1. UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET
CURSO DE MATEMÁTICA
DISCIPLINA DE ESTAGIO SUPERVISIONADO II.
2. EQUIPE:
WESLEY MARTINS, ADONIAS AQUINO.
TEMA:
LÍNGUA PORTUGUESA E ENSINO DE
MATEMÁTICA: DIFICULDADES DE
PROFESSORES E ALUNOS.
3. Historia: O ensino da matemática.
No início do século XX, o ensino da matemática foi
caracterizado por um trabalho apoiado na repetição, no qual
o recurso da memorização era considerado muito
importante. Nessa época, o currículo ainda não estava bem
definido. Anos depois, dentro de outra orientação, os alunos
deviam aprender matemática com compreensão. Mas o
professor ainda era visto como dono do saber, ele falava, o
aluno escutava e repetia, não participava da construção de
seu conhecimento, Então, nessa época começou-se a falar
em resolver problemas como um meio de se aprender
matemática. Somente nas últimas décadas é que os
educadores matemáticos passaram a aceitar a ideia de que o
desenvolvimento da capacidade de resolver problemas
merecia mais atenção.
4. Todavia, tradicionalmente, os problemas não têm
desempenhado seu verdadeiro papel no ensino,
pois, na melhor das hipóteses, são utilizados
apenas como forma de aplicação de conhecimento
adquiridos anteriormente pelos alunos. A prática
mais frequente consiste em ensinar um conceito,
procedimento ou técnica e depois apresentar um
problema para avaliar se os alunos são capazes de
empregar o que lhes foi ensinado. Para a maioria
dos alunos, resolver um problema significa fazer
cálculos com os números do anunciado ou aplicar
algo que aprenderam nas aulas.
5. Matemática x português.
A língua portuguesa e a matemática estão
presentes em praticamente todo o ensino básico
(Brasil) e elas precisam ser pensadas com maior
proximidade dentro de seus currículos,
principalmente da língua portuguesa para com a
matemática. Precisamos cada vez mais aliar os
conhecimentos, eles não podem ser dissociados;
de algum modo eles são dependentes.
A Matemática tem muito de leitura, de análise, de
interpretação, de lógica; ela necessita da língua e
de linguagens. No nosso caso, o Português é muito
importante para o entendimento de conceitos e
situações-problemas.
6. Falar de dificuldade em Matemática é
simples quando dizem que se trata de uma
disciplina complexa e que muitos não se
identificam com ela. Mas essas dificuldades
podem ocorrer não pelo nível de
complexidade ou pelo fato de não gostar, mas
por fatores mentais, psicológicos e
pedagógicos que envolvem uma série de
conceitos e trabalhos que precisam ser
desenvolvidos ao se tratar de dificuldades em
qualquer âmbito, como também em
Matemática.
7. Um dos problemas mais evidenciados pelos
professores de todas as áreas do
conhecimento está relacionado às
dificuldades de escrita e leitura dos alunos.
Em geral os professores afirmam que os
alunos não interpretam adequadamente as
questões propostas, apresentam dificuldades
de argumentar seus pontos de vista e não
conseguem resolver situações problema. Essa
constatação se torna mais visível quando se
focaliza o ensino aprendizagem da
matemática.
8. Tradicionalmente, Matemática e Língua
Portuguesa não dialogam na escola. Há
uma tradição que “o indivíduo que é
bom em Matemática não o é em Língua
Portuguesa”. As práticas de sala de aula
têm reforçado essa premissa, e o
professor ou o planejamento pedagógico
das escolas, dificilmente, oportunizam
uma aproximação entre esses dois
componentes, de forma intencional.
9. Grande parte dos professores da disciplina de
Matemática, na Educação Básica, ouve com
frequência de seus alunos: “O que isto quer
dizer?” ou “É de multiplicar ou de dividir?”
referindo-se a um enunciado ou à tentativa
de resolução de um problema. Esses mesmos
professores dizem: “Os alunos não sabem
interpretar” ou “Os alunos não sabem o
que o problema pede”, ou ainda, “Os alunos
não sabem Língua Portuguesa, por isso, não
conseguem resolver os problemas.”
10. Embora, na vida prática, muitos alunos
realizem complicadas operações
matemáticas para resolver problemas do
seu cotidiano, essas mesmas operações,
quando propostas por professores ou
organizadas nos livros didáticos, por
meio dos códigos matemático e
linguístico, costumam se tornar
verdadeiros enigmas.
11. Não raro, atribuímos às restrições das
habilidades de nossos alunos na leitura
de textos didáticos que abordam
conteúdos escolares de Matemática,
grande parte da responsabilidade sobre
eventuais insucessos no aprendizado da
Matemática ou na realização de
atividades a ele relacionadas.
12. A fim de analisar os problemas evidenciados na
literatura encontrada e subsidiar professores no
trabalho com alunos com dificuldades de
aprendizagem em matemática, especialmente
com discalculia, foi aplicado um questionário a
52 professores de ensino fundamental e médio
de escolas públicas e particulares do DF, que
trabalham nesta área, com o intuito de observar
as suas percepções sobre fatores relacionados ao
insucesso em Matemática.
Artigo elaborado por Cinthia Soares de Almeida como trabalho de conclusão de curso de Matemática da
Universidade Católica de Brasília – UCB sob a orientação do professor MSc. Cleyton Hercules Gontijo no 1º
semestre de 2006.
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16. Referências bibliográficas
Dificuldades de aprendizagem em Matemática e a percepção dos
professores em relação a fatores associados ao insucesso nesta área.
Cínthia Soares de Almeida.
Um desafio na resolução de problemas matemáticos nos anos iniciais do
Ensino Fundamental. Susana Maria Pereira Coutinho
Dificuldades de Aprendizagem da Matemática: Leitura e Escrita
Matemática. Alessandro Fábio Fonseca de Oliveira
Refletindo sobre as dificuldades de aprendizagem na Matemática:
algumas considerações. José augusto florentino da silva.
Linguagem matemática e Língua Portuguesa: diálogo necessário na resolução
de problemas matemáticos. Edi Jussara Candido Lorensatti.
Linguagem, comunicação e matemática. Nanci de Oliveira.
A leitura e a matemática: Visão do professor do ensino médio. Melissa
Junqueira Picarelli.