onda para um meio dielétrico(isolante) :[2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.5 Equação da onda em meio condutor:[1] . . . . . . . . 15 3.6 Exercício 02: [1], [2] e [3] . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.7 Exemplo 03: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3.8 Estudo da potência de uma OPU: . . . . . . . . . . . 20 3.8.1 Calculando a potência da onda[2] e [3]: . . . . 20 3.8.2 Calculando a densidade de potência média em um dielétrico[2] e [3]: . . . . . . . . . . . . . . 21 3.8.3 Cálculo Densidade de potência média em um meio bom condutor[2]: . . . . . . . . . . . . . 21 3.8.4 Potência total [2] e [3]: . . . . . . . . . . . . . 22 3.8.5 Ondas polarizadas linearmente: . . . . . . . . 22 3.9 Exemplo 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 2
  • 3. 1 Síntese das equações de Maxwell 1.1 Equações na forma discreta: 1.1.1 .E= ρV • Divergente do vetor intensidade de campo elétrico é igual à razão entre a densidade volumétrica pela permissividade do dielétrico; • Justificativa: Pela lei de Gauss: ˆ ˆ D.dS = ρV .dV (1) S V Pelo teorema de Gauss-Ostrovsky: ˆ ˆ .D.dV = ρV .dV (2) V V Derivando ambos os lados e simplificando: .D = ρV (3) Substituindo D por E, fica: ρV .E = (4) 1.1.2 × E = −µ ∂H ∂t • O rotacional do vetor intensidade de campo elétrico é igual ao oposto do produto entre a permeabilidade magnética e a derivada parcial do vetor intensidade de campo magnético pelo tempo; • Justificativa: Analisando a Lei de Faraday-Neumann-Lenz: ˆ dΦ E.dl = − (5) C dt Utilizando o teorema de Stokes ou teorema da divergência: 3
  • 4. ˆ ´ d S B.dS × E.dS = − (6) S dt Colocando a derivada para o interior da integração: ˆ ˆ ∂B × E.dS = − .dS (7) S S ∂t Derivando ambos os lados,substituindo B por µ.H e simplificando: ∂H × E = −µ (8) ∂t 1.1.3 .H=0 • O divergente do vertor densidade de fluxo magnético é 0(zero); • Jsutificativa: Pois as linhas de força magnéticas são fechadas; ∂E 1.1.4 ×H = J+ ∂t [3] • O rotacional do vetor intensidade de campo magnético é igual à soma da densidade de corrente elétrico pelo produto entre a permissividade do dielétrico pela derivada parcial do vetor intensidade campo elétrico em relação ao tempo; • Justificativa: Analisando a lei de Ampère, temos: ˆ ´ ˆ ˆ dQ d S D.dS ∂D B.dl = I = = = .dS = J.dS (9) C dt dt S ∂t S ´ I representa corrente elétrica e pode ser expressa como sendo ´ d S D.dS dt ou como sendo S J.dS. Logo desenvolvendo, derivando e substituindo D por E, fica: ×H=J (10) ∂E ×H= (11) ∂t Se aplicarmos a operação de divergência nos dois membros da equação 10,fica: 4
  • 5. ∂ρV .( × H) = .J ∧ .( × H) = 0 ⇒ .J = − =0 (12) ∂t .J = − ∂ρV é conhecida como a equação da continuidade. ∂t Como em situações variantes no tempo a equação 12 não ocorre, pois ∂ρV é distinta de zero, então faz-se o seguinte ajuste: ∂t ×H=J+J (13) Executando a operação de divergência em ambos os membros da equação 13, obtêm-se a seguinte situação: ∂ρV .( × H) = .J + .J = 0 ⇒ .J = − .J = −(− ) ∂t ∂ρV ∂( .D) ∂D = = = . (14) ∂t ∂t ∂t Logo, ∂D J = (15) ∂t Conclui-se então, que: ∂D ∂E ×H=J+ =J+ (16) ∂t ∂t 1.2 Equações de Maxwell na forma fasorial: O campo elétrico por exemplo pode ser colocado na forma fasorial, que é determinada analisando incialmente a sua forma variante no tempo, que é: − → Ex = E(x, y, z) cos(ωt + ψ)ˆx a (17) 1.2.1 A fórmula de Euler: eα+jβ = eα [cos(β) + jsen(β)] (18) • Justificativa: Usando as séries de potência, teremos as seguintes identida- des: 5
  • 6. x2 x3 ex = 1 + x + + + ... (19) 2! 3! x2 x4 x6 cos(x) = 1 − + − ... (20) 2! 4! 6! x3 x5 x7 sin(x) = x − + − + ... (21) 3! 5! 7! Se atribuirmos a x o valor βj, fica: (βj)2 (βj)3 β2 jβ 3 β4 jβ 5 eβj = 1 + βj + + + ... = 1 + βj − − + + + ... = 2! 3! 2! 3! 4! 5! β2 β4 β3 β5 = (1 − 2! + 4! + ...) + j(β − 3! + 5! ) = cosβ + jsenβ. 1.2.2 conclusões finais para esta seção: Ex = Re[E(x, y, z).ej(ωt+ψ) ] = Re[|E(x, y, z)|∠(ωt + ψ)] (22) Onde fica claro que estamos considerando apenas a parte real desta operação, que possui também uma parte imaginária; a equação 18 pode também ser expressada comos: Ex = Re[E(x, y, z).ejψ ].ejwt (23) → − Na equação 23, Re[E(x, y, z).ejψ ] a forma fasorial de E x e será representada por E S ; teremos agora que: −→ − EXS = ES .ejwt ax ˆ (24) Derivando E XS teremos que : ∂EXS = jwES ejwt (25) ∂t Em tempos instantâneos, a equação 21 fica: ∂EXS ≈ jwES (26) ∂t Assim, as equações de Maxwell serão reescritas assim: .EXS = ρV .HXS = 0 × EXS = −jwµHS × HXS = J + jw ES 6
  • 7. 2 A condição de Lorentz para potenciais: 2.1 Potenciais variantes no tempo e a obtenção da condi- ção de Lorentz para potenciais:[3] e [5] O potencial elétrico escalar e o potencial magnético vetorial são modelados res- pectivamente: ˆ ρV .dv V = (27) V 4πεR ˆ µ.J.dv A= (28) V 4πR Considerando a identidade: → → − − ×A =B (29) → − Podemos desenvolver a equação de Maxwell na forma discreta, ×E = → − B − ∂∂t e obter a seguinte igualdade: → − → − → − → − ∂ ×A → ∂ − ×A → ∂A − ×E =− ⇒ ×E+ =0⇒ × (E + ) = 0 (30) ∂t ∂t ∂t Como o rotacional de um campo escalar é nulo, podemos inferir que a igual- dade 30 poder ser reescrita da seginte forma: → − → ∂A − × (E + )= × (− V ) (31) ∂t que poderá ser simplificado para: → − → ∂A − E+ =− V (32) ∂t → − Isolando E : → − → − ∂A E =− V − (33) ∂t → − Conforme as equações de Maxwell na forma discreta, sabe-se que × H = → − → − →− → − → − → − → − E E J +ε ∂∂t o que pode ser reescrito como × B = µ J +εµ ∂∂t , já que B = µ H ; logo: → − → − → − → − ∂E × ×A = × B = µ J + εµ (34) ∂t Aplicando a equação 33 na equação 34: 7
  • 8. − A ∂(− V − ∂∂t ) → − → − → − × ×A = × B = µ J + εµ (35) ∂t Como existe a identidade : → − → − 2→ − × ×A = ( .A) − A (36) Então : → − → − A ∂(− V − ∂∂t ) ∂(− V ) A ∂( ∂∂t ) → − 2→ − → − → − ( .A) − A = µ J + εµ = µ J + εµ − εµ ∂t ∂t ∂t (37) Reescrevendo a equação 37, fica: − → → − 2→ − → − ∂(V ) ∂2A ( .A) − A = µ J − εµ − εµ 2 (38) ∂t ∂ t ou − → 2→ − ∂2A → − → − ∂(V ) − A + εµ = µJ − ( . A + εµ ) (39) ∂2t ∂t ou − → 2→ − ∂2A → − → − ∂(V ) A − εµ 2 = −µ J + ( . A + εµ ) (40) ∂ t ∂t → − Considerando . A + εµ ∂(V ) = 0 ⇒ ∂t → − ∂(V ) . A = −εµ (41) ∂t A equação 41 é chama de condição de Lorentz para potenciais. Aplicando a equação 41 na equação 40, obtem-se: − → 2→ −∂2A → − A − εµ 2 = −µ J (42) ∂ t → − → − → − Como .E = ρV A e E = − V − ∂∂t , então: ε → − → − → − → − → − ρV ∂A ρV ∂A 2 ∂ .A .E = .E ⇒ = .(− V − )⇒ = − .( V )− . )=− V− ε ∂t ε ∂t ∂t (43) Aplicando a equação 41 na equação 43: ρV ∂(−εµ ∂(V ) ) ∂2V =− 2 V − ∂t =− 2 V + εµ (44) ε ∂t ∂2t ou seja: 8
  • 9. ∂2V ρV 2 2t V − εµ =− (45) ∂ ε As equações 42 e 45 são as equações de onda! 2 2.2 Resolvendo a equação 2 V − εµ ∂ 2V = − ρε e discutindo ∂ t V o significado de seu resultado:[5] Como o operador laplaciano em coordenadas esféricas de V é definido por: 1 ∂(R2 ∂V ) 1 ∂(senθ ∂V ) 1 ∂2V 2 V = 2 ∂R aR + 2 ˆ ∂θ aθ + 2 ˆ a ˆ 2θ ∂2ϕ ϕ (46) R ∂R R senθ ∂θ R sen O laplaciano será analisado em coordenadas esféricas por que a melhor si- metria para analisar a situação fica em simetria esférica. Como a única direção em que é relevante analisar o problema é na direção do versor aR , então as demais componentes ai ,para i∈ {θ, ϕ},serão desconsideradas. ˆ ˆ então, se ρV = 0: ∂2V 1 ∂(R2 ∂V ) ∂2V 2 V − εµ =0⇒ 2 ∂R − εµ 2 = 0 (47) ∂2t R ∂R ∂ t onde V está dependendo de R e de t, ou seja, V∝ (R, t). Se chamar V(R,t) de (1/R)U(R,t), ficará: ∂2U ∂2U 2R − εµ 2 = 0 (48) ∂ ∂ t √ Resolvendo, ou a solução será em função de (t+R εµ) ou será em função de (t-R εµ);mas seguindo uma modelagem mais fiel ao que ocorre na prática, fica: √ U (R, t) = f (t − R εµ) (49) √ Na equação 49 constata-se que εµ é a velocidade de propagação e pode-se constatar que: √ U (R + R, t + t) = f (t − R εµ) (50) e a equação 50 sendo reescrita em função de V(R,t) é: 1 √ V (R, t) = f (t − R εµ) (51) R A equação 27 diz que dV = ρV .dv 4πεR , então: ρ(t − R/c).dv df (t − R/c) = (52) 4πε 9
  • 10. integrando, fica: ˆ ρ(t − R/c).dv f (t − R/c) = (53) V 4πε logo, ˆ ρ(t − R/c).dv V (R, t) = (54) V 4πεR A equação 54 nos informa que para a onda, os valores futuros estão relacio- nados com os valores pretéritos. 3 A onda eletromagnética : Considerando que a onda eletromagnética é formada pelos campos elétrico e magnético, que estão dispostos como segue: Segundo os esclarecimentos dados sobre a forma fasorial das funções varian- tes no podemos escrever o campo elétrico e magnético, como sendo: Ex = ES ejωt (55) Hy = HS ejωt (56) Agora, cabe a nós demonstrarmos uma expressão mais expressiva para os campos elétrico e magnético utilizando as equações de Maxwell na forma fasorial como elementos de apoio; Mas antes vale ressaltar uma pequena observação quanto às ondas: 1. A velocidade angular(ω) = 2πf , onde f é a frequência e [w]=rad/s; 2. A velocidade de fase(Vp )é dada como sendo ∂t ; ∂z 10
  • 11. 3.1 Exercício 01: −→ − −→ − Considerando as ondas Ey1 = E01 cos(ωt + βz + θ)ˆy e Ex2 = E02 cos(ωt − βz + a θ)ˆx , determine a 1. As velocidade de fase em ambas as ondas; 2. O versor que corresponde à propagação de ambas as ondas; 3. o versor que corresponde ao crescimento de ambas as ondas; 4. O versor correspondente ao vetor intensidade de campo magnético; Solução: Se M = ωt ± βz + θ ⇒ z = ωt+θ−M e como Vp (velocidade de fase)= ∂z , ±β ∂t então: ωt+θ−M ∂( ) Vp = ∂z = ∂t β ∂t = ±ω β O sinal negativo ou positivo da velocidade está relacionado com o sentido de propagação; Se fizermos um gráfico para ter uma idéia sobre a relação entre o sentido de propagação e o sinal em ±βz, veja os seguintes gráficos: A)sen(t) B)sen(t + π) C)sen(t − π) Onde poderemos concluir que com +βz a onda se propaga no sentido de −ˆz a e que com −βz a onda se propaga no sentido de +ˆz . a Uma constante na análise dos versores correspondentes à onda eletromagné- tica é que: aE × aH = ak , onde ak é o versor que corresponde ao sentido de propagação ˆ ˆ ˆ ˆ da onda eletromagnética. → − Considerando E y1 para exemplificar: Se aE × aH = ak e ˆ ˆ ˆ aE = ay ˆ ˆ ak = −ˆz ˆ a então: → − ay × (−ˆz ) = ak =ˆx , ou seja H y varia sua amplitude segundo o versor ax . ˆ a ˆ a ˆ 11
  • 12. 3.2 Considerações necessárias para cada meio:[3] • No vácuo σ(condutividade) = 0, = 0 e µ =µ0 ; sem perdas : σ = 0; • Em meio dielétrico com perdas : σ = 0; • Em bons condutores σ → ∞; 3.3 Equações da Onda para o vácuo: 3.3.1 Equações de Maxwell para o vácuo: → − → − 1. . E = .H = 0 → − → − − → − → 2. H × E = −µ0 ∂∂t ⇒ × ES = −jω Hs → − → − −→ − → ∂E 3. ×H = 0 ∂t ⇒ × HS = jwES 3.3.2 Deduzindo as equações da onda eletromagnética no vácuo:[2] −→ −→ × × Es = −jωµ0 × HS (57) −→ Substituindo na equação 57 em × HS pela sua respectiva identidade, se- gundo a equações de Maxwell na forma fasorial: − → −→ − → × × Es = −jωµ0 (jω 0 HS ) = ω 2 0 µ0 ES = (58) Onde ko é conhecido como o número de onda e segundo o exposto vale √ ω µ0 ε0 . → − −→ → − Sabendo a existência da identidade × × E S = ( .ES )− 2 E S , infe- rimos que: − → 2−→ 2−→ × × ES = ( .ES ) − 2 ES= − 2 ES= k0 ES ⇒ 2 ES= − k0 ES (59) Na equação 59 existe uma operação vetorial que é conhecida como laplaciano −→ e é o termo ²ES ; 2− → ∂ 2 Es ˆ ∂ 2 Es ˆ ∂ 2 Es ˆ ES = i+ 2 j+ 2 k (60) ∂ 2x ∂ y ∂ z Como ES varia em funçao apenas de z, então : 2− → ∂Ez 2 ES = ∂ 2 z ; Com as informações acima podemos concluir que : ∂ 2 Es 2 = −ko Es (61) ∂2z 12
  • 13. Resolvendo a equação 61, que é uma equação diferencial de segunda ordem, obtem-se que: Es = E0 e−jko z (62) OBS:A resolução da equação 61 irá ofertar dois termos, porém apenas o apresentado na equação 62 melhor modela a onda. Voltando para a equação 17, fica que Ex = Re[ES ]ejωt = Re[E0 e−jk0 z ejωt ] = Re[E0 ej(ωt−k0 z) ] = E 0 cos(ωt − k0 z). Ex = E0 cos(ωt − k0 z) (63) e−jko z ) Como xES = −jωµ0 HS ⇒ ∂ES . −jµ0 ω = HS ⇒ ∂(E0 ∂z ∂z 1 1 . −jw = HS ⇒- jk0 E0 e −jk0 z . −jµ0 ω ⇒ 1 √ √ ⇒ HS = k0 ωµ0 E0 e−jk0 z = ω 0 µ0 ωµ0 E0 e−jk0 z = 1 1 1 0 µ0 µ0 E0 e −jk0 z = µ0 E0 e−jk0 z . ε 0 Se multiplicarmos HS por ejωt e retirarmos a parte real, obteremos : E0 Hy = cos(ωt − k0 z) (64) η Onde η é a impedância intrínsica que é calculada pela expressão µ ε e tem como unidade [η] = Ω. 1. Se φ = ωt − k0 z, então ω = ∂φ ∂t = 2πf(f: frequência) e [ω] = 1rad/s; 2. V p (velocidade de f ase) =ω/k0 = √ω ω µ 0 ε0 = √ 1 µ0 ε0 = c(velocidade da luz no vácuo)= 3 × 108 m/s; 3. λ(comprimento de onda)= 2π = k0 √2π ω µ0 ε0 = 2πf 2π √ µ0 ε0 c = f; 4. Ex Hy = ε0 ; µ0 3.4 Equações da onda para um meio dielétrico(isolante) :[2] Considerando um ambiente dielétrico que diferentemente de um ambiente como o vácuo, possui perdas e essas perdas irão afetar visivelmente o compor- tamento da onda no meio dielétrico em que se encontre. No meio dielétrico ε = − jε , ou seja, será detentor de uma parte real e de uma parte imaginária. Se considerar-mos jk=α + jβ, teremos que : ES = Re[E0 e−jkz ] = Re[E0 e−z(α+jβ) ] = Re[E0 e−αz e−jβz ] (65) Multiplicando a equação 65 por ejωt ,fica : Ex = ES ejωt = Re[E0 e−αz ej(ωt−βz) ] = E0 e−αz cos(ωt − βz) (66) 13
  • 14. α > 0, ele ser´ chamado de coef iciente de atenua¸ ao a c˜ Na equação 38 quando α < 0, ele ser´ chamado de coef iciente de ganho a e β é chamado de constante de fase. Como k, no meio dielétrico é : √ ε k = ω µε = ω µ(ε − jε ) = ω µε 1−j (67) ε Nota: raiz quadrada de um número complexo: α + jβ = a + jb (68) Elevando ambos os membros ao quadrado: α + jβ = a2 − b2 + 2abj (69) Logo: α = a2 − b2 eβ = 2abj; √ Se α = a2 −b2 , etão a = α + b2 ; susbsttuindo a igualdade obtida em β,fica: β = 2 α + b2 × bj (70) Elevando os dois membros da equação 42 ao quadrado: β 2 = −4(α + b2 )b2 = −4αb2 − 4b4 (71) Organizando a equação 43, obtemos: 4b4 + 4αb2 + β 2 = 0 (72) Se chamarmos b² de γ, teremos: 4γ 2 + αγ + β 2 (73) resolvendo essa equação do segundo grau, obtem-se: γ = −α ± α2 + β 2 (74) Como γ = b², então: −α ± α2 + β 2 b= √ (75) 2 e sabendo que α = a2 + b2 , obtem − seque : +α ± α2 + β 2 a= √ (76) 2 14
  • 15. Pela equação 67 temos o valor de k, ao multiplicar esta equação por j, tere- mos: √ ε jk = α + jβ = jω µε = jω µ(ε − jε ) = jω µε 1−j (77) ε desenvolvendo a raiz complexa: √ √ √ √ α + jβ = jω µε 1 − j ε = −1ω µε ε 1 − j ε = ω µε ε −1 + j ε = ε √ −1+ 1+( ε )2 ε 1+ 1+( ε )2 ε ω µε ( √ 2 +j √ 2 ). Logo, −1 + 1 + ( ε )2 ε α=ω µε √ (78) 2 1+ 1 + ( ε )2 ε β=ω µε √ (79) 2 • Se um material for dielétrico e sem perdas, subentende-se que ε = 0,e portanto: 0 −1 + 1 + ( ε )2 α=ω µε √ =0 (80) 2 1+ 0 1 + ( ε )2 √ 2 β=ω µε √ =ω µε √ = ω µε (81) 2 2 3.5 Equação da onda em meio condutor:[1] Em um meio condutor considera-se σ = 0, o que irá permitir uma remodelagem das equações obtidas anteriormente considerando agora a condutividade como termo útil para a análise da situação. Com σ = 0, pode-se reescrever a seguinte equação: → − → − ∂H × E = −µ (82) ∂t ou → − → − → − ∂ ×H E ∂(σ E + ε ∂∂t ) → − 2→ − 2− → × × E = −µ ⇒− E = −µ ⇒ ES = jωµσES +jωµε(jωES ) ∂t ∂t (83) ou seja, 15
  • 16. 2→ − E = (jωµσ − ω 2 µε)ES (84) também é possível encontrar: 2→ − H = (jωµσ − ω 2 µε)HS (85) Reajustando a expressão jωµσ − ω µε, fica: 2 jωµ(σ+jωε) = −ω 2 µε[1−j ωε ] = −ω 2 µˆ, onde ε = ε[1−j ωε ] = ε −jε ∧ ε = σ ε ˆ σ εR ε0 . Concluímos então que: 1. ε = ω; σ 2. ω × ε = σ; 3. tg(δ) = ωε é chamada de tangente de perdas e δ é o ângulo da tangente σ de perdas; 4. ε = ε[1 − jtg(δ)] ˆ A figura abaixo foi retirada de [1] é importante para a compreensão do proposto: 3.6 Exercício 02: [1], [2] e [3] a)Considerando que em um meio mau condutor tg(δ) << 1 e que em um meio bom condutor tg(θ) >> 1, demonstrar expressões aproximadas para α, β e η para cada um destes meios. b)Demonstre que o ângulo da impedância intrínsenca(θη ) é 2δ. c)Demonstrar uma expressão que coloque α e β em função de δ. Solução: a) 1 - Propagação em um mau condutor: Tendo já conhecimento de que: √ √ jk = α + jβ = jω µε 1 − j ε = jω µε 1 − j ωε ; ε σ 2 Poderemos usar a expansão binomial (1 + x)n = 1 + nx + n(n−1)x + ... , que 1! é válida para x<‌<1, em 1 − j ωε = (1 − j ωε )1/2 ,onde n=1/2 e x=−j ωε , σ σ σ devido à tg(δ) = ωε << 1; σ √ desenvolver a expansão binomial, multiplicar o resultado da mesma por Ao jω µε e igualar a α + jβ, obtem-se: σ µ α= (86) 2 ε 1 σ β=ω µε [1 + ( )] (87) 8 ωε Como, 16
  • 17. µ µ µ 1 µ ε µ σ −1/2 η= = = = (1−j )−1/2 = (1−j ) ε ε − jε ε 1− jε ε ε ε ωε ε poderemos fazer uso novamente da expansão binomial em (1 − j ωε )−1/2 , onde σ dessa vez será atribuído à x o valor de −j ωε e a n o valor de -1/2; após σ multiplicar o resultado da expansão binomial por ε , obteremos: µ µ σ η= [1 + j ] (88) ε 2ωε 2 - Propagação em Bom condutor: √ Como em um bom condutor tg(δ) >> 1, a expressão jk=jω µε 1 − j ωεσ √ √ √ poderá ser simplificada para jω µε −j ωε = j ω 2 ε µ( −jσ ) = −1 −jσωµ = σ ωε √ √ √ jσωµ = j σωµ; Como j = 0 + 1j = 02 + 12 ∠tan−1 (0) = 1∠90◦ , temos que √ 1 1 1∠90◦ = 1∠45◦ = √ + j √ 2 2 e que 1 1 1 1 √ jk = α + jβ = ( √ + j √ ) × 2πf σµ = ( √ + j √ ) × 2 × πf σµ 2 2 2 2 ou seja: α= πf σµ (89) β= πf σµ (90) OBS: O inverso de α é conhecido como profundidade de penetração(∆) e indica até que ponto a onda penetra em determinado meio. Para calcular a impedância intrínseca em um bom condutor vale analisar a sua fórmula geral, onde ressaltaremos a presença da condutividade: µ 1 µ µ jωµ η= × σ = σ = σ ε −j ω = σ+jωε ε 1 − j ωε ε (1 − j ωε ) como tg(δ) >> 1 ⇒ σ ωε >> 1 ⇒ σ >> ωε , poderemos continuar a desen- volver as igualdades: ωµ ωµ × σ σ = = ∠45◦ µ jωµ η= σ+jωε = j = σ σ×σ 17
  • 18. √ ◦ ωµσ 2πf µσ = ∠45 = ∠45◦ σ σ continuando√ desenvolver, obteremos: √ a √ ◦ η = ∠45◦ 2 σ µσ = 2∠45 = ∆σ × ( √2 + j √2 ) = πf ∆σ 1 1 1 1 ∆×σ + j ∆×σ . 1 Logo, 1 1 η= +j (91) ∆×σ ∆×σ OBS: Alguns livros chamam a profundidade de penetração com o símbolo ”δ”, porém como esse símbolo já foi aqui usado em outro contexto será utilizada a simbologia “∆” para o representar. b)Como η = σ+jωε , se colocarmos no denominador em evidência jωε e jωµ no numerador retirarmos j do radicando, teremos: √ √ √ √ √ j× ωµ µ µ/ ε η = √j×√ωε ×√1−j σ = √ε × 4 √ σ 2 1 1 −1 σ = 4√ σ 2 ∠[− 2 tan−1 (− ωε )]; 1 σ ωε 1+( ωε ) ∠ 2 tan (− ωε ) 1+( ωε ) Como a função tangente é função ímpar, temos que tan−1 (−x) = −tan−1 (x) e que: √ √ √ √ µ/ ε 1 −1 σ µ/ ε 1 ∠ tan ( 4 1 + ( σ )2 2 )= 4 σ 2 ∠( θη ) ωε ωε 1 + ( ωε ) 2 Como tan−1 ( ωµ ) = δ e 2 tan−1 ( ωε ) = θη , então δ = 2 × θη ! σ 1 σ δ = 2 × θη (92) c)Segundo a figura 1, temos as seguintes identidades: √ sen(δ) = √σ2 +ω2 ε2 , cos(δ) = √σ2ωε 2 ε2 , tg(δ) = ωε e sec(δ) = σ +ω σ σ 2 +ω 2 ε2 ωε = √ σ 2 /ω 2 +ε2 ε √ . Como jk=jω µˆ = α + jβ e ε = ε[1 − j ωε ], temos que: ε ˆ σ σ j jk = α+jβ = jω µε(1 − j ωε ) = ω −µε(− ωε )(σ + jωε) = jωµ(σ + jωε); Logo, α + jβ = jωµ(σ + jωε) (93) Elevando ambos os membros de (93) ao quadrado, teremos: jωµσ − ω 2 µε = α2 − β 2 + 2αβj (94) Logo, α = −ω 2 µε (95) β = ωµσ (96) 18
  • 19. De (96): ωµσ ω 2 µ2 σ 2 β= ⇒ β2 = (97) 2α 4α2 Aplicando (97) em (95): ω 2 µ2 σ 2 α2 − = −ω 2 µε 4α2 4α2 − ω 2 µ2 σ 2 = −4ω 2 µ2 εα2 Atribuindo, α2 = X : 4X 2 + 4ω 2 µεX − ω 2 µ2 σ 2 O discriminante da equaçao do segundo grau acima será: σ2 4ω 2 µ ε2 + = 4ω 2 µεsec(δ) ω2 Resolvendo a equação obtem-se: √ −4ω 2 µε ± 4ω 2 µεsec(δ) −ω 2 µε ± ω 2 µsen(δ) µεsec(δ)(1 − cos(δ)) α= X= = =ω = 8 2 2 δ =ω µεsec(δ)sen( ) 2 δ α=ω µεsec(δ)sen( ) (98) 2 Como α2 − β 2 = −ω 2 µε, ao substituirmos a equação (98) no respectivo valor de α, teremos: δ [ω µεsec(δ)sen( )]2 − β 2 = ω 2 µε 2 Desenvolvendo esta equação, obtem-se: δ β=ω µεsec(δ)cos( ) (99) 2 3.7 Exemplo 03: Leia o material presente em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cientista- desafia-matematica-microrrobo-medico&id=010180120223 19
  • 20. 3.8 Estudo da potência de uma OPU: 3.8.1 Calculando a potência da onda[2] e [3]: Sabendo que → − → − → → ∂D → − − − → → → → → → ∂D − − − − − − ×H = J + ⇒ E. × H = E.J + E. ∂t ∂t Conhecendo as identidades vetoriais → → → − − − →→ → →→ → − − − − − − .( A × B ) = − A . × B + B . × A e → − →→ → → → − − − − − − → → → → − − − → → →∂D − − − A . × B = ( A × B) ⇒ .( E x H ) = E . J + E ∂t → → − − → − Como B × E = − ∂∂t , podemos inferir que: → − → − → − → − →∂B → → → − − − − → → →∂D − − − → → → − − − → → →∂D →∂B − − − − −H − .( E × H ) = J . E + E ⇒ − .( E × H ) = J . E + E +H ∂t ∂t ∂t ∂t Logo, → → → − − − → → ∂(εE 2 /2) ∂(µH 2 /2) − − − .( E × H ) = J . E + + = ∂t ∂t → → ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) − − = J .E + ∂t Concluímos que: → → → − − − → → ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) − − .( E × H ) == − J . E − (100) ∂t Onde: → → → − − − .( E × H ) : representa a potencia total dissipada; →− − → J .E : representa a energia perdida pelo efeito joule; ∂(εE 2 /2+µH 2 /2) ∂t : representa as perdas capacitivas e indutivas; O resultado (100) pode ser expresso como sendo: ˛ ˛ ˛ → − → → → − − − →→ → − − − ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) →− × ( E × H ).d S = J . E .d V + d. V V ol V ol V ol ∂t Fazendo teorema de Gauss de forma inversa, teremos: ˛ ˛ ˛ → → → − − − →→ → − − − ∂(εE 2 /2 + µH 2 /2) →− ( E × H ).d S = J . E .d V + d. V (101) S V ol V ol ∂t Ou seja, → → → − − − P = E ×H (102) 20
  • 21. 3.8.2 Calculando a densidade de potência média em um dielétrico[2] e [3]: Tendo cochecimento de que, Ex = Ex0 e−αz cos(ωt − βz) (103) e que Hy0 −αz Hy = e cos(ωt − βz + θη ) (104) η Então poderemos inferir que como a potência é calculado usando (100), obteremos o resultado abaixo: 2 Ex0 −2αz 2 Pz = e cos (ωt − βz) (105) η Em funções periódicos faz-se possível o cálculo de seu valor médio usando a expressão abaixo: ˆ T 1 RAV = R(x, y, z)dt (106) T 0 onde T é o período. Utilizando a equação (106) em (105), obeteremos: ˆ T 2 1 Ex0 −2αz PAV,Z = e cos(ωt − βz)cos(ωt − βz + θη )dt (107) T 0 η Resolvendo essa integral fica fácil ver que, 2 Ex0 −2αz Pz,av = e cos(θη ) (108) 2|η| Observação: 1 1 1 E 2 e−αz ejθη Pz,AV = Re[ES ×HS ] = Re[Ex0 e−αz e−jβz ×Ex0 e−αz ejβz ejθη ] = Re[ x0 ∗ ] 2 2 2 |η| (109) 3.8.3 Cálculo Densidade de potência média em um meio bom con- dutor[2]: Como ∆ = α , então α = ∆ ; utilizando estas identidas e utilizando a apróxi- 1 1 mação de η para bons condutores teremos que a intensidade de campo magnético será reescrito conforme abaixo: Ex0 −αz Ex0 z z Hy = e cos(ωt − βz) = √ e− δ z cos(ωt − z) η 2∠45◦ ∆ σ∆ 21
  • 22. e portanto a potência média, será reescrita como, 2 σ∆ z z z π 2 σ∆ z π P z,av = Ex0 √ e−2 ∆ cos(ωt − )cos(ωt − − ) = Ex0 √ e−2 ∆ cos( ) 2 ∆ ∆ 4 2 4 σ∆ −2 z 2 P z,av = Ex0 e δ (110) 4 Observação: Quando z=∆, então apenas 13,5% da potência ainda permanece. 3.8.4 Potência total [2] e [3]: → − → − → − P T otal = P AV,Z × S (111) → − onde S representa a área. 3.8.5 Ondas polarizadas linearmente: 3.9 Exemplo 4 Uma onda com frequência de 2GHz, propaga-se em meio não-magnético que possui constante do dielétrico valendo 94. Sabendo que o campo elétrico da mesma tem como lei de formação −→ − 4π 94π Ez,t = −e5z sen(ωt + βz + )ˆx − 50e5z cos(ωt + βz + a )ˆy a 180 180 Determine: a)Tangente de perdas; b)Se o material é dielétrico, mau condutor ou bom condutor; c)ω d)β e)λ f)η → − g) E S → − h) H S i)Se é linearmente polarizada, elipticamente polarizada ou circularmente po- larizada; j)A densidade de potência média; l)Considerando que a densidade de potência média passa por uma área de 50cm2 do plano z=2x, determite a potência total; 22