SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
Os nossos Institutos de Pesqui-
sa da Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de
São Paulo – Instituto Agronô-
mico de Campinas (IAC), Insti-
tuto de Zootecnia (IZ), Institu-
to Biológico (IB), Instituto de
Pesca (IP), Instituto de Econo-
mia Agrícola (IEA) e Instituto
de Tecnologia dos Alimentos
(ITAL) – têm mantido intensa
atividade e são muito produti-
vos. Seus estudos, pesquisas e
resultados impactam direta-
mente na produtividade do se-
tor agropecuário paulista e
brasileiro.
Alguns falam de um supos-
to desmonte dos nossos Insti-
tutos, porém, argumentos usa-
dos são falácias e causam de-
sinformação da população. Ao
contrário do que afirmou nes-
te espaço o pesquisador apo-
sentado Raul Soares Moreira
(05/12), o IAC e demais institu-
tos estão em atividade e justifi-
cam plenamente sua existên-
cia. O Estado estimula para
que continuem em crescente
produtividade e, melhor, in-
vestindo bem o dinheiro dos
impostos dos contribuintes.
Como coordenador da
Agência Paulista de Tecnolo-
gia dos Agronegócios (APTA) e
ex-diretor do IAC, tenho gran-
de paixão pelos Institutos da
Secretaria e, lógico, pelo IAC,
onde desenvolvi minha carrei-
ra de pesquisador, assim co-
mo tenho amor por Campi-
nas. Não é diferente com os
atuais diretores do IAC.
Temos um passado glorio-
so a ser provado, um grande
patrimônio da agricultura pau-
lista e brasileira, além de ser
base para o desenvolvimento
de pesquisas de outras institui-
ções. Mas condição para isto é
nos aprimorarmos, estabele-
cermos prioridades. Temos fo-
cado e estabelecemos procedi-
mentos para que parcerias
possam se multiplicar. Com a
escalada tecnológica, ficar pa-
rado no tempo e utilizar mal o
dinheiro público fará com que
percamos o status de referên-
cia na pesquisa.
Sinto-me na obrigação de
corrigir alguns dados divulga-
dos. O dr. Raul Moreira citou
em seu artigo que, em 1978, o
IAC tinha seis vezes a quanti-
dade de pesquisadores que te-
mos hoje, que são 158, portan-
to seriam 936. Nem a CPA,
atualmente APTA, teve este nú-
mero de técnicos. O maior
contingente de pesquisadores
do IAC foi 250 técnicos, em
1994. Atualmente são 158 se-
diados no IAC e 73 nos Polos
Regionais da APTA, ou seja,
são 231 pesquisadores atuan-
do na área de domínio do
IAC. O Centro de Citricultura
que leva o nome do pai do dr.
Raul Moreira, por exemplo,
conta com 17 pesquisadores,
o maior número de sua histó-
ria.
O pessoal de apoio teve
contingente máximo em 1972,
com 2.267 servidores. Em
2002, a criação do Departa-
mento para gestão das unida-
des regionais e Polos (DDD)
absorveu cerca de dois terços.
Reconheço a necessidade de
pesquisadores para algumas
áreas estratégicas, de pessoal
de apoio técnico e administra-
tivo.
Com relação à citação ao
dr. André Tozzelo, ele nunca
foi diretor do IAC. Foi respon-
sável pela transformação da
Seção de Tecnologia Agrícola,
em 1963, em Centro Tropical
de Pesquisa e Tecnologia de
Alimentos, que em 1969 pas-
sou a ser o Instituto de Tecno-
logia de Alimentos (ITAL), sen-
do seu diretor de 1963 a 1971.
Tenho orgulho de dizer
que, no período de 2008 a
2014, foram investidos R$
499,5 milhões nos Institutos
de Pesquisa da APTA, R$ 89,57
milhões oriundos do Tesouro
do Estado e R$ 4 milhões do
Fundo Especial de Despesa. A
competência técnica dos Insti-
tutos atraiu a confiança de ins-
tituições privadas e públicas.
Entre 2008 e 2014, a iniciativa
privada investiu R$ 274,15 mi-
lhões nos Institutos. Agências
de fomento, como a Fapesp e
o CNPq, investiram R$ 95 mi-
lhões. Os recursos federais so-
maram R$ 36,68 milhões. Os
investimentos, em especial,
em equipamentos de campo e
laboratório permitiram a acre-
ditação/ credenciamento de
220 procedimentos laborato-
riais nessas instituições.
O Instituto Agronômico é
impulsionador do Agropolo
Brasil - Campinas, inspirado
no modelo da Agropolis Inter-
national de Montpellier, na
França, ação liderada pelo pre-
feito de Campinas Jonas Doni-
zette, que conhece bem o po-
tencial científico das institui-
ções sediadas em Campinas,
em especial o IAC.
Somente no primeiro se-
mestre de 2015, o IAC lançou
16 cultivares. Entre 2010 e
2014, a média foi de 18 por
ano, totalizando 89. Entre
2000 e 2009, foram 236, com
média de 23 por ano, muito
superior à média de 10 por
ano, desde 1932.
Sabemos da importância
das nossas instituições de pes-
quisa para o desenvolvimento
do Estado e do País. Se nosso
Estado não é mais a liderança
na produção agrícola deve
continuar sendo a liderança
na geração do conhecimento.
A crise econômica não come-
çou agora. Apenas ficaram
mais evidentes os efeitos noci-
vos da desastrada e ideologiza-
da condução da economia bra-
sileira nos últimos anos.
Aos dados estatísticos que
comprovam o aumento do de-
semprego, a alta inflacionária,
a elevação das taxas de juros e
a queda constante do Produto
Interno Bruto, soma-se a insta-
bilidade política marcada por
escândalos de corrupção e fa-
vorecimento governista.
Como se não bastasse a
constatação da inabilidade na
formulação de políticas econô-
micas eficazes, a tentativa de
se reverter este quadro recessi-
vo enfrenta a resistência de in-
tegrantes do próprio governo,
pois consideram que a redu-
ção de gastos públicos não re-
solverá o problema. Ora, sem
equilíbrio fiscal não há econo-
mia que se sustente no longo
prazo e, mesmo assim, adep-
tos de anacrônicas cartilhas
vermelhas insistem em igno-
rar a realidade em nome de
utopias.
Não é por acaso que a capa-
cidade do Brasil em atrair in-
vestimentos externos também
vem sendo questionada devi-
do ao seu risco de inadimplên-
cia. Como consequência, os tí-
tulos brasileiros lançados no
mercado internacional ten-
dem a pagar taxas maiores pa-
ra que consigam captar novos
recursos.
No momento, toda a aten-
ção presidencial está voltada
ao pedido de impeachment
elaborado, inclusive, por um
dos fundadores do PT, o juris-
ta Hélio Bicudo. Essa situação
faz com que os esforços gover-
nistas sejam para se manter
no poder, deixando para se-
gundo plano o futuro econômi-
co do país.
Diferentemente da posição
adotada nos pedidos de im-
peachment que o próprio par-
tido da presidente tomou par-
te contra governantes do pas-
sado, como Fernando Collor,
agora Dilma Rousseff é quem
tem que se defender e a estra-
tégia adotada para a persua-
são pública é o discurso de
que se trata de um golpe políti-
co, ainda que previsto constitu-
cionalmente.
Um dos principais motes
de Hélio Bicudo é o crime de
responsabilidade fiscal, eviden-
ciado nos casos em que houve
o financiamento direto do go-
verno por bancos públicos.
A justificativa da presidente
para o crime fiscal é de que ne-
cessitava desembolsar as trans-
ferências para programas so-
ciais. Mas se faltou dinheiro
para esses pagamentos foi por-
que ele foi gasto em outras coi-
sas, não é mesmo? Assim, não
se trata de uma justificativa vir-
tuosa, porém uma demonstra-
ção de planejamento incorre-
to e uso ineficiente e irrespon-
sável de recursos. Mais uma
vez a relevância orçamentária
vem à tona e corrobora com a
urgência de que esse assunto
não seja tratado como simples
ajuste técnico de planilhas.
O futuro econômico deste
país depende, dentre outras va-
riáveis, da seriedade com que
o orçamento público seja cons-
truído seguindo-se a noção bá-
sica de que só se deve gastar
aquilo que se tem. Que falá-
cias ideológicas e o desculpis-
mo oportunista deixem de ser-
vir de base para crimes fiscais.
Opinião
Dói-me ver o Brasil com tan-
tas mentiras. Eduardo
Cunha, o presidente da Câ-
mara Federal, em chantagem
explícita contra a presidente
Dilma Rousseff, e ela usinan-
do a mesma esparrela contra
ele. São dois em um só: fari-
nha do mesmo saco. São am-
bos incompetentes morais e
por isso devem deixar seus
cargos. Não importa os votos,
mas o que diz a lei escrita na
Constituição.
Roubam sempre os políti-
cos os nossos sonhos mais
simples, uma escola melhor,
um hospital decente, um pro-
jeto de segurança pública
que nos dê um sonho de vol-
tar a pôr cadeiras nas calça-
das, onde mães possam tro-
car receitas com as vizinhas,
aguardando seus homens vol-
tarem do trabalho - alguns
cambaleando de alegria e ou-
tros tantos apaixonados. Ca-
dê este país?
Comentar se Dilma Rous-
seff não pode ser empichada
é fofoca dessa coisa politica-
mente correta das feministas.
Dilma não é mulher; ela é
presidente da República. E
ela deve responder pelos
seus atos que levaram o País
à bancarrota moral e política,
dando ou não pedaladas fis-
cais. O fato é que a Petrobras,
sob seu comando até os dias
de hoje, criou em seu ventre
administrativo uma quadri-
lha que surrupiou bilhões de
dólares dos contribuintes bra-
sileiros. Imposto é uma coisa
esquisita que pagamos: pare-
ce que pertence aos céus, às
almas penadas, ou aos anjos
da guarda, que nada guar-
dam, que não nos protegem
dos demônios que nos as-
sombram com inflação, que-
da no PIB, do emprego e nos
investimentos internacio-
nais.
Os locutores dos jornais te-
levisivos apenas falam disso
ou daquilo, em asséptica in-
formação sobre a realidade
política do País. Falam do
que acontece e nada opinam.
Sexo dos anjos ou borboletas.
Ninguém tem opinião sobre
o que está acontecendo com
o desgoverno federal, com as
mentiras eleitorais da então
candidata Dilma Rousseff,
que, mais que documenta-
das, fez exatamente o contrá-
rio do que afirmara quando
em campanha re-eleitoral.
Dilma mentiu. Dilma sempre
mentiu sobre o seu programa
governo - aliás, esse nunca
existiu, a não ser mentiras
em cima de mentiras.
Há quem diga o que eu di-
go com palavras cruas, embo-
ra patronos intelectuais de-
fendam o PT com argumen-
tos empolados, verbetes aca-
dêmicos, elegantes para o
gáudio dos defensores dos la-
drões da pátria - e eles são ne-
cessários para o entendimen-
to da Justiça, os advogados -
para provar, de uma forma in-
versa do direito natural dos
fatos, que seus clientes são in-
justamente acusados daquilo
que fizeram. Nada entendo
da verborragia do Direito.
Apenas quero justiça. Quem
roubou que pague pelo seu
ato. Quem foi omisso que pa-
gue pela conveniência. E Dil-
ma Rousseff, como ministra
das Minas e Energia, Chefe
da Casa Civil e agora presi-
dente da República era (e
continua sendo) a autoridade
da Petrobras e das demais es-
tatais do país. E ela vem fa-
lhando desde que assumiu
um cargo federal, batendo
continência ao ex-presidente
Lula da Silva, e, agora, à sua
própria ignorância e despre-
paro político.
Dane-se a prisão de Delcí-
dio Amaral, um dos maiores
estelionatários políticos do
PT. Ele é pinto perto do José
Diceu. O fato é que Lula sem-
pre abandona os remadores
do seu barco político quando
uma "marolinha" de escânda-
lo balança ou quando o jati-
nho onde ele viaja às expen-
sas de algum empresário inte-
ressado em verbas do BN-
DES a alguma tirania africa-
na passa por uma turbulên-
cia. Mas ninguém ainda in-
ventou boia ou paraquedas a
almas necessitadas, angustia-
das e atadas a seus próprios
descaminhos republicanos. E
eis o Brasil com 9 milhões de
desempregados, 45 milhões
de inadimplentes e com 40%
da população norte/nordesti-
na sem sequer um vaso sani-
tário. É isso o governo petis-
ta.
E mais não digo para não
encher a paciência do raro lei-
tor que, bem sei, já está can-
sado dessa malandragem po-
lítica. Parlamentarismo e vo-
to distrital seria uma boa solu-
ção para espantar os políti-
cos safados de nossos lares,
das nossas ruas, cidades, esta-
dos e país. Impedimento da
Dilma Rousseff é coisa natu-
ral para quem conhece a Lei
1079 da Constituição Federal.
E é problema dela provar o
contrário. E o problema do
Lula é provar que nada sabia
da ladroagem do José Dirceu,
Delúbio Soares, José Genoí-
no e Vacari Neto, sem contar
com o estranho enriqueci-
mento dos seus filhos e da
sua própria vida milionária
de palestrante.
Não faço juízo de nada.
Apenas aguardo que a Justiça
faça seu trabalho e nos dê es-
perança para que o contradi-
tório seja respeitado. Sem na-
da ouvir além das letras da
lei. E elas berram. E como ber-
ram.
Bom dia.
Virtude falaciosa
O berro da lei
ECONOMIA
Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Milene Moreto milene@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br
zeza amaral
A realidade do IAC
ORLANDO MELO DE
CASTRO
■ ■ Orlando Melo de Castro é pesquisador,
coordenador da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo
MARCO
MILANI
dalcio
■ ■ Zeza Amaral é jornalista, escritor e
músico
PESQUISAS
■ ■Marco Milani é economista, pós-doutor
pela Universidade de Salamanca (Espanha),
professor da Unicamp
“Tenho amigos muçulmanos, que são gente muito
boa, mas sabem que há um problema”
Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca, propondo a proibição da entrada de muçulmanos nos EUA.opiniao@rac.com.br
A2 CORREIO POPULARA2
Campinas, quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910Ranieri Muricy Barreto
 
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)Portal Canal Rural
 
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016Fundação Dom Cabral - FDC
 
Palestra Prof. Marins
Palestra Prof. MarinsPalestra Prof. Marins
Palestra Prof. Marinsguest51786d
 
Livro Terra de Riquezas 2016
Livro Terra de Riquezas 2016Livro Terra de Riquezas 2016
Livro Terra de Riquezas 2016Franciel Oliveira
 
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016Fundação Dom Cabral - FDC
 
Documentos base e regimento interno do CETTR
Documentos base e regimento interno do CETTRDocumentos base e regimento interno do CETTR
Documentos base e regimento interno do CETTRFETAEP
 
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasil
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasilOs desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasil
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasilFernando Alcoforado
 
Briefing 17/10
Briefing 17/10Briefing 17/10
Briefing 17/10Belmmen
 
Desemprego - RMR março/2014
Desemprego - RMR março/2014Desemprego - RMR março/2014
Desemprego - RMR março/2014Paulo Veras
 
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...Fernando Alcoforado
 

Mais procurados (20)

Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
 
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)
Programa de governo de Dilma Rousseff (PT)
 
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Setor Público 2016
 
Palestra Prof. Marins
Palestra Prof. MarinsPalestra Prof. Marins
Palestra Prof. Marins
 
Jornal digital 04 06-18
Jornal digital 04 06-18Jornal digital 04 06-18
Jornal digital 04 06-18
 
Panorama Brasil - Argentina (março de 2015)
Panorama Brasil - Argentina (março de 2015)Panorama Brasil - Argentina (março de 2015)
Panorama Brasil - Argentina (março de 2015)
 
Setemi News
Setemi NewsSetemi News
Setemi News
 
Livro Terra de Riquezas 2016
Livro Terra de Riquezas 2016Livro Terra de Riquezas 2016
Livro Terra de Riquezas 2016
 
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016
Indicadores da Economia Brasileira: Preços, Juros e Câmbio 2016
 
Um ninho de corrupção
Um ninho de corrupçãoUm ninho de corrupção
Um ninho de corrupção
 
Documentos base e regimento interno do CETTR
Documentos base e regimento interno do CETTRDocumentos base e regimento interno do CETTR
Documentos base e regimento interno do CETTR
 
Brasil Economico 080114
Brasil Economico 080114Brasil Economico 080114
Brasil Economico 080114
 
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasil
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasilOs desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasil
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasil
 
Briefing 17/10
Briefing 17/10Briefing 17/10
Briefing 17/10
 
Pagina 2
Pagina   2Pagina   2
Pagina 2
 
Ped metr op.
Ped metr op.Ped metr op.
Ped metr op.
 
Desemprego - RMR março/2014
Desemprego - RMR março/2014Desemprego - RMR março/2014
Desemprego - RMR março/2014
 
Seminário 02 pnt 2013-2016
Seminário 02   pnt 2013-2016Seminário 02   pnt 2013-2016
Seminário 02 pnt 2013-2016
 
carta de conjuntura fee ano 23 n.6. jun.-2014
carta de conjuntura fee ano 23 n.6. jun.-2014carta de conjuntura fee ano 23 n.6. jun.-2014
carta de conjuntura fee ano 23 n.6. jun.-2014
 
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...
Conluio do governo dilma roussef com setores conservadores do brasil para evi...
 

Destaque

The Leviathan of Parsonstown
The Leviathan of ParsonstownThe Leviathan of Parsonstown
The Leviathan of ParsonstownSourav Bhoumik
 
مجلة إشراقات - العدد 35
مجلة إشراقات - العدد 35مجلة إشراقات - العدد 35
مجلة إشراقات - العدد 35إشراقات
 
Behaviour Tips from NUT
Behaviour Tips from NUTBehaviour Tips from NUT
Behaviour Tips from NUTFarhana Imran
 
Mentoring week 6 ws nov 15
Mentoring week 6 ws nov 15Mentoring week 6 ws nov 15
Mentoring week 6 ws nov 15mwalsh2015
 
Taller práctico Hootsuite Augac Murcia
Taller práctico Hootsuite Augac MurciaTaller práctico Hootsuite Augac Murcia
Taller práctico Hootsuite Augac MurciaSergio Fernández
 
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...Shakas Technologies
 
Materiales cotidianos miguel arraiz
Materiales cotidianos miguel arraizMateriales cotidianos miguel arraiz
Materiales cotidianos miguel arraizMiguel Arraiz
 
Mestre Cervejeiro 2015 Eisenbahn
Mestre Cervejeiro 2015 EisenbahnMestre Cervejeiro 2015 Eisenbahn
Mestre Cervejeiro 2015 EisenbahnJoão Neto
 

Destaque (15)

The Leviathan of Parsonstown
The Leviathan of ParsonstownThe Leviathan of Parsonstown
The Leviathan of Parsonstown
 
Facesheet 2 (1)
Facesheet 2 (1)Facesheet 2 (1)
Facesheet 2 (1)
 
çöZelti̇ler..
çöZelti̇ler..çöZelti̇ler..
çöZelti̇ler..
 
CI 350 ASSURE Method
CI 350 ASSURE MethodCI 350 ASSURE Method
CI 350 ASSURE Method
 
Results-based Financing
Results-based FinancingResults-based Financing
Results-based Financing
 
مجلة إشراقات - العدد 35
مجلة إشراقات - العدد 35مجلة إشراقات - العدد 35
مجلة إشراقات - العدد 35
 
Behaviour Tips from NUT
Behaviour Tips from NUTBehaviour Tips from NUT
Behaviour Tips from NUT
 
Mentoring week 6 ws nov 15
Mentoring week 6 ws nov 15Mentoring week 6 ws nov 15
Mentoring week 6 ws nov 15
 
malware
malwaremalware
malware
 
Taller práctico Hootsuite Augac Murcia
Taller práctico Hootsuite Augac MurciaTaller práctico Hootsuite Augac Murcia
Taller práctico Hootsuite Augac Murcia
 
E sunet project it
E sunet project itE sunet project it
E sunet project it
 
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...
Control cloud data access privilege and anonymity with fully anonymous attrib...
 
Materiales cotidianos miguel arraiz
Materiales cotidianos miguel arraizMateriales cotidianos miguel arraiz
Materiales cotidianos miguel arraiz
 
Facesheet 1 (1)
Facesheet 1 (1)Facesheet 1 (1)
Facesheet 1 (1)
 
Mestre Cervejeiro 2015 Eisenbahn
Mestre Cervejeiro 2015 EisenbahnMestre Cervejeiro 2015 Eisenbahn
Mestre Cervejeiro 2015 Eisenbahn
 

Semelhante a Pesquisa agropecuária paulista e defesa dos Institutos

Semelhante a Pesquisa agropecuária paulista e defesa dos Institutos (20)

Correio Popular
Correio PopularCorreio Popular
Correio Popular
 
475 an 14_maio_2014.ok
475 an 14_maio_2014.ok475 an 14_maio_2014.ok
475 an 14_maio_2014.ok
 
O custo do golpe no brasil dieese
O custo do golpe no brasil    dieeseO custo do golpe no brasil    dieese
O custo do golpe no brasil dieese
 
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
Viveret 5 f2d4470 0907-fcf7-2cc013ce09924e7420052009025910
 
3_Gabriela_barbosa_simplicio.pdf
3_Gabriela_barbosa_simplicio.pdf3_Gabriela_barbosa_simplicio.pdf
3_Gabriela_barbosa_simplicio.pdf
 
Onde esta o dinheiro
Onde esta o dinheiroOnde esta o dinheiro
Onde esta o dinheiro
 
A economia no mundo
A economia no mundoA economia no mundo
A economia no mundo
 
Crise? Qual Crise? Da Inteligência!
Crise? Qual Crise? Da Inteligência!Crise? Qual Crise? Da Inteligência!
Crise? Qual Crise? Da Inteligência!
 
Sineta sobre o IPE Saúde
Sineta sobre o IPE SaúdeSineta sobre o IPE Saúde
Sineta sobre o IPE Saúde
 
4
44
4
 
Fábrica de Mentiras do PT
Fábrica de Mentiras do PTFábrica de Mentiras do PT
Fábrica de Mentiras do PT
 
Setemi news março
Setemi news marçoSetemi news março
Setemi news março
 
Agenda 45 1
Agenda 45 1Agenda 45 1
Agenda 45 1
 
Folha 220
Folha 220Folha 220
Folha 220
 
Folha 220
Folha 220Folha 220
Folha 220
 
Boletim Informativo | Biagini Advogados _ março|2014
Boletim Informativo | Biagini Advogados _ março|2014Boletim Informativo | Biagini Advogados _ março|2014
Boletim Informativo | Biagini Advogados _ março|2014
 
Trecho do livro Tributos e Medicamentos
Trecho do livro Tributos e MedicamentosTrecho do livro Tributos e Medicamentos
Trecho do livro Tributos e Medicamentos
 
Relatorio de atividades 2010
Relatorio de atividades 2010Relatorio de atividades 2010
Relatorio de atividades 2010
 
GAZETA DO SANTA CÂNDIDA, DEZEMBRO DE 2019
GAZETA DO SANTA CÂNDIDA, DEZEMBRO DE 2019GAZETA DO SANTA CÂNDIDA, DEZEMBRO DE 2019
GAZETA DO SANTA CÂNDIDA, DEZEMBRO DE 2019
 
As OSs e os Crimes
As OSs e os CrimesAs OSs e os Crimes
As OSs e os Crimes
 

Mais de Agricultura Sao Paulo

Usina de Lixo Verde tem expectativa de desfecho
Usina de Lixo Verde  tem expectativa de desfechoUsina de Lixo Verde  tem expectativa de desfecho
Usina de Lixo Verde tem expectativa de desfechoAgricultura Sao Paulo
 
Laboratórios de ponta são inaugurados no IAC
Laboratórios de ponta são inaugurados no IACLaboratórios de ponta são inaugurados no IAC
Laboratórios de ponta são inaugurados no IACAgricultura Sao Paulo
 
Globo Rural Responde: Laranja atacada
Globo Rural Responde: Laranja atacadaGlobo Rural Responde: Laranja atacada
Globo Rural Responde: Laranja atacadaAgricultura Sao Paulo
 
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019Agricultura Sao Paulo
 
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e Agosto
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e AgostoChuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e Agosto
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e AgostoAgricultura Sao Paulo
 
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR Nova técnica para cultivo de maracujá no PR
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR Agricultura Sao Paulo
 
Novas Cultivares de uvas para região sul
Novas Cultivares de uvas para região sul     Novas Cultivares de uvas para região sul
Novas Cultivares de uvas para região sul Agricultura Sao Paulo
 
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiro
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiroGlobo Rural Responde:manchas brancas em limoeiro
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiroAgricultura Sao Paulo
 
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agostoChuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agostoAgricultura Sao Paulo
 
Extremistas não terão vez na agricultura paulista
Extremistas não terão vez na agricultura paulistaExtremistas não terão vez na agricultura paulista
Extremistas não terão vez na agricultura paulistaAgricultura Sao Paulo
 
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custo
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custoAmendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custo
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custoAgricultura Sao Paulo
 
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimento
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimentoPara ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimento
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimentoAgricultura Sao Paulo
 
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados Agricultura Sao Paulo
 
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019Agricultura Sao Paulo
 
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPB
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPBA importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPB
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPBAgricultura Sao Paulo
 
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviaisNematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviaisAgricultura Sao Paulo
 

Mais de Agricultura Sao Paulo (20)

Usina de Lixo Verde tem expectativa de desfecho
Usina de Lixo Verde  tem expectativa de desfechoUsina de Lixo Verde  tem expectativa de desfecho
Usina de Lixo Verde tem expectativa de desfecho
 
Laboratórios de ponta são inaugurados no IAC
Laboratórios de ponta são inaugurados no IACLaboratórios de ponta são inaugurados no IAC
Laboratórios de ponta são inaugurados no IAC
 
Globo Rural Responde: Laranja atacada
Globo Rural Responde: Laranja atacadaGlobo Rural Responde: Laranja atacada
Globo Rural Responde: Laranja atacada
 
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019
IAC/SAA apresenta o censo de irrigação na cana para 2019
 
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e Agosto
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e AgostoChuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e Agosto
Chuvas de Maio de 2019 & previsões para Junho, Julho e Agosto
 
Nova variedades no campo
Nova variedades no campoNova variedades no campo
Nova variedades no campo
 
Batata-Semente produzida no ar
Batata-Semente produzida no arBatata-Semente produzida no ar
Batata-Semente produzida no ar
 
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR Nova técnica para cultivo de maracujá no PR
Nova técnica para cultivo de maracujá no PR
 
Captação de água em debate
Captação de água em debateCaptação de água em debate
Captação de água em debate
 
Novas Cultivares de uvas para região sul
Novas Cultivares de uvas para região sul     Novas Cultivares de uvas para região sul
Novas Cultivares de uvas para região sul
 
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiro
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiroGlobo Rural Responde:manchas brancas em limoeiro
Globo Rural Responde:manchas brancas em limoeiro
 
Captação de água em debate
Captação de água em debateCaptação de água em debate
Captação de água em debate
 
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agostoChuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto
Chuvas de Abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto
 
Extremistas não terão vez na agricultura paulista
Extremistas não terão vez na agricultura paulistaExtremistas não terão vez na agricultura paulista
Extremistas não terão vez na agricultura paulista
 
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custo
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custoAmendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custo
Amendoim na palha, o caminho para reduzir erosão e custo
 
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimento
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimentoPara ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimento
Para ter raiz profunda é preciso também aprofundar o conhecimento
 
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados
As tecnologias do negócio cana-de-açúcar gerando os melhores resultados
 
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019
Águas de Março de 2019 & previsões para abril a junho de 2019
 
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPB
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPBA importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPB
A importância do manejo dos insumos e agua: desafios na produtividade de MPB
 
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviaisNematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
 

Pesquisa agropecuária paulista e defesa dos Institutos

  • 1. Os nossos Institutos de Pesqui- sa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – Instituto Agronô- mico de Campinas (IAC), Insti- tuto de Zootecnia (IZ), Institu- to Biológico (IB), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Econo- mia Agrícola (IEA) e Instituto de Tecnologia dos Alimentos (ITAL) – têm mantido intensa atividade e são muito produti- vos. Seus estudos, pesquisas e resultados impactam direta- mente na produtividade do se- tor agropecuário paulista e brasileiro. Alguns falam de um supos- to desmonte dos nossos Insti- tutos, porém, argumentos usa- dos são falácias e causam de- sinformação da população. Ao contrário do que afirmou nes- te espaço o pesquisador apo- sentado Raul Soares Moreira (05/12), o IAC e demais institu- tos estão em atividade e justifi- cam plenamente sua existên- cia. O Estado estimula para que continuem em crescente produtividade e, melhor, in- vestindo bem o dinheiro dos impostos dos contribuintes. Como coordenador da Agência Paulista de Tecnolo- gia dos Agronegócios (APTA) e ex-diretor do IAC, tenho gran- de paixão pelos Institutos da Secretaria e, lógico, pelo IAC, onde desenvolvi minha carrei- ra de pesquisador, assim co- mo tenho amor por Campi- nas. Não é diferente com os atuais diretores do IAC. Temos um passado glorio- so a ser provado, um grande patrimônio da agricultura pau- lista e brasileira, além de ser base para o desenvolvimento de pesquisas de outras institui- ções. Mas condição para isto é nos aprimorarmos, estabele- cermos prioridades. Temos fo- cado e estabelecemos procedi- mentos para que parcerias possam se multiplicar. Com a escalada tecnológica, ficar pa- rado no tempo e utilizar mal o dinheiro público fará com que percamos o status de referên- cia na pesquisa. Sinto-me na obrigação de corrigir alguns dados divulga- dos. O dr. Raul Moreira citou em seu artigo que, em 1978, o IAC tinha seis vezes a quanti- dade de pesquisadores que te- mos hoje, que são 158, portan- to seriam 936. Nem a CPA, atualmente APTA, teve este nú- mero de técnicos. O maior contingente de pesquisadores do IAC foi 250 técnicos, em 1994. Atualmente são 158 se- diados no IAC e 73 nos Polos Regionais da APTA, ou seja, são 231 pesquisadores atuan- do na área de domínio do IAC. O Centro de Citricultura que leva o nome do pai do dr. Raul Moreira, por exemplo, conta com 17 pesquisadores, o maior número de sua histó- ria. O pessoal de apoio teve contingente máximo em 1972, com 2.267 servidores. Em 2002, a criação do Departa- mento para gestão das unida- des regionais e Polos (DDD) absorveu cerca de dois terços. Reconheço a necessidade de pesquisadores para algumas áreas estratégicas, de pessoal de apoio técnico e administra- tivo. Com relação à citação ao dr. André Tozzelo, ele nunca foi diretor do IAC. Foi respon- sável pela transformação da Seção de Tecnologia Agrícola, em 1963, em Centro Tropical de Pesquisa e Tecnologia de Alimentos, que em 1969 pas- sou a ser o Instituto de Tecno- logia de Alimentos (ITAL), sen- do seu diretor de 1963 a 1971. Tenho orgulho de dizer que, no período de 2008 a 2014, foram investidos R$ 499,5 milhões nos Institutos de Pesquisa da APTA, R$ 89,57 milhões oriundos do Tesouro do Estado e R$ 4 milhões do Fundo Especial de Despesa. A competência técnica dos Insti- tutos atraiu a confiança de ins- tituições privadas e públicas. Entre 2008 e 2014, a iniciativa privada investiu R$ 274,15 mi- lhões nos Institutos. Agências de fomento, como a Fapesp e o CNPq, investiram R$ 95 mi- lhões. Os recursos federais so- maram R$ 36,68 milhões. Os investimentos, em especial, em equipamentos de campo e laboratório permitiram a acre- ditação/ credenciamento de 220 procedimentos laborato- riais nessas instituições. O Instituto Agronômico é impulsionador do Agropolo Brasil - Campinas, inspirado no modelo da Agropolis Inter- national de Montpellier, na França, ação liderada pelo pre- feito de Campinas Jonas Doni- zette, que conhece bem o po- tencial científico das institui- ções sediadas em Campinas, em especial o IAC. Somente no primeiro se- mestre de 2015, o IAC lançou 16 cultivares. Entre 2010 e 2014, a média foi de 18 por ano, totalizando 89. Entre 2000 e 2009, foram 236, com média de 23 por ano, muito superior à média de 10 por ano, desde 1932. Sabemos da importância das nossas instituições de pes- quisa para o desenvolvimento do Estado e do País. Se nosso Estado não é mais a liderança na produção agrícola deve continuar sendo a liderança na geração do conhecimento. A crise econômica não come- çou agora. Apenas ficaram mais evidentes os efeitos noci- vos da desastrada e ideologiza- da condução da economia bra- sileira nos últimos anos. Aos dados estatísticos que comprovam o aumento do de- semprego, a alta inflacionária, a elevação das taxas de juros e a queda constante do Produto Interno Bruto, soma-se a insta- bilidade política marcada por escândalos de corrupção e fa- vorecimento governista. Como se não bastasse a constatação da inabilidade na formulação de políticas econô- micas eficazes, a tentativa de se reverter este quadro recessi- vo enfrenta a resistência de in- tegrantes do próprio governo, pois consideram que a redu- ção de gastos públicos não re- solverá o problema. Ora, sem equilíbrio fiscal não há econo- mia que se sustente no longo prazo e, mesmo assim, adep- tos de anacrônicas cartilhas vermelhas insistem em igno- rar a realidade em nome de utopias. Não é por acaso que a capa- cidade do Brasil em atrair in- vestimentos externos também vem sendo questionada devi- do ao seu risco de inadimplên- cia. Como consequência, os tí- tulos brasileiros lançados no mercado internacional ten- dem a pagar taxas maiores pa- ra que consigam captar novos recursos. No momento, toda a aten- ção presidencial está voltada ao pedido de impeachment elaborado, inclusive, por um dos fundadores do PT, o juris- ta Hélio Bicudo. Essa situação faz com que os esforços gover- nistas sejam para se manter no poder, deixando para se- gundo plano o futuro econômi- co do país. Diferentemente da posição adotada nos pedidos de im- peachment que o próprio par- tido da presidente tomou par- te contra governantes do pas- sado, como Fernando Collor, agora Dilma Rousseff é quem tem que se defender e a estra- tégia adotada para a persua- são pública é o discurso de que se trata de um golpe políti- co, ainda que previsto constitu- cionalmente. Um dos principais motes de Hélio Bicudo é o crime de responsabilidade fiscal, eviden- ciado nos casos em que houve o financiamento direto do go- verno por bancos públicos. A justificativa da presidente para o crime fiscal é de que ne- cessitava desembolsar as trans- ferências para programas so- ciais. Mas se faltou dinheiro para esses pagamentos foi por- que ele foi gasto em outras coi- sas, não é mesmo? Assim, não se trata de uma justificativa vir- tuosa, porém uma demonstra- ção de planejamento incorre- to e uso ineficiente e irrespon- sável de recursos. Mais uma vez a relevância orçamentária vem à tona e corrobora com a urgência de que esse assunto não seja tratado como simples ajuste técnico de planilhas. O futuro econômico deste país depende, dentre outras va- riáveis, da seriedade com que o orçamento público seja cons- truído seguindo-se a noção bá- sica de que só se deve gastar aquilo que se tem. Que falá- cias ideológicas e o desculpis- mo oportunista deixem de ser- vir de base para crimes fiscais. Opinião Dói-me ver o Brasil com tan- tas mentiras. Eduardo Cunha, o presidente da Câ- mara Federal, em chantagem explícita contra a presidente Dilma Rousseff, e ela usinan- do a mesma esparrela contra ele. São dois em um só: fari- nha do mesmo saco. São am- bos incompetentes morais e por isso devem deixar seus cargos. Não importa os votos, mas o que diz a lei escrita na Constituição. Roubam sempre os políti- cos os nossos sonhos mais simples, uma escola melhor, um hospital decente, um pro- jeto de segurança pública que nos dê um sonho de vol- tar a pôr cadeiras nas calça- das, onde mães possam tro- car receitas com as vizinhas, aguardando seus homens vol- tarem do trabalho - alguns cambaleando de alegria e ou- tros tantos apaixonados. Ca- dê este país? Comentar se Dilma Rous- seff não pode ser empichada é fofoca dessa coisa politica- mente correta das feministas. Dilma não é mulher; ela é presidente da República. E ela deve responder pelos seus atos que levaram o País à bancarrota moral e política, dando ou não pedaladas fis- cais. O fato é que a Petrobras, sob seu comando até os dias de hoje, criou em seu ventre administrativo uma quadri- lha que surrupiou bilhões de dólares dos contribuintes bra- sileiros. Imposto é uma coisa esquisita que pagamos: pare- ce que pertence aos céus, às almas penadas, ou aos anjos da guarda, que nada guar- dam, que não nos protegem dos demônios que nos as- sombram com inflação, que- da no PIB, do emprego e nos investimentos internacio- nais. Os locutores dos jornais te- levisivos apenas falam disso ou daquilo, em asséptica in- formação sobre a realidade política do País. Falam do que acontece e nada opinam. Sexo dos anjos ou borboletas. Ninguém tem opinião sobre o que está acontecendo com o desgoverno federal, com as mentiras eleitorais da então candidata Dilma Rousseff, que, mais que documenta- das, fez exatamente o contrá- rio do que afirmara quando em campanha re-eleitoral. Dilma mentiu. Dilma sempre mentiu sobre o seu programa governo - aliás, esse nunca existiu, a não ser mentiras em cima de mentiras. Há quem diga o que eu di- go com palavras cruas, embo- ra patronos intelectuais de- fendam o PT com argumen- tos empolados, verbetes aca- dêmicos, elegantes para o gáudio dos defensores dos la- drões da pátria - e eles são ne- cessários para o entendimen- to da Justiça, os advogados - para provar, de uma forma in- versa do direito natural dos fatos, que seus clientes são in- justamente acusados daquilo que fizeram. Nada entendo da verborragia do Direito. Apenas quero justiça. Quem roubou que pague pelo seu ato. Quem foi omisso que pa- gue pela conveniência. E Dil- ma Rousseff, como ministra das Minas e Energia, Chefe da Casa Civil e agora presi- dente da República era (e continua sendo) a autoridade da Petrobras e das demais es- tatais do país. E ela vem fa- lhando desde que assumiu um cargo federal, batendo continência ao ex-presidente Lula da Silva, e, agora, à sua própria ignorância e despre- paro político. Dane-se a prisão de Delcí- dio Amaral, um dos maiores estelionatários políticos do PT. Ele é pinto perto do José Diceu. O fato é que Lula sem- pre abandona os remadores do seu barco político quando uma "marolinha" de escânda- lo balança ou quando o jati- nho onde ele viaja às expen- sas de algum empresário inte- ressado em verbas do BN- DES a alguma tirania africa- na passa por uma turbulên- cia. Mas ninguém ainda in- ventou boia ou paraquedas a almas necessitadas, angustia- das e atadas a seus próprios descaminhos republicanos. E eis o Brasil com 9 milhões de desempregados, 45 milhões de inadimplentes e com 40% da população norte/nordesti- na sem sequer um vaso sani- tário. É isso o governo petis- ta. E mais não digo para não encher a paciência do raro lei- tor que, bem sei, já está can- sado dessa malandragem po- lítica. Parlamentarismo e vo- to distrital seria uma boa solu- ção para espantar os políti- cos safados de nossos lares, das nossas ruas, cidades, esta- dos e país. Impedimento da Dilma Rousseff é coisa natu- ral para quem conhece a Lei 1079 da Constituição Federal. E é problema dela provar o contrário. E o problema do Lula é provar que nada sabia da ladroagem do José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoí- no e Vacari Neto, sem contar com o estranho enriqueci- mento dos seus filhos e da sua própria vida milionária de palestrante. Não faço juízo de nada. Apenas aguardo que a Justiça faça seu trabalho e nos dê es- perança para que o contradi- tório seja respeitado. Sem na- da ouvir além das letras da lei. E elas berram. E como ber- ram. Bom dia. Virtude falaciosa O berro da lei ECONOMIA Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Milene Moreto milene@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br zeza amaral A realidade do IAC ORLANDO MELO DE CASTRO ■ ■ Orlando Melo de Castro é pesquisador, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo MARCO MILANI dalcio ■ ■ Zeza Amaral é jornalista, escritor e músico PESQUISAS ■ ■Marco Milani é economista, pós-doutor pela Universidade de Salamanca (Espanha), professor da Unicamp “Tenho amigos muçulmanos, que são gente muito boa, mas sabem que há um problema” Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca, propondo a proibição da entrada de muçulmanos nos EUA.opiniao@rac.com.br A2 CORREIO POPULARA2 Campinas, quinta-feira, 10 de dezembro de 2015