1. Criação: www.paulolilja.com
02/2012
Boletim Informativo
Leia nesta edição
Artigos, opiniões, ações socioambientais,
eventos e muito mais!!!
Grupo Maricá
Entidade Ambientalista de Viamão
Blog: www.vhecologia.blogspot.com
Contato: grupomarica@gmail.com
2. Meio Ambiente: desafios modernos
Chegamos a mais um dia mundial do meio
ambiente! Há 40 anos, a ONU realizava a
Conferência de Estocolmo, onde foi instituída a
data no dia 5 de junho. As vésperas da Rio+20,
vivemos uma crise dramática, onde setores
desenvolvimentistas promovem ataques
desastrosos a legislação ambiental. Ao mesmo
tempo, observamos negligência da sociedade
brasileira no compromisso com políticas públicas
sustentáveis. Temos muitos desafios, mas o
maior deles é romper com um modelo político e
econômico que mostra-se fracassado na direção
de uma cultura de sustentabilidade!
Há componentes novos neste debate, pois além
de equacionar o social, o ambiental e o
econômico, há novas vertentes a serem tratadas.
Como pensar em sociedades sustentáveis sem
falar em ética, dignidade e direitos humanos?
Não é correto tentarmos achar culpados quando olhamos o quanto o Brasil não consegue
pensar em ações sistêmicas de sustentabilidade, pois este compromisso deve ser de toda
sociedade. Mas não podemos deixar de cobrar dos governos, em todas suas instâncias, pela
sua irresponsabilidade e omissão. As políticas de meio ambiente em nosso país são inócuas,
sem perenidade e acima de tudo, desarticuladas. Nos últimos anos é visível à fragilidade dos
órgãos ambientais, com desmonte, desqualificação e falta de investimentos.
O movimento Veta Dilma, a aprovação do novo código florestal são reflexos deste momento. O
descompasso entre o modelo de futuro que queremos e a ganância é relativamente grande.
Um futuro melhor significa uma nova economia, desmaterializada, com um novo consumo,
mais consciente, mais democrático, com justiça social e equidade.
Reduzimos impostos para aumentar o consumo, mas ao mesmo tempo, não construímos
novas relações de produção.
O que fazer neste ambiente inóspito? Respeitar a voz da sociedade, ter coerência e
responsabilidade com as presentes e futuras gerações. Leonardo Boff destaca que céu ideal
seria a humanidade inteira sentada ao redor de uma mesa desfrutando da generosidade da
Mãe Terra, um servindo ao outro.
Precisamos de atitude ambiental. O fazer precisa ser exercitado! E o respeito ao outro, uma
regra! Os desafios modernos, portanto, não são técnicos, grandes projetos ou megasoluções!
São as relações sociais, o respeito às diferenças, um olhar mais atento ao cuidado de si e do
outro, a ética, o resgate de valores. Para isso é necessário um pacto coletivo, onde
lamentavelmente, nem todos estão dispostos!
O Grupo Maricá, neste dia 5 de junho completa 8 anos luta por
uma sociedade mais justa e sustentável... Pensando globalmente,
agindo localmente... Sempre em frente...
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3. Espiritualidade e Ecologia
Ao atual prefeito não adianta dar recados. O seu mandato está no final. Se a defesa do Meio
Ambiente não foi priorizada até agora, não entra mais no plano de governo neste finalzinho de
mandato. A defesa da natureza deveria constar em tudo que é projeto para desenvolver a
cidade. Mas o meu recado não é só para os atuais chefes de governo. Quem sabe, os
candidatos ao executivo tiram um tempinho para refletir sobre as diversas mensagens
ecológicas contidas nesta edição.
Os verdadeiros amantes da natureza são espiritualistas e se engajam 100% na luta por uma
cidade mais limpa. Em poucas palavras quero dizer que sem espiritualidade não vamos ter
nunca uma cidade bonita e limpa, de tal forma que a beleza da vida circule sem obstáculos,
tanto nos verdes e nas águas, como nas ruas e nas praças. Como assim? Então estão
faltando igrejas entre nós? Absolutamente. Talvez existam até templos religiosos demais. Há
religiões alienantes. Espiritualidade não é a mesma coisa que religião. A postura espiritualista
é fundamental para que todos os seres vivos - humanos ou não - recebam estímulos para viver
melhor e mais. Há muitas maneiras de promover esta dinâmica. Mas não pode faltar o
essencial.
É o seguinte: o Criador conta com a colaboração das suas criaturas! A ação de Deus não é
direta sobre a matéria. Então os ateus não podem ser ecologistas? Essa pergunta mereceria
uma resposta de muitas páginas. Aqui só dou a minha opinião. Bem sintetizada. Há descrentes
- ateus e agnósticos - que estão mergulhados na espiritualidade, sem eles saberem. Como há
crentes com práticas diárias que fogem da espiritualidade que deverá necessariamente estar
conectada à natureza. Todas as energias cósmicas, todas as vibrações vitais presentes em
trilhões de células e bactérias só podem confluir num grande centro: a VIDA.
Não tenho mais espaço à disposição. Recomendo a quem realmente estiver interessado
que leia o livro de André Trigueiro ESPIRITISMO E ECOLOGIA. (FEB). Não precise ser
adepto do espiritismo! Você está convidado a pensar junto comigo como poderíamos
escrever um livro sobre ESPIRITUALIDADE E ECOLOGIA.
Dirk Hesseling - Militante
5 - Dia Mundial do Meio Ambiente
5 - Dia Mundial da Ecologia
6 - Dia Nacional do Teste do Pezinho
DATAS IMPORTANTES 8 - Dia Mundial dos Oceanos
9 - Dia da Imunização
17 - Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação
21 - Início do Inverno
23 - Dia Mundial do Desporto Olímpico
Ações socioambientais:
Dia 06/06 haverá limpeza do Lago Tarumã
Dia 05 e 06/06 a escola municipal Vinte de Setembro organiza mostra de trabalho sobre
resíduos sólidos e relato de experiências sobre reciclagem
Dia 09/06 tem participação do Maricá do MUTECO na escola Canadá
Dia 12/06 estaremos na Semana do Meio Ambiente da ETA
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4. Vamos fazer de Viamão uma Cidade+Limpa?
Qual cidade queremos?
Quem responde está pergunta somos TOD@S NÓS, pois NÓS que escolhemos a cidade que
queremos! A essência deste projeto é pensar uma nova Viamão, com atitudes individuais e
coletivas! Queremos limpar nossa cidade, mas para isso, cada um de nós tem que limpar as
mentes para um abraço coletivo a toda Viamão! Este projeto visa enfrentar um dos maiores
problemas do município de Viamão – o lixo no lugar errado!!!
Os problemas do Lixo
Entre as doenças relacionadas ao lixo doméstico, destacamos: Cisticercose, cólera, disenteria,
febre tifóide, filariose, giardíase, leishmaniose, leptospirose, peste bubônica, salmonelose,
toxoplasmose, tracoma, triquinose e mais outras nove.
Outros problemas sanitários ligados ao destino inadequado do lixo são: Poluição dos
mananciais (chorume); Contaminação do ar (dioxinas e visibilidade aérea); Assoreamentos
(depósito em rios e córregos); Presença de vetores (moscas, baratas, ratos, pulgas,
mosquitos); Presença de aves (colisão com aviões a jato); Problemas estéticos e de odor; e
Problemas sociais (catadores em lixões).
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5. Declínio populacional mundial de anfíbios anuros
Geralmente quando se fala em anfíbios, muitas pessoas associam o nome exclusivamente aos
sapos, rãs e pererecas. E com certeza os associam a muitos mitos, como por exemplo, “a
urina dos sapos podem deixar uma pessoa cega” ou “podem causar feridas na pele”, sem
contar no pânico que muitas pessoas apresentam ao se deparar com estes animais. Mas no
entanto, os anfíbios são animais inofensivos e que apresentam grande importância ecológica.
A classe anfibia apresenta aproximadamente 5.800 espécies, divididas em três ordens: Anura
(sapos, rãs e pererecas) Urodela (salamandras) e Gymnophiona (cobras cegas ou cecílias).
Estes animais apresentam uma grande distribuição geográfica, estando ausentes somente em
ambientes de baixas temperaturas, como locais de altitudes elevadas e o continente antártico.
O que muitas pessoas não sabem, é que o Brasil possui a maior biodiversidade de anfíbios,
apresentando 945 espécies. A ordem anura apresenta a maior parte, totalizando 912 espécies,
seguidas da orden Gymnophionas com 32 espécies e ordem Urodela com 1 espécie.
No Rio Grande do Sul, nos últimos 7 anos mais de 20 espécies novas foram descritas,
totalizando 104 espécies para o estado. Estima-se que muitas espécies ainda podem ser
descritas. Porém, nos últimos anos inúmeros trabalhos científicos têm apontado para a
ocorrência do declínio populacional de várias espécies de anuros em todo o mundo. Uma das
principais causas deste declínio são as ações antrópicas, ou seja, alterações realizadas pelo
homem em ambientes naturais, levando a eliminação parcial ou total dos habitats utilizados
pelos anuros.
No Brasil a Mata Atlântica apresenta uma grande biodiversidade de anuros, sendo que muito
destas espécies são endêmicas, ou seja, ocorrem somente naquela localidade, e nenhum
outro lugar do mundo. Mas como a capacidade de destruição que este e outros biomas vem
sofrendo é maior do que a capacidade de coleta de dados por ecólogos e herpetólogos
(especialistas em anfíbios e répteis), estima-se que muitas espécies já foram extintas muito
antes mesmo de seres descritas. Atualmente o Brasil apresenta 26 espécies de anfíbios
anuros que estão enquadrados como ameaçados de extinção.
Com esta realidade observa-se a importância dos trabalhos científicos realizados por
especialistas, com objetivos de obterem maiores informações sobre a história natural e
biodiversidade de anuros, e a necessidade de trabalhos de educação ambiental,
principalmente com crianças, salientando a importância da preservação dos ambientes
naturais para as inúmeras espécies.
Luciano Rodrigues - Biólogo
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6. Visitação da Escola São Jorge a Aldeia da Estiva
“Nós somos uma única família original – nosso corpo e o nosso jeito é o mesmo, a nossa
língua e a nossa fala é a mesma. (...) Os antigos foram para o Brasil e os parentes que vieram
do Brasil são os que restaram e são os verdadeiros”. (Trecho de discurso do dirigente político
da aldeia Pastoreo, Itapua, Paraguai, em 1997).
Os Mbya identificam seus “iguais”, no passado, pela lembrança do uso comum do mesmo tipo
de tambeao (veste de algodão que os antigos teciam), de hábitos alimentares e expressões
linguísticas. Reconhecem-se coletivamente como Ñandeva ekuéry (“todos os que somos nós”).
A despeito dos diversos tipos de pressões e interferências que os Guarani vêm sofrendo no
decorrer de séculos e da grande dispersão de suas aldeias, os Mbya se reconhecem
plenamente enquanto grupo diferenciado. Dessa forma, apesar da ocorrência de casamentos
entre os subgrupos Guarani, os Mbya mantêm uma unidade religiosa e linguística bem
determinada, que lhes permite reconhecer seus iguais mesmo vivendo em aldeias separadas
por grandes distâncias geográficas e envolvidos por distintas sociedades nacionais.
Em nosso município encontramos grupos guaranis, em comunidades como em Canta Galo,
Itapuã e Estiva onde diante das dificuldades do cotidiano enfrentado por eles, a manutenção
de sua cultura e história são um desafio constante, tanto para eles quanto para nós. Assim,
sendo, os alunos da escola municipal São Jorge juntamente com o professor e militante do
Maricá Fabio Silva, acompanhado da vice-diretora da escola Tatiana Noal, estiveram
visitando a aldeia da Estiva onde tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da cultura e
tradição guarani e desmitificar a visão errônea dos alunos quanto ao modo vida deste grupo.
Houve uma calorosa recepção dos professores da escola, cacique e alunos da aldeia, que
relataram sobre o modo de vida a cultura que estes preservam através da música, dança e o
artesanato.
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7. Rio+20
Manifesto Ecopolítico
Por um futuro que não seja mais o mesmo
Ambiente, ambiental, sustentável, ecologia, economia ecológica, economia verde, governança
ambiental. Com a aproximação da Rio+20, esses conceitos circulam vertiginosamente no
polissêmico vocabulário ambiental. Neste idioma complexo, cabe afirmar a sustentabilidade e o
futuro que queremos. Um futuro que desde hoje se paute pela coexistência criativa no plano
social e ambiental e que constitua um mundo onde valha a pena habitar. Neste sentido,
afirmamos as seguintes posições:
1. Apauta da Rio+20 aposta energias num futuro que não é mais do que o presente projetado
para frente, ou seja, mais do mesmo, uma repetição infinita de versões verdes de um
capitalismo renovado em seu discurso social e ambiental, sem efetiva condição de enfrentar a
desigualdade do mundo global. Um globo que se expande para as grandes corporações
enquanto as pessoas que são crescentemente excluídas de acesso às grandes vias de
comunicação, de conhecimento e de riqueza que levam para o futuro apenas as “primeiras
classes” do mundo global.
2. Abandeira da ”economia verde” sinalizada pela Rio+20 não representa nossos anseios.
Defendemos uma economia a serviço da justiça ambiental, da distribuição equitativa do acesso
aos bens ambientais entre as gerações presentes e futuras e da viabilização de formas
sustentáveis de viver. Queremos uma economia que qualifique o consumo como ato
responsável e solidário. Uma economia baseada no livre acesso ao conhecimento, no livre
trânsito das pessoas pelos territórios, e na promoção do equilíbrio entre necessidades dos
grupos humanos de todas as classes sociais e os limites ambientais.
3. Acreditamos que outro modo de relação entre natureza e cultura seja condição para uma
política ambiental criativa e capaz de avançar na inclusão de outros sujeitos e seres que
habitam o mundo. Ao deixar de ver os não-humanos (comumente chamados de “natureza”)
como mero recurso passivo para crescimento dos negócios humanos, é possível tomá-los
como agentes com quem habitamos o mundo e com quem devemos nos relacionar de forma
mais simétrica.
4. O atual ambiente de guerras, o surgimento de novos movimentos sociais globais, das ações
dos coletivos e acampamentos de ocupação contra as grandes corporações, de insurgências
contra regimes autoritários na chamada primavera árabe, demonstram a necessidade de um
novo ambientalismo, ancorado em estratégias e estilos de intervenção sintonizados com as
lutas por uma democracia cosmopolítica.
5. Em relação à situação brasileira, expressamos nossa preocupação com a “flexibilização” da
legislação ambiental decorrente da aprovação do novo Código Florestal pelo Congresso
Nacional às vésperas da Rio+20. Assim, apoiamos a campanha pelo veto presidencial aos
itens do código que representam retrocessos e concessões aos setores ruralistas e
desenvolvimentistas.
Grupo de pesquisa SobreNaturezas
www.sobrenaturezas.blog.br
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8. Acompanhe os debates & Movimentações!
www.rio20.info/2012/
www.cupuladospovos.org.br
A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental é um evento organizado pela
sociedade civil global que acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo,
no Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (UNCSD), a Rio+20.
Opinião
Meio Ambiente
O tema esta em alta na grande mídia, temos este ano a Rio+20, tem ate reportagem especial
que embora de forma hipócrita traga à luz da verdade a necessidade urgente de discutirmos as
agressões que nosso planeta esta sofrendo.
Em nossa Viamão as questões ambientais estão também nas pautas jornalísticas e
infelizmente nas paginas policiais tendo em vista as ultimas descobertas de corrupção na não
legalização das saibreiras e demais empresas do ramo em nossa cidade. Nossa legislação
municipal ainda esta incompleta apesar de ter, a partir de 2001, o seu Conselho Viamonense
do Meio Ambiente- COVIMA, criado pela lei municipal nº 3004-2001 a qual tive a honra de
subscrever como autor.
Itamar Santos
Ex-vereador – criador da lei do COVIMA
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9. A Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande – APABG
A Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande – APABG constitui-se em uma unidade de
conservação de uso sustentável recentemente estabelecida que compreende quatro
municípios Viamão, Gravataí, Glorinha e Santo Antônio da Patrulha. Ela possui uma dinâmica
biológica rica e uma estrutura física importante no estabelecimento de muitas espécies e no
fornecimento de recursos hídricos. Ainda pouco conhecida por seus habitantes essa área sofre
com a ocupação humana desordenada e o uso do solo para agricultura dentre outras ações
antrópicas. Sem um plano de manejo, que se encontra atualmente em fase de execução, a
APABG é uma região sensível que requer um cuidado especial. Nela insere-se o conjunto de
banhados formadores do Rio Gravataí: Banhado do Chico Lomã (Santo Antônio da Patrulha);
Banhado dos Pachecos (Viamão); e Banhado Grande(Gravataí e Glorinha).
Abrange parte dos Biomas Pampa e Mata Atlântica e ocupa 2/3 da bacia hidrográfica do rio
Gravataí. A vegetação original é, predominantemente, de banhados e matas de restinga, sobre
os solos arenosos da Coxilha das Lombas, que é uma região de paleodunas remanescente
das transgressões e regressões marinhas. A APA, hoje, possui áreas urbanas e de culturas
agropecuárias, predominando o cultivo de arroz. (SEMA).
Sua criação objetiva proteger os banhados formadores do rio
Gravataí (Banhado Grande, Banhado do Chico Lomã e
Banhado dos Pachecos), compatibilizando o
desenvolvimento sócio-econômico com a proteção dos
ecossistemas naturais preservados e recuperando as
áreas degradadas. (SEMA). Na APABG encontra-se
o Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos
uma unidade de conservação de proteção integral.
Com uma área de 2.543,46 ha próxima à Rodovia
RS-040, na localidade de Águas Claras, no município
de Viamão. Além da importância na formação do Rio
Gravataí, a APA do Banhado Grande, em especial o
Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos,
(Accordi, 2003, p. 77) possui um valor significativo:
• Na conservação de aves aquáticas;
• Como ponto de parada para aves migratórias;
• A preservação dessas áreas é relevante na manutenção das relações ecológicas ai presente.
A APABG possui um Conselho Deliberativo onde o Grupo Maricá tem assento. Neste conselho
são decididos e deliberados sobre ações, problemas socioambientais que ocorrem nesta
unidade. Qualquer dúvida pode denunciar a este Conselho.
Como é pouco conhecida pelos Viamonenses, vale à pena conferir este patrimônio ambiental
riquíssimo e de beleza cênica tão próximos de nós.
Aurici Azevedo da Rosa
Bióloga e Especialista em Educação Ambiental
Representante do Grupo Maricá no Conselho Deliberativo da APABG
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10. Massa Crítica Viamonense
No mundo inteiro cresce o movimento por cidades mais humanas, sustentáveis e acessíveis,
elementos essenciais para a garantia da qualidade de vida e dignidade humana.
A partir destes princípios um grupo de viamonenses mobilizou-se para provocar esta
discussão: qual mobilidade queremos em nosso município?
O grupo percorreu do centro de Viamão até o lago Tarumã, com finalidade de começar a
provocar o debate sobre o papel da bicicleta na mobilidade urbana.
A bicicleta surgiu no Brasil no fim do século XIX. A partir da década de 70, em função da crise
do petróleo e de mudanças no padrão de comportamento das pessoas, que começaram a se
interessar mais pelo cuidado com o corpo, é que surgiram as primeiras iniciativas com apoio
de governos, no sentido de assumir a bicicleta como um modo de transportes a ser
considerado.
Para Jefferson Souza, um dos organizadores da atividade,
“precisamos de cidades que valorizem as pessoas, que o
respeito ao meio ambiente seja preceito e base de projetos
e ações. A bicicleta promove ainda a integração dos
espaços públicos e favorece a aproximação social. Estou
convicto que é um caminho a ser trilhado em Viamão, que
possui uma elevada qualidade ambiental. Mas precisamos
estar todos mobilizados nesta causa. Não somos muitos
hoje, mas iniciamos um processo de sensibilização da
sociedade.”
O Grupo Maricá apoia esta idéia. “O Planeta a todo
momento nos alerta de nossos equívocos e insistimos em
erros recorrentes. Está na hora das políticas públicas
serem coerentes com a cidadania, e, neste sentido, a
bicicleta, a qualificação do transporte coletivo, a garantia do
acesso em igualdade de oportunidades são imprescindíveis na concepção de uma cidade
democrática. Desta forma, promover a bicicleta é também incentivar a democracia e a
igualdade social. Defendemos uma cidade com um bom planejamento cicloviário para que todo
cidadão possa ir e vir como aqueles que utilizam carros."
Boletim Informativo do Grupo Maricá
Publicação do Grupo Maricá, Organização Não-Governamental de Viamão
Sugestões, críticas, opiniões: escreva para grupomarica@gmail.com
Edição e Diagramação: Jorge Amaro de Souza Borges
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