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A Comunicação, sim, pode
(e deve ajudar a) mudar o mundo

    O jornalismo ambiental em
    tempos de economia verde
                 Roberto Villar Belmonte

   17ª Semana Acadêmica do Curso de Comunicação Social
            Universidade de Santa Cruz do Sul

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Sobre qual mundo
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que o ponto de vista
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Incentivo para aumentar produção
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Diminui desmatamento na Amazônia,
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Dados do Sistema de Detecção de
Desmatamentos em Tempo Real
(Deter) divulgados nesta quinta-feira
(02/08) confirmam a tendência de
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caindo de 2.679 Km2 para 2.049
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Como assim?
É possível comemorar uma
perda de 2.049 Km2 em um
ano (4 vezes a área de Porto
Alegre), se a destruição da
Amazônia ocorre, sem parar,
há mais de 40 anos
colocando em risco a maior
floresta tropical do planeta,
ecossistema fundamental
para o clima mundial?


                                •   Crédito: Divulgação Greenpeace
O que é notícia na área ambiental?
 Desastres (acidente               Mobilidade urbana
  nuclear, vazamento de              (investimentos da Copa);
  petróleo, inundação, deslizam     Projetos e eventos de ONGs,
  ento, estiagem, seca, incêndio     empresas e governos;
  florestal, poluição               Dicas de educação ambiental e
  atmosférica, acidente              novas tendências do mercado;
  industrial, mortandade de
  peixes, acidente naval (navio     Divulgação científica
  Bahamas, 98);                      (pesquisas e parcerias);
 Mudanças na legislação            Certificação ambiental;
  (Código Florestal);               Paraísos ecológicos e espécies
 Aquecimento global;                em extinção;
 Saneamento                        Licenciamento ambiental;
  (água, lixo, esgoto, limpeza e    Convenções internacionais;
  drenagem urbana);                 Debate sobre mudança nos
 Energia limpa                      modelos de produção e
  (biomassa, eólica e solar);        consumo;
Enfoque das narrativas
 Econômico;         Conflito
 Humano;            Interesses em jogo
 Científico;        Contexto
 Político;          Personagens
 Serviço;           Entraves
 Ideológico;        Soluções
 Investigativo.     Suíte
Agenda Pública
NOVIDADE            ATUALIDADE
O que acabamos de   O Que nos interessa, o
conhecer            que nos preocupa no
                    momento
Desafios
 Forma (todas editorias devem tratar do tema, luta por espaço para
  matérias mais elaboradas);
 Tempo (redações enxutas e multimídia, com muitas pautas e pouca
  apuração);
 Dinheiro (para reportagens de campo);
 Fontes (ampliar sempre a agenda);
 Tema complexo (conhecer pelo menos o básico);
 Tecnicismo (o ponto de vista técnico é só mais um, nunca o único);
 Maquiagem verde (reconhecer estratégias de marketing oportunistas,
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 Sensacionalismo é tentação a ser evitada;
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Afinal, o que é Jornalismo Ambiental?
• O jornalista ambiental é aquele que tem uma
  delegação tácita (implícita) da sociedade para exercer o
  ofício de apurar e publicar informações de interesse
  público;
• Pauta seu trabalho pela honestidade para conquistar e
  manter seu principal patrimônio, a credibilidade;
• Tenta sempre refinar suas matérias com investigação,
  checagem dos dados apurados e cruzamento das
  informações críticas fornecidas por fontes;
• Na redação e edição, busca ser preciso e objetivo;
• Seu compromisso ético é com a verdade, e com a vida.
Jornalismo Ambiental é
    JORNALISMO!!!
A fábrica de sapatos
“Os grandes grupos não precisam mais dos
jornalistas. Para informar, investigar, fazer
reportagens sérias e reflexivas, eles são necessários.
Para fazer espetáculo, não. Um bom jornalista
funciona como um filtro, ele faz um verdadeiro
trabalho de reflexão sobre o que vê. Mas hoje só se
valoriza a espetacularização”.
                                            Ignacio Ramonet
                                      Le Monde Diplomatique
                      Fonte: Revista Fórum – Agosto de 2001 – p.31
O que fazer?
“O jornalismo ambiental deve construir o seu próprio
“ethos”, ainda que compartilhe parcela significativa de
seu DNA com todos os jornalismos (especializados ou
não) que se praticam por aí. Simplesmente porque
comprometido com a qualidade de vida e com o efetivo
exercício da cidadania, ele não pode reduzir-se à sedução
do progresso tecnológico, do esforço quase sempre
socialmente injusto pelo aumento do PIB e da produção
de grãos, ou espelhar-se no egoísmo desmobilizado da
intelectualidade brasileira”.
                                    Wilson da Costa Bueno
                       Comunicação e Jornalismo Ambiental
                                       Mojoara Editorial, 2007
Visões de mundo
• Trabalhar em busca de     • Trabalhar para
  dinheiro;                   ser (realmente) feliz;
• Consumismo;               • Frugalidade;
• Indiferença com o outro   • Solidariedade (ampliar
  (egocentrismo);             pontos de vista);
• Superficialidade,         • Compromisso com um
  diversão e espetáculo;      mundo melhor
Uma cobertura complexa
“A cobertura do meio ambiente já não é
considerada uma atividade exótica. Entretanto, tem
tudo para continuar sendo uma atividade complexa.
As questões ambientais tem ramificações
econômicas, políticas, sociológicas e de saúde
pública. Transcendem as fronteiras”.
                                                       Peter Nelson
                                                   Washington, 1994
         Fonte: Dez Dicas Práticas para Reportagens sobre o Meio Ambiente
Dez dicas práticas
 Escreva reportagens originais;
 Crie e preserve boas fontes;
 Prepare-se com antecedência;
 Traduza o jargão ambiental;
 Torne a reportagem viva e atraente;
 Repense as estatísticas;
 Cuidado com os conceitos científicos;
 Examine as informações com espírito crítico;
 Procure o equilíbrio;
 Não esqueça a repercussão.
Problemas comuns unem jornalistas
      que cobrem pautas ambientais
•   Journalistes Écrivains pour la Nature et l’Écologie, fundada em 1969 na França -
    http://jne-asso.org ;
•   Seminário sobre População e Meio Ambiente da Fenaj - 1989
•   Sociedade de Jornalistas Ambientais dos Estados Unidos, criada em 1990 –
    www.sej.org ;
•   Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, fundado em 22 de junho de 1990 –
    www.ecoagencia.com.br ;
•   Federação Internacional de Jornalismo Ambiental, criada em 1993 – www.ifej.org ;
•   Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, criada em 1998 -
    http://br.groups.yahoo.com/group/jorn-ambiente ;
•   Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e do Caribe, criada em 2000 -
    http://www.redcalc.org;
•   I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – Santos, 2005
•   Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas, criado em 2007 - www.nejal.com.br ;
•   Núcleo de Ecojornalistas do Amazonas, criado em 2012;
•   V Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – Brasília, 2º semestre de 2013.
Como essa história
   começou?
No início, os conservacionistas
•   A Origem das Espécies e a Seleção Natural, Charles Darwin – 1859
          “Ora, enquanto o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação,
          continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e
          admiráveis formas, originadas de um começo tão simples, não cessou
          de se desenvolver e desenvolve-se ainda!”

•   Audubon Society surge nos EUA - 1886
•   A Fisionomia do Rio Grande do Sul, publicada por Balduíno Rambo - 1942
•   Ameaça nuclear, Hiroshima e Nagasaki – 1945
•   União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
    Naturais, Suiça – 1948
•   Nova Iorque é a primeira cidade a ter mais de dez milhões de habitantes (12,3
    mi) - 1950
•   Mais de 4 mil pessoas morrem em Londres devido à poluição gerada pela
    queima de carvão desenfreada - 1952
•   Minamata, no Japão (mercúrio) – 1953
•   União Protetora da Natureza (UPN) – Henrique Luiz Roessler - 1955
•   Inglaterra é o primeiro país a adotar padrões para controlar as emissões de
    poluentes industriais na atmosfera – 1956
Nasce o movimento ambientalista
•   Rachel Carson publica nos EUA o livro Primavera Silenciosa – 1962
         “Nossa preocupante tragédia é que uma ciência tão primitiva (a
         entomologia) tenha-se armado com as mais modernas e terríveis armas,
         e que, ao voltá-las contra os insetos, tenham-nas voltado também contra
         a Terra”.

•   Maio de 1968 (Contracultura);
         “Os poetas beatniks deram alma a essa rebelião: tinham por aliados a
         inteligência e o humor. Marcuse fez com que compreendessem a
         alienação dos indivíduos vistos apenas enquanto instrumentos de trabalho,
         impedidos de sentir prazer, proibidos de gozar. Com MacLuhan
         aprenderam o enorme poderio dos meios de comunicação de massa”.
                                                                           Dany Cohn-Bendit
                                                         Nós que Amávamos tanto a Revolução, 1986


•   Primeira imagem da Terra feita do espaço - 1969
•   Criação da Agapan em Porto Alegre e do Greenpeace – 1971
Líderes empresariais, por bem ou por
     mal, começam a participar da prosa
•    Clube de Roma publica os Limites do Crescimento, pautando um debate com
     enfoque global dos temas ambientais, alertando que os recursos do planeta serão
     insuficientes para sustentar uma população em crescimento vertiginoso – 1972

•    Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Humano em Estocolomo, na
     Suécia, dá início ao ambientalismo multissetorial. Lideranças
     empresariais, lideradas por Maurice Strong, começam a se envolver no debate
     sobre os problemas ambientais - 1972;

•    Programa das Nações para o Meio Ambiente (PNUMA) é criado em Nairobi, sob a
     direção do empresário Maurice Strong - 1972

•    Fechamento da Borregard em Guaíba (RS), com apoio do jornal Correio do
     Povo, confere notoriedade ao recém nascido movimento ecologista
     gaúcho, liderado por José Lutzenberger – 1973

•    Teoria de Gaia proposta por James Lovelock e Lynn Margulis - 1973
Indignado, e influenciado
pelas palestras de
Lutzenberger, um jovem
estudante da Ufrgs entrou
para a história do movimento
ambientalista brasileiro




  Protesto de Carlos Dayrell em Porto
                   Alegre – 25/02/75
Os problemas ambientais aumentam
       e viram preocupação mundial
•   São Paulo abriga dez milhões de habitantes - 1975
•   O Ponto de Mutação é publicado por Fritjof Capra, defendendo um novo olhar
    para a realidade: “O excessivo crescimento tecnológico criou um meio ambiente no
    qual a vida se tornou física e mentalmente doentia” - 1982
•   Primeira versão do documentário A Década Perdida (na Amazônia), de Adrian
    Cowell - 1984
•   Bhopal (Union Carbide) – 3/12/84
•   Chernobyl (Ucrânia) – 26/04/86
•   Protocolo de Montreal (ozônio) – 1987
•   Relatório Bruntland apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável: “É
    aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
    de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”. - 1987
•   Césio 137 – Goiânia – 1987
•   Constituição aumenta proteção ambiental - 1988
•   Exxon Valdez (Alasca) – março de 1989
•   Segunda versão de A Década Perdida, de Adrian Cowell - 1990
Em busca de soluções
•   Ligeirinhos em Curitiba – 1991
•   Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável - 1992
•   Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolviemento lança Agenda 21
    indicando para o mundo empresarial a promoção da Produção Mais Limpa e da
    Responsabilidade Empresarial como caminho para o desenvolvimento sustentável.
    Também aprovou duas convenções: Mudança do Clima e Biodiversidade – 1992
•   A Ecologia do Comércio é publicado por Paul Hawken - 1993
•   Fator Quatro: Como Duplicar a Riqueza e Reduzir pela Metade o Uso dos Recursos
    publicado por Amory e Hunter Lovins - 1995
•   Rodízio de placas em SP – 1995
•   Publicação das normas ISO 14.000 - 1996
•   Lei dos Crimes Ambientais - 1998
•   Capitalismo Natural publicado por Hawken e Lovins - 1999
•   Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança entra em vigor em setembro de 2003;
•   Protocolo de Kyoto entra em vigor, com mecanismos de mercado que criam os
    mercados de carbono -16/02/05
Economia Verde
“(…) consideramos que la economía verde en el contexto del
desarrollo sostenible y la erradicación de la pobreza es uno de
los instrumentos más importantes disponibles para lograr el
desarrollo sostenible y que podría ofrecer alternativas en
cuanto a formulación de políticas, pero no debería consistir en
un conjunto de normas rígidas. Ponemos de relieve que la
economía verde debería contribuir a la erradicación de la
pobreza y el crecimiento económico sostenible, aumentando la
inclusión social, mejorando el bienestar humano y creando
oportunidades de empleo y trabajo decente para todos,
manteniendo al el funcionamiento saludable de los
ecosistemas de la Tierra.”
                       Fonte: O Futuro que Queremos, ONU - 24/07/12
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  • 1. A Comunicação, sim, pode (e deve ajudar a) mudar o mundo O jornalismo ambiental em tempos de economia verde Roberto Villar Belmonte 17ª Semana Acadêmica do Curso de Comunicação Social Universidade de Santa Cruz do Sul 21 de agosto de 2012
  • 2.
  • 3. Sobre qual mundo estamos falando, já que o ponto de vista cria o objeto?
  • 4. Será esse o mundo que queremos? Fonte: Revista Visão - 10/12/73
  • 5. Incentivo para aumentar produção Fábrica da GM em Gravataí – Crédio: GM Divulgação
  • 6. Cidade só para carros dificulta mobilidade urbana Avenida Paulista – SP / Crédito: Galeria Iafacac – Flickr do Yahoo
  • 7. Diminui desmatamento na Amazônia, comemora o governo federal Dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) divulgados nesta quinta-feira (02/08) confirmam a tendência de redução do desmatamento da Amazônia Legal. Os alertas registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram uma redução de 23% entre agosto de 2011 a julho de 2012 em comparação com o mesmo período anterior, caindo de 2.679 Km2 para 2.049 Km2. Fonte: MMA. Crédito: Greenpeace
  • 8. Como assim? É possível comemorar uma perda de 2.049 Km2 em um ano (4 vezes a área de Porto Alegre), se a destruição da Amazônia ocorre, sem parar, há mais de 40 anos colocando em risco a maior floresta tropical do planeta, ecossistema fundamental para o clima mundial? • Crédito: Divulgação Greenpeace
  • 9. O que é notícia na área ambiental?  Desastres (acidente  Mobilidade urbana nuclear, vazamento de (investimentos da Copa); petróleo, inundação, deslizam  Projetos e eventos de ONGs, ento, estiagem, seca, incêndio empresas e governos; florestal, poluição  Dicas de educação ambiental e atmosférica, acidente novas tendências do mercado; industrial, mortandade de peixes, acidente naval (navio  Divulgação científica Bahamas, 98); (pesquisas e parcerias);  Mudanças na legislação  Certificação ambiental; (Código Florestal);  Paraísos ecológicos e espécies  Aquecimento global; em extinção;  Saneamento  Licenciamento ambiental; (água, lixo, esgoto, limpeza e  Convenções internacionais; drenagem urbana);  Debate sobre mudança nos  Energia limpa modelos de produção e (biomassa, eólica e solar); consumo;
  • 10. Enfoque das narrativas  Econômico;  Conflito  Humano;  Interesses em jogo  Científico;  Contexto  Político;  Personagens  Serviço;  Entraves  Ideológico;  Soluções  Investigativo.  Suíte
  • 11. Agenda Pública NOVIDADE ATUALIDADE O que acabamos de O Que nos interessa, o conhecer que nos preocupa no momento
  • 12. Desafios  Forma (todas editorias devem tratar do tema, luta por espaço para matérias mais elaboradas);  Tempo (redações enxutas e multimídia, com muitas pautas e pouca apuração);  Dinheiro (para reportagens de campo);  Fontes (ampliar sempre a agenda);  Tema complexo (conhecer pelo menos o básico);  Tecnicismo (o ponto de vista técnico é só mais um, nunca o único);  Maquiagem verde (reconhecer estratégias de marketing oportunistas, com discurso descolado do processo produtivo completo);  Sensacionalismo é tentação a ser evitada;  Iniciativa (propor pautas, e não apenas esperar releases na redação);  Investigação (aprofundar as matérias, sempre que possível).
  • 13. Afinal, o que é Jornalismo Ambiental? • O jornalista ambiental é aquele que tem uma delegação tácita (implícita) da sociedade para exercer o ofício de apurar e publicar informações de interesse público; • Pauta seu trabalho pela honestidade para conquistar e manter seu principal patrimônio, a credibilidade; • Tenta sempre refinar suas matérias com investigação, checagem dos dados apurados e cruzamento das informações críticas fornecidas por fontes; • Na redação e edição, busca ser preciso e objetivo; • Seu compromisso ético é com a verdade, e com a vida.
  • 14. Jornalismo Ambiental é JORNALISMO!!!
  • 15. A fábrica de sapatos “Os grandes grupos não precisam mais dos jornalistas. Para informar, investigar, fazer reportagens sérias e reflexivas, eles são necessários. Para fazer espetáculo, não. Um bom jornalista funciona como um filtro, ele faz um verdadeiro trabalho de reflexão sobre o que vê. Mas hoje só se valoriza a espetacularização”. Ignacio Ramonet Le Monde Diplomatique Fonte: Revista Fórum – Agosto de 2001 – p.31
  • 16. O que fazer? “O jornalismo ambiental deve construir o seu próprio “ethos”, ainda que compartilhe parcela significativa de seu DNA com todos os jornalismos (especializados ou não) que se praticam por aí. Simplesmente porque comprometido com a qualidade de vida e com o efetivo exercício da cidadania, ele não pode reduzir-se à sedução do progresso tecnológico, do esforço quase sempre socialmente injusto pelo aumento do PIB e da produção de grãos, ou espelhar-se no egoísmo desmobilizado da intelectualidade brasileira”. Wilson da Costa Bueno Comunicação e Jornalismo Ambiental Mojoara Editorial, 2007
  • 17. Visões de mundo • Trabalhar em busca de • Trabalhar para dinheiro; ser (realmente) feliz; • Consumismo; • Frugalidade; • Indiferença com o outro • Solidariedade (ampliar (egocentrismo); pontos de vista); • Superficialidade, • Compromisso com um diversão e espetáculo; mundo melhor
  • 18. Uma cobertura complexa “A cobertura do meio ambiente já não é considerada uma atividade exótica. Entretanto, tem tudo para continuar sendo uma atividade complexa. As questões ambientais tem ramificações econômicas, políticas, sociológicas e de saúde pública. Transcendem as fronteiras”. Peter Nelson Washington, 1994 Fonte: Dez Dicas Práticas para Reportagens sobre o Meio Ambiente
  • 19. Dez dicas práticas  Escreva reportagens originais;  Crie e preserve boas fontes;  Prepare-se com antecedência;  Traduza o jargão ambiental;  Torne a reportagem viva e atraente;  Repense as estatísticas;  Cuidado com os conceitos científicos;  Examine as informações com espírito crítico;  Procure o equilíbrio;  Não esqueça a repercussão.
  • 20. Problemas comuns unem jornalistas que cobrem pautas ambientais • Journalistes Écrivains pour la Nature et l’Écologie, fundada em 1969 na França - http://jne-asso.org ; • Seminário sobre População e Meio Ambiente da Fenaj - 1989 • Sociedade de Jornalistas Ambientais dos Estados Unidos, criada em 1990 – www.sej.org ; • Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, fundado em 22 de junho de 1990 – www.ecoagencia.com.br ; • Federação Internacional de Jornalismo Ambiental, criada em 1993 – www.ifej.org ; • Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, criada em 1998 - http://br.groups.yahoo.com/group/jorn-ambiente ; • Rede de Comunicação Ambiental da América Latina e do Caribe, criada em 2000 - http://www.redcalc.org; • I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – Santos, 2005 • Núcleo de Ecojornalistas de Alagoas, criado em 2007 - www.nejal.com.br ; • Núcleo de Ecojornalistas do Amazonas, criado em 2012; • V Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – Brasília, 2º semestre de 2013.
  • 21. Como essa história começou?
  • 22. No início, os conservacionistas • A Origem das Espécies e a Seleção Natural, Charles Darwin – 1859 “Ora, enquanto o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, originadas de um começo tão simples, não cessou de se desenvolver e desenvolve-se ainda!” • Audubon Society surge nos EUA - 1886 • A Fisionomia do Rio Grande do Sul, publicada por Balduíno Rambo - 1942 • Ameaça nuclear, Hiroshima e Nagasaki – 1945 • União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, Suiça – 1948 • Nova Iorque é a primeira cidade a ter mais de dez milhões de habitantes (12,3 mi) - 1950 • Mais de 4 mil pessoas morrem em Londres devido à poluição gerada pela queima de carvão desenfreada - 1952 • Minamata, no Japão (mercúrio) – 1953 • União Protetora da Natureza (UPN) – Henrique Luiz Roessler - 1955 • Inglaterra é o primeiro país a adotar padrões para controlar as emissões de poluentes industriais na atmosfera – 1956
  • 23. Nasce o movimento ambientalista • Rachel Carson publica nos EUA o livro Primavera Silenciosa – 1962 “Nossa preocupante tragédia é que uma ciência tão primitiva (a entomologia) tenha-se armado com as mais modernas e terríveis armas, e que, ao voltá-las contra os insetos, tenham-nas voltado também contra a Terra”. • Maio de 1968 (Contracultura); “Os poetas beatniks deram alma a essa rebelião: tinham por aliados a inteligência e o humor. Marcuse fez com que compreendessem a alienação dos indivíduos vistos apenas enquanto instrumentos de trabalho, impedidos de sentir prazer, proibidos de gozar. Com MacLuhan aprenderam o enorme poderio dos meios de comunicação de massa”. Dany Cohn-Bendit Nós que Amávamos tanto a Revolução, 1986 • Primeira imagem da Terra feita do espaço - 1969 • Criação da Agapan em Porto Alegre e do Greenpeace – 1971
  • 24. Líderes empresariais, por bem ou por mal, começam a participar da prosa • Clube de Roma publica os Limites do Crescimento, pautando um debate com enfoque global dos temas ambientais, alertando que os recursos do planeta serão insuficientes para sustentar uma população em crescimento vertiginoso – 1972 • Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Humano em Estocolomo, na Suécia, dá início ao ambientalismo multissetorial. Lideranças empresariais, lideradas por Maurice Strong, começam a se envolver no debate sobre os problemas ambientais - 1972; • Programa das Nações para o Meio Ambiente (PNUMA) é criado em Nairobi, sob a direção do empresário Maurice Strong - 1972 • Fechamento da Borregard em Guaíba (RS), com apoio do jornal Correio do Povo, confere notoriedade ao recém nascido movimento ecologista gaúcho, liderado por José Lutzenberger – 1973 • Teoria de Gaia proposta por James Lovelock e Lynn Margulis - 1973
  • 25. Indignado, e influenciado pelas palestras de Lutzenberger, um jovem estudante da Ufrgs entrou para a história do movimento ambientalista brasileiro Protesto de Carlos Dayrell em Porto Alegre – 25/02/75
  • 26. Os problemas ambientais aumentam e viram preocupação mundial • São Paulo abriga dez milhões de habitantes - 1975 • O Ponto de Mutação é publicado por Fritjof Capra, defendendo um novo olhar para a realidade: “O excessivo crescimento tecnológico criou um meio ambiente no qual a vida se tornou física e mentalmente doentia” - 1982 • Primeira versão do documentário A Década Perdida (na Amazônia), de Adrian Cowell - 1984 • Bhopal (Union Carbide) – 3/12/84 • Chernobyl (Ucrânia) – 26/04/86 • Protocolo de Montreal (ozônio) – 1987 • Relatório Bruntland apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável: “É aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”. - 1987 • Césio 137 – Goiânia – 1987 • Constituição aumenta proteção ambiental - 1988 • Exxon Valdez (Alasca) – março de 1989 • Segunda versão de A Década Perdida, de Adrian Cowell - 1990
  • 27. Em busca de soluções • Ligeirinhos em Curitiba – 1991 • Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável - 1992 • Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolviemento lança Agenda 21 indicando para o mundo empresarial a promoção da Produção Mais Limpa e da Responsabilidade Empresarial como caminho para o desenvolvimento sustentável. Também aprovou duas convenções: Mudança do Clima e Biodiversidade – 1992 • A Ecologia do Comércio é publicado por Paul Hawken - 1993 • Fator Quatro: Como Duplicar a Riqueza e Reduzir pela Metade o Uso dos Recursos publicado por Amory e Hunter Lovins - 1995 • Rodízio de placas em SP – 1995 • Publicação das normas ISO 14.000 - 1996 • Lei dos Crimes Ambientais - 1998 • Capitalismo Natural publicado por Hawken e Lovins - 1999 • Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança entra em vigor em setembro de 2003; • Protocolo de Kyoto entra em vigor, com mecanismos de mercado que criam os mercados de carbono -16/02/05
  • 28. Economia Verde “(…) consideramos que la economía verde en el contexto del desarrollo sostenible y la erradicación de la pobreza es uno de los instrumentos más importantes disponibles para lograr el desarrollo sostenible y que podría ofrecer alternativas en cuanto a formulación de políticas, pero no debería consistir en un conjunto de normas rígidas. Ponemos de relieve que la economía verde debería contribuir a la erradicación de la pobreza y el crecimiento económico sostenible, aumentando la inclusión social, mejorando el bienestar humano y creando oportunidades de empleo y trabajo decente para todos, manteniendo al el funcionamiento saludable de los ecosistemas de la Tierra.” Fonte: O Futuro que Queremos, ONU - 24/07/12